Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
É bem provável que no dia da prova você receba um caderno de respostas e a banca
ainda terá que se reunir para confeccionar as perguntas. O aluno terá que aguardar essa
confecção no dia da prova (29/05/2010), a partir o horário de chegada, que está previsto para a
parte da manha, mas o aluno somente terá conhecimento das questões quase 5 (cinco) horas
depois. Será um atraso longo, pois, para essa prova o número dos inscritos já passou dos 3.000.
É provável que tenhamos questões mais elaboradas e práticas, sendo certo que o
aluno, na primeira prova, tem somente até 10 (dez) linhas para apresentar sua resposta. Se existe
um espaço de 10 linhas, isso não significa que você obrigatoriamente deve usar esse espaço todo,
pois há questões que quanto mais se escreve, mais se aumenta a chance de errar. Se faça
mentalmente a seguinte pergunta: eu acho que já respondi a proposta em 5 linhas? Se a resposta
for positiva, não é preciso que se escreva mais, deixe a sobra, não queira “encher lingüiça”, pois
o aluno pode enveredar por um caminho errado.
Outra coisa, não rasure o caderno de questões, não criem espaços que não existem,
não tracem linhas. Ademais, se na língua portuguesa foi criado o parágrafo, não comece a
responder colado na margem, use o parágrafo, pois, caso contrário, já se está violando a norma
portuguesa. Não existe isso economia. Seja articulado, use parágrafos, articulação das idéias,
separando-as para que haja a inconização da linguagem. A resposta tem que estar de forma
didaticamente apresentada e clara.
O concurso é, na primeira fase, sem consulta, mas nem por isso o aluno está
dispensado da fundamentação. Apresente uma fundamentação genérica, mas se a prova
possibilitar consulta, com certeza, essa fundamentação será mais específica. Vou lhes dar um
exemplo – questão: Pode o Defensor Público, na defesa das prerrogativas do Órgão, impetrar
Mandado de Segurança? Exemplo de resposta: De acordo com a determinação prevista na Lei
Orgânica Nacional, recentemente alterada, mas se o aluno não se recorda o artigo específico, não
tem problema, pois a prova é sem consulta. Apresente sempre a fundamentação genérica – aqui,
nesse caso, a Lei Orgânica, pois você deve apresentar a origem da sua resposta, que estará quase
sempre em alguma norma legal e jurisprudência (STJ, STF e TJ/RJ).
Caso o aluno for usa fundamentação baseada em súmulas dos Tribunais, mas não se
recorda de qual Tribunal ou o número da súmula, não tenha essa preocupação, coloque
“conforme entendimento dos tribunais”.
Após essas breves considerações, vamos às questões, mas façam da seguinte forma,
leiam, respondam em aproximadamente 1(um) minuto, antes de eu apresentar a solução:
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
2
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
Em relação ao art. 178, inciso I, alínea “g”, que fixa a estabilidade dos
defensores a partir de dois anos, ela julgou prejudicado porque a
Constituição (norma de parâmetro) mudou, e agora esse prazo é de três
anos. Mas, a parte final, quando se fixa que o defensor “não perderá o
cargo, senão por sentença judicial transitada em julgado”, a relatora
julgou o pedido procedente por afronta ao art. 41, parágrafo 1º, inciso II,
da Constituição Federal, que estabelece que o servidor também pode
perder o cargo mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa.
Já em relação ao art. 178, inciso IV, alínea “a”, que estabelece como
prerrogativa do defensor público poder requisitar
administrativamente de autoridade pública e dos seus agentes ou de
entidade particular certidões, exames, perícias, vistorias, diligências,
processos, documentos, informações, esclarecimentos, providências
necessárias ao exercício de suas atribuições, a ministra Cármen
Lúcia encaminhou a votação no sentido de julgar procedente apenas
a expressão “ou de entidade particular” e dar interpretação
conforme ao que ficaria em relação à autoridade pública.
Em relação ao art. 178, inciso IV, alínea “b”, que se refere à comunicação
pessoal e reservada com o preso, e alínea “c”, sobre livre trânsito aos
órgãos públicos, o Plenário julgou improcedentes ambos os pedidos,
considerando que estão de acordo com a Lei Complementar 80 e o
Estatuto dos Advogados.
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
4
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
A Lei Complementar 80/94, que é a Lei Orgânica Nacional da Defensoria, que sofreu
várias alterações, no ano de 1994, no art. 128, X, trouxe o poder de requisição. Ora, isso em
concreto é a União dispondo da matéria.
(...)
O que o STF disse foi que o estado não pode dispor da matéria, o que foi declarado
inconstitucional foi o dispositivo da CE/89, e não a LC 80/94. Assim, vejam a estrutura da LC
80/94. Olhando abaixo, o poder de requisição está localizado, no Título IV, numa lei da União
que dispõe norma geral para todas as Defensorias da União
TÍTULO I
Das Disposições Preliminares
TÍTULO II
Da Organização da Defensoria Pública da União
TÍTULO III
Da Organização da Defensoria Pública do Distrito Federal e Dos
Territórios
TÍTULO IV
Das Normas Gerais para a Organização da Defensoria Pública
dos Estados
TÍTULO V
Das Disposições Finais e Transitórias
Em uma pergunta como a nossa proposta para responder, seria pertinente mencionar
o julgado, pois quem vai examinar nem sempre está estudando, você aluno é quem deve estar
atualizado. Por isso eu sugiro, numa questão como essa, responder:
tal tema é matéria de processo, que é de competência da União Federal, nos termos do art.
22, I da Constituição Federal.
Contudo, a União Federal, em 1994, deu iniciativa a um Projeto de Lei,
outorgando ao Defensor Publico o poder de requisição; logo, o Defensor Público tem o
poder de requisição, tanto que, no julgamento, o STF trouxe o dispositivo dessa lei nova à
baila no julgamento e o excluiu de seu exame, pois a ADI 230 diz respeito somente à norma
prevista na Constituição Estadual.
Assim sendo, o poder de requisição é constitucional, pois não fere o art. 22, I da
CF/88.
Existem dois clássicos institutos que durante muitos anos aparecem em provas, as
garantias e prerrogativas. Esses dois tópicos caem nas provas com freqüência, seja com
diferenças, exemplos ou questões concretas.
É importante para o estudo que seja catalogado separadamente o rol das garantias e o
rol das prerrogativas. Bem os conheça, pois quando a questão se apresentar, o aluno poder iniciar
a resposta assertivamente, registrando que conhece o instituto.
As garantias são preconizadas no art. 127 da Lei Complementar 80/94, ao passo que
as prerrogativas encontram previsão legal no art. 128 da mesma lei, sendo certo que o rol das
garantias não sofreu alteração recente, em contrapartida, a ADI 230 firmou posição diante de
uma controvérsia da qual falaremos adiante.
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
6
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
II - não ser preso, senão por ordem judicial escrita, salvo em flagrante,
caso em que a autoridade fará imediata comunicação ao Defensor Público
Geral;
V - (VETADO);
VII - ter vista pessoal dos processos fora dos cartórios e secretarias,
ressalvadas as vedações legais;
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
7
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
XV - (VETADO);
XVI - (VETADO).
Vamos comentar o inciso VIII, por exemplo, naquilo que foi acrescentado pela
alteração legal, resolveu transformar em norma legal um tema que era controvertido, que chegou
a ter discussão, e o Supremo decidiu, inclusive, sumulando a matéria. O que existia no inciso
VIII gerou controvérsias, chegando ao Supremo, que decidindo sobre o tema elaborou o
Enunciado de Súmula Vinculante n° 14:
Referência Legislativa: Constituição Federal de 1988, art. 1º, III, art. 5º,
XXXIII, LIV e LV./ Código de Processo Penal de 1941, art. 9º e art. 10./
Lei 8906/1994, art. 6º, parágrafo único, e art. 7º, XIII e XIV.
No rol das prerrogativas, percebe-se, com a análise do caput, que esse elenco é
meramente exemplificativo e examinando esse rol se verifica um clássico problema interno –
DEFENSOR PODE TER PORTE DE ARMA? Isso porque, sendo exemplificativo, sofre
complementação, principalmente pela Lei Orgânica Complementar Estadual.
Sobre esse assunto há controvérsia – 2 correntes: a questão não era discutida até o
surgimento do Estatuto do Desarmamento 10.826/2003, na qual a regra é o desarmamento –
vedação ao porte de arma – art. 6º, salvo (em dois núcleos de exceção) nas autoridades elencadas
no primeiro grupo, nas quais não constam nem o Defensor, nem Promotor, nem o Juiz. Já no
segundo grupo de exceções “ressalvada legislação própria” – Lei Orgânica Nacional, entra
Promotor e Juiz, mas não existe a previsão para Defensor, que somente tem previsão na Lei
Orgânica Estadual. Eis a controvérsia:
Os institutos das garantias e das prerrogativas são diversos, sendo certo que as
garantias estão previstas no art. 127 da LC 80/94 e são constitucionais.
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
9
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
um advogado, com paridade de armas, precisa dessas prerrogativas, facilidades, para poder
disputar com igualdade de condições.
Essas alterações foram pontuais, ocorreram no art. 128, com inserções nos incisos,
novidades:
Essa inserção - mediante entrega dos autos com vista, - se justifica pelo art. 3ª,
inciso VI da LC 80/94 – objetivo da Defensoria Pública – garantir a ampla defesa e o
contraditório. Somente recebendo os autos com vista é se vai poder exercer totalmente essa
garantia. Se no processo houver violação à prerrogativa haverá nulidade.
da recusa, a medida judicial cabível é uma medica cautelar, normalmente de produção antecipada
de prova ou Mandado de Segurança.
RESOLVEM:
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
12
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
De acordo com a Lei Orgânica Estadual 06/77, art. 22, III, que diz “poderá o
Defensor Público tentar conciliar quando julgar conveniente”, ou seja, a função de conciliar tinha
um caráter facultativo; entretanto, essa tarefa é árdua, logo, era mais fácil na prática propor uma
ação.
A vantagem do acordo é evitar a ida ao Judiciário, pois leva mais tempo para termos
uma sentença do que para termos um acordo homologado. Ademais se obtém extrajudicialmente
aquilo que se pleitearia em juízo, mas esse pensamento não era assim.
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
13
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
Uma vez obtida uma solução extrajudicial, este valerá como título executivo
extrajudicial (faça uma remissão desse inciso para o §4º) e se o acordo não foi cumprido, ação de
execução do acordo com uma menor judicialidade:
Esse tema sempre bate recordes de aparição em provas e são sinônimos atribuição,
competências e incumbências. A estrutura é uma só e se divide em função por estatuto, que é a
função típica e aí nos deparamos com a figura do necessitado econômico, que não tem condições
de pagar custa, honorários, emolumentos, sem prejuízo de seu sustento ou de sua família.
De outro lado está o necessitado jurídico, que é uma função atípica (exceção), que
consiste naquela pessoa que tem necessidade jurídica, por ex. réu em processo criminal com
advogado e procuração nos autos, recursos financeiros, mas no dia da audiência o advogado não
comparece, o juiz chama o Defensor para a realização daquele ato em específico (princípio do
contraditório e ampla-defesa), mas ao final, esse réu terá que custear esse serviço conforme
tabela da OAB e arbitramento judicial.
QUESTÃO 7 – Como deve agir o Defensor e o assistido no caso de recusa de atuação por
parte do defensor?
Tal questão é uma novidade trazida pela LC 132/2009, alterando o artigo 4º, §8º da
LC 80/94 e art. 4-A, inciso III:
Art 4º
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
14
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
Desse modo, no caso de recusa por parte do Defensor, a ele incumbe encaminhar a
revisão para o Defensor Geral e ao assistido incumbe acompanhar a revisão de tal recusa pelo
Defensor Geral. Caso o Defensor não encaminhe a revisão para o Defensor Geral, o assistido
deve consignar sua reclamação na Ouvidoria.
(...)
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
15
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
QUESTÃO 9 – Para postular em juízo o Defensor tem que ter inscrição na OAB?
QUESTÃO 10 – Qual a relação entre Direitos Humanos e direitos dos presos? Quais são as
atribuições da Defensoria Pública nos estabelecimentos prisionais?
RESOLVEM:
(...)
(...)
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com
16
Transcrição – Turma de Exercícios – Diurna (16/03/2010 a 29/04/2010)
FESUDEPERJ – Fundação Escola Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro
(...)
Direitos Humanos estão na categoria de gênero, sendo os direitos dos presos diretos
das minorias (espécie), uma parcela do todo, sendo certo que é a Defensoria Pública a primeira a
promover as ações nesse sentido. O mesmo ocorre com os idosos, crianças, mulheres vítimas de
violência. Para melhor visualização, acompanhem o art. 108, parágrafo único, último inciso;
(...)
Uma observação final, que não tem a ver com esse assunto – saiu a súmula 421 do
STJ, que também é novidade e tema bem cotado por causa da jurisprudência do TJ/RJ:
---x---
_________________________________________________________________________________________________________
Transcrição por: J.A.K – informações: 7879-8034 – jakadv@gmail.com