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Nação Ibérica: Realidade no futuro ou utopia?

A coexistência de Portugal e Espanha na Península Ibérica como estados independentes


foi desde sempre motivo de debate, pois havia quem defendesse a manutenção dos
estados tal como existem, como havia quem promovesse a união destas duas nações.
O facto é que, principalmente nestes últimos vinte anos, muitas mudanças têm ocorrido
a nível mundial e o crescimento dos estados membros na união europeia é um dos
exemplos.
Não quero, com isto, dizer que sou um acérrimo defensor da união ibérica, embora
confesso que seria uma possibilidade que, de certo modo, me agradaria e à qual, julgo
que estaria preparado para aceitar como realidade. Aliás, segundo uma sondagem
publicada pelo semanário Sol, 28% dos portugueses estariam de acordo a uma união
política com a Espanha, embora tenhamos que entender qual o contexto económico
nacional actualmente para poder relacionar estes números divulgados pelo semanário.
De qualquer forma, esta sondagem mostra, de facto, que a ideia de um iberismo existe e
que, talvez um dia, a união ibérica possa ser uma realidade.
Pérez - Revert afirma que, "qualquer espanhol que visite Portugal sente-se em casa e
qualquer português que visite Espanha sente o mesmo. Houve dificuldades históricas
que nos separaram, mas a Ibéria existe."
É esta mesma Ibéria que foi invadida por povos do norte da Europa, pelo império
romano e pelos muçulmanos que deixaram, ao longo da sua história, legados
importantíssimos nas nossas culturas (portuguesa e espanhola) e pelas quais, ainda hoje,
nos identificamos. Certamente, que em Espanha encontraríamos muitos aspectos pelos
quais nos afirmaríamos tal como os espanhóis encontrariam em Portugal o mesmo.
Pergunto, pois, como é possível que Portugal e Espanha vivam de costas voltados e
“neguem” as suas origens comuns?
Entendo também, perfeitamente, aqueles portugueses do norte que afirmam
identificarem-se mais com a Galiza do que, propriamente, com o sul do país ou com as
restantes autonomias espanholas, pois a aproximação geográfica e a própria cultura
galega são muito semelhantes e daí uma maior identificação
De qualquer forma, julgo que para haver uma aproximação política entre estas duas
nações ibéricas, é de relevante importância que Espanha resolva os seus próprios
problemas político-administrativos, pois como sabemos, existem várias regiões
autónomas que procuram a sua independência (ex: Catalunha e País Basco). Não faria
sentido uma união ibérica, quando a própria Espanha poderia encontrar-se numa
situação de possível fragmentação como aconteceu com a ex-URSS, a ex-Jugoslávia e a
ex-Checoslováquia.
Podem-me considerar um idealista, mas julgo que a base para a vivência em paz e
harmonia dos povos é a sua aproximação ao nível cultural, não tendo necessariamente
que perderem a sua identidade, mas sim respeitando a diferença entre todos.
Vivemos num mundo de constantes mudanças e, cada vez mais, é indispensável
unirmos esforços num sentido de humanização e de cooperação. Sejamos portugueses,
espanhóis ou mesmo ibéricos, somos acima de tudo, seres humanos!
Poderemos, porventura, um dia caminhar num sentido de união ibérica, mas gostaria
ainda mais, que progredíssemos para uma ligação mundial, uma identidade universal!
Afinal, o nosso objectivo primário como espécie humana é a nossa sobrevivência e
preservação, não fazendo, por isso, qualquer sentido a luta entre humanos por questões
territoriais e culturais. Está na altura de alargarmos os nossos horizontes na resolução
dos problemas da humanidade e “olharmos mais à frente” em vez de, apenas, nos
preocuparmos com o nosso “umbigo”.

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