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São Cristóvão/SE
2009
LORENA GRASIELLE NASCIMENTO DE OLIVEIRA
São Cristóvão/SE
2009
ii
Assinatura
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________ Nota________
Professor Dr. Ricardo de Aragão
(Orientador)
_________________________________________________ Nota________
Professora Dra. Luciana Coêlho Mendonça
(1º Examinador)
_________________________________________________ Nota________
Eng. MSc. Marcus Paulo Barbosa
(2º Examinador)
iv
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, agradeço a DEUS, o maior dos sábios, por ter-me concedido saúde,
sabedoria e disposição para que eu concluísse essa etapa da minha vida.
A minha mãe, Raimunda e aos meus irmãos Philippe e Thabatta pela felicidade de tê-los
por perto, paciência e apoio.
A toda minha família por me acompanhar nessa caminhada e acreditar nessa minha
vitória.
Às minhas queridas amigas, Nicia, Priscila, Shirley e Tanielly, pelo apoio, carinho,
incentivo e amizade.
Ao meu namorado Cayo, pelo carinho e amor, além do apoio, me encorajando a seguir
em frente.
Aos meus amigos-engenheiros da UFS Carlos Augusto, Elson, Eduardo, João Paulo,
Luiza, Mayra, Renan, Renato Athayde, Renato Garcez, Suzana e Tiago Dósea.
Compartilhamos momentos de aflição, nervosismo e finalmente a alegria pelo resultado dos
nossos esforços.
Estudo de Viabilidade de Implantação de um Sistema de Aproveitamento de Águas Pluviais para uso não potável em
edificações da Universidade Federal de Sergipe
RESUMO
A falta de água toma, a cada dia, grandes proporções. Para enfrentá-la se faz necessário o seu
uso racional. Nesse contexto, surgem alternativas que visam o uso sustentável dos recursos
hídricos e o aproveitamento de água pluvial se enquadra nessas alternativas, pois permite que
haja uma significativa diminuição do uso de água potável para atividades que não necessitem
de tratamento. Além disso, esta alternativa leva a uma diminuição considerável do volume de
água que será destinada ao sistema de drenagem urbana. Portanto, o presente trabalho teve
como objetivo estudar a viabilidade de implantação de um sistema de aproveitamento de água
pluvial para fins não potáveis no Centro de Convivência, Departamento de Farmácia e Prédio
Multidepartamental, localizados na Universidade Federal de Sergipe.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
RESUMO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
1 - INTRODUÇÃO.................................................................................. Erro! Indicador não definido.
1.1 - OBJETIVO GERAL ......................................................... Erro! Indicador não definido.
1.2 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................ Erro! Indicador não definido.
2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................................................. 4
2.1 - Ciclo hidrológico ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
2.2 Distribuição de água na Terra ........................................................... Erro! Indicador não definido.
2.3- A precipitação .................................................................... Erro! Indicador não definido.
2.4- A falta de água nas grandes cidades e os problemas advindos de sua escassez.......... Erro!
Indicador não definido.
2.5- Água de chuva: Alternativa para uso não potável.............. Erro! Indicador não definido.
2.6- Coleta de água de chuva nas regiões do Brasil .................. Erro! Indicador não definido.
2.7- Conservação de água em grandes cidades.......................... Erro! Indicador não definido.
2.8- Normas para aproveitamento de água de chuva................. Erro! Indicador não definido.
2.9- Aproveitamento de água de chuva no meio urbano e em áreas ruraisErro! Indicador não
definido.
2.10- Qualidade da água da chuva no meio urbano e rural ...................................................... 11
2.12 Legislação.......................................................................... Erro! Indicador não definido.
3 – ÁREA DE ESTUDO......................................................................... Erro! Indicador não definido.
3.1 As edificações alvo do presente trabalho ............................ Erro! Indicador não definido.
3.2 – Caracterização Climática de São Cristóvão...................... Erro! Indicador não definido.
4.0 – METODOLOGIA .......................................................................... Erro! Indicador não definido.
4.1 - Levantamento de Áreas de Contribuição para a Captação de Água de Chuva .......... Erro!
Indicador não definido.
4.2 – Caracterização da demanda de água................................. Erro! Indicador não definido.
4.3 – Reservatório de Auto-Limpeza......................................... Erro! Indicador não definido.
4.4 – Reservatórios de Armazenamento .................................... Erro! Indicador não definido.
4.5 – Conjunto Elevatório......................................................................................................... 23
4.6 - Análise de Viabilidade Econômica ................................... Erro! Indicador não definido.
vi
1 - INTRODUÇÃO
Atualmente, a humanidade passa por uma crise de cunho ambiental que é a escassez de
água. Essa crise parece ter caráter incoerente, visto que o nosso planeta é bastante rico quando
se fala nesse recurso. Porém essa riqueza é mal distribuída, pois a maior parte da água do
planeta é salgada, imprópria para o consumo humano e seu tratamento para torná-la
disponível para tal consumo é muito caro.
Entretanto há fatores que tornam a quantidade disponível para consumo ainda menor, a
saber: urbanização, industrialização, poluição, aquecimento global, falta de consciência
ambiental e o consumo elevado devido ao crescimento populacional. Estes fatores têm
agredido, de forma irremediável, os recursos hídricos.
Ao passo que a população aumenta, a demanda por água potável também cresce, porém
a quantidade de água disponível para tal uso diminui, visto que a água utilizada volta para a
natureza em forma de esgoto, quase nunca tratado. Além disso, outros fatores para o uso
inadequado e desperdício poderão ser citados: a água é utilizada para um fim que não
necessita de tratamento; a disposição final dos esgotos e efluentes industriais sem qualquer
tipo de tratamento tem degradado a qualidade das águas. Nesse sentido, começa a haver uma
crescente preocupação com o futuro dos recursos hídricos, buscando alternativas para
minimizar as causas da sua falta, uma vez que a água vem se tornando um bem cada vez mais
escasso.
Com base no acima exposto, observa-se que novas técnicas de uso sustentável dos
recursos hídricos surgem para garantirem a sua utilização. Segundo TOMAZ (2006), o uso
racional da água já está sendo introduzido na América do Norte, Europa e Japão. As principais
medidas utilizadas atualmente são o uso de bacias sanitárias de baixo consumo, isto é, 6 litros
por descarga, torneiras e chuveiros mais eficientes quanto à economia da água, diminuição
das perdas de água dos sistemas públicos, reciclagem e reuso da água. Porém o emprego
destas novas tecnologias implica em investimentos, nem sempre disponíveis. Neste fim
existem outras tecnologias não convencionais e de certa maneira mais acessíveis do ponto de
vista econômico, tais como aproveitamento de águas pluviais.
exacerbada, também gera um alívio nas galerias pluviais, facilitando o escoamento da água
não captada, prevenindo assim diversos problemas ambientais, tais como, enchentes,
proliferação de doenças de veiculação hídrica e erosões.
Nos dias de hoje, a legislação brasileira define a água pluvial como esgoto, pois passa
dos telhados para os pisos e, finalmente, para as bocas de lobo, aonde vai carreando todo tipo
de impurezas para um córrego que chega num rio e, que por sua vez, vai acabar suprindo uma
captação para Tratamento de Água Potável. Depois do início da chuva, somente as primeiras
águas carreiam impurezas (ácidos, fezes de animais, poeira, microorganismos, e outros
poluentes atmosféricos), sendo que, passado pouco tempo, a mesma já adquire características
de água destilada, que pode ser coletada em reservatórios fechados.
Sabe-se que a água está disponível na natureza, mas captar, tratar e distribuí-la, em
quantidade e qualidade para a população não é das tarefas mais fáceis. Logo, economizá-la,
utilizando forma racional é o melhor remédio para combater a crise por que passam os
recursos hídricos. Há diversas formas de fazê-lo, como, por exemplo, utilizar água de chuva
para consumo não potável.
A água distribui-se, no planeta, de forma irregular. Fato que podemos verificar através
das características e da quantidade de água por região. No mundo existem locais que têm
muita água, como o Brasil e locais em que a água está cada vez mais escassa, como é o caso
dos grandes desertos. MAY (2004), Apesar de termos cerca de 70% da superfície da Terra
cobertos por esse líquido, 97,5 % encontram-se nos oceanos e cerca de 2,5% são de água
doce. Do percentual de água doce, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo (68,9 %),
uma parte é subterrânea (29,9%), 0,9% são representados pela biosfera e atmosfera em forma
de vapor e 0,3%, são de lagos e rios. Fica bem claro que a quantidade de recursos hídricos
acessível ao consumo humano é uma fração muito pequena do capital hidrológico. As Figuras
2.2, 2.3 e 2.4 mostram claramente essa distribuição da água no planeta Terra.
2.3- A precipitação
2.4- A falta de água nas grandes cidades e os problemas advindos de sua escassez
Irrigação;
Recreação e lazer;
Navegação;
Diluição de despejos.
Até meados do século passado não se tinha a preocupação com a escassez da água,
utilizando-a de forma irracional. Nos dias de hoje, entretanto, grande parte da população já
tem uma consciência ambiental de que os recursos hídricos necessitam de atenção e de
alternativas para uma utilização sustentável, evitando assim o desperdício.
industriais nos mananciais. Sabe-se que em regiões pobres, normalmente situadas na periferia
das grandes cidades, os esgotos sanitários e o lixo doméstico, sem qualquer tratamento, são
diretamente lançados em águas.
Por outro lado, à medida que a população cresce a demanda por água potável também
ganha grandes proporções. Porém esse bem está cada vez mais escasso. Até mesmo países que
tem grande disponibilidade desse recurso sofrem com a falta d’água. O maior exemplo é o
Brasil, que possui em seu território a maior reserva mundial de água de água doce, rio
Amazonas e, no entanto também passa por essa crise.
Há diversos meios de prevenir tal crise. Abaixo se encontram listadas algumas maneiras
de prevenção de caráter importante:
Para amenizar a crise por que passam os recursos hídricos, as águas de chuva podem ser
destinadas para usos não potáveis. Aproveitá-las para lavagem de carro e calçadas, descargas
de banheiros, irrigação, reduz a utilização de água tratada para usos em que não é necessário
potabilidade.
pois além de ajudar a reduzir a utilização de água potável para uso em que não se necessite de
potabilidade, pondera a exploração dos aqüíferos bastantes degradados com a extração
excessiva e também gera um alívio nas galerias pluviais, facilitando o escoamento da água
não captada, prevenindo assim diversos problemas ambientais, tais como, enchentes,
proliferação de doenças de veiculação hídrica e erosões.
Aqui no Brasil, um caso em destaque é o Shopping Aricanduva (São Paulo/SP) que tem
62 mil m² de telhado, e em uma chuva forte, chega a armazenar 7 mil m³ de água. Também já
existem postos de gasolina e escolas adotando o aproveitamento da água das chuvas, para
lavagem de carros e para descarga nos banheiros. Assim como em São Paulo, em
Florianópolis (SC) já há projetos de lei para tornar obrigatório o aproveitamento das águas de
chuva em edifícios.
O semi-árido brasileiro, que inclui o Nordeste e o norte de Minas Gerais, também faz
uso das águas pluviais para superar a falta de água no semi-árido nordestino. A ASA
(Articulação no Semi-árido) coordena, desde julho de 2003, o Programa de Formação e
Mobilização Social para a Convivência com o Semi-Árido: um Milhão de Cisternas Rurais –
P1MC. É um vasto programa de construção de 1 milhão de cisternas para captação de água de
chuva. Estima-se que cerca de 5 milhões de pessoas serão beneficiadas. O Programa favorece
a nove estados: BA, MG, PI, RN, AL, SE, CE, PE e PB e visa construir uma cisterna (Figura
5) para cada família. A cisterna, com capacidade de 16 mil litros de água, armazena águas de
chuva que cai sobre os telhados das casas e são captadas pelas calhas instaladas nos telhados.
Além de amenizar o problema da escassez de água, o Programa ainda gera empregos, visto
que a cisterna é construída por pedreiros da região, formados e capacitados pelo P1MC. A
água da cisterna dura em torno de oito meses se for utilizada de forma adequada. De acordo
com a ASA, até 28/04/2009, 254.200 cisternas já formam construídas e 5.425 pedreiros foram
recapacitados.
10
Reduzir a demanda;
Tal norma se aplica a usos não potáveis em que as águas pluviais podem ser
aproveitadas em descargas, lavagem de veículos, calçadas e ruas, limpeza de pátios, espelhos
de água, bacias sanitárias e usos industriais.
Já no meio rural, a água da chuva é utilizada para consumo humano, inclusive para
beber, uso doméstico e cozimento de alimentos, quase sempre sem tratamento. Enfim,
geralmente supri as necessidades das famílias sofridas com a seca. Além disso, as águas
pluviais são utilizadas, no campo, para irrigação de culturas.
Assim como a utilização, a qualidade da água de chuva no meio urbano difere daquela
do meio rural. No meio rural, onde, teoricamente, há menos poluição atmosférica que no meio
urbano, as águas de chuva tendem a ser mais limpas e livres de elementos poluentes.
Para reter impurezas, evitando assim o entupimento da tubulação, é necessário pôr uma
grade sobre a calha (Figura 2.8).
Quando se faz a captação de água de chuva, para qualquer fim, é necessário tomar
algumas precauções:
Para evitar que pequenos animais entrem no reservatório, deve-se pôr uma grade
na saída do extravasor;
Descarte das primeiras águas, pois estas carreiam impurezas, fezes de animais e
poluentes tóxicos, que ficam sobre os telhados;
água potável;
Para realçar o uso não potável, deve-se colocar a tubulação de água de chuva de
uma cor distinta à cor de tubulação de uso potável;
Deverão existir avisos indicando que a água é para uso não potável;
2.12 Legislação
Rio de Janeiro
São Paulo
O código sanitário de São Paulo determina que não deve haver contato do sistema de
água potável e não potável como também o fato da disposição de água de chuva na rede de
esgoto sanitário. A lei 13.276 de janeiro de 2002, obriga a execução de reservatório para
coleta de águas de chuva provenientes de telhados e pavimentos, que estejam em locais com
área impermeabilizada superior a 500m². O principal objetivo da captação de águas de chuva,
no estado de São Paulo, é minimizar as enchentes.
16
Curitiba
A água das chuvas será captada na cobertura das edificações e encaminhada a uma
cisterna ou tanque, para ser utilizada em atividades que não requeiram o uso de água tratada,
proveniente da rede pública de abastecimento, tais como: rega de jardins e hortas, lavagem de
roupa, lavagem de veículos, lavagem de vidros, calçadas e pisos.
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3 – ÁREA DE ESTUDO
O campus de São Cristóvão (onde está inserido o local de estudo) conta, atualmente,
com os seguintes centros:
O Centro de Convivência, que tem uma área de cerca de 4000 m2, foi planejado para ser
um centro de convergência de toda a população do campus, quer seja nos momentos de lazer,
como calouradas, apresentações de bandas e grupos folclóricos, comemorações e shows, quer
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seja como um centro de conveniência. Neste centro poderão ser encontrados academia,
agência bancária, lojas variadas, palco com camarins, restaurantes, salas para comércio,
lanchonetes, dentre outros ambientes.
Clima e Precipitações
240
232
230
220 221
220
211
210
200
190
180
170
160
Precipitação média (mm)
150
140
130 128
120
110
101
100
90 83
80 79
70
62
60
50 49
44
40
30
20
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Mes
Umidade Relativa do Ar
A umidade relativa do ar apresenta uma variação de 78,0% a 82,5 % e uma média anual
de 80,5 %, o que evidencia uma presença de grande concentração de umidade relativa na
atmosfera ao longo do ano.
Temperaturas
Na Figura 3.2, é possível observar que a temperatura máxima ocorre no mês de março e
dezembro, com 30,8 °C, a menor temperatura é observada no mês de agosto 19,9º C que
marca o final do período chuvoso.
20
35,0
30,0
25,0 Média
Temp (°C)
20,0 Máxima
15,0
Mínima
10,0
5,0
0,0
Janeiro Março Maio Julho Setembro Novembro
Meses
4.0 – METODOLOGIA
Para alcançar os objetivos propostos, uma série de ações tiveram de ser executadas
dentre elas as seguintes:
Dimensionamento do sistema;
Comparação de custo/benefício.
A água da chuva é considerada a mais limpa dentre as disponíveis para uso direto.
Entretanto, quando entra em contato com a superfície de captação, pode contaminar-se com
poeiras, fezes de animais que estão sobre o telhado. Dessa forma, é necessário descartar as
primeiras águas que carreiam as impurezas. (Alves, Santos e Zanela, 2008) Segundo
pesquisas realizadas no âmbito do Prosab (Programa de Pesquisa em Saneamento Básico), o
volume de água a ser descartado corresponde ao escoamento do primeiro milímetro de
precipitação, ou seja, 1 L para cada m2 de telhado.
– Reservatórios de Armazenamento
Vazão
Supondo que a bomba funcione 5h/dia, a vazão que a mesma irá recalcar para o
reservatório superior será de:
CD
Q=
t
Em que:
Q – Vazão (L/s);
Tubulação de recalque
Dr = 1,3. Q .4 X
Em que:
D – Diâmetro em metros;
Q – Vazão em m3;
Tubulação de Sucção
Potência do Motor
QxAMT
P=
75 xη
Em que:
Q – Vazão (L/s);
Barriletes
¾ 0,24
1 0,50
1¼ 0,90
1½ 1,40
2 3,10
2½ 5,50
3 9,00
4 18,00
Tubulações
3 30,72
4
1 27,16
39,27
11
2
2 57,00
Bomba
O cálculo foi feito utilizando-se uma tarifa de energia elétrica cobrada pela
concessionária local de R$ 0,2568/kWh,
Filtro
4.6.3 - Benefícios
Com a utilização de água da chuva, será feita uma economia de água potável. Os
benefícios foram calculados levando-se em consideração o volume de água de chuva
aproveitado e a tarifa cobrada pelo órgão responsável que para órgãos públicos, acima de
10m3 é de R$11,12/ m3 .
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Através das plantas de cobertura, fornecidas pela prefeitura do Campus, foi possível
fazer o levantamento das áreas de telhado dos prédios em questão. Na Tabela 5.1, encontram-
se as áreas de telhado dos prédios em estudo.
A partir das informações disponíveis nas plantas baixas das edificações sob análise e
com base no trabalho de Tomaz (2000) foi levantado para cada m2 de cada ambiente o
consumo a ele relacionado como mostram as Tabelas 5.2, 5.3, 5.4.
• *Da literatura consultada não foi encontrado valor de demanda para este item, portanto
o próprio foi estimado.
29
Para este trabalho considerou-se o descarte de 1,0 L/m² de telhado, como já havia dito
na metodologia. A área do telhado do Centro de Convivência, que é a superfície captadora da
água da chuva, é 3772,40 m², logo, a quantidade de água a ser descartada será de 3772,40 L,
tendo o reservatório um volume de 4.000L.
Opção 1:
Opção 2:
Nas Tabelas 5.5.e 5.6, são mostrados os dimensionamentos dos reservatórios superior e
inferior para as duas opções.
.
31
Coeficiente de Runoff =0,9 ; Área de Captação = 5171,70 m²; Estimativa de consumo = 36468,79 l/dia; Volume a ser armazenado 1272,74 m³;
Demanda a ser descontada nos meses com saldo positivo de chuva = 18582,6 L/mês;
Reservatórios
Volumes necessários: Superior - 20%1272,74 = 254,55 m³ Inferior – 80%1272,74 = 1018,19 m³
Volumes adotados:
Inferior = 23,00m de largura, 23,00m de comprimento e 2m de profundidade =1058,00m³
Superior= 5m de diâmetro e 13,00m de altura = 255,25m³
32
Coeficiente de Runoff =0,9 ; Área de Captação = 3772,4 m²; Estimativa de consumo = 36468,79 l/dia; Volume a ser armazenado 153,07 m³;
Demanda a ser descontada nos meses com saldo positivo de chuva = 18582,6 L/mês;
Reservatórios
Volumes necessários: Superior - 20%153,07 = 30,61 m³ Inferior – 80%153,07 = 122,46 m³
Volumes adotados:
Inferior = 8m de largura, 8m de comprimento e 2m de profundidade =128,00m³
Superior= 3m de diâmetro e 4,5m de altura = 31,81m³
33
Em que:
2. Entrada (L/mês): volume máximo de água de chuva que poderá ser coletado durante o
mês. Segundo Tomaz (1998), a entrada de água pluvial é calculada pela equação:
Q = P . A . c; Onde: P - a precipitação média mensal (mm); A - é a área de captação
(telhado); c – coeficiente de escoamento superficial (coeficiente de Runoff)
6. Déficit acumulado (L): Somatório do saldo negativo de água de chuva nos meses de
janeiro a dezembro
8. Saldo acumulado (L/mês): Somatório do saldo de águas pluviais nos meses de janeiro
a dezembro
Através das Tabelas 5.5 e 5.6, foi possível constatar, portanto que a opção 2 é a mais
viável, pois:
Aplicando-se a opção 1 e a metodologia proposta por Tomaz (2003) e Dias et al. (2007)
foram obtidos os valores de volume de água de chuva utilizável. Entretanto, estas três
edificações captando água geram um volume armazenável de grandes proporções (1272 m3),
o que, consequentemente, também leva a um custo de implantação também bastante elevado,
tendo sido esta opção descartada.
Vazão
Supondo que a bomba funcione 5h/dia, a vazão que a mesma irá recalcar para o
reservatório Superior será de:
CD 36468,79
Q= = ≅ 2,0 L / s
t 5 X 3600
Em que:
Q – Vazão (L/s);
Esta vazão é um valor satisfatório, visto que a demanda é alta, pois nestes prédios
existem laboratórios e ambientes que necessitam de bastante água.
Tubulação de recalque
2 4 5
Dr = 1,3. Q .4 X = 1,3. . ≅ 0,0393m ≈ 40mm ≈ 1 1 ' '
1000 24 2
″
Drec = 1 1
Tal Diâmetro equivale a 1,57 polegadas – 2
funcionamento do sistema.
Tubulação de Sucção
Dsuc = 2 ″
imediatamente superior ao diâmetro de recalque: .
Lsuc = 2+3= 5m
Potência do Motor
Para o cálculo da potência do motor foi considerada uma perda de carga de 10 %. Logo,
a altura geométrica será de:
Hg = 4,5+2+1+9= 16,50m.
Enfim, para encontrar a potência do motor utiliza-se a vazão acima calculada, a Altura
Manométrica Total e o rendimento da Bomba
QxAMT
P=
75 xη
22,26 x 2,0
P= = 1,19
75 x0,5
Segundo Creder (2006), acrescenta-se 10% ao valor da potência exigida pela bomba,
logo a potência do motor será:
Em que:
Q – Vazão (L/s);
Portanto, será necessária uma bomba com potência de 1,5 CV, já que este valor é o
comercial mais próximo do valor encontrado.
Barriletes
″
3
Q = 7788,30/86400 = 0,09 L/s D= 4
″
3
Q = 6795,70/86400 = 0,08 L/s D= 4
″
Q = 21884,79/86400 = 0,25 L/s D=1
″
3
154,01m de tubulação de 4
″
15,97m de tubulação de 1
″
11
57,63m de tubulação de 2
″
5m de tubulação de 2
1 Bomba de 1,5 CV
1 Reservatório de 30 m³
1 Reservatório de 130 m³
Tubulações
26 3 30,72 798,00
4
3 1 27,16 81,48
10 11 39,27 392,70
2
1 2 57,00 57,00
Preço total 1329,18
Fonte: Hiper Sales Construções, Aracaju, Sergipe
Como a tubulação vende por peça de 6 metros, o valor unitário acima é para uma peça
de 6 metros.
Bomba
Filtro
O filtro a ser utilizado será de filtração rápida e taxa de filtração igual a 180m3/ m2.dia
para filtros de camadas simples e espessura da camada filtrante de 0,70m. O custo estimado
para o filtro com estas características foi de R$300,00.
Na tabela 5.10 mostra-se os gastos com o sistema, sendo que o gasto no primeiro ano
será de R$25.029,38.
5.6.4 - Benefícios
Com a utilização de água da chuva, será feita uma economia de água potável. Os
benefícios foram calculados levando-se em consideração o volume de água de chuva
aproveitado e a tarifa cobrada pelo órgão responsável que para órgãos públicos, acima de 10
m3 é de R$11,12.
Este benefício, é um valor extremamente alto e deve ser considerado, pois com a
utilização da água da chuva, este valor poderia ser empregado em outros aspectos dentro do
próprio centro de convivência.
1.113.128,000
A relação benefício/custo foi de: B / C = = 25,95
42.893,18
6 – CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A utilização de águas pluviais é uma alternativa que ganha seu espaço nos dias atuais.
Com este trabalho percebe-se que a implantação do sistema de aproveitamento de água de
chuva no Campus de São Cristóvão da Universidade Federal de Sergipe é viável.
Com esse estudo de caso, foi constatado que o custo do sistema é mínimo quando
comparado ao valor da utilização de água potável. Além disso, pode ser visto como uma
alternativa de minimizar o problema da falta d’água no local, pois o volume de água a ser
captado tem valor bastante significativo.
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Multi-departamental
Centro de Convivência
Departamento de Farmácia
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