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CRASE

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

(1) A palavra CRASE provém do grego KRASÍS (mistura, fusão). Na Língua Portuguesa, o fenômeno da crase
diz respeito, de um ponto de vista fonético e específico, à fusão da preposição A com:

(a) os artigos definidos femininos: A, AS.


(b) os pronomes demonstrativos: AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO e A(S) (= AQUELA(S)).

(2) Graficamente, a CRASE é indicada pelo acento grave [`].

(3) A compreensão do fenômeno da CRASE requer que identifiquemos a relação estabelecida entre um termo
denominado REGENTE ou SUBORDINANTE e outro chamado REGIDO ou SUBORDINADO:

TERMO TERMO
REGENTE REGIDO

VERBO (prep. A) OI

NOME (prep. A) CN

ƒ TERMO REGENTE ou SUBORDINANTE Î Exige um outro termo, denominado REGIDO ou


SUBORDINADO.

ƒ TERMO REGIDO ou SUBORDINADO Î É exigido por outro, denominado REGENTE ou SUBORDINANTE.

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I. OCORRÊNCIAS OBRIGATÓRIAS

TEXTO 1

CERCADOS PELA FEBRE AMARELA

A morte de um morador de área nobre de Brasília desafia o governo ao provar que a doença
chegou às portas das cidades

GREICE RODRIGUES E SÉRGIO PARDELLAS

Os postos de saúde de Brasília e de Goiás viveram, na última semana, uma situação como há muito
tempo não se via. Assustados com a ameaça da febre amarela, os habitantes dessas regiões correram aos
postos para serem vacinados contra o vírus que provoca a doença. O resultado foram filas imensas, gente
chegando de madrugada e um certo clima de pânico no ar. A situação foi criada a partir da divulgação das
05 notícias da confirmação da morte de Graco Carvalho Abubakir, de Brasília, por causa da doença, e de outros
três óbitos com suspeita de terem sido provocados pela enfermidade registrados em Goiás e no Paraná desde
dezembro. Além disso, até a quinta-feira 10, outros nove casos suspeitos estavam em investigação – um em
São Paulo, dois no Distrito Federal e seis em Goiás.

Além do alarme entre a população, a situação expôs alguns aspectos bastante preocupantes. O primeiro
10 foi a repetição do triste hábito comum no Brasil de empurrar as responsabilidades por algo negativo. O
que se viu na história do administrador de empresas Graco Abubakir, que morreu na terça-feira 8, na capital
federal, foi exatamente isso. Ao longo da última semana, autoridades de Brasília e de Goiás quiseram colocar
uma nas contas da outra o registro do que aconteceu com o rapaz. “Temos certeza de que ele contraiu a
febre amarela em Pirenópolis”, afirmou Milton Menezes, subsecretário de Atenção a Saúde da Secretaria
15 de Saúde de Brasília. De Pirenópolis, cidade turística goiana a 150 quilômetros da capital federal e local onde
Graco esteve no final do ano, o secretário de Saúde do município, Aldo da Trindade Siqueira, rebatia. “Não
dá para dizer que ele se infectou aqui”, argumentou.

De fato, essa é uma resposta difícil. Graco saiu de Brasília no dia 29 de dezembro com a namorada e
mais 14 amigos para passar o Réveillon em Pirenópolis. No mesmo dia, reclamou de cansaço e se recusou a
20 participar de um passeio a uma cachoeira próxima do hotel onde estava hospedado. A recusa despertou
a atenção da turma. Afinal, o administrador era conhecido por uma disposição infinita. “Se ele fosse
chamado para chutar gelo no Alasca, ele iria”, contou a revista ISTOÉ Fernanda Carvalho Abubakir, uma
das irmãs de Graco.

No dia 31, outro fato preocupou os amigos. Quando passeava em uma cachoeira nos arredores do
25 município, o administrador queixou-se de mal-estar. Dois dias depois, já de volta ao Distrito Federal, ele
começou a apresentar fortes dores e febre alta. Graco foi internado no dia 4 de janeiro e morreu quatro
dias depois.

De acordo com a literatura médica, os sintomas da doença aparecem geralmente de cinco a dez dias
após a infecção. Por esse parâmetro e tomando-se em conta as informações sobre as reclamações de falta de
30 disposição de Graco já no dia de chegada a Pirenópolis, pode-se levantar a possibilidade de que a
contaminação tenha ocorrido ainda em Brasília. Para reforçar essa hipótese, há o fato de a casa de Graco ser

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no setor de Mansões do Lago Norte, local menos urbanizado e por onde circulam dezenas de filhotes de
macacos. Na última semana de dezembro, pelo menos dois primatas apareceram mortos no Parque Nacional
de Brasília, próximo a área onde morava Graco, com suspeita da doença. Uma não foi confirmada, mas a
35 outra permanecia sob investigação. E, segundo a Secretaria de Saúde de Pirenópolis, há mais de 50 anos não
é registrado um caso na região.

Na verdade, embora essa discussão possa parecer secundária, ela é fundamental. O esclarecimento do
local da infecção das vítimas é muito importante para entender o caminho de propagação que a doença está
tomando no País. O paciente que está sendo acompanhado na capital paulista com suspeita de ter se
40 infectado, por exemplo, esteve nos municípios de Bonito e em Dourados, as duas cidades acerca de 250
quilômetros de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. Trata-se de uma região endêmica – onde o
vírus está presente continuamente – da forma silvestre da doença. Nesse gênero, o vírus é transmitido pela
picada do mosquito Haemagogus ou Sabethes a um indivíduo não imunizado que vive ou visita áreas rurais
e florestas onde a enfermidade existe.

45 Já o bancário aposentado Almir Rodrigues da Cunha, que morreu na quarta-feira 9 em Maringá, no


Paraná, com suspeita da enfermidade, também pode ter se infectado em um local endêmico. Ele esteve em
Caldas Novas, a 162 quilômetros de Goiânia, onde passou a última semana de dezembro. A diferença aqui é
que ele estava em uma localidade não tão erma. Isso é inquietante. Há alguns anos, a maior parte dos casos
vinha sendo registrada em locais mais remotos. O médico Drauzio Varella, por exemplo, contraiu a doença
50 em 2004 quando fazia uma expedição científica nas selvas da Amazônia. A ocorrência da enfermidade em
pontos tão próximos de centros como Goiânia sinaliza que, agora, a doença pode estar perigosamente a
porta das grandes cidades. Isso se não ficar confirmado que de fato ela já entrou em Brasília.

A chegada do vírus a regiões urbanas seria um desastre. Primeiro porque há 66 anos o País não
registra um caso da chamada febre amarela urbana. Neste tipo, a infecção ocorre nas cidades e o inseto
55 transmissor do vírus é o Aedes aegypti, o mesmo responsável pela transmissão do vírus da dengue.
Retroceder seis décadas no controle da doença seria uma vergonha. Depois, o fato de o vírus ser transmitido
pelo Aedes é um grande problema diante das circunstâncias atuais. Hoje o País vive uma epidemia de
dengue, o que significa alto índice de infestação pelo mosquito. E, para complicar, há a perspectiva de que
este verão seja marcado pelo crescimento da proliferação do Aedes. “Como nossas cidades estão infestadas
60 pelo mosquito, há um ambiente propício para o crescimento de casos”, afirma Désio Natal, professor do
Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. O que se
teme, portanto, é que esse “exército” de insetos passe também a transmitir o vírus da febre amarela em
grandes proporções.

E, em comparação com a dengue, a febre amarela é muito mais devastadora. O vírus provoca inflamação
65 nos rins, coração, pulmão e no sistema nervoso central. Além disso, pode causar hemorragia abdominal e
pulmonar. “Nem todos que se contaminam apresentam esse quadro. Mas naqueles nos quais a doença evolui
quase a maioria morre”, afirma o infectologista Paulo Olzon, professor da Universidade Federal de São Paulo.
Os índices de mortalidade ilustram bem essa agressividade. Na febre amarela, ele gira em torno de 30%. Na
dengue, não passa de 0,5%.

70 Na avaliação do governo federal, a possibilidade da volta da enfermidade as cidades não existe. “Este
risco está descartado”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O que está se vendo hoje é o
surgimento de casos isolados, restritos a localidades rurais, segundo o ministro. De qualquer forma, as
suspeitas de casos da doença levaram o governo a montar uma operação de guerra. A título de
emergência, a Fundação Oswaldo Cruz, fabricante das vacinas contra a enfermidade, liberou dois milhões de

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75 doses para serem enviadas as áreas de risco. “A vacinação pode funcionar como um cinturão de
segurança”, afirma o médico Pedro Tauil, do Departamento de Doenças Tropicais da Universidade de Brasília.
Também foram mandados alertas ao Ministério do Turismo e as embaixadas sobre a necessidade de
vacinação dos viajantes que procuram as regiões endêmicas. Tudo para afastar o perigo das cidades.

(ISTOÉ, 11/01/2008, ed. 1993 – http://www.terra.com.br/istoe/ - com adaptações)

TEXTO 2

UM RAIO X DA FEBRE AMARELA

A ocorrência de mortes com suspeita da doença despertou a lembrança das epidemias do passado
DRAUZIO VARELLA

Alguns macacos mortos e o aparecimento de dois ou três doentes com suspeita de febre amarela foram
suficientes para despertar a lembrança das epidemias do passado.

Existem duas formas de transmissão do arbovírus causador da doença: a urbana clássica, em que o
mosquito se infecta ao picar seres humanos (ciclo homem-mosquito-homem), e a forma silvestre, na qual
05 ele adquire a infecção quando pica animais na mata, sobretudo macacos (ciclo macaco-mosquito-homem).

As características clínicas da febre amarela urbana são iguais as da silvestre; a diferença está nos
vetores que transmitem o vírus ao homem: Aedes aegypti (o mosquito da dengue), responsável pela
transmissão urbana, e mosquitos do gênero Haemagogus, pela silvestre.

(...)

10 Contado a partir da picada do mosquito, o período de incubação é curto: de três a seis dias. O período
de infecção dura três ou quatro dias. É marcado pela multiplicação rápida do vírus, por sua disseminação
para todos os órgãos e pela instalação abrupta dos sintomas: febre de 39 a 40 graus, calafrios, mal-estar,
cefaléia, dores lombares, dores musculares generalizadas, náuseas e tonturas.

(...).

15 Curiosamente, costuma seguir-se um período de 24 a 48 horas de remissão, em que a febre pode


desaparecer. É nessa fase que a enfermidade traça seu destino: regredir definitivamente ou colocar a vida

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em risco.

(...).

Os exames laboratoriais mostram aumento das transaminases proporcional à gravidade do quadro.


20 Nos casos mais benignos, os valores dessas enzimas costumam ficar abaixo de mil unidades, enquanto nos
mais graves atingem o dobro ou o triplo desse valor. Um estudo demonstrou que, quando chegam a 5 mil,
a mortalidade ultrapassa 80%.

(...)

O acometimento do fígado provoca anormalidades na produção de proteínas essenciais a coagulação


25 do sangue. As manifestações hemorrágicas mais comuns acometem de forma imprevisível pele, gengivas,
mucosa nasal, aparelho digestivo e vias urinárias. Os sangramentos digestivos são responsáveis pelo nome
de “vômito negro” atribuído a doença no passado.

Cerca de 50% a 60% dos pacientes evoluem com queda da pressão arterial, sangramentos, agitação,
delírio, estupor, coma e alterações metabólicas irreversíveis. A morte costuma acontecer no período de sete
30 a dez dias depois do primeiro episódio de febre.

(...)

Em mais ou menos seis meses as provas de função hepática retornam a normalidade e todos os
órgãos se recuperam integralmente. O vírus não deixa seqüelas. A imunidade responsável pela cura é
permanente.

(CartaCapital, 11/01/2008 – ed. 478 – http://www.cartacapital.com.br/ - com adaptações)

(1) TERMO REGENTE exige preposição A ÍÎ TERMO REGIDO admite o artigo A(S)

Em relação a esta primeira ocorrência, faz-se necessário perceber as seguintes condições para que o fenômeno
da CRASE venha a ocorrer:

TERMO TERMO
REGENTE REGIDO

EXIGE PREPOSIÇÃO “A” ADMITE ARTIGO DEFINIDO FEMININO “A(S)”

Vejamos o uso, ou não, do acento indicador da CRASE em alguns enunciados abaixo:

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TEXTO 1

(A)

...provoca a doença. (linha 03)

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO ARTIGO TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(VERBO) DEFINIDO (PALAVRA CRASE
FEMININO FEMININA)

...provoca Ø A doença.

(B)

...a chegada (...) a regiões... (linhas 53)

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO ARTIGO TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(NOME) DEFINIDO (PALAVRA CRASE
FEMININO FEMININA)

...chegada a Ø regiões...

(C)

...contou a revista... (linha 22)

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO ARTIGO TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(VERBO) DEFINIDO (PALAVRA CRASE
FEMININO FEMININA)

...contou a a revista...

(D)

...volta (...) as cidades... (linha 70)

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO ARTIGO TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(NOME) DEFINIDO (PALAVRA CRASE
FEMININO FEMININA)

...volta a as cidades...

TEXTO 2

(A)

...desperta a lembrança... (linha 02)

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO ARTIGO TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(VERBO) DEFINIDO (PALAVRA CRASE
FEMININO FEMININA)

...desperta Ø a lembrança...

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(B)

...essenciais a coagulação... (linha 24)

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO ARTIGO TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(NOME) DEFINIDO (PALAVRA CRASE
FEMININO FEMININA)

...essenciais a a coagulação...

RECURSOS PRÁTICOS PARA CONFIRMAR A OCORRÊNCIA DA CRASE:

I - Substituir o TERMO REGIDO (palavra feminina) por um termo masculino. Se aparecer ao ou aos
diante da palavra masculina, a CRASE se confirma.

ƒ ...Subsecretário de Atenção a Saúde da Secretaria de Saúde de Brasília. (Texto 1: linhas 14-15)


ƒ ...Subsecretário de Atenção ao Doente da Secretaria de Saúde de Brasília.
ƒ ...procuram as regiões endêmicas. (Texto 1: linhas 74-15)
ƒ ...procuram os locais endêmicos.

ƒ ...adquire a infecção... (Texto 2: linha 05)


ƒ ...adquire o quadro infeccioso...
ƒ ...mostram aumento das transaminases proporcional a gravidade do quadro. (Texto 2: linha 19)
ƒ ...mostram aumento das transaminases proporcional ao agravamento do quadro.

II – Quando o TERMO REGIDO for um topônimo (nome de lugar): Substituir o TERMO REGENTE pelo
verbo VOLTAR. Se aparecer VOLTAR DA, a CRASE se confirma.

ƒ A equipe de infectologistas chegou a Brasília.


ƒ A equipe de infectologistas chegou de Brasília.
ƒ A equipe de infectologistas chegou a Bahia.
ƒ A equipe de infectologistas chegou da Bahia.

OBSERVAÇÕES:

(a) O acento indicativo da CRASE não deverá ser usado diante de substantivo feminino empregado em
sentido geral, indeterminado.

ƒ Ele tem aversão a mulher. ≠ Ele tem aversão a mulher de seu tio.
ƒ Denúncia pode levar o presidente a condenação. ≠ Denúncia pode levar o presidente a condenação por
prevaricação.

(b) Em relação às construções em que o termo regido é um topônimo, cabe ressaltar que, vindo o
referido termo determinado, o uso do acento indicativo da CRASE será obrigatório.

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ƒ Os turistas chegarão, nos próximos dias, a Olinda. ≠ Os turistas chegarão, nos próximos dias, a Olinda dos
grandes carnavais.

(c) Nas construções em que haja “A” no singular e o termo regido feminino se encontre no plural, o
uso do acento indicativo da CRASE será proibitivo.

ƒ O que está se vendo hoje é o surgimento de casos isolados, restritos a localidades rurais, segundo o
ministro. (TEXTO 1: linhas 71-72)
ƒ O povo brasileiro assiste a quebras de decoro parlamentar diariamente.

(2) TERMO REGENTE exige preposição A ÍÎ TERMO REGIDO: AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO ou

A(S) = AQUELA(S)

Relativamente a esta segunda ocorrência, é preciso atentar para as seguintes condições a fim de que o
fenômeno da CRASE venha a ocorrer:

TERMO TERMO
REGENTE REGIDO

EXIGE PREPOSIÇÃO “A” AQUELE(S), AQUELA(S), AQUILO, A(S) = AQUELA(S)


(INTEGRANDO O TERMO REGIDO)

Notemos o uso, ou não, do acento indicador da CRASE em alguns enunciados abaixo:

(A)

Governo explicou aquela ocorrência de febre


amarela.

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO PRONOME TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(VERBO) DEMONSTRATIVO (PALAVRA CRASE
FEMININA)

...explicou Ø aquela ocorrência...

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(B)

O infectologista referiu-se aquele surto epidêmico.

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO PRONOME TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(VERBO) DEMONSTRATIVO (PALAVRA CRASE
MASCULINA)

...referiu-se a aquele surto...

(C)

...são iguais as da silvestre. (linha 06)

TERMO REGENTE PREPOSIÇÃO PRONOME TERMO REGIDO OCORRÊNCIA DA


(VERBO) DEMONSTRATIVO (PALAVRA CRASE
FEMININA)

...iguais a as (aquela) (características)...

(3) NAS LOCUÇÕES ADVERBIAIS, PREPOSITIVAS E CONJUNTIVAS FEMININAS

3.1. LOCUÇÕES FEMININAS ADVERBIAIS: à tarde, à noite, às pressas, às escondidas, às tontas, à


direita, à vontade, à revelia...

ƒ Governo federal enviou um grupo de infectologistas as escondidas para o local onde ocorreu a primeira morte
causada pela febre amarela.

3.2. LOCUÇÕES FEMININAS PREPOSITIVAS: à maneira de, à moda de, às custas de, à procura de, à
espera de, à mercê de...

ƒ Especialistas estão a procura das causas que levaram ao aparecimento da febre amarela na região de Brasília
e de Goiás.

3.3. LOCUÇÕES FEMININAS CONJUNTIVAS: à medida que, à proporção que.

ƒ ...sinaliza que, agora, a doença pode estar perigosamente as portas das grandes cidades. (TEXTO 1: linhas
51-52)
ƒ O governo liberará lotes de vacina, a medida que forem confirmados novos casos de febre amarela.

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II. OCORRÊNCIAS FACULTATIVAS

(1) DIANTE DE NOMES PRÓPRIOS FEMININOS

ƒ Dirigiu-se a Amanda com extremada educação. (Dirigiu-se a + Ø Amanda...)


ƒ Dirigiu-se a Amanda com extremada educação. (Dirigiu-se a + a Amanda...)

OBSERVAÇÃO:

(a) O acento indicativo da CRASE deverá ser usado, obrigatoriamente, se o nome próprio feminino vier
determinado.

ƒ Dirigiu-se a encantadora Amanda com extremada educação.

(2) DIANTE DE PRONOMES POSSESSIVOS1 FEMININOS NO SINGULAR

ƒ Todos nós sempre fizemos uma carinhosa referência a tua mãe. [...referência a + Ø tua mãe...]
ƒ Todos nós sempre fizemos uma carinhosa referência a tua mãe. [...referência a + a tua mãe...]

OBSERVAÇÕES:

(a) Com pronomes possessivos femininos no plural, o acento indicativo da CRASE deverá ser
empregado, obrigatoriamente.

ƒ Sempre nos dirigimos as tuas irmãs respeitosamente.


ƒ Creio que esta decisão esteja associada a minha visão de mundo.

(b) Estando o pronome possessivo com valor substantivo, a ocorrência do acento indicador da CRASE
é obrigatória.

ƒ Creio que esta decisão esteja associada a minha visão de mundo, mas não a tua.

1
Quadro dos Pronomes Possessivos:

1ª pessoa meu, minha, meus, minhas nosso, nossa, nossos, nossas


2ª pessoa teu, tua, teus, tuas vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa seu, sua, seus, suas seu, sua, seus, suas

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(3) APÓS A PREPOSIÇÃO ATÉ2

ƒ Naquela manhã, fomos até a praia. [...fomos até a + Ø praia.]


ƒ Naquela manhã, fomos até a praia. [...fomos até a + a praia.]

III. OCORRÊNCIAS PROIBITIVAS

(1) DIANTE DE PALAVRAS MASCULINAS

ƒ A revista Carta Capital recorreu a Drauzio Varella a fim de apresentar matéria sobre febre amarela.
ƒ A matéria da ISTO É faz referência a Graco Carvalho Abubakir, administrador de empresas, que foi a óbito
por ter contraído a febre amarela.

OBSERVAÇÃO:

(a) Havendo, subentendidas ou não, as expressões à moda de ou à maneira de, o uso do acento
indicativo da CRASE se torna obrigatório.

ƒ Gostava de vestir-se a Fidel Castro. [à maneira de, à moda de Fidel Castro.]

(2) DIANTE DE VERBOS

ƒ ...ele começou a sentir fortes dores e febre alta. (Texto 1: linha 26)
ƒ ...insetos passe também a transmitir o vírus da febre amarela em grandes proporções. (Texto 1: linhas 62-
63)
ƒ ...as suspeitas de casos da doença levaram o governo a montar uma operação de guerra. (Texto 1: linhas 72-
73)

2
prep. = Indica a distância limite (no espaço) a que se chega ou se quer ou se pode chegar: Vá de bicicleta só até a
esquina, disse a mãe.; Designa um tempo limite em que alguma coisa, evento etc. termina ou deve terminar: O
campeonato vai até dezembro;

adv. = Indica inclusão ; AINDA; INCLUSIVE; TAMBÉM: Lê tudo, até catálogo telefônico.

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(3) DIANTE DE PRONOMES3 QUE REJEITAM O ARTIGO DEFINIDO FEMININO

ƒ Procurou a mãe, pois sempre recorria a ela nos momentos de aflição.


ƒ A resolução do problema diz respeito a vocês.
ƒ Você parece submisso a esta situação vexatória.
ƒ Seu jeito orgulhoso justificava a atitude de não pedir nada a ninguém.
ƒ Dedicava-se, com carinho, a cada criança abandonada.

3
Quadro dos Pronomes:
Pessoais Retos e Oblíquos:

Retos Oblíquos Átonos Oblíquos Tônicos

1ª pessoa eu me mim, comigo


2ª pessoa tu te ti, contigo
3ª pessoa ele, ela se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela

1ª pessoa nós nos conosco


2ª pessoa vós vos convosco
3ª pessoa eles, elas se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas

Quadro dos Pronomes Demonstrativos:

1ª pessoa este , esta, isto Estes, estas, isto

2ª pessoa esse, essa, isso Esses, essas, isso

3ª pessoa aquele, aquela, aquilo* aqueles, aquelas, aquilo*

* Estes pronomes podem admitir o emprego do acento indicativo da crase (cf. pág. 29)

Quadro dos Pronomes Indefinidos:

Invariáveis Variáveis

alguém algum, alguma, alguns, algumas


algo certo, certa, certos, certas
cada muito, muita, muito, muitas
nada nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas
ninguém outro, outra, outros, outras
outrem pouco, pouca, poucos, poucas
tudo qualquer, quaisquer
tanto, tanta, tantos, tantas
todo, toda, todos, todas
vário, vária, vários, várias

Quadro dos Pronomes Relativos:

Invariáveis Variáveis

que o qual, a qual, os quais, as quais


quem cujo, cuja, cujos, cujas
onde quanto, quanta, quantos, quantas

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OBSERVAÇÕES:

(a) Havendo as condições já verificadas, o acento indicador da CRASE deverá ser empregado na
composição do pronome relativo A QUAL, AS QUAIS. Isso se deve ao fato de este pronome permitir
a presença do artigo “A(S)”.

ƒ Aquela foi a conclusão a qual chegaram os infectologistas.


ƒ Estas foram as orientações as quais todos devem obedecer a fim de se evitar contrair a enfermidade.

(b) A QUE / À QUE

Esquema Lingüístico:

ƒ _______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

ƒ _______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

(4) DIANTE DE NUMERAIS

ƒ De Pirenópolis, cidade turística goiana a 150 quilômetros da capital federal e local onde Graco esteve no final
do ano, o secretário de Saúde do município, Aldo da Trindade Siqueira, rebatia. (TEXTO 1: linhas 15-16)
ƒ ...os sintomas da doença aparecem geralmente de cinco a dez dias após a infecção. (TEXTO 1: linhas 28-29)
ƒ Curiosamente, costuma seguir-se um período de 24 a 48 horas de remissão, em que a febre pode desaparecer.
(TEXTO 2: linhas 15-16)

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ƒ Lia-se na placa indicativa: “Posto de vacinação contra a febre amarela a 100 metros”.
ƒ O número de aprovados deve chegar a oitenta.

OBSERVAÇÕES:

(a) Quando a expressão for constituída por numeral indicativo de hora(s), estaremos diante de um
contexto lingüístico em que se evidencia uma locução verbal feminina (cf. pág. 30). Nesse caso, o
emprego do acento indicativo da CRASE é obrigatório.

ƒ O lote com as vacinas chegarão aos pontos críticos a uma hora.


ƒ O pronunciamento da autoridade sanitária ocorreu as 19 horas.

(b) A ocorrência do acento indicativo da CRASE se dará, obrigatoriamente, antes de numeral em dois
casos: (1) quando houver, subentendido diante do numeral, um substantivo feminino definido, que
não se repete por questão de estilo; (2) quando houver explicitamente junto ao numeral um
substantivo feminino determinado (de que o numeral é apenas um dos determinativos).

ƒ (1) Li da página 1 a 10. [Li da página 1 a página 10.]


ƒ (1) Naquele dia chuvoso, caminhou da rua do Imperador a 7 de setembro. [...caminhou da rua do Imperador a
7 de setembro .]
ƒ (2) Os prêmios serão concedidos as cinco primeiras ouvintes que ligarem para o programa.
ƒ (2) Conforme entendimento da bancada de oposição, é possível chegar, de forma consensual, as 15
propostas apresentadas.

(c) Na referência a dois elementos (substantivos ou numerais) ligados por: “DE ... A”, o uso do acento
indicativo da CRASE é proibitivo. Entretanto, se na correlação houver determinação pelo artigo
“A(S)” – “DA(S) ... A(S)”, o uso do acento será obrigatório.

ƒ Os infectologistas estarão a postos de segunda a sexta, monitorando a ocorrência de novos possíveis casos.
ƒ As turmas de 1ª a 4ª série foram selecionadas para o passeio ecológico.
ƒ Os especialistas em febre amarela observaram os infectados da meia-noite a uma hora.
ƒ As turmas da 5ª a 8ª série não participarão do passeio ecológico.

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IV. OUTROS CASOS

(1) DIANTE DA PALAVRA “TERRA”

(a) “Terra”, significando “planeta”, é um substantivo, logo, se houver as condições de que se fala na
(1) ocorrência obrigatória (cf. pág. 26), o acento indicativo da CRASE deverá ser empregado.

ƒ Por razões de ordem técnica, os astronautas não poderão voltar a Terra, na data prevista.

(b) "terra", significando "chão firme", "solo", sem especificação, não ocorre acento grave.

ƒ Depois do susto, os tripulantes da avariada embarcação retornaram a terra.

(c) "terra", significando "chão firme", "solo", com especificação, ocorre acento.

ƒ Depois de concluído o curso de mestrado na Alemanha, os irmãos pretendiam regressar a terra de seus
pais.

(2) DIANTE DA PALAVRA “DISTÂNCIA”

(a) Se a palavra "distância" estiver determinada, especificada, o "A" deve ser acentuado. Caso
contrário, o uso do acento indicativo da CRASE é proibitivo.

ƒ A cidade fica a distância de 70 km daqui.


ƒ A cidade fica a grande distância daqui.

(3) DIANTE DA PALAVRA “CASA”

(a) Quando empregada no sentido de “lar” e não vier determinada, o uso do acento indicativo da
CRASE será proibitivo. Caso a palavra “CASA” venha especificada e haja as condições indicadas na
pág. 26, o acento indicativo da CRASE será obrigatório.

ƒ Naquela noite, regressaram a casa muito tarde.


ƒ Naquela noite, regressaram a casa dos tios muito tarde.

Aspectos Morfossintáticos e Semânticos da Língua Portuguesa - 36


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EXERCITANDO

Fundação Carlos Chagas

01. (TRE – PI – Maio/2002) – Diga ...... ela que só retornarei ...... casa após ...... duas horas.

A) a - a - as
B) a - à - às
C) à - a - às
D) à - à - as
E) à - à - às

02. (TRF – 5ª REGIÃO – Junho/2003) – A necessidade de deslocamentos de populações entre pontos


geográficos diferentes deu origem ...... uma infra-estrutura física e ...... criação de veículos que poderiam
mover-se ...... velocidades cada vez maiores.

ƒ As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

A) a-a-a
B) a-a-à
C) à-à-a
D) a-à-a
E) à-à-à

03. (TRF – 5ª REGIÃO – Junho/2003) – Atente para as seguintes frases:

I. À qualquer hora estamos dispostos a assistir à cenas de guerra.


II. Àquela hora da noite, ainda estávamos atentos à transmissão das cenas da guerra.
III. Daqui a uma hora esse canal passará a transmitir a comunicação que o Presidente fará à Nação.

ƒ Quanto à necessidade de usar-se o sinal de crase, está inteiramente correto o que se lê em

A) I, II e III.
B) I e II, somente.
C) I e III, somente.
D) II, somente.
E) II e III, somente.

04. (TRE – AC – Outubro/2003) – Há plena observância da necessidade de utilização do sinal de crase em:

A) Não espantou à maioria das pessoas que o caso de Amina tenha chegado à uma solução tão feliz, pois
acreditavam que o tribunal nigeriano seria sensível à pressões internacionais.
B) Pouco à pouco, a Anistia Internacional e outras organizações congêneres vão ascendendo àquele mais alto
patamar de respeitabilidade, à que sempre fizeram jus.
C) Não se impute à corte nigeriana qualquer culpa pelo fato de se ater às leis do país, pois é a estas, e não a outras,
que lhe cabe dar cumprimento.

Aspectos Morfossintáticos e Semânticos da Língua Portuguesa - 37


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D) Aqui e ali se verifica, à toda hora, algum tolerado desacato às nossas leis; que faríamos se os nigerianos nos
conclamassem a cessação dessa permanente afronta às nossas normas legais?
E) Tendo em vista à condenação do acusado de sodomia a morte por apedrejamento, e à falta de indícios positivos,
não se confira a absolvição de Amina um significado maior do que o de uma concessão.

05. (TRE – AM – Novembro/2003) – Obedecer ...... leis existentes é o instrumento ...... que se deve recorrer
no combate ...... violência, em qualquer lugar.

ƒ As lacunas da frase apresentada serão corretamente preenchidas por:

A) as – a – a
B) as – à – à
C) as – à – a
D) às – a – à
E) às – à – a

06. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2004) – A difusão de novas tecnologias trouxe problemas e impasses,
relativos, principalmente ...... privacidade dos indivíduos e ...... seu direito ...... informação.

ƒ As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

A) à-à-à
B) à-à-a
C) à-a-à
D) a-a-à
E) a-à-à

07. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2004) – A presença de núcleos habitacionais próximos ...... regiões costeiras
oferece riscos ...... manutenção do ecossistema marinho, com prejuízos incalculáveis ...... diversas espécies.

ƒ As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

A) as - à - à
B) as - a - a
C) às - à - à
D) às - a - a
E) às - à - a

08. (TRE – SP – Maio/2006) – Há falta ou ocorrência indevida do sinal de crase no período.

A) Não se estenderam os benefícios da tecnologia àqueles que sempre viveram à margem do progresso.
B) Ao pensamento do autor opõem-se àqueles que preferem a exclusividade à universalização dos benefícios
trazidos pela tecnologia.
C) É sobre tudo à luz da ética e da política que se revela claramente a exclusão que em sido imposta à grande
maioria da população do planeta.
D) Não se devem levar àqueles que estão excluídos informações falsas, como a de que os avanços tecnológicos
servem a todas as pessoas.
E) Quando se atribui a não importa quem seja algum direito exclusivo, a essa exclusividade corresponderão muitas
exclusões.

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09. (TRE – MS – Março/2007) – Quanto à acentuação, grafia das palavras e ocorrência de crase, a frase
inteiramente correta é:

A) Uma revolução no ensino não se faz de modo fortuito, mas voltada à uma transformação real e motivada das
formas de pensamento.
B) Educação não é simples tarefa para filântropos, mas um empreendimento cultural que cabe à sociedade elevar à
níveis de excelência.
C) Uma reforma não é o mesmo que uma revolução do ensino: falta àquela o teor de radicalismo necessário e
conseqüente que é inerente a esta.
D) O autor recorreu a varias formas verbais no infinitivo para enfatisar o valor de cada ação que julga imprescindível
à uma revolução no ensino.
E) Não será à partir de tímidas reformas que se provirá a educação dos meios para, de fato, construir pessoas e
desenvolver idéias.

010. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2007) – A ocorrência do sinal de crase justifica-se apenas na frase:

A) Há máscaras que envergamos com relativa naturalidade e àquelas de que nos socorremos com grande
constrangimento.
B) As máscaras à que recorrem os atores lembram as que também nós envergamos em nosso dia-a-dia.
C) Quando assistimos à uma peça teatral, intensificamos nossa percepção das verdades simuladas.
D) As mentiras por vezes não se distinguem das verdades, sobretudo quando se passa a considerar àquelas como
absolutamente necessárias.
E) O autor não se refere a um amigo qualquer, mas àquele a quem pedimos que nos olhe nos olhos.

011. (TRF – 4ª REGIÃO – Março/2007) – Quanto à observância da necessidade do sinal de crase, a frase
inteiramente correta é:

A) Voltam-se à memória os romances a que me dediquei como jovem leitor, bem como os filmes a que assisti com
tanto prazer
B) Se à princípio os jovens demonstram pouco interesse pelas ficções, o contínuo estímulo a elas pode reverter esse
quadro.
C) Quem se entrega à boa leitura pode avaliar sua inestimável contribuição à uma vida interior mais rica e mais
profunda.
D) Ao se referir à ficção de “O Caçador de Pipas”, o autor tomou-a como exemplo essencial a argumentação que
desenvolvia.
E) Os que se dedicam à cultivar a boa literatura sabem o quanto é difícil dotar as palavras de um sentido
verdadeiramente essencial.

012. (TRF – 1ª REGIÃO – Agosto/2007) – Há equívoco no uso do sinal de crase em:

A) Muita gente se mantém à margem da religião, mas não da meditação.


B) O valor atribuído à meditação é, para alguns, indiscutível.
C) Não cabe à ninguém desprezar os benefícios da espiritualidade.
D) Quem assiste às manifestações de fé costuma sair impressionado.
E) Deve-se à prática da meditação o efeito de um maior equilíbrio.

Aspectos Morfossintáticos e Semânticos da Língua Portuguesa - 39

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