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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ-UVA

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO- CENFLE


CURSO DE PEDAGOGIA
DISCIPLINA: ESTAGIO SUPERVISIONADO -MSEP
DOCENTE: ISABEL LINHARES
DICENTE: FLAVIANY ANDRE DAVI
TURNO: MANHÃ, 8º PERÍODO

FICHAMENTO DO LIVRO: O QUE É EDUCAÇÃO?


CARLOS RODRIGUES BRANDÃO

“...Não há uma forma única nem um único modelo de educação; a escola não é o único
lugar onde ela acontece e talvez nem seja o melhor; o ensino escolar não é a sua única
prática e o professor profissional não é o seu único praticante.” Pag. 9
A educação no seu conceito geral, engloba muitos áreas de conhecimento e saber,
que na maioria das vezes são construídos de modo informal, e assim como as demais
também contribui forma relevante para a formação intelectual do cidadão.
“Existe a educação de cada categoria de sujeitos de um povo; ela existe em cada povo,
ou entre povos que se encontram. Existe entre povos que submetem e dominam outros
povos, usando a educação como um recurso a mais de sua dominância. ” Pag. 9-10
É importante entendermos que a educação em si, nos promove muitos benefícios
como cidadãos, com poder e autoridade para lutar sobre nossos interesses, a partir do
conhecimento. E, foi assim durante toda história entre conflitos e decisões, sempre
á educação.
“...Por isso mesmo — e os índios sabiam — a educação do colonizador, que contém o
saber de seu modo de vida e ajuda a confirmar a aparente legalidade de seus atos de
domínio, na verdade não serve para ser a educação do colonizado.” Pag. 11
Não existe saber inferior ao outro, apenas diferente e rico em conhecimento válidos
e que contribui de alguma forma para uma educação de um bem comum. Por isso,
a troca desse conhecimento é mais produtivo do que uma dominante que sobressai
a outra.
“...Entre os que nos rodeiam de perto ou de longe, não são raros os bichos cujos pais da
prole criam e recriam situações, para que o treino dos filhotes faça e repita os atos da
aprendizagem que garante a vida, como a mãe que um dia expulsa com amor o filho do
ninho, para que ele aprenda a arte e a coragem do primeiro vôo.” Pag. 13
A escola, acaba criando distintas situações que nos preparam para lidar com diferentes
circunstancias do nosso cotidiano, ou para uma futura profissão. Então, a escola está
desenvolvendo meios para promover experiências que tragam essa lembrança do
aprendizado em família comum, onde esse ensino é algo natural e familiar.
“O homem que transforma, com o trabalho e a consciência, partes da natureza em
invenções de sua cultura, aprendeu com o tempo a transformar partes das trocas feitas
no interior desta cultura em situações sociais de aprender-ensinar-e-aprender: em
educação.” Pag. 13
O homem durante toda a história, tem adquirido conhecimento a partir de suas
vivencias e é, a partir delas que começa em casa ou na convivência no meio familiar ou
comunidade, as primeiras aulas, de certa maneira informais, mas que já são uma boa
bagagem de conhecimento.
“Quando um povo alcança um estágio complexo de organização da sua sociedade e de
sua cultura; quando ele enfrenta, por exemplo, a questão da divisão social do trabalho e,
portanto, do poder, é que ele começa a viver e a pensar como problema as formas e os
processos de transmissão do saber.” Pag. 13
Quando confrontado com diversas situações no meio social, que envolvem disputa por
poder, ou está diante de alguma injustiça e desigualdade por parte dela, a partir do seu
conhecimento prévio de mundo, o homem desenvolve um pensamento crítico sobre
essas questões e ali, começa a lutar pelo que acredita.
“Então é o começo de quando a sociedade separa e aos poucos opõe: o que faz, o que se
sabe com o que se faz e o que se faz com o que se sabe. Então é quando, entre outras
categorias de especialidades sociais, aparecem as de saber e de ensinar a saber. Este é o
começo do momento em que a educação vira o ensino, que inventa a pedagogia, reduz a
aldeia à escola e transforma "todos" no educador.” Pag 17
O ensino surge da junção de conhecimento, e do exercício dele para a formação cidadã
do indivíduo, e é a partir dela que se inicia um processo mais complexo de aprendizado.
Em que a escola facilita aprendizagem por meio de ações mais técnicas, que permitem
uma organização desses conhecimentos.
“... Entre grupos de pescadores da Nova Zelândia e do Arquipélago da Sociedade,
existem "casas de ensino", verdadeiras universidades em escala indígena, onde toda a
sabedoria da cultura é ensinada aos jovens de ambos os sexos por professores-
sacerdotes.” Pag. 18
Em outros lugares, esse ensino tem sua identidade particular que ressaltam a cultura
local, e é valorizada de forma que esse conhecimento tem grande utilidade para um
todo.
“ Em todos os cantos do mundo, primeiro a educação existe como um inventário amplo
de relações interpessoais diretas no âmbito familiar: mãe-filha, pai-filho, sobrinho-
irmão-da-mãe, irmão-mais- velho-irmão-caçula e assim por diante. Esta é a rede de
trocas de saber mais universal e mais persistente na sociedade humana.” Pag. 19
Devemos refletir que nesses casos, o conhecimento está relacionado a um inventário, a
uma experiência própria de um grupo que passa essas vivencias adiante e formando
muitas vezes um própria crença, e essa é conhecida por diversos seguimentos e
consequentemente a mais comum.
“De tudo o que pode ser feito e transformado, nada é para o grego uma obra de arte tão
perfeita quanto o homem educado.” Pag. 23
Até mesmo na história, a educação do indivíduo poderia ser considerada um dos
aspectos mais importantes na sua formação como homem, em que a questão intelectual
era supervalorizada e priorizada na época.
“...Das relações familiares diretas até a convivência entre jovens, segundo os seus
grupos de idade, ou entre grupos de meninos educandos e um velho educador, entre os
gregos sempre se conservou a idéia de que todo o saber que se transfere pela educação
circula através de trocas interpessoais, de relações física e simbolicamente afetivas entre
as pessoas.” Pag. 23
Para os gregos, todo conhecimento possuía um significado e uma função, seja ela física
ou afetiva, ou seja, a complexidade da educação envolve muito mais que um
desenvolvimento intelectual, mas sim é fruto de muitas relações que vão além da
investigação.
“Em Atenas, por volta do VI século A.C., a educação deixa de ser uma prática coletiva,
de estilo militar, destinada apenas à formação do cidadão nobre. Até então, mesmo no
apogeu da democracia grega, a propriedade é restritamente comunal; pertence aos
cidadãos ativos do Estado. O poder pertence aos estratos mais nobres destes cidadãos
ativos, e a vida e o trabalho colocam de um lado os homens livres, senhores e, de outro,
os escravos ou outros tipos de trabalhadores manuais expulsos do direito do saber que
existe na paideia.” Pag. 24
Em outros lugares, esse ensino era privilegiado, e nem todo mundo tinha acesso a ela, a
não ser os cargos mais altos, como também um instrumento de poder, organizado por
uma hierarquia, onde quem detinha maior conhecimento eram as classes mais altas.
“São as virtudes do campesinato de todos os tempos e lugares, o que dirige a primitiva
educação de Roma, que exalta em verso e prosa a austeridade, a vida simples, o amor ao
trabalho como supremo bem do homem, e o horror ao luxo e à ociosidade.” Pag.28
A educação em Roma, é pautada na construção de um homem com princípios valorosos
e honrados, que trabalha não só questões intelectuais, mas que ressalta a formação de
virtudes, que dá sentido as suas ações, em que o homem é ensinado a viver na sociedade
tendo empatia com o próximo e amor pelo quem é e pelo que faz.
“...Entre os romanos os primeiros educadores de pobres e nobres são o pai e a mãe.
Mesmo os mais ricos, senhores de escravos, não entregam a um servo-pedagogo ou a
uma governanta o cuidado dos filhos. Quando o menino completa, aos 7 anos, o
aprendizado cheio de afeição que recebe da mãe, ele passa para o pai, que não divide
sequer com o mestre-escola o direito de educá-lo, ou seja, de formar a sua consciência
segundo os preceitos das crenças e valores da classe e da sociedade.” Pág. 28
Observamos a prioridade e o cuidado com que os pais detém sobre a educação filhos,
priorizando os valores e crenças até religiosos, cuja distintas classes possuem e que
acabam que sendo mais importante que a educação formal.
“ Aos poucos a educação deixa de ser o ensino que forma o pastor, o artífice ou o
lavrador e, nas suas formas mais elaboradas, prepara o futuro guerreiro, o funcionário
imperial e os dirigentes do Império.” Pág. 29
A Educação acaba por modelar enfim uma finalidade profissional, em que o educando é
preparado para exercer algum cargo importante para a sociedade.
“Ora, uma outra maneira de se compreender o que a educação é, ou poderia ser, é
procurar ver o que dizem sobre ela pessoas como legisladores, pedagogos, professores,
estudantes e outros sujeitos um tanto mais tradicionalmente difíceis de entender, como
filósofos e cientistas sociais.” Pag. 32
A compreensão da educação passa por diversos olhares, e muito deles tem um
significado baseado na história que cada um carrega, nas experiências informais, ou no
estudo de outros tipos de educação na história. Mas, cada ponto de visão é importante
pois tem uma função para a funcionalidade desse processo na escola.
“Mas, do outro lado do palco, intelectuais, educadores e estudantes fazem e refazem
todos os dias a crítica da prática da educação no Brasil. Eles levantam questões e
afirmam que, do Ministério â escolinha, a educação nega no cotidiano o que afirma na
Lei. Não há liberdade no país e a educação não tem tido papel algum nos últimos anos
para a sua conquista; não há igualdade entre os brasileiros e a educação consolida a
estrutura classista que pesa sobre nós; não há nela nem a consciência nem o
fortalecimento dos nossos verdadeiros valores culturais.” Pag. 33
Ainda há muito que ser melhorado na área da educação, mas a maneira que o
profissional se prepara, e a medida que ele tem direito a exercer a sua criticidade em
sala, e com o devido consentimento dos pais e da gestão, juntos podem articular ações
que visem a qualidade dessa educação que vem sobrevivendo a partir de bons
profissionais e superação desses desafios em conjunto.
“Mas, se entre o pensado e o vivido há diferenças, as pessoas do país protestam e
cobram, de quem faz a lei, que pelo menos ela seja cumprida: que haja liberdade na
educação e, através dela, que a escola exista para todos e seja distribuída por igual entre
todos.” Pag. 34
É importante que o profissional da educação esteja sempre atento aos direitos já
garantidos e o real cumprimento dos mesmo na qualidade do ensino e reivindicar se
ações estão ao alcance de todos, este que é o ponto inicial e básico, para poder dar início
ideias inovadoras.
“Não há apenas idéias opostas ou idéias diferentes a respeito da Educação, sua essência
e seus fins. Há interesses econômicos, políticos que se projetam também sobre a
Educação. Não é raro que aqui, como em toda parte, a fala que idealiza a educação
esconda, no silêncio do que não diz, os interesses que pessoas e grupos têm para os seus
usos.” Pág. 35
Partindo do principio que todo mundo usa a educação para fins próprios, sejam eles
bons ou ruins, e até mesmo contraditórios. Toda educação gera uma preparação para
algo, afim de atingir um objetivo, e ela pode até muda o destino de uma nação. É
importante compreender quais são eles, e para onde estamos caminhando.
“De acordo com as idéias de alguns filósofos e educadores, a educação é um meio pelo
qual o homem (a pessoa, o ser humano, o indivíduo, a criança, etc.) desenvolve
potencialidades biopsíquicas inatas, mas que não atingiriam a sua perfeição (o seu
amadurecimento, o seu desenvolvimento, etc.) sem a aprendizagem realizada através da
educação.” Pag. 37
A educação faz parte de quem nós somos, e até é necessária segundo alguns filósofos,
para desenvolver toda nossa capacidade cognitiva, e assim o nosso completo
amadurecimento, então dificilmente algum ser humano chegará a faze adulta sem ter
adquirido na sua vida algum conhecimento ou saber.
“Os índios e os camponeses realizam, no modo como ensinam o que é importante para
alguém aprender, a consciência de que o saber que se transmite de um ao outro deve
servir de algum modo a todos.” Pág 43
Todo conhecimento, seja ele complexo ou não, tem de certa forma o seu valor, a sua
utilidade, se não serve para um, serve para o outro, se vale para um, não é tão válido
para o outro, mas nenhum merece ser desprezado, pois de algum modo serviram.
“O que existe de fato são exigências sociais de formação de tipos concretos de pessoas
na e para a sociedade. São, portanto, modos próprios de educar — por isso, diferentes
de uma cultura para outra — necessários à vida e à reprodução da ordem de cada tipo de
sociedade, em cada momento de sua história. Não se trata de dizer que a educação tem,
também, de modo abstrato e muito amplo, um compromisso com a "cultura", com a

‘civilização’, ou que ela tem um vago ‘fim social’. O que ocorre é que ela é
inevitavelmente uma prática social que, por meio da inculcação de tipos de saber,
reproduz tipos de sujeitos sociais. “pag. 47
Cada um tem um modo próprio de educar, seja da maneira que aprendeu ou que alguém
ensinou, mas de todo modo ela vem com muita história e uma bagagem cultural
importante que explica todo esse processo, nos valores que a aquele aprendizado trará
ao sujeito.
“ A idéia de que não existe coisa alguma de social na educação; de que, como a arte,
ela é "pura" e não deve ser corrompida por interesses e controles sociais, pode ocultar o
interesse político de usar a educação como uma arma de controle, e dizer que ela não
tem nada a ver com isso. Mas o desvendamento de que a educação é uma prática social
pode ser também feito numa direção ou noutra e, tal como vimos antes, pode se dividir
em idéias opostas, situadas de um lado ou do outro da questão.” Pag. 50
Sabemos que devido ao acompanhamento do estado sobre o que deve ser ensinado e
como deve ser ensinado em sala, estamos diante da possibilidade de está lidando com
diversas finalidades, e os meios até chegar ela, podem ser bons ou ruins. O fato é que
ela acaba sendo um pratica social de certa forma corrompida, pois ignora os saberes
culturais, e seguem um ensino com apenas um objetivo determinado.
“A maneira como os homens se organizam para produzir os bens com que reproduzem a
vida, a forma de ordem social que constróem para conviver, o modo como tipos
diferentes de sujeitos ocupam diferentes posições sociais, tudo isso determina o
repertório de idéias e o conjunto de normas com que uma sociedade rege a sua vida.
Determina também como e para quê este ou aquele tipo de educação é pensado, criado e
posto a funcionar.” Pag. 52
Nos ambientes escolares, a educação passa a ser um pouco sistemática , e se organiza de
acordo com os interesses de um poder. Desse modo, esses processos são controlados
para atingir fins específicos. Por isso, o educador tem o grande desafio de desvendar
essas finalidades e fazer o que é possível para não se perder aspectos importantes da
construção desses conhecimentos e saberes trazidos pelos alunos.
“Ora, entre os que colocam "sociedade e cultura" no meio da questão da educação,
alguns pesquisam e apenas reconhecem que ela é, na cultura, uma prática social de
reprodução de categorias de saber através da formação de tipos de sujeitos educados.
Outros projetam e defendem a necessidade deste ou daquele tipo de educação para este
ou aquele tipo de sociedade.” Pág. 53
Individualmente, cada um tem o direito de decidir o que fazer com o conhecimento
adquirido, se é apenas um conhecimento interessante ou se isso mudará os rumos da
história. Isso decidirá de fato, a educação que o indivíduo irá optar, se na valorização do
conhecimento baseado na sua cultura ou se estará aberto um conhecimento mais
cientifico.
“...porque a educação sobrevive aos sistemas e, se em um ela serve à reprodução da
desigualdade e à difusão de idéias que legitimam a opressão, em outro pode servir à
criação da igualdade entre os homens e à pregação da liberdade" Pág. 60
Nesse sentido, a educação pode ser dirigida como imposição, ou como alternativas que
abrangem até mesmo o conhecimento de outros saberes, dando liberdade aos homens de
manifestarem suas identidades e elevação da cultura que cada carrega, transformando-a
em conhecimento também.
“A educação existe em toda parte e faz parte dela existir entre opostos. O que vimos
juntos, leitor, acontecer na Grécia, repetese mil vezes em mil tempos de outros mundos
sociais.” Pág. 62
A hierarquia da educação, é um mal extremamente prejudicial a sociedade ao todo, já
que a maioria de classe no Brasil é pobre, e acaba sendo o público mais atingido por
essa divisão com poucas oportunidades e enfrentando grandes obstáculos por uma
educação de qualidade, principalmente no superior.
“...De um lado, os próprios professores que trabalham como educadores (como sujeitos
de suas diversas categorias de especialistas), nas escolas, colégios e universidades,
aprendem a se organizar também como categorias políticas e profissionais de
trabalhadores da educação. As associações de tipos de especialistas do ensino e, mais
ainda, as associações de categorias de docentes são o resultado do desenvolvimento da
consciência política do educador.” Pag. 64
Um educador, que tem conhecimento sobre seus direitos, pensamento crítico e entende
que educação é um ação com sentido amplo e que deve ser respeitado, pode através do
seu espaço de fala ressaltar a importância dessa valorização e negociar pautas que
melhor de adequaria nessa questão.

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