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TRIBUTÁRIO
MÓDULO II
SEMINÁRIO IV
PRESIDENTE
Paulo de Barros Carvalho
COORDENADOR
Marcelo de Lima Castro Diniz
- O uso da expressão “extinção do crédito tributário” não seria mais apropriada para
situação exteriorizada no artigo 156 do CTN, sabe-se que o crédito tributário, advém da
relação obrigacional (sujeito ativo x sujeitopassivo).
As causas de extinção previstas no artigo 156 do CTN, estão atreladas aos elementos
necessários a existência da obrigação (crédito, débito, sujeito ativo, sujeito passivo,
objeto),não necessariamente do crédito tributário.
O crédito tributário é apenas um dos aspectos relação jurídico obrigacional, pois sem
ele, não existe o vínculo, como já citado pelo Professor Paulo de Barros Carvalho.
Por outro lado, não merece ser prosperar a afirmativa de separação das causas de
extinção em modalidades de fato ou de direito, sabe-se que todas as hipóteses são
reguladas pelo direito que prescreve seu resultado.
- Diante da literalidade do art. 165 do CTN que descreve que o contribuinte, quando
realizar o pagamento do crédito tributário, efetua-lo a maior, ou quando não deveria
realizar em virtude de inexistência da relação jurídica tributária, consequentemente, do
dever jurídico, poderá pleitear a repetição do indébito tributário.
Sucede que o art. 166, do Código Tributário Nacional, descreve que a repetição de
tributos que comportem a transferência do respectivo ônus econômico-financeiro
(tributos indiretos), somente será feita a quem prove haver assumido o referido ônus,
ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a
recebê-la.
Ainda, o STF desenvolveu a Súmula 546 do STF que prevê: “Cabe a restituição do
tributo pago indevidamente, quando reconhecido por decisão, que o contribuinte "de
jure" não recuperou do contribuinte "de facto" o " quantum" respectivo”.
- O conceito trazido pelo Professor Paulo de Barros é muito objetivo e claro, que seria o
“acerto de contas” entre o fisco e o contribuinte, é assim, uma hipótese legal onde
ocorre a compensação de débitos do contribuinte com créditos que ele detém perante o
fisco, é portanto, a extinção da obrigação entre dois sujeitos os quais são reciprocamente
devedores um do outro.
- Mesmo diante de divergências nos tribunais. Lei posterior não poderia alterar o
conteúdo subjetivo de norma individual e concreta do direito adquirido.
5. Considerando o artigo 170-A do CTN, o artigo 489, §1°, inciso VI, 926 e
seguintes do CPC responda: é possível a compensação de indébito discutido em
ação judicial antes do trânsito em julgado da mesma?
- O art. 928 do CPC prevê a sistemática dos julgamentos de recursos repetitivos, criada
para trazer mais celeridade processual, garantir a segurança jurídica nas decisões e, de
certo modo, funcionar como “filtro para barrar” demandas repetitivas de casos análogos
que ocupavam parcela considerável da pauta de julgamento dos tribunais.
Essa sistemática que elege um ou mais recursos como representativos da controvérsia
para julgando-os, resolver o mérito da questão, não apenas para estes, mas para todos os
demais recursos que versam sobre o mesmo assunto.
Feito esse panorama, entendo por “direito subjetivo” aquele em que o titular de um
direito, imbuído pela faculdade de outro direito, o potestativo, deduz pretensão que
entende ser passível de apreciação pelo poder judiciário,ainda que ela posteriormente
não venha ser reconhecida.
Contextualizando, entendo que o contribuinte tem sim o direito de ajuizar a ação de
repetição/compensação do indébito cujo fundamento seja objeto do recurso repetitivo.