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GUIMBALA.
São duas as espécies de execução, por sub-rogação (direta), ou por coerção (indireta),
na primeira, o “[...] Estado vence a resistência do executado substituindo sua vontade, com
consequente satisfação do direito do exequente.” (NEVES apud DINAMARCO, 2020, p.
1044), já a segunda, consiste no juiz atuando “[...] de forma a pressionar psicologicamente o
executado para que ele modifique sua vontade originária de ver frustrada a satisfação do direito
do exequente.” (NEVES apud DINAMARCO, 2020, p. 1044).
A execução é regida por alguns princípios, um deles é o da nulla executio sine titulo,
que consiste em dizer que sem um título não há execução, princípio este que caminha junto ao
nulla titulus sine lege que significa dizer que não há título que não esteja previsto em lei, nem
sequer convencionado entre as partes (NEVES, 2020 pp.1049-1050).
O princípio do desfecho único é aquele que diz que a execução só terá uma única
prestação, quando da satisfação do direito do exequente. Ou seja, não há qualquer outro tipo de
prestação se não a de o exequente ver satisfeito seu crédito. Poderá no máximo o executado ver
impedida tal satisfação por uma sentença que não resolve o mérito e extingue o processo,
todavia, não poderá a execução por exemplo, virar-se contra o exequente. (NEVES, 2020, p
1052).
A execução é regida também pela disponibilidade, uma vez que, mesmo que pendentes
embargos à execução, o exequente pode desistir do processo sem anuência do executado,
conforme art. 775 do CPC/15, tal desistência pode ser total ou parcial, pode tratar-se apenas de
alguma medida adotada durante a execução.
O princípio da utilidade age como um agente racional diante das medidas cabíveis na
execução, ou seja, não há que se falar em processo de execução que não traga qualquer benefício
prático para o exequente, Neves (2020, p. 1056) exemplifica também, no caso de imposição de
astreintes sobre descumprimento de obrigação materialmente impossível.
Boa-fé e lealdade processual, da mesma forma que acontece na fase de conhecimento, são
aplicáveis aos que não honrarem este compromisso, as sanções previstas nos art. 77, 80 e 81 do
CPC, além do art. 774 que é específico para a execução.
Atipicidade dos meios de execução, garante a mais diversa gama de possibilidades para
o juiz no que toca à constrição patrimonial, não é taxativo o rol que expõe estas possibilidades,
podendo o juiz ir além destas medidas para satisfazer o crédito.