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CONCEITOS JURÍDICOS

ENVOLVIDOS NAS PERÍCIAS


JUDICIAIS

Dr. CLAUDIO GIL RODRIGUES FILHO


Advogado Trabalhista e Acidentário
Claudio Gil Rodrigues Filho
• Sou advogado atuante em direito público e
privado, graduado em direito pela AESO (2005),
e pós-graduado em Direito e Processo do
Trabalho na FADEPE (2007). Doutorando em
Direito, com orientação em Direito do Trabalho,
na Universidade Federal de Buenos Aires – UBA
(desde 2010). Tenho experiência como docente
em cursos de Graduação e Pós-Graduação,
estimulando laços entre a teoria e a prática
forense.
Módulo Jurídico 20horas
Objetivos:
• Compartilhar conhecimentos sobre a base
jurídica da atuação do FISIOTERAPEUTA
como perito judicial e assistente técnico em
demandas judiciais.
Módulo Jurídico:
• Conceitos das lides judiciais e Ritos processuais das Justiças do Trabalho, Cível e Federal.
• Organização do processo judicial.
• Leis, normas regulamentadoras e diretrizes do processo pericial.
• Direitos e deveres do perito judicial segundo o NOVO CPC.
• Responsabilidade civil.
• Responsabilidade objetiva e subjetiva.
• Ônus da prova.
• Elementos da culpa: Negligência, Imprudência e Imperícia.
• Normatização da prova pericial.
• Prova pericial sob a ótica do NOVO CPC.
• Prova pericial sob a ótica da CLT.
• Teoria do livre convencimento do magistrado e ponderação da prova pericial.
• Importância dos quesitos periciais.
• Importância da Assistência Técnica.
• Linguagem jurídica.
• Recebimento dos honorários periciais.
• Como se apresentar em escritórios de advocacia.
1. O QUE É O PODER JUDICIÁRIO
1.1. CONCEITO DE PODER JUDICIÁRIO

• Poder Judiciário é um dos três poderes do Estado a qual é atribuída a


função judiciária, ou seja, a administração da Justiça na sociedade,
através do cumprimento de normas e leis judiciais e constitucionais.
• O Poder Judiciário ou Poder Judicial é constituído por ministros,
desembargadores, promotores de justiça e juízes, que têm a obrigação
de julgar ações ou situações que não se enquadram com as leis criadas
pelo Poder Legislativo e aprovadas pelo Poder Executivo, ou com as
regras da Constituição do país.
• A principal função do Poder Judiciário é defender os direitos de cada
cidadão, promovendo a justiça e resolvendo os prováveis conflitos que
possam surgir na sociedade, através da investigação, apuração,
julgamento e punição.

* Conceito extraído do site: “https://www.significados.com.br/poder-


judiciario/”
1.2. CONCEITO DE PODER JUDICIÁRIO

Função de interpretar e
aplicar leis nos litígios.
Função jurisdicional.
PRINCÍPIO DA TRIPARTIÇÃO DOS
PODERES - ARTIGO 2º DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL: “São
Poderes da União, independentes e
harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.”

TEORIA DE FREIOS E
CONTRAPESOS (CHECKS
AND BALANCES)
A FUNÇÃO PREPONDERANTE
DO PODER JUDICIÁRIO É A
APLICAÇÃO DAS NORMAS
2. O QUE SÃO NORMAS?
2.1. CONCEITO DE NORMA: Norma é uma regra de
conduta, podendo ser jurídica, moral, técnica, etc. Norma
jurídica é uma regra de conduta imposta, admitida ou
reconhecida pelo ordenamento jurídico. Norma e
lei são usadas comumente como expressões equivalentes,
mas norma abrange na verdade também o costume e os
princípios gerais do direito.
*FONTE: www.elfez.com.br/elfez/Normajuridica.html

1
• NORMA ≠ LEI

2 • EXISTEM NORMAS REGRAS E NORMAS PRINCÍPIOS

3
• A LEI É A INSTRUMENTALIZAÇÃO DA NORMA REGRA.
2.1. HIERARQUIA DAS NORMAS

 ARTIGO 59 DA CF/1988.
– Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração
de:
– I - emendas à Constituição;
– II - leis complementares;
– III - leis ordinárias;
– IV - leis delegadas;
– V - medidas provisórias;
– VI - decretos legislativos;
– VII - resoluções.
– Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
2.2 PIRAMIDE NORMATIVA
2.3. PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES

• Os T.I.D.H se aprovados em cada casa do CN em 2


turnos, por 3/5, valem como EMENDAS.
• Clausulas Pétreas não podem ser modificadas por
Emendas (são as relativas à voto direto, secreto,
universal e periódico, à separação de poderes e
aos direitos e garantias individuais)
• A diferença entre leis ordinárias e complementares
é em relação: a) ao quorum (LC é por maioria
absoluta – artigo 69 da CF/1988); e b) à matéria
(somente em matérias previstas);
...CONTINUAÇÃO
• Medidas provisórias são emanadas do Presidente
em caso de relevância e urgência;
• Lei Delegada é a que o Presidente faz em
Delegação do Congresso Nacional;
• O Decreto regulamenta uma lei (é ato do
presidente). Não existe mais DL.
• Portaria é ato de autoridades públicas com
instruções para cumprimento de leis e
regulamentos, usada também para nomeações,
demissões punições, estabelecimento de normas
de caráter geral e outros temas de sua
competência.
• Resolução é ato legislativo de efeito interno.
COMO O JUDICIÁRIO APLICA AS
NORMAS???

ATRAVÉS DOS
SEUS ÓRGÃOS
3. ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO
3.1. CONSIDERAÇÕES SOBRE OS ÓRGÃOS DO
PODER JUDICIÁRIO
• Supremo Tribunal Federal (STF) – É o órgão máximo do Poder
Judiciário. Exerce a função de corte constitucional, pois tem
como principal competência guardar a observância da
Constituição federal. Aprecia também recursos extraordinários
cabíveis em razão de desobediência à Carta Magna. É composto
por 11 ministros nomeados pelo presidente da República, depois
de aprovada a indicação dos nomes pelo Senado.
• Superior Tribunal de Justiça (STJ) – Órgão de superposição da
Justiça Federal comum e das justiças estaduais ordinárias. É
responsável pela guarda do direito nacional infraconstitucional
(normas que regulamentam dispositivos da Constituição)
mediante harmonização das decisões proferidas pelos tribunais
regionais federais e pelos tribunais estaduais de segunda
instância. Aprecia, além da matéria referente à sua competência
originária, recursos especiais cabíveis quando contrariadas leis
federais. A corte compõe-se de, no mínimo, 33 ministros
nomeados pelo presidente da República, após aprovação do
Senado.
...CONTINUAÇÃO

• Tribunais Regionais – Julgam ações provenientes dos


estados, divididos por regiões. São eles: os tribunais
regionais federais (divididos em cinco regiões), os
tribunais regionais do Trabalho (divididos em 24 regiões) e
os tribunais regionais eleitorais (divididos em 27 regiões).
• Tribunais de Justiça dos estados – São organizados de
acordo com os princípios e as normas da Constituição
estadual e do Estatuto da Magistratura. Apreciam, em
grau de recurso ou em razão de sua competência
originária, as matérias comuns que não se encaixem na
competência das justiças federais especializadas.

...CONTINUAÇÃO
• Juízos de primeira instância – Neles se iniciam, na maioria
das vezes, as ações judiciais estaduais e federais (comuns e
especializadas).Compreende os juízes estaduais e os
federais comuns, e juízes do trabalho, eleitorais e militares.
• Varas e tribunais da Justiça do Trabalho – Compete à
Justiça do Trabalho conciliar e julgar os conflitos individuais
e coletivos entre trabalhadores e empregadores. É formada
por varas de conciliação e julgamento, pelos tribunais
regionais do Trabalho (TRTs) e pelo Tribunal Superior do
Trabalho (TST), seu órgão máximo. O TST compõe-se de 27
ministros nomeados pelo presidente da República e tem por
principal função uniformizar a jurisprudência trabalhista.
Julga recursos de revista, mandados de segurança,
embargos opostos a suas decisões e ações rescisórias,
recursos ordinários, agravos de instrumento contra decisões
de TRTs e dissídios coletivos de categorias organizadas em
nível nacional.
...CONTINUAÇÃO
• Juntas e tribunais da Justiça Eleitoral – À Justiça Eleitoral
compete, principalmente, a organização, a fiscalização e a
apuração das eleições que ocorrem no país, e a diplomação dos
eleitos. É formada pelas juntas eleitorais, pelos tribunais
regionais eleitorais (TREs) e pelo Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). O TSE compõe-se de, no mínimo, sete ministros. Tem
competência originária para processar e julgar os casos
previstos no artigo 22 do Código Eleitoral (como os crimes
eleitorais e o registro e a cassação de partidos políticos, dos
seus diretórios nacionais, e de candidatos à Presidência e Vice-
Presidência da República), e competência em grau de recurso
das decisões dos TREs.
• Juntas e tribunais da Justiça Militar – À Justiça Militar compete
processar e julgar os crimes militares. É composta pelos juízes-
auditores e seus substitutos; pelos conselhos de justiça,
especiais ou permanentes; e pelo Superior Tribunal Militar
(STM), que possui 15 ministros vitalícios nomeados pelo
presidente da República, após aprovação pelo Plenário do
Senado.
*FONTE:http://www.senado.gov.br/noticias/jornal/cidadania/PoderJudiciario/not002.htm
3.2. EM QUE ÓRGÃOS DO PODER JUDICIÁRIO É
COMUM A PERÍCIA FISIOTERAPÊUTICA?
3.3. MAGISTRADOS INTEGRANTES DOS
ÓRGÃOS DO JUDICIÁRIO.
• JUIZES
• DESEMBARGADORES
• MINISTROS

OBS.: OS MAGISTRADOS FAZEM USO DE SUAS


SERVENTIAS, CHAMADAS ORDINARIAMENTE DE
SECRETARIAS.
COMO OS MAGISTRADOS APLICAM
AS NORMAS???
É ASSIM...
• É ATRAVÉS DE UM PROCESSO SE APLICA
O DIREITO MATERIAL AO CASO
CONCRETO.
• EXISTE DIREITO MATERIAL E DIREITO
PROCESSUAL.
• HOJE EXISTE O PROCESSO JUDICIAL
ELETRÔNICO.
3.4. EXEMPLOS DE DIREITO PROCESSUAL E DE
DIREITO MATERIAL.

SE ALGUÉM SOFRE A VIOLAÇÃO DE UM


DIREITO MATERIAL PREVISTO NO NOSSO
VIGENTE CÓDIGO CIVIL...

CÓDIGO CIVIL 2002 (LEI 10.406/2002 ).


Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.
...TEM QUE AJUIZAR PROCESSO DE
ACORDO COM O CPC VIGENTE.
NOVO CPC (LEI 13.105/2015 )
Art. 319 A petição inicial indicará:
I - o juízo a que é dirigida;
II - os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a
profissão, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a
residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos
alegados;
VII - a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
§ 1o Caso não disponha das informações previstas no inciso II, poderá o autor, na
petição inicial, requerer ao juiz diligências necessárias a sua obtenção.
§ 2o A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta de informações a
que se refere o inciso II, for possível a citação do réu.
§ 3o A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento ao disposto no
inciso II deste artigo se a obtenção de tais informações tornar impossível ou
excessivamente oneroso o acesso à justiça.
VOCE ESTÁ AQUI...

ÓRGÃOS
PODER PROCESSO PERÍCIA
NORMAS DO
JUDICIÁRIO JUDICIAL JUDICIAL
JUDICIÁRIO
4. PROCESSOS JUDICIAIS (PODEM SER DE
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA OU NÃO
CONTENCIOSA OU VOLUNTÁRIA)
• Processo é uma palavra com origem no
latim procedere, que significa
método, sistema, maneira de agir ou conjunto de
medidas tomadas para atingir algum objetivo.
• Relativamente à sua etimologia, processo é uma
palavra relacionada com percurso, e significa
"avançar" ou "caminhar para a frente".
• No âmbito do direito, um processo pode ser uma
ação judicial, a sequência de atos predefinidos de
acordo com a lei, com o objetivo de alcançar um
resultado com relevância jurídica. Além disso, um
processo pode ser o conjunto de todos os
documentos apresentados no decorrer de um litígio.
*Fonte: http://www.significados.com.br/processo/
4. PROCESSOS JUDICIAIS (PODEM SER DE
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA OU NÃO CONTENCIOSA)

4.1. O QUE É UM PROCESSO JUDICIAL


CONTENCIOSO???
4.2. VOCABULÁRIO E INSTITUTOS RELEVANTES
4.2.1 AUDIENCIA
4.2.2. PETIÇÃO INICIAL OU RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
4.2.2.1. NOTIFICAÇÃO, CITAÇÃO E INTIMAÇÃO;
4.2.3. CONTESTAÇÃO E RÉPLICA
4.2.4. TESTEMUNHAS
4.2.5. DECISÕES JUDICIAIS: INTERLOCUTÓRIAS, SENTENÇAS E
ACÓRDÃOS
4.2.6. PETIÇÃO AVULSA OU DIVERSA
4.2.7. NOMENCLATURA PARA REFERÊNCIA AO MAGISTRADO
4.2.8. SUMULA E JURISPRUDÊNCIA
4.2.9. NOÇÕES DE BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
4.2.10. TUTELAS PROVISÓRIAS
4.2.1 AUDIENCIA
NA VERDADE, É ASSIM...
4.2.2. PETIÇÃO INICIAL OU RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA

• A petição inicial, também chamada de peça de


ingresso, peça atrial, peça vestibular, peça preambular
ou exordial, dentre outras denominações, é
considerada como o ato jurídico processual mais
importante praticado pela parte autora dentro do
processo, isto porque, em regra, define os limites
da litiscontestatio em relação ao titular do direito
perseguido, além de ser o ato por intermédio do qual
provoca-se a jurisdição a ser exercida pelo Estado-Juiz.

*Fonte: https://jus.com.br/artigos/4261/peticao-inicial
4.2.2.1. CITAÇÃO, INTIMAÇÃO E NOTIFICAÇÃO

• CITAÇÃO: ATO PELO QUAL SE CHAMA A JUÍZO


O RÉU OU INTERESSADO, A FIM DE QUE
APRESENTE DEFESA.
• INTIMAÇÃO: ATO PELO QUAL SE COMUNICA
ÀS PARTES ACERCA DE UM ATO PROCESSUAL.
• NOTIFICAÇÃO: TERMO ÚNICO UTILIZADO NA
JUSTIÇA DO TRABALHO COM A FINALIDADE DE
CITAR OU INTIMAR ALGUÉM.
4.2.3. CONTESTAÇÃO E RÉPLICA

• São peças que devem compor os processos em


garantia ao princípio da ampla defesa e do
contraditório (previsto no artigo 5º, LV).
• CF/1998. “Art. 5º Todos são iguais perante a
lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: LV - aos
litigantes, em processo judicial ou
administrativo, e aos acusados em geral são
assegurados o contraditório e ampla
defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;”
4.2.4. TESTEMUNHAS

• Quem pode ser testemunha?


• Impedimento e suspeição.
4.2.4.1. QUEM PODE SER TESTEMUNHA
CPC. “Art. 447. Podem depor como testemunhas
todas as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou
suspeitas.
§ 1o São incapazes:
I - o interdito por enfermidade ou deficiência mental;
II - o que, acometido por enfermidade ou
retardamento mental, ao tempo em que ocorreram
os fatos, não podia discerni-los, ou, ao tempo em
que deve depor, não está habilitado a transmitir as
percepções;
III - o que tiver menos de 16 (dezesseis) anos;
IV - o cego e o surdo, quando a ciência do fato
depender dos sentidos que lhes faltam.”
4.2.4.2. IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO
“CPC. 447. § 2o São impedidos:
I - o cônjuge, o companheiro, o ascendente e o descendente em
qualquer grau e o colateral, até o terceiro grau, de alguma das
partes, por consanguinidade ou afinidade, salvo se o exigir o
interesse público ou, tratando-se de causa relativa ao estado da
pessoa, não se puder obter de outro modo a prova que o juiz
repute necessária ao julgamento do mérito;
II - o que é parte na causa;
III - o que intervém em nome de uma parte, como o tutor, o
representante legal da pessoa jurídica, o juiz, o advogado e
outros que assistam ou tenham assistido as partes.
§ 3o São suspeitos:
I - o inimigo da parte ou o seu amigo íntimo;
II - o que tiver interesse no litígio.
§ 4o Sendo necessário, pode o juiz admitir o depoimento das
testemunhas menores, impedidas ou suspeitas.
§ 5o Os depoimentos referidos no § 4o serão prestados
independentemente de compromisso, e o juiz lhes atribuirá o
valor que possam merecer.”
4.2.5. DECISÕES JUDICIAIS: DECISÕES
INTERLOCUTÓRIAS, SENTENÇAS E ACÓRDÃOS
“Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões
interlocutórias e despachos.
§ 1o Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais,
sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento
nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem
como extingue a execução.
§ 2o Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza
decisória que não se enquadre no § 1o.
§ 3o São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no
processo, de ofício ou a requerimento da parte.
§ 4o Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória,
independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e
revistos pelo juiz quando necessário.
Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
Art. 205. Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão
redigidos, datados e assinados pelos juízes.”
*Fonte: Novo CPC
4.2.6. PETIÇÃO AVULSA OU DIVERSA

• Peticionamento sem nomenclatura


própria que pode conter pleitos diversos,
desde a juntada de um documento aos
autos até a concessão de um pleito
emergencial.
4.2.7. NOMENCLATURA PARA REFERÊNCIA AO
MAGISTRADO

Vossa Eminência
Vossa Excelência
Vossa Senhoria
4.2.8. SÚMULA E JURISPRUDÊNCIA
• JURISPRUDÊNCIA SÃO DECISÕES DOS TRIBUNAIS.
• DIFERENÇA ENTRE SÚMULA E JURISPRUDÊNCIA: “Uma súmula
é um resumo da jurisprudência sobre certo assunto. Os
tribunais podem decidir por elaborarem-na com a finalidade
de orientar” afirma o desembargador. “A diferença entre
súmula e jurisprudência é que nesta não é preciso haver uma
síntese sobre as decisões dos tribunais. Quem quiser observar
as decisões deles que estude e diga, a partir de avaliações dos
acórdãos, que aquela é a jurisprudência do tribunal”, informa.
“Quando o tribunal acha que aquele assunto é importante ele
faz uma súmula. Ele resume aquilo ali e numera”, completa.
Segundo Erhardt, há um procedimento processual para que a
súmula seja feita. Ela deve ter uma base “firme”. “Não deve
ser algo aleatório. Súmula é feita quando está bem
consolidada, para não ficar mudando a todo o momento”,
complementa. Entre elas há a súmula vinculante, que só pode
ser expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem poder
de lei, pois obriga os juízes a decidirem a partir daquela
deliberação.
*FONTE: http://www.folhape.com.br/blogdosconcursos/?p=26364
JURISPRUDÊNCIA BIZARRA
Um dos casos mais absurdos que chegaram à Justiça
trabalhista nos últimos tempos foi julgado (e arquivado)
pela 8ª Vara do Trabalho de Goiânia, no ano passado. Na
reclamatória, o empregado pede indenização à empresa
em que trabalhava por ter sido “acometido de fimose,
doença que se agravou pelo peso que o funcionário
carregava diariamente no trabalho”. O juiz Platon Teixeira
de Azevedo Neto rejeitou o pedido do trabalhador, visto
ser “evidente que fimose não tem qualquer relação com
o trabalho, jamais podendo ser caracterizada como
doença ocupacional”. E completa: “Impossível alegar que
o problema no membro atingido pudesse provocar perda
ou redução da capacidade para o trabalho, já que o ‘dito
cujo’ não deve ser usado no ambiente de trabalho”.
*Fonte: http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/os-curiosos-casos-da-
justica-do-trabalho-bidkfuav47yfeztyfstu4ya1a
4.2.9. NOÇÕES DE BENEFÍCIOS
PREVIDENCIÁRIOS

• B91 – AUXÍLIO DOENÇA ACIDENTÁRIO


• B31 – AUXÍLIO DOENÇA
• B92 – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
ACIDENTÁRIA
• B32 – APOSENTADORIA POR INVALIDEZ
PREVIDENCIÁRIA
• B94 – AUXÍLIO ACIDENTE
• NTEP – NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO
• CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
• CALCULO DE BENEFÍCIOS: LINK ABAIXO:
http://www.previdencia.gov.br/servicos-ao-cidadao/informacoes-gerais/valor-beneficios-incapacidade/
INCAPACIDADE INCAPACIDADE INCAPACIDAD
TOTAL TOTAL E PARCIAL
PROVISÓRIA PERMANENTE PERMANETE

B92
RELACIONADA B91 (AUXÍLIO (APOSENTADORIA
B94 (AUXÍLIO
AO TRABALHO DOENÇA POR INVALIDEZ
ACIDENTE)
ACIDENTÁRIO) POR ACIDENTE DE
TRABALHO)

NÃO B31 (AUXÍLIO B32


RELACIONADA DOENÇA) (APOSENTADORIA
AO TRABALHO POR INVALIDEZ)
LEI 8.213/1991
DAS PRESTAÇÕES EM GERAL
Seção IDas Espécies de Prestações
Art. 18. O Regime Geral de Previdência Social compreende as seguintes
prestações, devidas inclusive em razão de eventos decorrentes de acidente
do trabalho, expressas em benefícios e serviços:
I - quanto ao segurado:
a) aposentadoria por invalidez;
b) aposentadoria por idade;
c) aposentadoria por tempo de contribuição;
d) aposentadoria especial;
e) auxílio-doença;
f) salário-família;
g) salário-maternidade;
h) auxílio-acidente;
II - quanto ao dependente:
a) pensão por morte;
b) auxílio-reclusão;
III - quanto ao segurado e dependente:
b) serviço social;
c) reabilitação profissional.
DECRETO 3.048/1999
“Art. 337. O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela
perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o
trabalho e o agravo. (Redação dada pelo Decreto nº 6.042, de 2007).
I - o acidente e a lesão;
II - a doença e o trabalho; e
III - a causa mortis e o acidente.
§ 1º O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social
reconhecerá o direito do segurado à habilitação do benefício acidentário.
§ 2º Será considerado agravamento do acidente aquele sofrido pelo
acidentado quanto estiver sob a responsabilidade da reabilitação
profissional.
§ 3o Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo
quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da
empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na
Classificação Internacional de Doenças - CID em conformidade com o
disposto na Lista C do Anexo II deste Regulamento. (Redação dada pelo
Decreto nº 6.957, de 2009)”
4.2.10. TUTELAS PROVISÓRIAS

• TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA E DE EVIDÊNCIA


(ART. 311 DO NCPC)
• TUTELA PROVISÓRIA ANTECIPADA OU CAUTELAR
• TUTELA PROVISÓRIA ANTECEDENTE E INCIDENTAL

NCPC. “Art. 294. A tutela provisória pode


fundamentar-se em urgência ou evidência.
Parágrafo único. A tutela provisória de urgência,
cautelar ou antecipada, pode ser concedida em caráter
antecedente ou incidental.
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil
do processo.”
4.3. PROCEDIMENTOS DO PROCESSO

• CLT e
PROCESSO DO TRABALHO CPC

PROCESSO NA JUSTIÇA COMUM • CPC

PROCESSO NA JUSTIÇA FEDERAL • CPC


4.4. PROCESSOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO

• COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO


(ARTIGO 114 DA CF/1988)

• NOMENCLATURA DAS PARTES:


 RECLAMANTE VERSUS RECLAMADO (RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA)
 CONSIGNANTE VERSUS CONSIGNADO (CONSIGNAÇÃO EM
PAGAMENTO)
 RECONVINTE VERSUS RECONVINDO (NA RECONVENÇÃO)
...CONTINUAÇÃO
• TRAMITE PROCESSUAL:
 SUMÁRIO ≤ 2 SAL. MÍNIMOS.
 SUMARÍSSIMO > 2 SAL. MÍNIMOS ≤ 40 SAL. MÍNIMOS.
 RITO ORDINÁRIO > 40 SALÁRIOS MÍNIMOS.

• PROCESSOS RELEVANTES AO CURSO


 AÇÕES INDENIZATÓRIAS E REINTEGRATÓRIAS QUE
ENVOLVAM MATÉRIA RELACIONADA A INCAPACIDADE
FUNCIONAL POR DOENÇA OCUPACIONAL, ACIDENTE DE
TRABALHO OU ACIDENTE DE PERCURSO;
 OUTRAS.

• ONUS DA PROVA:
 DO AUTOR: DO FATO CONSTITUTIVO DO SEU DIREITO.
 DO RÉU: DO FATO MODIFICATIVO, IMPEDITIVO OU
EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR.
 PODE HAVER INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
CF/1988:
“Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de
direito público externo e da administração pública direta e indireta
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre
sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data ,
quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua
jurisdição;
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição
trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial,
decorrentes da relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de
trabalho;
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art.
195, I, a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças
que proferir;
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma
da lei.”
(GRIFO NOSSO)
4.5. PROCESSOS NA JUSTIÇA FEDERAL E
JUIZADOS FEDERAIS
• COMPETÊNCIA (ARTIGO 109 DA CF/1988)
• NOMENCLATURA DAS PARTES
 AUTOR VERSUS RÉU.

• PROCESSOS RELEVANTES AO CURSO:


 AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS QUE ENVOLVAM MATÉRIA
RELACIONADA A INCAPACIDADE FUNCIONAL POR DOENÇA NÃO
RELACIONADA AO TRABALHO (B31 E B32) ;
 AÇÕES INDENIZATÓRIAS E REINTEGRATÓRIAS RELACIONADAS A
INCAPACIDADE FUNCIONAL CONTRA A UNIÃO (OU ENTES
PÚBLICOS FEDERAIS) DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
ESTATUTÁRIOS;
 OUTRAS.

• ONUS DA PROVA:
 DO AUTOR: DO FATO CONSTITUTIVO DO SEU DIREITO.
 DO RÉU: DO FATO MODIFICATIVO, IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO
DIREITO DO AUTOR.
 PODE HAVER INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.
CF/1988:
“Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:
I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem
interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou pessoa
domiciliada ou residente no País;
III - as causas fundadas em tratado ou contrato da União com Estado estrangeiro ou organismo
internacional;
IV - os crimes políticos e as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou
interesse da União ou de suas entidades autárquicas ou empresas públicas, excluídas as
contravenções e ressalvada a competência da Justiça Militar e da Justiça Eleitoral;
V - os crimes previstos em tratado ou convenção internacional, quando, iniciada a execução no
País, o resultado tenha ou devesse ter ocorrido no estrangeiro, ou reciprocamente;
V-A as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;
VI - os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei, contra o
sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;
VII - os habeas corpus, em matéria criminal de sua competência ou quando o constrangimento
provier de autoridade cujos atos não estejam diretamente sujeitos a outra jurisdição;
VIII - os mandados de segurança e os habeas data contra ato de autoridade federal, excetuados
os casos de competência dos tribunais federais;
IX - os crimes cometidos a bordo de navios ou aeronaves, ressalvada a competência da Justiça
Militar;
X - os crimes de ingresso ou permanência irregular de estrangeiro, a execução de carta
rogatória, após o "exequatur", e de sentença estrangeira, após a homologação, as causas
referentes à nacionalidade, inclusive a respectiva opção, e à naturalização;
XI - a disputa sobre direitos indígenas.”
(GRIFO NOSSO)
4.6. PROCESSOS NA JUSTIÇA COMUM
• COMPETÊNCIA (RESIDUAL)
• NOMENCLATURA DAS PARTES
 AUTOR VERSUS RÉU.
• PROCESSOS RELEVANTES AO CURSO:
 AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS QUE ENVOLVAM MATÉRIA
RELACIONADA A INCAPACIDADE FUNCIONAL POR DOENÇA
OCUPACIONAL, ACIDENTE DE TRABALHO OU ACIDENTE DE
PERCURSO (B91, B92 E B94);
 AÇÕES INDENIZATÓRIAS E REINTEGRATÓRIAS RELACIONADAS A
INCAPACIDADE FUNCIONAL CONTRA ESTADOS E MUNICÍPIOS (OU
ENTES PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS) DE FUNCIONÁRIOS
PÚBLICOS ESTATUTÁRIOS;
 AÇÕES INDENIZATÓRIAS RELACIONADAS A INCAPACIDADE
FUNCIONAL POR ACIDENTE DE TRANSITO (P. EX.: DPVAT);
 OUTRAS.
• ONUS DA PROVA:
 DO AUTOR: DO FATO CONSTITUTIVO DO SEU DIREITO.
 DO RÉU: DO FATO MODIFICATIVO, IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO
DIREITO DO AUTOR.
 PODE HAVER INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
PERÍCIA É A PROVA TÉCNICA
PRODUZIDA NOS PROCESSOS
JUDICIAIS
VOCE ESTÁ AQUI...

ÓRGÃOS
PODER PROCESSO PERÍCIA
NORMAS DO
JUDICIÁRIO JUDICIAL JUDICIAL
JUDICIÁRIO
5. PROVA PERICIAL

5.1. O QUE É PERÍCIA?


5.2. NORMATIZAÇÃO DA PROVA PERICIAL
5.3. COMO OCORRE A NOMEAÇÃO DO PERITO? E QUAIS OS DEVERES DO
PERITO?
5.4. QUAL O PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL?
5.5. QUESITOS DO JUIZO E DAS PARTES
5.6. ESCLARECIMENTOS SOBRE LAUDO PERICIAL
5.7. REMUNERAÇÃO
5.8. DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA
5.9. COMO PETICIONAR AO JUÍZO NA CONDIÇÃO DE PERITO OU
ASSISTENTE TÉCNICO
5.10. LAUDO COMPARTILHADO
5.11. PERÍCIA NOS PROCESSOS JUDICIAIS DE DPVAT
5.12. PROVA ORAL EM AUDIÊNCIA
5.13. PERÍCIA CONSENSUAL
5.14. GRAVAÇÃO DO ATO PERICIAL
5.1. O QUE É PERÍCIA?

Pericia judicial é a forma de produção de prova por


parte de um profissional que tem a indicação de um juiz,
no caso o Perito Judicial é o profissional possuidor de
diploma de grau superior ou provido de conhecimento
técnico, científico ou artístico, na precisa expressão do
chamado ”notório saber”, legalmente habilitado ou
munido de parecer de suficiência emitido por entidade
de reconhecimento público, dentro do território
nacional, nomeado pelo Juízo para atuar em processo
judicial que tramite em Varas e Tribunais de Justiça
Regionais, Estaduais e Federais, com a finalidade de
pesquisar e informar a verdade sobre as questões
propostas, através de laudos.
*http://beatriziolanda.com/?p=5394
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

“Art. 464. A prova pericial consiste em exame,


vistoria ou avaliação.
§ 1o O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender de
conhecimento especial de técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas
produzidas;
III - a verificação for impraticável.”
5.2. REGULAMENTAÇÃO DA PROVA PERICIAL

• CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (artigo 464 a 480 do Código


de Processo Civil)
• CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (790-B, 852-H,
da CLT)
5.3. COMO OCORRE A NOMEAÇÃO DO
PERITO? E QUAIS OS DEVERES DO PERITO?

• VIDE ATA DE AUDIÊNCIA.


• CPC. “Art. 465. O juiz nomeará perito
especializado no objeto da perícia e fixará de
imediato o prazo para a entrega do laudo.”
(GRIFO NOSSO)
• CPC. “Art. 466. O perito cumprirá
escrupulosamente o encargo que lhe foi
cometido, independentemente de termo de
compromisso.”
5.3.1. QUAIS OS DEVERES DO PERITO
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
“Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I - a exposição do objeto da perícia;
II - a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III - a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e
demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas
da área do conhecimento da qual se originou;
IV - resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo
juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em
linguagem simples e com coerência lógica, indicando como
alcançou suas conclusões.
§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação,
bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico
ou científico do objeto da perícia.”
5.4. QUAL O PRAZO PARA APRESENTAÇÃO
DO LAUDO PERICIAL?
• A SER FIXADO PELO JUÍZO.
5.4.1. CONTAGEM DO PRAZO

• NA JUSTIÇA COMUM E FEDERAL – CPC: “Art. 219. Na


contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz,
computar-se-ão somente os dias úteis.” (GRIFO NOSSO)

• NA JUSTIÇA DO TRABALHO – CLT: ”Art. 775. Os prazos


estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do
começo e inclusão do dia do vencimento, e são contínuos e
irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo
tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em
virtude de força maior, devidamente comprovada.
Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado,
domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia útil
seguinte.” (GRIFO NOSSO)
NA JT, SE FOR APROVADA A REFORMA
TRABALHISTA...
PROPOSTA DO PL 6787/2016:
“Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título são
contados em dias úteis, com exclusão do dia do
começo e com inclusão do dia do vencimento. § 1º
Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou
dia feriado terminarão no primeiro dia útil seguinte.
§ 2º Os prazos podem ser prorrogados nas
seguintes hipóteses: I - quando o juiz ou o tribunal
entender como necessário; ou II - por motivo de
força maior, devidamente comprovada.” (NR)
5.4.2. PRORROGAÇÃO DO PRAZO

• CPC: Art. 476. Se o perito, por motivo justificado,


não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o
juiz poderá conceder-lhe, por uma vez,
prorrogação pela metade do prazo originalmente
fixado.
5.5. QUESITOS DO JUIZO E DAS PARTES

• VIDE:
a) Petição de Indicação de Assistente
técnico e Formulação de Quesitos;
b) Ata de Audiência com Quesitos do Juízo;
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

“ Art. 470. Incumbe ao juiz:


I - indeferir quesitos impertinentes;
II - formular os quesitos que entender necessários
ao esclarecimento da causa.”

“Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos


suplementares durante a diligência, que poderão ser
respondidos pelo perito previamente ou na
audiência de instrução e julgamento.”
5.6. ESCLARECIMENTOS SOBRE LAUDO
PERICIAL
CPC: “Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo
fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de
instrução e julgamento.
§ 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre
o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias,
podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual
prazo, apresentar seu respectivo parecer.
§ 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias,
esclarecer ponto:
I - sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das
partes, do juiz ou do órgão do Ministério Público;
II - divergente apresentado no parecer do assistente técnico da
parte.
§ 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte
requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente
técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento,
formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.”
5.6.1. IMPUGNAÇÃO DO LAUDO PERICIAL

Principais fundamentos do advogado:


• Ausência de literatura atualizada;
• Existência de erros materiais no laudo pericial;
• Ausência de resposta a quesitos;
• Demonstração de intimidade entre perito e
assistente técnico da parte adversa (quebra da
imparcialidade);
• Ausência de qualificação técnica do perito
(importância da demonstração da capacitação);
• Incongruência ou contradição de informações no
laudo técnico.
5.6.2. DAS OFENSAS PROCESSUAIS

• NCPC. “Art. 202. É vedado lançar nos autos


cotas marginais ou interlineares, as quais o
juiz mandará riscar, impondo a quem as
escrever multa correspondente à metade do
salário-mínimo.”
5.7. QUANTO GANHA UM PERITO E QUEM
PAGA A ELE???
5.7.1. REMUNERAÇÃO DO PERITO

• ARBITRAMENTO PELO MAGISTRADO.


• NOS CASOS DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIAS (DL
1.060/1950) – RESOLUÇÃO CNJ 232/2016. (vide ATA
DE AUDIENCIA)
• PEDIDO FIXAÇÃO OU DE MAJORAÇÃO (vide MODELO
DE PETIÇÃO DE LIBERAÇÃO OU MAJORAÇÃO):
• CPC: “ART. 465. § 2o Ciente da nomeação, o perito
apresentará em 5 (cinco) dias:
I - proposta de honorários;
II - currículo, com comprovação de especialização;
III - contatos profissionais, em especial o endereço
eletrônico, para onde serão dirigidas as intimações
pessoais.
5.7.2. QUEM PAGA AO PERITO??
• CLT. “Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários
periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se
beneficiária de justiça gratuita.” (GRIFO NOSSO)
• CPC. “Art. 95. Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico
que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver
requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício
ou requerida por ambas as partes.
§ 1o O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo pagamento dos
honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente.
§ 2o A quantia recolhida em depósito bancário à ordem do juízo será
corrigida monetariamente e paga de acordo com o art. 465, § 4o.
§ 3o Quando o pagamento da perícia for de responsabilidade de
beneficiário de gratuidade da justiça, ela poderá ser:
I - custeada com recursos alocados no orçamento do ente público e
realizada por servidor do Poder Judiciário ou por órgão público conveniado;
II - paga com recursos alocados no orçamento da União, do Estado ou do
Distrito Federal, no caso de ser realizada por particular, hipótese em que o
valor será fixado conforme tabela do tribunal respectivo ou, em caso de sua
omissão, do Conselho Nacional de Justiça. (...)”
5.8. DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA

5.8.1. ATIVIDADE E REGULAMENTAÇÃO


5.8.2. REMUNERAÇÃO E CONTRATOS
5.8.3. PRAZOS
5.8.3. COMO FORMULAR QUESITOS
5.8.1. ATIVIDADE NA ASSISTÊNCIA TÉCNICA
JUDICIAL

O perito é um cidadão qualquer com curso superior


na área em que se desenrolar a perícia. Ele é de
confiança da justiça e escreverá um laudo que será
uma prova no processo. O assistente técnico é
contratado e pago pela parte para representá-la na
perícia, sendo de confiança dela e podendo ser
também qualquer um.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
“ART. 466. § 1o Os assistentes técnicos são de confiança
da parte e não estão sujeitos a impedimento ou
suspeição.
§ 2o O perito deve assegurar aos assistentes das partes
o acesso e o acompanhamento das diligências e dos
exames que realizar, com prévia comunicação,
comprovada nos autos, com antecedência mínima de 5
(cinco) dias.” (GRIFO NOSSO)

“ART. 473. § 3o Para o desempenho de sua função, o


perito e os assistentes técnicos podem valer-se de
todos os meios necessários, ouvindo testemunhas,
obtendo informações, solicitando documentos que
estejam em poder da parte, de terceiros ou em
repartições públicas, bem como instruir o laudo com
planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou
outros elementos necessários ao esclarecimento do
objeto da perícia.” (GRIFO NOSSO)
• Perito Judicial = Assiste o Juiz.
– É imparcial.
– Produz um Laudo Pericial.

• Assistente Técnico = Assiste a parte que lhe


contratou.
– É parcial.
– Produz um Parecer Técnico.
SINOPSE DA PROVA PERICIAL

Assistente Técnico Assistente Técnico

Perito Judicial
5.8.2. REMUNERAÇÃO E CONTRATO DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
5.8.2.1. QUANTO GANHA UM ASSISTENTE
TÉCNICO E EM QUE MOMENTO ELE RECEBE O
VALOR AJUSTADO??
5.8.2.2. REQUISITOS BÁSICOS DE QUALQUER
CONTRATO:
CÓDIGO CIVIL. Art. 104. A validade do negócio
jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou
determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.

5.8.2.3. CONTRATO DE REMUNERAÇÃO


IMEDIATA (VIDE CONTRATO)
5.8.2.3. CONTRATO DE RISCO (VIDE CONTRATO)

CÓDIGO CIVIL
Art. 112. Nas declarações de vontade se
atenderá mais à intenção nelas
consubstanciada do que ao sentido literal da
linguagem.
Art. 594. Toda a espécie de serviço ou
trabalho lícito, material ou imaterial, pode
ser contratada mediante retribuição.
5.8.3. PRAZOS

NCPC

“ART. 465. § 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias


contados da intimação do despacho de nomeação do perito:
I - arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
II - indicar assistente técnico;
III - apresentar quesitos.”

“Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado


pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de
instrução e julgamento.
§ 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se
sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze)
dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em
igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.”
DINÂMICA PERICIAL Pelo menos 5 dias
de antecedência

Notificação do
- Designação da Perito
Perícia Agenda a
- Nomeação do Perícia e
Perito comunica às
15 dias
- Determinação do partes: Data,
Prazo para As partes indicam hora e local.
entrega do laudo seus Assistentes
Técnicos e Formulam
Quesitos
Perito presta os
esclarecimentos 15 dias
e responde
quesitos
suplementares Os Assistentes As partes se
Técnicos apresentam manifestam sobre o
seus pareceres laudo pericial
5.8.4. COMO FORMULAR QUESITOS

• QUESITOS RELACIONADOS AO NEXO CAUSAL


• QUESITOS RELACIONADOS A PATOLOGIA E SEU
GRAU DE EXTENSÃO
• QUESITOS RELACIONADOS A CULPA (NEGLIGÊNCIA,
IMPRUDÊNCIA E IMPERÍCIA) DO EMPREGADOR;
• ANÁLISE DAS QUESTÕES EXTERNAS AO CONTRATO
DE TRABALHO (EM CASO DE ASSISTÊNCIA AO
EMPREGADOR);
• ENQUADRAMENTO NO ANEXO II DO DECRETO
3.048/1999 (EM CASO DE ASSITÊNCIA AO
EMPREGADO)
5.9. COMO PETICIONAR AO JUÍZO

• Endereçamento (vide Petição Avulsa)


• Identificação
• Pedido
5.10. LAUDO COMPARTILHADO
• CPC: “Art. 475. Tratando-se de perícia complexa
que abranja mais de uma área de conhecimento
especializado, o juiz poderá nomear mais de um
perito, e a parte, indicar mais de um assistente
técnico.” (GRIFO NOSSO)
5.11. PERÍCIA NOS PROCESSOS JUDICIAIS DE
DPVAT

• O que é o DPVAT?? É o Seguro de Danos


Pessoais Causados por Veículos
Automotores de Vias Terrestres, é o
"Seguro Obrigatório" que é pago
anualmente junto com a primeira parcela
do IPVA, ou na Cota Única.
AINDA SOBRE DPVAT...
Qual o valor do Seguro?? (VIDE Lei 6194/1974)
Art. 3o Os danos pessoais cobertos pelo seguro estabelecido no art.
2o desta Lei compreendem as indenizações por morte, por invalidez
permanente, total ou parcial, e por despesas de assistência médica
e suplementares, nos valores e conforme as regras que se seguem,
por pessoa vitimada: (Redação dada pela Lei nº 11.945, de
2009). (Produção de efeitos).
a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.482, de 2007)
b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.482, de 2007)
c) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 11.482, de 2007)
I - R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) - no caso de
morte; (Incluído pela Lei nº 11.482, de 2007)
II - até R$ 13.500,00 (treze mil e quinhentos reais) - no caso de
invalidez permanente; e (Incluído pela Lei nº 11.482, de 2007)
III - até R$ 2.700,00 (dois mil e setecentos reais) - como reembolso
à vítima - no caso de despesas de assistência médica e
suplementares devidamente comprovadas. (Incluído pela Lei nº
11.482, de 2007)

Em que seguradora é solicitado? http://www.susep.gov.br/setores-


susep/cgpro/seguradoras-dpvat
QUAL O VALOR DA INDENIZAÇÃO DO DPVAT??
DIANTE DESTE CONTEXTO, É POSSÍVEL A
ELABORAÇÃO DE LAUDO PERICIAL PELO
FISIOTERAPEUTA NOS CASOS DE
INDENIZAÇÃO SOBRE DPVAT?
ESTATÍSTICAS DPVAT!!!

*EXTRAÍDO DO SITE: http://www.vias-


seguras.com/os_acidentes/estatisticas/estatisticas_nacionais/estatisticas_do_seguro_dpvat
5.12. PROVA ORAL EM AUDIÊNCIA
Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência,
ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente:
I - o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos
quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma
do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito;
II - o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos
pessoais;
III - as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão
inquiridas.
Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes
técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados
e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz.
O QUE É PERÍCIA CONSENSUAL?????
5.13. PERÍCIA CONSENSUAL

Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito,


indicando-o mediante requerimento, desde que:
I - sejam plenamente capazes;
II - a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1o As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos
assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que
se realizará em data e local previamente anunciados.
§ 2o O perito e os assistentes técnicos devem entregar,
respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que
seria realizada por perito nomeado pelo juiz.

A PERÍCIA CONSENSUAL DIZ RESPEITO AO PERITO SELECIONADO E


NÃO PROPRIAMENTE À PROVA.
5.14. GRAVAÇÃO DO ATO PERICIAL, É
POSSÍVEL???
5.14.1 GRAVAÇÃO DE ATOS PROCESSUAIS

5.14.1. DA GRAVAÇÃO DE ATOS PROCESSUAIS PELAS PARTES E ADVOGADOS;


Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o
ocorrido na audiência, bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a
sentença, se proferida no ato.
§ 1o Quando o termo não for registrado em meio eletrônico, o juiz rubricar-lhe-á
as folhas, que serão encadernadas em volume próprio.
§ 2o Subscreverão o termo o juiz, os advogados, o membro do Ministério Público
e o escrivão ou chefe de secretaria, dispensadas as partes, exceto quando houver
ato de disposição para cuja prática os advogados não tenham poderes.
§ 3o O escrivão ou chefe de secretaria trasladará para os autos cópia autêntica do
termo de audiência.
§ 4o Tratando-se de autos eletrônicos, observar-se-á o disposto neste Código, em
legislação específica e nas normas internas dos tribunais.
§ 5o A audiência poderá ser integralmente gravada em imagem e em áudio, em
meio digital ou analógico, desde que assegure o rápido acesso das partes e dos
órgãos julgadores, observada a legislação específica.
§ 6o A gravação a que se refere o § 5o também pode ser realizada diretamente
por qualquer das partes, independentemente de autorização judicial.
5.14.2. DA GRAVAÇÃO AMBIENTE.
PENAL E PROCESSUAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO PRÓPRIO. OPERAÇÃO
"URAGANO". CORRUPÇÃO ATIVA. GRAVAÇÃO AMBIENTAL. CAPTAÇÃO DE ÁUDIO E IMAGEM
REALIZADA POR UM DOS INTERLOCUTORES. DESCONHECIMENTO DO OUTRO (ORA PACIENTE).
CONVERSA GRAVADA NA RESIDÊNCIA DO ACUSADO. LICITUDE DA PROVA. TRANCAMENTO DA
AÇÃO PENAL. IMPOSSIBILIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.
1. A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, acompanhando a orientação da Primeira
Turma do Supremo Tribunal Federal, firmou-se no sentido de que o habeas corpus não pode ser
utilizado como substituto de recurso próprio, sob pena de desvirtuar a finalidade dessa garantia
constitucional, exceto quando a ilegalidade apontada for flagrante, hipótese em que se concede
habeas corpus de ofício.
2. O acórdão hostilizado encontra-se em harmonia com a jurisprudência do Superior Tribunal
de Justiça no sentido de que a gravação ambiental realizada por um dos interlocutores, sem o
consentimento do outro, é lícita, ainda que obtida sem autorização judicial, podendo ser
validamente utilizada como elemento de prova, uma vez que a proteção conferida pela Lei
n. 9.296/1996 se restringe às interceptações de comunicações telefônicas.
3. No caso, a gravação ambiental ocorreu no domicílio do paciente, com o conhecimento de um
dos interlocutores ex-secretário de governo que agiu na condição de informante e colaborador ,
sendo realizada com a devida autorização judicial. Na ocasião, o acusado convidou o servidor
público municipal a entrar e permanecer na sua residência, não restando evidenciado na
hipótese o caráter secreto da conversa captada, tampouco a obrigação jurídica de sigilo.
4. As garantias previstas no art. 5º, XII, da Constituição Federal têm por objetivo preservar a
dignidade da pessoa humana e o direito à intimidade da vida privada. Tal restrição, contudo, não
deve prevalecer sobre o interesse público, tendo em vista que as garantias constitucionais não
podem servir para proteger atividades ilícitas ou criminosas, sob pena de inversão de valores
jurídicos.
5. Habeas corpus não conhecido. (STJ, HC 222818 MS 2011/0254917-8, Ministro GURGEL DE
FARIA, T5 - QUINTA TURMA, DJe 25/11/2014)
PACIFICAÇÃO DO TEMA PELO STF...

Pleno do Supremo Tribunal Federal admite gravação


ambiental clandestina como prova lícita (Informativo
536)
PLENÁRIO
Licitude da Gravação Ambiental Promovida por
Interlocutor
É lícita a gravação ambiental de diálogo realizada por
um de seus interlocutores. Esse foi o entendimento
firmado pela maioria do Plenário em ação penal
movida contra ex-Prefeito, atual Deputado Federal, e
outra, pela suposta prática do delito de prevaricação
(CP , art. 319) e de crime de responsabilidade (Decreto-
Lei 201 /67, art.1º , XIV). Narrava a denúncia que os
então Prefeito e Secretária Municipal de Transportes e
Serviços Públicos de Município...
5.14.3. DA DEGRAVAÇÃO. Aplicação Analógica do
artigo 417, §1º do antigo CPC e 460, §§1º e 2º,
do NCPC, que tratam da transcrição de
depoimentos.

5.14.4. DA ATA NOTORIAL NO NCPC


Art. 384. A existência e o modo de existir de
algum fato podem ser atestados ou
documentados, a requerimento do
interessado, mediante ata lavrada por tabelião.
Parágrafo único. Dados representados por
imagem ou som gravados em arquivos
eletrônicos poderão constar da ata notarial.
A PROVA PERICIAL É IMPORTANTE PARA
A ORIENTAR O JUÍZO A ANALISAR A
RESPONSABILIDADE CIVIL
VOCE ESTÁ AQUI...

ÓRGÃOS
PODER PROCESSO PERÍCIA
NORMAS DO
JUDICIÁRIO JUDICIAL JUDICIAL
JUDICIÁRIO
6. RESPONSABILIDADE CIVIL
• ELEMENTOS (DANO, NEXO CAUSAL E CULPA)
• OBJETIVA E SUBJETIVA
• ESPÉCIES DE DANO - NEXO DE CAUSALIDADE

COM RELAÇÃO À MATÉRIA ACIDENTE DE TRABALHO:


Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: XXVIII - seguro contra
acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir
a indenização a que este está obrigado, quando incorrer
em dolo ou culpa;
6.1. CULPA (SENTIDO JURÍDICO)

• IMPRUDÊNCIA: VIOLAÇÃO DE UM DIREITO POR AGIR DE


FORMA PREJUDICIAL. (P. EX.: EMPREGADOR QUE
FORNECE AMBIENTE DE TRABALHO INADEQUADO AO
EMPREGADO).
• NEGLIGÊNCIA: VIOLAÇÃO DE UM DIREITO POR DEIXAR
DE AGIR QUANDO DEVERIA. (P. EX.: EMPREGADOR QUE
DEIXA DE CONCEDER, AO EMPREGADO, AS PAUSAS
LEGAIS).
• IMPERÍCIA: VIOLAÇÃO DE UM DIREITO POR FALTA DE
HABILITAÇÃO TÉCNICA. (P. EX.: QUANDO UM
MOTORISTA DE UM CAMINHÃO PROVOCA UM
ACIDENTE, POR ESTAR CONDUZINDO UM VEÍCULO SEM
APTIDÃO TÉCNICA OU HABILITAÇÃO ADEQUADA).
7. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO DO
MAGISTRADO
• DESCONSIDERAÇÃO DA PROVA PERICIAL
8. CAPTAÇÃO DE TRABALHO COMO PERITO E
ASSISTÊNTE TÉCNICO
• VISITA A MAGISTRADOS
• ENVIO DE CURRICULOS E CADASTRAMENTO NO
JUDICIÁRIO;
• COMO ABORDAR AS VARAS DOS JUÍZOS
• VISITA A ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA

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