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1. Planificação Anual ...................................................................................

2.
Fichas de Leitura ...................................................................................... 11
1. Relato de viagem .......................................................................................... 12
2. Artigo de divulgaçã o científica ................................................................... 14
3. Exposição sobre um tema ........................................................................... 16
4. Apreciaçã o crítica ............................................................................................................ 18

Fichas de Gramática................................................................................. 21

3.
1. O português: génese, variaçã o e mudança ................................................ 22
2. Fonética e fonologia ..................................................................................... 23
3. Funçõ es sintá ticas ........................................................................................ 24
4. Frase complexa – coordenaçã o .................................................................. 27
5. Frase complexa – subordinaçã o ................................................................. 28
6. Arcaísmos, neologismos e processos irregulares
de formação de palavras ............................................................................. 29
7. Campo lexical e campo semâ ntico ............................................................. 32

Questões de Aula ...................................................................................... 33

4.
1. Poesia trovadoresca .................................................................................... 34
2. Crónica de D. João I, de Fernã o Lopes ....................................................... 37
3. Gil Vicente ..................................................................................................... 39
4. Luís de Camõ es ............................................................................................ 41
5. Os Lusíadas, de Luís de Camõ es .................................................................. 45
6. História trágico-marítima ........................................................................... 47

Testes de Avaliação ................................................................................. 51

5.
1. Poesia trovadoresca .................................................................................... 53
2. Crónica de D. João I, de Fernã o Lopes ........................................................ 57
3. Poesia trovadoresca / Crónica de D. João I ................................................ 61
4. Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente .......................................................... 65
5. Rimas, de Luís de Camõ es ........................................................................... 68
6. Farsa de Inês Pereira / Rimas ..................................................................... 72
7. Os Lusíadas, de Luís de Camõ es .................................................................. 76
8. História trágico-marítima ........................................................................... 79
9. Os Lusíadas / História trágico-marítima ................................................... 82

Guiões de Visionamento de Filmes ................................................. 85

6.
1. Robin Hood .................................................................................................... 86
2. Reino dos céus (e/ou) O físico ..................................................................... 87

7. Cenários de Resposta ............................................................................ 89

NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA


NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
NOVOS PERCURSOS PROFISSIONAIS • PORTUGUÊS 1 • GUIA DO PROFESSOR • ASA
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PLANIFICAÇÃO ANUAL • ANO 1


MÓDULO 1
Poesia trovadoresca; Fernão Lopes, Crónica de D. João I
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
14. Ler e interpretar textos literá rios.
Poesia trovadoresca 15. Apreciar textos literá rios.
• Cantigas de amigo: “Ai flores, ai flores do verde pino”, Dom Dinis; “Nom chegou, madr’, o meu amigo”,
16. Situar obras literá rias em funçã o de grandes marcos
Dom Dinis; “Bailemos nó s já todas tres, ai amigas”, Airas Nunes; “Ondas do mar de Vigo”, Martim histó ricos e culturais.
Codax; “Poys nossas madres van a San Simon”, Pero Viviaez;“Sedia-m’eu na ermida de San Simió n”,
Mendinho (escolher 4);
• Cantigas de amor: “Quer’eu em maneira de proençal”, Dom Dinis; “Se eu pudesse desamar”,
Pero da Ponte; “Que soidade de mha senhor ei”, Dom Dinis (escolher 2);
• Cantigas de escárnio e maldizer: “Roi Queimado morreu com amor”, Pero Garcia Burgalês; “Ai, dona fea,
fostes-vos queixar”, Joam Garcia de Guilhade; “Foi um dia Lopo jograr”, Martim Soares (escolher 2).
– Contextualizaçã o histó rico-literá ria.
– Representaçõ es de afetos e emoçõ es:
> variedade do sentimento amoroso (cantiga de amigo);
> confidência amorosa (cantiga de amigo);
> relaçã o com a Natureza (cantiga de amigo);
> a coita de amor e o elogio cortês (cantiga de amor); 33 horas
> a dimensã o satírica: a paró dia do amor cortês e a crítica de costumes
(cantigas de escá rnio e maldizer). 44 tempos
NOVOS PERCURSOS – Espaços medievais, protagonistas e circunstâ ncias.
PROFISSIONAIS • letivos de
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO– Linguagem, estilo e estrutura: 45 minutos
PROFESSOR • ASA > caracterizaçã o temá tica e formal – paralelismo e refrã o (cantiga de amigo);
> caracterizaçã o temá tica (cantiga de amor);
> caracterizaçã o temá tica (cantiga de escá rnio e maldizer);
> recursos expressivos: a comparaçã o, a ironia, a personificação, a apó strofe e a hipérbole.
Fernão Lopes, Crónica de D. João I
• Capítulos 11, 115, 148 (excertos de 2 destes capítulos).
– Contextualizaçã o histó rica.
– Afirmaçã o da consciência coletiva.
– Atores (individuais e coletivos).
Leitura
– Exposiçã o sobre um tema. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Apreciação crítica. e graus de complexidade.
– Artigo de divulgaçã o científica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informaçã o.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
4

Escrita
– Exposiçã o sobre um tema.
10. Planificar a escrita de textos.
– Síntese.
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística.
13. Rever os textos escritos.

Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
– Reportagem. 2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
4. Participar oportuna e construtivamente em situaçõ es
de interaçã o oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
– Síntese. 6. Produzir textos orais de diferentes géneros e com
diferentes finalidades.

Gramática
– Evolução do português. 17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Formaçã o de palavras. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Conectores. do português.
– Subordinaçã o. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Funçõ es sintá ticas. do português.
NOVOS PERCURSOS
– Classes de palavras.
PROFISSIONAIS •
– Referente.
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR – Processos fonoló gicos.
• ASA
– É timo.
– Pronome pessoal em adjacência verbal.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
4

MÓDULO 2
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira; Luís de Camões, Rimas
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Leitura integral. 15. Apreciar textos literá rios.
– Caracterização de personagens. 16. Situar obras literá rias em função de grandes
– Relaçõ es entre as personagens. marcos histó ricos e culturais.
– A representaçã o do quotidiano.
– A dimensão satírica.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> características do texto dramá tico;
> a farsa: natureza e estrutura da obra;
> recursos expressivos: a comparaçã o, a interrogaçã o retó rica, a ironia e a metá fora.
Luís de Camões, Rimas
• Redondilhas: “Descalça vai para a fonte”; “Endechas”; “Quem ora soubesse”;
“Os bons vi sempre passar”;
• Sonetos: “Ondados fios d’ouro reluzente”; “Um mover d’olhos, brando e piadoso”;
“Tanto de meu estado me acho incerto”; “Alegres campos, verdes arvoredos”;
“Aquela triste e leda madrugada”; “O dia em que eu nasci, moura e pereça”; 34 horas
“Correm turvas as á guas deste rio”; “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”;
“Que me quereis, perpétuas saü dades?” (escolher 8).
NOVOS PERCURSOS 46 tempos
PROFISSIONAIS– •Contextualizaçã o histó rico-literá ria. letivos de
– A representaçã o da amada.
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO 45 minutos
PROFESSOR • ASA
– A representaçã o da Natureza.
– A experiência amorosa e a reflexã o sobre o Amor.
– A reflexã o sobre a vida pessoal.
– O tema da mudança e do desconcerto.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a lírica tradicional;
> a inspiraçã o clá ssica;
> discurso pessoal e marcas de subjetividade;
> soneto: características;
> métrica (redondilha e decassílabo, rima e esquema rimá tico);
> recursos expressivos: a aná fora, a antítese, a apó strofe, a personificaçã o e a metá fora.
Leitura
7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Exposiçã o sobre um tema.
e graus de complexidade.
– Apreciação crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
4

NOVOS PERCURSOS
PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR • ASA
4

Escrita
– Síntese. 10. Planificar a escrita de textos.
– Apreciaçã o crítica. 11. Escrever textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e finalidades.
12. Redigir textos com coerência e correção
linguística.
13. Rever os textos escritos.

Oralidade
Compreensão do Oral 1. Interpretar textos orais de diferentes géneros.
2. Registar e tratar a informaçã o.
– Documentá rio. 3. Planificar intervençõ es orais.
– Apreciaçã o crítica. 4. Participar oportuna e construtivamente
– Anú ncio publicitá rio. em situaçõ es de interaçã o oral.
Expressão Oral 5. Produzir textos orais com correção e pertinência.
6. Produzir textos orais de diferentes géneros
– Documentá rio. e com diferentes finalidades.
– Síntese.
– Apreciaçã o crítica.
Gramática
– Campo semâ ntico e campo lexical. 17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Arcaísmos e neologismos. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
NOVOS PERCURSOS
– Processos irregulares de formaçã o de palavras. do português.
PROFISSIONAIS •
– Conectores. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO do português.
PROFESSOR– •Processos
ASA fonoló gicos.
– Funçõ es sintá ticas.
– Classes de palavras.
– Subordinaçã o.
– Referente.

Avaliação – Diagnose oral e escrita.


– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.
4

MÓDULO 3
Luís de Camões, Os Lusíadas; História trágico-marítima
Domínios / Tópicos de conteúdo Objetivos Horas / Tempos
Educação Literária
Luís de Camões, Os Lusíadas 14. Ler e interpretar textos literá rios.
• Imaginá rio épico (canto I, ests. 1 a 18; canto IX, ests. 52 a 53, 66 a 70, 88 a 95; 15. Apreciar textos literá rios.
canto X, ests. 75 a 91); 16. Situar obras literá rias em função de grandes
• Reflexõ es do poeta (canto I, ests. 105 a 106; canto V, ests. 92 a 100; canto VII, ests. 78 a 87; marcos histó ricos e culturais.
canto VIII, ests. 96 a 99; canto IX, ests. 88 a 95; canto X, ests. 145 a 156).
– Imaginá rio épico:
> matéria épica: feitos histó ricos e viagem;
> sublimidade do canto;
> mitificação do heró i.
– Reflexõ es do poeta.
– Linguagem, estilo e estrutura:
> a epopeia: natureza e estrutura da obra;
33 horas
> conteú do de cada canto;
> os quatro planos e sua interdependência;
44 tempos
> estrofe e métrica;
letivos de
> recursos expressivos: a aná fora, a aná strofe, a apó strofe, a comparaçã o, a enumeração,
45 minutos
a hipérbole, a interrogaçã o retó rica, a metonímia e a personificação.

NOVOS PERCURSOS
História trágico-marítima
PROFISSIONAIS •
• Capítulo
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO V: “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho” (excertos).
PROFESSOR • ASA

Leitura
– Artigo de divulgação científica. 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros
– Exposição sobre um tema. e graus de complexidade.
– Apreciação crítica. 8. Utilizar procedimentos adequados ao registo
e ao tratamento da informação.
– Relato de viagem.
9. Ler para apreciar criticamente textos variados.
4

Gramática
17. Conhecer a origem e a evoluçã o do português.
– Funçõ es sintá ticas. 18. Explicitar aspetos essenciais da sintaxe
– Campo semâ ntico e campo lexical.
do português.
– Coordenaçã o. 19. Explicitar aspetos essenciais da lexicologia
– Subordinaçã o.
do português.
– Processos fonoló gicos.
– Referente.
– Tempos e modos verbais.
– Conector.
– Classes de palavras.
– Relaçõ es semâ nticas.
– Geografia do português no mundo.
Avaliação – Diagnose oral e escrita.
– Observaçã o direta (atençã o/concentraçã o;
participação nas atividades da aula; compreensã o
e expressã o escrita e oral).
– Oralidade planificada.
– Trabalhos de casa.
– Testes de avaliação.
– Questõ es de aula.
– Auto e heteroavaliaçã o.

NOVOS PERCURSOS
PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR • ASA
4

NOVOS PERCURSOS
PROFISSIONAIS •
PORTUGUÊS 1 • GUIA DO
PROFESSOR • ASA
Leia o relato da responsabilidade de Gonçalo Cadilhe e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Como pronunciar “cabo Agulhas”

A pergunta era se eu não sentia orgulho quando


chegava ao cabo da Boa Esperança. Orgulho de ser
português.
Hesitei. Vou ser franco ou não? Dou uma
5 resposta de circunstância e vaga, ou entro na
questão a fundo? Viajar por muito tempo tem esta
consequência: adquire-se um certo relativismo.
Fica difícil aceitar os dogmas e os mitos pro-
pagados na pátria ao longo de geraçõ es.
1 Visitamos outros países e ficamos a saber que e que marca, esse sim, o final do continente, o cabo
0 os nossos dogmas e mitos valem tanto como os Agulhas. Não é impressionante.
deles. Não tem uma falésia a pique sobre o mar, nem
Esse formidável promontório, no fundo de Á frica, um miradouro preparado para rasgar o infinito nem
é um ponto de referência impressionante quer para 45 sequer um posto de turismo com os gadgets e
os que o alcançam por terra quer para os que o souvenirs da ocasião, apenas um acidente de relevo
1 contornam por mar. Aliás, recordo a minha desilusão lacónico e definitivo, no litoral. Extraordinária, pelo
5 quando o visitei pela primeira vez, por encontrar um contrário, é a estrada de aproximação ao cabo
dia de mar calmo e translúcido, de céu cristalino e Agulhas, que atravessa dezenas de quilómetros de
brisa suave, que nada fazia supor ser ali o lugar do 50 terra desolada e premonitória, como se nenhuma
mito do Adamastor. Mas em visitas seguintes, as outra paisagem fosse digna de anunciar esse imi-
coisas cósmicas alinharam-se de maneira a poder nente fim de mundo que é o cabo Agulhas.
2 assistir a tempestades brutais de mar e vento sobre o Uma placa rasa informa que, neste ponto,
0 cabo que por nós foi pela primeira vez dobrado. se encontram os dois oceanos: Atlântico e Índico.
A pergunta era se eu sentia orgulho. De ser 55 As rochas são recortadas e pontiagudas, vagamente
português no cabo da Boa Esperança. como agulhas, e pareceu-me estar explicada
Não. Passaram muitos séculos. O que eu não a razão do nome do cabo. Mas não era nada disso.
consigo deixar de sentir é uma perplexidade Os navegadores portugueses descobriram que
2 incomodada. Onde foram parar esses homens que o norte geográfico, aquele indicado pela Estrela
5 estavam na vanguarda do seu tempo? Onde foram 60 Polar, e o norte magnético, indicado pelas agulhas
parar o arrojo e a antevidência da raça que soube das bússolas, coincidiam na passagem deste cabo.
dar novos mundos ao mundo? O meu incó modo é Daí o nome Agulhas.
ainda maior, se viro as costas ao cabo e regresso Ao contrário do cabo da Boa Esperança, cujo
à cidade, talvez a mais cenográfica e apetecível de nome foi traduzido em todas as línguas, o cabo
3 todas as cidades fora da Europa, e penso que podia 65 Agulhas mantém a grafia original do batismo por-
0 ser uma cidade de ascendência portuguesa, mas tuguês. É esse, talvez, o meu motivo de orgulho,
que simplesmente deixámos que os holandeses não pelo que fomos e deixámos de ser, mas pelo
ficassem com ela. A Cidade do Cabo, Cape Town, que encontrámos e demos a conhecer. E deixámos
a “Taverna dos Mares”. nomeado.
Na realidade, para contornar Á frica, não basta 70 Neste caso, nada de “cape Needles”, antes,
3 dobrar o cape of Good Hope, há outro mais a sul qualquer coisa como “cape Agâolas”.
5
4

Gonçalo Cadilhe, “Qualquer coisa nos lugares”, in Visão, edição online, 19 de junho de 2013 (consultado em maio de 2017).
1. Viajar durante muito tempo tem consequências como
 (A) o esquecimento de locais que deveriam ficar na memó ria.
 (B) a relativizaçã o da importâ ncia de certos locais.
 (C) a perceçã o de que afinal valeu a pena fazer aquela viagem.
 (D) a valorizaçã o da terra ou do país que deixamos para trá s.
2. Considerando o conteúdo das linhas 13 a 23, o viajante terá visto
 (A) o gigante Adamastor no local visitado.
 (B) o promontó rio como um local de visita obrigató ria.
 (C) situaçõ es climá ticas e atmosféricas distintas.
 (D) vá rios portugueses a visitar o cabo da Boa Esperança.
3. Uma certa revolta apoderou-se do viajante quando ele
 (A) percebeu que o promontó rio nada tinha de perigoso.
 (B) passou pela cidade do Cabo e se consciencializou da sua beleza.
 (C) refletiu acerca da perda da cidade do Cabo para os ingleses.
 (D) interiorizou a falta de iniciativa dos portugueses.
4. O "fim de mundo", segundo o autor, poderia associar-se
 (A) ao cabo da Boa Esperança.  (C) à localizaçã o da cidade do Cabo.
 (B) ao cabo Agulhas.  (D) à regiã o envolvente do cabo Agulhas.
5. Justifique a descrença do autor nos mitos e nos dogmas.
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6. O autor revela a sua perplexidade relativamente à situação dos portugueses.


Comprove de que modo ele a manifesta.
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7. Indique o único motivo de orgulho de ser português registado por este viajante.
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8. Explique, por palavras suas, a designação atribuída ao segundo cabo descrito pelo autor.
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9. Identifique e exemplifique duas marcas típicas do relato de viagem presentes neste texto.
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Leia o texto e responda, de seguida, às questões.

Descoberto dinossauro herbívoro mais pequeno de Portugal


“Os fó sseis da pata que descobrimos possuem
um dedo mais pequeno. Havia estudos que apon-
30 tavam que esse dedo estava muito reduzido ou era
pequeno, mas nã o tínhamos esse dedo completo.
O achado permitiu-nos corroborar a hipó tese de
que efetivamente é um dedo pequeno nesta espécie
e provavelmente em todo o grupo”, explicou à
35 agência Lusa Fernando Escaso.
Os fó sseis, compostos pelo esqueleto parcial
da cauda, da cintura pélvica e das patas posteriores
deste dinossauro, pertencem à Sociedade de
Reconstituiçã o de Eousdryosaurus História Natural de Torres Vedras.
nanohallucis (cré dito: Raú l Martin). 40 “O mais extraordiná rio é que o material foi
descoberto articulado e muito bem conservado.
Paleontólogos portugueses e espanhóis anun- As vértebras estavam uma atrá s da outra como
ciam […], em Torres Vedras, a descoberta a nível em posição de vida e isso é menos comum”, subli-
mundial de uma nova espécie e de um novo género nhou o paleontó logo.
de dinossauro, que é também entre esses animais 45 Os paleontó logos apontam ainda características
5 o herbívoro mais pequeno de Portugal. particulares nas vértebras caudais e nos ossos da
perna, que nã o existem em espécies deste grupo
“No registo português, é um dos mais pequenos
já identificadas na Europa e na América.
que se conhece e provavelmente é o mais pequeno
O dinossauro foi apelidado de Eousdryosaurus
dos dinossauros herbívoros, porque pertence a um
50 nanohallucis. Trata-se de um herbívoro dryossauro
grupo dos mais pequenos a nível mundial e porque
ornitópode, que caminharia de forma muito ágil e
1 ainda não devia ser adulto. Se fosse adulto, prova-
veloz com apenas duas patas (tinha os braços mais
0 velmente seria maior”, disse à agência Lusa Fernando
curtos do que as patas e teria a cauda comprida,
Escaso.
meio metro de altura e 1,60 metros de comprimento).
O investigador subscreve o artigo científico que
55 Os cientistas pensam tratar-se de um animal
acaba de ser publicado no Journal of Vertebrate
jovem (os adultos teriam 2 a 2,5 metros de com-
Paleontology, em conjunto com Pedro Dantas,
primento) que viveu há 152 milhões de anos, no fim
1 Elisabete Malafaia, Bruno Camilo Silva, Pedro
do Jurássico Superior, o período a que pertence
5 Mocho, Fernando Escaso, Francisco Ortega, José
também grande parte dos achados de dinossauros
Gasulla, Ivan Navaez e José Sanz, ligados à Socie-
60 feitos na região Oeste.
dade de Histó ria Natural de Torres Vedras, à Uni-
O achado foi feito em 1999, na praia de Porto
versidade de Lisboa e à Universidade Nacional de
das Barcas (Lourinhã), por um amador. José Joaquim
Educação à Distância de Madrid (Espanha).
dos Santos, carpinteiro de profissã o, dedicou os
2 Depois de estudarem os achados feitos em 1999
seus tempos livres, durante 27 anos, a procurar
0 e de viajarem para o continente norte-americano
65 fó sseis nas arribas e foi colecionando em casa.
para observar fó sseis de dinossauros semelhantes,
A coleção veio a ser adquirida pela Câmara
os cientistas concluíram que havia diferenças entre
Municipal de Torres Vedras, em 1999, e foi doada
eles, que os levaram a identificar uma nova espécie
à Sociedade de Histó ria Natural, para ser estudada.
de um novo género de dinossauro.
2

5
DN (Ciência), ediçã o online, 16 de setembro de 2014 (consultado em maio de 2017).
1. Selecione as opções corretas, circundando-as, tendo em conta o género textual em análise.
Este texto tem como objetivo dar a conhecer a. uma descoberta científica / uma história da
atualidade sobre b. paleontólogos / dinossauros. O conteú do do texto reveste-se de interesse
c. nacional / mundial porque constitui d. uma novidade / um assunto controverso na á rea da
e. biologia / paleontologia.

2. Identifique o assunto retratado no artigo.


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_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

3. Explique a importância de que se revestem os testemunhos de Fernando Escaso.


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_________________________________________________________________________________________________________________________

4. Exponha as evidências que conduziram às conclusões expressas no texto.


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5. Identifique os elementos que serviram de base à investigação.


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6. Faça a reconstituição do animal representado no fóssil, baseando-se nas conclusões a que


chegaram os investigadores.
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_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
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7. Refira por que razão o carpinteiro, José Joaquim dos Santos, assume um papel de relevo face aos
factos retratados.
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_________________________________________________________________________________________________________________________
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Leia o texto e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Os pintores descobrem a realidade

Na Antiguidade, a pintura era vista como um ofício,


o que era comum a todas as artes. Os mestres-pintores
recebiam encomendas de personalidades importantes
ou mesmo de instituiçõ es, e tinham de executar quadros
5 num tempo limitado, com conteú dos predefinidos

e destinados a um fim predeterminado. Somente há cerca


de 700 anos é que os pintores começaram a lutar pela
liberdade (criativa) de dar uma finalidade pró pria aos
quadros – ou seja, de lhes emprestar um conteú do que
10 nã o se limitasse somente ao motivo principal.

Nessa época, por volta da viragem do seculo XIII-XIV,


os artistas superaram as formas pictó ricas medievais
e desenvolveram uma forma de representaçã o em pers-
petiva que ainda hoje influencia os nossos há bitos de ver imagens. O leque de temas de arte, outrora redu-
1 zido à s representaçõ es de teor sacro, foi-se alargando à medida que aumentava o interesse pelo mundo
5 profano, levando a que novos temas fossem introduzidos nas Belas Artes. Lentamente, os artistas come-
çaram a libertar-se da sua condiçã o de artesã os, de modo a poderem exprimir as suas ideias como artistas
livres.
Esta nova conceçã o, que se anunciava, teve origem nas numerosas mudanças de todos os domínios da
vida, que, ao fim da Idade Média, contribuíram para modificar a visã o do mundo e a postura intelectual.
2 As inú meras relaçõ es comerciais e a intensa troca de mercadorias – sobretudo no Norte de Itá lia – trouxe-
0 ram riqueza, prosperidade e crescimento às cidades. O crescimento econó mico leva a que a burguesia, que
se começava a formar nas cidades, se aperceba das suas capacidades. Artesã os e comerciantes, orgulhosos
dos seus ofícios, começavam a dar valor aos seus pró prios méritos, reconhecendo que era possível
extrair lucros do seu trabalho.
As pessoas deixavam pouco a pouco de se ver como parte de um todo, começando a dar mais impor-
2 tâ ncia ao indivíduo. Continuava a acreditar-se que o mundo era plano, porém esta crença, tal como
5 o pró prio mundo, tornara-se num desafio. As pessoas deixavam de confiar somente na religiã o e na sabe-
doria controlada pelo clero. Levantavam questõ es, querendo investigar tudo. Audazes navegadores partiam
para o desconhecido com o intuito de conhecer as lacunas dos mapas e de encontrar tesouros em países
estranhos, contribuindo para aumentar a prosperidade e a riqueza das suas pátrias. Para levar a cabo
as suas viagens, necessitavam de ciências e técnicas mais orientadas para o mundo profano. Muitas das
3 invençõ es da época, como por exemplo o reló gio, os mapas e uma série de aparelhos mecâ nicos, deixam
0 transparecer claramente essa necessidade.
À medida que os homens se iam interessando cada vez mais pelo mundo que os rodeava, começava-se
a recorrer a um realismo até aí pouco usual na pintura. Esta nova visã o do mundo encontra-se documentada
pela primeira vez nos quadros do pintor italiano Giotto do Bondone.
Anna-Carola Kraube, História da pintura, Do Renascimento aos nossos dias,
3
Coló nia, Konemann, 2001 (ediçã o portuguesa).
5
1. Na Antiguidade, a pintura era vista como
 (A) uma forma de expressã o dos sentimentos dos mestres-pintores.
 (B) uma maneira de imortalizar a liberdade criativa do autor.
 (C) um trabalho como outro qualquer.
 (D) uma ocupaçã o destinada só a senhores ricos.
2. A evolução no modo de encarar a arte deveu-se essencialmente à
 (A) mudança de mentalidades ocorrida nos inícios do século XIV.
 (B) revolta dos mestres-pintores.
 (C) necessidade de alargar o â mbito e os temas dos quadros produzidos.
 (D) influência do clero na educaçã o da burguesia.
3. O progresso que se verificou nos finais da Idade Média refletiu-se também na arte da pintura,
 (A) que passou a representar temas sagrados.
 (B) cujo teor se tornou progressivamente mais realista.
 (C) que passou a ser associada a comerciantes e artesã os ricos.
 (D) o que não foi bem aceite pelo clero.
4. No contexto em que surge, o termo “Audazes” (l. 29) pode ser substituído por
 (A) “receosos”.
 (B) “perigosos”.
 (C) “nervosos”.
 (D) “corajosos”.
5. Enuncie duas diferenças entre a pintura da Antiguidade e a do Renascimento.
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

6. Explicite as mudanças que permitiram a evolução da pintura.


_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

7. Clarifique a importância das navegações para o desenvolvimento das sociedades.


_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________

8. Comente a seguinte afirmação: “[…] os artistas começaram […] [a poder] exprimir as suas ideias
como artistas livres.” (ll. 16-18).
_________________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________________
Leia o texto e responda, de seguida, às questões.
Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

As oito montanhas, de Paolo Cognetti

Quando um livro traz uma aura de “grande sensação”,


por ter sido disputado furiosamente por agentes e edito-
ras na Feira de Frankfurt, o crítico desconfia. Na maior
parte dos casos, chega-se depressa à conclusão de que
5 foi muito barulho por nada. De futuros “clássicos” e livros
“de que toda a gente fala”, mas que rapidamente são
esquecidos, está o inferno da literatura cheio.
As oito montanhas, de Paolo Cognetti, um escritor
milanês de 39 anos, até agora apenas relativamente
1 conhecido em Itá lia, poderia ser um exemplo perfeito do
0 que acabá mos de referir, porque nos chega com o selo
de grande “fenó meno” da Feira de Frankfurt em 2016,
onde os seus direitos foram vendidos para mais de 30
países, ainda antes de a ediçã o original ter visto a luz do
dia. Mas cedo compreendemos que a desconfiança, neste
1 caso, nã o se justifica. Sem ser genial, longe disso, é um
5 belo livro sobre a amizade masculina, a complexidade
das relaçõ es familiares e o espírito de montanha. Há dois
eixos principais nesta histó ria. O primeiro é vertical:
a relaçã o de Pietro, o protagonista e narrador, com o pai,
um homem que se sentia mortificado pela vida citadina, em Milã o, mas se libertava ao chegar à montanha,
2 nã o resistindo ao apelo de subir sempre mais, até aos picos lá no alto. Seguindo atrá s, o filho aprende a ler
0 a Natureza, a conhecer os caminhos no bosque, a arte da escalada, as armadilhas da neve, o esplendor dos
glaciares, mas recebe sobretudo liçõ es intensivas de solidã o. Cognetti mergulha-nos com infinita delicadeza
nos meandros desse amor impalpá vel, quase sempre feito de silêncios, à semelhança do que fará depois
com o segundo eixo, horizontal: o da amizade entre Pietro e Bruno, um rapaz da aldeia, incapaz de aban-
donar a montanha, de trocá -la pela incerteza da vida abaixo dos 2000 metros de altitude.
2 Pietro vai e vem, apaixona-se, desilude-se, parte em viagem, reflete sobre as perdas, regressa às origens.
5 Bruno, pelo contrá rio, está sempre ali, primeiro a pastorear as vacas, depois trabalhando nas obras, ou
investindo numa produçã o de queijos que corre mal. Ele é verdadeiro “montanhês”. Entre os dois, o vínculo
criado na infâ ncia nunca se dissolve. E é por isso que cumprem a vontade do pai de Pietro, que deixa em
herança ao filho uma casa em ruínas, com a condiçã o de serem os dois a pô -la de pé, reconstruindo-se
a eles mesmos no processo.
3 A prosa de Cognetti é rica em pormenores, mostra-nos a montanha como lugar vivo, recupera a dimen-
0 sã o telú rica dos grandes escritores da Natureza, como Henry David Thoreau. Os dias lá em cima sã o por
vezes duríssimos, de tã o isolados e gélidos, mas nã o é difícil perceber o apego de Pietro à quelas paisagens.

5
Quando chove á gua misturada com neve, sob um céu “indeciso entre o inverno e a primavera”, eis o que
assinala o narrador: “As nuvens ocultavam as montanhas e roubavam volume à s coisas, mas mesmo numa
manhã deste género conseguia perceber a beleza daquele lugar. Uma beleza sombria, á cida, que nã o
40 infundia paz mas essencialmente força e alguma angú stia.”
É esta beleza difícil e agreste que as pá ginas de As oito montanhas exaltam, sem falsas nostalgias.
Pietro, o nosso guia melancó lico, conduz-nos pelas veredas de um mundo que sentimos ser verdadeiro
e, por isso mesmo, fatalmente inapreensível.
José Má rio Silva, in E, A Revista do Expresso, n.o 2325, 20 de maio de 2017, p. 74.

1. A obra em apreço chegou ao conhecimento do crítico


 (A) através do pró prio autor, de quem é amigo.
 (B) durante uma viagem a Itália, onde o autor é muito conhecido.
 (C) na Feira de Frankfurt.
 (D) porque se trata de um livro de que toda a gente fala.
2. O narrador do romance é
 (A) Pietro, que é também protagonista.
 (B) o pai de Pietro.
 (C) Bruno, o amigo de Pietro.
 (D) um “montanhês” de quem se desconhece o nome.
3. Complete o seguinte texto, selecionando e circundando os termos adequados.
Neste texto, faz-se uma a. exposição / apreciação crítica da obra As oito montanhas. Procede-se
a uma apresentaçã o b. sucinta / pormenorizada do livro, assim como dos c. argumentos / exemplos
que fundamentam a posiçã o do crítico. A linguagem utilizada é clara e d. objetiva / valorativa.

4. Enuncie os dois eixos temáticos da obra As oito montanhas.


________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________

5. Refira os dois universos espaciais onde se movem as personagens da obra, explicitando o modo
como se sentem em cada um.
________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________

6. Explique a função das citações presentes no penúltimo parágrafo.


________________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________________
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações que se seguem sobre
as principais etapas da formação e da evolução do português.
 a. O latim clá ssico possui características marcadamente populares.
 b. A imposiçã o do latim como língua oficial foi uma das marcas da romanizaçã o da Península
Ibérica.
 c. O latim foi a primeira língua falada pelos povos da Península Ibérica.
 d. Entende-se por substrato uma língua indígena anterior à implantaçã o de uma nova língua,
transportada por povos vencedores, mas que, de alguma forma, deixa marcas nesse novo
idioma.
 e. Superstrato é a língua de um povo invasor que se sobrepõ e à autó ctone.
 f. A diferente natureza das línguas româ nicas deve-se, entre outros fatores, à atuaçã o de
diferentes idiomas de substrato e de superstrato em cada uma delas.
 g. Com o aparecimento das línguas româ nicas, o latim desapareceu completamente.
 h. Os primeiros documentos redigidos em português datam do século XIII.
 i. A fase mais remota do português corresponde à fase do galego-português.
 j. Os ú nicos registos existentes em português antigo sã o os que dizem respeito à poesia trova-
doresca.
 k. No século XIII, o português separa-se definitivamente do galego.
 l. Os Descobrimentos tiveram um grande impacto no desenvolvimento da língua portuguesa,
na medida em que foi necessá rio criar palavras para designar novas realidades.
 m. Os meios de comunicaçã o tiveram e têm um papel de relevo na uniformizaçã o e divulgaçã o
da língua.
1.1. Corrija as afirmaçõ es que classificou como falsas.
________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________

2. Apresente três palavras provenientes de cada um dos étimos abaixo indicados.


a. HYDRA (á gua) ___________________________________________________________________________________________________
b. LITTERA- (letra) _________________________________________________________________________________________________
c. DOMU- (casa) ____________________________________________________________________________________________________
d. RHINÓ S (nariz) __________________________________________________________________________________________________
1. Identifique os processos fonológicos operados na evolução das palavras apresentadas.
a. GLATTIRE > latir _________________________________________________________________________________________________
b. BLATTA- > batta > barta > barata ______________________________________________________________________________
c. MACULA- > macla > malha ______________________________________________________________________________________
d. ROTUNDU- > rodondo > redondo _______________________________________________________________________________
e. PERLA- > pérola _________________________________________________________________________________________________
f. SIBI > sii > si ______________________________________________________________________________________________________
g. STELLA- > estella > esterla > estrela ____________________________________________________________________________
h. CRUDELE- > crudel > cruel ______________________________________________________________________________________
i. CLAVE- > chave ___________________________________________________________________________________________________
j. OPERA- > opra > obra ____________________________________________________________________________________________
k. ABSENTE- > ausente _____________________________________________________________________________________________
l. DOLORE- > doore > door > dor __________________________________________________________________________________
m. REGE- > ree > rei _______________________________________________________________________________________________
n. NOSTRU- > nosto > nosso _______________________________________________________________________________________
o. FERIA- > feira ____________________________________________________________________________________________________
p. CLAMARE > clamar > chamar ___________________________________________________________________________________
q. DELICATU- > delicado ___________________________________________________________________________________________
r. REGNU- > reino __________________________________________________________________________________________________
s. PLORARE > chorare > chorar ____________________________________________________________________________________
t. STARE > estar ____________________________________________________________________________________________________

2. Identifique o processo fonológico que a comparação das palavras “dedo”/“dedal” e


“saco”/“sacola” evidencia.
_____________________________________________________________________________________________________________________

3. Associe corretamente as palavras indicadas aos étimos latinos.


íntegro obra pleno cá tedra ó pera cheio cadeira inteiro

3.1. Classifique cada par de palavras, tendo em conta o étimo de que derivam.
________________________________________________________________________________________________________________
1. Atente nas frases que se seguem.
(A) Dó i-me a cabeça.
(B) Infelizmente, um e outro sã o culpados.
(C) O lançamento do livro e o local do evento foram um enorme sucesso.
(D) Já se sabe hoje!
(E) Eles foram à praia.
(F) César Augusto, imperador de Roma, promoveu uma época de paz.
(G) Tanto os adultos como as crianças ficaram estupefactos.
(H) Pareces um fantasma.
(I) É inacreditá vel a força da Natureza.
(J) Quem nã o arrisca não petisca.
1.1. Identifique, em cada uma delas, o sujeito e proceda à sua classificaçã o.
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
1.2. Explique a diferença existente entre os sujeitos das frases (A) e (B).
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________

2. Identifique as frases do exercício 1. com predicativo do sujeito. ______________________________________


2.1. Classifique, quanto à subclasse, os verbos presentes nessas mesmas frases.
_______________________________________________________________________________________________________________

3. Preencha o quadro abaixo apresentado, retirando das frases do exercício 1. os constituintes


que desempenham as funções sintáticas solicitadas.

a. Modificador b. Modificador do nome apositivo c. Modificador do nome restritivo


4. Assinale com um X a função sintática dos constituintes sublinhados em cada frase.
Complement Complemento Complemento Predicativo
Modificador
o direto indireto oblíquo do sujeito
a. Os rapazes atiraram
pedras à janela.
b. As portas continuam
fechadas.
c. À quela hora, nã o se via
ninguém.

d. Telefonei à minha mã e.

e. Os arqueó logos fizeram


novas escavaçõ es.
f. Todo o ser humano
precisa de amor.
g. Tudo permanece
em silêncio.

5. Atente nas frases abaixo apresentadas.


(A) O estudante cantou entusiasticamente uma serenata à namorada.
(B) Ontem, o jantar foi feito por mim.
(C) O meu pai e a minha mã e compraram maçã s à minha tia, aqui.
(D) Nas férias, a Teresa falava de ti constantemente.
(E) Darei o prémio a quem provar que merece.
(F) No sá bado, os ladrõ es foram apanhados pela polícia.
(G) Ele colocou os livros na estante cuidadosamente.
(H) Afirmei que eras meu amigo.
5.1. Preencha o quadro, transcrevendo todos os constituintes presentes nas frases que desempenham as
funçõ es abaixo elencadas.

a. Complemento b. Complemento c. Complemento d. Complemento


direto indireto oblíquo agente da passiva

5.2. Substitua, nos casos possíveis, os complementos por um pronome, reescrevendo as frases.
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________
6. Considere as frases seguintes.
(A) A remodelaçã o da sala foi surpreendente.
(B) Considero a Ana mais competente para o cargo.
(C) Foi do Joã o a ideia de organizar um evento para
angariar fundos.
(D) Estou encantada com a simplicidade da Inês.
(E) Já não tenho a certeza de nada.
Figura sentada a ler (1917), José Malhoa.
(F) O pai do Pedro comprou um quadro de José Malhoa.
(G) A Maria ficou satisfeita com o resultado.
(H) Comprei um livro de Mia Couto; todos os meus colegas o acham fantá stico.
(I) Fiquei enervada com o que aconteceu ao meu irmã o.
(J) Apesar de tudo, sempre julguei o Joã o inocente.
(K) Ficá mos desesperados por não termos conseguido terminar o jogo no tempo estipulado.
6.1. Identifique as alíneas cujas frases apresentam as seguintes funçõ es sintá ticas:
a. predicativo do complemento direto. ________________________________________________________________
b. complemento do nome. ______________________________________________________________________________
c. complemento do adjetivo. ____________________________________________________________________________
6.1.1. Transcreva, de cada uma delas, o constituinte correspondente a cada uma das funçõ es
sintáticas apresentadas em 6.1.
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________
6.2. Selecione a(s) frase(s) que comporta(m) um complemento do nome e um complemento do
adjetivo.
____________________________________________________________________________________________________________
6.2.1. Transcreva os constituintes correspondentes a essas funçõ es sintá ticas.
_____________________________________________________________________________________________________
6.3. Identifique os exemplos que contêm um complemento do nome requerido por um nome:
a. deverbal. ______________________________________________________________________________________________
b. epistémico. ____________________________________________________________________________________________
c. de grau de parentesco. _______________________________________________________________________________
d. icó nico. ________________________________________________________________________________________________
e. relacionado com um atributo. _______________________________________________________________________
6.4. Indique a frase que integra um complemento do adjetivo sob a forma oracional.
____________________________________________________________________________________________________________
1. Complete as orações, selecionando a conjunção/locução coordenativa mais adequada.
ou … ou nã o … nem por isso e mas logo pois

a. Li as estâncias do canto VI de Os Lusíadas, _____________________ não percebi o conteú do da primeira.


b. Estamos indecisos: _____________________ vamos visitar o Mosteiro dos Jeró nimos _____________________
subiremos à Torre de Belém.
c. A professora esclareceu as dú vidas sobre Camõ es, _____________________ os alunos devem estar prepa-
rados para o teste.
d. _____________________ fiz a segunda ficha _____________________ consegui acabar a primeira.
e. Estive com a Internet ligada _____________________ tive de fazer uma pesquisa.
f. Eles leram o texto _____________________ responderam à s questõ es.
g. Ele estudou o dia todo, _____________________ deve estar cansado.
1.1. Classifique, agora, as oraçõ es de cada alínea.

2. Leia o seguinte conselho.

Evite os produtos industriais e faça lanches originais com receitas saudá veis para os seus filhos.

Proteste, n.o 141, novembro de 2014, p. 6.

2.1. Assinale, agora, como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmaçõ es seguintes.
 a. A frase apresenta três oraçõ es.
 b. A frase é simples, pois integra apenas uma oraçã o.
 c. A frase é complexa e foi obtida pelo recurso à coordenaçã o.
 d. A frase é constituída por duas oraçõ es coordenadas copulativas assindéticas.
 e. A frase integra duas oraçõ es coordenadas copulativas sindéticas.
 f. A frase apresenta duas oraçõ es coordenadas e uma oraçã o subordinada.
3. Una os pares de frases de modo a obter frases complexas, recorrendo à coordenação indicada.
a. (explicativa)
(1) No século XIV, todos os grupos sociais procuravam expandir-se em busca de uma nova vida.
(2) Quer a Europa quer Portugal atravessavam uma grave crise.
b. (adversativa)
(1) A Europa interessou-se pela descoberta do mar.
(2) Portugal foi pioneiro na política expansionista.
1. Associe cada frase da coluna A à sua correta constituição, na coluna B.

Coluna A Coluna B
[1] Oraçã o subordinada adverbial concessiva +
[A] Se ler atentamente, vai perceber.
+ oraçã o subordinante
[B] Ainda que seja difícil, acabarei o trabalho [2] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
no prazo estipulado. adjetiva relativa restritiva
[C] Ele garantiu-me que falaria com [3] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
os colegas que desobedeceram. substantiva completiva
[D] Ele fez o trabalho, que todos elogiaram, [4] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
para que fosse exposto no á trio. adverbial consecutiva

[E] Como esperei tempo demais, decidi [5] Oração subordinante + oração subordinada adjetiva
que já nã o sairia com eles. relativa explicativa + oração subordinada adverbial final

[F] Mal terminou a sessã o de cinema, [6] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
fomos imediatamente para casa. substantiva relativa
[G] Ele esforçou-se tanto que acabou [7] Oraçã o subordinada adverbial condicional +
por perceber. + oraçã o subordinante
[8] Oraçã o subordinada adverbial causal +
[H] Eles convidaram quem quiseram. + oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
substantiva completiva
[I] O professor estava convicto de que [9] Oraçã o subordinada adverbial temporal +
os alunos perceberam. + oraçã o subordinante
[10] Oraçã o subordinante + oraçã o subordinada
[J] O professor elogiou os alunos que
substantiva completiva + oraçã o subordinada
pesquisaram sobre a obra de Camõ es.
adjetiva relativa restritiva

[A] – ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.

2. Divida e classifique as orações presentes em cada uma das frases seguintes.


a. Atendendo a que nem todos perceberam, a diretora decidiu que repetiria o assunto.
b. Assim que cheguei a casa, fui para o computador, a fim de que o trabalho ficasse pronto.
c. Os estudantes que faziam parte da lista A reuniram-se na cantina.
d. Enquanto preparavam as estratégias de campanha, faltaram à s aulas diversas vezes.
e. Os jovens, que já estavam cansados, juntaram-se para reclamarem contra a situaçã o.
f. Dedicaram mais tempo à propaganda eleitoral do que dedicaram ao estudo.
g. A diretora deu instruçõ es precisas para que nã o perturbassem as aulas.
h. A lista B, cujo presidente é de uma turma de 11.° ano, sagrou-se vencedora.
i. Ontem choveu tanto que o recinto da campanha ficou inundado.
1. Faça corresponder a cada um dos elementos da coluna A um elemento da coluna B, de modo
a obter afirmações verdadeiras.

Coluna A Coluna B
[1] acontece exclusivamente a nível literá rio, pela mã o dos escritores.
[A] Neologismos sã o termos [2] para designar novas realidades tecnoló gicas surgidas
por via da evolução.
[3] cujo significado sofreu evoluçã o, ao longo dos tempos.
[B] A formaçã o dos novos [4] ocorre através dos processos regulares (derivaçã o e composiçã o)
vocá bulos ou através de processos irregulares.
[5] cuja utilização era usual noutros está dios da língua, mas que caíram
em desuso.
[C] Arcaísmos sã o termos [6] que designam novas realidades ou novos usos reclamados pela
evoluçã o científica, tecnoló gica ou outra.

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___.

2. Classifique cada uma das afirmações como verdadeira (V) ou falsa (F).

 a. Uma sigla é uma palavra formada pelas iniciais de um grupo de palavras, pronunciada de acordo
com a designaçã o de cada letra.

 b. Um acró nimo é uma palavra formada através da junçã o de duas ou mais palavras.
 c. Truncaçã o é um processo que consiste na criaçã o de uma palavra a partir da eliminaçã o de parte
da palavra de que deriva.

 d. Empréstimo é um processo através do qual uma palavra já existente adquire um novo significado
sem, contudo, perder o(s) significado(s) anterior(es).

 e. Extensã o semâ ntica é o processo de transferência de uma palavra de uma língua para outra.
 f. Amá lgama refere-se a criaçã o de um vocá bulo através da junçã o de letras ou sílabas de um grupo
de palavras, que se pronunciam como uma só palavra.
2.1. Indique a que processo se refere cada uma das definiçõ es que assinalou como falsas.
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________________________________
3. Leia o seguinte excerto textual e responda às questões.

Atravessar o planeta a pedalar


[…] Por esta altura, os globonautas, como se apresentam, já fizeram grande parte de uma
viagem que iniciaram há dois anos e meio; […] milhares e milhares de quiló metros percorridos
sobre os selins das biclas que levaram de Portugal. […]
No meio de tanto admirá vel mundo novo, a Joana e o Nuno encontram maneira de manter
atualizado o diá rio sobre todo o percurso efetuado até agora. É no site globonautas.net que publi-
cam pequenos contos de aventureiros bem reais e que, uma vez de volta a casa, serã o o pró ximo
desafio de Joana, que pretende transformá -los num livro.

Joana Oliveira, in Visão, ediçã o online, 16 de setembro de 2014 (acedido em maio de 2017).

3.1. Transcreva os termos que configuram processos irregulares de formaçã o de palavras, indicando
como se designam.
________________________________________________________________________________________________________________
3.2. Refira que nome se dá , em termos de renovaçã o do léxico, ao termo “globonautas”.
________________________________________________________________________________________________________________
3.2.1. Indique os termos que estã o na origem da nova palavra.
________________________________________________________________________________________________________
3.2.2. Avance um significado para o novo vocá bulo, atendendo aos termos que o compõ em.
_________________________________________________________________________________________________________

4. Leia o texto e responda às questões.

Chuvisco
Chuvisco é isco da chuva? Enquanto se espera resposta, vale a pena resguardar a pergunta.
O chuvisco, adolescente atrevido, molha tudo sem respeito. Ao tempo que vai lençolando as poei-
ras, o chuvisco abraça a terra mais terna […].
À s vezes é um rio de pé, verticaindo. Gotas gordas aprisionam os homens e os bichos nos seus
abrigos. Até os pá ssaros vã o peixando, humiudinhos.

Mia Couto, “Pingo e vírgula”, in Cronicando, 10.a ed., Lisboa, Editorial Caminho, 2002, p. 98.

4.1. Transcreva os vocá bulos que configuram novos termos, indicando como se designam.
________________________________________________________________________________________________________________
4.1.1. Decomponha-os nos seus constituintes, indicando as classes de palavras a que pertencem.
________________________________________________________________________________________________________
4.1.2. Integre cada nova palavra numa classe gramatical, referindo o seu significado.
________________________________________________________________________________________________________
5. Atente nas palavras sublinhadas no texto apresentado de seguida.

Problemas de acesso à plataforma


O ú ltimo dia da primeira fase de candidaturas à s bolsas de açã o social no ensino superior ter-
minou na terça-feira. […] O MEC confirma que houve um “pico de acessos” nestes ú ltimos dias que
tornam “natural” as dificuldades de acesso à plataforma. Um dos administradores dos Serviços de
Açã o Social [sugere]: “Faria sentido que se alargasse o prazo por uns dias, tal como aconteceu
com a entrega das declaraçõ es de IRS.”.

Samuel Siva, in Público, ediçã o online, 1 de outubro de 2014 (acedido em maio de 2017, adaptado).

5.1. Classifique-as quanto ao processo de formaçã o.


________________________________________________________________________________________________________________
5.2. Explique por que não configuram os termos “MEC” e “IRS” o mesmo processo de formaçã o.
________________________________________________________________________________________________________________
5.3. Construa uma frase em que o termo “plataforma” surja com outro significado.
________________________________________________________________________________________________________________

6. Leia os seguintes excertos de duas composições trovadorescas.

A B
Amigo, pois me leixades A dona que eu am’e tenho por senhor
E vos ides alhur morar, amostrade-me-a, Deus, se vos en prazer for,
[…] senon, dade-mi a morte.
[…]

Joã o Peres de Aboim, B 673/V 275, Bernal de Bonaval, B 1066/V 657,


in Cantigas medievais galego-portuguesas in Cantigas medievais galego-portuguesas
(www.cantigas.fcsh.unl.pt). (www.cantigas.fcsh.unl.pt).

6.1. Os termos sublinhados configuram formas linguísticas pertencentes a um está dio anterior
da realizaçã o da língua. Indique como se designam.
________________________________________________________________________________________________________________
6.2. Indique os processos fonoló gicos que ocorreram nas seguintes palavras:
a. amostrade (texto B, v. 2) > mostrai _________________________________________________________________________
b. dade (texto B, v. 3) > dai _____________________________________________________________________________________
6.3. Proponha uma reescrita dos dois excertos textuais, substituindo as formas arcaicas sublinhadas
por termos atuais.
A _____________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
B _____________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________________
1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens seguintes.
1.1. O campo lexical de uma dada palavra corresponde ao conjunto de palavras
 (A) que se podem formar a partir dela, pelos processos de derivaçã o ou de composiçã o.
 (B) que se podem formar a partir dela, nã o importa por que processo.
 (C) associadas, pelo seu significado, a um determinado domínio conceptual.
1.2. O campo semâ ntico de uma dada palavra corresponde ao conjunto de
 (A) significados ou aceçõ es que uma palavra assume, em funçã o do contexto em que ocorre,
quer surja isolada ou integrada numa expressã o.
 (B) significados dessa palavra, desde que surja integrada numa expressã o.
 (C) sinó nimos dessa palavra.
2. Leia as frases seguintes.
(A) Ontem foi a festa da escola; as salas de aula estavam graciosamente decoradas; no quadro
viam-se desenhos feitos por alunos e professores.
(B) O Pedro nã o convive com ninguém; aquele miú do é uma ilha!
(C) As férias em plena Natureza sã o muito agradá veis e repousantes. Gosto muito de passear pelo
campo, molhar-me nos regatos, colher flores, observar os animais.
(D) Por alturas do Natal, há um mar de gente a fazer compras nos centros comerciais.
(E) A ilha açoriana de que mais gosto é Sã o Miguel.
(F) Em criança tudo é simples; quando crescemos, percebemos que a vida não é um mar de rosas.
(G) Passear junto ao mar é um dos meus hobbies.
(H) Hoje fui observar como se processa a pesca: barcos, pescadores, isco, rede, anzol, tudo é prepa-
rado minuciosamente.
(I) O Parque da Cidade é uma ilha de oxigénio para os habitantes do Porto.
2.1. Selecione as frases em que ocorrem palavras pertencentes ao mesmo campo lexical.
________________________________________________________________________________________________________________
2.2. Identifique dois campos semâ nticos diferentes, registando as frases em que ocorrem.
________________________________________________________________________________________________________________
2.3. Registe as alíneas em que os vocá bulos “mar” e “ilha” surgem em sentido metafó rico.
________________________________________________________________________________________________________________
2.4. Reescreva as frases indicadas em 2.3., substituindo os vocá bulos “mar” e “ilha” por outras pala-
vras ou expressõ es com significado equivalente.
_________________________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________________________
GRUPO I

1. Classifique cada uma das afirmações acerca da poesia trovadoresca como verdadeira (V) ou
falsa (F). [15 itens x 2 pontos = 30 pontos]

 a. Durante a Idade Média, a cultura estava espalhada por todos os grupos sociais.
 b. A poesia trovadoresca designa a produçã o poética entre os séculos XII e XIV.
 c. O galaico-português diz respeito a língua utilizada na Península Ibérica ate ao seculo XVI.
 d. A produçã o poética da era medieval encontra-se compilada em três grandes cancioneiros:
o da Biblioteca Nacional, o da Vaticana e o da Ajuda.
 e. Os jograis eram populares que atuavam em espaços pú blicos, nas cortes ou em casas
senhoriais.
 f. Os trovadores pertenciam à nobreza, compunham e tocavam os seus poemas, fazendo-se
acompanhar exclusivamente por jogralesas.
 g. As cantigas de amor estã o associadas a um ambiente cortês e à temá tica do amor não
correspondido.
 h. O ambiente rural, de romaria ou doméstico surge nas cantigas de amigo.
 i. Na cantiga de amigo, o poeta assume uma atitude de vassalagem perante a sua “senhor”.
 j. As cantigas de amigo têm origem provençal.
 k. Tematicamente, as cantigas de amigo enunciam o amor, a saudade e a dor provocadas pela
ausência do amado.
 l. O paralelismo e o refrã o sã o marcas formais associadas à s cantigas de amigo.
 m. A Natureza serve ú nica e exclusivamente de cená rio à manifestaçã o da dor da donzela.
 n. As cantigas de amor exprimem, pela voz de uma donzela, o amor não correspondido.
 o. Há afinidades entre as cantigas de amigo e as cantigas de amor, uma vez que em ambas
se assiste à temá tica do sofrimento amoroso.
1.1. Corrija as afirmaçõ es que classificou como falsas. [70 pontos]

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2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relacionados com a poesia
trovadoresca. [10 itens x 5 pontos = 50 pontos]

2.1. A lírica galaico-portuguesa integra


 (A) três géneros.
 (B) dois géneros.
 (C) vá rios subgéneros.
2.2. Na cantiga de amor, o sujeito poético dá conta
 (A) da ausência da amada.
 (B) da frieza do trovador.
 (C) do amor não correspondido.
2.3. A cantiga de amigo tem origem
 (A) provençal.
 (B) peninsular.
 (C) castelhana.
2.4. O sujeito da enunciaçã o na cantiga de amigo é
 (A) uma donzela.
 (B) um trovador.
 (C) um jogral.
2.5. O enunciador feminino, típico da cantiga de amigo,
 (A) confidencia à Natureza, à mã e ou à s amigas a saudade do amado.
 (B) expressa o seu pesar pela morte do amado na guerra.
 (C) manifesta o seu contentamento face à ausência do amado.
2.6. As cantigas de escá rnio e maldizer
 (A) exemplificam o amor cortês e não correspondido.
 (B) expressam as saudades da donzela pelo amigo ausente.
 (C) satirizam, direta ou indiretamente, algo ou alguém.
2.7. As cantigas de escá rnio e maldizer apresentam
 (A) elogios a determinadas categorias profissionais.
 (B) insultos diretos a trovadores ou a jograis.
 (C) críticas aos há bitos ou vícios de personagens.
2.8. O processo de Romanizaçã o refere-se à
 (A) implementaçã o das civilizaçã o e cultura romanas.
 (B) adoçã o do latim como língua oficial.
 (C) apropriaçã o do latim clá ssico pelos povos ibéricos.
2.9. Os substratos, na Península Ibérica, correspondem à s línguas
 (A) impostas pelos povos vencedores.
 (B) utilizadas antes da dominaçã o romana.
 (C) dos iberos, dos celtas e dos cartagineses.
2.10. O galego-português surge a partir dos séculos
 (A) XII e XIII, na Península Ibérica já fragmentada.
 (B) VI e VII, e resulta da acã o dos substratos e superestratos.
 (C) VII e VIII, sob a influência da língua á rabe.

GRUPO II

1. Identifique a função sintática dos elementos sublinhados em cada uma das frases.
[10 itens x 5 pontos = 50 pontos]

a. A coita amorosa do trovador é intensa.


___________________________________________________________________________________________________________________

b. A donzela desabafa com a mã e.


___________________________________________________________________________________________________________________

c. A donzela considera a mã e uma boa confidente.


___________________________________________________________________________________________________________________

d. A mã e, as amigas e a Natureza escutam atentamente os desabafos da donzela.


___________________________________________________________________________________________________________________

e. O trovador pede a Deus que lhe mostre a sua “senhor”.


___________________________________________________________________________________________________________________

f. A donzela fica desesperada e impaciente com a ausência do amado.


___________________________________________________________________________________________________________________

g. As cantigas de escá rnio satirizam ironicamente as convençõ es do amor cortês.


___________________________________________________________________________________________________________________

h. Infelizmente, os jograis cantavam para sobreviverem.


___________________________________________________________________________________________________________________

i. Os jograis eram acompanhados pelas jogralesas.


___________________________________________________________________________________________________________________

j. Felizmente, o trovador comunicou à donzela a sua dor.


___________________________________________________________________________________________________________________
GRUPO I

1. Recorde o estudo da Crónica de D. João I e identifique cada uma das personagens descritas.
[7 itens x 8 pontos = 56 pontos]

a. Personagem que revela um cariz dramá tico, é determinada, persistente, dominadora, indomá vel,
astuciosa e adú ltera.
_____________________________________________________________________________________________________________________

b. Personagem que representa a ameaça castelhana sobre a integridade nacional, acabando por
funcionar como “bode expiató rio” no desencadear da revoluçã o.
_____________________________________________________________________________________________________________________

c. Personagem que encarna a força e o poder de Castela, mostrando-se orgulhosa, ambiciosa


e calculista.
_____________________________________________________________________________________________________________________

d. Personagem que se apresenta como chefe da insurreiçã o de 1383 e mentora do assassinato do


Conde Andeiro. Revela-se astuta, determinada e destemida.
_____________________________________________________________________________________________________________________

e. Personagem que aparenta ser uma pessoa vulgar, com as suas dú vidas e hesitaçõ es, chegando
a cometer erros. No entanto, revela-se líder das multidõ es, assumindo a responsabilidade da sua
missã o e revelando toda a sua ambiçã o, demonstrando, por isso, um cariz realista.
_____________________________________________________________________________________________________________________

f. Personagem que se destaca enquanto heró i com forte pendor místico. A par da sua faceta espiri-
tual e do virtuosismo, distingue-se também pela determinaçã o, coragem, perspicá cia e lealdade.
_____________________________________________________________________________________________________________________

g. Personagem que se apresenta como a força gregá ria, animada de uma vontade definida e coletiva.
Expressõ es como “todos postos sob um mesmo cuidado”, “todos animados de uma só vontade”,
“enquanto a cidade soube” tornam-se emblemá ticas. Apesar de ignorante, supersticiosa e, por
vezes, até cruel, revela-se como a força motora da revoluçã o e, por isso, trata-se da personagem
que mais padece, resiste e se afirma.
_____________________________________________________________________________________________________________________
2. Complete o texto, convocando conhecimentos acerca da Crónica de D. João I.
[12 itens x 6 pontos = 72 pontos]

Fernã o Lopes, autor da Crónica de D. João I, que foi aclamado a. _________________________ de


Portugal depois da morte de b. _________________________ e durante a crise de 1383-1385, relata,
nessa mesma cró nica, episó dios como o do c. _________________________ de Lisboa, levado a cabo pelos
d. _________________________, bem como o da Batalha de e. _________________________, na qual se
destaca a figura de D. Nuno Á lvares Pereira, mentor da estratégia que conduziu os portugueses à
f. _________________________ e que, durante toda a crise, esteve ao lado de g. _________________________,
mestre de Avis.
A Crónica de D. João I apresenta duas partes: na primeira parte – Pré-Aljubarrota – sã o narrados
acontecimentos desde a h. _________________________ do rei D. Fernando até à aclamaçã o de D. Joã o
como rei; na segunda parte – Pó s-Aljubarrota – registam-se acontecimentos ocorridos durante o
reinado de D. Joã o I.
É uma cró nica em que se verifica, pela primeira vez, a afirmaçã o da consciência coletiva.
A insurreiçã o que se opera em Portugal em 1383, ainda que tenha sido encabeçada por
i. _________________________, um dos burgueses mais influentes do reino, só vinga porque foi apoiada
pelo povo.
É , efetivamente, a plebe que, colocando em causa a validade da sucessã o diná stica por nã o reco-
nhecer legitimidade ao rei j. _________________________ para assumir a regência de Portugal, empurra
o Mestre de Avis para a revoluçã o.
É , pois, esta consciência da identidade k. _________________________, este sentimento patrió tico gene-
roso e esta ligaçã o à terra, em detrimento da eleiçã o régia, que faz do povo o l. _________________________
da insurreiçã o, que culminou com o triunfo da vontade popular.

GRUPO II

1. Indique o tempo, o modo e a pessoa gramatical das formas verbais sublinhadas em cada frase.
[18 itens x 4 pontos = 72 pontos]

Tempo Modo Pessoa

a. Sabe-se que a obra de Fernã o Lopes


tem um cará ter histó rico.

b. Quando souberam que o Mestre


corria perigo, muitos populares
correram para o paço.

c. “Salva o Mestre”, pedia o povo


a Á lvaro Paes.

d. D. Duarte solicitou ao historiador que


recuperasse o bom nome de seu pai.

e. Quando tiver tempo, lerei todos os


capítulos da Crónica de D. João I.
GRUPO I

1. Complete o texto expositivo sobre a obra vicentina com os segmentos linguísticos fornecidos
abaixo. [15 itens x 8 pontos = 120 pontos]

1. a segunda 9. ao contrá rio do que muitos pensam


2. e o facto de conhecer bem o seu pú blico 10. autos de moralidade e farsas
3. no entanto 11. as suas personagens-tipo
4. popularmente conhecido como o “pai” do teatro português 12. para a sá tira social
5. quinhentista 13. o primeiro
6. a essa ú ltima atividade 14. em suma
7. de facto 15. Idade Média
8. um período de quase trinta e cinco anos

Gil Vicente, a. _______________, foi, para além de poeta, um dramaturgo muito importante.
A sua “carreira” iniciou-se em 1502, terminando em 1536, b. _______________ em que produziu cerca
de 50 peças teatrais dispersas (c. _______________), cujos temas estã o relacionados com a natureza
humana: a astú cia, a honestidade, os ideais, a vida e a morte. d. _______________, só vinte e seis anos
apó s a sua morte todas essas peças seriam compiladas numa só obra pelos seus filhos.
e. _______________, este dramaturgo nã o ficava apenas pela produçã o escrita. f. _______________,
Gil Vicente também encenava, representava alguns dos papéis que criava e, posteriormente, reescrevia
as suas peças teatrais, tornando-as mais perfeitas. Efetivamente, a sua longa e diversificada
experiência g. _______________ – a corte onde vivia – fizeram com que pudesse dedicar-se com sucesso
h. _______________.
Animador dos serõ es da corte, encontrava nesta também os modelos que dariam origem
i. _______________, “julgando” as suas vidas aparentemente honestas. Predominantemente voltadas
j. _______________, as suas obras também exploravam os vá rios processos de có mico (de linguagem, de
cará ter, de situaçã o), que contribuíam, pelo riso, para denunciar vícios, costumes e grupos sociais,
através das personagens que construía.
Existem diferenças entre o simples có mico e a sátira: k. _______________ tem como objetivo apenas
provocar o riso, e fá -lo de forma evasiva; já l. _______________ procura provocar o riso, mas com o intuito
de fazer pensar, servindo-se assim da caricatura. Por isso se diz que o teatro vicentino assenta
sobretudo na sá tira, pois é caricatura do século XVI e as suas figuras funcionam como reflexo num
espelho distorcido dos tipos de homens reais, como no caso do fidalgo no Auto da Barca do Inferno,
personagem que denuncia os maus costumes e os defeitos da alta nobreza.
m. _______________, existe uma relaçã o pró xima entre o teatro de Gil Vicente e a sociedade
n. _______________, pois o escritor, através das suas obras, expõ e e critica os diferentes grupos e estratos
sociais da época, deixando assim testemunho de um período de transiçã o importante da histó ria
portuguesa – a passagem da o. _______________ para a É poca Clá ssica.
GRUPO II

1. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [8 itens x 10 pontos = 80 pontos]

Coluna A Coluna B
[A] Ainda que fosse jovem, Inês queria casar [1] Oraçã o subordinada adjetiva relativa explicativa
rapidamente.

[B] O pretendente que foi escolhido era pouco [2] Oraçã o subordinada substantiva relativa
cordial.

[C] Como era pouco culto, o camponês foi [3] Oraçã o subordinada substantiva completiva
preterido.

[D] Quem encontrou Brá s da Mata foram


[4] Oraçã o subordinada adverbial comparativa
os judeus.

[5] Oraçã o subordinada adverbial causal


[E] Inês perguntou a Pero Marques se podia
visitar o Ermitã o.
[6] Oraçã o subordinada adjetiva relativa restritiva
[F] Se Brá s da Mata não morresse, Inês nunca [7] Oraçã o subordinada adverbial consecutiva
seria livre.

[G] Lianor Vaz, que fingiu ser assediada, [8] Oraçã o subordinada adverbial condicional
visitou Inês.

[9] Oraçã o subordinada adverbial final


[H] Pero Marques era tã o ingénuo
que nã o percebeu a traiçã o de Inês.
[10] Oraçã o subordinada adverbial concessiva

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___; [H] − ___.
B
GRUPO I

1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens relacionados com a temática
do Renascimento. [5 itens x 5 pontos = 25 pontos]

1.1. No século XVI assiste-se à


 (A) ascensã o da nobreza.
 (B) implantaçã o do sistema feudal.
 (C) condenaçã o de Luís de Camõ es.
 (D) desintegraçã o do feudalismo.
1.2. A invençã o da imprensa, por Gutenberg, veio facilitar
 (A) a troca de informaçã o e a divulgaçã o de novas ideias.
 (B) o aparecimento de novos instrumentos de navegaçã o.
 (C) os métodos de investigaçã o experimentais.
 (D) o surgimento da observaçã o como novo método científico.
1.3. Os Descobrimentos promoveram
 (A) a idade das trevas e o culto do desconhecido.
 (B) o contacto com novas culturas e civilizaçõ es.
 (C) o catolicismo, através das açõ es das cruzadas.
 (D) o empobrecimento linguístico dos portugueses.
1.4. O Renascimento é um fenó meno sociocultural da segunda metade do século XV que
 (A) colocou o Homem sob dependência divina.
 (B) desmistificou o poder dos deuses pagã os.
 (C) recuperou e imitou a cultura greco-latina.
 (D) desvalorizou a arte e a literatura clá ssicas.
1.5. O Humanismo consiste na
 (A) sobrevalorizaçã o da dimensã o emocional do Homem.
 (B) adoçã o das tradiçõ es escolá sticas e dos valores religiosos.
 (C) valorizaçã o da espiritualidade e da religiã o cató lica.
 (D) valorizaçã o do Homem enquanto ser ú nico e pensante.
2. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens acerca de Luís de Camões
e a sua produção lírica. [6 itens x 5 pontos = 30 pontos]

2.1. A biografia de Luís de Camõ es


 (A) está documentada em textos oficiais.
 (B) é incerta, inclusivamente no que diz respeito ao ano do seu nascimento.
 (C) é hoje perfeitamente fiá vel e segura.
 (D) dá conta dos cargos diplomá ticos que ele exerceu.
2.2. A poesia lírica camoniana
 (A) surge em medida velha e em medida nova.
 (B) comprova o seu apego exclusivo à lírica tradicional.
 (C) privilegia o dolce stil nuovo.
 (D) está bem exemplificada na obra Os Lusíadas.
2.3. A designaçã o “medida velha” reporta-se
 (A) ao estilo introduzido por Sá de Miranda e que pressupunha as formas fixas e vá rios
subgéneros.
 (B) aos textos poéticos escritos em versos decassilá bicos e trazidos até nó s através de
Sá de Miranda.
 (C) aos poemas de cará ter autobiográ fico, onde se regista as contradiçõ es do amor.
 (D) à poesia tradicional, integrada nos cancioneiros peninsulares dos séculos XV e XVI.
2.4. A construçã o da imagem da mulher amada presente na lírica em medida nova
 (A) baseia-se no ideal de mulher petrarquista.
 (B) reflete a influência de Dante.
 (C) ecoa o Realismo, dada a exatidã o do retrato.
 (D) é real, de natureza física e concreta.
2.5. A Natureza, na lírica camoniana, é frequentemente representada
 (A) como cená rio infernal e propenso ao castigo.
 (B) como algo horrendo, medonho, sombrio e artificial.
 (C) enquanto local ameno e suave, conducente ao amor.
 (D) como palco das reflexõ es sobre a vida pessoal.
2.6. As temá ticas desenvolvidas por Luís de Camõ es incluem, por exemplo,
 (A) a crítica dos valores quinhentistas.
 (B) a reflexã o sobre a vida pessoal e sobre o amor.
 (C) a vida do poeta na infância.
 (D) o elogio do Homem medieval.
GRUPO II

1. Indique a designação atribuída às palavras sublinhadas nas frases abaixo apresentadas, tendo
em consideração que vêm ambas de SOLITARIU-. [5 pontos]

• O poeta foi um homem solitá rio.


• Um dos amigos de Camõ es foi muito solidá rio com ele.
_________________________________________________________________________________________________________________________

2. Identifique os processos fonológicos ocorridos nas seguintes palavras.


[5 itens x 5 pontos = 25 pontos]

a. MARE- > mar ________________________________________________________________________________________________________


b. IPSE > esse __________________________________________________________________________________________________________
c. CICONIA- > cegonha _________________________________________________________________________________________________
d. ACUME- > gume _____________________________________________________________________________________________________
e. magro > magrinho _________________________________________________________________________________________________

3. Faça corresponder a cada oração sublinhada nas frases da coluna A a sua correta classificação,
na coluna B. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]

Coluna A Coluna B
[A] O poeta quinhentista escreveu em redondilha [1] Oraçã o subordinada substantiva
mas privilegiou o decassílabo. completiva

[B] Assim que leram as primeiras estâ ncias de Os Lusíadas, [2] Oraçã o subordinada adverbial
acharam-nas difíceis. condicional

[C] Ainda que preferissem a poesia amorosa, a temá tica


[3] Oraçã o coordenada copulativa
da Natureza também os entusiasmou.

[D] Camõ es foi tã o arruaceiro que acabou embarcado [4] Oraçã o subordinada adjetiva
para a Índia. relativa explicativa

[E] Quem gosta de poesia tem de ler Camõ es. [5] Oraçã o coordenada adversativa

[F] Como Camõ es viveu no século XVI, sofreu a influência [6] Oraçã o subordinada adverbial
dos humanistas. concessiva

[G] Nã o só estudamos os sonetos como também lemos [7] Oraçã o subordinada substantiva
vá rias redondilhas. relativa

[H] Perceberã o melhor desde que leiam expressivamente [8] Oraçã o subordinada adverbial
os textos. consecutiva

[I] A mulher petrarquista, que é normalmente inacessível, [9] Oraçã o subordinada adverbial
tem traços físicos específicos. temporal

[J] É inevitá vel que os poetas exponham a sua visã o. [10] Oraçã o subordinada adverbial
causal

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___;
[F] − ___; [G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___.
4. Identifique a função sintática dos elementos sublinhados em cada uma das frases.
[11 itens x 5 pontos = 55 pontos]

a. O desafio dos renascentistas era imitar os antigos.


______________________________________________________________________________________________________________________

b. Muitos leitores acham a poesia lírica de Camõ es superior à de outros poetas da sua época.
______________________________________________________________________________________________________________________

c. Alguns críticos duvidam da originalidade de Camõ es.


______________________________________________________________________________________________________________________

d. Sentimos vontade de conhecer melhor Camõ es.


______________________________________________________________________________________________________________________

e. Os alunos ficaram perplexos perante a ausência de dados sobre o nosso poeta maior.
______________________________________________________________________________________________________________________

f. Muitos jovens foram interrogados pelo professor acerca das temá ticas camonianas.
______________________________________________________________________________________________________________________

g. Os professores registaram as principais temá ticas da poesia camoniana.


______________________________________________________________________________________________________________________

h. O vilancete que demos ontem salientava a beleza de Bá rbora.


______________________________________________________________________________________________________________________

i. Este soneto está em vá rios manuais.


______________________________________________________________________________________________________________________

j. Os alunos ficaram apreensivos com a epopeia camoniana.


______________________________________________________________________________________________________________________

k. O talento de Camõ es, como o de muitos outros poetas, nã o foi reconhecido na sua época.
______________________________________________________________________________________________________________________
GRUPO I

1. Selecione a opção que completa corretamente cada um dos itens sobre Os Lusíadas.
[7 itens x 6 pontos = 42 pontos]

1.1. Camõ es terá tido como fonte(s) inspiradora(s)


 (A) as epopeias da Antiguidade e outros textos histó ricos anteriores.
 (B) a sua experiência pessoal, adquirida na viagem de Vasco da Gama.
 (C) os relatos das experiências dos navegadores seus contemporâ neos.
1.2. Na epopeia camoniana Os Lusíadas verifica-se a existência de
 (A) vá rios planos narrativos, com destaque para o dos deuses ou mitoló gico.
 (B) três planos narrativos e as reflexõ es do poeta, no final de alguns cantos.
 (C) uma açã o central (a da Histó ria de Portugal) e uma açã o secundá ria (a do Poeta).
1.3. Ao nível da estrutura externa, a obra apresenta
 (A) catorze cantos e estrofes de sete versos decassilá bicos.
 (B) dez cantos, com oitavas de dez sílabas métricas.
 (C) quatro partes: Proposiçã o, Invocaçã o, Dedicató ria e Reflexõ es.
1.4. No canto I surgem
 (A) o relato da viagem ao rei de Melinde e a intervençã o dos deuses.
 (B) a Proposiçã o, a Invocaçã o, a Dedicató ria e o início da Narraçã o.
 (C) a descriçã o da chegada a Calecute e a receçã o do rei de Melinde.
1.5. Os planos narrativos encontram-se organizados da seguinte forma:
 (A) Plano dos deuses (plano da viagem encaixado), seguido do plano da Histó ria de Portugal.
 (B) Plano da Histó ria de Portugal, onde se encaixam os planos da viagem e dos deuses.
 (C) Plano da Histó ria de Portugal, encaixado no plano da viagem, em paralelo com o plano
mitoló gico.

1.6. Em Melinde, os portugueses sã o


 (A) bem recebidos, mas posteriormente traídos.
 (B) expulsos e obrigados a recorrer à s armas.
 (C) bem recebidos, sendo Gama convidado a contar a Histó ria de Portugal.
1.7. No canto IX encontra-se
 (A) o episó dio histó rico da batalha de Aljubarrota.
 (B) o episó dio simbó lico da Ilha dos Amores.
 (C) o episó dio da morte de Inês de Castro.
2. Complete as seguintes frases em que se revela o assunto/tema das diferentes reflexões produ-
zidas por Camões ao longo da epopeia. [10 itens x 6 pontos = 60 pontos]

• Reflexõ es acerca do a. _____________________________ com que os portugueses tratam a arte, em particular


a poesia.
• Consideraçõ es acerca da b. _____________________________ do ser humano e dos c. _____________________________
a que este está sujeito.
• d. _____________________________ do poeta por estar submetido a vá rios infortú nios e nã o ser reconhecido.
• Comentá rios acerca da(s) forma(s) de obter a verdadeira e. _____________________________ e a fama, real-
çando o que nã o deve ser usado para as conseguir.
• Lamentos do poeta por cantar a f. _____________________________ “surda e endurecida”, dado não ser reconhecido,
e exortação ao rei g. _____________________________ para que erga de novo a h. _____________________________,
concretizando novos feitos.
• Consideraçõ es sobre a forma de os humanos alcançarem a i. _____________________________, exortando à
j. _____________________________ aqueles que querem ver os seus nomes imortalizados.

GRUPO II

1. Atenta nas seguintes frases.


(A) O poeta pediu para D. Sebastiã o aceitar o seu poema.
(B) Quem cantou os feitos dos portugueses merece todo o respeito.
(C) Camõ es procurou informaçã o em vá rias fontes, para que a sua obra épica respeitasse as convençõ es
literá rias.
(D) O poeta lamentou que os portugueses nã o valorizassem as artes.
(E) As suas críticas sã o tao atuais que ainda hoje se podem aplicar à nossa realidade.
(F) Sabe-se que Camõ es embarcou para a Índia.
(G) Os conselheiros do rei declararam Camõ es inocente.
1.1. Classifique as oraçõ es sublinhadas nas frases das alíneas (A) a (F), inclusive.
[6 itens x 8 pontos = 48 pontos]

______________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________
1.2. Identifique as funçõ es sintá ticas desempenhadas pelos constituintes que se encontram sublinhados
nas alíneas (A), (B), (D), (F) e (G). [5 itens x 7 pontos = 35 pontos]

______________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________
1.3. Indique a classe e a subclasse dos conectores presentes nas frases (A), (C) e (E).
[3 itens x 5 pontos = 15 pontos]

______________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________
GRUPO I

1. Complete o seguinte texto, fazendo apelo aos seus conhecimentos acerca do capítulo V da
História trágico-marítima, “As terríveis aventuras de Jorge de Albuquerque Coelho (1565)”,
e evitando repetições de termos. [20 itens x 4 pontos = 80 pontos]

A História trágico-marítima é uma antologia de a. _______________________________, uma espécie de


antiepopeia dos b. _______________________________, publicada em Lisboa por Bernardo Gomes de Brito, em
1735-1736. A recolha e ordenaçã o de relatos de naufrá gios ocorridos sobretudo na longa e difícil
“carreira da c. _______________________________” vem demonstrar o interesse histó rico-literá rio de um
género que é um misto de d. _______________________________ e de e. _______________________________ jornalística,
dotado de uma forte vertente realista e testemunhal.
No capítulo f. _______________________________ dessa colectâ nea, dedicado ao naufrá gio por que passou
Jorge de Albuquerque Coelho, sã o narrados os acontecimentos que envolveram a figura que deu título
a este capítulo.
Começando pelos g. _______________________________ da viagem, sã o narradas as lutas travadas com
os inimigos (gentios) das terras de Pernambuco, ocorridas antes de Jorge de Albuquerque Coelho
partir para a metró pole. Seguidamente, vem o momento da h. _______________________________, em que se
relata a primeira tentativa de embarque rumo a Portugal, destacando-se as lutas contra ventos
contrá rios e os consequentes estragos na nau i. _______________________________, que atrasaram a viagem.
Já no decorrer desta, tomamos conhecimento de mais atribulaçõ es, que puseram em risco
a vida da tripulaçã o: a destruiçã o de partes da nau; o alagamento da j. _______________________________;
a falta de alimentos; as k. _______________________________ entre os sobreviventes; a tentativa de saque/
pilhagem por l. _______________________________ franceses; a traiçã o de uma parte da tripulaçã o;
a m. _______________________________ (ventos fortes, relâ mpagos impetuosos, vagas enormes), que causou a
perda/destruiçã o do n. _______________________________, do mastro, de vergas, de enxá rcias, de amarras,
de â ncoras e de mantimentos.
Depois da tempestade veio a bonança, isto é, a calmaria. No entanto, com os equipamentos
o. _______________________________, Jorge de Albuquerque Coelho e os seus homens seguem viagem à deriva,
ao sabor do vento e do p. _______________________________. Até que, por fim, avistam a costa portuguesa.
Porém, ainda enfrentam a indiferença e a q. _______________________________ da tripulaçã o de uma
r. _______________________________ que se negou a auxiliá -los. Mas, com a ajuda de uma pequena
embarcaçã o, conseguem chegar salvos a Lisboa, onde fazem uma s. _______________________________
a Nossa Senhora da Luz, em agradecimento pela sua t. _______________________________.
2. Faça corresponder cada elemento da coluna A a um segmento da coluna B, de modo a obter
afirmações verdadeiras. [13 itens x 2 pontos = 26 pontos]

Coluna A Coluna B
[A] Podemos constatar a dimensã o [1] em cinco anos, com determinaçã o, coragem e espirito
heroica do relato de solidariedade.

[B] O protagonista começou por assumir [2] ao enfrentar tantos obstá culos representa o caminho
as funçõ es típicas para a imortalidade.

[C] O Heró i, com aval da regente [3] na descriçã o de Jorge de Albuquerque Coelho.
Dona Catarina, [4] organizou as lutas contra os índios.

[D] Pacificou a capitania de Pernambuco [5] organizou as lutas contra os portugueses.

[E] Enfrentou, com disciplina, [6] de um verdadeiro líder, que nunca abandona aqueles
fé e espírito de sacrifício, que dependem de si.

[F] Também mostrou a sua coragem [7] mostraram o seu espanto ao verem o estado em que
e determinaçã o estes se apresentavam.

[G] Jorge de Albuquerque Coelho [8] ao recusar render-se à s tropas brasileiras.


revelou características [9] de um chefe militar na capitania de Pernambuco.
[H] A dimensã o religiosa deste relato [10] nos apelos constantes à ajuda divina, por parte
está presente da tripulaçã o.

[11] a tempestade em alto mar e as trá gicas consequências.


[I] O espírito cristã o também se verifica,
durante a viagem, [12] Jorge de Albuquerque Coelho mostrou-se sempre
calmo e bondoso.

[J] A viagem culmina na chegada [13] nos momentos passados em Pernambuco, aquando
à metró pole, da morte do pai de Jorge de Albuquerque Coelho.

[K] Perante o terror vivido a bordo [14] nas constantes palavras de fé e de encorajamento
da nau proferidas pelo protagonista e nas oraçõ es.

[L] Os que foram receber [15] com a ajuda dos frades que vinham na caravela
os sobreviventes que os socorreu.

[M] A bravura e a ousadia de [16] ao recusar render-se aos corsá rios franceses.
Jorge de Albuquerque Coelho [17] com a ida em romaria à capela de Nossa Senhora da Luz.

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___; [G] − ___;
[H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___; [L] − ___; [M] − ___.
GRUPO II

1. Complete as frases, de modo a identificar as relações semânticas existentes entre os termos


linguísticos propostos. [8 itens x 4 pontos = 32 pontos]

• As palavras “partida”, “destino”, “percurso”, “rota” e “transporte” fazem parte do campo


a. ________________________ de “viagem”.
• Entre “percalços” e “contratempos” existe uma relaçã o de b. ________________________.
• As expressõ es “mar irado”, “mar de gente” e “mar de rosas” formam um campo c. ________________________.
• Os termos “nau”, “caravela”, “batel”, “bote” e “barca” são d. ________________________ do e. ________________________
“embarcação”.
• Entre as formas verbais “apertavam” e “soltavam” existe uma relação semântica de f. ________________________.
• Os vocá bulos “leme”, “mastro”, “vergas”, “enxá rcias”, “amarras” e “â ncoras” sao g. ________________________
do h. ________________________ “nau”.

2. Atente nas seguintes frases.


(A) O início da viagem foi marcado por alguns contratempos, tendo sido Jorge de Albuquerque
aconselhado por alguns dos seus amigos a desistir da mesma.
(B) Devido à s enormes dificuldades climatéricas, que assolaram a nau à partida, houve necessidade
de se aliviar a carga da embarcaçã o Santo António, alijando mercadoria ao mar.
(C) Quando a fome e a sede apertavam, Jorge de Albuquerque Coelho consolava a tripulaçã o e partilhava
com os outros os mantimentos que ainda possuía.

2.1. Identifique os referentes de: [2 itens x 4 pontos = 8 pontos]

a. “[d]a mesma” (A) _____________________________________________________________________________________________


b. “que” (B) ______________________________________________________________________________________________________

2.2. Retire das frases acima uma: [3 itens x 5 pontos = 15 pontos]

a. oraçã o subordinada adjetiva relativa restritiva ___________________________________________________________


b. oraçã o subordinada adverbial temporal ___________________________________________________________________
c. oraçã o subordinada adjetiva relativa explicativa __________________________________________________________

2.3. Indique o valor ló gico do conector sublinhado na frase (B). [6 pontos]

_____________________________________________________________________________________________________________________

2.4. Identifique o processo de formaçã o das seguintes palavras: [3 itens x 6 pontos = 18 pontos]

a. climatéricas ___________________________________________________________________________________________________
b. embarcar ______________________________________________________________________________________________________
c. tripulaçã o _____________________________________________________________________________________________________

2.5. Indique as funçõ es sintáticas desempenhadas por: [3 itens x 5 pontos = 15 pontos]

a. “O início da viagem” (A) _____________________________________________________________________________________


b. “por alguns dos seus amigos” (A) ___________________________________________________________________________
c. “com os outros” (C) __________________________________________________________________________________________
MATRIZES DOS TESTES DE AVALIAÇÃO
TESTES DE AVALIAÇÃO N.OS 1, 2, 4, 5, 7, 8 — Testes de Unidade
Domínios e GRUPOS
Conteúdos
I II III
EDUCAÇÃO LEITURA EXPRESSÃO
Cotação /
LITERÁRIA E GRAMÁTICA ESCRITA
Pontos
Tipologia Conteúdos
de itens Excerto da obra gramaticais Géneros textuais
lecionada lecionados do Programa

1. a 5.
Resposta restrita 100
(5 itens x 20 pontos)
1. a 7.
Resposta múltipla 35
(7 itens x 5 pontos)
8. a 12.
Resposta curta 15
(5 itens x 3 pontos)
Tema e tipologia – 15
Estrutura e coesã o – 10
Léxico e adequação do
Resposta extensa 50
discurso – 5
Correçã o linguística – 20
(30 + 20 pontos)
COTAÇÃO 100 50 50 200

TESTES DE AVALIAÇÃO N.OS 3, 6, 9 — Testes Finais de Módulo


Domínios e GRUPOS
Conteúdos
I II III
EDUCAÇÃO LEITURA EXPRESSÃO
LITERÁRIA E GRAMÁTICA ESCRITA Cotação /
Pontos
Itens A e B
Tipologia Excertos das obras Conteúdos
de itens de cada uma das gramaticais Géneros textuais
unidades do módulo lecionados do Programa
1.
Associação 20
(10 itens x 2 pontos)
2.
(20 itens x 1 ponto)
Completamento 20
ou
(10 itens x 2 pontos)
3. a 7.
Resposta restrita 60
(5 itens x 12 pontos)
1.
(5 itens x 20 pontos)
Resposta curta 50
2. a 4.
(6 itens x 5 pontos)
Tema e tipologia – 15
Estrutura e coesã o – 10
Léxico e adequação do
Resposta extensa 50
discurso – 5
Correçã o linguística – 20
(30 + 20 pontos)
COTAÇÃO 100 50 50 200
GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia com atenção o texto.

Ora nom moiro, nem vivo, nem sei


como me vai, nem rem1 de mi, se nom
atanto que2 ei3 no meu coraçom
coita d’amor qual vos ora direi:
5 tam grande que me faz perder o sém4,
e mia senhor sol nom sab’ende rem.5

Nom sei que faço, nem ei de fazer,


nem em que ando, nem sei rem de mi,
se nom atanto que sofr’e sofri
10 coita d’amor qual vos quero dizer:
tam grande que me faz perder o sém,
e mia senhor sol nom sab’ende rem.

Nom sei que é de mim, nem que sera,


meus amigos, nem sei de mi rem al
15 se nom atanto que eu sofr’atal
coita d’amor qual vos eu direi ja:
tam grande que me faz perder o sém,
e mia senhor sol nom sab’ende rem.

Bonifá cio Calvo, A 266/B 450, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos,
A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1983, p. 232.
____________
1
coisa, algo; 2 se nom / atanto que: a não ser que; 3 tenho; 4 juízo; 5 sol nom sab’ende rem: nem sequer sabe nada.

1. Identifique o género e o tema desta composição lírica, justificando com expressões do texto.

2. Demonstre que o sujeito poético tem dificuldades em clarificar o seu estado de espírito.

3. A causa da infelicidade do “eu” poético é referida no refrão. Explicite-a.

4. Identifique o recurso expressivo, e o seu valor semântico, em “Ora nom moiro, nem vivo” (v. 1).

5. Faça a análise formal da composição em termos estróficos e rimáticos.


GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia atentamente o texto.

Apó s ter conquistado milhares de espetadores em França, A gaiola dourada prepara-se agora
para ser um grande sucesso comercial em Portugal, onde já foi visto por mais de catorze mil espe-
tadores durante as suas primeiras vinte e quatro horas em cartaz. Esta imediata atraçã o do pú blico
português por esta obra luso-francesa compreende-se perfeitamente, nã o só por causa da impres-
5 sionante onda de publicidade positiva que o filme tem recebido por parte da imprensa, mas também
por causa do contagiante estilo corriqueiro desta agradá vel comédia familiar de Ruben Alves, onde
somos apresentados à simpá tica família Ribeiro, que vive, há cerca de trinta anos, na portaria de
um prédio de luxo que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital fran-
cesa. Os pilares desta afá vel família sã o Maria e José Ribeiro (Rita Blanco e Joaquim de Almeida),
10 um simpá tico casal de emigrantes portugueses que se tornou, com o passar dos anos, numa parte
indispensá vel do quotidiano da pequena comunidade que os acolheu e que agora os poderá perder,
já que Maria e José poderã o em breve concretizar o seu grande sonho de regressarem permanente-
mente a Portugal, onde poderã o levar uma vida mais simples, pacífica e pró xima das suas tradiçõ es.
O problema é que nenhum dos seus amigos, vizinhos e patrõ es quer deixar partir esta simpá tica
15 família, que também está fortemente dividida, já que Maria e José parecem ser os ú nicos que estã o
dispostos a regressar à s suas origens e abandonar definitivamente a sua preciosa comunidade que,
durante três décadas, lhes deu tudo aquilo que eles precisavam para levar uma vida esforçada mas
feliz. Será que Maria e José estã o mesmo dispostos a regressar ao nosso país e a virar para sempre
as costas à sua inestimá vel gaiola dourada?
20 Esta simples pergunta nã o tem de todo uma resposta ó bvia, já que é a sua procura por parte dos
dois protagonistas que alimenta o caricato desenrolar do prá tico guiã o desta simples mas agradá -
vel comédia luso-francesa, que denota todos os seus traços e influências francesas graças à for-
ma requintada e pragmá tica como os seus criadores construíram e decidiram contar esta simples
histó ria familiar, cujo principal apelo humano deriva da contagiante á urea popular bem portuguesa
25 que marca presença um pouco por todo o filme, e que acaba por acrescentar um reconfortante e
atrativo elemento de tradiçã o, descontraçã o, diferenciaçã o e diversã o a esta honrosa comédia que,
embora nã o seja abismalmente criativa ou irreverente, aposta numa histó ria com pés e cabeça
que enfatiza os dilemas e os dramas da comunidade emigrante nacional sem nunca esquecer os
estereó tipos culturais portugueses, que foram aqui aproveitados da melhor maneira possível para
30 desenvolver um estupendo ambiente tradicional e familiar, que tanto promove a diversã o como a
emoçã o. Para este atrativo resultado final muito contribuiu a capacidade criativa de Ruben Alves
(realizador/guionista), que soube aproveitar o melhor de dois mundos para criar e evidenciar esta
ligeira mas francamente apelativa comédia familiar, que beneficia ainda de uma ó tima prestaçã o do
seu elenco nacional e internacional.

http://www.portal-cinema.com/2013/08/critica-gaiola-dourada-2013.html
(consultado em junho de 2017).
1. A imediata adesão do público português ao filme A gaiola dourada justifica-se porque
(A) apresenta como protagonistas Rita Blanco e Joaquim de Almeida.
(B) se trata de uma comédia leve e com muitas críticas positivas.
(C) o filme foi produzido e realizado em Portugal e em França.

2. O filme A gaiola dourada retrata uma família portuguesa que


(A) hesita entre manter-se em França e regressar a Portugal.
(B) nã o equaciona a possibilidade de regressar a Portugal.
(C) deseja regressar a Portugal por se sentir dispensá vel em França.

3. Segundo o autor do artigo, o filme A gaiola dourada é uma comédia


(A) extremamente irreverente, agradá vel e simples.
(B) simples, contagiante e pouco tradicional.
(C) realista, que destaca os problemas vividos pelos emigrantes portugueses.

4. Ao longo do filme,
(A) o ambiente em que se movem as personagens é tipicamente francês.
(B) existe uma tensã o entre o casal português e a comunidade que os acolheu.
(C) vá rios elementos culturais portugueses recriam um ambiente tradicional.

5. O segmento sublinhado em “já foi visto por mais de catorze mil espetadores” (ll. 2-3) desempenha
a função sintática de
(A) predicativo do sujeito.
(B) complemento agente da passiva.
(C) complemento oblíquo.

6. O termo “corriqueiro” (l. 6) é antónimo de


(A) lento.
(B) invulgar.
(C) inquietante.

7. O processo fonológico ocorrido na passagem de STILU- para “estilo” (l. 6) designa-se


(A) pró tese.
(B) epêntese.
(C) paragoge.

8. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em “vive, há cerca de


trinta anos, na portaria de um prédio de luxo” (ll. 7-8).

9. Explique o significado literal do vocábulo “capital” (l. 8), sabendo que a palavra latina CAPITIA
significa “cabeça”.
10. Classifique a oração sublinhada em “há cerca de trinta anos, na portaria de um prédio de luxo
que está situado num dos principais bairros de classe média-alta da capital francesa” (ll. 7-9).

11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “Esta simples pergunta não tem
de todo uma resposta óbvia” (l. 20).

12. Refira o tempo e o modo da forma verbal sublinhada em “que beneficia ainda de uma ótima
prestação do seu elenco nacional e internacional” (ll. 33-34).

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual apresente as principais diferenças entre
as cantigas de amigo e as cantigas de amor.
Obedeça à s seguintes orientaçõ es:
• Introduçã o – apresentaçã o da temá tica do texto.
• Desenvolvimento – caracterizaçã o de cada um dos géneros, referindo:
− origem;
− sujeito de enunciaçã o e destinatá rio;
− características essenciais das figuras feminina e masculina;
− ambiente.
• Conclusã o – síntese geral das ideias e fecho do texto.
GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia o seguinte excerto do capítulo 115 da Crónica de D. João I. Se necessário, consulte as notas
apresentadas.

Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco
sobr’ela.

Nem uũ falamento1 deve mais vizinho seer deste capitulo que havees ouvido 2, que poermos logo
aqui brevemente de que guisa estava a cidade, jazendo el-Rei de Castela sobr’ela; e per que modo
poinha em si guarda o Meestre, e as gentes que dentro eram, por nom receber dano de seus ẽmi-
gos3; e o esforço e fouteza4 que contra eles mostravom, em quanto assi esteve cercada.
5 Onde sabee que como5 o Meestre e os da cidade souberom a viinda del-Rei de Castela, e esperarom
seu grande e poderoso cerco, logo foi ordenado de recolherem pera a cidade os mais mantiimentos
que haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas. E iam-se muitos aas
liziras6 em barcas e batees, depois que Santarem esteve por Castela, e dali tragiam muitos gaados
mortos que salgavom em tinas, e outras cousas de que fezerom grande açalmamento 7; e colherom-
10 -se8 dentro aa cidade muitos lavradores com as molheres e filhos, e cousas que tiinham; e doutras
pessoas da comarca d’arredor, aqueles a que prougue 9 de o fazer; e deles 10 passarom o Tejo com
seus gaados e bestas e o que levar poderom, e se forom contra 11 Setuval, e pera Palmela; outros
ficarom na cidade e nom quiserom dali partir; e taes i 12 houve, que poserom todo o seu 13, e ficarom
nas vilas que por Castela tomarom voz.
15 Os muros todos da cidade nom haviam mingua 14 de boom repairamento15; e em seteenta e sete
torres que ela teem a redor de si, forom feitos fortes caramanchõ es de madeira, os quaes eram
bem fornecidos d’escudos e lanças e dardos e beestas de torno 16, e doutras maneiras com grande
avondança17 de muitos viratõ es18. […]
E ordenou o Meestre com as gentes da cidade que fosse repartida a guarda dos muros pelos fidal-
20 gos e cidadãos honrados19, aos quaes derom certas quadrilhas20 e beesteiros e homẽes d’armas pera
ajuda de cada uũ guardar bem a sua. Em cada quadrilha havia uũ sino pera repicar quando tal cousa
vissem, e como21 cada uũ ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente22 corriam pera ela […]

____________
1
palavras, ditos; 2 alusã o ao capítulo anterior, onde se descreve o soberbo acampamento do rei de Castela, que se estendia de Santos
até Campolide e outros lugares em volta; 3 inimigos; 4 coragem; 5 logo que; 6 lezírias (terras que ficam na margem do rio);
7
abastecimento; 8 refugiaram-se; 9 aprouve, agradou; 10 alguns; 11 em direçã o a; 12 aí; 13 que poserom todo o seu: que puseram em
segurança os seus haveres; 14 necessidade; 15 reparaçã o, fortificaçã o; 16 armas que disparavam setas a grandes distâ ncias;
17
abundâ ncia; 18 setas grandes; 19 de boa categoria social, burgueses; 20 quadrelas, lanços de muralha onde se colocavam os vigias;
21
quando; 22 apressadamente.
E nom soomente os que eram assiinados23 em cada logar pera defensom, mas ainda as outras
gentes da cidade, ouvindo repicar na See, e nas outras torres, avivavom-se os coraçõ es deles 24;
25 e os mesteiraes25 dando folgança26 a seus oficios, logo todos com armas corriam rijamente pera
u27 diziam que os Castelã os mostravom de viinr. Ali viriees os muros cheos de gentes, com muitas
trombetas e braados e apupos esgremindo espadas e lanças e semelhantes armas, mostrando
fouteza contra seus ẽmigos.

Fernã o Lopes, in Teresa Amado (apresentaçã o crítica, seleçã o, notas e sugestõ es para aná lise literá ria),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista, Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1992, pp. 170-172.

____________
23
designados; 24 avivavom-se os corações deles: sentiam-se mais corajosos; 25 operá rios; 26 folga; 27 onde.

1. No primeiro parágrafo, o narrador apresenta de forma sintetizada as ideias que serão desen-
volvidas ao longo do capítulo 115. Refira-as.

2. Demonstre que a população se dividiu no que respeita a tomar o partido do Mestre de Avis.

3. Enumere, baseando-se no segundo parágrafo, algumas das medidas tomadas pelo povo e pelo
Mestre, assim que souberam que o cerco à cidade estava iminente.

4. Explique a funcionalidade do toque do sino durante o cerco da cidade de Lisboa.

5. Releia o último parágrafo do excerto. Evidencie o empenho do povo na defesa da cidade.

GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia atentamente o texto.

O autocarro desde Joanesburgo sai à s 8 da manhã para Maputo − entre tempos de paragem
noutras cidades ao longo do percurso e a travessia da fronteira de Ressano Garcia, chego a Maputo
já de noite. Fico plantado numa esquina à espera de um amigo de amigo de outros amigos. Nã o sei
sequer se existe mas, se existir, chama-se Henrique.
5 O que ficou combinado foi uma boleia com o Henrique até um promontó rio mítico para praticantes
de surf, onde quebra uma onda secreta, de qualidade mundial e de difícil acesso para viajantes soli-
tá rios, daí melhor apoiar-me na experiência e na viatura de quem sabe. O Henrique, se existe, sabe.
Por ironia do destino ou, quem sabe, por malícia das sinergias que a Histó ria tece, tanto Portugal
como as suas ex-coló nias sã o excelentes destinos para o surf. A diferença é que na (ex) metró pole
10 as ondas estã o à distâ ncia de um parque de estacionamento.
Já em Angola e Moçambique, a logística de chegar à praia envolve guias locais, veículos todo-
-terreno, provisõ es, equipamentos de outdoor e um espírito desinibido e aventureiro. Tal como fiz
há uns anos em Angola, socorro-me agora da ajuda de um português expatriado para chegar até à s
ondas. Henrique, se existe, imigrou para Moçambique nã o apenas pelo trabalho mas também pelo
15 surf. Provavelmente até na ordem contrá ria de prioridades.
A noite cai suavemente sobre esta cidade que me faz pensar no Portugal que eu nunca tive,
no português que nunca fui.
É uma cidade bonita, apesar do degrado e da incú ria e da miséria. Uma cidade que desce para
o mar, que permite sempre um tom de azul no fundo do olhar, um pouco como Lisboa com o Tejo.
20 No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei, é aquela que menos me re-
corda Portugal.
Maputo é demasiado recente e demasiado airosa, demasiado planificada e escorreita para
recordar uma cidade portuguesa.
O que o cará ter e a fisionomia urbana de Maputo me recorda, na brisa suave do fim da tarde, é
25 um Portugal que ficou por acontecer, uma possibilidade de evoluçã o paralela que se perdeu nas
ramificaçõ es do destino. Tento imaginar uma outra Histó ria pá tria que teria resultado de uma apro-
ximaçã o mais humilde, menos aguerrida, à s culturas do Índico, uma outra miscigenaçã o, uma outra
abertura de espírito aos povos e à s religiõ es que íamos encontrando.
Só Moçambique poderia evocar esta dimensão paralela e perdida da Histó ria de Portugal, só aqui
30 tivemos a porta aberta para esse oceano Índico que durante séculos promoveu comércio, provocou
diásporas, acomodou a diferença, ensinou a Humanidade a lidar com o Outro. Só aqui poderíamos
ter sido Outros, diferentes.
Gonçalo Cadilhe, in Visão, ediçã o online, 30 de março de 2014
(consultado em junho de 2017, adaptado).

1. O autor, embora impaciente, espera por Henrique, o “amigo do amigo”, pois


(A) ele é a pessoa ideal para guiar o autor ao seu destino.
(B) Maputo é uma cidade desconhecida e já é de noite.
(C) a viagem já tinha sido demasiado longa.

2. Comparando as acessibilidades à zona costeira nas ex-colónias com as existentes em Portugal,


o narrador conclui que
(A) ambas sã o similares.
(B) as portuguesas sã o melhores.
(C) as das ex-coló nias sã o melhores.

3. Ao referir-se à fisionomia de Maputo, o autor


(A) critica a supremacia dos portugueses junto dos povos que iam descobrindo.
(B) evidencia o modo como as regiõ es descobertas hostilizaram os portugueses.
(C) louva a açã o dos descobridores portugueses no Índico.

4. Para Gonçalo Cadilhe,


(A) Angola e Moçambique sã o locais igualmente representativos da cultura portuguesa.
(B) Moçambique espelha um Portugal que podia ter sido diferente do que historicamente foi.
(C) o Portugal de hoje assemelha-se ao Moçambique do passado.

5. Na frase “onde quebra uma onda secreta” (l. 6), a palavra sublinhada introduz uma oração
(A) subordinada substantiva completiva.
(B) subordinada adjetiva relativa restritiva.
(C) subordinada adjetiva relativa explicativa.

6. Na frase “A noite cai suavemente sobre esta cidade” (l. 16), o termo sublinhado desempenha
a função de
(A) modificador.
(B) complemento oblíquo.
(C) modificador apositivo do nome.

7. Na frase “É uma cidade bonita” (l. 18), o verbo classifica-se como


(A) principal intransitivo.
(B) principal transitivo direto.
(C) copulativo.

8. Classifique a oração sublinhada em “Não sei sequer se existe mas, se existir, chama-se
Henrique” (ll. 3-4).

9. Refira a função sintática do segmento sublinhado em “na (ex) metrópole as ondas estão
à distância de um parque de estacionamento” (ll. 9-10).

10. Indique a função sintática do elemento sublinhado em “que me faz pensar” (l. 16).

11. Transcreva o referente do elemento sublinhado em “que permite sempre um tom de azul
no fundo do olhar” (l. 19).

12. Reescreva o segmento “No entanto, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
é aquela que menos me recorda Portugal.” (ll. 20-21), substituindo o conector por outro com
o mesmo valor lógico.

GRUPO III

Observe a pintura de Câ ndido Portinari.


Faça uma apreciação crítica desta pintura,
num texto de 120 a 150 palavras, conside-
rando, entre outros que julgue pertinentes,
os seguintes aspetos:
– apresentaçã o dos elementos que inte-
gram a imagem;
– sentimentos transmitidos;
– impacto;
– pertinência da imagem, tendo em conta
o cerco de Lisboa relatado na Crónica
de D. João I, de Fernã o Lopes.
Deverá exprimir a sua opiniã o (positiva ou
negativa) na introduçã o do texto. A funda-
mentaçã o do ponto de vista deverá ocor-
Os retirantes (1994), Cândido Portinari
(1903-1962),
Museu de Arte de São Paulo Assis
rer associada a exploraçã o dos elementos
constantes da pintura.
GRUPO I

Responda às questões.

1. Associe os enunciados apresentados na coluna A à respetiva tipologia da poesia trovadoresca,


na coluna B.

Coluna A Coluna B

[A] O facto de o amado ter partido para a guerra ou de este


nã o dar notícias provoca o sofrimento no sujeito
da enunciaçã o.
[1] Cantiga de amigo
[B] Enquadra-se num ambiente rural (a fonte, o rio),
ou em locais mais discretos e propícios aos encontros
amorosos.

[C] Apresenta uma sá tira a pessoas, comportamentos


e acontecimentos da época, onde surgem agressõ es
verbais diretas.
[2] Cantiga de amor
[D] O “eu” poético assume o seu amor e revela o seu sofrimento
(“coita de amor”), adotando uma linguagem convencional
e artificial.

[E] Composiçõ es que, quase sempre, apresentam refrã o.

[F] Há referência aos encontros com o amado ou à angú stia


e ao sofrimento provocados pela sua ausência.
[3] Cantiga de escá rnio
[G] Explora o amor cortês ou a expressã o de sentimentos
por parte do amador, que adota uma atitude servil
ou de vassalagem em relaçã o à amada.

[H] O nome da pessoa satirizada nã o figura na cantiga


e o recurso a um duplo sentido das palavras é frequente.

[I] O palco da expressã o amorosa era o adro das igrejas, [4] Cantiga de maldizer
quando as donzelas acompanhavam a mãe à s romarias.

[J] A mulher a quem se dirige o sujeito da enunciação


é idealizada e retratada em termos abstratos.
2. Complete o excerto, servindo-se dos termos apresentados abaixo, de modo a obter um texto
expositivo sobre Fernão Lopes e a sua obra.

personagens histó ricos fidedignas


fontes linhagem veracidade Lisboa
descriçã o Torre do Tombo coletivas
estilísticos historiografia D. Duarte
retó ricas direto visual documentos
D. Joã o I testemunhou cró nicas

Um dos mais importantes cronistas de Portugal foi Fernã o Lopes, nomeado por a. _____________________, em
1434, para “poer em cró nica as histó rias dos reis que antigamente em Portugal foram”, ou seja,
para escrever a histó ria dos reis da primeira dinastia, e para registar “os grandes feitos e altos do mui
virtuoso e de grandes virtudes El-Rei meu senhor e padre”, isto é, para relatar os acon-
tecimentos ocorridos durante o reinado de seu pai, b. _____________________. O cronista trabalhou durante
vá rios anos, recolhendo c. _____________________, notícias escritas por portugueses e por estrangeiros, e ou-
vindo pessoas que tivessem presenciado acontecimentos d. _____________________, sempre procurando
informaçõ es e. _____________________, pois, como ele escreveu, “mentira em este volume e muito afastada da
nossa vontade”.
Foi nomeado guarda-mor da f. _____________________, em 1418. A palavra “Tombo” é derivada do verbo
tombar, que, além de significar cair, derrubar, significa também inventariar, registar, e é esse o sen-
tido que a palavra aqui adquire. Neste arquivo, inicialmente instalado numa das torres do Castelo de
Sã o Jorge, em g. _____________________, eram registados e inventariados os documentos histó ricos.
Fernã o Lopes h. _____________________ vá rias alteraçõ es políticas e sociais durante o seu longo período de
atividade, o que, certamente, foi muito ú til para a elaboraçã o das suas i. _____________________.
O facto de se servir das mais diversas j. _____________________ (documentais – livros de k. _____________________,
cartas, epitáfios, sermõ es –, monumentais e testemunhais), interpretando-as e relatando-as corretamente,
permitiu-lhe garantir maior exatidão ao que narrava, conferindo l. _____________________ às suas cró nicas. Desse
aperfeiçoamento e dessa busca da fidelidade histó rica decorre a m. _____________________ psicoló gica de
personagens n. _____________________ e individuais. Mas o cronista também se preocupa com a beleza da forma,
conferindo assim efeitos o. _____________________ às suas cró nicas. Recorre, assim, a diversos recursos
linguísticos, alguns herdados da p. _____________________ precedente, outros inovação sua. É frequente o recurso
a interrogaçõ es q. _____________________ e a exclamaçõ es para sublinhar os momentos mais emotivos/dramáticos
da narrativa. Verifica-se também a recriação de r. _____________________ histó ricas através da caracterização
psicoló gica, apresentando-as ao leitor em ação, descrevendo os seus trajes,
as suas atitudes, os seus gostos, contando os seus ditos (discurso s. _____________________).
O realismo descritivo, através da descriçã o de vá rios planos, da exploraçã o da sensaçã o
t. _____________________ (principalmente a cinética) e da sensaçã o auditiva, também esta bem patente nas suas
cró nicas.
B

Atente na seguinte composição poética.

Eno sagrado, em Vigo


Eno1 sagrado2, em Vigo, Bailava corpo velido, Que nunca ouver’amigo,
bailava corpo velido3: que nunca ouver’6 amigo: ergas7 no sagrad’, em Vigo:
Amor ei4! Amor ei! 15 Amor ei!
Em Vigo, no sagrado, 10 Bailava corpo delgado, Que nunca ouver’amado,
5 bailava corpo delgado5: que nunca ouver’amado: ergas em Vigo, no sagrado:
Amor ei! Amor ei! Amor ei!

Martim Codax, B 1283/V 889/PV 6, in Elsa Gonçalves e Maria Ana Ramos,


A lírica galego-portuguesa, Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1983, p. 264.
____________
1
no; 2 adro da igreja; 3 belo, formoso, elegante; 4 Amor ei: Tenho amores; 5 esbelto, formoso; 6 tivera; 7 exceto, senã o.

3. Classifique a cantiga, quanto ao género. Justifique com uma característica formal e uma carac-
terística temática.

4. Caracterize o estado de espírito do sujeito lírico, comprovando com expressões textuais.

Leia o seguinte excerto da Crónica de D. João I.

“E sem duvida se eles entrarom dentro1, nom se escusara a Rainha de morte, […]. O Meestre
estava aa janela, e todos oolhavom contra ele dizendo:
– Ó Senhor! como vos quiserom matar per treiçom, beento seja Deos que vos guardou desse
treedor! Viinde-vos, dae ao demo esses Paaços, nom sejaes lá mais.
5 E em dizendo esto, muitos choravom com prazer de o veer vivo. Veendo el estonce 2 que neũ a
duvida tiinha em sua seguranca, deceo afundo 3 e cavalgou com os seus acompanhado de todolos
outros que era maravilha de veer. Os quaes mui ledos arredor dele, braadavom dizendo:
– Que nos mandaes fazer, Senhor? Que querees que façamos?
E el lhe respondia, aadur4 podendo seer ouvido, que lho gradecia muito, mas que por estonce
10 nom havia deles mais mester 5. E assi encaminhou pera os Paaços do Almirante u pousava o Conde
dom Joam Afonso irmão da Rainha com que havia de comer. As donas da cidade, pela rua per u 6
el ia, saiam todas aas janelas com prazer dizendo altas vozes:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. […]
E indo assim ataa entrada do Ressio, e o Conde viinha com todolos seus, e outros boos da cidade
15 que o aguardavom, […]; e quando vio o Meestre ir daquela guisa7, foi-o abraçar com prazer e disse:
− Mantenha-vos Deos, Senhor. Sei que nos tirastes de grande cuidado, mas vos mereciees
esta honra melhor que nó s. Andae, vamos logo comer.
E assi forom pera os Paaços u pousava o Conde.”
Fernã o Lopes, in Teresa Amado (apresentaçã o crítica, seleçã o, notas e sugestõ es para aná lise literá ria),
Crónica de D. João I de Fernão Lopes (textos escolhidos), ed. revista,
Lisboa, Editorial Comunicaçã o, 1992, pp. 99-100.
____________
1
se eles entrarom dentro: se eles tivessem entrado; 2 entã o; 3 abaixo; 4 dificilmente; 5 nom havia deles mais mester: nã o tinha mais
necessidade deles; 6 onde; 7 maneira.
5. Explique o que significa a expressão “dae ao demo esses Paaços” (l. 4).

6. Indique o que fez o Mestre depois de sair do palácio.

7. Descreva a reação do Conde quando viu o Mestre.

GRUPO II

Responda às questões.

1. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes sublinhados nas frases.


a. O Mestre foi apoiado pela populaçã o apó s o assassinato do conde Andeiro.
b. No episó dio em que se relatam as consequências do cerco de Lisboa, o cronista pretende evidenciar
o desespero da populaçã o face à falta de mantimentos.

2. Identifique os processos fonológicos ocorridos na evolução das seguintes palavras.


a. braadavom > bradavam
b. querees > quereis

3. Transforme os pares de frases simples em frases complexas, utilizando os conectores propostos


e fazendo as alterações necessárias.
a. A donzela está saudosa do seu amigo. O amigo da donzela partira entretanto para o fossado.
(pronome relativo)
b. A dama corresponde ao amor do sujeito lírico. Este fica muito feliz.
(conjunção subordinativa condicional)

4. Selecione, de entre cada par apresentado, o termo/expressão adequado(a).


a. A lírica trovadoresca abrange uma diversidade de formas poéticas, entre cujas / as quais se destacam
quatro diferentes tipos de cantiga.
b. O motivo porque / por que o “eu” poético sofre relaciona-se também com a inacessibilidade da
amada.

GRUPO III

Redija um texto expositivo, de 130 a 200 palavras, sobre a Crónica de D. João I.


O seu texto deve ter uma estrutura tripartida, de acordo com o seguinte plano:
• Introduçã o – identificaçã o do autor, do assunto principal da cró nica e do objetivo da mesma.
• Desenvolvimento:
− contexto sociopolítico que está na origem da crise de 1383-1385;
− breve caracterizaçã o de duas personagens intervenientes e referencia ao seu papel nos aconte-
cimentos relatados.
• Conclusã o – retoma e confirmaçã o das ideias apresentadas na introduçã o.
GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia o excerto seguinte.

Vai Lianor Vaz por Pero Marques, e fica Pero Há homem empacho, má ora,5
Inês Pereira só, dizendo: quant’a dizer abraçar…
15 Depois que a eu usar
Andar1! Pero Marques seja. entonces poderá ser.
Quero tomar por esposo Inês (Nã o lhe quero mais saber,
quem se tenha por ditoso já me quero contentar...)
de cada vez que me veja.
5 Por usar de siso mero,2 Lia. Ora dai-me essa mã o cá .
asno que me leve quero, 20 Sabeis as palavras, si?
e nã o cavalo folã o3. Pero Ensinaram-mas a mi,
Antes lebre que leã o, perém esquecem-me já ...
antes lavrador que Nero4. Lia. Ora dizei como digo.
[…]
Vem Lianor Vaz com Pero Marques e diz Pero Soma, vó s casais comigo,
Lianor Vaz:
25 e eu com vosco, pardelhas6!
10 Lia. No mais cerimó nias agora; Nã o compre aqui mais falar.
abraçai Inês Pereira E quando vos eu negar
por mulher e por parceira. que me cortem as orelhas.
Lia. Vou-me, ficai-vos embora.

Gil Vicente, “Farsa de Inês Pereira”, in Antó nio José Saraiva (apresentaçã o e leitura),
Teatro de Gil Vicente, ed. revista, Lisboa, Dinalivro, 1988, pp. 198-199.
____________
1
adiante!; 2 para proceder com todo o juízo; 3 fogoso; 4 imperador romano que supostamente incendiou Roma; 5 sente-se um homem
atrapalhado, que diabo!; 6 (o mesmo que pardeos) interjeiçã o “por Deus!”.

1. Contextualize o excerto na estrutura da obra a que pertence, justificando.

2. Indique dois aspetos que levam Inês Pereira a aceitar casar com Pero Marques, fundamentando
a sua resposta com citações textuais pertinentes.

3. Esclareça o sentido dos versos 8 e 9.

4. Baseando-se nas falas de Pero Marques, apresente três características da personagem que
permitam associá-la ao “asno” referido no verso 6.

5. Explicite a reação de Inês presente nos versos parentéticos (vv. 17-18), tendo em consideração a fala
de Pero Marques (vv. 13-16).
GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia atentamente o seguinte texto.

A libertação das mulheres começou antes de Abril

Este livro de ensaios de Helena Vasconcelos faz aquilo que um livro de ensaios deve fazer: provo-
ca vá rias conversas, vá rias discussõ es, vá rias celebraçõ es. Depois desta celebraçã o, convoco agora
um tema para discussã o. A autora diz que “a diferença entre as mulheres da minha geraçã o e as que
nasceram pó s-25 de Abril é abissal”. Ora, nã o tenho a menor dú vida em relaçã o aos efeitos de Abril
5 sobre a condiçã o feminina. Aliá s, quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipaçã o feminina. Lá em casa, a minha mã e, ex-operá ria, ex-miss
e precursora do uso da minissaia, fazia questã o de deixar isso bem claro.
Como diz a autora de Humilhação e glória, “quando comparadas com as nossas «irmã s» eu-
ropeias”, as mulheres portuguesas podem sentir orgulho por terem “percorrido um caminho bem
10 á rduo num tempo mais curto”. Mas quando é que começou esse “caminho bem á rduo”? Depois
de 74? Nã o, nã o me parece. Esse caminho começou a ser traçado pelas mulheres mais novas da
geraçã o da minha mã e. La mia mamma é a mais nova, e sempre existiu um abismo geracional entre
ela e as irmã s. Aliá s, a minha tia mais velha é como se fosse a minha terceira avó . A caçula, a minha
mã e, era (e é) de outro planeta. E percebe-se porquê: saiu de casa cedo para trabalhar numa fá brica.
15 As minhas tias só saíram de casa para “ir servir” ou para casar. Foram educadas para serem seres
domésticos. Por oposiçã o, a minha mã e foi a primeira mulher urbana da família. Com o crescimento
brutal da economia registado nos anos 60 e com a consequente abertura à Europa, a sociedade
portuguesa mudou para sempre, porque as raparigas começaram a trabalhar em fá bricas e lojas.
Estas raparigas dos anos 60 e inícios dos 70 foram as grandes revolucionárias, porque desafiaram a
20 autoridade do pai e do marido. Nã o queriam casar para sair de casa, queriam trabalhar para casa-
rem em pé de igualdade com o maridinho.
Abril nã o iniciou o processo de emancipaçã o das mulheres portuguesas. O pó s-74 continuou-o
e, acima de tudo, deu-lhe forma jurídica. A sociedade portuguesa tem mais continuidades do que
aquelas que nó s, crentes na democracia, estamos dispostos a ver. E, quando recusamos ver essas
25 continuidades, acabamos por trair a geraçã o que começou a fazer a mudança. […]
http://expresso.sapo.pt/blogues/Opinio/HenriqueRaposo/ATempoeaDesmodo/
a-libertacao-das-mulheres-comecou-antes-de-abril=f785384 (consultado em junho de 2017, adaptado).

1. De acordo com a obra Humilhação e glória, as mulheres lusas têm a grande vantagem de
(A) terem conquistado a emancipaçã o antes das mulheres do resto da Europa.
(B) se terem emancipado em menos tempo do que as da restante Europa.
(C) terem tido o apoio dos homens ao longo do processo de emancipaçã o.

2. A independência feminina em Portugal


(A) teve como principal agente a sua autonomia econó mico-laboral.
(B) deveu-se essencialmente ao 25 de Abril de 1974.
(C) implicou a submissã o da mulher no casamento.
3. O termo sublinhado no segmento “diz que” (l. 3) classifica-se como
(A) conjunçã o subordinativa consecutiva.
(B) pronome relativo.
(C) conjunçã o subordinativa completiva.

4. O segmento sublinhado em “quando surge a conversa das conquistas de Abril, a primeira coisa
que me vem à cabeça é a emancipação feminina” (ll. 5-6) desempenha a função sintática de
(A) complemento direto.
(B) sujeito simples.
(C) complemento indireto.

5. No contexto em que surge, o termo “precursora” (l. 7) pode ser substituído por
(A) opositora.
(B) adjuvante.
(C) pioneira.

6. Em “saiu de casa cedo para trabalhar numa fábrica” (l. 14), a oração sublinhada é subordinada
(A) adverbial final.
(B) substantiva completiva.
(C) adverbial consecutiva.

7. A oração sublinhada em “acabamos por trair a geração que começou a fazer a mudança” (l. 25)
classifica-se como subordinada
(A) substantiva completiva.
(B) adjetiva relativa restritiva.
(C) adjetiva relativa explicativa.

8. Indique o processo de formação do termo “ex-operária” (l. 6).

9. Refira a classe de palavras do termo sublinhado em “as grandes revolucionárias” (l. 19).

10. Transcreva o referente do pronome pessoal sublinhado em “O pós-74 continuou-o” (l. 22).

11. Reescreva no futuro simples do indicativo a forma verbal sublinhada em “O pós-74 […] deu-lhe
forma jurídica.” (ll. 22-23).

12. Indique a relação semântica estabelecida entre as palavras “revolucionária”, “mudança”,


“desafio” e “emancipação”.

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 130 a 180 palavras, sobre o papel da mulher na sociedade atual, tendo
em consideraçã o os vá rios domínios em que esta se emancipou.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introduçã o, desenvolvimento e conclusã o), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulá rio adequado e diversificado.
GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia o texto seguinte.

a este mote alheio:

Campos bem-aventurados, Já me vistes ledo ser,


tornai-vos agora tristes, mas despois que o falso Amor
que os dias em que me vistes tão triste me fez viver,
alegre sã o já passados. ledos folgo4 de vos ver,
25 porque me dobreis a dor.
Campos cheios de prazer, E se este gosto sobejo5
vó s que estais reverdecendo, de minha dor me sentistes,
já me alegrei com vos ver; julgai quanto mais desejo
agora venho a temer as horas que vos nã o vejo
5 que entristeçais em me vendo. 30 que os dias em que me vistes.
E, pois a vista alegrais
dos olhos desesperados, O tempo, que é desigual,
não quero que me vejais, de secos, verdes vos tem;
para que sempre sejais porque em vosso natural
10 campos, bem-aventurados. se muda o mal para o bem
35 mas o meu para mor mal.
Porém, se por acidente1, Se perguntais, verdes prados,
vos pesar2 de meu tormento, pelos tempos diferentes
sabereis que Amor consente que de Amor me foram dados,
que tudo me descontente, tristes, aqui sã o presentes,
15 senã o descontentamento. 40 alegres, já são passados.
Por isso vó s, arvoredos,
que já nos meus olhos vistes
mais alegrias que medos,
Luís de Camõ es, Rimas (texto estabelecido e prefaciado
se mos quereis fazer ledos3, por Á lvaro J. da Costa Pimpã o), Coimbra,
20 tornai-vos agora tristes. Almedina, 2005 [1994], pp. 53-54.

____________
1
se por acaso; 2 magoar, compadecer; 3 alegres; 4 desejo, anseio; 5 crescente.

1. Classifique a composição poética, fundamentando a sua resposta com dois aspetos formais.

2. Com base na primeira glosa, mostre em que medida o estado de espírito do sujeito poético
se opõe à descrição da Natureza.
3. Na segunda glosa, o “eu” lírico faz um pedido aos arvoredos. Indique-o, explicitando o seu
sentido.

4. Refira a razão que o “eu” poético apresenta para o seu estado de espírito presente, justificando
a sua resposta com expressões das duas últimas glosas.

5. Explique, considerando o tema da mudança, os efeitos da passagem do tempo tanto nos


campos como no sujeito poético.

GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia o seguinte texto.

A química da paixão

Quem nã o conhece aquele símbolo da paixã o que traz a flecha do Cupido atravessando o cora-
çã o? […] Na imagem, o alvo do deus alado é o coraçã o […]; a seta, no entanto, atinge é a cabeça. […]
Havendo interesse por outra pessoa, a química provoca sintomas intensos e avassaladores em
todo o corpo. Os mais evidentes sã o o aumento da pressã o arterial, da frequência respirató ria e
5 dos batimentos cardíacos, a dilataçã o das pupilas, os tremores e o rubor, além da falta de apetite,
concentraçã o, memó ria e sono. Tudo é provocado por alteraçõ es em regiõ es específicas, já identifi-
cadas pela ciência com a ajuda da ressonâ ncia magnética funcional e de outras tecnologias.
Uma das responsá veis pelas descargas de emoçõ es para o coraçã o e as artérias é a dopamina,
um neurotransmissor da alegria e da felicidade libertado pelo organismo para potenciar a sensa-
10 çã o de que o amor é lindo. […] “O mecanismo cerebral é idêntico ao de se viciar em cocaína”, diz
o neurocientista Renato Sabbatini, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade
de Campinas. […]
Em pesquisas recentes, estruturas do cérebro chamadas nú cleo caudado, á rea tegmentar ven-
tral e có rtex pré-frontal mostraram-se mais ativadas em pessoas apaixonadas. Sã o zonas ricas
15 justamente em dopamina e endorfina, um neurotransmissor com efeito semelhante ao da morfina.
Juntos, esses agentes estimulam os circuitos de recompensa, os mesmos que nos proporcionam
prazer em comer, quando sentimos fome, e em beber, quando temos sede. […]
A feniletilamina, parecida com a anfetamina, é outra molécula natural associada a essa ava-
lanche de transformaçõ es, assim como a noradrenalina, que contribui com a memó ria para novos
20 estímulos. Por isso, os apaixonados costumam lembrar-se da roupa, da voz e de atos triviais dos
seus amados. […]
Enquanto a maioria das substâncias químicas apresenta níveis mais elevados no auge da paixão,
a serotonina, que tem efeito calmante e nos ajuda a lutar contra o stress, diminui em cerca de 40%.
O índice foi observado no estudo da italiana Donatella Marazziti, da Universidade de Pisa. […]
25 O prazo de validade do efeito paixã o varia de pesquisa para pesquisa. Sabbatini observa que o
fundamental é a paixã o passar naturalmente, o que acontece em alguns meses, com o cérebro
descarregando menos dopamina e reduzindo as endorfinas. “No auge, as alteraçõ es químicas sã o
tão intensas e tã o stressantes que, se durarem tempo demais, o organismo entra em colapso”, diz.

http://super.abril.com.br/comportamento/a-quimica-da-paixao
(consultado em junho de 2017, adaptado).
1. Com o recurso à figura mítica de Cupido (com a sua seta), a autora pretende introduzir o tema
a desenvolver nos parágrafos seguintes,
(A) realçando a importâ ncia desse deus da mitologia greco-romana na forma como os humanos
se apaixonam.
(B) demonstrando o papel do coraçã o no amor, quando é metaforicamente atingido pela seta do
pequeno deus.
(C) evidenciando a funçã o do cérebro quando se está apaixonado por oposiçã o ao tradicional papel
do coraçã o.

2. Com base nos segundo e terceiro parágrafos, podemos concluir que as reações do nosso corpo
no processo de enamoramento
(A) sã o doentias e facilmente diagnosticadas com a mediçã o da tensã o arterial e a realizaçã o de uma
ressonâ ncia magnética.
(B) sã o causadas exclusivamente pela dopamina, uma substâ ncia química que atua no nosso organismo
do mesmo modo que a cocaína.
(C) sã o semelhantes à s reaçõ es provocadas por vá rias substâ ncias aditivas, entre as quais a cocaína.

3. Lendo os quarto e quinto parágrafos, percebe-se que “estar apaixonado”


(A) constitui um estado semelhante ao que ocorre aquando da satisfaçã o das necessidades bá sicas
do ser humano.
(B) funciona como um prémio pelo afeto do outro, mesmo que aquele que ama nã o seja correspondido.
(C) é completamente diferente de outros estados fisioló gicos experimentados, por exemplo, quando
estamos com fome ou com sede.

4. A autora conclui o seu artigo sugerindo-nos que


(A) a visã o româ ntica de que se pode morrer de paixã o nã o é absurda.
(B) viver os efeitos da paixã o a longo prazo é natural e salutar.
(C) o prazo de validade e a intensidade do amor varia de pessoa para pessoa.

5. Em “a seta, no entanto, atinge é a cabeça” (l. 2), o conector empregue tem valor de
(A) adiçã o.
(B) oposiçã o.
(C) causa.

6. Na frase “é a dopamina, um neurotransmissor da alegria e da felicidade libertado pelo orga-


nismo para potenciar a sensação de que o amor é lindo” (ll. 8-10) existe uma oração subordinada
(A) adverbial causal.
(B) adjetiva relativa.
(C) adverbial final.

7. Em “é outra molécula natural associada a essa avalanche de transformações” (ll. 18-19) o consti-
tuinte sublinhado é uma
(A) personificaçã o.
(B) metá fora.
(C) comparaçã o.
8. Refira a função sintática desempenhada pelo constituinte sublinhado em “já identificadas
pela ciência” (ll. 6-7).

9. Identifique o processo de formação da palavra “pré-frontal” (l. 14).

10. Indique o antecedente do termo sublinhado em “que contribui com a memória para novos
estímulos” (ll. 19-20).

11. Classifique a oração introduzida por “que” na frase “Sabbatini observa que o fundamental
é a paixão passar naturalmente” (ll. 25-26).

12. Transcreva a oração subordinada adverbial condicional presente no último período do texto.

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 150 a 200 palavras, em que se refira à experiência pessoal e amorosa
na lírica camoniana, relacionando-a com a representaçã o da amada e da Natureza.
Dê uma estrutura tripartida ao seu texto (introduçã o, desenvolvimento e conclusã o), apresentando uma
linguagem clara e o recurso a vocabulá rio adequado e diversificado.
GRUPO I

Responda às questões..

1. Tendo em consideração o estudo feito da Farsa de Inês Pereira, associe cada elemento da
coluna A a um segmento da coluna B, de modo a obter afirmações verdadeiras.

Coluna A Coluna B
[A] A mãe de Inês mostra-se [1] a carta do primeiro pretendente de Inês.

[B] Inês, por sua vez, considera-se [2] e apresentam o Escudeiro a Inês.

[C] A mãe aconselha Inês [3] desajeitado, ignorante e pouco dado ao amor.

[D] Lianor Vaz é uma alcoviteira que traz [4] vítima das exigências e preconceitos sociais.

[E] Pero Marques demonstra ser [5] o verdadeiro estado social do seu amo.

[F] Os dois judeus sã o oportunistas [6] a não se precipitar com o casamento.

[G] O escudeiro Brás da Mata revela-se [7] adulador, falso e com duplo cará ter.

[H] O Moço acaba por revelar [8] representar os falsos elementos do clero.

[9] crítica em relaçã o ao comportamento da filha.


[I] Os dois pretendentes de Inês
contrastam
[10] perceber que Lianor Vaz é uma mulher muito fiel.

[11] em termos sociais e culturais.


[J] O Ermitã o é a personagem que
permite
[12] entusiasmada com a decisã o da filha.

2. Complete o excerto, servindo-se dos termos apresentados abaixo, de modo a obter um texto
expositivo sobre Gil Vicente, a sua obra e o contexto em que viveu.

publicadas rei sociedade 1502 D. Manuel


Monólogo do vaqueiro cinquenta reinado Leonor rir

Gil Vicente apresentou a sua primeira peça, a. ____________, a 7 de junho de b. ____________, à rainha
Dona c. ____________. Continuou a escrever sob a proteçã o da rainha até à morte desta, e prosseguiu a
sua criaçã o dramá tica ao serviço do rei d. ____________. Em 1522, o autor dos autos continuou a gozar
da mesma confiança sob o e. ____________ de D. Joã o III. Sabe-se que o f. ____________ continuou a apoiá -lo
financeiramente. O dramaturgo escreveu cerca de g. ____________ peças de teatro, de natureza diversa,
h. ____________ postumamente na já referida Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente. Entre outros
objetivos, Gil Vicente pretendia criticar a i. ____________, através da paró dia, nem sempre satírica, de
variados tipos sociais, e ao mesmo tempo fazer j. ____________.
B

Leia o excerto seguinte.

O Escudeiro, vendo cantar a Inês Pereira, mui


agastado lhe diz:

Vó s cantais, Inês Pereira? Inês Que pecado foi o meu?


Em vodas m’andá veis vó s? Porque me dais tal prisã o?
Juro ao Corpo de Deos 30 Esc. Vó s buscastes descriçã o,
que esta seja a derradeira! que culpa vos tenho eu?
5 Se vos eu vejo cantar, Pode ser maior aviso3,
eu vos farei assoviar… maior descriçã o e siso4
Inês Bofé 1, senhor meu marido, que guardar eu meu tisouro?
se vos disso sois servido, 35 Nã o sois vó s, mulher, meu ouro?
bem o posso eu escusar. Que mal faço em guardar isso?
10 Esc. Mas é bem que o escuseis,
e outras cousas que nã o digo! Vó s nã o haveis de mandar
Inês Porque bradais vó s comigo? em casa somente um pelo.
Esc. Será bem que vos caleis. Se eu disser: – isto é novelo –
E mais, sereis avisada 40 havei-lo de confirmar.
15 que nã o me respondais nada, E mais quando eu vier
em que2 ponha fogo a tudo, de fora, haveis de tremer;
porque o homem sesudo e cousa que vó s digais
traz a mulher sopeada. não vos há de valer mais
45 que aquilo que eu quiser.
Vó s nã o haveis de falar
20 com homem, nem mulher que seja
nem somente ir à igreja
nã o vos quero eu leixar.
Já vos preguei as janelas,
por que vos nã o ponhais nelas.
25 Estareis aqui encerrada Gil Vicente, “Farsa de Inês Pereira”, in Antó nio José Saraiva
nesta casa, tã o fechada (apresentação e leitura), Teatro de Gil Vicente, ed. revista,
como freira de Oudivelas. Lisboa, Dinalivro, 1988, p. 177.

____________
1
por minha fé, na verdade
2
mesmo que
3
prudência
4
juízo, sensatez

3. Apresente três traços caracterizadores do Escudeiro, fundamentando as suas afirmações com


expressões textuais.

4. Esclareça o sentido das primeiras três interrogações que se encontram presentes a partir
do verso 30.
Leia atentamente o poema.
Leda serenidade deleitosa,
que representa em terra um paraíso;
entre rubis e perlas doce riso,
debaixo d’ouro e neve, cor de rosa;

5 presença moderada e graciosa,


onde ensinando estã o despejo1 e siso2
que se pode por arte e por aviso,
como por natureza, ser fermosa;

fala de quem a morte e a vida pende,


10 rara, suave; enfim, Senhora, vossa;
repouso nela alegre e comedido3;

estas as armas sã o com que me rende


e me cativa Amor; mas não que possa
despojar-me4 da gló ria de rendido.

Luís de Camõ es, Rimas (texto estabelecido e prefaciado por


Á lvaro J. da Costa Pimpã o), Coimbra, Almedina, 2005 [1994], p. 139.

____________
1
audá cia
2
prudência, juízo
3
discreto, controlado
4
nã o se importar com, rejeitar

5. Classifique, a nível formal, a composição poética, justificando a sua resposta.

6. Descreva, por palavras suas, a mulher presente no poema, comprovando as suas afirmações
com expressões textuais.

7. Identifique o recurso expressivo presente em “entre rubis e perlas” (v. 3), explicitando o seu
sentido.

GRUPO II

Responda às questões.

1. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos segmentos linguísticos sublinhados


nas frases.
a. Camõ es, o príncipe dos poetas, viveu no seculo XVI.
b. O poeta foi influenciado por Petrarca.
c. O poeta é quem celebra a magia da Natureza.
d. Os críticos literá rios consideram Luís de Camõ es o grande poeta da língua portuguesa.
e. Camõ es esforça-se por nos narrar a alma lusitana.
2. Transforme as palavras sublinhadas em orações subordinadas adjetivas relativas.
a. Camõ es escreve sonetos maravilhosos.
b. Nas rimas lidas em aula predomina um lirismo inigualá vel.

3. Obtenha frases complexas, unindo os pares de frases simples, de acordo com o valor lógico
indicado.
a. Camõ es foi obrigado a partir para a Índia. Envolveu-se em situaçõ es complicadas. (causal)
b. Camõ es chegou à Índia. Nesse país, Camõ es descobriu que as fraquezas humanas eram iguais
à s dos europeus. (temporal)

4. Selecione, de entre cada par apresentado, a opção correta.


a. Camõ es viveu há / à quatro séculos, mas muito do que escreveu continua atual.
b. A vivencia / vivência do amor doloroso continua a ser uma temá tica constante na poesia dos
séculos XX e XXI.

GRUPO III

O texto em verso faz parte do nosso quotidiano e entra nas nossas casas, no carro, no local de trabalho
ou em qualquer outro espaço através de cançõ es que nos tocam de muitas maneiras e que ficam gravadas
na memó ria do nosso coraçã o.
Num texto de apreciação crítica, de 120 a 180 palavras, apresente um tema musical que o tenha
marcado, apreciando-o positivamente e referindo os seguintes aspetos:
− título da musica e do á lbum a que pertence;
− cantor(a)/grupo musical que a interpreta;
− tema explorado;
− estilo musical;
− versos do tema musical com que mais se identifica;
− justificaçã o pela sua preferência.
GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia atentamente as seguintes estâncias de Os Lusíadas, retiradas do canto IX.

88 90
Assi a fermosa e a forte companhia Que as imortalidades4 que fingia5
O dia quá si todo estã o passando A antiguidade, que os Ilustres ama,
Nũ a alma1, doce, incó gnita alegria, Lá no estelante6 Olimpo, a quem subia
Os trabalhos tã o longos compensando. Sobre as asas ínclitas da Fama,
Porque dos feitos grandes, da ousadia Por obras valerosas que fazia,
Forte e famosa, o mundo está guardando Pelo trabalho imenso que se chama
O premio lá no fim, bem merecido, Caminho da virtude, alto e fragoso7,
Com fama grande e nome alto e subido. Mas, no fim, doce, alegre e deleitoso,

89 91
Que as Ninfas do Oceano, tã o fermosas, Nã o eram senã o prémios que reparte,
Tétis2 e a Ilha angélica pintada, Por feitos imortais e soberanos,
Outra cousa nã o é que as deleitosas O mundo cos varõ es que esforço e arte
Honras que a vida fazem sublimada. Divinos os fizeram, sendo humanos.
Aquelas preminências gloriosas, Que Jú piter, Mercú rio, Febo8 e Marte,
Os triunfos, a fronte coroada Eneas e Quirino9 e os dous Tebanos10,
De palma e louro, a gló ria e maravilha3, Ceres, Palas e Juno com Diana,
Estes sã o os deleites desta Ilha. Todos foram de fraca carne humana.
L
uís de Camõ es, Os Lusíadas (leitura, prefá cio e notas de A. J. Costa Pimpã o),
4.a ed., Lisboa, Instituto Camõ es – Ministério dos Negó cios Estrangeiros, 2000, p. 409.

____________
1 2 3 4 5 6
reconfortante, santa; deusa do mar, esposa do Oceano; admiraçã o; condiçã o de imortal; inventava; constelado;
7 8 9 10
pedregoso; Apolo; Ró mulo; Hércules e Baco.

1. Estas estâncias inserem-se no episódio da “Ilha dos Amores”. Demonstre que os navegadores
portugueses são merecedores desta ilha, tendo em conta a estância 88.

2. Refira o caráter ficcionado da ilha, baseando-se na descrição presente na estância 89.

3. Explicite o teor da reflexão do poeta, existente nas estâncias 89 a 91, fundamentando a resposta
com elementos textuais pertinentes.

4. Indique um recurso expressivo presente nos dois últimos versos da estância 90, explicitando
o seu valor.

5. Comente a expressividade da enumeração nos versos 5 a 7 da estância 91.


GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia o texto seguinte.

O autor desta quase literal adaptação de Os Lusíadas reconhece – apesar do respeito, do cuidado
e do carinho que pô s na delicadíssima tarefa – que ela é de qualquer modo sacrílega.
Não se toca numa obra de génio, para a apresentar simplificada aos olhos do pú blico, sem a tris-
te e aliá s inevitá vel sensaçã o de amarfanhar a sua beleza, de corromper e desfolhar o seu encanto
5 radioso.
Não me pejo de confessar que estive constantemente angustiado, que sofri contínuos e sérios
remorsos, enquanto procurava interpretar, em prosa corrente e fácil, a grandeza, a majestade épica
de Os Lusíadas.
Insisti e teimei em fazê-lo, nã o por gosto e deleite no trabalho, mas porque este me pareceu
10 necessá rio, urgente e – perdoe-se-me o orgulho – sinceramente patrió tico.
É costume dizer-se que Os Lusíadas sã o a Bíblia da Pá tria, ou, menos retoricamente, o livro
nacional por excelência. De facto. Mas essa Bíblia, esse livro intrinsecamente nacional, só tomam
contacto com ele – quando o tomam… – os alunos dos liceus, a partir do meio do seu curso, e os
adultos.
15 As crianças nã o o leem, nã o o podem ler – as crianças que, por muito pouco que entendam
o francês, encontram nessa língua ediçõ es, à sua escala e medida, da pró pria Odisseia.
Não será tempo de oferecer-lhes uma singela, embora imperfeita adaptação da nossa Odisseia
– Odisseia real, e não apenas imaginária, e, mesmo por isso, mais do que a outra maravilhosa – para
que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heró is, os acontecimentos notáveis e celebrados
20 por Luís de Camõ es e que são gló ria imorredoira da nossa terra?

Joã o de Barros (adaptaçã o em prosa),


Os Lusíadas de Luís de Camões contado às crianças
e lembrado ao povo (prefá cio), Lisboa, Sá da Costa Editora, 2009, pp. 7-8.

1. O autor deste prefácio reconhece que a adaptação de Os Lusíadas foi


(A) uma tarefa fá cil e aprazível.
(B) um gesto patrió tico.
(C) um trabalho fracassado.

2. Esta adaptação de Os Lusíadas é uma obra escrita


(A) em verso, com uma linguagem corrente e fá cil.
(B) em prosa, num estilo grandioso e bíblico.
(C) numa linguagem acessível a um pú blico infantil.

3. Na opinião do autor, as crianças devem conhecer Os Lusíadas porque é uma obra


(A) tã o maravilhosa como a Odisseia.
(B) que contém apenas feitos reais.
(C) que celebra a grandeza da Pá tria.
4. Os travessões na linha 10
(A) introduzem o discurso direto.
(B) acrescentam informaçã o adicional.
(C) introduzem uma citaçã o.

5. O termo “desfolhar” (l. 4), neste contexto, significa


(A) arrancar as folhas.
(B) ler a obra.
(C) diminuir a beleza.

6. Na expressão “Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria” (l. 11) está presente uma
(A) metá fora.
(B) comparaçã o.
(C) enumeraçã o.

7. A oração sublinhada em “É costume dizer-se que Os Lusíadas são a Bíblia da Pátria, ou, menos
retoricamente, o livro nacional por excelência” (ll. 11-12) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.

8. Identifique a função sintática desempenhada pela expressão sublinhada em “Não se toca


numa obra de génio” (l. 3).

9. Indique o referente do pronome sublinhado na expressão “para a apresentar simplificada aos


olhos do público” (l. 3).

10. Refira o tempo e o modo da forma verbal “estive” (l. 6).

11. Indique a classe e a subclasse do termo sublinhado no segmento “mas porque este me pareceu
necessário, urgente” (ll. 9-10).

12. Classifique a oração “para que ao menos se lhes tornem familiares o povo, os heróis, os acon-
tecimentos notáveis e celebrados por Luís de Camões” (ll. 18-20).

GRUPO III

Escreva um texto de apreciação crítica, de 120 a 150 palavras, no qual apresente o seu ponto de vista
sobre a leitura de Os Lusíadas.
Obedeça à s seguintes orientaçõ es:
• Introduçã o – apresentaçã o e caracterizaçã o sumá ria do objeto (Os Lusíadas: planos narrativos,
matéria épica).
• Desenvolvimento – comentá rio crítico da obra, com apresentaçã o de argumentos (importâ ncia
para a naçã o portuguesa).
• Conclusã o – síntese geral das ideias e apelo à leitura ou ao estudo da obra.
GRUPO I

Apresente as suas respostas de forma bem estruturada.

Leia com atenção o texto.

Passados três dias, em que continuamente se deu à bomba, começou enfim a abonançar a procela.
Dos pedaços da ponte que o mar abatera, e de três remos do batel que escaparam do estrago,
trataram logo de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha.
Os nossos, entã o, pensaram em dar cabo dos estrangeiros. Jorge de Albuquerque dissuadiu-os
5 disso. No estado em que estavam, o ú nico remédio era a nau dos corsá rios. Se ela escapara, trataria
decerto de demandar a nossa, por causa dos Franceses que nela iam; e vindo-os buscar, e nã o os
achando, decerto matariam os Portugueses todos. Lembrou-lhes também que já nã o tinham á gua,
nem vinho, nem mantimento algum, e só podiam esperar o que os Franceses lhes dessem.
Assim discutiam, travando razõ es, quando deram vista da nau francesa. Fizeram-lhes fogos.
10 Ela acudiu, desbaratada também, mas nã o destroçada como estava a nossa.
Tendo sabido que a nossa gente se quisera levantar contra os Franceses, e que Jorge de Albu-
querque se opusera a tal, mostraram-se gratos os compatriotas daqueles. Ofereceram-se para o le-
var consigo, e mais três portugueses que ele indicasse; deixá -los-iam desembarcar na primeira ter-
ra que tomassem, se assim desejava. Jorge de Albuquerque agradeceu-lhes muito: mas que muito
15 mais lhes agradeceria se quisessem levá -los a todos eles, pois jamais desampararia a sua gente,
e em tal transe. O destino dos outros seria o seu. Responderam os Franceses que nã o podiam.
Dois dias depois, aquietava o tempo. Os corsá rios, aproveitando a bonança, trataram de des-
carregar a “Santo Antó nio” das muitas mercadorias que nela vinham, e que haviam escapado do
furacã o ou do alijar de carga que se havia feito. Até despojaram alguns portugueses dos pró prios
20 fatos que traziam vestidos. […]
Negaram-se a prover os desgraçados de algumas coisas que precisavam, como enxá rcias, ante-
nas, velas; a muito rogo, deram-lhes dois sacos de biscoito podre; e na segunda-feira, 17 de setem-
bro, afastou-se a nau deles a todo o pano, e foi-se esbatendo na atmosfera turva.

História trágico-marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptaçã o de Antó nio Sérgio
e ilustraçõ es de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, ediçã o Expresso, 2008, pp. 137-139.

1. Identifique duas consequências da tempestade que assolou a nau Santo António,


fundamentando a resposta com expressões do texto.

2. Refira um dos argumentos apresentados por Jorge de Albuquerque Coelho para não atacarem
os franceses que estavam na nau.

3. Explicite o motivo que levou o capitão a não aceitar a proposta dos franceses.

4. Indique duas características de Jorge de Albuquerque Coelho, tendo em conta a sua atitude
neste excerto. Fundamente a sua resposta com expressões textuais.

5. Justifique as ações levadas a cabo pelos franceses, no final do excerto.


GRUPO II

Responda às questões. Na resposta aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Leia atentamente o texto.

Inventar-se no Equador

Viajar serve também para perceber quem somos, o que nos diferencia, o que nos pertence e,
pelo contrá rio, o que é apenas tomado de empréstimo de outros. Pergunto-me que revelaçã o será
para um francês comer os queijos italianos e beber os vinhos sul-africanos: “Afinal, nã o somos os
melhores do mundo”, terá ele de concluir. Se tiver capacidade para isso.
5 Um dos lugares-comuns que nó s, os portugueses, temos sobre nó s pró prios é que somos uma
naçã o de poetas. Talvez sim, mas nã o mais do que os chilenos, com dois poetas distinguidos com
o prémio Nobel; ou do que os italianos, com outros dois Nobel e provavelmente o maior poeta de
todos os tempos, Dante; não para os ingleses, que dizem isso de Shakespeare. Os hú ngaros con-
sideram os seus poetas heró is nacionais e os chineses cultivam a poesia há milénios, e os persas,
10 já que lhes é proibido o vinho, escrevem poesia que o exalta.
Mas nã o quero falar desse lugar-comum. Interessa-me hoje outro: o de que nó s, os portugueses,
somos extremamente criativos e desenrascados, que sabemos sempre dar a volta ao bico do prego,
que temos uma capacidade acima da média internacional para inventar soluçõ es para os problemas
que nos afligem. Uma voltinha pelo Equador, esse país com um pé em cada hemisfério e a cabeça
15 acima das nuvens, faz-me pensar que nã o há nada como viajar para questionar certos lugares-
-comuns nacionais.
Passear a pé pelas ruas de Quito, a capital da naçã o sul-americana, ou de Guayaquil, o seu mo-
tor econó mico, é revelador. Nunca vi em Portugal nada que se assemelhe à enorme inventividade,
imaginação e esperteza desta gente desesperada por chegar ao fim do dia com algo na barriga. Bem
20 se diz que a necessidade aguça o engenho, e o engenho dos equadorenhos é notá vel.
Cada esquina, cada semá foro, cada arcada apresenta uma nova soluçã o para o velho problema
de ganhar a vida. Inventa-se em todo o lado uma ocupaçã o, uma fonte de rendimentos, um modo
de arranjar uns trocos. O nível de receitas é quase sempre mínimo, e pergunto-me como é possível
viver com tã o pouco. Mas é uma pergunta banal, típica de um europeu que observa a vida dos sul-
25 -americanos. Eles perguntariam como podemos viver nó s com tanto, e perguntariam, sobretudo:
Para quê?

Gonçalo Cadilhe, Encontros marcados, Lisboa,


Clube do Autor, SA, 2011, pp. 39-40.

1. De acordo com o conteúdo dos dois primeiros parágrafos, os portugueses


(A) têm razã o para se acharem superiores, a nível da literatura.
(B) possuem o mesmo valor que outros povos, em termos literá rios.
(C) receberam o mesmo nú mero de prémios Nobel da Literatura que os chilenos.

2. Segundo o conteúdo do terceiro parágrafo, há uma outra característica dos portugueses que
(A) deve ser questionada.
(B) salienta a sua supremacia.
(C) os diferencia dos outros povos.
3. A ideia de que os portugueses são criativos e desenrascados
(A) é comprovada nos dois ú ltimos pará grafos do texto.
(B) é compará vel à dos equadorenhos de Quito.
(C) é questioná vel, quando se passeia pela capital do Equador.

4. A pergunta que finaliza o texto


(A) critica o modo de viver dos sul-americanos.
(B) revela o modo de pensar dos sul-americanos.
(C) aproxima europeus e sul-americanos.

5. O vocábulo “lugar-comum” (l. 11), quanto à sua formação, exemplifica um processo de


(A) composiçã o. (B) truncaçã o. (C) empré stimo.

6. A oração “que revelação será para um francês” (ll. 2-3) classifica-se como subordinada
(A) adverbial consecutiva.
(B) substantiva completiva.
(C) adjetiva relativa restritiva.

7. O grupo nominal sublinhado em “somos uma nação de poetas” (ll. 5-6) desempenha a função
sintática de
(A) complemento direto. (B) complemento oblíquo. (C) predicativo do sujeito.

8. Identifique a função sintática do constituinte que se encontra sublinhado em “Os húngaros


consideram os seus poetas heróis nacionais” (ll. 8-9).

9. Classifique a oração sublinhada em “e os persas, já que lhes é proibido o vinho, escrevem


poesia que o exalta” (ll. 9-10).

10. Identifique o referente do pronome “nos” em “que nos afligem” (l. 14).

11. Indique a relação semântica que se estabelece entre “Equador” (l. 14) e “país” (l. 14).

12. Indique a subclasse do verbo sublinhado em “pergunto-me como é possível viver com tão
pouco” (ll. 23-24).

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 120 a 150 palavras, no qual exponha as vantagens e desvantagens
dos Descobrimentos portugueses.
Tenha em atençã o os seguintes tó picos:
• Introduçã o – caracterizaçã o dos Descobrimentos portugueses.
• Desenvolvimento – vantagens e desvantagens dos Descobrimentos: exemplificaçã o com obras
literá rias ilustrativas.
• Conclusã o – síntese geral das ideias e fecho do texto.
GRUPO I

Responda às questões.

1. Tendo em conta o estudo de Camões e da época em que viveu, associe cada elemento da coluna A
a um segmento da coluna B, de modo a obter informações verdadeiras.
Coluna A Coluna B
[A] Camõ es viveu [1] Os Lusíadas.

[B] O rei D. Sebastiã o concedeu-lhe [2] que o poeta tinha uma formaçã o cultural profunda.

[C] Em 1572, Camõ es publica [3] uma pensã o de 15 000 reais por ano.

[D] Provavelmente, o poeta morre [4] um prémio pela sua obra.

[E] Pelas referências culturais [5] em 1580.


e literá rias presentes na
sua obra, pode inferir-se [6] é uma informaçã o tida como certa.

[7] o género privilegiado para a glorificaçã o de um heró i.


[F] A presença de Camõ es em Á frica
e no Oriente é
[8] mais os mitos do que as certezas.

[G] Na época em que Camõ es viveu, a epopeia era [9] oficialmente o dia de Camõ es e de Portugal.

[H] Sobre a vida de Camõ es são [10] pelos avanços científicos e tecnoló gicos.

[I] O século XVI foi marcado [11] no reinado de D. Manuel.

[J] O dia 10 de junho é considerado [12] nos reinados de D. João III e D. Sebastiã o.

2. Complete com os termos apresentados, de modo a obter um texto expositivo sobre Os Lusíadas.

Viagem desprezo autobiográ fico Proposiçã o Mitoló gico


narrativo Dedicató ria épico dez reflexõ es

Os Lusíadas é um poema a. _______________, dividido em b. _______________ cantos e constituído por


quatro partes: c. _______________, Invocaçã o, d. _______________ e Narraçã o. Estrutura-se, ainda, em quatro
planos: e. _______________, Histó ria de Portugal, f. _______________ e Consideraçõ es do Poeta. Neste ú ltimo
plano, nã o g. _______________, o poeta tece h. _______________ sobre a Pátria do seu tempo, criticando
e lamentando o estado de decadência em que esta se encontrava. Este plano tem também um cará ter
i. _______________, já que o autor-narrador apresenta factos da sua vida, como o j. _______________ que a Pá tria
demonstrou pelo seu talento e pela sua obra.
B

Leia atentamente as estâncias retiradas do canto X de Os Lusíadas.

144 145
Assi foram cortando o mar sereno, Nô 1 mais, Musa, nô mais, que a Lira2 tenho
Com vento sempre manso e nunca irado, Destemperada3 e a voz enrouquecida,
Até que houveram vista do terreno E nã o do canto, mas de ver que venho
Em que naceram, sempre desejado. Cantar a gente surda e endurecida.
Entraram pela foz do Tejo ameno, O favor4 com que mais se acende o engenho5
E à sua pá tria e Rei temido e amado Nã o no dá a pá tria, nã o, que está metida
O prémio e gló ria dã o por que mandou, No gosto da cobiça e na rudeza
E com títulos novos se ilustrou. Dũ a austera6, apagada e vil7 tristeza
Luís de Camõ es, Os Lusíadas (leitura, prefá cio e notas de A. J. Costa Pimpã o),
4.a ed., Lisboa, Instituto Camõ es – Ministério dos Negó cios Estrangeiros, 2000, p. 476.

____________
1
nã o; 2 instrumento musical associado à poesia; 3 desafinada; 4 aplauso; 5 talento; 6 sombria; 7 repugnante, infame.

3. Justifique a inserção da estância 144 no plano da Viagem de Os Lusíadas, fundamentando


a resposta com elementos textuais.

4. Atente na estância 145. Explicite os lamentos do Poeta presentes nos quatro primeiros versos.

Leia atentamente este excerto retirado do Capítulo V da História trágico-marítima.

Jorge de Albuquerque, antes de tudo, satisfez largamente o senhorio da barca e os que o


haviam ajudado no salvamento. Desembarcou em Belém com alguns companheiros, e dirigiu-se
em roma-ria a Nossa Senhora da Luz, pelo caminho de Nossa Senhora da Ajuda. Já os seus amigos
e parentes tinham tido notícia de que chegara; e D. Jeró nimo de Moura, seu primo, e muitas outras
5 pessoas amigas suas, trataram logo de o ir buscar. Sabendo que desembarcara e que caminho
levara, segui-ram para ali imediatamente, encontrando-se com o grupo dos que o acompanhavam.
Saudou-os então D. Jeró nimo de Moura, inquirindo se eram eles, os do grupo, os que com Jorge de
Albuquerque
se tinham salvo. E confirmando eles que de facto o eram, perguntou D. Jeró nimo:
10 – E Jorge de Albuquerque? Vai adiante? Fica atrá s? Ou tomou por outro caminho?
Jorge de Albuquerque, que se achava ali mesmo diante dele, lhe respondeu:
– Senhor, Jorge de Albuquerque nã o vai adiante, nem fica atrá s, nem tomou por outro caminho.
Cuidando D. Jeró nimo que zombava, quase se houve por desconfiado, e lhe disse que não
grace-jasse, e respondesse à pergunta.
15 E Jorge de Albuquerque:
– Senhor D. Jeró nimo: se vísseis Jorge de Albuquerque, conhecê-lo-íeis?
– Decerto.
– Pois sou eu, Jorge de Albuquerque! E vó s sois meu primo, D. Jeró nimo, filho de D. Isabel,
minha tia. Julgai dos trabalhos por que passei!
Só havia um ano que nã o se viam.
História trágico-marítima – narrativa de naufrágios da época dos Descobrimentos (adaptaçã o de Antó nio Sérgio
e ilustraçõ es de André Letria), Lisboa, Sá da Costa Editora, ediçã o Expresso, 2008, pp. 145-146.
5. Identifique o momento da viagem a que corresponde este excerto, exemplificando com expres-
sões textuais.

6. Explicite a intenção da tripulação ao dirigir-se em romaria à Nossa Senhora da Luz.

7. Explique o motivo pelo qual D. Jerónimo de Moura não reconheceu Jorge de Albuquerque.

GRUPO II

Responda às questões.

1. Identifique as funções sintáticas desempenhadas pelos constituintes sublinhados nas frases.


a. Os marinheiros passaram por vá rios perigos ao longo da viagem.
b. Diz-se que Camõ es terá estudado em Coimbra.
c. Há quem considere Camõ es o maior poeta de língua portuguesa.
d. A poesia de Camõ es é sublime.

2. Indique a relação semântica estabelecida entre os elementos sublinhados em cada frase.


a. Ao chegar a Portugal, Jorge de Albuquerque encontrou dois tipos de embarcaçõ es: uma caravela
e uma barca pequenina, mas só a tripulaçã o desta ú ltima veio em seu auxílio.
b. Ao longo da viagem, Jorge de Albuquerque e a sua tripulaçã o foram assolados por uma tempestade
que transformou o dia em noite.

3. Transforme cada par de frases simples numa frase complexa, de acordo com o valor lógico
indicado entre parênteses. Proceda às modificações necessárias.
a. Muitos portugueses partiram para a Índia em busca de riqueza. Os portugueses sabiam os perigos que
enfrentavam. (concessão)
b. Camõ es escreveu Os Lusíadas. Os feitos dos portugueses foram imortalizados. (fim)

4. Selecione, de entre cada par apresentado, a opção correta.


a. Jorge de Albuquerque Coelho e os outros marinheiros quando chegaram / chegarão a Portugal
estavam irreconhecíveis.
b. O capitã o da nau Santo António afirmou: “É necessá rio que as pessoas viagem / viajem muito por mar
para compreenderem o que nó s passá mos”.

GRUPO III

Escreva um texto expositivo, de 150 a 180 palavras, comparando a viagem à Índia descrita
n’Os Lusíadas e a viagem de Jorge Albuquerque na nau Santo António, atendendo a:
− objetivo(s) da viagem;
− percurso efetuado;
− perigos e obstá culos enfrentados;
− condiçõ es de regresso à Pá tria.
1. Associe cada elemento da coluna A ao segmento que lhe corresponde, na coluna B, de modo a
obter informações acerca do conteúdo do filme visionado.

Coluna A Coluna B

[A] A açã o passa-se no século XIII, [1] de devolver a espada a seu pai, Sir Walter Loxley.

[B] O rei Ricardo Coraçã o de Leã o [2] morre nessa funesta batalha.

[C] Robin Hood e os seus companheiros [3] num símbolo de liberdade para o seu povo.

[D] Um nobre cavaleiro, moribundo, [4] em França, na ú ltima batalha travada pelo rei Ricardo
incumbe Robin Coraçã o de Leã o.

[E] Quando chega a Inglaterra, Robin [5] prepara uma conspiração na corte, juntamente com
depara-se o rei de França.

[F] Os mais jovens refugiam-se


[6] fazem-se passar por cavaleiros, levando secretamente
na floresta de Sherwood, com
para Inglaterra a coroa do rei.
conhecimento das suas famílias,

[G] Sir Walter Loxley está velho e cego, [7] ao tentar unir os barõ es do Norte.

[H] Para proteger a nora, agora viú va, [8] de modo a nã o serem capturados pelo xerife
e o seu patrimó nio, o ancião de Nottingham.

[9] propõ e a Robin que assuma a identidade


[I] Entretanto, o conselheiro do rei Joã o
do seu falecido filho.

[J] É nesta conspiraçã o que Robin tem [10] com uma naçã o devastada, sem homens vá lidos
um papel preponderante, para os trabalhos agrícolas.

[11] sendo auxiliado na administraçã o do seu pequeno


[K] No final deste filme, o heró i torna-se
feudo pela sua nora, Marion.

(a partir de http://www.cinema7arte.com/site/?p=1676, consultado em junho de 2017)

[A] − ___; [B] − ___; [C] − ___; [D] − ___; [E] − ___; [F] − ___;
[G] − ___; [H] − ___; [I] − ___; [J] − ___; [K] − ___.

2. Complete o seguinte texto com dados da ficha técnica do filme visionado.

Robin Hood foi realizado em a. _______________, por b. _______________, que convidou c. _______________
para criar o argumento. É um épico, protagonizado pelo ator d. _______________, no papel do heró i
proscrito. A intriga nã o obedece à histó ria que nó s conhecemos, a começar logo pelo estatuto de
Robin, um soldado inglês que assume a identidade de um nobre cavaleiro moribundo, Robert Loxley
(e. _______________), e que, a pedido do pai de Robert, Sir Walter Loxley (f. _______________), casa com
a belíssima viú va Marion Loxley (g. _______________).

3. Refira três acontecimentos/factos presentes no filme que remetam para o contexto religioso
e sociopolítico da Idade Média.
_________________________________________________________________________________________________________________________
1. Visualize o filme, preenchendo a tabela que se segue.

1. Ficha técnica
a. Título
b. Realizador
c. Atores
principais
d. Género
e. Data de
estreia
f. Prémios
2. Protagonista(s) e sua breve caracterização social, física e psicológica

3. Três espaços e respetivos acontecimentos

4. Realidades sociais, políticas e religiosas características da Idade Média

5. Comentário crítico
CENÁRIOS DE RESPOSTA 5. Na Antiguidade, a pintura era encarada como qualquer outro tra-
balho e era executada por artesãos, sob encomenda. Por seu lado,
FICHAS DE LEITURA a pintura renascentista passou a ser vista como a expressão do modo
FICHA 1 – RELATO DE VIAGEM (pp. 12-13) de sentir do seu criador e diversificou a temática, incluindo aspetos
1. (B); 2. (C); 3. (D); 4. (B). profanos, não se limitando apenas aos de caráter sagrado.
5. A descrença deve-se ao facto de o enunciador viajar bastante e 6. As mudanças verificaram-se em diversos domínios. Por um lado,
poder constatar, in loco, que nem tudo o que se disse ou se escreveu o desenvolvimento social e econó mico − as trocas comerciais e a
corresponde à verdade, e que afinal os dogmas e os mitos dos outros ascensão da burguesia − que possibilitou o crescimento das cidades
são tão válidos quanto os nossos. e, por outro lado, o facto de se começar a dar mais importância ao
6. A perplexidade ou estranheza do enunciador relativamente à indivíduo.
situação dos portugueses deve-se à constataçã o de já não estarem 7. As navegaçõ es permitiram o desenvolvimento, ou o aperfei-
presentes os fatores que, outrora, os fizeram dar “novos mundos ao çoamento, de determinadas ciências e técnicas, necessárias à
mundo”. A iniciativa e a coragem que caracterizaram o povo lusitano consecução das descobertas. Por outro lado, o crescente desvendar
não foram suficientes para que se tivesse mantido a cidade do Cabo, do mundo influenciou o modo de pensar e de agir do ser huma-
e atualmente isso seria ainda mais difícil. no, o que suscitou mudanças sociais, que se refletiram nas artes em
7. A ú nica coisa que constitui motivo de orgulho é o facto de, ao geral.
contrário do que aconteceu com o cabo da Boa Esperança, o cabo 8. A liberdade a que se faz referência na afirmação é a liberdade do
Agulhas manter a grafia e o nome que os portugueses lhe deram artista, e não do homem. Anteriormente, o pintor executava uma
quando por aí passaram. tela segundo a vontade de quem a encomendava. A partir do
8. O nome dado ao segundo cabo, Agulhas, parece fazer todo Renascimento, passou a poder representar-se e a representar
o sentido, uma vez que o norte geográfico, indicado pela Estrela a sua maneira de ver o mundo; passou, portanto, a dispor de
Polar, e o norte magnético, indicado pelas agulhas das bú ssolas, liberdade criativa.
coincidem na passagem deste cabo (ll. 59-61). Além disso, FICHA 4 – APRECIAÇÃO CRÍTICA (pp. 18-19)
as rochas aí são recortadas e pontiagudas, algo semelhantes às
1. (C); 2. (A).
agulhas (ll. 55-56).
3. a. apreciaçã o; b. sucinta; c. argumentos; d. valorativa.
9. Duas das marcas específicas do relato de viagem são o discurso
pessoal, evidenciado no emprego da primeira pessoa do singular 4. Um dos eixos temáticos é o relacionamento de Pietro com o seu
(“A pergunta era se eu não sentia orgulho quando chegava ao cabo pai; o outro eixo temá tico é a histó ria da amizade de Pietro com o
da Boa Esperança.” – ll. 1-2) e a dimensão narrativa e descritiva, seu amigo de infâ ncia Bruno, um jovem “montanhê s”.
visível, por exemplo, em “Uma placa rasa informa que, neste ponto, 5. Pietro e o pai movem-se entre dois espaços. O pai move-se entre
se encontram os dois oceanos: Atlântico e Índico. As rochas são a cidade de Milão, da qual se sente cansado (“sentia mortificado” –
recortadas e pontiagudas, vagamente como agulhas, e pareceu-me l. 21) e as montanhas, onde rejuvenescia; por sua vez, Pietro,
estar explicada a razão do nome do cabo. Mas não era nada disso.” que acaba por andar sempre de um lado para o outro, nas
(ll. 53-57). montanhas, vive uma grande amizade, desde a infâ ncia,
com Bruno, que nunca abandona as montanhas.
FICHA 2 – ARTIGO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA (pp. 14-15)
6. As citaçõ es sã o excertos da obra, e servem como exemplificaçã o
1. a. uma descoberta científica; b. dinossauros; c. mundial;
das afirmaçõ es e dos argumentos do crítico sobre as características
d. uma novidade; e. paleontologia.
e o estilo do autor da obra, Paolo Cognetti.
2. O texto dá-nos a conhecer que paleontólogos espanhóis e portu-
gueses descobriram uma nova espécie e um novo género de
FICHAS DE GRAMÁTICA
dinossauro, que se constitui como o dinossauro herbívoro mais
pequeno de Portugal. FICHA 1 – O PORTUGUÊS: GÉNESE, VARIAÇÃO E MUDANÇA (p. 22)
3. Os testemunhos de Fernando Escaso dão credibilidade ao artigo, 1./1.1. a. F – O latim vulgar é que era de cariz mais popular; b. V;
uma vez que ele é um dos investigadores que subscreveu o texto c. F – Existiam na Península Ibérica outros idiomas, como o celta;
publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, que dá conta desta d. V; e. F – Superstrato é a língua de um povo invasor que nã o se
nova descoberta. sobrepõ e à autó ctone, mas que acaba por deixar vestígios; f. V;
4. Os investigadores obtiveram provas de que o dedo dos fó sseis g. F – O latim foi preservado nos mosteiros, era ensinado nas esco-
da pata que descobriram era efetivamente mais pequeno do que las e constituía-se como a língua oficial da igreja, da administração
noutras espécies, ou até em todo o grupo. Descobriram também ou da ciência; h. V; i. V; j. F – O português antigo encontra-se
que existem características particulares nas vértebras caudais e nos registado na prosa literá ria, de que é exemplo o Livro de linhagens,
ossos da perna destes fósseis que não existem em outras espécies de D. Pedro, ou em documentos oficiais, como o testamento do rei
deste grupo já identificadas, quer na Europa quer na América. D. Afonso II ou a Notícia de Torto; k. F – É no século XIV que o
5. Os investigadores debruçaram-se sobre os achados feitos em português se separa em definitivo do galego; l. V; m. V.
1999, que pertencem à Sociedade de História Natural de Torres 2. a. hidrá ulica; hidratar; hidroginá stica; hidromassagem; b. lite-
Vedras, e viajaram para o continente norte-americano para os racia; iliteracia; literariedade; literalmente; literá rio; literatura;
compararem com fó sseis de dinossauros semelhantes. c. doméstico; domiciliá rio; domicílio; domesticar; d. rinite; otor-
6. Trata-se de um animal herbívoro, ainda jovem, ágil e veloz, apesar rinolaringologia; rinoceronte.
de possuir apenas duas patas. Teria cerca de metro e meio de altura, FICHA 2 – FONÉTICA E FONOLOGIA (p. 23)
um metro e sessenta de comprimento, braços mais curtos do que as 1. a. Aférese do “g” e apó cope do “e”; b. Síncope do “l”, dissimilação
pernas e uma cauda comprida. Pertenceu ao final do período do “t” e epêntese do “a”; c. Síncope do “u” e palatalização do “cl”;
Jurássico Superior, tendo vivido há cerca de 152 milhões de anos. d. Sonorizaçã o do “t”, assimilaçã o do “u” e dissimilaçã o do “o”;
7. Foi o achado que José Joaquim dos Santos fez, em 1999, na praia e. Epêntese do “o”; f. Síncope do “b” e crase do “ii”; g. Pró tese do “e”,
de Porto das Barcas, que permitiu que os investigadores
descobrissem esta nova espécie e um novo género de dinossauro.

FICHA 3 – EXPOSIÇÃO SOBRE UM TEMA (pp. 16-17)


1. (C); 2. (A); 3. (B); 4. (D).
dissimilação do “l” e metá tese do “r”; h. Apó cope do “e” e síncope FICHA 5 – FRASE COMPLEXA – SUBORDINAÇÃO (p. 28)
do “d”; i. Palatalização do “cl”; j. Síncope do “e” e sonorização do “p”; 1. [A] – [7]; [B] – [1]; [C] – [10]; [D] – [5]; [E] – [8]; [F] – [9];
k. Vocalização do “b”; l. Síncope do “l”, apócope do “e” e crase do “o”; [G] – [4]; [H] – [6]; [I] – [3]; [J] – [2].
m. Síncope do “g” e sinérese do “ee”; n. Síncope do “r” e assimilaçã o 2.
do “t”; o. Metá tese do “i”; p. Apó cope do “e” e palatalizaçã o do “cl”;
a. subordinada adverbial causal – "Atendendo a que nem todos
q. Sonorizaçã o do “t”; r. Vocalizaçã o do “g”; s. Palatalizaçã o do “pl”
perceberam"; subordinante – "a diretora decidiu"; subordinada
e apó cope do “e”; t. Pró tese do “e” e apó cope do “e”.
substantiva completiva – "que repetiria o assunto";
2. Redução vocálica.
b. subordinada adverbial temporal – “Assim que cheguei a casa";
3. a. íntegro; inteiro; b. cá tedra; cadeira; c. obra; ó pera; d. pleno; subordinante – "fui para o computador"; subordinada adverbial
cheio. final – "a fim de que o trabalho ficasse pronto";
3.1. Palavras divergentes. c. subordinante – "Os estudantes […] reuniram-se na cantina"; su-
FICHA 3 – FUNÇÕES SINTÁTICAS (pp. 24-26) bordinada adjetiva relativa restritiva – "que faziam parte da lista A";
1.1. (A) "a cabeça" – sujeito simples; (B) "um e outro" – sujeito d. subordinada adverbial temporal – "Enquanto preparavam
composto; (C) "O lançamento do livro e o local do evento" – su- as estratégias de campanha"; subordinante – "faltaram às aulas
jeito composto; (D) [0] – sujeito indeterminado; (E) "Eles" – sujeito diversas vezes";
simples; (F) "César Augusto, imperador de Roma" – sujeito sim- e. subordinante – "Os jovens […] juntaram-se"; subordinada adje-
ples; (G) "Tanto os adultos como as crianças" – sujeito composto; tiva relativa explicativa – "que já estavam cansados"; subordinada
(H) [Tu] – sujeito subentendido; (I) "a força da Natureza" – sujeito adverbial final – "para reclamarem contra a situaçã o";
simples; (J) "Quem não arrisca" – sujeito simples. f. subordinante – "Dedicaram mais tempo à propaganda eleitoral";
1.2. O sujeito da frase (A) é simples porque é constituído por apenas subordinada adverbial comparativa – "do que dedicaram ao estudo";
um grupo nominal, enquanto o sujeito da frase (B) é composto g. subordinante – "A diretora deu instruçõ es precisas"; subordi-
porque contempla dois grupos nominais. nada adverbial final – "para que nã o perturbassem as aulas";
2. (B); (C); (G); (H); (I). h. subordinante – "A lista B […] sagrou-se vencedora"; subordinada
2.1. Verbos copulativos. adjetiva relativa explicativa – "cujo presidente é de uma turma
3. a. (B) "Infelizmente"; (D) "hoje"; b. (F) "imperador de Roma"; de 11.° ano";
c. (C) "do evento"; "enorme"; (F) "de paz". i. subordinante – "Ontem choveu tanto"; subordinada adverbial
4. a. Complemento indireto; b. Predicativo do sujeito; c. Modifica- consecutiva – "que o recinto da campanha ficou inundado".
dor; d. Complemento indireto; e. Complemento direto; f. Comple- FICHA 6 – ARCAÍSMOS, NEOLOGISMOS E PROCESSOS
mento oblíquo; g. Predicativo do sujeito. IRREGULARES DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS (pp. 29-31)
5.1. a. (A) "uma serenata"; (C) "maçãs"; (E) "o prémio"; (G) "os 1. [A] – [6]; [B] – [4]; [C] – [5].
livros"; (H) "que eras meu amigo"; b. (A) "à namorada"; (C) "à 2./2.1. a. V; b. F – Esta definiçã o refere-se ao processo por amál-
minha tia"; (E) "a quem provar que merece"; c. (D) "de ti"; (G) "na gama; c. V; d. F – Esta definição refere-se à extensã o semântica;
estante"; d. (B) "por mim"; (F) "pela polícia". e. F – Esta definiçã o refere-se ao empréstimo; f. F – Esta definição
5.2. (A) O estudante cantou-lha entusiasticamente. (C) O meu pai refere-se ao processo por acronímia.
e a minha mã e compraram-lhas aqui. (E) Dar-lho-ei. (G) Ele colo- 3.1. “biclas” (l. 3) – truncaçã o; “site” (l. 5) – empréstimo.
cou-os na estante cuidadosamente. (H) Afirmei-o. / Afirmei isso.
3.2. Neologismo.
6.1. a. (B); (H); (J); b. (A); (C); (D); (E); (F); c. (D); (G); (I); (K).
3.2.1. “Globo” e “nautas”.
6.1.1. a. (B) “mais competente para o cargo”; (H) “fantá stico”;
3.2.2. Metaforicamente, significará “os navegadores do globo”.
(J) “inocente”; b. (A) “da sala”; (C) “de organizar um evento para
angariar fundos”; (D) “da Inês”; (E) “de nada”; (F) “do Pedro”; 4.1. “lençolando” (l. 2); “verticaindo” (l. 4); “peixando” (l. 5); “humiu-
“de José Malhoa”; c. (D) “com a simplicidade da Inês”; (G) “com o dinhos” (l. 5) – neologismos.
resultado”; (I) “com o que aconteceu ao meu irmã o”; (K) “por nã o 4.1.1. “lençolando” – “lençol” (nome) + -ando (desinência verbal);
termos conseguido terminar o jogo no tempo estipulado”. “verticaindo” – “vertical” (adjetivo) + “caindo” (forma verbal);
6.2. (D). “peixando” – “peixe” (nome) + -ando (desinência verbal); “humiu-
dinhos” – “hú midos” (adjetivo) + “miudinhos” (diminutivo de
6.2.1. (D) complemento do adjetivo − “com a simplicidade da Inês”;
“miú dos” – adjetivo/nome).
complemento do nome – “da Inês”.
4.1.2. “lençolando” – verbo = transformando em lençol; “verti-
6.3. a. (A); b. (C); c. (F); d. (F); e. (D). caindo” – verbo = caindo na vertical; “peixando” – verbo = asseme-
6.4. (K). lhando(-se) a peixes; “humiudinhos” – adjetivo = molhadinhos.
5.1. “MEC” − acró nimo; “plataforma” − extensão semântica;
FICHA 4 – FRASE COMPLEXA – COORDENAÇÃO (p. 27)
“IRS” − sigla.
1. a. mas; b. ou … ou; c. por isso; d. Não … nem; e. pois; f. e; g. logo. 5.2. “MEC” − palavra formada através da junçã o de letras ou sílabas
1.1. a. coordenadas adversativas; b. coordenadas disjuntivas; de um grupo de palavras que se pronuncia como uma palavra só ;
c. coordenadas conclusivas; d. coordenadas copulativas; e. coor- “IRS” − palavra formada pelas iniciais de outras palavras, pronun-
denadas explicativas; f. coordenadas copulativas; g. coordenadas ciada de acordo com a designaçã o de cada letra.
conclusivas. 5.3. Possibilidade de resposta: A Maria atrasou-se e, quando che-
2.1. a. F; b. F; c. V; d. F; e. V; f. F. gou à plataforma, já o comboio partira.
3. a. No século XIV, todos os grupos sociais procuravam expandir-se 6.1. Arcaísmos.
em busca de uma nova vida, pois quer a Europa quer Portugal 6.2. a. Aférese, síncope e sinérese; b. Síncope e sinérese.
atravessavam uma grave crise. b. A Europa interessou-se pela 6.3.
descoberta do mar, mas Portugal foi pioneiro na política expan- A – Amigo, pois me deixais / E vos ides em outro lugar morar, […]
sionista. B – A dona que eu am’e tenho por senhor / Mostrai-ma, Deus,
se vos en prazer for, / senon, dai-me a morte.
FICHA 7 – CAMPO LEXICAL E CAMPO SEMÂNTICO (p. 32) 1. [A] – [10]; [B] – [6]; [C] – [5]; [D] – [2]; [E] – [3]; [F] – [8];
1.1. (C); 1.2. (A). [G] – [1]; [H] – [7].
2.1. (A); (C); (H). QUESTÃO DE AULA 4 – LUÍS DE CAMÕES
2.2. Campo semâ ntico de “mar” – (D); (F); (G); campo semâ ntico (pp. 41-44)
de “ilha” – (B); (E); (I).
GRUPO I
2.3. “mar” − (D); (F); “ilha” – (B); (I).
1.1. (D); 1.2. (A); 1.3. (B); 1.4. (C); 1.5. (D).
2.4.
2.1. (B); 2.2. (A); 2.3. (D); 2.4. (A); 2.5. (C); 2.6. (B).
(B) O Pedro não convive com ninguém; aquele miú do isola-se muito!
GRUPO II
(D) Por alturas do Natal, há uma multidão a fazer compras nos
centros comerciais. 1. Palavras divergentes.
(F) Em criança tudo é simples; quando crescemos, percebemos 2. a. Apó cope; b. Assimilaçã o; c. Sonorizaçã o + palatalização;
que a vida nã o é fácil. d. Aférese + sonorizaçã o; e. Reduçã o vocá lica.
(I) O Parque da Cidade é um espaço verde importante para os 3. [A] – [5]; [B] – [9]; [C] – [6]; [D] – [8]; [E] – [7]; [F] – [10];
habitantes do Porto. [G] – [3]; [H] – [2]; [I] – [4]; [J] – [1].
4. a. Complemento do nome; b. Predicativo do complemento
QUESTÕES DE AULA direto; c. Complemento oblíquo; d. Complemento do nome;
e. Complemento do adjetivo; f. Complemento agente da passiva;
QUESTÃO DE AULA 1 – POESIA TROVADORESCA (pp. 34-36) g. Complemento direto; h. Modificador do nome restritivo;
GRUPO I i. Predicativo do sujeito; j. Complemento do adjetivo;
1./1.1. a. F – Durante a Idade Média, a cultura cingia-se ao clero e a k. Modificador do nome apositivo.
poucos nobres; b. V; c. F – O galaico-português diz respeito à língua
utilizada na Península Ibérica entre os séculos XII e XIV; d. V; e. V; QUESTÃO DE AULA 5 – OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES
f. F – Os trovadores pertenciam à nobreza, compunham e tocavam (pp. 45-46)
os seus poemas, fazendo-se acompanhar por jograis e jogralesas; GRUPO I
g. V; h. V; i. F – Na cantiga de amor, o poeta assume uma atitude 1.1. (A); 1.2. (B); 1.3. (B); 1.4. (B); 1.5. (C); 1.6. (C); 1.7. (B).
de vassalagem perante a sua “senhor”; j. F – As cantigas de amigo
2. a. desprezo; b. fragilidade; c. perigos; d. Lamentaçõ es; e. gló ria;
têm origem autó ctone; k. V; l. V; m. F – A Natureza serve de
f. gente; g. D. Sebastião; h. naçã o; i. imortalidade; j. açã o.
cenário à manifestação da dor da donzela, mas é também muitas
vezes interlocutora e confidente; n. F – As cantigas de amor GRUPO II
exprimem, pela voz de um trovador masculino, o amor não 1.1. (A) Oração subordinada substantiva completiva; (B) Oração
correspondido; o. V. subordinada substantiva relativa; (C) Oração subordinada adverbial
2.1. (C); 2.2. (C); 2.3. (B); 2.4. (A); 2.5. (A); 2.6. (C); 2.7. (C); 2.8. final; (D) Oraçã o subordinada substantiva completiva; (E) Oração
(A); 2.9. (B); 2.10. (A). subordinada substantiva consecutiva; (F) Oraçã o subordinada
substantiva completiva.
GRUPO II
1.2. (A) Complemento direto; (B) Sujeito (simples); (D) Comple-
1. a. Predicativo do sujeito; b. Complemento oblíquo; c. Predicativo
mento direto; (F) Complemento direto; (G) Predicativo do
do complemento direto; d. Sujeito (composto); e. Complemento
complemento direto.
direto; f. Predicativo do sujeito; g. Modificador (do grupo verbal);
h. Modificador (de frase); i. Complemento agente da passiva; 1.3. (A) Conjunçã o subordinativa completiva; (C) Locuçã o subordi-
j. Complemento indireto. nativa final; (E) Conjunçã o subordinativa consecutiva.

QUESTÃO DE AULA 2 – CRÓNICA DE D. JOÃO I, DE FERNÃO LOPES QUESTÃO DE AULA 6 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA
(pp. 37-38) (pp. 47-49)
GRUPO I GRUPO I
1. a. D. Leonor Teles; b. Conde Andeiro; c. Rei de Castela; d. Á lvaro 1. a. naufrágios; b. Descobrimentos; c. Índia; d. cró nica; e. reporta-
Pais; e. D. João, Mestre de Avis; f. D. Nuno Á lvares Pereira; g. Povo. gem; f. V/quinto; g. antecedentes; h. partida; i. Santo António; j. em-
2. a. rei; b. D. Fernando; c. cerco; d. castelhanos; e. Aljubarrota; barcação; k. lutas; l. corsários; m. tormenta/tempestade; n. leme;
f. vitó ria; g. D. Joã o I; h. morte; i. Á lvaro Pais; j. castelhano; k. o. destruídos; p. mar; q. desumanidade; r. caravela; s. romaria;
nacio-nal; l. heró i/protagonista. t. salvaçã o.
GRUPO II 2. [A] – [3]; [B] – [9]; [C] – [4]; [D] – [1]; [E] – [11]; [F] – [16]; [G] – [6];
[H] – [14]; [I] – [10]; [J] – [17]; [K] – [12]; [L] – [7]; [M] – [2].
1. a. presente / indicativo / 3. a pessoa do singular; b. pretérito per-
feito simples / indicativo / 3. a pessoa do plural; c. presente / impe- GRUPO II
rativo / 2.a pessoa do singular; d. pretérito imperfeito / conjuntivo / 1. a. lexical; b. sinonímia; c. semântico; d. hipó nimos; e. hiperónimo;
3.a pessoa do singular; e. futuro simples / conjuntivo / 1.a pessoa
do singular + futuro simples / indicativo / 1.a pessoa do singular. f. antonímia; g. meró nimos; h. holó nimo.
QUESTÃO DE AULA 3 – GIL VICENTE (pp. 39-40) 2.1. a. “[d]a viagem”; b. “enormes dificuldades climatéricas”.
GRUPO I 2.2. a. “que ainda possuía” (C); b. “Quando a fome e a sede aperta-
vam” (C); c. “que assolaram a nau à partida” (B).
1. a. popularmente conhecido como o “pai” do teatro português (4);
b. um período de quase trinta e cinco anos (8); c. autos de morali- 2.3. Valor causal.
dade e farsas (10); d. No entanto (3); e. Ao contrário do que muitos 2.4. a. Derivaçã o por sufixaçã o; b. Derivaçã o por parassíntese;
pensam (9); f. De facto (7); g. e o facto de conhecer bem o seu pú blico c. Derivação por sufixaçã o.
(2); h. a essa ú ltima atividade (6); i. à s suas personagens-tipo (11); 2.5. a. Sujeito (simples); b. Complemento agente da passiva;
j. para a sátira social (12); k. o primeiro (13); l. a segunda (1); c. Complemento oblíquo.
m. Em suma (14); n. quinhentista (5); o. Idade Média (15).

GRUPO II
TESTES DE AVALIAÇÃO 4. O toque do sino alertava a população para uma situação de perigo;
quando este repicava, todos se dirigiam apressadamente para os
TESTE DE AVALIAÇÃO 1 – POESIA TROVADORESCA (pp. 53-56) seus postos.
GRUPO I 5. É evidente a união de todos na defesa da cidade, uma vez que,
1. Trata-se de uma cantiga de amor, e o tema é o sofrimento amo- quando o sino da Sé repicava – sinal de perigo iminente –, não
roso, a “coita” de amor, do trovador, que se lamenta da incerteza respondiam à chamada apenas os que estavam designados para
dos seus sentimentos – “ei no meu coraçom / coita d’amor qual defesa de determinados locais, “mas ainda as outras gentes da
vos ora direi” (vv. 3-4). cidade” (ll. 23-24), que, abandonando os seus ofícios, acorriam
2. Ao longo de toda a cantiga, o sujeito poético revela não perceber prontamente, munidas de armas, para combater os inimigos.
o que se passa consigo. Sente-se entre a vida e a morte (“Ora nom GRUPO II
moiro, nem vivo” – v. 1), completamente desconcertado (“nem sei / 1. (A); 2. (B); 3. (A); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (C).
como me vai, nem rem de mi” – vv. 1-2), sem saber o que fazer
8. Oração subordinada adverbial condicional.
(“Nom sei que faço, nem ei de fazer” – v. 7), mostrando não conse-
guir vislumbrar o que será o seu futuro (“Nom sei que é de mim, 9. Predicativo do sujeito.
nem que sera” – v. 13). O ú nico facto de que ele tem a certeza é de 10. Complemento direto.
estar a sofrer de tal forma por amor que sente estar a enlouquecer 11. “o mar”.
(“se nom / atanto que ei no meu coraçom / coita d’amor […] / tam 12. “Contudo, de todas as cidades coloniais portuguesas que visitei,
grande que me faz perder o sém” – vv. 2-5). é aquela que menos me recorda Portugal.”
3. A causa é o desnorte provocado pelo enorme sofrimento amoroso,
GRUPO III
do qual, contudo, a “senhor” não tem conhecimento.
A imagem retrata um conjunto de pessoas – três adultos e cinco
4. O recurso expressivo é a antítese, e a funcionalidade e hiper-
crianças – que se diria terem vivido uma situação problemática que
bolizar o sofrimento do sujeito lírico, que, de tã o grande, o leva a
as debilitou e abateu.
questionar-se sobre a sua condiçã o: apesar de não ter ainda morrido,
Do conjunto humano, destacam-se as crianças, que parecem ter
não tem vida.
sofrido privaçõ es várias, desde a falta de alimentos à ausência de
5. A composiçã o poética é composta por três coblas, constituídas
condiçõ es básicas de sobrevivência, já que são magras, estão andra-
por quadras e refrão; o esquema rimático é abbacc, logo, a rima josamente vestidas e revelam sofrimento nas expressõ es faciais.
é interpolada e emparelhada nas quadras e emparelhada no refrão. Os adultos, além de carregarem aquilo que parece ser o conjunto de
GRUPO II todos os seus bens, não parecem felizes. Ao observarmos a imagem
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (C); 5. (B); 6. (B); 7. (A). somos invadidos por sentimentos, simultaneamente, de comiseração,
tristeza e impotência.
8. Complemento oblíquo.
Dir-se-ia que esta imagem é perfeita para ilustrar o sofrimento
9. “Cabeça” de um país, isto é, a principal cidade. do povo lisboeta durante o cerco, causado pela falta de mantimentos
10. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva. e pelas doenças que se abateram sobre a cidade.
11. Determinante demonstrativo. [125 palavras]
12. Presente do indicativo. TESTE DE AVALIAÇÃO 3 – POESIA TROVADORESCA /
GRUPO III CRÓNICA DE D. JOÃO I (pp. 61-64)
Resposta de caráter pessoal. No entanto, o aluno deverá referir GRUPO I
os seguintes aspetos: A
− as cantigas de amigo têm origem autóctone; as cantigas de amor
1. [A] − [1]; [B] − [1]; [C] − [4]; [D] − [2]; [E] − [1]; [F] − [1]; [G] − [2];
são de influência provençal;
[H] − [3]; [I] − [1]; [J] − [2].
− nas cantigas de amigo, o sujeito de enunciação é uma donzela
e o objeto é o amigo; nas cantigas de amor, o sujeito de enunciação 2. a. D. Duarte; b. D. João I; c. documentos; d. histó ricos; e. fide-
é um trovador e o objeto é a sua “senhor”; dignas; f. Torre do Tombo; g. Lisboa; h. testemunhou; i. crónicas;
− as cantigas de amigo retratam um ambiente campestre, rural, j. fontes; k. linhagem; l. veracidade; m. descrição; n. coletivas;
familiar; as cantigas de amor retratam um ambiente palaciano; o. estilísticos; p. historiografia; q. retó ricas; r. personagens; s. direto;
− nas cantigas de amigo, a figura feminina é um ser de cariz popular, t. visual.
terrestre; nas cantigas de amor, trata-se de uma figura da aristo- B
cracia idealizada, divinizada e inatingível; 3. Trata-se de uma cantiga de amigo, já que o sujeito lírico é uma
− nas cantigas de amigo, a figura masculina é o apaixonado, geral- donzela, que manifesta, através da dança, a sua alegria por estar
mente ausente ou mentiroso; nas cantigas de amor, o homem apaixonada. A cantiga é também paralelística e apresenta um refrão.
apresenta-se como um vassalo, sofredor e submisso. 4. A donzela está manifestamente feliz, revelando até uma certa
TESTE DE AVALIAÇÃO 2 – CRÓNICA DE D. JOÃO I, euforia (“Eno sagrado, em Vigo, / bailava corpo velido” – vv. 1-2)
DE FERNÃO LOPES (pp. 57-60) por estar, pela primeira vez, apaixonada e certamente ser corres-
pondida, o que pode ser comprovado no refrão – “Amor ei!”.
GRUPO I
5. Com a expressão “dae ao demo esses Paaços” (l. 4), o povo
1. Mostrar como se encontrava a cidade durante o cerco; expor o aconselha o Mestre de Avis a abandonar aquele espaço maldito,
modo esforçado e corajoso como o Mestre e o povo a defendiam. que estava associado à rainha Dona Leonor. Com efeito, o povo não
2. Muitos populares ficaram ao lado do Mestre e trataram de arranjar gostava da monarca.
modos e meios para se defenderem e manterem. No entanto, outros
partiram em direção a Setú bal e a Palmela e outros ainda coloca-
ram-se ao lado do rei de Castela, refugiando-se em vilas que estavam
ao lado dos castelhanos.
3. Os que se mantiveram e aqueles que para aí se deslocaram
preocuparam-se, primeiramente, em recolher o maior nú mero
possível de mantimentos; depois, centraram a sua atençã o na
proteçã o da cidade, fortificando os muros e a sua guarda.
6. Depois de sair do palá cio, o Mestre dirigiu-se aos paços do 8. Derivação por prefixaçã o.
Almirante para cear com o Conde D. João Afonso, irmão da rainha, 9. Nome.
sendo aclamado em todas as ruas por onde passava. 10. “o processo de emancipaçã o das mulheres portuguesas”.
7. O Conde recebeu o Mestre de forma efusiva, abraçando-o. Como 11. dar-lhe-á .
forma de agradecer o ato de coragem que este tinha revelado,
12. Campo lexical.
o Conde convidou-o para comer.
GRUPO III
GRUPO II
Resposta de cará ter pessoal. No entanto, o aluno deve/pode
1. a. Complemento agente da passiva; modificador (grupo verbal);
referir:
b. Complemento do nome; sujeito (simples); complemento direto.
• Introduçã o – a evoluçã o das mentalidades e das liberdades.
2. a. Crase; b. Sinérese.
• Desenvolvimento:
3. a. A donzela está saudosa do seu amigo, que partira entretanto
para o fossado. b. Se a dama corresponder/correspondesse ao − a Declaraçã o dos Direitos Universais do Homem;
amor do sujeito lírico, este ficara/ficaria muito feliz. − o papel da educaçã o na construçã o de oportunidades iguais
4. a. as quais; b. por que. para os dois géneros;
− as atividades profissionais, tipicamente consideradas “mascu-
GRUPO III
linas” no passado (século XIX, por exemplo), que agora sã o
Fernão Lopes nasceu em finais do século XIV. Cronista ao ser- desempenhadas por mulheres (medicina, direito, chefes de
viço da corte portuguesa a partir do reinado de D. Duarte, foi empresas, líderes políticos...);
incumbido de redigir a Crónica de D. João I para legitimar a
− outros aspetos.
ascensão da dinastia de Avis ao trono português.
E assim o fez. • Conclusão – fecho do texto, evidenciando a importância da mulher
Morrendo D. Fernando, dá -se uma crise diná stica, o que impli- na construçã o de uma sociedade justa.
cava que Dona Leonor Teles, sua mulher e avó de um futuro rei TESTE DE AVALIAÇÃO 5 – RIMAS, DE LUÍS DE CAMÕES (pp. 68-71)
ainda por nascer, assumisse a regência do reino.
GRUPO I
Isto não agradava a alguns burgueses e nobres, nem ao povo
português, por isso trataram de encontrar uma alternativa − o Mes- 1. Trata-se de uma redondilha. Nesta composição, todos os versos
tre de Avis (filho bastardo de D. Pedro), que será o primeiro rei da são em redondilha maior – “Cam/pos / bem-/-a/ven/tu/ra/(dos)” –,
Segunda Dinastia. Foi ele quem, apoiado por Á lvaro Pais (peça fun- estando distribuídos por cinco estrofes – um mote de quatro versos
damental nesta revoluçã o), assassinou o conde Andeiro (amante (quadra) e quatro glosas (voltas) de dez versos (décimas).
da rainha Dona Leonor) e deu início à crise de 1383-85. Sempre 2. O sujeito poético encontra-se em grande sofrimento, como se com-
caracterizado como um líder escolhido pelo povo, o Mestre organi- prova nas seguintes expressõ es textuais: “agora venho a temer / que
zou a defesa da cidade de Lisboa, aquando do cerco castelhano, e entristeçais em me vendo” (vv. 4-5); “dos olhos desesperados, / não
lutou contra as tropas invasoras na famosa batalha de Aljubarrota. quero que me vejais” (vv. 7-8). Pelo contrário, a Natureza
De facto, Fernão Lopes soube contar estes feitos, com viva- personificada é alegre (“Campos cheios de prazer” – v. 1), viva, fresca
cidade e verdade, de modo a legitimar a pretensão do Mestre ao (“vó s que estais reverdecendo” – v. 2) e, por isso, repleta de felicidade
trono português. [195 palavras] (“sempre sejais / campos, bem-aventurados” – vv. 9-10).
3. O “eu” lírico pede aos arvoredos alegres, que foram testemunhas
TESTE DE AVALIAÇÃO 4 – FARSA DE INÊS PEREIRA,
da sua felicidade passada, que se tornem tristes, se o querem ver
DE GIL VICENTE (pp. 65-67)
alegre. Com isto, o sujeito lírico quer dizer que a felicidade presente
GRUPO I nessa Natureza, sua confidente, ainda o magoa mais, pois lembra-lhe
1. Este excerto pertence à segunda parte da farsa vicentina: Inês já permanentemente o seu passado feliz.
enviuvou de Brás da Mata e está prestes a casar com Pero Marques, 4. O motivo do sofrimento do sujeito poético é o amor que o atingiu,
concretizando-se assim o provérbio que é argumento da obra: e que é caracterizado como sendo falso – “Já me vistes ledo ser, /
“mais vale asno que me carregue que cavalo que me derrube”. mas despois que o falso Amor / tã o triste me fez viver, / ledos
2. Inês aceita o lavrador, uma vez que este gosta dela (“quem se folgo de vos ver” (vv. 21-24); “Se perguntais, verdes prados, / pelos
tenha por ditoso / de cada vez que me veja” – vv. 3-4). Além tempos diferentes / que de Amor me foram dados, / tristes, aqui
disso, procedendo de forma ajuizada, prefere um “asno”, isto é, sã o presentes, / alegres, já são passados” (vv. 36-40).
uma pessoa de condição social inferior, com pouca cultura e de 5. O tema da mudança está , de facto, presente ao longo do poema,
maneiras rudes, a alguém com modos corteses (“cavalo”), mas que e é particularmente evidente na ú ltima estrofe (glosa). Aqui, o “eu”
a maltrata. refere que a mutaçã o na Natureza é positiva, pois “se muda o mal
3. A metáfora “Antes lebre que leã o” (v. 8) significa, neste contexto, para o bem” (v. 34), o que contrasta com a vida do sujeito lírico,
que Inês, em vez de querer alguém vistoso, galante, mas dominador cujo mal muda “para mor mal” (v. 35), ou seja, para ainda pior.
(o leão é um predador), prefere a “presa”, alguém menos tirano.
GRUPO II
Com a expressã o “antes lavrador que Nero” (v. 9), Inês reforça a
metáfora anterior e refere o estatuto de Pero Marques (lavrador), 1. (C); 2. (C); 3. (A); 4. (A); 5. (B); 6. (C); 7. (B).
opondo-o a Nero, imperador romano, famoso pelas suas atroci- 8. Complemento agente da passiva.
dades (assemelhando-se, por isso, ao Escudeiro). 9. Derivação por prefixaçã o.
4. Pero Marques revela, à semelhança do “asno”, o seu caráter 10. “a noradrenalina”.
dó cil. Ele é ingénuo e respeitador da sua noiva (nã o a quer abraçar
em pú blico). Revela ter pouca memó ria, o que sugere uma inteli-
gência inferior à do “cavalo” e, por isso, mais pró xima da do “asno”.
É dedicado à sua Inês, prometendo-lhe fidelidade, o que se pode
confirmar nos versos 27 e 28. Enfim, ele submete-se, como o asno,
à sua mulher, à sua dona.
5. Nos versos parentéticos, em aparte, Inês desvaloriza o com-
portamento de Pero Marques, que se mostra emocionado com
o casamento e relutante em abraçar a mulher.
GRUPO II
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).
11. Oração subordinada substantiva completiva. preciosos, o cará ter excecional da mulher descrita (fisicamente).
12. “se durarem tempo demais”. Os “rubis” permitem-nos imaginar os seus lábios vermelhos e as
“perlas” a brancura e a perfeiçã o dos seus dentes. Entre estes
GRUPO III dois elementos físicos sobressai uma característica psicoló gica
Na lírica camoniana, o amor é sempre vivido pelo sujeito poé- da dama: a sua doçura, a sua meiguice – “entre rubis e perlas
tico de forma dolorosa e relaciona-se frequentemente com a vida doce riso” (v. 3).
pessoal de Camõ es.
GRUPO II
O amor é caracterizado como um sentimento paradoxal,
que gera estados de espírito contraditó rios (“dó i e nã o se sente”; 1. a. Modificador do nome apositivo; b. Complemento agente da
“e um contentamento descontente”), em grande parte provocados passiva; c. Predicativo do sujeito; d. Predicativo do complemento
também pela divinizaçã o da amada, mulher descrita em muitos direto; e. Complemento oblíquo.
poemas à maneira petrarquista. É difícil amar uma mulher perfeita 2. a. Camõ es escreve sonetos que nos maravilham (que são
quer física quer psicologicamente, porque se torna inatingível. maravi-lhosos). b. Nas rimas que lemos (que foram lidas) em aula
Na descrição da mulher, Camõ es evoca elementos da Natureza predo-mina um lirismo inigualá vel.
que lhe conferem beleza física e dons espirituais, divinizando-a: 3. a. Camõ es foi obrigado a partir para a Índia, porque se en-
as faces são rosas; os cabelos, ouro; os dentes, pérolas; as mã os, volveu em situaçõ es complicadas. b. Quando Camõ es chegou
prata; os olhos (o olhar), luz. A Natureza também surge na poesia à Índia, aí descobriu que as fraquezas humanas eram iguais
camoniana como pano de fundo dos encontros e da separaçã o dos à s dos europeus.
dois amantes, funcionando como testemunha do sofrimento causa- 4. a. há; b. vivência.
do pela ausência da amada ou como confidente do sujeito poético,
que dialoga com ela, para esbater a dor e a solidão. GRUPO III
Enfim, ler a poesia amorosa de Camõ es é revermos as nossas Resposta de caráter pessoal.
pró prias experiências e a nossa dor. [175 palavras]
TESTE DE AVALIAÇÃO 7 – OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES
TESTE DE AVALIAÇÃO 6 – FARSA DE INÊS PEREIRA / RIMAS (pp. 76-78)
(pp. 72-75) GRUPO I
GRUPO I 1. Os navegadores sã o merecedores desta ilha, já que ela
A representa o prémio pelos feitos grandiosos e pela coragem que
1. [A] − [9]; [B] − [4]; [C] − [6]; [D] − [1]; [E] − [3]; [F] − [2]; [G] − [7]; os marinheiros demonstraram ao longo da viagem ate à Índia
[H] − [5]; [I] − [11]; [J] − [8]. (“Os trabalhos tã o longos compensando” – est. 88, v. 4).
2. a. Monólogo do vaqueiro; b. 1502; c. Leonor; d. D. Manuel; 2. A ilha é ficcionada, porque se trata de um local habitado por
e. reinado; f. rei; g. cinquenta; h. publicadas; i. sociedade; j. rir. deusas (“Que as Ninfas do Oceano, tã o fermosas” – est. 89, v. 1)
B e porque é descrita como “pintada” (est. 89, v. 2), o que lhe confere
um cará ter imaginá rio.
3. O escudeiro Brás da Mata é um ditador, que impõ e o poder sobre
Inês. Tal pode ser comprovado em versos como “Vó s não haveis 3. O poeta reflete sobre os caminhos que conduzem à imortali-
de mandar / em casa somente um pelo.” (vv. 37-38). É um marido dade (“Pelo trabalho imenso que se chama / Caminho da virtude,
controlador, que impede a sua mulher de sair à rua, de falar com alto e fragoso” – est. 90, vv. 6-7) e sobre a simbologia da ilha, atri-
as outras pessoas e até de se pô r à janela, nã o vá o seu “tisouro” buindo-lhe um significado alegó rico, pois ela representa o prémio,
fugir (Inês era a sua fonte de rendimento). Estes aspetos podem o reconhecimento que merecem aqueles que, como os navegadores
comprovar-se nos seguintes versos: “Vó s nã o haveis de falar / com portugueses, lutaram para alcançar os seus objetivos (“Os triunfos,
homem, nem mulher que seja / nem somente ir à igreja / nã o vos a fronte coroada / De palma e louro, a gló ria e maravilha, / Estes
quero eu leixar. / Já vos preguei as janelas, / por que vos nã o po- sã o os deleites desta Ilha.” – est. 89, vv. 6-8).
nhais nelas. / Estareis aqui encerrada” (vv. 19-25); “Nã o sois vó s, 4. Adjetivaçã o: “alto e fragoso” – que evidencia as dificuldades do
mulher, meu ouro?” (v. 35). caminho que conduz à virtude; “doce, alegre e deleitoso” – que
4. O Escudeiro utiliza essas três interrogaçõ es retó ricas pois aper- evidencia as recompensas que se obtêm apó s a conquista de um
cebe-se do desagrado de Inês e, cinicamente, através da ironia, im- objetivo. Antítese: “alto e fragoso”, que se opõ e a “doce, alegre
puta-lhe a responsabilidade (culpa) da sua situaçã o, porque, afinal, e deleitoso” – o contraste entre as dificuldades encontradas no
ela colheu o que semeou, ou seja, ela é que procurou a “descriçã o” caminho e a recompensa final servem para evidenciar que só se
(v. 30), e ele ofereceu-lha, isolando-a de todos. Justifica também a obtém a imortalidade pelo esforço e por uma conduta correta.
sua atitude dizendo que ela é o seu “ouro” (v. 35) e, por isso, deve 5. A enumeraçã o apresenta as divindades e outros heró is, como
estar bem guardada. Com isto, Brá s da Mata acaba por admitir Eneias ou Ró mulo, que, pelos seus feitos, se distanciaram do
que ela é o seu sustento, uma vez que ele não tinha qualquer fonte comum humano e atingiram o estatuto de deuses. O poeta pre-
de rendimento. tende mostrar que também os homens podem atingir este esta-
5. A composiçã o poética é um soneto, visto que apresenta catorze tuto, ou seja, tornarem-se imortais pela grandeza dos seus feitos.
versos decassilábicos, distribuídos por duas quadras e dois terce- GRUPO II
tos. Este soneto apresenta o esquema rimá tico abba abba cde cde, 1. (B); 2. (C); 3. (C); 4. (B); 5. (C); 6. (A); 7. (B).
com rima interpolada e emparelhada.
8. Complemento oblíquo.
6. A figura feminina descrita no soneto é a típica mulher petrar-
9. “[n]uma obra de génio”.
quista e, por isso, apresenta a cor de pele e os cabelos claros,
estando com as faces coradas (“debaixo d’ouro e neve, cor de 10. Pretérito perfeito do indicativo.
rosa” – v. 4). Tem os olhos claros e luminosos e um sorriso meigo 11. Pronome demonstrativo.
(“entre rubis e perlas doce riso” – v. 3). Mostra-se serena, provo- 12. Oraçã o subordinada adverbial final.
cando uma ligeira sensação de prazer/desejo no sujeito poético,
como se pode verificar logo no primeiro verso – “Leda serenidade
deleitosa”. Além destas características, ela também é descrita
como sendo ajuizada, formosa e superior (“presença moderada
e graciosa, / onde ensinando estão despejo e siso / […] ser fer-
mosa” – vv. 5-8). Enfim, “representa em terra um paraíso” (v. 2).
7. Na expressão está presente uma metá fora, com a qual o sujeito
poético pretende realçar, através do recurso a elementos naturais
GRUPO III TESTE DE AVALIAÇÃO 9 – OS LUSÍADAS /
Os Lusíadas, de Luís de Camõ es, é um texto épico, publicado HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 82-84)
em 1572, que tem como ação central a viagem de Vasco da Gama GRUPO I
à Índia. A par deste acontecimento, o poeta narra a Histó ria de Por- A
tugal, associando, de forma genial, feitos histó ricos e feitos imagi- 1. [A] − [12]; [B] − [3]; [C] − [1]; [D] − [5]; [E] − [2]; [F] − [6]; [G] − [7];
nários, estes ú ltimos representados no plano mitoló gico do poema. [H] − [8]; [I] − [10]; [J] − [9].
A obra é considerada a “Bíblia da Pá tria”, pois nela se faz o
2. a. épico; b. dez; c. Proposiçã o; d. Dedicató ria; e. Viagem;
retrato de um povo que deu novos mundos ao mundo. É a nossa
f. Mitoló gico; g. narrativo; h. reflexõ es; i. autobiográfico;
epopeia, o livro que nos identifica enquanto naçã o e que supera
j. desprezo.
textos como a Eneida ou a Odisseia porque parte de um facto
real. O heró i é o povo português, que ultrapassou as adversidades B
e atingiu a imortalidade, representada no episó dio da Ilha dos 3. Esta estâ ncia insere-se no plano da Viagem, uma vez que des-
Amores, no encontro entre ninfas e marinheiros. creve a chegada dos marinheiros a Portugal, com tempo favorável
Uma obra belíssima que enaltece a pátria e, por isso, deve ser (“Entraram pela foz do Tejo ameno”), glorificando o Rei e a Pá tria
lida e estudada por todos os portugueses. [150 palavras] (“E à sua pá tria e Rei temido e amado / O prémio e gló ria dã o por
que mandou”).
TESTE DE AVALIAÇÃO 8 – HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA (pp. 79-81)
4. Nos quatro primeiros versos da estâ ncia 145, o Poeta lamenta
GRUPO I que os portugueses nã o deem o devido valor ao seu canto, definin-
1. As consequências da tempestade verificam-se na improvisaçã o do-os como gente “surda e endurecida”. Invoca a Musa, dando-lhe
de partes da embarcação, devido à sua destruiçã o (“trataram logo conta do seu estado de cansaço e de desilusã o face à atitude dos
de improvisar um mastro e armaram nele uma velazinha” – l. 3) seus compatriotas.
e na falta de bens essenciais (“já não tinham á gua, nem vinho, 5. Este excerto insere-se no momento do retorno à Pá tria, já que
nem mantimento algum” – ll. 7-8). há referências ao desembarque em Belém, à s açõ es de agradeci-
2. Jorge de Albuquerque Coelho argumenta que os franceses pode- mento divino pelo regresso (“Desembarcou em Belém com alguns
riam matar todos os portugueses, se vissem os seus compatriotas companheiros, e dirigiu-se em romaria a Nossa Senhora da Luz,
mortos, e que eles lhes poderiam valer na miséria em que se encon- pelo caminho de Nossa Senhora da Ajuda” – ll. 2-3), bem como ao
travam apó s a tempestade. diá logo com portugueses que recebem a tripulaçã o (“Saudou-os
3. Jorge de Albuquerque Coelho não aceita partir com os franceses entã o D. Jeró nimo de Moura” – ll. 6-7).
pois não queria abandonar a tripulaçã o, sobretudo considerando 6. A tripulaçã o dirige-se em romaria à Nossa Senhora da Luz com
o estado deplorá vel em que aquela se encontrava. o objetivo de orar e de agradecer a proteção divina que lhe permi-
4. O capitão da Santo António revela-se um homem prudente, tiu o regresso à metró pole, apesar de todas as atribulaçõ es por
refreando o ímpeto da tripulação, que queria matar os franceses que passou durante a viagem.
que iam a bordo (“Jorge de Albuquerque dissuadiu-os disso” – ll. 4-5), 7. D. Jeró nimo de Moura nã o reconheceu o seu primo Jorge de
e um líder altruísta, nã o abandonando a tripulação, apesar da Albuquerque devido aos trabalhos por que este passou ao longo
proposta tentadora dos corsários (“Jorge de Albuquerque agrade- da viagem, que o tornaram irreconhecível (envelhecido), apesar
ceu-lhes muito: mas que muito mais lhes agradeceria se quisessem de ter passado apenas um ano desde que se viram pela ú ltima vez.
levá -los a todos eles, pois jamais desampararia a sua gente, e em tal
GRUPO II
transe.” – ll. 14-16).
1. a. Modificador (do grupo verbal); b. Complemento direto;
5. Os franceses decidiram partir quando o tempo ficou mais calmo,
c. Predicativo do complemento direto; d. Complemento do nome;
saqueando a nau, já que era esse o seu objetivo, e despojando-a
predicativo do sujeito.
de tudo o que a tempestade nã o tinha destruído. Esta atitude era
comum em ataques de corsários. 2. a. “embarcaçõ es” – hiperó nimo; “caravela”, “barca” – hipó nimos;
b. “dia”, “noite” – antó nimos/relaçã o de antonímia.
GRUPO II
3. a. Embora os portugueses soubessem dos perigos que enfrenta-
1. (B); 2. (A); 3. (C); 4. (B); 5. (A); 6. (B); 7. (C). vam, muitos partiram para a Índia em busca de riqueza. b. Camõ es
8. Complemento direto. escreveu Os Lusíadas para que os feitos dos portugueses fossem
9. Oraçã o subordinada adverbial causal. imortalizados.
10. “nó s, os portugueses”. 4. a. chegaram; b. viajem.
11. Hiponímia/hiperonímia. GRUPO III
12. Verbo transitivo direto e indireto. Os Lusíadas e a História trágico-marítima sã o obras que têm
GRUPO III em comum o relato de viagens no tempo em que os Portugueses
se aventuravam por mar em busca de novas terras. Na primeira,
Os Descobrimentos portugueses correspondem a uma época
é relatada a descoberta do caminho marítimo para a Índia, liderada
gloriosa da histó ria lusa, que levou este povo à beira-mar plantado
por Vasco da Gama, heró i imortalizado na epopeia camoniana.
aos quatro cantos do mundo, espalhando a língua, a cultura e a
Na segunda, no capítulo V, sã o narradas as aventuras e desventuras
religião.
da nau Santo António, comandada por Jorge de Albuquerque,
Foram tempos áureos, que notabilizaram os Portugueses e os
que parte do Brasil rumo à metró pole.
tornaram um grande povo, conhecido pelo seu espírito descobri-
Durante a viagem, os dois heró is enfrentam diversos perigos:
dor. E Camõ es imortalizou os navegadores na sua epopeia.
reais, nas duas obras, como a tempestade, e mais fantasiados
No entanto, todas as grandes empresas têm os seus riscos e os
n’Os Lusíadas, concretizados pelo Adamastor, símbolo de todos
seus perigos. A expansã o marítima portuguesa levou à morte de
os medos.
muitas pessoas que se aventuraram nas rotas da Índia e do Brasil, e
muitas riquezas se perderam devido aos naufrágios e ao ataque de
corsários, factos registados, por exemplo, nos relatos da História
trágico-marítima.
Em suma, tanto numa vertente gloriosa como numa vertente
mais trágica, os Descobrimentos representam, de facto, uma época
grandiosa que merece ser recordada. [137 palavras]
As duas viagens têm, no entanto, um final feliz, pois em ambas
a tripulaçã o regressa, cansada mas consciente do dever cumprido. O físico:
Pelo caráter épico de Os Lusíadas e por um relato mais
1. a. O físico; b. Philipp Stö lzl; c. Tom Payne (Rob Cole); Stellan
“jornalístico” da História trágico-marítima, o regresso é apoteó tico
Skarsgard (barbeiro Bader); Ben Kingsley (Ibn Sina); Emma
na epopeia e mais atribulado e menos imponente, no caso da nau
Rigby (Rebecca); Olivier Martinez (Shah Ala ad-Daula); d. Drama,
Santo António. [162 palavras]
romance histó rico; e. 9 de outubro de 2014 (Portugal); f. Prémio
do Cinema Alemã o: Melhor Fotografia.
GUIÕES DE VISIONAMENTO DE FILMES
2. Em pleno século XI, ainda criança, Rob J. Cole, um rapazinho
GUIÃO 1 – ROBIN HOOD (p. 86) pobre, vê a sua mã e morrer devido à “doença do lado”, sendo
1. [A] – [4]; [B] – [2]; [C] – [6]; [D] – [1]; [E] – [10]; [F] – [8]; separado dos irmãos. O menino, dotado de um poder extraordi-
[G] – [11]; [H] – [9]; [I] – [5]; [J] – [7]; [K] – [3]. ná rio que oculta de todos (quando toca num corpo, percebe se
a pessoa está doente e se vai morrer em breve), cresce sob os
2. a. 2010; b. Ridley Scott; c. Brian Helgeland; d. Russell Crowe;
cuidados de Bader, um barbeiro-cirurgiã o itinerante, que promete,
e. Douglas Hodge; f. Max von Sydow; g. Cate Blanchett.
nas populaçõ es que visita, curar doenças. À medida que cresce,
3. As cruzadas; as guerras políticas entre a França (os normandos) Rob acumula os poucos e limitados conhecimentos de Bader.
e Inglaterra (os barõ es do Norte, os anglo-saxõ es); o abandono Mas ele quer saber mais. Quando Bader é operado aos olhos, em
das terras agrícolas, provocado pela recruta excessiva de jovens Londres, por um sá bio judeu, Rob descobre que, na Pérsia, há um
e de homens válidos para as diversas guerras; a sociedade feudal médico famoso, responsável por administrar um hospital e ensi-
hierarquizada (senhores/vassalos); a sobre-exploração do povo nar outros jovens médicos. Para aprender com ele, Rob, fazendo-se
através da coleta excessiva de impostos. passar por judeu, faz uma longa viagem rumo à Pérsia, onde
GUIÃO 2 – REINO DOS CÉUS (e/ou) O FÍSICO (p. 87) se apaixona e cumpre o seu destino – tornar-se um grande físico
(médico). Acaba por regressar a Inglaterra, fundando, em Londres,
Reino dos céus: um hospital que segue as normas de higiene e as técnicas que
1. a. Reino dos céus; b. Ridley Scott; c. Orlando Bloom (Balian aprendeu em Isfahan.
de Ibelin); Eva Green (Sibylla); Liam Neeson (Godfrey de Ibelin); 3. Europa, Inglaterra – Rob acompanha, de localidade em locali-
Jeremy Irons (Tiberias); Edward Norton (Rei Balduíno IV); Ghassan dade, o seu “mestre” Bader e aprende com ele os parcos conheci-
Massoud (Saladino); d. Drama, romance histórico; e. 5 de maio mentos científicos conhecidos no mundo cristã o.
de 2005 (Portugal); f. Prémio do Cinema Europeu: Prémio do Pú blico Londres – Rob descobre outras formas de medicina e ouve um
de Melhor Ator; Satellite Award de Melhor Banda Sonora. cirurgiã o judeu falar de um grande físico persa, com quem decide
2. Balian, um jovem ferreiro, é, no ano de 1186, um homem comum aprender.
com uma consciência extraordiná ria, que se torna cavaleiro e inicia Á sia, Pérsia, Isfahan – Rob estuda medicina com Ibn Sina (o seu
uma jornada em busca da paz e de um mundo melhor. Mortificado grande mestre), descobre a causa da peste, salva o sultão – que
com as mortes da sua mulher e do seu filho, Balian é procurado sofre do coração (a mesma doença da sua falecida mã e) –, apai-
por Godfrey de Ibelin, um conceituado nobre do reino de Jeru- xona-se por Rebecca, entra em conflito com estudantes á rabes,
salém, profundamente comprometido em manter a paz na Terra faz a sua primeira autó psia à s escondidas.
Santa. Quando Godfrey lhe confessa ser seu pai, o jovem ferreiro 4. As condiçõ es de vida do povo na Idade Média; duas medicinas
une-se a ele na sua sagrada missã o. Apó s a morte prematura do em confronto: a ocidental e a oriental; o dogmatismo religioso em
pai, herda o seu pró prio feudo e um título em Jerusalém, uma oposiçã o ao avanço científico; a peste que dizimava populaçõ es;
cidade onde cristã os, muçulmanos e judeus se esforçam por coe- o conflito religioso (á rabes, judeus e cristãos) nos dois continen-
xistir pacificamente. Nesta terra nova e estranha, Balian torna-se tes: Europa e Á sia.
entã o um verdadeiro heró i, um honrado cavaleiro que protege
5. O físico é um filme com um ritmo um pouco lento no início,
o seu povo de todas as forças opressivas.
mas que nos transporta facilmente para a época medieval e nos
3. França – Balian é ferreiro e perde a mulher e o filho; mata o revela o quanto o mundo ocidental, em termos de conhecimento
irmão e decide seguir o pai até Jerusalém em busca de redençã o. científico, estava aquém dos universos árabe e judeu. Excelente
Jerusalém – cidade santa de três religiões, controlada pelos testemunho das condiçõ es de vida das comunidades europeias,
cristãos, centro de poder, é cercada no final do filme e defendida árabes e judaicas, é um exemplo de que vale a pena sempre
sagaz e inteligentemente por Balian. lutar pelos nossos sonhos, mesmo que os obstáculos pareçam
Hattim – local onde decorre a batalha que se revela desastrosa inultrapassáveis.
para os cristãos, comandados por Guy de Lusignan.
4. Estratificação social rígida; a importância das cruzadas e da
Ordem dos Templários; os valores cristã os e a “ameaça” muçul-
mana; o ideal de cavalaria.
5. “Reino dos céus é um épico monumental cuja ação começa em
1186, num breve período de tréguas entre cristã os, muçulmanos
e judeus, entre as 2.a e 3.a Cruzadas. Como fizera em Gladiador, para
protagonizar a histó ria, o realizador escolheu um homem comum
que ascendeu à condição de heró i e que toma por missã o prote-
ger o povo, com o risco de perder a sua vida. Balian é um jovem
ferreiro, amargurado pela morte prematura do seu filho e pelo
suicídio da sua mulher; é um homem em risco de perder a sua fé.
Um dia é procurado por Godfrey de Ibelin, um conceituado nobre
de Jerusalém, a Terra Santa, onde luta para manter a paz. […]”
(adaptado a partir de: http://cine7.blogspot.pt, consultado em junho de 2017)

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