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A importância de amar seus inimigos

Se você diz que não tem inimigos, lhe faço uma oferta. Vamos
combinar de você escrever um livro explicando como conseguiu
chegar até aqui, sem que ninguém se oponha. O livro com certeza
será um bestseller.

Você irá explicar como que ninguém jamais lhe teve inveja, ciúme ou
hostilidade. Explicará como que ninguém jamais tentou interromper
seus planos, arruinar seus objetivos ou sabotar seu futuro. Contará
como foi que jamais alguém lhe ofendeu, bloqueou sua vontade, ou
orquestrou uma ofensa destruidora contra você. Não estou
pretendendo ser irreverente ou sarcástico. Mas o fato, é que estas
são as coisas que tornam alguém seu inimigo. E todos nós já vivemos
pelo menos uma destas experiências.

É claro que todo cristão enfrenta um arquiinimigo em Satanás.


Jesus diz que ele é o inimigo que planta ervas daninhas em nossas
vidas (Mateus 13:39). Igualmente, o apóstolo Pedro nos previne
sobre Satanás: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando
alguém para devorar” (I Pedro 5:8).

Porém Jesus deixa claro que nada temos a temer do diabo. Nosso
Senhor nos deu todo poder e toda autoridade sobre Satanás e suas
forças demoníacas: “Eis aí vos dei autoridade para pisardes serpentes
e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente
vos causará dano” (Lucas 10:19). Cristo afirma claramente que a
batalha com Satanás já foi vencida. Temos em nosso interior, o
poder para resistir a qualquer tentativa que o diabo faça para nos
devorar.

Em vez disso quero me concentrar em nossas lutas contra os inimigos


humanos - adversários de carne e osso, pessoas com quem vivemos
ou trabalhamos. Veja, quando Pedro usa a palavra “devorar”, o
significado em grego é “tentar de qualquer jeito engolir você de
uma só vez”. Pedro está falando sobre qualquer tipo de coisa (seja
uma luta, algum sofrimento ou tentação) que possa lhe engolir e lhe
colocar em depressão, temor ou desencorajamento.

Você pode ser capaz de testificar que teve uma enorme vitória em
Cristo. Com sucesso você resistiu à todas as tentações, aos maus
desejos, à lascívia, ao materialismo, e ao amor pelo mundo. Mas, ao
mesmo tempo, você pode ser devorado por uma luta permanente
com um inimigo humano. Alguém se levanta contra você -
manifestando inveja e amargura, deturpando suas ações,
motivações, abalando sua reputação, se opondo a você o tempo todo,
buscando frustrar o propósito de Deus em sua vida.

O ataque desta pessoa sobre você lhe rouba a paz. Você tem de
gastar um tempo precioso se explicando e defendendo suas ações. E
depois de um tempo, o conflito começa a consumir todos os seus
pensamentos, e lhe faz passar muitas noites em claro. E agora
você vê que isso está afetando sua família, seus
relacionamentos, e até sua saúde física.
Se isso descreve você, então você já foi devorado por um
inimigo; foi tragado pela aflição causada por um adversário
humano.

O Velho Testamento parece sustentar nossas esperanças


secretas de que Deus julgará os nossos inimigos

A lei do Velho Testamento pedia vingança - olho por olho,


dente por dente. A sua mensagem parece ser: “Senhor, Tu vistes o
que meu inimigo me fez. Agora, pegue-o!"

Fica mais fácil compreendermos esta atitude, à medida que vamos


aprendendo mais a respeito dos terríveis inimigos de Israel. O grito
de guerra dos egípcios era: “Perseguirei, alcançarei, repartirei os
despojos; a minha alma se fartará deles, arrancarei a minha espada,
e a minha mão os destruirá” (Êxodo 15:9). E Deus foi fiel em
vingar Israel contra os inimigos: “Sopraste com o teu vento, e o
mar os cobriu; afundaram-se como chumbo em águas impetuosas”
(Êxodo 15:10). “Estendeste a tua destra; e a terra os tragou”
(15:12).

Já posso ouvir alguns cristãos dizendo: “É isso que eu quero que


Deus faça com os meus inimigos. Que Ele os derrube e devore. Afinal
de contas, eles fizeram comigo o que os egípcios fizeram com Israel;
me perseguiram, me atingiram, me atacaram. Então possuo uma
base bíblica clara para pedir a Deus que carregue para longe os meus
inimigos.”

Porém, se tentarmos receber conforto na maneira com que o Velho


Testamento trata com os inimigos - até nossos inimigos não salvos -
então nos colocaremos novamente sob a escravidão da lei.
Davi fez declarações fortes sobre seus inimigos. Ele rogou a
Deus: “Envergonhem-se e sejam sobremodo perturbados todos os
meus inimigos; retirem-se, de súbito, cobertos de vexame” (Salmo
6:10). Ele estava dizendo: “Persiga-os, Senhor - não lhes dê
descanso, por causa do que me fizeram.”

Em um caso, o inimigo de Davi era um amigo íntimo, um dentre o


próprio povo de Deus. Davi foi magoado profundamente por esse
amigo, uma pessoa com quem havia aberto o coração. Esse homem
era parceiro de oração de Davi, um companheiro que compartilhava
seu amor para com Deus. Contudo este amigo do peito se virou
contra Davi, traindo-o. E isso o deixou machucado, zangado, confuso.

“Com efeito, não é inimigo que me afronta; se o fosse, eu o


suportaria; nem é o que me odeia quem se exalta contra mim, pois
dele eu me esconderia; mas és tu, homem meu igual, meu
companheiro e meu íntimo amigo. Juntos andávamos, juntos nos
entretínhamos e íamos com a multidão à Casa de Deus” (Salmo 55:
12-14).

Davi estava dizendo em essência: “Se fosse uma pessoa comum, eu


suportaria. Mas era um amigo íntimo e piedoso. E isso, já era demais
para eu agüentar.”

Junto com a maioria dos estudiosos da Bíblia, creio que o amigo que
se virou contra Davi foi Aitofel, seu conselheiro e confidente durante
uma época. Os dois consultavam a opinião do outro em todas as
áreas da vida. Toda vez que Davi ia até a casa de Deus para adorar,
Aitofel estava ao seu lado, agindo como oráculo do Senhor para com
ele. E Davi abria totalmente o coração com Aitofel, pensando ter um
amigo espiritual.

Contudo este mesmo Aitofel - aparentemente tão sábio e espiritual,


tão sem engano, tão dedicado a Davi e à sua causa - de repente se
virou contra o rei, e se tornou seu inimigo. Na realidade, Aitofel ficou
tão amargo em relação a Davi, que chegou a arregimentar pessoas
contra ele. Até alistou o próprio filho de Davi, Absalão, em um complô
para matar o rei.

Davi se queixa: “A sua boca era mais macia que a manteiga, porém
no coração havia guerra; as suas palavras eram mais brandas que o
azeite; contudo, eram espadas desembainhadas” (Salmo 55:21). Ele
estava dizendo: “Eu achava que Aitofel fosse meu amigo. Ele era tão
piedoso ao falar, e dizia que desejava o que fosse o melhor para
mim. Mas aí me apunhalou pelas costas.”

Esta terrível traição levou Davi a ficar continuamente de sobreaviso.


E disse: “Todo o dia torcem as minhas palavras; os seus
pensamentos são todos contra mim para o mal. Ajuntam-se,
escondem-se, espionam os meus passos, como aguardando a hora de
me darem cabo da vida” (55: 5-6). E se lamenta: “Eles vigiam todos
os meus movimentos, esperando para me pegar.”

Do interior desta terrível dor, depressão e raiva, Davi clama com


vigor: “A morte os assalte, e vivos desçam à cova! Porque há
maldade nas suas moradas e no seu íntimo” (Salmo 55:15). Em
outras palavras: “Mate este traidor, Senhor. Não o deixe vivo.
Mande-o ao inferno, por causa do que me fez.”

Contudo, mesmo falando assim, Davi vê a si mesmo como inocente.


Testifica: “Mas eu invocarei a Deus...de tarde e de manhã e ao meio
dia orarei” (55:16-17). Davi estava dizendo: “Senhor, Tu sabes que
fiz tudo para tentar Te agradar. Não toquei este homem - contudo,
ele se virou contra mim. Fez-se meu inimigo.”

São palavras do mesmo rei piedoso que chorou quando seu inimigo
homicida, Saul, foi abatido em batalha. Davi rasgou suas vestes em
sofrimento, e convocou os amigos para jejuar e orar, bradando: “Caiu
um gigante de Israel. Saul era um grande homem de Deus.” Contudo
agora, Davi diz o seguinte quanto a Aitofel, seu ex-amigo: “Mate-o,
Deus. Mande-o para o inferno, rápido.” E a seguir justifica sua atitude
dizendo: “Sou um homem de oração. Estou sempre de joelhos.”

O quanto nós cristãos somos iguaizinhos a Davi. Naquela dor


terrível e em depressão, clamamos em justiça própria: “Senhor
- não permita que vivam mais um dia.”

Alguma vez você sofreu a traição de um amigo íntimo?

Talvez você conheça alguém que disse a todos que o amava. Mas aí,
zing! - este amigo lhe apunhala pelas costas. Se vira contra você, e
resolve lhe agredir.

Talvez você esteja separado ou divorciado do cônjuge, e agora este


esteja lhe apunhalando. No passado você estava convencido de que
seu companheiro lhe amava e respeitava. Ficou ao seu lado junto ao
altar prometendo ser seu para o resto da vida. No começo, as
palavras dele eram suaves e amorosas, e você achou, “Somos tão
próximos um do outro. Ele é o meu amigo mais íntimo.”

Mas agora ele lhe abandonou, talvez por outra pessoa. Ele lhe acusa -
solta palavras brandas, mas por traz busca lhe destruir. Você chora
até conseguir dormir, e pensa: “Eu pensava que o conhecesse. Como
pôde ficar assim?”

Talvez seu inimigo seja um amigo próximo e pessoal - talvez um


pastor ajudante ou um obreiro cristão. Houve época em que esse
amigo lhe parecia piedoso e sincero, e você confiava nele. Mas, de
repente, sem razão aparente, ele se vira contra você. Você nada fez
para causar essa oposição da parte dele. Na verdade, até mesmo
quando lhe acusou, você se manteve amigo. E no entanto, não dá
para acreditar o quanto ele envenenou os outros sobre você:
mentiras, palavras ofensivas, manipulações. E a dor é ainda mais
profunda porque se tratava de um amigo.

Você pode estar se perguntando: “Será que essas coisas


realmente acontecem dentro do corpo de Cristo? Não vejo como
isso seria real em qualquer cristão.” Fico triste em dizer que tudo isso
é muito real.

Conheço um piedoso homem de negócios que foi convidado a


participar da diretoria de uma organização cristã. Na primeira
reunião, ele ficou chocado com a politicagem e o engalfinhamento
que testemunhou. Ele me telefonou, desconcertado, e perguntou:
“Todos os ministérios são assim? Este tipo de coisa posso esperar
dentro dos negócios, mas estou desencorajado pelo que vi e ouvi
entre aqueles homens. Eles não conseguem se reunir no Espírito de
Cristo, e resolver suas diferenças.”

Entenda, é impossível ser verdadeiramente santo sem


obediência total ao mandamento de nosso Senhor para nos
amarmos uns aos outros. Jesus diz: “Toda a lei é cumprida
nisso: amar a Deus de todo o coração, e ao teu próximo como
a ti mesmo” (v. Mateus 22:37-40). Em verdade, Deus testa o nosso
amor por Ele, pelo amor que demonstramos para com nossos irmãos
e irmãs. “Se alguém disser: Eu amo a Deus, e odiar a seu irmão, é
mentiroso. Pois aquele que não ama a seu irmão, a quem viu, como
pode amar a Deus, a quem não viu?” (I João 4: 20).

Pode-se cantar louvores a Deus na igreja, dar comida aos sem teto -
mas se houver um só ressentimento contra alguém, o seu amor por
Deus é em vão. As Escrituras afirmam que se você alberga o
mal no coração contra outra pessoa, você é um hipócrita
consumado aos olhos de Deus.

Amar os que nos ferem não é uma opção, mas mandamento:


“Ora, o seu mandamento é este, que creiamos no nome de seu Filho
Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, segundo o mandamento
que nos ordenou” (I João 3:23). “Isto vos ordeno: Amai-vos uns aos
outros.” (João 15:17).

Você pode protestar: “Senhor, Te servirei, louvarei, adorarei, farei


sacrifícios por Ti - mas não esperes que eu submeta aTi esta ofensa.
Se compreendesses a profundidade da dor que tenho enfrentado, Tu
não me pedirias isto. Está além da minha capacidade.”

Não - está dentro da sua capacidade fazê-lo. Jesus diz que nos deu
todo o poder sobre o inimigo. O Seu Santo Espírito nos dá poder para
perdoar, mesmo quando somos feridos profundamente.
Veja, como membros do corpo de Cristo, devemos reagir segundo a
orientação dada por nosso Líder, Jesus. Pense nisso: nem um de seus
dedos se move, nem o olho pisca, sem serem direcionados pelo
cérebro. Assim, se Cristo é o nosso Cabeça, então todos Seus
membros devem se mover de acordo com Seus pensamentos. E Ele
claramente expressou Seu pensamento neste assunto: “Antes sede
uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns
aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Efésios
4:32).

Você está agindo segundo a sabedoria de Cristo? Ou se tornou o seu


próprio cabeça, independente dEle? Você perdoou em amor os seus
inimigos, assim como Jesus lhe perdoou? Ou ainda tem rancor, o que
faz com que seus pecados se acumulem contra você?

Tenho um óleo de rícino forte para você

Muitas vezes, o mandamento de Deus para amar nossos inimigos


pode parecer remédio amargo e ruim. Mas, como o óleo de rícino que
eu tinha de engolir na minha juventude, é um remédio que cura.
Muitos cristãos não estão querendo tomar este remédio. Eles o vêem
especificado nas Escrituras, mas raramente o seguem. Ainda
continuam se achando inocentes ao depreciar os inimigos.

Porém Jesus declara com muita clareza: “Ouvistes que foi dito:
Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos
digo: Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”
(Mateus 5: 43-44).

Jesus estaria contradizendo a lei aqui? De jeito nenhum. Ele estava


revertendo o espírito da carne que havia penetrado na lei. Naquela
época, os judeus só amavam outros judeus. Um judeu não devia
apertar as mãos de um gentio, e nem mesmo permitir que sua túnica
roçasse a vestimenta de um estranho. Porém esse não era o espírito
da lei. A lei era santa, ensinando: “Se o teu inimigo tiver fome,
dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber.
Assim fazendo, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça, e
o Senhor te recompensará” (Provérbios 25:21-22).

Jesus também discursou sobre a lei do Velho Testamento no que se


relaciona à ofensas e feridas. Ele declara: “Ouvistes que foi dito:
Olho por olho, e dente por dente. Eu, porém, vos digo: Não
resistais ao homem mau. Se alguém te bater na face direita,
oferece-lhe também a outra” (Mateus 5:38-39).

Sob a lei Mosaica, a todo aquele que produzisse ferimento deveria ser
feito de igual maneira - ferimento por ferimento, golpe por golpe.
Porém não deveria ser assim sob o ministério da graça de Cristo. Em
verdade, o mandamento de Jesus para amarmos o próximo, foi feito
para incluir até nossos inimigos.

Pode-se perguntar: “Nós devemos amar as pessoas más: médicos


que fazem aborto, políticos inescrupulosos, homossexuais militantes
que afirmam que Jesus era gay? A Bíblia não nos manda bradar
contra o pecado, e tenazmente resistir aos malignos?” Sim, manda.
Mas devemos resistir aos maus procedimentos destas pessoas
sem odiá-los.

Você talvez queira invocar a prece de Davi: “Não odeio eu, ó Senhor,
e abomino aqueles que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio
completo; tenho-os por inimigos” (Salmo 139: 21-22). Porém, até
mesmo Davi finalmente descobriu o gracioso e generoso espírito da
lei. Ele aprendeu ser possível odiar o mal de alguém, sem odiar a
pessoa. Ele escreveu: “Aborreço as ações daqueles que se
desviam” (Salmo 101:3). “Aborreço todo caminho errado”
(Salmo 119:104). “Odeio e abomino a falsidade [deles]”
(Salmo 119: 163).

Veja os exemplos de Jesus

Ele enfrentou todo o mal reunido pelos poderes significativos de Seus


dias: oficiais do governo, líderes políticos e da igreja. Todas estas
pessoas fizeram-se inimigas de Cristo, enfurecendo-se com Ele com
maldade. Contudo no ápice da dor - à beira da morte - Jesus orou:
“Pai, perdoa-lhes” (Lucas 23:34).

Estevão tinha todo o direito de resistir àqueles que o apedrejavam.


Poderia apontar o dedo àqueles líderes religiosos corruptos e dizer:
“Até o dia do juízo. Vocês não vão ficar impunes. Deus vai puni-los
por esse pecado.” Mas, em vez disso, Estevão seguiu o exemplo de
Jesus, e orou: “Senhor, não lhes imputes este pecado” (Atos
7:60).

Quando Míriam se levantou reclamando contra o irmão, Moisés, ela


cometeu pecado punível com a morte. E Deus foi fiel em vingar
Moisés, golpeando sua irmã com lepra. Porém Moisés não se alegrou
com o sofrimento de Míriam. Isto fez doer seu coração, e ele pediu
que Deus a curasse: “Ó Deus, rogo-te que a cures” (Números
12:13).

Paulo foi bajulado por hipócritas que depois o insultaram, ofenderam


e caluniaram. Pessoas até distantes se opuseram a Paulo - políticos
maus, sociedades inteiras, sodomitas romanos que o odiavam por ele
se colocar contra suas práticas homossexuais. Até igrejas se
levantaram contra ele. Mestres enfurecidos, invejosos das revelações
que Paulo recebia, zombavam e o deturpavam. Outros o acusavam
de malversar o dinheiro.

Não se engane: Paulo odiava o pecado destas pessoas. Elas induziam


outros ao erro; isso o fazia sofrer - e ele falou contra esta prática
errada. Mas nunca deixou de amar as pessoas ou de orar por suas
almas. Testificou: “Quando somos injuriados, bendizemos; quando
somos perseguidos, sofremos; quando somos difamados,
consolamos” (I Coríntios 4:12-13). Paulo estava seguindo o exemplo
de Jesus. Como Pedro escreveu a respeito de Cristo: “Quando foi
injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes,
entregava-se àquele que julga justamente” (I Pedro 2:23).

Podemos odiar as atitudes imorais dos governantes. Podemos odiar o


pecado dos homossexuais, dos favoráveis ao aborto e de todos que
desprezam Cristo. Mas o Senhor ordena que os amemos como
pessoas - pessoas por quem Jesus morreu. E nos ordena que
oremos por eles.

Mesmo assim, em vez disso, muitas vezes brincamos às custas deles.


Já contei e já ri de muitas piadas sobre nosso Presidente. Creio que
sua posição quanto ao aborto em gravidez de termo é uma
abominação aos olhos de Deus, e me faz ferver o sangue. Mas isto
não é desculpa para eu não levar a sério a alma eterna dele. Se
alguma vez eu depreciar a pessoa, em vez dos princípios por
trás dela, não estou verdadeiramente representando a Cristo.

Creio que o nome de Jesus tem sido desonrado, devido à maneira


com que muitos cristãos reagem aos malfeitores. Temos nos zangado
com aqueles em favor dos quais deveríamos estar orando. Assim
chamados cristãos explodiram clínicas de aborto, assassinaram
médicos que praticavam aborto, levantaram punhos furiosos contra
os que faziam passeatas gay. Nada disso é o Espírito de Cristo. O
nosso poder está quando ajoelhados, não agitando os punhos
ou nos igualando em julgamento feroz.

Agora falemos a respeito dos inimigos dentro da Igreja

Como devemos reagir aos cristãos que se fizeram nossos


inimigos?

Jesus ordena que os amemos, fazendo três coisas:

1. Bendizendo-os.
2. Fazendo-lhes o bem.
3. Orando por eles.

“Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem


aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos
perseguem” (Mateus 5:44).

Revisemos nossas vidas à luz destas três coisas, para ver se estamos
sendo obedientes a Cristo, nosso Cabeça:

1. “Bendizei os que vos maldizem.” O quê, exatamente, significa


bendizer? A palavra em grego aqui implica em “falar só o que é
bom e edificante, em voz alta, com a boca”. Não devemos
apenas pensar coisas boas sobre nossos inimigos, mas falá-las
abertamente.

Tenho falhado verdadeiramente neste mandamento. Lembro-me de


uma vez quando algumas pessoas que eu amava muito se
levantaram contra mim, me perseguindo e acusando. Foi a maior dor
que já senti, e consumia meus pensamentos dia e noite. Sempre que
tinha uma chance, eu descarregava o coração com qualquer pessoa
que quisesse ouvir.

Um dia um casal querido do ministério pediu que almoçássemos


juntos, com Gwen minha esposa, e eu. Mal havíamos nos assentado,
comecei a descarregar minha carga sobre eles. Relatei-lhes cada
detalhe do meu sofrimento - cada mentira que fora dita, cada mágoa
provocada. O casal nem entendeu o que estava acontecendo. Cerca
de uma hora mais tarde, foram embora desconcertados. Ao olhar
para Gwen, enxerguei desencorajamento em seus olhos. Foi aí que
acendeu a luz: só eu havia falado.

Mais tarde descobri que este querido casal estava sofrendo - e é por
isso que estavam desesperados para nos encontrar. Eu, porém, nem
cheguei a lhes perguntar como estavam passando. Não conseguiram
receber uma palavra certa - e foram embora vazios, áridos, não
edificados. Se eu tivesse pelo menos obedecido o mandamento de
Jesus para bendizer os que me perseguiam, falando bem deles, este
casal poderia ter recebido bênção. Em vez disso, se retiraram com o
espírito abatido.

2. “Fazei bem aos que vos odeiam.” O que significa fazer bem aos
que se opõem a nós? O significado em grego aqui implica
“honestidade mais restauração”. Jesus está dizendo basicamente:
“Faça o possível para conseguir que seu inimigo seja curado e
restaurado dos laços de Satanás. Você sabe que o que esta pessoa
lhe está fazendo é mal. No entanto, você não deve se concentrar na
dor que está sentindo, mas em que a alma de seu inimigo está sendo
induzida ao erro.”

Cristo na realidade ordena que antevejamos a situação de


condenação, em que se encontra a alma dos que nos perseguem.
Não devemos nos confortar com a idéia de que Deus um dia vingará
os pecados deles contra nós. Antes, devemos orar por eles.
Devemos tentar destruir todas as muralhas que os possam
condenar, e desenvolver todos os esforços para reconstruir
uma ponte para eles.

Jesus prometeu: “Se de alguns perdoardes os pecados, são-


lhes perdoados; se lhos retiverdes, são retidos” (João 20:23).
Perdoar quer dizer: “esquecer completamente, renunciar, pôr
de lado”. É claro, ninguém pode perdoar os pecados de alguém
contra Deus. Só Cristo pode fazer isto, através de Sua obra na cruz.
Mas podemos perdoar os pecados cometidos contra nós. Jesus está
dizendo: “Se você perdoar o pecado cometido contra você, Eu
perdoarei este pecado no céu. Perdoarei o seu inimigo às suas
custas.”

A ordem de Cristo aqui é muito simples: “Tome a iniciativa. Não


espere, não perca a oportunidade - pois a alma de seu inimigo pode
ir para a eternidade ainda carregando o pecado. Seja você o primeiro
a buscar reconciliação. É claro que a sua bondade pode ser rejeitada.
Mas se for aceita, você pode se apresentar no dia do juízo sabendo
que seu inimigo não foi julgado e condenado, devido ao pecado que
cometeu contra você.”

3. “Orai pelos que vos perseguem.” Vemos este mandamento


ilustrado nos deveres do Sumo Sacerdote. Primeiro: a lei exigia que o
sacerdote fizesse o sacrifício da oferta e a colocasse sobre o altar,
para tratar do pecado do povo. E, segundo: o sacerdote deveria orar
pela congregação, agindo como seu intercessor.

Esse procedimento sacerdotal foi demonstrado na cruz. Jesus fez as


duas coisas: primeiro, fez o sacrifício pelo pecado com Seu próprio
corpo. Então orou por perdão para o povo, incluindo Seus próprios
perseguidores.

E, neste instante Cristo está intercedendo pelos seus inimigos: “Se,


todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o
Justo” (I João 2:1). Jesus é advogado até mesmo dos que O
perseguiram. Então, se Ele está intercedendo por suas almas, como
pode você continuar sendo inimigo deles? É simplesmente impossível.

O quão importante é perdoar e bendizer os nossos inimigos?


Paulo escreve: “Dai lugar à ira” (Romanos 12:19). Em resumo, ele
está dizendo: “Sofra a ofensa. Aquiete-a e mexa-se. Vá viver no
Espírito”. Contudo, se nos recusamos a perdoar as ofertas contra
nós, temos de enfrentar estas conseqüências:

1. Nos tornamos mais culpados do que a pessoa que nos infligiu


ofensa.
2. A misericórdia e a graça de Deus para nós serão bloqueadas.
Então, quando as coisas começarem a ir mal em nossas vidas, não
vamos entender, pois estaremos em desobediência.
3. A pressão de nosso perseguidor contra nós continuará nos
roubando a paz. Ele se torna o vencedor, conseguindo nos infligir
sofrimento permanente; continua sorridente vivendo sua vida,
enquanto nós continuamos fermentando nossa raiva.
4. Devido ao fato de Satanás conseguir nos levar a ter pensamentos
de vingança, ele se torna capaz de nos levar a pecados mais graves.
E cometeremos transgressões muito piores do que essa.

O escritor de Provérbios aconselha: “A discrição do homem o torna


longânimo, e sua glória é perdoar as injúrias” (Provérbios 19:11). Em
outras palavras, não devemos fazer nada enquanto nossa raiva
não abaixar. Jamais devemos tomar decisões, ou desenvolver
qualquer atitude estando ainda irados.

Além disso, trazemos glória para nosso Pai celestial toda vez que não
dermos atenção às ofensas, e perdoarmos os pecados que cometem
contra nós. Isso nos faz criar caráter. Já lemos que se reagirmos
como Jesus, “o Senhor te retribuirá” (Provérbios 25:22). Quando
perdoamos como Deus perdoa, Ele nos leva à uma revelação de
favorecimento e de bênçãos que nunca antes conhecemos.

Autor David Wilkerson


Fonte Times Square Church Pulpit Series
Copyright © 1999 by World Challenge, Lindale, Texas, USA.

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