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MÓDULO II
ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E
ENTIDADES EM COLABORAÇÃO.
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Toda a atividade administrativa do Estado se
desenvolve, direta ou indiretamente, por meio da
atuação de órgãos, entidades públicas e seus
respectivos agentes.
PESSOAS JURÍDICAS DE
DIREITO PÚBLICO OU Órgãos próprios
PRIVADO (secretarias,
ADMINISTRAÇÃO ministérios)
INDIRETA
AGENTES PÚBLICOS
CENTRALIZAÇÃO, DESCENTRALIZAÇÃO
E DESCONCENTRAÇÃO
• Somente pode ser feita por lei em sentido formal (que pode
criar ou autorizar a sua criação);
DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO OU
DELEGAÇÃO: ocorre quando, por meio de contrato ou
ato unilateral, o Estado transfere a execução de
determinado serviço público a uma pessoa jurídica de
direito privado, previamente existente, conservando o
Poder Público a titularidade do serviço.
• É o que ocorre nas concessões, permissões ou autorizações
de serviços públicos.
• Não é necessária a edição de lei formal, bastando a
formalização de um contrato (concessão ou permissão de
serviços públicos) ou de um ato unilateral (autorização de
serviços públicos) da Administração para que se possa
transferir a responsabilidade pela execução do serviço a outra
pessoa.
• A delegação por contrato é sempre efetivada por
prazo determinado;
• A delegação por ato administrativo, como regra, não
há prazo certo, em razão da precariedade típica da
autorização (possibilidade de revogação a qualquer
tempo);
• Delega-se apenas a execução do serviço. A pessoa
delegada presta o serviço em seu próprio nome e por
sua conta e risco, sob a fiscalização do Estado
• A titularidade do serviço permanece com o Poder
Público.
DESCENTRALIZAÇÃO TERRITORIAL OU GEOGRÁFICA: se
verifica quando uma entidade local, geograficamente
delimitada, dotada de personalidade jurídica própria, de direito
público, possui capacidade administrativa genérica para exercer
a totalidade ou a maior parte dos encargos públicos de interesse
da coletividade, funções que normalmente são exercidas pelos
Municípios, como distribuição de água, luz, gás, poder de polícia,
proteção à saúde, educação.
• Permite-se o exercício da capacidade legislativa, porém sem
autonomia, porque subordinada às normas emanadas pelo
poder central.
• Ocorre nos Estados unitários, como França e Portugal,
constituídos por Departamentos, Regiões, Comunas etc. No
Brasil, é o que se verificava na época do Império. Hoje, porém,
só pode ocorrer na hipótese de vir a ser criado algum
território;
DESCONCENTRAÇÃO
Quando o Estado se organiza mediante
desconcentração, a entidade se desmembra em órgãos
para melhorar sua organização estrutural. Trata-se de
uma distribuição interna de competências, ou seja,
uma distribuição ou organização de competências
dentro da mesma pessoa jurídica.
Quanto à estrutura:
• Órgãos simples ou unitários: são aqueles que não possuem
subdivisões em sua estrutura interna, ou seja, desempenham
suas atribuições de forma concentrada. Ressalte-se que os
órgãos unitários podem ser compostos por mais de um
agente. O que não há são outros órgãos abaixo dele.
• Órgãos compostos: reúnem em sua estrutura diversos órgãos
menores, subordinados hierarquicamente, como resultado da
desconcentração.
• Por exemplo: Ministério da Fazenda é integrado por vários órgãos, dentre
os quais a Secretaria da Receita Federal do Brasil. Esta se subdivide em
diversos órgãos. Este será o órgão unitário; todos os demais são
compostos.
Quanto à atuação funcional:
• Órgãos singulares ou unipessoais: são aqueles cujas decisões
dependem da atuação isolada de um único agente, seu chefe
e representante. Podem ser compostos por diversos agentes,
porém as decisões são tomadas apenas pelo chefe. Exemplo:
Presidência da República, em que a decisão cabe ao
Presidente.
• Órgãos colegiados ou pluripessoais: são aqueles cuja atuação
e decisões são tomadas pela manifestação conjunta de seus
membros. Exemplo: Congresso Nacional, Supremo Tribunal
Federal e, no Executivo, o Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais.
Quanto à posição estatal:
• Órgãos independentes: são aqueles previstos diretamente na
Constituição Federal, representando os três Poderes, nas
esferas federal, estadual e municipal, não sendo subordinados
hierarquicamente a nenhum outro órgão. As atribuições
destes órgãos são exercidas por agentes políticos. Exemplo:
Presidência da República, Câmara dos Deputados, Senado
Federal, STF, STJ e demais tribunais.
• Órgãos autônomos: são aqueles que se situam na cúpula da
Administração, logo abaixo dos órgãos independentes
auxiliando-os diretamente. Possuem ampla autonomia
administrativa, financeira e técnica, mas não independência.
Caracterizam-se como órgãos diretivos. Exemplo: os
Ministérios, as Secretarias de Estado, a Advocacia-Geral da
União, etc.
• Órgãos superiores: possuem atribuições de direção, controle
e decisão, mas sempre estão sujeitos ao controle hierárquico
de uma instância mais alta. Não têm nenhuma autonomia,
seja administrativa seja financeira. Exemplo: Procuradorias,
Coordenadorias, Gabinetes.
Vigência da lei
Autarquia Direito público
criadora
Empresas públicas e
Registro do ato
Sociedades de Direito público
constitutivo
economia mista
Vigência da lei
Direito privado criadora e
Fundações
Direito privado Registro do ato
constitutivo
AUTARQUIAS
O art. 5º, I do Decreto-Lei 200/1967 conceitua
autarquia da seguinte forma:
Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios,
para executar atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
Já Maria Sylvia Di Pietro apresenta a seguinte
conceituação:
Autarquia é pessoa jurídica de direito público, criada
por lei, com capacidade de autoadministração, para o
desempenho de serviço público descentralizado,
mediante controle administrativo exercido nos termos
da lei.
• Desempenho de atividade de
natureza econômica e, em algumas
ocasiões, a prestação de serviços
públicos.
Subsidiárias:
• são empresas controladas pelas empresas públicas ou
sociedades de economia mista.
• tem personalidade jurídica própria;
• depende de autorização legislativa para criação (art. 37, XX
da CF);
• a CF autoriza a existência de tais figuras jurídicas também nas
autarquias e fundações.
Exploradoras
• Pessoa jurídica de direito privado.
de atividades • Atividade regida predominantemente
pelo direito privado.
Econômicas
Forma jurídica
• Sociedades de economia mista: são sociedades
anônimas;
• Empresas públicas: podem assumir qualquer
configuração admitida no direito, inclusive ser
sociedade anônima.
Composição do capital
• Sociedade de economia mista: é constituída por
capital público e privado;
– recursos oriundos das pessoas de direito público (União,
Estados, DF ou Municípios) ou de outras pessoas
administrativas.
• Empresa pública: é constituída por capital público;
– o capital é formado exclusivamente por recursos públicos,
não sendo admitida a participação direta de recursos de
particulares.
Foro judicial competente
• Nas causas em que seja parte empresa pública federal, a
competência é da Justiça Federal (CF, art. 109, I).
Capital exclusivamente público de um ou vários entes federativos Capital misto público e privado
(independentemente de quem é majoritário)
Prestação de serviço público ou atividade econômica (subsidiária) Idem
Art. 109, I CF = justiça federal = foro competente Súmulas 517 e 556 STF = justiça comum
estadual = foro competente
Forma de descentralização administrativa por eficiência Idem
Dotada de autonomia, não há subordinação hierárquica, trata-se de caso Idem
de outorga por lei específica
Submetida a controle finalístico, administrativo, financeiro (art. 71, II CF), Idem
de legalidade e jurisdicional
Não se submete à lei de falências e recuperação judicial e extrajudicial Idem
Licitação (art. 1º. § único Lei 8666/93) Idem
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Exemplos:
• Serviços sociais autônomos;
• Organizações sociais;
• Organizações da sociedade civil de interesse público;
• Organizações da sociedade civil;
• ONGs
Atributos das Entidades paraestatais:
• Integram o terceiro setor;
• São entidades privadas
• Regime jurídico de direito privado, porém parcialmente
derrogado por normas de direito público;
• Não fazem parte da Administração Indireta;
• Atividades são de interesse público mas não privativos do
Estado;
• Recebem incentivo do Poder Público (fomento);
• por receberem incentivo do Estado estão sujeitas a controle
da Administração Pública e do TRIBUNAL DE CONTAS;
Serviços Sociais Autônomos
Os serviços sociais autônomos desempenham atividades de utilidade pública,
sem fins lucrativos, que beneficiam determinados grupamentos sociais ou
profissionais, usualmente direcionadas ao aprendizado profissionalizante e à
prestação de serviços assistenciais.
• Obrigatoriedade de licitar;
Organizações Sociais (OS)
(Lei n. 9.637/98)
• Sem fins lucrativos - Art. 1º. § 1º. É aquela que não distribui seus lucros entre seus
sócios e que os aplica integralmente na consecução do seu objetivo social;
• Forma de vínculo com o Poder Público: termo de parceria - ato vinculado do Poder
Público (art. 1º. § 2º. Lei 9790/99);
Qualificação depende de aprovação pelo Ministro de Qualificação concedida pelo Ministério da Justiça.
Estado ou titular de órgão supervisor ou regulador da área
de atividade correspondente ao objeto social da OS.
A lei exige que a OS possua um Conselho de A lei exige que a Oscip tenha um Conselho Fiscal; não exige
Administração, do qual participem representantes do que a Oscip tenha um Conselho de Administração. Não há
Poder Público; não exige que a OS tenha Conselho Fiscal. exigência de que existam representantes do Poder Público
em algum órgão da entidade
É hipótese de licitação dispensável a contratação de OS Não existe hipótese de licitação dispensável para a
pelo Poder Público, para o desempenho de atividades contratação de Oscip pelo Poder Público.
contempladas no contrato de gestão.
A desqualificação como OS pode ser feita pelo Poder A desqualificação como Oscip pode ser feita a pedido da
Executivo, em processo administrativo, assegurado o própria entidade, por iniciativa de qualquer cidadão ou do
contraditório e a ampla defesa. Ministério Público, em processo administrativo ou judicial,
assegurado o contraditório e a ampla defesa.
Organização da Sociedade Civil
A lei (Lei 13.019/2014, art. 1º) institui normas gerais para as
parcerias entre a Administração Pública e Organizações da
Sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a
consecução de finalidades de interesse público e recíproco,
mediante a execução de atividades ou de projetos previamente
estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em acordos de
cooperação.
O termo “organização da sociedade civil” compreende:
• Entidade privada sem fins lucrativos que não distribua entre os seus sócios ou
associados, conselheiros, diretores, empregados, doadores ou terceiros eventuais
resultados, sobras, excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos,
isenções de qualquer natureza, participações ou parcelas do seu patrimônio,
auferidos mediante o exercício de suas; atividades, e que os aplique integralmente
na consecução do respectivo objeto social, de forma imediata ou por meio da
constituição de fundo patrimonial ou fundo de reserva;
• Exemplo: INMETRO
Agência Reguladoras
Trata-se de entidades administrativas com alto grau de
especialização técnica, integrantes da estrutura formal da
administração pública, instituídas como autarquias sob regime
especial, com a função de regular um setor específico de
atividade econômica ou um determinado serviço público, ou de
intervir em certas relações jurídicas decorrentes dessas
atividades, que devem atuar com a maior autonomia possível
relativamente ao Poder Executivo e com imparcialidade perante
as partes interessadas (Estado, setores regulados e sociedade).