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AO JUÍZO DA ______ª VARA FEDERAL DE BELO HORIZONTE – SEÇÃO JUDICIÁRIA DE

MINAS GERAIS

MARIA DA CRUZ, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrita sob o CPF nº,
residente e domiciliada na Rua, nº, Bairro, Cidade, UF, CEP, endereço eletrônico, vem,
respeitosamente, perante V. Excelência, por meio de sua advogada infra-assinada
(procuração anexa), com o seguinte endereço para o recebimento das intimações,
impetrar o presente

MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR

Contra ato ilegal do Magnífico Reitor da Universidade Federal de Minas Gerais –


UFMG, Dr. Bráulio Pinto, encontrado na Rua, nº, Cidade, UF, CEP, endereço eletrônico,
pelos motivos e fundamentos a seguir expostos:

I) DOS FATOS

A Impetrante foi aprovada em 10º lugar no concurso público para o cargo de


Assistente Administrativo I – do Quadro da Universidade Federal do Estado de Minas
Gerais, sendo que no Edital nº 01/20 do concurso previa a existência de 10 (dez) vagas
para o cargo.
Nesse sentido, no dia 25/04/2020, o Magnífico Reitor da UFMG, Dr. Bráulio Pinto,
publicou a lista dos 10 candidatos aprovados no concurso, nomeando-os e convocando-
os para a cerimônia de que posse a ser realizada no dia 15/05/2020.
Contudo, Excelência, desprezando a ordem de classificação dos candidatos
aprovados no concurso, o i. Reitor nomeou e convocou os candidatos Aldo Pires e Pedro
Silva, candidatos aprovados respectivamente no 11º e 12º lugares, no lugar da Autora
que foi aprovada em 10º lugar.
Assim, não restou outra alternativa à Impetrante a não ser impetrar o presente
mandado de segurança para compelir a autoridade a nomeá-la e convoca-la, de vez que
os candidatos nomeados foram classificados fora do número de vagas previstas no
edital, diferente da Impetrante.

II) DO DIREITO

II.1) DO CABIMENTO

A Constituição Federal, em seu Capítulo denominado “Dos Direitos e Garantias


Fundamentais”, prevê o direito de impetrar mandado de segurança com a finalidade de
tutelar direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, e que
tenha sido violado por ato ilegal ou abusivo de autoridade pública ou de agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Dessa forma, assim dispõe o art. 5º, inciso LXIX, da CF/88, regulamentado pela
Lei 12.016/09 (Lei do Mandado de Segurança):

Art. 5° Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger


direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou
habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no
exercício de atribuições do Poder Público.

Art. 1º da Lei 12.016/09: Conceder-se-á mandado de segurança


para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas
corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso
de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou
houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de
que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

Na hipótese narrada, a Impetrante foi aprovada em 10º lugar no concurso


público para o cargo de Assistente Administrativo I da Universidade Federal de Minas
Gerais – UFMG, havendo naquele Edital a previsão de 10 (dez) vagas para
preenchimento. Desta forma, flagrante o ato ilegal praticado pelo Magnífico Reitor da
Universidade, Dr. Bráulio Pinto, que nomeou e convocou candidatos fora do número de
vagas previstas no Edital, deixando de nomear a Impetrante, conforme passará a
demonstrar.

II.2) DA ILEGALIDADE DO ATO

Como já narrado, o Reitor da UFMG nomeou os candidatos que se classificaram


em 11º e 12º lugar, deixando de nomear a Impetrante que se classificou em 10º lugar,
ou seja, dentro das vagas fornecidas e especificadas no Edital.
Veja, Excelência, que tal conduta da autoridade fere evidentemente o Princípio
da Vinculação ao Edital, segundo o qual exige que os atos praticados no concurso
obedeçam às regras previstas no Edital, vinculando tanto os candidatos como a própria
Administração Pública. Assim já decidiu o Supremo Tribunal Federal:

O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de


instrumento revela-se processualmente viável, eis que se insurge
contra acórdão que decidiu a causa em desconformidade com a
orientação jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal
firmou na matéria em exame. Com efeito, a colenda Primeira
Turma desta Suprema Corte, ao julgar o RE 480.129/DF, Rel. Min.
MARCO AURÉLIO, fixou entendimento que torna acolhível a
pretensão de direito material deduzida pela parte ora agravante:
“CONCURSO PÚBLICO – PARÂMETROS – EDITAL. O edital de
concurso, desde que consentâneo com a lei de regência em
sentido formal e material, obriga candidatos e Administração
Pública (STF – AI: 850608 RS, Relator: Min. CELSO DE MELLO,
Data de Julgamento: 01/12/2011, Data de Publicação: DJe-233
DIVULG 07/12/2011 PUBLIC 09/12/2011)

Inclusive, há que se falar também na ofensa ao princípio da moralidade e da


legalidade, princípios estes norteadores da Administração Pública, que impõe ao
Impetrado o dever de obedecer às regras previamente estabelecidas no Edital, com
observância da ordem da classificação na convocação dos aprovados.
Ademais, conforme dispõe a Súmula nº 15 do Supremo Tribunal Federal, terá
direito o candidato aprovado em concurso público à nomeação quando o cargo for
preenchido sem a observância da classificação prevista, desde que dentro do prazo de
validade, circunstância essa que se adequa ao caso da Impetrante.
STF – Súmula nº 15: Dentro do prazo de validade do concurso, o
candidato aprovado tem direito à nomeação, quando o cargo for
preenchido sem a observância da classificação.

Assim, demonstrada a ilegalidade do ato praticado ao se nomear candidatos em


desacordo com a classificação de aprovação, deve a Impetrante ser nomeada ao cargo
por se tratar de direito desta, conforme previsão na Súmula supracitada.

II.3) DA CONCESSÃO DE LIMINAR

O art. 7º, inciso III, da Lei 12.016/09 permite a possibilidade do magistrado de


deferir medida liminar em sede de mandado de segurança, exigindo-se para tanto a
comprovação da probabilidade do direito e do perigo de dano.

Art. 7o Ao despachar a inicial, o juiz ordenará: III - que se


suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida, sendo
facultado exigir do impetrante caução, fiança ou depósito, com
o objetivo de assegurar o ressarcimento à pessoa jurídica.

No caso em comento, a probabilidade do direito está evidenciada no Edital do


Concurso Público que prevê o preenchimento de 10 vagas para o cargo, bem como a
aprovação da Impetrante em 10º lugar. O perigo de dano, por sua vez, configura-se na
ocorrência da cerimônia de posse para o cargo que acontecerá no dia 15/05/2020, a
qual a Impetrante não poderá participar.
Portanto, presente os requisitos que autorizam a concessão de liminar, requer
seja determinado ao Impetrado que nomeie e emposse a Impetrante no cargo de
Assistente Administrativo I – do Quadro da Universidade Federal do Estado de Minas
Gerais.

III) DOS PEDIDOS


Diante do exposto, requer a Vossa Excelência que:

a) Seja deferida liminar, initio litis, para determinar que o Impetrado nomeie e
emposse a Impetrante no cargo de Assistente Administrativo I – do Quadro da
Universidade Federal do Estado de Minas Gerais, concurso regido pelo Edital nº 01/19,
sob pena de multa diária para o caso de descumprimento da ordem em valor a ser
arbitrado por Vossa Excelência;
b) Seja notificada a autoridade coatora para, querendo, no prazo legal,
apresentar suas informações, sob pena de revelia e confissão;
c) Sejam notificados os candidatos nomeados e prestes a serem empossados
para ciência e que, caso desejem, ingressem no litígio como litisconsórcios ativos;
d) Seja dada ciência ao órgão de representação judicial do Impetrada para que,
querendo ingresse no feito;
e) Seja o Ministério Público intimado para dar seu parecer ministerial;
f) Seja concedida a segurança para condenar o Impetrado a nomear e empossar
à Impetrante no cargo de Assistente Administrativo I – do Quadro da Universidade
Federal do Estado de Minas Gerais, concurso regido pelo Edital nº 01/19, anulando o

ato ilegal e tornando definitiva a liminar porventura deferida;


g) Seja a impetrada condenada ao pagamento das custas.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins meramente fiscais.

Nestes termos, pede deferimento.

Belo Horizonte, 13 de maio de 2020

Advogada ...
OAB nº ...

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