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26/08/18

Direito Financeiro e Tributario I


Prof João Claudio

Direito Financeiro e Tributário


- Estado, Finanças Públicas e atividade financeira

- Atividade Financeira- conceito, natureza e função

- Atividade Financeira, direito financeiro e direito tributario

Bibliografia:
Luis Eduardo Schoueri- Direito Tributario
Ricardo Alexandre- Direito Tributario

Direito Financeiro e Tributario


-Conjunto de normas juridicas que regulam atividades
estatais, sendo subconjunto do direito publico
-Regulamentação de atividades proprias do Estado

Estado liberal= estado minimo, menos tributos


Estado social= estado atuante de forma mais intensa=
requer mais tributos

Atividade financeira desenvolvida pelo Estado- se


desenvolve com a observancia de certas regras especiais.
•Obtenção de recursos
• Gestão/ planejamento da utilização dos recursos
• Aplicação dos recursos (realização das despesas publicas)

Atividade instrumental- O Estado desempenha atividade


financeira para que possa alcançar seus objetivos

Direito Financeiro x Tributário


Direito financeiro- regula atividade financeira
Direito tributário- Regula atividade de instituição,
fiscalização e arrecadação de tributos
A arrecadação de tributos é uma das atividades financeira do
Estado.

A arrecadação trbutaria tambem é regida pelo direito


financeiro

A atividade financeira tambem pode servir de instrumento


de indução de condutas, para estimulo ou desestimulo de
certos comportamentos (extrafiscalidade)

Lei 4320/64- Lei das Finanças Publicas

31/07/18

Atividade financeira e "poder financeiro"➡ poder e


ordem juridica

Fontes do Direito Financeiro:

• Constituição
Competência- arts. 24, I e II, 48, I e II
Fiscalização e controle- arts. 34,V, 35,I, 70 e 74
Tributação e orçamento: arts. 145 a 169

• Constituições estaduais e leis orgânicas

• Lei Complementar:
-normas gerais- arts. 163 e 165,§9°, CF
- lei 4320/64 e LC 101/2000 ⬅

• Lei ordinaria: leis orçamentarias-165,CF


- lei do plano plurianual
- lei de diretrizes orçamentarias
- lei orçamentaria anual

• Resoluções do Senado- art. 52,V a IX, CF

• Medida Provisoria- vedação: art. 62,§1°,I, "d", CF


(ressalva: art. 167,§3°,CF)
• Decreto: programação financeira e cronograma de
despesas

Estado-Planejamento, Obtencao de receitas e realizacao de


despesas para atender ao bem comum

Possibilidade do estado gerar riquezas proprias- é possivel


mas nem sempre suficiente

"O poder financeiro do Estado"- possibilidade de se exigir


alguma parcela do patrimonio privado para o Estado

A atuação do Estado se limita a ordem juridica, no caso


estabelecida pela constituição

As despesas devem ser empregadas tambem de acordo com


os principios constitucionais

Portanto a atividade financeira é condicionada a ordem


juridica

No direito financeiro...
Fonte material- tudo aquilo que de alguma maneira
influencia a produção de normas juridicas (fatos sociais,
valores, costumes)

Fonte formal- o local onde encontram-se as normas


juridicas. Nas leis, nas jurisprudencias, nos estatutos

Compete a uniao, aos estados e ao DF, de forma


concorrente
Uniao- normas gerais e Estados- de forma suplementar
Os municipios tem competencia para legislar sobre materia
de interesse local

Descumprimento de controle- intervenção


Os tributos são criados pela constituicao mas nenhum
tributo é exigido com base na constituicão.

Lei complementar- maioria absoluta


Lei ordinaria- maioria simples

Algumas materias foram reservadas a lei complementar

Hierarquia entre normas- quando uma norma serve de


fundamento para criação de outras

Tanto a lei complementar quanto a lei ordinaria sao


produzidas com fundamento na constituição

LC no direito financeiro- trata das normas gerais art 163 e


165,§9°,CF devendo ser observadas por todos os entes da
federação

A lei 4320 é de 1964, quando vigorava a constituicao de


1946, que nao exigia lei complementar para as normas
gerais de direito financeiro, por isso ela é uma lei ordinaria
que traz previsoes de norma geral sem ser lei
complementar. Ocorreu o fenomeno da recepção da
legislação infraconstitucional.

A recepção é realizada levando em consideracao apenas o


conteudo material das normas anteriores sendo irrelevante a
forma realizada na vigencia do ordenamento constitucional
anterior.

Por isso a lei 4320/64 permanece como lei ordinaria


estabelecendo normas gerais. Hoje para a criacao de novas
normas exige-se a formalidade de lei complementar.

Para se alterar a lei 4320 exige-se uma lei complementar.


PORTANTO: Leis complementares- tratam das normas
gerais

Leis ordinarias- são 3:


Plano plurianual- define programação de longo prazo, por
periodo de 4 anos
Diretrizes orçamentarias- orientar a elaboração da lei
orçamentaria anual, intermedia a lei do plurianual e a lei
anual
Orçamentaria anual- define-se as despesas e receitas do ano
seguinte

O plano plurianual deve ser aprovado no primeiro ano do


mandato do chefe do poder executivo. O projeto de lei deve
ser apresentado por iniciativa privativa do chefe do
executivo até o dia 31 de agosto de seu mandato.

Lei de diretrizes orçamentarias devem ser apresentadas pelo


chefe do executivo até o dia 15 de abril e deve ser votado
antes do recesso do meio do ano do legislativo, caso
contrario não haverá recesso.

###Atenção!!!
•A iniciativa do processo legislativo cabe somente ao chefe
do poder executivo (presidente, governador e prefeito)

•O projeto é encaminhado para a comissão permanente de


orçamento CPO,no ambito federal é formada por 30
deputados e 10 senadores, onde apos aprovada as
modificações, o projeto é levado a plenario para votação em
conjunto (deputados e senadores)

02/08

Fontes do Direito Financeiro


-Constituição
- Lei Complementar
- Lei Ordinaria
- Medida Provisoria (art.62,§1°,I,d, CF)
- Resoluções- art.52,V a VIII, CF
- Decreto- programação financeira e cronograma

Orçamento
Conceito:Consiste em um ato de carater normativo
que veicula a estimativa das receitas publicas bem
como estipula as despesas publicas que serao
realizadas em determinado periodo.

Classificações de orçamento
Origem: legislativo, executivo e misto

Objetivo: classico, programa


Classico- função puramente contabil (preve despesas
e receitas, sem definir objetivo especifico para aquele
orcamento)
Programa- preve receitas e despesas, atende a
objetivos (metas) predeterminadas nas outras leis
orçamentarias. Seria a concretização de um programa
definido na lei do plano plurianual e na lei de
diretrizes orçamentarias.

Vinculação: impositivo, autorizativo


O poder executivo esta de alguma forma vinculado ao
orçamento.
Impositivo- orçamento em que o executivo é obrigado
a realizar determinadas despesas previstas na lei
orçamentaria.
Autorizativo- confere autorização ao poder executivo
realizar ou não determinada despesa prevista no
orçamento.

Conteúdo: fiscal, investimento, da seguridade social

Principios Orçamentários
- Legalidade
- unidade (totalidade): peça unica- art 165,§1°,CF
- universalidade: todas despesas e receitas- arts
2°e3°, Lei 4320/64
- anualidade (periodicidade): art 165,§2,CF
- exclusividade: art 165,§8,CF
- equilibrio

A MP tem uma limitação no direito financeiro previstos no


art 62,§1,I- nao pode tratar de materia propria de lei
orçamentaria salvo as previstas no §3°. Comoção interna,
guerra, calamidade publica.

Despesa extraordinaria- de carater urgente, não prevista no


orçamento

MP Nao pode tratar de orçamento, plano plurianual, medidas


orçamentarias.

MP- ato normativo com força de lei elaborado pelo pres


vigente imediatamente por 60 dias prorrogavel por mais 60,
devendo ser aprovada pelo congresso, podendo ser alterada
pelo congresso, nesse caso sera submetida a sançao ou veto
presidencial.

MP- ato normativo do presidente da republica

Pode a MP ser editada por governador ou prefeito? Somente


com previsao expressa na constituicão estadual ou na lei
organica.

A MP editada pelo presidente deve levar em consideração


relevancia e urgencia em ambito federal.⬅

As resoluções do senado sao atos normativos elaborados e


promulgados pelo senado, não estao sujeitas a sanção ou
veto, portanto sem interferencia do poder executivo e
tratam de materia de competencia exclusiva do senado.
Devem ser editados ate 30 dias apos a aprovacao do
orcamento e devera fixar programação financeira e
cronograma de despesas

Principio da legalidade- o orçamento deve estar previsto


em lei, portanto todas as receitas e despesas devem ser
previstos por lei ordinaria.

Principio da unidade- o orçamento de todas as receitas e


despesas do ente publico deve ser reunido em um unico
documento de orçamento, de forma detalhada, conforme art
165,§5-

Principio da universalidade- deve contemplar todas as


receitas e despesas de forma discriminada

Principio da anualidade- o orcamento é elaborado para o


periodo de um ano. Ano fiscal = calendario civil.

Principio da exclusividade- as leis orcamentarias devem


tratar apenas de materia orcamentaria com objetivo de
manter a clareza do orcamento e por se tratar de materia de
rito especial que trata as leis orcamentarias

07/08

• Principios do orçamento continuação...


- Principio do Equilibrio- estabelece que deve haver um
equilibrio entre receitas e despesas em valores equivalentes.
Também conhecido como regra de ouro do orçamento. Preve
que não poderia haver nem defict nem o superavit, porque
o estado é um instrumento para que os individuos se
concretizem, ou seja o estado não tem por finalidade se
enriquecer, já o Defict- oneraria a população.

Alguns autores concordam que o equilibrio orçamentario


seja em momentos de recessão, de retração da economia,
seja justificavel que houvesse o desequilibrio de despesas e
receitas como forma de reaquecer a economia.

A CF/88 originalmente não previa expressamente o principio


do equilibrio orçamentario. Porém a Lei 101/2000 (lei
orçamentaria) traz o equilibrio como meta a ser observada
nos orçamentos publicos.

A EC 95/2016 trouxe os art.106 a 114 no ADCT- instituindo


o novo regime fiscal, passando a fazer parte do texto
constitucional o principio do equilibrio orçamentario.

- Principio da Publicidade-
As leis orçamentarias tambem tem publicidade, portanto
tem ampla divulgação. Bimestralmente tambem são
divulgados relatorios de execução do orçamento.

• Princípios do Direito Financeiro


- principios da administração publica
Economicidade- maximo de resultado com minimo de
recursos
- transparência
- responsabilidade fiscal- responsabilização dos entes
publicos quando seus atos comprometerem as despesas
- proporcionalidade

Processo Legislativo
Iniciativa sempre do chefe do poder executivo (presidente,
governador ou prefeito)
Apresentado o projeto ao legislativo este poderá fazer
alterações no projeto, com limites- observar a
compatibilidade entre a lei orcamentaria, a lei de diretrizes
orcamentarias e a lei do plano plurianual. Alem disso o
poder legislativo pode alterar despesas publicas não
previstas no projeto original, redefinindo as despesas
publicas, estas devem ser compativeis com as receitas
previstas.
- orçamento participativo

- orçamento, direitos fundamentais, reserva do


possivel e minimo existencial
Em casos de direitos a saude e a educação poderá o
judiciario determinar que o Estado preste determinados
serviços a fim de atender o minimo existencial. Em razão do
carater fundamental desses direitos que compõe o minimo
existencial ocorre a judicialização desses direitos.
Ja a reserva do possivel corresponderia as limitações da
atuação do Estado na concretização de suas funções. Dessa
forma justifica-se a impossibilidade do Estado atender a
necessidade de todos. Porem em se tratando do minimo
existencial não se aplica a reserva do possivel.

- orçamento e controle de constitucionalidade

Receita Pública
- Conceito: entrada, ingresso e receita

- Especies de receita:
- periodicidade: ordinarias e extraordinarias
- finalidade e titularidade: fiscais, extrafiscais e
parafiscais
- forma de obtenção: originarias, derivadas e
transferidas
- lei 4320/64- receitas correntes e de capital

-Receita e Divida Ativa

14/08

Orçamento
- Orçamento participativo
Em algmas fases o povo é chamado a participar do
orçamento decisorio- ocorre em uma fase anterior ao
projeto da lei orçamentaria, atraves de audiencias publicas.
O processo legislativo de leis orçamentarias é sempre de
iniciativa do chefe do poder executivo

- Leis orçamentarias e controle de constitucionalidade


Antigamente- Leis orçamentarias tinha conteudo formal mas
o conteudo era de ato normativo portanto nao poderia ser
feito controle concentrado e abstrato
Hoje- lei orçamentaria como qualquer lei deve estar
subordinaria a constituição, submetendo-se aos controles
concentrado ou difuso.

Receita Pública
- Conceito: entradas, ingressos e receitas
É o ingresso de dinheiro nos cofres publicos de forma
definitiva, sem que haja contrapartida ou previsão de
devolução ou restituição.
Ingresso por si só não qualifica receita publica porque deve
ser obtido em carater definitivo
Nesse caso o recurso obtido em razao de emprestimo nao
seria receita em razao de devolução (entendimento
doutrinario)

- Especies/classificações de receitas
- periodicidade: ordinarias e extraordinarias
Receitas ordinarias- tradicionais, que normalmente se
incluem no orçamento, de fonte sempre presentes
(impostos, multas de transito), previsiveis
Receitas extraordinarias- imprevisiveis, de fontes não
permanentes. Quando tributos são instituidos em situações
excepcionais.

- finalidade e titularidade: fiscais, extrafiscal e


parafiscais
A função da receita publica é custear uma despesa publica
Imposto de importação- tambem objetiva regular a
economia, quando se aumenta o imposto de importação
muitas vezes é para desestimular a importação, assim como
no imposto sobre o cigarro.
Fiscal- obtida com a unica finalidade de custear despesas
publicas. Ex. Imposto de renda, IPVA,
Parafiscal-aquela que é destinada a outras entidades que
não a pessoa que elaborou a lei orçamentaria (outros entes
de direito publico) como autarquia e fundação
Extrafiscal- alem de custear a despesa publica, serve para
inibir o consumo de determinado produto, servem de
instrumento de politicas publicas. Tem outra função alem de
custear despesas.

- forma de obtenção: originarias, derivadas e


transferidas
Originaria- obtida a partir dos proprios bens do estado, ou
proveniente de atividade economica desempenhada pelo
estado. Ex. Lucro distribuido pelo Banco do Brasil, concessão
de aeroporto. São bens do estado gerando receita
Derivada- se origina do patrimonio do particular que é
obrigado a transferir parcela do patrimonio ao estado.
Decorre do poder normativo do estado. Ex. Impostos, taxas,
multas
Transferida- obtida por um determinado ente publico em
razao de transferencia de recursos originarios de outro ente
publico.

- Lei 4.320/64- correntes e de capital


Para a lei 4320 receita e ingresso são a mesma coisa
No caso de emprestimo, para a lei 4320, o emprestimo seria
receita, ainda que houvesse devolução
Receitas correntes- continuas, receitas de tributos ou
patrimonial
Receitas de capital- provenientes dos investimentos feitos
pelo estado, atraves das sociedades de economia mista

- Receita publica e divida ativa


Receita publica- prevista na lei orçamentaria. A previsao de
receitas publicas na lei orcamentaria nao significa que
havera arrecadacao automatica, cabera ao estado
estabelecer procedimentos para sua arrecadacão.

Os valores devidos ao estado e nao pagos sao obtidos por


procedimento judicial denominado excucão fiscal.
Nesse caso a demanda da execução fiscal é instruida com
titulo executivo, devendo ter os atirbutos de liquidez,
certeza e exigibilidade.
A divida ativa compreende os creditos do ente publico
vencidos e já liquidos e que já foram submetidos a um
controle interno de sua legalidade.

Para que haja a execucao fiscal o valor a receber deve ser


apurado (tornado liquido), verificar se o valor já está
vencido, havendo entao um controle sobre a legalidade
desse credito, sendo verificado se o dvd esta ciente da
divida, se a divida esta apurada e se esta vencida, para
entao ser inscrito na divida ativa.

A partir da inscricao na divida ativa é emitido a certidao de


divida ativa, sendo este titulo que ira permitir a execução
fiscal. Com a certidao de divida ativa ja é possivel a
judicializacao.

Crédito Público
- Conceito
É o emprestimo publico. Quando o estado toma dinheiro
emprestado

O estado coloca a disposicao do mercado contratos de


emprestimo, representados por um titulo

Despesa Pública
- Conceito
Compreende nos gastos realizados pelo estado, autorizados
nas leis orçamentarias. Custeados pelas receitas publicas

16/8
DESPESA PUBLICA

-Conceito

- Carater politico, economico e juridico


A definição das despesas e o direito

- Classificação das despesas


- periodicidade: ordinarias, especiais e extraordinarias
- Lei 4.320/64: correntes e de capital
Despesas correntes- relativas a manutenção do ente publico.
Não tem por objetivo ampliar o patrimonio do estado.
Despesas de capital- são despesas de investimento, de
aquisição de bens, de amortização da divida publica, sempre
com objetivo de incrementar o patrimonio do estado.

- Previsão das despesas: despesas ordinarias e os


"creditos adicionais". Credito adicional= inclusão de
montante nas despesas previstas.
- suplementares- aumento de despesas ordinarias
previstas
- especiais- inclusao de despesa especial
- extraordinarias- inclusão da despesa extraordinaria

A lei orçamentaria sendo aprovada, podera na propria lei


haver previsao de aumento dos valores da propria lei que
podera ser feito por decreto sendo a autorização
condicionada com os valores fixados em limites respeitando
as metas fiscais.

• Nas de credito adicional suplementar são feitas por decreto

•Nas de credito adicional especiais normalmente são feitas


por lei

•Na de credito adicional extraordinaria admite-se MP para


tratar de questoes orçamentarias
Despesa ordinaria- são as despesas comuns, ou seja, as
previsiveis
Despesas extraordinarias- imprevisiveis e urgentes
Despesas especiais- não estava prevista no orçamento,
sendo a lei orçamentaria alterada para que seja incluida
essa despesa no orçamento. Tem sua classificação previstas
em lei. A despesa especial não era imprevisivel, só não
estava prevista no orçamento.

- Etapas de realização: previsão/autorização; licitação


(ou procedimento de dispensa), empenho, liquidação,
ordem de pagamento

Empenho= identificação da obrigação assumida pelo ente


publico para aquisição de terminado item do orçamento,
seria a reserva do valor para aquisição de determinado item
do orçamento.

- Despesas publicas e condenação judicial


- judicialização de politicas publicas (fazer e dar)
- pagamento: requisição de pequeno valor e
precatorio

FAZENDA PUBLICA= Pessoas juridicas de direito publico,


autarquias e fundações de direito publico, empresas publicas
e sociedade de economia mista prestadoras de serviço
publico. Estão sujeitos ao regime de precatorios e requisição
de pequeno valor. Não estão sujeitos a penhora.

Requisição de pequeno valor (RPV):


União- divida de até 60 salarios minimos (57.240,00)
Estados- depende da lei, na falta de lei será de até 40 sal
min (28.620,00)
Municipios- na falta de lei municipal será divida de até 30 sal
min (38.160,00)
Esses valores devem ser pagos em até 60 dias

O credito não pode ser fracionado com intenção de não


incidir em precatorios para abranger somente pelo RPV.
Caso faça o fracionamento significa que abriu mão do
restante.

Precatorio- o valor é incluido na previsao do orçamento. Se


for incluso até o dia 1° de julho, devera ser incluido no
orçamento do ano seguinte. Apos 1° de julho entrarão para
o orçamento somente do ano subsequente. Ex. Sendo
incluso em 10 de julho o pagamento acontecera somente em
2020.

21/8
Relembrando...
Se apresentar precatorio hoje ele só será incluido na lei
orçamentária de 2020
Para que o precatório fosse incluido na lei orçamentaria de
2019, ele deveria ser apresentado até 1° de julho.

Obs: se apresentar no dia 2 de julho, será então um dos


primeiros precatorios a serem pagos em 2020

Divida de pequeno valor:


Da união= 60 sal. Min

PRECATÓRIOS

• Ordem de pagamento: ordem de apresentação


Preferências:
- credor com 60 anos ou mais, portador de doença
grave ou com deficiencia (valor limitado)
- creditos alimentares

Entao tera 3 listas:


1- credores com idade 60 anos ou deficiencia com
precatorios ate 3 x valor da divida de pequeno valor (se
passar o valor, recebe o que for ate 3 x divida pequeno valor
e o restante enhtra na lista geral)
2- creditos alimentares
3- lista geral

• Compensação: art.100,§9°e10°,CF
Dispositivos incluidos por emenda a constituição, sendo
considerados inconstitucionais pelo STF. Porque essa
compensação de eventuais debitos perante o Ente Publico
não pode ocorrer de forma automatica, somente transitado
em julgado.

• Utlização para aquisição de imóveis


Eventual venda de imoveis publicos o adquirente poderia se
valer de creditos de precatorio para adquiri-los

• Correção monetaria e juros


Quando ocorrer o pagamento do precatorio o valor deve ser
corrigido monetariamente de novo da data que foi feito o
calculo para o pagamento, agora sendo utilizado o IPCA,
segundo o STF se fosse corrigido pela poupança não haveria
correção plena dos valores de forma correta. Ou seja, não
haveria correção monetaria plena.

Em relação ao tempo em que o precatorio é informado a lei


orçamentaria, não são computados juros de mora porque
não é considerado atraso no pagamento, mas apenas o
tempo natural para o devedor pagar o precatorio.

Somente se o precatorio nao for pago dentro do periodo da


previsao orcamentaria é que ocorrerá juros de mora.

• Cessão
Seria a negociação do credito de precatorios

Existe alguma legislacao que autorize a compensacao de


pagamento de dividas tributarias com algum tipo de credito
de precatorios? Permite divida de tributo com que natureza
de credito? Normalmente somente por creditos gerados por
pagamento indevido de tributos. Depende de autorizacao
expressa em lei, se nao houver lei permitindo, nao
conseguira abater a divida.

CONTROLE DO ORÇAMENTO

• Acompanhamento, fiscalização e correção


Controle previo, controle no curso da previsao orcamentaria
e de forma posterior

• Legalidade, legitimidade e economicidade


Legalidade- visa o cumprimento das leis orçamentarias e a
forma de realização de despesas
Economicidade- eficiencia no gasto publico

• Controle interno e controle externo


Dentro de cada ente publico deve haver orgaos de controle
orçamentario
O controle externo é desempenhado pelo poder legislativo
com o auxilio do tribunal de contas

• Tribunal de contas
- natureza
Ente que não é dotado de função jurisdicional (não integra o
poder judiciario, nem o legislativo)

O legislativo e o tribunal de contas mantem o controle


externo, mas o tribunal de contas não esta vinculado ao
legislativo.

O parecer do tribunal de contas é opinativo, embora faça o


trabalho tecnico, o julgamento é realizado pelo legislativo
que tem função politica

- funções: art. 71, CF


Exerce atividade de controle tambem sobre pessoas de
direito privado que forem destinatarias de recursos publicos

- tribunal do contas da união, dos estados e dos


municipios
Os tribunais de contas dos estados tambem exercem
controle externo sobre os municipios
A CF proibe a criação de tribunais de contas municipais,
permitindo somente os existentes na data de sua
promulgação. Por isso existem hoje os tribunais de de
constas dos municipios do RJ e SP.

Podem ainda existir dois tribunais de contas nos estados: o


tribunal de contas do estado (responsavel pelas constas do
estado) e o tribunal de contas estadual dos municipios
(responsavel pelas contas dos municipios)

As decisoes do tribunal de contas estao sujeitas a controle


judicial.
As multas impostas pelo tribunal de contas podem ser
executadas judicialmente como dividas fiscais, por meio de
execução fiscal (como tambem inscritas em divida ativa)

• Lei de Responsabilidade Fiscal- LC. 101/2000


- Planejamento, transparência, prevenção de riscos e
correção de desvios, equilibrio, cumprimento de
metas, limites a renúncia de receitas e despesas

A lei de responsabilidade exige mais detalhes do que a lei


orçamentaria.

23/8

DEFINIÇÃO LEGAL DE TRIBUTO

•Art. 3°, CTN (enfoque ao vinculo juridico entre credor e


devedor)
Existem pelo menos duas definicoes legais de tributo na
legislacão
Sujeito ativo- obrigação tributaria- Sujeito passivo
Tributo surge como objeto de uma obrigação se
apresentando em forma de obrigação pecuniária (resultam
na exigencia de dinheiro)

- prestação pecuniaria compulsória


- em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir (a
prestacão tributaria é instituida como prestacão pecuniaria,
porém essa prestação pode ser extinta por meio da entrega
de dinheiro ou de outra forma, pela entrega de um bem que
tenha valor pecuniario ou pela compensação)

- que não constitua sanção de ato ilicito


A multa é prestacao pecuniaria prevista em lei, decorrente
de ato ilicito
Nenhum tributo decorre de ato ilicito

- instituida em lei
A lei vai estabelecer os fatos que servem de pressuposto
para o pagamento da prestacão tributaria

- cobrada mediante atitude administrativa plenamente


vinculada
O tributo pode ser utilizado para desestimular certas
condutas (ex. Tributação sob a vende de cigarros e
bebidas)- efeito chamado de tributação extra fiscal- quando
o tributo é utilizado para desestimular certas praticas.

Observe que o fato gerador deve sempre ser licito.


A importação de mercadoria proibida não tem incidencia de
tributo porque ai considera contrabando

TRIBUTO É INSTITUIDO EM LEI

O nascimento do dever de pagar tributo deriva da lei, ou


seja, ex lege
O tributo normalmente é instituido por lei ordinaria, sendo
exigido por uma atividade vinculada. Ocorrida a situacao
definida em lei, a administracao deve exigir o pagamento do
tributo na forma e nos valores estipulados por lei.

Verificado que o tributo é devido, a partir desse momento


não há mais discrecionariedade do ato, porque o tributo é
devido.

•Art. 9°, Lei 4320/64 (enfoque no resultado)


-Receita derivada
Relembrando..
Receita publica originaria- obtida a partir do proprio
patrimonio do Estado
Receita publica derivada- obtida a partir dos particulares,
por meio das normas que obrigam o particular a repassar
parte do seu patrimonio ao estado

-Instituida pelas entidades de direito publico


Pode ser instituido pela uniao, estados, municipios e DF
Não pode ser instituido por autarquia nem fundacoes
publicas.
União, Estados e Municipios ainda assim, só podem instituir
os tributos previstos na CF

-Compreendendo impostos, taxas e contribuições

-Instituido nos termos da Constituição e das leis


vigentes em materia financeira

-Receita destinada ao custeio de atividades gerais ou


especificas das pessoas que instituiram os tributos

Existem tributos que são especificos, ex contribuição


previdenciaria.

A arrecadação do IPVA não tem finalidade especifica.


Os impostos podem ter sua arrecadação com finalidade
especifica ou geral, definida ano a ano de acordo com a lei
orçamentaria.

Existem casos de tributos instituidos por determinada


pessoa destinado a outra pessoa. Ex anuidade dos conselhos
de classe (instituido por lei da união destinado aos conselhos
de classe). TRIBUTO PARAFISCAL
28/8/18
Relembrando...
As definicoes de tributo estao no art 3 CTN e art 9 lei 4320

A lei condiciona a natureza de pagar tributo a ocorrencia de


um fato licito
Tributos sao instituidos por lei mas a lei nao estabelece a
exigencia de tributos em qualquer caso ou de forma
aleatoria
A lei deve verificar a existencia de determinada circunstancia
como pressuposto da exigencia de obrigacao tributaria.
Portanto a lei definira quem podera exigir a obrigacao do
tributo, como definir o valor da obrigacao, sobre quais fatos
se tornara devido o tributo e quem devera paga-lo. FATO
GERADOR

• Tributo e incidencia juridica tributaria


A lei preve a definição abstrata do fato gerador, ou seja,
hipotese de incidencia tributaria (assim como o tipo penal,
seria o tipo tributario)

- Norma tributaria, fato gerador e obrigação tributaria


Fato gerador ou fato juridico tributario ou fato imponivel=
situação concreta que pode ser comprovado para aplicação
da incidencia do tributo
Fenomeno da incidencia tributaria= quando se constata um
fato concreto cujos elementos são caracteristicos do fato
gerador tributario abstrato. Tem-se a incidencia da norma
sobre o fato.
• Especies de tributo: arts 145, 148, 149, 149-A, CF;
Art 5° CTN
Os tipos de tributo estão identificados na CF- art 145
(impostos, taxas e contribuições); art.148 (emprest.
Compuls.); art 149 (união- contribuição social)

Aplica-se a lei no momento em que se conclui o fato


gerador (não exatamente no momento em que se emite a
nota fiscal, mas como no caso da importação, quando do
desembaraço aduaneiro, quando é concluido o fato gerador)

• Imposto
(não tem contrapartida e arrecadação não tem destino
específico)

- Art. 16, CTN- fato gerador (153,155, 156)+ 145 CF


- arrecadação- art 167,IV,CF
- impostos e capacidade contributiva

Situação que não corresponde a uma atividade estatal tipica


(independe da atividade estatal)
FATOS INDICATIVOS DE RIQUEZA (acumulo de riqueza ou
fato que implica circulação de riqueza)
Ex. Sobre acrescimo patrimonial incide imposto

O fato gerador do imposto é independente de qualquer


atividade de atuação do estado.

A razão de exigir o imposto é a necessidade de receita


publica, por outro lado, não é motivo suficiente para a
cobrança do imposto. Por isso a lei institui quais os fatos que
sejam aplicados a cobrança de imposto. No caso do imposto
são os fatos indicativos de riqueza.

A arrecadação do imposto não está vinculada a sua


destinação, ou quem seja o beneficiario da sua arrecadação.
A arrecadação de impostos é destinada a utilização de
beneficios gerais,definida na lei orçamentária
O imposto serve para o custeio de serviços gerais do Estado

• Taxas
Usuarios de serviço ou destinatarios de uma atuação do
Estado
O fato gerador da taxa é o poder de policia ou o serviço
publico especifico e divisivel

A taxa só possuem dois tipos de atividade estatal que


justificam a criação e exigencia de taxa sendo o exercicio do
poder de policia ou o fornecimento de serviço publico
especifico e divisivel

Se o serviço publico não é oferecido a determinada pessoa


ela não é obrigada a pagar a taxa referente aquele serviço

- Art. 77, CTN- fato gerador (duas possibilidades-


serviço publico especifico e divisivel ou poder de
policia)

- serviço publico especifico e divisivel (pode ser


exigida pela utilização ou pela disponibilidade do
serviço)
Especifico- quando é possivel medir o proveito oferecido a
cada um dos usuarios
Divisivel- quando é possivel identificar os usuarios do serviço

- poder de policia
Poder de policia- atividade administrativa de limitação de um
direito individual em detrimento ao interesse publico

- quantificação da taxa - art. 145,§ 2° CF/ sum vinc 29


STF
O valor das taxas não deve ultrapassar o custo da atividade
estatal que justifica sua exigência. Pela ideia de
retributividade.

Enquanto o imposto é quantificado a partir da riqueza


manifestada, na taxa o que determina é o proveito feito em
razão da atividade do Estado, sendo o limite, o valor do
custo da atividade estatal. Quanto maior for a atividade
estatal, maior será o valor da taxa.
As taxas não deverão ter base de calculo igual ao dos
impostos- Art.145,§2°,CF

Fatores levados em consideração para cobrança da Taxa de


lixo
1- tipo de lixo produzido
2- distancia entre o imovel e o local de descarte
3- potencial de geração de lixo, definido pelo tamanho do
imovel

SV-29 STF: não pode utilizar a mesma base de calculo para


cobrança de imposto e taxa, mas não há problema em
combinar (associar) um fator da propriedade do imovel com
outros fatores para a cobrança da taxa.

- taxas e tarifas
Taxa- instituida em razão de poder de policia ou serviço
publico especifico e divisivel
Se o Estado presta diretamente o serviço publico, então este
serviço só poderá ser cobrado mediante taxa

Se o serviço publico é objeto de concessão ou permissão,


neste caso o valor exigido será de natureza tarifaria, que
não é o mesmo do regime tributario.

Tarifa- cobrança realizada porerviço prestado de


concessionária ou permissionária
Não segue o regime tributario
Não é definida por lei
Ex. Tarifa de embarque

Se o Estado desenvolve atividade economica a cobrança


também será realizada por tarifa

30/08
Nada impede que seja relizado serviço publico especifico e
divisivel ou o emprego do poder de policia sem a aplicação
de taxa.

Ainda que não faça uso do serviço disponivel é possivel que


haja a cobrança da taxa pela mera disponibilidade do
serviço.

• Contribuicão de melhoria
Fato gerador: atividade estatal combinada com outro fato
Pode ser instiuido e exigido em razao da valorização de bem
imovel provocado decorrente de obra publica

Se for uma obra realizada por particular para beneficio


publico, sendo posteriormente convertido em bem publico
também podera ser instituido o tributo de contribuição de
melhoria

Se comprovar que a obra publica realizada em torno da obra


privada somente ai poderá exigir contribuição de melhoria,
lembrando que deverá haver valorização

- Art 81 CTN
- obra publica
- valorizacao de bem imovel
- requisitos formais
Para cada obra publica deve ser editada uma lei, assim
como a delimitação de quem serao os contribuintes
afetados, e o valor da obra publica, sendo que os imoveis
devem ser avaliados antes e depois da obra.

A contribuição de melhoria é exigida uma só vez


A criação da contribuição de melhoria deve ser realizada
anterior a obra publica (a previsão legal deve ser anterior a
obra)

- Limites
Não pode servir para se arrecadar mais com o que se gadtou
com a obra publica

O valor exigido de cada contribuinte não pode ser superior o


que cada contribuinte auferiu pela valorização do imovel

• Emprestimos compulsórios
- Art.148,CF
- natureza tributaria
- carater excepcional
- requisitos formais
- arrecadação e fato gerador

04/09
Hoje tem 5 tributos previstos na constituicão:
Impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições
especiais e emprestimos compulsorios
Impostos, taxas e contribuições se legitimam pelo fato
gerador

Contribuições especiais e empréstimos compulsórios- se


legitimam desde que atendam a uma finalidade especifica,
ou seja, é necessaria que se indique uma despesa publica
especifica (finalidade especifica) e não podem servir a uma
finalidade diversa da especificada.

• Contribuições (art. 149 e 149-A, CF)


Incluido no regime juiridico tributario pela CF/88

- finalidade específica (finalidade indicada no art149 e


149-A)
São 4 finalidades especificas:
- contribuições sociais; de intervenção no dominio
econômico; de interesse de categoria profissional ou
econômica; para o custeio do serviço de iluminação
pública

Contribuições sociais- instituido com objetivo


predeterminado para custear os direitos sociais.
Lembrando...
Direitos individuais- limitam a atuação do estado,
normalmente sao direitos de defesa
Direitos sociais- saude, educação,previdencia
Os direitos sociais exigem serviços prestados pelo estado
que exigem recursos.

Nada impede que outras receitas publicas sejam


empregadas no atendimento dos direitos sociais. Ex.
Contribuições sociais previdenciarias.

Contribuição de intervenção no dominio economico


(C.I.D.E.)
Tributo que tem por finalidade custear despesas do estado
relativas a intervenção do estado na economia.
Ex. Regular o direito economico no caso do transporte aéreo
ou transporte terrestre
Ex. Sobre a importação e exportação de combustiveis, no
qual serve para fomentar pesquisas de melhoria de
combustiveis e o serviço de transporte rodoviario

Contribuição corporativa (de interesse de categoria


profissional ou economica)
É contribuição parafiscal- é instituida pela uniao e fiscalizada
por outro orgão.
Ex. Anuidades dos conselhos profissionais

O STJ reconhece como tributos as anuidades dos conselhos


federais
A OAB tambem cobra anuidade, entretanto a anuidade da
OAB não é reconhecida como tributo pela jurisprudencia do
STJ.
Conselhos profissionais desempenham funcoes tipicamente
administrativa, no caso da OAB, não seria função
tipicamente administrativa porque foram atribuidas outras
funções alem de fiscalizar a profissao do advogado, como
assegurar o estado democratico de direito, ex. pode ajuizar
ADI

Contribuicão do custeio do serviço de iluminação publica


SV-41
EC- 39/2002 introduziu o art.149-A para permitir a
instituição da cobrança do custeio do serviço de iluminação
publica

• Empréstimo Compulsório (art. 148, CF)


Reconhecido pela CF/88 como tributo

- carater excepcional/finalidade específica


- restituição do valor exigido
- requisitos formais

Todo e qualquer tributo que for exigido de forma indevida


dará margem a possibilidade do contribuinte ser restituido

A restituição do valor arrecadado no emprestimo


compulsorio é devida por fazer parte da natureza do tributo

Alem da restituibilidade da arrecadação este tributo somente


é instituido em situações excepcionais, conforme art.148, CF

Somente será instituido em razão de despesas


extraordinarias de guerra, calamidade publica ou
investimento publico urgente e de relevancia nacional. SÓ
PODE SER INSTITUIDOS PELA UNIÃO e devem ser
instituidos por Lei Complementar.
Não podem ser criados por medida provisória
Pode ser cobrado no mesmo ano em que for instituido

06/09

* CLASSIFICAÇÕES
- quanto a vinculação do fato gerador a atividade
estatal
Todo tributo existe como forma de gerar receita para o
Estado.
Fato gerador- condição (situação) definida em lei para
pagamento do tributo
Existem tributos de fato gerador vinculados e não vinculados
a atividade estatal.
Ex de tributo não vinculado a atividade estatal: impostos
Ex de tributo vinculado a atividade estatal: taxa,
contribuição de melhoria

Taxa- atividade estatal diretamente dirigida ao contribuinte


Contribuição de melhoria- atividade estatal é dirigida
indiretamente ao contribuinte. Porque a obra publica é
dirigida a todos.

Emprestimo compulsorio- a constituicao não indica o fato


gerador do emprestimo compulsorio. Portanto pode haver
emprestimo compulsorio em razão da sua finalidade em
decorrencia disto, o fato gerador podem ter fato gerador
vinculado ou não a atividade estatal. Assim também se
procede as contribuições especiais, porque não são definidas
de forma exaustiva os fatos geradores que a vinculam.

As anuidades dos conselhos tem fato gerador vinculado em


função do exercicio do poder de policia

⬇⬇⬇atenção!!!⬇⬇⬇
- quanto a repercussão econômica (art. 166, CTN)
Obrigação de efetuar o pagamento do tributo sujeitando o
engargo economico de pagar o tributo a outra pessoa
Ex. Conta de luz, telefone, tv por assinatura
A pessoa por lei obrigada a pagar o tributo é a fornecedora
de serviços (no caso o ICMS), porém o custo do tributo é
descontado do consumidor- CHAMA-SE isto de
repercussão economica do tributo.
Porque nesses casos a lei autoriza o repasse economico do
tributo
Contribuinte de direito- pessoa por lei obrigada a pagar o
tributo (a empresa prestadora)
Contribuinte de fato- pessoa que suporta o pagamento de
fato (o consumidor)
Tributos Diretos-aquele que não admite a repercussão
economica
Tributos Indiretos- aquele que admite a repercussão
economica. Ex. IPI e ICMS

- quanto a incidência na cadeia de fornecimento de


bens ou serviços
Determinados tributos são chamados multifasicos porque
incidem em varias etapas da cadeia de fornecimento, ex
ICMS, PIS e COFINS
Tributos monofasicos incidem apenas em uma determinada
fase da cadeia de fornecimento. Ex. Somente a receita da
refinaria tem cofins as outras fases da cadeia de
combustiveis não incide cofins

- cumulativos e não cumulativos (cumulatividade)


Ex. Fabricação de um veículo
Tributação cumulativa= tributação em cascata
Para alguns tributos a legislação prevê a não
cumulatividade, Ex. IPI e ICMS (são não cumulativos) onde
os valores pagos na etapa anterior servem para ser abatidos
na etapa subsequente

- função ⬅atenção fiscal x extrafiscal!!! ≠ parafiscal


Visando estimular ou desestimular o consumo
Podem ser de natureza fiscal ou extrafiscal
Alguns tributos desempenham outras finalidades alem de
gerar receita (extrafiscal)
Ex. Imposto sobre importação. A cobrança é determinada
muito mais em funcão de politica economica do que em
razão de politica tributária
Ex. Tributação sobre cigarro, visa desestimular seu consumo

Não confundir com tributos parafiscais, que é quando um


orgão cobra determinado tributo em prol de outro.

- destinação de receitas (destinação específica x


geral)
Cabe a lei orçamentaria definir ano a ano destino das
receitas obtidas. Existem receitas vinculadas
obrigatoriamente a atender certas despesas enquanto outras
não estão vinculadas, podendo atender qualquer tipo de
despesa
Ex. Emprestimos compulsorios e contribuições, que possuem
vinculação especifica, mas nada impede que outros recursos
tambem sejam empregados para essa finalidade, como no
caso da iluminação publica

Já os impostos podem atender qualquer tipo de despesas

A Classificação dos tributos no CTN e na Constituição


A depender do criterio utilizado a doutrina entende uma
quantidade de um a cinco tipos de tributos.
A Constituição classifica 5 modalidades de tributos,
reconhecidos pelo STF em sua jurisprudência.
Já o CTN diz que são 3 os tributos, cabe observar que o CTN
é de 1966, ou seja anterior a constituição, por isso apenas a
classificação de 3 tributos.

Atenção!!!⬇⬇⬇
Embora o CTN traga uma classificação superada, traz uma
informação importante: o nome atribuido por lei ao tributo
não possui relevancia para sua atribuição, ou seja não
determina sua natureza juridica. Portanto deve se olhar para
o fato gerador, geracao de receitas se possui caracteristicas
de taxa ou im!posto ou contribuição de melhorias, onde o
tributo só terá validade se a sua atribuição for respeitada
conforme previsão da constituição, caso contrário o tributo
será inconstitucioinal, ou seja, inválida.

11/9
Constituição tributária
Só as leis criam os tributos, não se exige a cobrança de
tributos somente fundamentado na constituição
Art 145 a 162,CF. Quem confere a unidade ao sistema
tributario é a constituição.
Autonomia financeira- de que forma ocorre? atribuindo
competencia tributaria a cada ente ou definindo de que
forma a receita tributaria sera repartida entre os entes
federativos
No Brasil só pode ser criados tributos que atendam a certas
caracteristicas basicas definidas na constituição.
As caracteristicas basicas de cada tributo que pode ser
criado já está definida na constituição
Portanto a possibilidade de criar tributos já nasce contida
nas hipoteses previstas na CF.

•Constituição e o direito tributario


•Sistema tributário nacional
• Competência tributária
- competencia tributaria legislativa e administrativa
Competencia tributaria legislativa- aptidao para criar as
normas juridicas tributarias
Competencia administrativa tributaria- aplicação das leis
tributarias, fiscalização e exigencia de tributos. Também
conhecida como capacidade tributaria ativa.

A competencia legislativa tributaria é da união, estados, df e


municipios, mas nem sempre sera exercida pela mesma
pessoa, ou seja a competencia administrativa podera ser
exercido por outro. Ex o tributo pode ser criado pela união e
ser fiscalizado pelo municipio

Segundo a constituição:
1- define o que pode ser criado: impostos, taxas,
contribuicoes de melhoria, emprestimos compulsorios e
contribuicoes especiais.
2- reparte a competencia entre os entes federativos

- atributos da competencia legislativa tributaria


- irrenunciabilidade (não pode ser objeto de renuncia)
Renuncia- manifestação expressa capaz de extinguir
determinado direito.

- indelegabilidade a competencia legislativa tributaria é


indelegavel, não pode repassar a outro ente
Já a competencia administrativa tributaria pode ser delegada

- incaducabilidade não existe prazo para o exercicio da


competencia legislativa tributaria
Ex. Dois casos de tributos que foram criados e cobrados até
determinada data, casos do IMPF e CPMF, ou seja, tiveram
prazo de exercicio, sujeitos a decadencia.

- alterabilidade limitada a alteração das regras de


competencia legislativa tributaria deve ser feita por meio de
emenda constitucional
A concessão de beneficios ou isenção cabe ao legislativo
(federal, estadual ou municipal)
Existem certas materias que não podem ser suprimidas do
texto constitucional
- facultatividade do exercicio a constituição não impõe a
criação de todos os tributos por ela autorizados, ela autoriza

- privatividade (exclusividade)

13/9- faltei aula

Caracteristicas da competencia legislativa tributaria:


•privatividade/ exclusividade:
Criação, regulação e desoneração

• competência tributaria do CTN:


- limites: art.6°, caput CTN
- repartição de receitas e co petências
- indelegabilidade: art.7°, CTN
- facultatividade e privacidade: art.8°, CTN

Repartição de receitas tributárias


- União para os Estados:
Art157,I (IRPF)
Art159,II (10% IPI)
Art 159,III (IDE combustivel)
Art 157,II (imposto residual)

- União para os municipios:


Art.158,I (IRPF)
Art.158,II (50% ITR)

- União para Estados e Municipios:


Art.153, §5°- 30% para Estados e 70% para
municipios

18/9
Repartição das receitas tributárias

• Dos Estados para os Municipios:


50% IPVA (art.158,III,CF)
Ocorre de acordo com o local em que foi licenciado o veículo

25% ICMS (art.158, IV, CF)


Incide sobre dois tipos de servico: comunicação e transporte
intermunicipal ou interestadual
-3/4 dos 25% são transferidos ao municipio na proporção do
volume de operações tributaveis praticados pelo municipio
(definido pela CF)
-1/4 (restante) é definido por cada Estado de acordo com lei
propria

• Da União para Fundos: (art.159, I, CF)


49% da arrecadação de IR e IPI
- 21% para Fundo Participação Estados e DF
- 22,5% para FPMunicipios (+2%)
- 3% para programas de desenvolvimento do N, NE e
CO

Fontes do Direito Tributário


- Fontes do direito tributario:
Fontes materiais- fatos economicos sociais e politicos que
provocam a criação das normas juridicas
Fontes formais- existem fontes formais que desempenham
funções especificas no direito tributario

Definição:

- Fontes formais do Direito Tributário


• CONSTITUIÇÃO
Art. 145 a 161

A constituicao desempenha 3 funcoes relativas ao


direito tributario:
1- competencia tributaria_ porque define quem pode e o
conteudo possivel das leis tributarias
2- normas de incompetencia tributaria_ proibindo a
criacão de tributos em certas hipoteses (imunidade
tributaria)
3- normas que estabelecem os direitos fundamentais
daqueles que se sujeitam a tributação (direitos
basicos) como só ser tributado pelos fundamentos legais,
não ser tributado de forma retroativa

Portanto a CF define as competencias e as regras


basicas para a criação e cobrança dos tributos

• LEIS
Lei complementar
Quorum para aprovação: Maioria absoluta
A LC no direito tributario é utilizada para:1-criar alguns
poucos tributos: Emprestimos compulsorios, Impostos de
competencia residual da União e as Contribuições Sociais
residuais da União. Os demais tributos são criados por lei
ordinaria. 2- regulamentar as limitações ao pode de tributar.
3- Dispor sobre os conflitos de competenciaem materia
tributaria. 4- Dispor sobre as normas gerais do Direito
tributario. 5- Estabelecer regras de tributação diferenciada e
favorecida para as microempresas e empresas de pequeno
porte. Art.146 e 146-A, CF

Lei ordinaria
Quorum para aprovação: Maioria simples
A maior parte dos tributos no Brasil é criada por lei ordinaria
Estabele as regras relativas as obrigações tributarias
acessorias e as de penalidade tributarias
A lei deve conter todos os elementos que determinam o
nascimento e o conteudo da imposição tributaria

Lei delegada
Ato normativo criado pelo chefe do poder executivo após
uma autorização do poder legislativo

Medida provisoria
Ato normativo elaborado pelo chefe do executivo, editada
sem previa autorização do legislativo, sendo posteriormente
submetida ao poder legisativo convertendo-a em lei ou
complementada, tendo vigencia temporaria

25/9

FONTES DO DIREITO TRIBUTARIO continuação...

• Constituição

• Leis
- complementar,
- ordinaria,
- delegada,
- medida provisória casos de relevancia e urgencia,
editada pelo chefe do executivo,vigencia temporaria (60
dias) sendo prorrogada por mais 60 dias caso não seja
apreciada (aprova-la convertendo-a em lei ordinaria, ou
rejeita-la, ou ainda aprovada com alterações) pelo legislativo
nesse periodo. Ao final dos 120 dias posteriores a sua edição
caso nao seja apreciada pelo legislativo, considera-se
rejeitada, nao sendo possivel nova edição dentro do mesmo
ano legislativo.

O STF reconhece a possibilidade de MP tratar de materia de


Direito Tributario. Com a EC-32 ficou assentada tal decisão,
inclusive para criar ou aumentar determinado tributo.
Obs. MP só pode tratar de lei ordinaria, portanto deve- se
respeitar a formalidade da criação do tributo (se for
obrigatorio ser criado por LC nao tera validade se for criado
por MP). Ainda tem que ser observado a vacatio porque a
criacao de tributos nao pode produzir efeitos imediatos.
A MP é ato normativo privativo do presidente da republica
• Decreto Legislativo
Decreto legislativo é ato normativo que tratade materia
exclusiva do congresso nacional (poder legislativo). Se
equipararia a uma lei ordinaria, com algumas ressalvas:
para a sua criação, a iniciativa é do poder legislativo e todo
o tramite é do poder legislativo, não fica sujeito a sançao ou
veto porque trata de materias exclusivas do legislativo nao
sofre interferencia de outros poderes. Normalmente é
utilizado para incorporacao dos tratados internacionais na
ordem juridica brasileira. 2 processos de incorporacao, geral
e tratados de direitos humanos.
De uma forma geral, alem da assinatura do presidente, o
texto do tratado precisa ser aprovado pelo congresso
atraves de um decreto legislativo que confirmaram a
vinculacao do Brasil as normas do tratado.

Tratando de direitos humanos, sera observado o


procedimento previsto no § 3° do Art.5, CF, podendo ser
confirmados por aprovacao de 3/5 onde trerao força de EC
ou caso nao haja quorum, serao aprovados por maioria
simples onde sera editado um decreto legislativo e as
normas do tratado terao força supralegal as leis ordinarias.

• Resoluções do Senado
É um ato normativo que se assemelha ao decreto legislativo,
porem iniciado, promulgado e aprovado pelo senado, por
serem materias de competencia exclusiva do senado. Dentre
as materias de interesse ao direito tributario estao as
aliquotas maximas de ITCMD, minimas de IPVA, e maximas
e minimas de ICMS. (3 impostos estaduais que o senado
estabelece limites de aliquota)
Ex. A aliquota maxima do ITCMD fixada pelo senado é de
8%. No ES a aliquota do ITCMD é de 4%.

Até aqui são as fontes formais primarias, capazes de


definir o conteudo das obrigacoes tributarias ⬆⬆⬆⬆⬆
Fontes formais secundárias ⬇⬇⬇⬇⬇não definem o
conteudo mas regulam as formas de execucao das leis
tributarias. Vao orientar a forma de atuaçao da
adminstracao definindo os procedimentos e a competencia
na aplicacao das leis tributarias.

• Decretos (regulamentares)
Ato normativo de carater secundario subordinado a lei e
destinado a regular a execucao e aplicacao da lei. Nao pode
suprir a omissao da lei. Como o nascimento da obrigacao
tributaria precisa ser feito por lei, os decretos praticamente
reproduzem o que esta na lei. Regulamentam a aplicação
das leis tributarias.
Desempenham a funcao de reunir em um documento unico
normas que se encontram em leis esparças.

• Atos normativos da administração


Tem funcao semelhante a funcoa dos decretos
(regulamentar) portarias, ordem de serviço, instrucao
normativa, sao elaborados por autoridades administrativas
de maior hierarquia destinados a regular a propria
organizacão da adminsitracao.
Nao sao atos individuais e concretos, sao de conteudo geral
definindo como os subordinados da administracao
(servidores) devem atuar.

• Legislação tributaria do CTN- ver Art.96 CTN


O Art.96 do CTN está incompleto porque o CTN foi editado
antes da CF.
- Leis (art. 97)
- tratados e convenções internacionais (art.98) só
vinculam o Brasil depois de devidamente incorporados a
ordem interna.São capazes de revogar a legislação interna e
deverão ser observados pela legislação que lhe sobrevenha
Se a legislação interna for posterior ao tratado a regra é que
não é capaz de revogá-lo.
Entendimento do STJ e STF- identificar qual o conteudo do
tratado. Se estabelecer regra entre dois paises, ou seja,
estados soberanos (tratado contrato), não podera ser
modificado por lei interna posterior, porque nao pode uma
lei interna regular relacoes entre paises.
Agora se o tratado se destina a uniformizar uma legislacao
interna (tratado-lei) é cabivel a legislacao posterior interna
revogar esse tratado, porque trata de como os paises
adotam internamente determinada aplicacao de tributos aos
seus contribuintes.

- decretos (art.99) subordinados as leis com funao de


disciplinar a aplicacao das leis

- normas complementares da legislação tributaria

27/9

Fontes do Direito Tributario

- legislacao tributaria no CTN


-normas complementares da legislacao tributaria-
art100 CTN (carater infra legal- atos normativos da
administração, decisões administrativas que tenham eficacia
normativa, costumes da administração e os convenios)
Convenio nao cria obrigacao tributaria, apenas estabelecem
como os entes coneviados atuarao no cumprimento dos
deveres tributarios.

Interpretacao e integracao da legislacao tributaria


- regras de interpretacao e integração
- metodos de integracao - art 108 ctn
1- analogia- situação não expressamente prevista
comparada com uma situação similar
A interpretacao a contrariu sensu- diante de uma situacao
prevista na lei e outra nao prevista em lei, a situacao nao
prevista em lei tera consequencia diversa a nao prevista
emlei
Art.108, §1- a analogia nao pode servir para exigir tributo
2- os principios gerais de direito tributario
Hoje as normas devem ser interpretadas consoante os
principios
3- os principios do direito publico
4- equidade
§2- nao pode invocar a equidade para afastar o pagamento
do tributo

- legislacao tributaria e legislacao do direito privado

- interpretacao literal- art.111


A legislacao sobre certas materias sera interpretada de
forma literal
Interpretar literalmente- somente naquelas situações
definidas em lei pode adotar a medida prevista, não sendo
aceita analogias

02/10
Relembrando...
Interpretacao literal não significa interpretação restritiva,
não admite porém analogia, porque analogia utiliza
interpretação do texto.
A interpretacao literal se traduz na interpretação restritiva
as materias elencadas somente do art.111 do CTN

- interpretacao mais favoravel ao acusado


(art.112,CTN)
Não há no diteito tributario nenhuma regra que determine a
interpretação em favor do contribuinte ou em favor do
interesse do credor do tributo.

Interpreta- se a legislação tributaria pelas regras de


interpretação, sem tomar posicionamento por uma das
partes. Leva-se em conta as regras do art.112 CTN para que
em caso de duvida favoreça uma das partes da relação
tributaria ao acusado.
Acusado= no caso de normas de carater punitivo, não nas
normas que definem o dever do tributo
Art.112- havendo duvida relativa a interpretação das
normas que estabelecem punição a infração adotada, devera
ser aplicada a que beneficie o acusado

Materia para av1 até a aula 8 ⬅


Av1 dia 9/10
Trazer casos 1 a 8

16/10

Direito Constitucional Tributario

- Tributação e segurança juridica

• Legalidade Tributária
- art.150,I, CF
- aumento, criação, extinção e redução
- estrita legalidade
- art. 153,§1°,CF; 177,§4°,I,b, CF

Valor: Segurança juridica


Ligada ao principio da legalidade tributaria
Desdobramento do principio da legalidade- art. 5°,II,CF
"ninguem sera obrigado a pagar tributo senão por meio de
lei"
A cobrança e o aumento de tributo dependem de lei, assim
como a redução ou a extinção

Pressupõe a modificação da lei:


- instituir
- aumentar
- reduzir
- extinção
Regra geral: lei ordinaria

Tributos instituidos por Lei complementar:


- emprestimos compulsorios
- impostos de competencia residual
- contribuições sociais residuais

Obs: imposto sobre grndes fortunas


Definição- lei complementar
Criação do imposto- lei ordinaria

A lei deve estabelecer em que circunstancias surgira o dever


tributario, quais são as pessoas sujeitas a pagar o tributo,
quem é que poderá exigir o tributo e o valor do tributo (base
de calculo e aliquota)

A aliquota pode ser fixada por ato do poder executivo, lei


que definira os limites minimo e maximo (153§1 e
177§4,I,b, CF)*

Não basta que a lei autorize a cobrança do tributo, deve


ainda determinar o fato gerador, o contribuinte, quem
podera cobra-lo e o valor devido

Competencia= aptidao para criar tributos


Capacidade= aptidao para arrecadar tributos

A lei deve prever:


Fato gerador
Contribuintes
Base de calculo
Aliquotas
Capacidade tributaria

A lei pode definir a cobrança do imposto, podendo haver


redução da aliquota por decreto assim como a revogação do
decreto restabelecendo a aliquota original prevista na lei.
Ver art.177,§4°,I,b

Não depende de lei a fixação da data de vencimento do


tributo.

Outro aspecto da segurança juridica:


Estabilidade das relações juridicas
Por assim entender a irretroatividade

• Penalidades e outros deveres tributarios


- Irretroatividade
- art. 150,III, a, CF, arts 105 e 106 CTN

- Anterioridade, autoridade nonagesimal e vigencia


das leis tributarias
- vigencia
- aumento e criação de tributo- art. 150,III, b, c, CF

Garantia de proteção ao direito adquirido, ato juridico


perfeito e coisa julgada

Portanto: os deveres tributarios sao definidos em lei e a lei


tributaria projeta seus efeitos para o futuro. Art 150, III,a
CF e art 105 e 106 CTN

A lei tributaria aplica-se aos fatos geradores futuros e


pendentes a vigencia do inicio da lei.

Fatos geradores de obrigação tributaria não se completam


no mesmo instante que iniciam sua operação, portanto
aplica-se a lei tributaria vigente quando o fato gerador
estiver concluso.

Art.106,II, CTN- a lei tributaria que define infrações sendo


mais benéfica retroagirá.

ATENÇÃO!!!- REDUÇÃO DE TRIBUTO NÃO RETROAGE


Se a penalidade permanecer pendente é possivel a
retroatividade (se ainda não pagou a multa é possivel
aplicação da lei punitiva mais benefica)

18/10

Principio da Irretroatividade
Art.106, CTN

Redução e extinção de tributo não tem retroatividade


Somente admite-se a retroatividade no caso de infrações

Lei interpretativa- faz a interpretação de uma lei ja existente


sem que haja qualquer alteração.

Principios da anterioridade e da anterioridade


nonagesimal
-previsibilidade e não surpresa
- anterioridade
- anterioridade nonagesimal
- criação e aumento
- exceções: art.150,§1°,CF
- medidas provisorias
- imposto sobre renda- sumula 584,STF
- alteração da data de vencimento- SV-50
- vigencia das demais normas tributarias inclusive que
reduzem ou extinguem tributos
- art.101,CTN
- art.103,CTN

Vacacio legis= 45 dias (prazo geral)


No Direito tirbutario a vacacio legis estão previstos na CF
Anterioridade- art.150,III,b
Anterioridade nonagesimal- art.150,III,c

A lei que criar ou aumentar tributos nao surtirá efeitos no


mesmo exercicio financeiro que foi criada.
Ex. Lei editada em 1 de junho só produzira efeitos no ano
seguinte (deve respeitar o exercicio financeiro e mais 90
dias da anterioridade nonagesimal)

Há casos em que não são observados os principios da


anterioridade e anterioridade nonagesimal- art.150,§1° e
art.195,§6°: emprestimos compulsorios para atender
despesas extraordinarias, impostos extraordinatios de
guerra, imposto sobre importações, sobre exportações e IOF
(impostos regulatorios- regulam a economia)

Sum 669 STF- exceções apenas a anterioridade, respeitando


apenas a anterioridade nonagesimal: IPI e contribuições
sociais.
Casos em que somente se observa a anterioridade: base de
calculo do ipva, base de claculo de iptu, imposto de renda
(esses nao respeitam anterioridade nonagesimal)

23/10

Principios da anterioridade e anterioridade


nonagesimal
--- devem ser observados na criação e aumento de tributos
- exceções
- medida provisoria
É admitida a edicao de MP para instituição e aumento de
tributos.
Na hipotese de criação ou aumento de impostos, o art.62,
CF, §2°- preve que a norma produzirá efeitos no exercicio
financeiro seguinte em que a MP for convertida em lei

Portanto a MP não produzirá efeitos imediatos

Tratando-se de aumento ou criacao de imposto a MP


primeiro precisa ser convertida em lei para produzir efeitos
somente no exercicio financeiro seguinte. Art.62,§2°,CF
Vale portanto a data da coversão em lei.
Depois que for convertida em lei é que contará o prazo da
anterioridade e anterioridade nonagesimal

- alteração da data de vencimento


A alteração da data de vencimento não está sujeita ao
principio da anterioridade
Ver SV-50= alteração de data de venc não está sujeita
a anterioridade

- imposto sobre renda- Sumula 584, STF ⬅ATENÇÃO!!!


Está sujeito apenas ao principio da anterioridade

Regra geral: Aplica a lei em vigor no momento em que o


fato gerador ocorrer.
Afirma a doutrina que a sumula 584 está errada, sendo
superada pelo legislador respeita a vacatio legis para o inicio
da vigencia da lei tributaria.

Valor: Justiça Tributária

•Isonomia Tributaria- art.150,II,CF


-tratamento igual/desigual, situação equivalente/não
equivalente
As pessoas que se encontrarem em situação equivalente, o
tratamento tributario deverá ser o mesmo (não poderá ser
desigual)

- isonomia e os tributos de fato gerador não


vinculado- capacidade contributiva
Tributos de fato gerador nao vinculado- não estão
vinculados a alguma contraprestação do estado.
Normalmente devido a situações indicativas de riqueza

Capacidade contributiva=Medida da capacidade de suportar


a exigencia tributaria definida a partir da propria situacao
tributavel
A base de calculo é fundamentada na capacidade
contributiva.
A capacidade contributiva é medida de forma objetiva
levando em consideração o fato tributavel

Art.145,§1°- impostos sempre que possivel terão carater


pessoal (forma subjetiva)- não considera apenas o quanto
ganha e o quanto gasta.
Ex. Contribuinte que possui dependentes

- progressividade e seletividade
Progressividade- distribuição da carga tributaria aplicando a
intensidade dos tributos em maior grau aqueles que tem
maior capacidade contributiva.
Quanto maior for a riqueza maior sera o percentual utilizado
no calculo do imposto
Progressividade- IPTU, ITR, IR, ITCMD
Seletividade- leva em consideracao a capacidade
economica dos consumidores
IPI e ICMS
Essencialidade- indica uma tributacão menor aquelas
operacoes de serviços essenciais (alimentos, remedios,
roupas) e aliquotas mais elevadas a serviços de luxo

- isonomia e os tributos de fato gerador vinculado-


retributividade

25/10

Principio da isonomia tributaria


- isonomia e tributos de fato gerador não vinculado a
atividade estatal- capacidade contributiva-
progressividade e seletividade

- isonomia e tributos de fato gerador vinculado a


atividade estatal ⬅ RETRIBUTIVIDADE

Ver: Tributo progressivo x tributo seletivo ⬅⬅


Variam Aliquota em função de fatores

Contribuinte equivalente-
No caso de imposto é aquele que manifesta a mesma
riqueza.
No caso das taxas é quando for prestada a mesma
quantidade de serviço publico.

Principio da vedação do efeito confiscatório


⬅ATENÇÃO!!!
Art.150,IV,CF
A tributação nao pode ser excessivamente onerosa
Deve haver proporcionalidade
Limite quanto a fixação dos tributos
-Viola este principio quando incompativel com o proveito da
atividade estatal
- não existe uma aliquota que torne o tributo confiscatorio,
deve-se analisar o conjunto de fatores
A verificação do efeito confiscatório do tributo é feita caso a
caso.
•STF- fixou limite para as multas tributarias (não podem
ultrapassar o valor de 100% do valor do tributo)

Principio do livre trafego de pessoas e bens


Art.150, V, CF
Não se pode instituir tributo pelo simples fato de transitar no
territorio nacional

Principio da não discriminação quanto a origem ou ao


destino de bens ou serviços
Art.152,CF
Tributos estaduais e municipais- operações intermunicipais e
interestaduais

Principio da uniformidade geografica


Art.151,I,CF
Previsto expressamente para os tributos federais
Os tributos federais devem ser uniformes em todo territorio
federal
Existe Possibilidade de concessão de beneficios como forma
de reduzir as desigualdades regionais

30/10

Principio da uniformidade geografica da tributação


De forma geral os tributos federais devem ser uniformes no
territorio nacional.
É possivel variação dos tributos estaduais e municipais
sendo possivel ainda criar beneficios regionais
A uniformidade tambem decorre do principio da igualdade

Outras normas constitucionais


- divulgação dos encargos tributarios no fornecimento
de bens e serviços (art.150, §5° CF, lei 12.741/12)

- Exigência de lei especifica para subsidio,


isenção,redução de base de calculo, credito
presumido,anistia ou remissão (art.150,§6°,CF)

- Vedação às isenções heterônomas (art.151,III,CF)


A União não pode conceder a isenção de tributos de
competencia estadual ou municipal
Somente a pessoa que tem competencia para legislar sobre
o tributo é que tambem terá competencia para instituir
isenção do mesmo
2 ressalvas (exceções): ICMS- exportação e ISS-
exportação

- Neutralidade fiscal e livre concorrência (art.170,IV,


CF, art.146-A,CF) e 152,CF
A tributação não pode provocar desequilibrio de concorrencia
Art146-A- permite tributacao diferenciada para prevenir ou
corrigir desequilibrios de determinada concorrencia

IMUNIDADES
- Competência tributaria e imunidades
A CF imuniza certas pessoas ou certos fatos proibindo a
criação ou cobrança de tributos a elas

- " limitações" ao poder de tributar

- Imunidade, isenção e não incidência


Imunidade- instituida pela constituição
Isenção- prevista em lei
Nenhuma delas pagará tributo

Em razão da imunidade não há incidencia do tributo


Porem quando não há incidencia de tributos pode ocorrer
por diversos motivos

Imunidade recíproca- art.150,VI, a, CF


União, Estados e municipios e DF não poderão instituir
impostos sobre patrimonio, renda e serviços uns sobre os
outros. Taxas e contribuições podem ser instituidos.
A imunidade é somente sobre imposto

A imunidade tributaria é decorrente da forma federativa do


Estado, visa prevenir desequilibrios entre os entes da
federação

Caso "Mc Culloch vs. Maryland"- proibição de se instituir


impostos de um ente sobre outro. Considerando que a
tributação representaria um risco aos entes da federação.

A imunidade se extende as autarquias e as fundações


publicas- art.150,§2°,CF

A imunidade tributaria não alcança os exercico de atividades


economicas desenvolvidos pela União, Estados, Municipios
das autarquias e fundações.

Empresas publicas e sociedade de economia mista em regra


não tem imunidade 👈
STF: vem decidindo que empresas publicas prestadoras de
serviço publico são imunes

Sociedades de economia mista em que não ocorre


distribuição de lucros ou sem fins lucrativos, não ocorre
incidencia de imposto- sendo caso também de imunidade
tributaria por agir como extensão do Estado.

01/11

Imunidades tributarias
- Imunidade dos templos de qualquer culto
- art. 150, VI, b, CF
- Instituições religiosas (liberdade religiosa)
- patrimônio, renda e serviços relacionados a suas
finalidades essenciais (art.150,§4°, CF)
- Imunidade dos partidos politicos e suas fundações,
das entidades sindicais de trabalhadores e das
instituições de educação e de assistência social
- art. 150, VI, c, CF
- direitos fundamentais
- patrimonio, renda, serviços relacionados a suas
finalidades (art. 150,§4°, CF)
- requisitos Art.14, CTN só serão reconhecidos como
imunes se atendidos os requisitos especificos na lei.
• não podem distribuir a qq titulo parcela de
patrimonio ou renda
• os recursos deverao ser aplicados integralmente no
Brasil
• deverão manter registros de suas receitas e
despesas

Embora não sejam sujeitas a tributação, são sujeitas a


fiscalização

- Imunidade de livro, jornal, periodico, papel


destinado a sua impressão.
Imunidade objetiva- relacionada a fatos
As operações de compra, venda, importação e
exportação destinadas a impressão são imunes.
Imune é o livro, o jornal

06/11

Imunidades Tributarias
•Imunidade do livro, do jornal, do periodico, e do
papel destinado a sua impressão. Art.150,VI,"d",CF

- liberdade de manifestação de pensamento, de acesso


à informação, cultura, educação e lazer

- livro, jornal e periodico


Livro imune- serve de informação (produto cultural)

- papel e outros insumos (sumula 657,STF)-também


são imunes
- livro eletrônico e leitores- os livros eletronicos são
imunes já os leitores ainda não tem a imunidade
reconhecida

•Imunidade dos fonogramas e videofonogramas


musicais- art.150,VI,"e" CF decorrente da EC-75/2013

- obras musicais ou literomusicais

- obra de autoria de brasileiro ou interpretada por


brasileiro

- produzida no Brasil

- suportes e arquivos digitais

Imunidades subjetivas- concedidas em função da qualidade


da pessoa
Papel destinado a impressão de livros também é imune
Imunidades relativas a outros tipos de tributos.
Ex imunidade de taxas, imunidades de contribuições

Outras imunidades tributárias


•Art.184,§5°,CF- são isentas de impostos federais,
estaduais e municipais os imoveis despropriados para
fins de reforma agraria.
O caso é de imunidade porque está previsto na constituição
A desapropriação para fins de reforma agraria é imune

• Art.195,§7°- contribuições sociais: são isentas as


sociedades beneficentes de assistencia social
Embora o artigo contemple a palavra isenta a questão é de
imunidade porque a previsão é constitucional.
Se fosse norma infralegal seria isenção

• art.5°, LXXVII,CF

08/11
Obrigação tributária
Não se definem em razão das pessoas presentes na
obrigação, onde nem sempre o Estado ocupará uma das
partes, como no caso dos cartórios que cobram
emolumentos. Nem sempre havera contribuinte, porque
nem sempre as obrigações tributarias terão o dever de
pagar.
O que define uma obrigação tributária é o seu objeto
CTN- obrigacao tributaria é qualquer relação juridica
Tipo de conduta do sujeito passivo que pode ser exigida pelo
sujeito ativo:

Basicamente 3 tipos de conduta: ⬅Atenção!!!


1- conduta de pagar tributo
2- fazer ou não fazer instituido decorrente da arrecadação
do tributo (emitir nota fiscal, entregar declaração IR,...)=
deveres instrumentais (instituido no dever da arrecadação)

3- relação que tem por objeto a exigencia de uma


penalidade (multas tributarias) multa pelo descumprimento
de um dever tributario

Classificação: art.113 CTN


- Obrigação tributária principal- art.113,§1°
Tem por objeto o tributo ou a multa
Objetivo principal da tributação- obter receita
Se extingue juntamente com seu credito
➡ Obrigação tributaria principal- obter receita

- Obrigação tributária acessória- art.113,§2°


Aquela que tem por objeto prestações positivas ou negativas
instituidas na arrecadação dos tributos
➡ São os deveres instrumentais são condutas de carater
instrumental que fundamentam a obrigação principal.

Pode existir obrigação tributaria acessoria sem existir


obrigacao tributaria principal

Pode existir obrigacao tributaria acessoria sem existir a


principal,mas a obrigação principal muitas vezes se
fundamenta na obrigação acessória (o imposto decorre do
que foi declarado)

As obrigações tributarias principais e acessorias são


independentes

No direito tributario uma vez quitada a obrigação principal, a


obrigação acessoria nao se extimgue porque são distintas,
uma é de pagar a outra é de declarar!!⬅ATENÇÃO

Obrigação tributária: Nascimento


Seja qual for o dever tributario, seu nascimento esta
acondicionado a ocorrencia de um fato

O fato gerador:fato pressuposto para o surgimento da


obrigação tributaria. Pode ser abstrato ou concreto. Art114,
CTN- situação necessaria e suficiente para o
surgimento da obrigação. Necessidade e suficiência-
relação de bicondicionalidade
Pode ter fato gerador de obrigação principal e fato gerador
de obrigação acessória

Abstrato (hipotese)- definição do fato na lei, seria a


hipotese tributaria

Concreto- fato imponivel ou fato juridico tributario, seria a


situação concreta que abrange o que foi definido na lei

- Fato gerador, incidência e obrigação tributária


Incidencia- quando a lei passa a produzir seus efeitos
sobre o caso concreto

- Espécies de fato gerador


Situação juridica-

Situação de fato-

- Momento de ocorrência

13/11

Obrigação Tributária
• Fato gerador
- fato gerador situação de fato x fato gerador situação
juridica
- momento de ocorrência do fato gerador- arts. 116 e
117 CTN

- o reconhecimento do fato gerador- art.118, CTN


- regra "anti-elusiva"

- Os elementos da obrigação tributária principal e a


quantificação da divida tributaria
- tributos de valor fixo:
- tributos de valor variavel
- base de calculo
- aliquota

Existem fatos geradores de obrigacao tributaria que ja


existem na ordem juridica, cabendo a legislacao tributaria
atribuir nova ordem juridica a determinada situação.

Passa a produzir efeito tributario quando lhe é atribuido pela


legislacao tributaria a legislação cabivel. ex doação, contrato
de compra e venda,...

Fato gerador situação de fato


Evento que não possui outras repercussoes juridicas alem da
repercussão juridica de fato.
Não se encontra fora da legislacao tributaria.
Só é previsto na legislacao tributaria
Só produz como consequencia juridica o nascimenmto de
uma obrigacao tributaria.

Fato gerador situação juridica


O fato gerador situacao juridica ja produz outros efeitos
independente da obrigacao tributaria.

A lei tributaria vai definir quando o fato gerador encontra-se


perfeito (completo) para a exigencia da obrigacao tributaria.

Na ausencia de disposicao legal especifica que define o


momento do fato gerador, deve-se aplicar o Art.116, CTN
Então: o fato gerador é considerado o mesmo momento em
que a situação juridica é considerada completa nos termos
da legislação aplicada.
Ex. No caso de compra e venda de imoveis, o momento do
fato gerador é apos o registro do titulo aquisitivo.

No caso do ICMS, a lei tributaria preve momento especifico


para o imposto, sendo o fato gerador quando da saida do
estabelecimento.

No silencio da lei tributaria, se considera o momento de


aplicação do fato gerador no mesmo momento em que
ocorreu a situacão juridica.

Tratando-se de fato gerador situacão de fato, deve ser


reconhecida a ocorrencia quando presentes todas as
circunstancias caracterizadoras da situação e seus efeitos
naturais.

Art.116- presentes todas as circunstancias caraceristicas da


obtencao de riqueza nova, pode ser atribuido entao o fato
gerador.

Condição- evento futuro e incerto


Condição resolutiva- efeitos do negocio se produzem sob
condição se determinada situação ocorrer. Aplicando-se a
cobrança do tributo.

Condição suspensiva- efeitos do negocio somente produzirão


efeito quando ocorrer a condicao.

***Fato gerador situacao juridica c/ condicao suspensiva-


não surgira a obrigacao tributaria enquanto nao se produzir
os efeitos proprios daquela condicao juridica. Art.117, I CTN

*** A condicão resolutiva não traz consequencias ao direito


tributario. Porque o imposto já é cobrado no momento do
acontecimento (e não quando for acontecer)

Art.118- como deve ser feita a qualificacao dos fatos sociais


como obrigacao tributaria. Depende dos elementos
caracterizadores previstos em lei, conforme a situação
concreta.

Principio do "pecuania non olet"- significa não tem cheiro.


A situacao tributavel pode ser reconhecida ainda que
aqueles previstos em lei (ainda que decorra de ato ilicito ou
vicio juridico havera tributação)
Ex.
Doação inoficiosa- ultrapassa 50% da legitima
Embora contenha vicio por ultrapassar o limite permitido em
lei ocorrerá a tributacão

Regra antielusiva- é perfeitamente licito o planejamento de


modo a ter economia tributaria

Elisão tributaria- forma licita de se evitar ou diminuir o


encargo tributario

Forma ilicita de se reduzir a tributação- EVASÃO


Quando deixa de emitir a nota fiscal
ELUSÃO- quando utiliza formas juridicas com objetivo de
mascarar a ocorrencia do fato gerador ou a ocorrencia de
algum dos elementos constitutivos da obrigação tributaria.

20/11

Obrigação tributaria e seus elementos

•A decomposição do fato gerador


- criterio/ elemento material
É o nucleo do fato gerador
"Verbo"+complemento

- criterio/ elemento espacial


Determina qual o local de ocorrencia do fato
Se a incidencia vai ocorrer na origem ou no destino
Podendo ser municipal, estadual ou federal
Ex o municipio tributa os imoveis urbanos (iptu) e a união
tributa os imoveis urbanos dentro daquele municipio (itr)

- criterio/ elemento temporal


Define o momento em que se considera completo o fato
gerador da obrigação tributaria

• A decomposição da obrigação tributaria


- criterio/ elemento pessoal
- sujeito ativo
- sujeito passivo
Define quem serão classificados como credor e o devedor da
obrigação tributaria
Normalmente os credores serão: União, DF, Estado,
Municipio. CUIDADO!!! Nem sempre a pessoa que cria o
tributo por lei será o sujeito ativo da obrigação tributaria-
porque existem tributos parafiscais ocorrendo a
transferencia do sujeito ativo a outra pessoa diferente
daquela que criou o tributo.
Existem 2 tipos de devedor de tributo
1) Contribuinte. 2) Responsavel
Há uma diferença entre ser Contribuinte e ser Responsável
Contribuinte- possui relação direta com o fato gerador/ seria
a pessoa que praticou a conduta
Responsavel- não possui relação direta com o fato gerador/
seria um terceiro que não deu causa ao fato gerador, mas
por decorrencia de previsao legal passa tambem a ser
responsavel tributario. Ex: herdeiro ou legatario

Acordos entre particulares não alteram a sujeição tributária


O locatario fica responsavel pelo iptu mas a obrigação do
contribuinte é do locatario

Qualquer pessoa pode ser sujeito passivo de obrigação


tributaria, ou seja, não depende da capacidade civil ⬅!!!!!
- criterio/ elemento quantitativo
Obrigação tributaria principal- obrigação de pegar- tem
elemento quantitativo
- tributos de valor variavel- base de calculo x aliquota
A base de calculo é a medida do fato gerador (unidade
de medida)
A aliquota é a porcentagem aplicada quando a base de
calculo é um valor
Quando a base de calculo é outra base de medida a aliquota
poderá ser em moeda ou base de medida
Aliquota ad valorem- porcentagem em fracão
Aliquota especifica- por moeda ou unidade

- tributos de valor fixo


Existem fatos geradores que se concretizam sempre nas
mesmas proporções, da mesma forma
Ex. Taxa de emissão do passaporte

A doutrina propõe a decomposição dos fatos geradores de


forma a identificar os elementos individuais co stitutivos
daquele fato- são as elementares do tipo tributario.

Qualquer fato gerador de obrigacao tributaria pode ser


decomposto em 3 elementos:
- a conduta (elemento material) verbo + complemento
- o local
- o momento

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