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ELETROMECÂNICA DE ENERGIA
Aula 07
Revisão
• Corrente de excitação: circuito elétrico equivalente do eletroímã, desprezando
a histerese
iφ1
iφ1
iφ ic
E
ic im im Ic: corrente relacionada às
iφ perdas no núcleo
Im : corrente de magnetização
Revisão
• Dispersão do fluxo magnético
Tópicos da Aula de Hoje
• Transformadores
Princípio de operação do transformador
Transformador ideal
Transformador real
Circuito equivalente
Transformadores
transformador utilizado em
sistemas de distribuição
Transformadores
transformador utilizado em
subestação de sistemas
industriais
Transformadores
transformador utilizado em subestação de sistemas de distribuição
(cerca de 3,5 metros de altura)
Transformadores
Corte em um transformador
(bobinas, buchas, radiador)
Transformadores
Transformadores
Transformador utilizado para realizar casamento de impedância em circuito
impresso.
Transformadores
Diagrama equivalente:
Transformadores
Tipos de núcleo:
v1 e1 e2 v2
v1 e1 e2 v2
V1 = aV2
v1 e1 e2 v2
I 2*
S1 = V1 I 1* = aV2 = V2 I 2* = S 2
a
V2
V1 E1 E2
N1 N 2
Com base no circuito acima, temos que a impedância nos terminais do secundário é
dada por:
V2
Z2 =
I2
Analogamente, a impedância equivalente vista dos terminais do primário (vista pela
fonte) é:
V1
Z1 =
I1
Assim, temos:
V1 aV2 V
Z1 = = = a2 2 = a2Z2
I1 I2 I2
a
Transformador Ideal: impedância refletida
Isto significa que a impedância conectada ao terminal do secundário produz no primário
o mesmo efeito que o produzido por uma impedância equivalente Z’2 conectada aos
terminais do primário cujo valor é igual a a2Z2 = (N1/N2)2Z2. Z’2 é chamada de
impedância do secundário refletida ao primário
I1 I2
I1
Z 2' = a 2 Z 2
V1 V1 Z 2' = a 2 Z 2
N1 N 2
De maneira similar, as correntes e tensões podem ser refletidas de uma lado para o outro
através da relação de espiras:
N2 I
I1 = I2 = 2
N1 a
V = N1
V2 = aV2
1 N2
Transformador Real
Um transformador ideal não apresenta perdas; toda potência aplicada ao primário é
entregue à carga. Contudo, transformadores reais desviam do modelo ideal devido aos
seguintes fatores:
• As resistências dos enrolamentos não são desprezíveis
• A permeabilidade do núcleo é finita (portanto é necessário haver uma corrente de
magnetização não nula e a relutância do núcleo é diferente de zero)
• Há dispersão do fluxo magnético
• Há perdas no núcleo (por correntes parasitas e histerese)
φm
i1 R1 R2 i
2
+
+ +
v1(t) e11 φl1 φl2 e22
− −
fmmlíquida = ℜ cφ m = N 1i1 − N 2 i2
N 1i1 − N 2 i2
φm =
ℜc
dλ1 d (φl 1 + φ m ) dφ l 1 dφ m
e
11 = = N 1 = N 1 + N 1
dt dt dt dt (2)
e = dλ2 = N d (− φl 2 + φ m ) = − N dφl 2 + N dφ m
22 dt
2
dt
2
dt
2
dt
Ll1 Ll 2
φl1 = i1 φl 2 = i2
N1 N2
E as fem induzidas pelo fluxo mútuo φm como
dφ m dφ m
e1 = N1 e2 = N 2 (4)
dt dt
Transformador Real
Substituindo-se (2), (3) e (4) em (1), temos
dφ l 1 dφ m
v
1 = R i
11 + N 1 + N 1
dt dt
v = − R i − N dφl 2 + N dφ m
2 2 2 2
dt
2
dt
Portanto:
d Ll1i1
1
v = R i
11 + N 1 + e1
dt N1
d Ll 2 i2
v = − R i − N + e2
2 2 2 2
dt N 2
ou:
d
1v = R i
11 + Ll1 i1 + e1
dt
v2 = − R2i2 − Ll 2 d i2 + e2
dt
Transformador Real
i1 Ll1 R1 R2 Ll2 i
2
+ +
v1(t) e1 e2
− −
Em fasores, temos:
V1 = R1 I1 + jωLl1 I1 + E1
V2 = − R2 I 2 − jωLl 2 I 2 + E 2
ou:
V1 = R1 I1 + jX l1 I1 + E1
V2 = − R2 I 2 − jX l 2 I 2 + E2
Definindo-se:
Z1 = R1 + j Xl1 = impedância interna do primário
Z2 = R2 + j Xl2 = impedância interna do secundário
Transformador Real
Tem-se
E1 = V1 − Z1 I1
E 2 = V2 + Z 2 I 2
Onde:
E1 = 4,44 f N1 φm e E2 = 4,44 f N2 φm
Portanto:
E1/ E2 = N1/N2 = a
A relação de espiras é igual à relação entre as tensões induzidas pelo fluxo mútuo
nos enrolamentos primário e secundário.
Transformador Real
Corrente de excitação:
É conveniente decompor a corrente do primário em duas componentes:
I1 = I φ + I ' 2
Onde:
I '2 - componente de corrente da carga do primário (I2 refletida ao primário)
Iφ - componente de corrente de excitação que produz o fluxo mútuo
Como visto anteriormente, a corrente de excitação pode ser decomposta como segue:
ic E1
im
iφ
Transformador Real
Assim, a corrente de excitação pode ser representada por:
Iφ
Ic Im
E1 Rc Xm
Onde:
Rc → representa as perdas no núcleo
Xm → reatância de magnetização (produz o fluxo)
Sendo:
E12 E12
Rc = Xm =
Pc Qm
Onde:
Pc → perdas no núcleo (ferro) em W
Qm → potência reativa necessária para produzir o fluxo mútuo em Var
Transformador Real
Assim, temos:
I1 X l1 R1 I 2' R2 X l2
I2
V1 Rc X m E1 E2 V2
X l1 R1 I 2' R2 X l2
Iφ
I1 I2
V1 Rc Xm E1 E2 V2
Iφ
I1 Ic I2
Im
V1 E2
Rc X m E1 V2
X l1 R1 R2' X l' 2
V2' = aV2
Iφ
I1 Ic Im I 2' ' I2
I 2 =
V1 V2' V2 a
Rc Xm R ' = a 2 R
2 2
X l' 2 = a 2 X l 2
Transformador Real: circuitos equivalentes simplificados
Como a queda de tensão na resistência e na reatância do primário provocada pela
componente de excitação do primário é pequena, o ramo de excitação (ramo em
derivação) pode ser deslocado para a esquerda levando ao circuito aproximado da
figura abaixo. '
R1 + R2' X 1 + X l 2
Iφ Req = R1 + R2'
I 2'
Ic Im X eq = X 1 + X l' 2
V1
Xm V2'
Rc
I2
V1 I1 = = I 2' V2'
a
V1 I2 V2'
I1 = = I 2'
a
diφ dφ
v1 = R1iφ + Ll 1 + N1
dt dt
Desprezando os dois primeiros termos da equação acima e admitindo que a tensão
aplicada seja v1 = V1m sen(ωt + θ), tem-se que o fluxo magnético φ é dado por:
φ = φ0 + φm cos θ − φm cos( ωt + θ )
φ = φ0 + 2φm
φ = φ0 + φm cos θ − φm cos( ωt + θ )
http://www.ece.mtu.edu/faculty/bamork/ee5220/Inrush.pdf
Corrente Transitória de Energização ou Inrush
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18154/tde-25102010-092314/pt-br.php
Corrente Transitória de Energização ou Inrush
Portanto:
• A corrente transitória de magnetização de um transformador é uma corrente
elevada (8 a 10 vezes a corrente nominal) que pode durar de alguns ciclos até
dezenas de milissegundos.
Depende:
• Do valor instantâneo da tensão no instante da energização
• Das condições magnéticas do núcleo: curva de magnetização, intensidade e
polaridade do fluxo magnético residual.
Próxima Aula
• Transformadores
Obtenção dos parâmetros do circuito equivalente
Regulação
Rendimento