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A Lei Penal no Espaço

Prof.ª Camila Miranda


Importância:

Em algumas situações o crime pode violar interesses de dois ou mais


países. Nesses casos, é necessário que o Código Penal indique como
fica a aplicação da lei.

Exemplo:
A ação foi praticada no território de um país e se consumou em outro.

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O código penal limita o campo de validade da lei penal com
observância em dois vetores fundamentais:
• Territorialidade
• Extraterritorialidade

Com base neles se estabelecem princípios que buscam solucionar os


conflitos de leis penais no espaço.

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Princípios:
• Princípio da Territorialidade
• Princípio da Personalidade ou Nacionalidade
• Princípio do Domicílio
• Princípio da Defesa, Real ou da Proteção
• Princípio da Justiça Universal
• Princípio da Representação

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PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE:

A soberania do Estado fundamenta o exercício de todas as


competências sobre crimes praticados em seu território. A regra
geral é a aplicação da lei brasileira aos crimes cometidos no território
nacional.

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Há exceções que ocorrem quando um brasileiro pratica crime no
exterior ou um estrangeiro comete delito no Brasil. Fala-se, assim,
que o código penal adotou o princípio da territorialidade temperada
ou mitigada.

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O TERRITÓRIO BRASILEIRO ABRANGE:

Terra: Águas: Ar:


Solo/Subsolo Águas Interiores Espaço Aéreo
Plataforma Continental Mar Territorial

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É território brasileiro por extensão, conforme o Art. 5º, § 1º, do
Código Penal:
Embarcação Brasileira Pública: em qualquer lugar do mundo.
Embarcação Brasileira Privada: desde que esteja em alto mar.
Embarcação Estrangeira Privada: no território geográfico nacional.

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É território brasileiro, por extensão, conforme o Art. 5º, § 2º do
Código Penal:
Aeronave Brasileira Pública: em qualquer lugar do mundo.

Aeronave Brasileira Privada: no espaço aéreo internacional.

Aeronave Estrangeira Privada: no território geográfico nacional.

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PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE OU NACIONALIDADE:

Autoriza a submissão à lei brasileira dos crimes praticados no


estrangeiro por autor brasileiro (ativa) ou contra vítima brasileira
(passiva).

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PRINCÍPIO DO DOMICÍLIO:

O autor do crime deve ser julgado em consonância com a lei do país


onde for domiciliado, pouco importando sua nacionalidade.

Aplicado no tocante ao crime de genocídio (crimes com a intenção


de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou
religioso), no qual o agente não é brasileiro, mas apenas domiciliado
no Brasil.

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PRINCÍPIO DA DEFESA, REAL OU PROTEÇÃO:

Permite submeter à lei penal brasileira os crimes praticados no


estrangeiro que ofendam bens jurídicos pertencentes ao Brasil,
qualquer que seja a nacionalidade do agente e local do delito.

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PRINCÍPIO DA JUSTIÇA UNIVERSAL:

É característico da cooperação penal internacional, porque todos os


Estados da comunidade internacional podem punir os autores de
determinados crimes que encontrem em seu território, de acordo
com as convenções ou tratados internacionais.

Fundamenta-se no dever de solidariedade na repressão de certos


delitos cuja punição interessa a todos os povos.

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PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO:

Deve ser aplicada a lei brasileira aos crimes cometidos em aeronaves


ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada,
quando estiverem em território estrangeiro e aí não sejam julgados.

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Lugar do Crime:

 Adotada a Teoria da Ubiquidade (teoria mista)


O crime será considerado praticado no local da ação ou da omissão
(conduta), bem como no local do resultado.

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Art. 6º, do Código Penal: “Considera-se praticado o crime no lugar
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.

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EXTRATERRITORIALIDADE:

É a aplicação da legislação penal brasileira aos crimes cometidos no


exterior. Justifica-se pelo fato de o Brasil ter adotado, relativamente
à lei penal no espaço, o princípio da territorialidade temperada ou
mitigada.

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Incondicionada
EXTRATERRITORIALIDADE
Condicionada

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A extraterritorialidade incondicionada é aplicada aos crimes:
 contra a vida ou liberdade do Presidente
 contra o patrimônio/fé pública da União, Distrito Federal, de Estado,
de Território, de Município, de empresa pública, de sociedade de
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público
 contra a Administração Pública de maneira geral de genocídio,
quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil

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A extraterritorialidade condicionada é aplicada aos crimes:
 que, por tratado ou convenção, o Brasil tenha se obrigado a reprimir
 praticados por brasileiros
 praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou
de propriedade privada, quando em território nacional estrangeiro e
aí não sejam julgados
 crimes praticados por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se
reunidas as condições:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição
b) houve requisição do Ministro da Justiça
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Nas situações anteriores, a lei aplicação da lei brasileira
dependerá dos seguintes requisitos:
 estar o agente em território nacional
 ser o fato punível também no país em que foi praticado
 estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira
autoriza a extradição
 não ter sido o agente absolvido ou ter cumprido pena no estrangeiro
 não ter sido o agente perdoado ou ter tido extinta sua punibilidade
no estrangeiro, segundo lei mais favorável

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Pena cumprida no estrangeiro:

Aplica-se o art. 8º, do Código Penal: “A pena cumprida no


estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas”.

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