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(A) é do tipo observador, pois revela não ter conhecimento sobre o que se
passa no universo sentimental e psíquico da personagem (Macabéa).
(B) é onisciente, pois assume o papel de criador de uma vida, sobre a qual
detém todas as informações; o poder da onisciência é, para ele, fonte de
satisfação, pois Rodrigo S. percebe que os fatos dependem de seu arbítrio.
(C) é do tipo observador, pois limita-se a descrever superficialmente as
emoções de Macabéa, o que fica evidente nas ocorrências enigmáticas do
termo “explosão“, apresentado sempre entre parênteses.
(D) constitui-se como um personagem, pois narra em primeira pessoa; não há,
entretanto, referências à sua história pessoal, visto que seu objetivo é falar
sobre um personagem de ficção (Macabéa).
(E) é um dos personagens do livro; entretanto, ao apresentar-se não só
como narrador, mas também como criador da história, problematiza a
essência da literatura de ficção, que reside na recriação arbitrária do real.
Fonte: https://www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugu
es/a_hora_da_estrela
Fonte: https://www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugu
es/a_hora_da_estrela
COMENTÁRIO:
COMENTÁRIO:
Fonte: https://www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugu
es/a_hora_da_estrela
8.
(PUC-SP)
Indique a alternativa que NÃO condiz com esse romance entendido como um
todo:
(A) A história são as fracas aventuras de uma moça alagoana, “numa cidade
toda feita contra ela”, o Rio de Janeiro.
(B) Macabéa, personagem do romance, tem a coragem e o heroísmo dos
fortes e se torna, na vida, a grande estrela com que sempre sonhou.
(C) A estrela que dá título à obra é a estrela de cinema e só aparece mesmo
na hora da morte.
(D) A narrativa constrói-se da alternância entre as reflexões do narrador que
parece narrar a si mesmo e os fatos apresentados que dão o retrato da
protagonista.
(E) O espaço da ação é o social-urbano, mas restrito à “Rua do Acre para
morar” e à “Rua do Lavradio para trabalhar”.
Fonte: https://www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugu
es/a_hora_da_estrela-2
(A) O narrador faz uma narrativa aberta para o leitor, procurando fazer com
que o leitor se identifique com os personagens.
(B) Existe um narrador que dificulta a localização de sua voz, misturando-a
com a das outras personagens.
(C) A escritura do texto é extremamente rebuscada e, portanto, difícil de
estabelecer qualquer relação do texto com o narrador.
(D) O narrador, a todo momento, chama a atenção do leitor, alertando-o
de que se trata de uma obra de ficção e, consequentemente, dificultando
uma identificação do leitor com os personagens.
(E) Não é possível identificarmos a presença do narrador.
15. (ACAFE) Sobre o texto "Tentarei tirar ouro de carvão. Sei que estou
adiando a história e que brinco de bola sem a bola. O fato é um ato? Juro que
este livro é feito sem palavras.", extraído do livro A hora da estrela, pode-se
afirmar que:
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es/a_hora_da_estrela-3
18.
(PUC-RS)
19.
01.
20.
(FUVEST)
Leia este trecho de A Hora da Estrela, de Clarice Lispector, no qual Macabéa,
depois de receber o aviso que seria despedida do emprego, olha-se no
espelho:
“Depois de receber o aviso foi ao banheiro para ficar sozinha porque estava
toda atordoada. Olhou maquinalmente ao espelho que encimava a pia imunda
e rachada, cheia de cabelos, o que tanto combinava com sua vida. Pareceu-lhe
o espelho baço e escurecido não refletia imagem alguma. Sumira por acaso
sua existência física? Logo depois passou a ilusão e enxergou a cara toda
deformada pelo espelho ordinário: o nariz tornado enorme como o de um
palhaço de nariz de papelão. Olhou-se e levemente pensou: tão jovem e já
com ferrugem.”
b) Também no contexto da obra, explique por que o narrador diz que Macabéa
pensou "levemente"?
RESPOSTAS ESPERADAS:
Fonte: https://www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugu
es/a_hora_da_estrela-4
RESPOSTAS ESPERADAS:
b) Metalinguagem
Fonte: https://www.passeiweb.com/preparacao/banco_de_questoes/portugu
es/a_hora_da_estrela-5
Enem 2013
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra
molécula e nasceu a vida. Mas antes da pré-história havia a pré-história da
pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o quê, mas
sei que o universo jamais começou.[...]
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever.
Como começar pelo início, se as coisas acontecem antes de acontecer? Se
antes da pré-pré-história já havia os monstros apocalípticos? Se esta história
não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos
– sou eu que escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi
palavra mais doida, inventada pelas nordestinas que andam por aí aos montes.
Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual –
há dois anos e meio venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da
iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei. Como que estou
escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não início pelo fim que
justificaria o começo – como a morte parece dizer sobre a vida – porque
preciso registrar os fatos antecedentes.
LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1998 (fragmento).
Resposta Questão 1
Alternativa “c”. Na questão sobre o fragmento do livro “A
hora da estrela”, de Clarice Lispector, podemos perceber a
preocupação em abordar os aspectos relacionados com a
composição do texto literário. A peculiaridade da voz
narrativa de Clarice mostra as reflexões existenciais do
sujeito em crise e também uma técnica de construção do
discurso muito presente na linguagem da escritora, o
“fluxo de consciência”, no qual a personagem deixa de
narrar para fazer reflexões acerca do próprio
comportamento.
UFPR – 2008
“(...) As palavras me antecedem e ultrapassam, elas me
tentam e me modificam, e se não tomo cuidado será tarde
demais: as coisas serão ditas sem eu as ter dito. Ou, pelo
menos, não era apenas isso. Meu enleio vem de que um
tapete é feito de tantos fios que posso me resignar a
seguir um fio só; meu enredamento vem de que uma
história é feita de muitas histórias. (...)”
(de “Os desastres de Sofia”)
(...) Na verdade era uma vida de sonho. Às vezes, quando
falavam de alguém excêntrico, diziam com a benevolência
que uma classe tem por outra: “Ah, esse leva uma vida de
poeta”. Pode-se talvez dizer, aproveitando as poucas
palavras que se conheceram do casal, pode-se dizer que
ambos levavam, menos a extravagância, uma vida de mau
poeta: vida de sonho. Não, não era verdade. Não era uma
vida de sonho, pois este jamais os orientara. Mas de
irrealidade . (...)”
(de “Os obedientes”)
Com base nos fragmentos acima transcritos, extraídos de
contos do livro Felicidade clandestina, de Clarice
Lispector, considere as seguintes afirmativas:
I. Narrar ou deixar de narrar, avaliar de diferentes maneiras
um mesmo fato narrado são hesitações frequentes dos
narradores de Clarice Lispector. Como nos fragmentos
acima, também em outros contos prioriza-se a abordagem
da vida interior, própria ou alheia, revelando sutis
alternâncias de percepção da realidade.
II. O aspecto metalinguístico está presente no primeiro
fragmento.
III. Na ficção de Clarice Lispector, as diferenças entre a
percepção masculina e a feminina não são tematizadas,
pois o ser humano está sempre condenado a viver num
mundo incompreensível.
IV. Na ficção de Clarice Lispector, apenas as personagens
adultas têm consciência de seus processos interiores. As
crianças e adolescentes sofrem o impacto de novas
descobertas, mas sua inocência os afasta de qualquer
comportamento perverso e os protege dos riscos de viver
mais intensamente.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3, 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
Resposta Questão 2
Alternativa “c”. Clarice enfatizou em sua obra a
investigação da percepção feminina, embora a percepção
masculina tenha sido explorada em outros contos e
romances. As personagens femininas são maioria em sua
obra. Quanto à alternativa IV, na obra clariceana, as
pulsões do mal estão presentes no universo infantil assim
como no universo adulto.
Questão 3