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Curitiba, Pr
2008
Capítulo 1
Introdução
1ª ETAPA: LER O PROBLEMA: É preciso saber ler, quer dizer, ser capaz de imaginar a cena
que o enunciado descreve. Nem sempre entendemos tudo o que está escrito, mas podemos estar aten-
tos aos detalhes para "visualizar"corretamente o que se está dizendo.
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Prof. Beatriz Bronislava Lipinski Física Geral I - Notas de Aula
Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 1: Introdução
No relatório deve conter essencialmente: os resultados das medidas, forma de obtê-las, método
empregado, tabelas, gráficos, desenho ou esboço do arranjo experimental, análise dos resultados obti-
dos, discussão das questões propostas, conclusões do trabalho e finalmente as bibliografia consul-
tadas.Além disso, o relatório deverá ter uma boa apresentação,que poderá ser em folha de papel
almaço (escrito com letra legível) ou impresso. Para o relato do trabalho realizado em laboratório
costuma-se organizar o conteúdo nas seguintes partes:
Titulo: Em geral é o tema principal de estudo, expresso com poucas palavras, dando a idéia geral
do trabalho ou do tema estudado.
Fundamentação teórica: Neste segmento é feita uma descrição do fenômeno estudado, relacio-
nando os principais conceitos envolvidos, para a compreensão dos procedimentos descritos a seguir.
Pode-se fazer aqui, uma breve apresentação teórica do problema estudado.
Resultados e análise de dados: Aqui deverão ser apresentados as medidas, usando tabela de
dados e gráficos. Deve-se indicar os cálculos necessários, bem como considerações sobre os erros en-
volvidos nas medidas. Apresenta-se a metodologia aplicada no tratamento dos dados experimentais,
que possivelmente geram outras tabelas ou gráficos.
Conclusões: Discute-se os resultados obtidos e o método empregado para atingir os objetivos pro-
postos. Faz-se a comparação com outros resultados obtidos com métodos idênticos e diferentes,
conforme o caso. A conclusão é o ponto de discussão sobre a validade da comparação entre os re-
sultados experimentais obtidos com aqueles previstos pelos modelos teóricos. E o resumo do que se
aprendeu ou concluiu com o experimento.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 1: Introdução
OBS: Em muitos casos pode-se inserir o item discussão dos resultados entre os itens resultados
e conclusões, principalmente quando deseja-se detalhar comparações de medidas, discutir sobre a
influência da metodologia empregada, comparar resultados com de outros trabalhos ...
Referências Bibliográficas: Lista dos materiais impressos utilizados como apoio para a confecção do
relatório. Cada item deve conter: título, autor, editora e ano ou número de edição (no caso de artigos,
deverá conter título do periódico, volume, número, página e ano de publicação).
OS RELATÓRIOS SÃO INDIVIDUAIS E NÃO DEVEM TER MAIS QUE QUATRO FO-
LHAS!!
Os relatórios devem ser entregues em no máximo uma semana após a coleta de dados.
Bibliografia recomendada:
- P. Lucie, Física Básica, vol I e II, Ed Campus, RJ. (1979).
- Brown T. B. Advanced Undergraduate Experiments in Physics, The Taylor Manual, Ed Addison-
Wesley (1964).
- White M. S. Manning K. V. e Weber R. L. Pratical Physics, Mc Graw-Hill, NY. (1955).
- Resnick R., Halliday D. e Walker J. Fundamentos de Física, vol 1,2,3 e 4, LTC, SP, (1979), 7ª Ed.
-Tippler, T. Física, vol 1, 2 e 3 Ed, LTC, (1995).
- Sutton R. M. Demonstration Experiments in Physics, Mc. Graw-Hill (1938).
- Watson W. Práticas de Física, Ed. Labor. Buenos Aires (1939).
- Wiedemann, E. Práticas de Física, Ed. Gustavo Gilli, Barcelona (1932).
- Westphal W. H. Práticas de Física, Ed. Labor, Barcelona, (1943).
-Schneider e Ham, Experimental Physics for Colleges, Mac-Millan Company, NY. (I960).
- Schaefer C. e Bergmann, Práticas Fundamentales de Física, Ed Labor, Barcelona (1946).
- Worsnop B. C. e Flint, H. T. Curso Superior de Física Práctica, Tomo I e II, Ed. Universidade de
Buenos Aires (1964).
- Goldemberg, J. Física Geral e Experimental, vol I e II, Ed. Nacional, (1970).
-Hennies, E. C. Guimarães, W. O. N. e Roversi, J. A . Problemas Experimentais de Física, Ed. Uni-
camp, (1988).
- Sears, Zemansky, Young e Freedman, Fisica, vol 1, 10ª Ed, LTC, SP, (1988).
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 1: Introdução
As divisões da Física:
A Física estuda vários tipos de fenômenos da Natureza. Para facilitar o seu estudo costuma-se
dividi-la. Até o início do século as principais partes da Física eram: a Mecânica, a Termodinâmica e
o Eletromagnetismo.
No século XX, a partir de grandes descobertas, surgiram novos ramos, entre eles: Física Atômica
e Nuclear, Mecânica Quântica e Relatividade. Os novos conceitos introduzidos neste século provo-
caram uma verdadeira revolução na Física. Hoje é comum também dividir a Física em Clássica (antes
de 1900) e Moderna (após 1900).
O quadro a seguir mostra algumas perguntas que podem surgir no nosso dia-a-dia, e identifica
qual o ramo da Física que trata de respondê-las.
Por razões didáticas, cada uma dessas grandes áreas, mostradas nesta tabela, divide-se em várias
sub-áreas, que serão mostradas nos momentos oportunos.
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Universidade Tuiuti do Paraná
Capítulo 2
Grandezas Físicas:
Tudo aquilo que pode ser medido é dito uma Grandeza Física. Assim, o peso, a massa, o tempo
são grandezas físicas. Ao contrário, visto que não podem ser medidos, o amor e a alegria não são
grandezas físicas.
Mas, afinal de contas, o que é medir?
O ato de medir é comparar é comparar as propriedades mensuráveis de um objeto ou evento
com padrões pré-estabelecidos para estas propriedades. Por exemplo, o comprimento de um objeto
qualquer só pode ser definido se comparado com um dos vários padrões de medida de comprimento,
como o metro, o pé ou a milha. Estes padrões de medidas recebem o nome de Unidade Física. Então
o metro, o pé e a milha são unidades de comprimento. Assim, cada grandeza física deve ser expressa
acompanhada de sua unidade física.
A ciência que trata dos padrões de medida é a Metrologia, que estabelece padrões mundiais de
medidas para todas as grandezas físicas, sob aspectos teóricos e práticos, para quaisquer campos
da ciência e da tecnologia. Entre os vários sistemas de unidades, os mais utilizados são o CGS
(centímetro-grama-segundo) e o SI (Sistema Internacional - metro-quilograma-segundo).
Para expressar quantitativamente uma Lei Física necessitamos de um conjunto de grandezas físi-
cas e de um sistema de unidades. Do mesmo modo, para medir uma grandeza física é necessário
definir a priori a unidade na qual esta grandeza será medida. Existe uma enorme quantidade de
grandezas físicas, mas apenas algumas são consideradas fundamentais, sendo as demais derivadas
delas. Tempo (segundo), espaço (metro), massa (quilograma) e carga elétrica (coulomb) são exem-
plos de unidades fundamentais. Velocidade (metro por segundo), aceleração (metro por segundo
ao quadrado) e força (quilograma vezes metro por segundo ao quadrado) são exemplos de unidades
derivadas.
Por razões históricas, o tempo foi a primeira quantidade a ser mensurada. Este conceito surge
a partir da duração do dia, da presença da luminosidade do Sol; e a sua ausência: a noite. Com a
evolução da humanidade e com os deslocamentos das comunidades surge o conceito de distância, de
comprimento, de temperatura e etc. A partir da necessidade de quantificar as mercadorias para troca
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
surge o conceito de peso, e mais tarde a noção de massa. Outras grandezas surgem com o avançar
da tecnologia e o desenvolvimento do método científico tais como pressão, intensidade luminosa,
potência, carga elétrica, corrente elétrica, campo eletromagnético, calor específico, entropia e etc.
De certo modo, cada cultura tecnológica autônoma desenvolveu um próprio sistema de unidades.
Mas a interação entre as sociedades, de certo modo impôs que existisse uma uniformização para que
as trocas acontecessem de modo transparente e inteligível pata as partes. A Inglaterra medieval era
praticamente isolada comercialmente do resto da Europa e isso contribuiu para que lá se estabelecesse
um sistema de unidades diferente do restante: polegada, pé, milha, libra e etc.
A tabela abaixo mostra as sete grandezas ditas Grandezas Fundamentais ou Primárias, acompa-
nhadas de suas unidades. Unidades para quaisquer outras grandezas físicas podem ser construídas a
partir destas sete unidades. Estas são ditas Grandezas Derivadas ou Secundárias.
Análise dimensional:
A unidade de uma grandeza física determina uma dimensão. Por exemplo: dimensão de força,
dimensão de comprimento, dimensão de tempo, dimensão de massa. E cada dimensão é expressa
pela sua unidade, independente do sistema de unidades escolhido. Por exemplo: newton é dimensão
de força, metro é dimensão de comprimento, dia é dimensão de tempo, grama é dimensão de massa,
etc.
A análise dimensional de uma grandeza secunária é feita a partir das dimensões das sete grandezas
primárias. Neste curso trabalharemos apenas com grandezas da grande área da Mecânica. Tais
grandezas são derivadas das grandezas primárias tempo, comprimento e massa:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
v 1x x
F = ma ⇒ m ⇒ m ⇒ m 2,
t tt t
L
[F ] = M ⇒ M LT −2 ,
T2
m
Unidade no SI : F = kg × m × s−2 ⇒ kg × ⇒ N (newton).
s2
Como nos dois exemplos acima, muitas outras unidades compostas recebem nomes especiais, em
geral homenageando algum cientista que tenha contribuído com a evolução da ciência que envolve a
grandeza em questão, como Isaac Newton e James Prescott Joule.
A análise dimensional é única para cada grandeza, independente do sistema de unidades adotado.
Assim, esta é uma forma eficaz de comprovar a veracidade das euqações matemáticas que regem uma
Lei Física.
Prefixos numéricos:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
Conversão de unidades:
Unidades de tempo:
Unidades de comprimento:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
Unidades de massa:
Unidades de área:
Unidades de volume:
Apesar de ser um evento corriqueiro em nosso dia-à-dia, fazer uma medida não é um ato simples.
Além de conhecer a grandeza física e suas unidades, é preciso também conhecer o instrumento de
medida, além de tomar muitos cuidados.
Na maioria das vezes no nosso cotidiano, não precisamos de medidas muito precisas. Às vezes,
basta saber a ordem de grandeza da medida, se está na casa dos 10 ou das 100 unidades. Mas imag-
ine, se o torneiro mecânico, que fabricou uma pequena peça do seu automóvel, não tivesse feito boas
medidas durante a fabricação desta peça? Desastre!!! Este é um exemplo em que as medidas real-
izadas devem ter a maior precisão possível. Mas como se estabelce a maior precisão possível para
uma medida?
A resposta a esta pergunta é simples: prá começar, temos que levar em conta que a medida é
feita por um equipamento de medida, que não é perfeito. TODO EQUIPAMENTO DE MEDIDA
OFERECE UM ERRO DE MEDIDA, QUE CHAMAMOS INCERTEZA DO INSTRUMENTO DE
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
MEDIDA. Também devemos levar em conta que quem opera o instrumento de medida é um ser hu-
mano, que está passível de cometer erros. ESTES SÃO DITOS ERROS GROSSEIROS. Juntando
a consequência de cada um destes erros, estabelece-se uma determinada incerteza final na medida.
Cada um destes erros se propaga através do processo de medidas indiretas e, quando esta incerteza é
da mesma ordem que a própria medida, esta medida é insatisfatória e precisa ser refeita!
Medidas diretas:
É a medida que necessita apenas de um instrumento de medida e um operador para ser realizada.
Ao final do processo já se tem a medida requerida. POr exemplo: a medida do comprimento de uma
caixa de fósforos. Para realizá-la utiliza-se apenas um régua graduada ou um paquímetro.
O erro embutido numa medida direta é dado apenas pela incerteza do instrumento, a menso que
haja algum erro grosseiro de execução da medida. A incerteza de um instrumento de medida é
dada pela metade da sua precisão. A precisão de um instrumento é a menor divisão da sua
escala. Por exemplo: a menor divisão da escala de uma régua escolar é 1 mm. Então a sua precisão
é 1 mm e a sua incerteza é 0, 5 mm.
Uma medida direta pode ser feita de duas formas:
1. Mede-se a grandeza uma única vez. Então, o resultado da aferição é dada por
X = x ± δx,
2. Mede-se a mesma grandeza N vezes, sob as mesmas condições. O resultado da aferição é dado
por:
X = xm ± ∆x,
N
X xi
xm = e
i=1 N
∆x é a incerteza final, dada pela soma da incerteza do instrumento δx e a flutuação da média, δf dada
por:
N
X |xm − xi |
δf = .
i=1 N
Então,
∆x = δx + δf.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
N
(xm − xi )2
σ2 =
X
,
i=1 N
∆x = δx + σ.
Quando conhecemos a incerteza final de uma medida, podemos expressar o erro em forma per-
centual, chamado erro relativo, δ:
∆x
δ= × 100.
xm
A margem de erro relativo aceitável para qualquer medida é em torno de 15% do valor de xm .
Quando o erro relativo é maior que isso, a medida pode ser insatisfatória, dependendo das condições
de aferição e/ou do problema tratado.
Medidas indiretas:
Uma medida indireta é aquela que necessita de cálculos utilizando medidas diretas, levando em
conta as suas incertezas. Por exemplo: o volume de uma caixa de fósforos. Primeiro fazemos três
medidas diretas: o comprimento, a largura e a espessura da caixa, depois fazemos a operação de mul-
tiplicação entre estas três medidas. Cada uma destas medidas diretas carrega consigo uma incerteza;
ao multiplicarmos os três valores, essas incertezas se propagarão.
A incerteza de uma medida indireta é sempre maior que a maior incerteza das medidas diretas
envolvidas no cálculo e depende das operações matemáticas embutidas neste cálculo.
Considere que u seja uma medida indireta e x e y sejam medidas diretas. Então, xm e ym são seus
valores médios.
x xm 1
Divisão: u= y
então: u ± ∆U = ym
± 2 (xm
ym
× ∆y + ym × ∆x) .
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Exercício prático:
Tragam uma caixa de fósforos. Organizem-se em equipes de seis alunos. Cada integrante da
equipe deve fazer uma medida do comprimento c, da largura l e da espessura e da caixa, utilizando
uma régua escolar comum. As medidas devem ser representadas em milímetros. Completem a tabela
e encontrem os valores pedidos, com a devida propagação de erros.
a) Completem a tabela:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
Construção de gráficos:
Um gráfico de caráter científico deve ser feito sempre em papel milimetrado ou com o auxílio de
softwares de representação de dados.
1- Defina o espaço disponível no papel milimetrado para os eixos horizontal, ∆x e vertical, ∆y.
2- Identifique as variáveis (grandezas físicas) que serão plotadas. A variável independente, gx
deve ficar no eixo horizontal e a variável dependente, gy , no eixo vertical.
3- Calcule as escalas para os dois eixos:
∆x
Ex = ∆g x
cm/[gx ] e
∆y
Ey = ∆gy cm/[gy ]
4- Organize a tabela:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
Exercício: Faça o gráfico do deslocamento pelo tempo de um objeto que se move com acelera-
ção não-nula, utilizando a tabela de dados abaixo. Suponha que você dispõe de meia folha de papel
milimetrado (14 cm de comprimento e 10 cm de altura).
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Exercícios Avaliativos 1
1) Quantos milímetros quadrados estão contidos em um quilômetro quadrado?
2) Quantos metros quadrados contém uma quadra de esportes com 100 m de lado?
3) Uma caixa de água mede 50 cm × 50 cm de área e tem 50 cm de altura. Qual o seu volume?
Quantas garrafas de guaraná, de 333 ml cada uma, podem ser enchidas com a água desta caixa?
Dado: 1 m3 = 1000 l.
4) Um alqueire paulista são 24200 m2 . Uma chácara retangular tem um alqueire e mede 100 m
de frente. Quanto ela mede de fundo?
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Prática de Laboratório 1
Paquímetro, Micrômetro e Balança de Precisão
Introdução
O paquimetro (craveira ou calibre) e o micrômetro (ou Palmer) são dois instrumentos que fornecem
medidas de comprimento, espessuras, diâmetros, com precisão da ordem de centésimos de milimetro,
e são usados para se obter medidas precisas.
O paquimetro
É um instrumento que serve para medir comprimentos, diâmetros de fios, diâmetros externos e
internos de tubos, etc. Ele consiste de uma régua metálica graduada, terminada por uma espera fixa,
ao longo da qual desliza um cursor móvel, onde está gravada uma escala auxiliar chamada nõnio,
possuindo também um parafuso que permite fixar o nônio à régua principal.
A escala principal e o nônio são construídos com precisão, e tem qualidade suficiente para medir
frações bastante pequenas da sua menor divisão (em geral milímetro). É preciso então um modo
de determinar essas frações de divisão. Uma maneira seria fazer marcas a. distâncias menores,
compativeis com a qualidade da escala. Porém as marcas seriam tão próximas que o olho humano
não seria capaz de distinguí-las. O nônio é usado para determinar essas frações, como explicado mais
adiante.
Quando as duas esperas se tocam, o zero do nônio deve coincidir com o zero da escala principal.
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Micrômetro ou Palmer
O micrômetro é um instrumento de precisão que consiste basicamente de um parafuso micrométrico
preso a uma estrutura em forma de U, capaz de mover-se ao longo de seu eixo.
O objeto a ser medido é colocado entre a espera fixa P e a extremidade móvel do parafuso mi-
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 2: Medidas e Grandezas Físicas
crométrico P’ conforme a figura abaixo. Uma escala é gravada no braço fixo (escala principal ou
geratriz) através do qual gira o parafuso e este, por sua vez é solidário ao tambor, possuindo uma
escala circular.
Nos tipos mais comuns de micrômetrosa escala principal é gravada em milímetros. O passo é de
0, 50 mm e a escada do tambor possui 50 divisões, ou seja, sua precisão é de 0,50
50
= 0, 01 mm (duas
voltas do tambor produzem um deslocamento de 1 mm no parafuso).
Leitura
Para efetuar uma leitura, verifica-se inicialmente qual a última divisão da escala principal (gera-
triz), na parte superior, que é deixada descoberta pelo tambor (LO). Na escala principal (geratriz), a
parte inferior serve para indicar se o tambor já deu uma volta e, deve-se portanto, somar 50 divisões
àquela lida no tambor. Caso a marca inferior não esteja descoberta faz-se somente a leitura do tambor,
veja os exemplo abaixo.
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Capítulo 3
Cinemática escalar
Um movimento só pode ser caracterizado em relação a um dado referencial. Um corpo, que está
em repouso do ponto de vista de um observador parado na superfície da Terra, pode estar em movi-
mento para um observador que se move na superfície da Terra com uma determinada aceleração. O
primeiro observador é definido como um referencial inercial, enquanto que o segundo define um re-
ferencial não-inercial.
Definições:
⇒ Referencial inercial: sistema de referência que com aceleração nula em relação ao movimento
analisado. Então, um referencial inercial é aquele que está em repouso em relação à Terra, ou
que está em movimento retilíneo uniforme, em relação a um ponto fixo na superfície da Terra.
Sendo assim, todo e qualquer movimento é relativo: vai depender das condições do observador.
Considere o exemplo de um passageiro dentro de um trem em movimento. Para o maquinista, o
passgeiro que está sentado na sua poltrona está em repouso, para um observador parado na plataforma
da estação, este mesmo passageiro está em movimento, acompanhando o movimento do trem.
Então, a existência do movimento fica condicionada à variação da posição entre o observador e o
corpo analisado. Se a posição relativa entre o observador e o objeto analisado varia, há movimento,
se a posição permanece constante, o corpo está em repouso em relação ao observador.
Em conclusão, um corpo pode estar em movimento em relação a um dado referencial fixo na
superfície da Terra e, ao mesmo tempo, estar em repouso em relação a outro observador. O tipo de
movimento também depende das condições do referencial adotado. Um objeto pode, por exemplo,
descrever uma trajetória retilínea em relação a um dado referencial, enquanto que para um observador
em outro referencial, a trajetória pode ser curvilínea.
Um corpo pode se encontrar em três tipos de movimento:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Definições:
⇒ Corpo rígido: situação idealizada para corpos que não sofrem qualquer tipo de deformação
permanente (plasticidade) ou temporária (elasticidade).
⇒ Partícula: é considerada como partícula qualquer corpo cujas dimensões possam ser desprezíveis
em relação à trajetória do seu movimento. Um corpo só pode ser considerado uma partícula se
todas as suas partes se movem com a mesma velocidade e aceleração, na mesma direção e no
mesmo sentido, descrevendo a mesma trajetória. Ou seja, se o objeto como um topo se move
junto com o seu centro de massa, realizando o mesmo movimento.
Os movimentos de translação de uma partícula podem ser unidimensionais (sobre uma reta in-
finita), bidimensionais (sobre um plano infinito) ou tridimensionais (no espaó infinito). Um movi-
mento unidimensional é necessariamente retilíneo, mas os movimentos no plano e no espaço podem
ter trajetórias curvilíneas. Por essa razão, os movimentos no plano e no espaço devem ser tratados
vetorialmente, enquanto que para o movimento unidimensional, o tratamento vetorial pode ser dis-
pensado, desde que se tenha cuidado com os sentidos do movimento: se a partícula se move para o
sentido positivo ou negativo do sistema de referência.
Movimentos unidimensionais
Características:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Velocidade média
Se fizermos ∆x = x − x0 na função acima, como sendo a diferença entre a posição final e inicial
do movimento, podemos escrever:
∆x deslocamento
vm = = .
∆t tempo gasto
Esta definição é válida para movimentos uniformes e acelerados em uma, duas ou três dimensões.
para movimentos em uma dimensão, sobre uma linha reta, o deslocamento é igual à trajetória (dis-
tância percorrida). Porém, para movimentos no plano ou no espaço, o deslocamento é diferente da
trajetória, então há uma diferença entre os conceitos de velocidade e velocidade média para movi-
mentos com velocidade variável.
No MRU, a velocidade é sempre constante, então v = vm . Note que a velociade média é definida
pela razão entre duas variações, ou seja: a velocidade média é a taxa de variação da posição em
relação ao tempo. Então, a posição e o tempo são grandezas ditas taxas relacionadas, com o tempo
sendo a variável independente e a posição, a variável dependente. Então: x = f (t), o que significa
que, quando uma partícula está em movimento em relação a um dado referencial, a variação temporal
provoca uma variação na posição da partícula. No MRU está variação é proporcionalmente linear.
Considere uma partícula se movendo do ponto A para o
ponto B, segundo a figura ao lado. Trata-se de um MRU, pois
o gráfixo x × t é linear. O coeficiente angular desta reta,
cateto oposto x − x0 ∆x
tgθ = = = = vm .
cateto adjacente t − t0 ∆t
x − x0 ∆x
vi = lim vm = lim = lim ,
t→t0 t→t0 t − t0 ∆t→0 ∆t
∆x
vi = lim = derivada de x em relação a t, então:
∆t→0 ∆t
dx
vi = ,
dt
lê-se derivada de x em relação a t.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Regras de derivação:
d(xn )
(3.1) = nxn−1 ,
dt
d(un )
!
du
(3.2) = (nun−1 ), u = u(x),
dt dt
!
d(cos u) du
(3.3) = (− sin u), u = u(x),
dt dt
!
d(sin u) du
(3.4) = (cos u), u = u(x),
dt dt
d(xn ± xm )
(3.5) = nxn−1 ± mxm−1 ,
dt
d(un ± wm )
! !
du dw
(3.6) = nun−1 ± mwm−1 .
dt dt dt
Exemplos:
1 - Você dirige seu carro a 88 km/h. Que distância você percorre duranto o segundo em que você
se distrai olhando um acidente à margem da estrada?
x(m) 0 15 30 45 60 75 90
t(s) 0 3 6 9 12 15 18
c. faça o gráfico x × t.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Características:
1- a velocidade varia.
2- a aceleração é diferente de zero.
3- o movimento é descrito pela função quadrática x = x0 + v0 ∆t + a2m ∆t,
na qual v0 é a velocidade inicial do movimento e am é a sua aceleração média.
4- como a aceleração é constante no MRUV, a velocidade varia proporcionalmente linear com o
tempo: em intervalos de tempos iguais, a velocidade sofre o mesmo acréscimo. Então o gráfico v × t
é uma reta.
5- a dependência da posição como tempo é quadrática quando a =constante. Então, neste caso, o
gráfico x × t é uma parábola.
6- a velocidade, quando a =constante é dada pela função v = v0 + a∆t. Então:
∆v
am = .
∆t
dv d2 x
ai = = 2,
dt dt
lê-se derivada de v em relação a t e derivada segunda de x em relação a t, que é uma derivada de
segunda ordem: derivada da derivada de x em relação a t.
O conceito de aceleração média é válido para qualquer tipo de movmento, com aceleração cons-
tante ou variável. Para o MRUV, a aceleração é sempre a mesma, portanto: ai = am = a para
qualquer instante de tempo. Então, para este tipo de movimento, a aceleração não depende do tempo.
Em movimentos acelerados com aceleração variável, a aceleração depende do tmepo. As funções
acima deixam de ser válidas, permanecendo somente a definição de acleração média.
Queda Livre
Exemplos:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
2 - Uma partícula s emove segundo a função x = 4t + 6t2 + 2t3 . Escreva as funções v(t) e a(t).
Este é um MRUV? Explique!
Exercícios Avaliativos 2
1 - Deduza a função de Torricelli. Especifique as condições em que ela pode ser utilizada. Justi-
fique!
3 - Um elétron com velocidade de 1, 5×105 m/s entra numa região com 1, 2/cm de comprimento,
onde é eletricamente acelerado e, emerge desta região com velocidade de 5, 8 × 106 m/s. Qual foi
a sua aceleração? A título de curiosidade: este é o processo que ocorre nos canhões de elétrons dos
tubos catódicos, utilizados em receptores de televisão e terminais de vídeo.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Prática de Laboratório 2
MRU e MRUV
Primeira parte: MRU
Material utilizado:
Montagem:
Procedimento:
Siga passo-a-passo:
1 - Retire os carros do trilho.
2 - Ligue cronômetro digital.
3 - Verifique se os sensores estão todos ligados.
4 - Zere os cronômetros.
5 - Ligue a bomba de ar.
6 - Coloque um carro na extremidade inicial da régua.
7 - Simultaneamente, imponha uma pequena força sobre o carro o cronômetro.
8 - Anote os quatro intervalos de tempo dos cronômetros e as posições dos seus respectivos sensores,
completando a tabela abaixo:
Fundamentação teórica:
Faça uma breve pesquisa sobre o movimento retilíneo uniforme, incluindo o seu equacionamento
matemático.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Discussão:
Conclusões:
Cuidado com o que se coloca neste item. As conclusões são sobre o experimento e seus resulta-
dos, nada tem a ver com a contribuição para o seu crescimento acadêmico ou pessoal!
1 - Escreva as suas conclusões relativas a este experimento.
2 - Classifique o experimento como satisfatório ou insatisfatório, segundo as suas conclusões. Justi-
fique! Caso o experimento seja considerado insatisfatório, aponte as causas e sugira ações que possam
melhorar os resultados obtidos.
Referências Bibliográficas:
Material utilizado:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Montagem:
Procedimento:
Siga passo-a-passo:
1 - Ligue a fonte de alimentação em 6V .
2 - Ligue cronômetro digital.
3 - Verifique se os sensores estão todos ligados.
4 - Zere os cronômetros.
5 - Encoste a esfera de metal no suporte da bobina magnética.
6 - Pressione a chave do circuito abre/fecha da bobina magnética para baixo ou para cima. A esfera
ficará presa ao suporte da bobina através de um campo magnético.
7 - Simultaneamente, solte a chave do circuito abre/fecha da bobina magnética e dispare o cronômetro.
8 - Anote os quatro intervalos de tempo dos cronômetros e as posições dos seus respectivos sensores,
completando a tabela abaixo:
Fundamentação teórica:
Faça uma breve pesquisa sobre o movimento de queda livre, incluindo o seu equacionamento
matemático.
Discussão:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 3: Cinemática escalar
Conclusões:
Cuidado com o que se coloca neste item. As conclusões são sobre o experimento e seus resulta-
dos, nada tem a ver com a contribuição para o seu crescimento acadêmico ou pessoal!
1 - Escreva as suas conclusões relativas a este experimento.
2 - Classifique o experimento como satisfatório ou insatisfatório, segundo as suas conclusões. Justi-
fique! Caso o experimento seja considerado insatisfatório, aponte as causas e sugira ações que possam
melhorar os resultados obtidos.
Referências Bibliográficas:
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Capítulo 4
Cinemática vetorial
Todo movimento deve ser analisado em relação a um dado referencial. Em geral, utilizamos
referenciais cartesianos de duas dimensões, se o movimento for no plano ou de três dimensões, se
o movimento for no espaço. As grandezas físicas envolvidas na análise de movimentos são veto-
riais. Quando o movimento acontece em uma dimensão, podemos desprezar o tratamento vetorial,
como fizemos no capítulo anterior. Porém, para movimentos que acontecem no plano ou no espaço,
é necessário avaliar as direções e sentidos das grandezas físicas que caracterizam o movimento. É
necessário aplicar o tratamento vetorial.
Vetores:
Vetores são entes geométricos, utilizados na Física para caracterizar quaisquer grandezas que
necessitam de direção e sentido para ficarem bem caracterizada: as grandezas físicas vetoriais, como
força, velocidade e aceleração. Assim, uma grandeza vetorial só fica completamente caracterizada
se conhecermos o seu módulo, a sua direção e o seu sentido, sendo as duas últimas características,
tomadas em relação a um referencial. Aqui, utilizaremos como referencial, sistemas de coordenadas
cartesianas de duas e três dimensões.
A representação geométrica de um vetor é feita através de um segmento de reta orientado, que
liga dois pontos: onde ele inicia, dito origem do vetor e onde ele termina, dito extremidade do vetor.
Um vetor no plano tem duas coordenadas, que representam a sua projeção sobre os eixos co-
ordenados, x e y. Na figura abaixo, as coordenadas do vetor ~v , com origem no ponto A(ax , ay ) e
extremidade no ponto B(bx , by ), são (bx − ax ) na direção x e (by − ay ) na direção y. A direção e o
sentido do vetor ~v são dados pelo ângulo θ, que indica o quadrante para onde o vetor ~v se encontra e
aponta. O módulo de ~v , denotado por |~v | = v, vale a distância do segmento de reta que liga os pontos
A e B:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
q
|~v | = v = (bx − ax )2 + (by − ay )2 ,
by − ay
tan θ = .
b x − ax
Um vetor pode ser transladado para qualquer outra região do plano, desde que mantidos a sua
direção, o seu sentido e o seu módulo. Assim, podemos colocar o vetor ~v na origem do sistema de
coordenadas, de forma que a origem de ~v coincida com a origem do sistema, como mostra a figura
abaixo:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
O versor de um vetor ~v , denotado por v̂, é um vetor unitário, ou seja: de módulo 1, que indica a
direção de ~v . Assim:
~v
v̂ = .
|~v |
~
Vetores podem ser somados de duas formas: geométrica e algebricamente. Considere o vetor A,
~ cujas coordenadas são bx na
cujas coordenadas são ax na direção x e ay na direção y e o vetor B,
direção x e by na direção y, como mostra a figura (a) abaixo.
~=A
S ~+B
~ = [(ax + bx ), (ay + by )] = (sx , sy ) .
A soma geométrica é mostrada na figura (b), na qual foi utilizada a regra do polígono. Na figura
(c), está a mesma soma geométrica, utilizando a regra do paralelograma.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
A regra do polígono pode ser utilizada para somar geometricamente muitos vetores de uma só vez.
Consiste em colocar a origem do segundo vetor na extremidade do primeiro, a origem do terceiro na
extremidade do segundo e assim por diante. O vetor soma é o vetor fecha o polígono, com origem na
origem do primeiro e extremidade na extremidade do último vetor somado. Faça um exemplo com o
professor!
Qualquer vetor ~v pode ser multiplicado por um escalar (um número real), k. A direção e o sentido
do vetor são mantidos, mas o módulo de ~v fica k vezes maior, se k > 1 ou k vezes menor se 0 < k < 1.
Se k < 0, o sentido do vetor fica invertido. Faça um exemplo com o professor!
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
vx = v cos θ ,
vy = v sin θ ,
vy
tan θ =
vx
q
v = |~v | = vx2 + vy2 .
O vetor oposto ao vetor ~v = vx î + vy ĵ é o vetor −~v = −(vx î + vy ĵ) = −vx î − vy ĵ. Geometrica-
mente, o vetor oposto, −~v , tem sentido oposto ao sentido de ~v , como mostra a figura.
A subtração de vetores nada mais é que a soma de um vetor com o oposto do outro. Considere os
~ = ax î + ay ĵ e B
vetores A ~ = bx î + by ĵ:
~−B
A ~ =A
~ + (−B)
~ = [(ax î + ay ĵ) + (−bx î − by ĵ)] = [(ax − bx )î + (ay − by )ĵ] .
Para fazer a subtração geométrica pode-se utilizar tanto a regra do paralelograma como a regra do
polígono. Faça exemplos com o professor!
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
~ = ax î + ay ĵ e B
O produto escalar ou interno entre dois vetores A ~ = bx î + by ĵ, que formam um
ângulo α entre si, é definido como:
~·B
A ~ = AB cos α ,
~·B
A ~ = ax b x + ay b y .
A soma, a multiplicação por um escalar K, o vetor oposto, a subtração e o produto interno entre
dois vetores no espaço, A~ = ax î + ay ĵ + az k̂ e B
~ = bx î + by ĵ + bz k̂, que formam um ângulo α entre
si, são dados por:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
~+B
A ~ = (ax + bx )î + (ay + by )ĵ + (az + bz )k̂ ,
~·B
A ~ = AB cos α ,
~·B
A ~ = ax bx + ay by + az bz sendo:
q q
~ =
A = |A| a2x + a2y + a2z ~ =
e B = |B| b2x + b2y + b2z os módulos de ~
A ~
e B.
~ = ax î + ay ĵ + az k̂ e B
O produto vetorial ou externo entre dois vetores A ~ = bx î + by ĵ + bz k̂, que
formam um ângulo α entre si, é definido como:
~ × B|
|A ~ = AB sin α ,
î ĵ k̂
~×B
A ~ = ax ay az
bx by bz
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
Observações:
~·B
1) A ~ =B
~ · A,
~ mas A
~×B
~ = −B
~ × A.
~
~+B
2) A ~ =B
~ + A,
~ mas A
~−B
~ = −(B
~ − A).
~
~ · B)
3) K(A ~ = KA
~ · B.
~
~ + B)
4) K(A ~ = KA
~ + K B.
~
5) î · î = ĵ · ĵ = k̂ · k̂ = 1.
6) î · ĵ = ĵ · k̂ = k̂ · î = 0.
î × ĵ = k̂ mas ĵ × î = −k̂
7) ĵ × k̂ = î mas k̂ × ĵ = −î.
k̂ × î = ĵ mas î × k̂ = −ĵ
8) î × î = ĵ × ĵ = k̂ × k̂ = 0.
Exercícios:
1) Dados os vetores ~u = 5î − 2ĵ + 3k̂ e ~v = −2î + 4ĵ − 6k̂, encontre:
a) ~u + ~v
b) ~u − ~v
c) ~v − ~u
d) 4~u + 2~v
e) |~u|
f) |~v |
g) ~u · ~v
h) θ entre ~u e ~v
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
i) |~u × ~v |
j) ~u × ~v
l) ~v × ~u
m) û
n) v̂
~+B
a) A ~ +C
~ +D
~
~−B
b) A ~ +C
~ +D
~
~+B
c) A ~ −C
~ +D
~
~+B
d) A ~ +C
~ −D
~
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
O movimento no plano:
Se o móvel está em movimento sobre o plano xy, a cada instante de tempo ele ocupará uma
posição diferente e o vetor posição mudará. Por exemplo, para o instante t2 , o móvel ocupa a posição
do ponto P2 , como mostra a figura. Assim, o plano xy pode ser definido como o espaço vetorial de
todas as posições ocupadas pelo móvel a cada instante de tempo. Portanto, o plano xy é dito espaço
de fase do movimento e descreve a própria trajetória do móvel. Perceba que, enquanto o tempo passa,
tanto a posição sobre o eixo x quanto a posição sobre o eixo y variam. Portanto, tanto x quanto y são
funções do tempo e podem ser escritas como: x = f1 (t) e y = f2 (t). Assim, o vetor posição para
qualquer instante de tempo pode ser escrito como ~r = f1 (t)î + f2 (t)ĵ.
Um movimento é dito retilíneo quando sua trajetória é uma reta. Ou seja: x e y devem variar com
o tempo na mesma proporção. Se x = f1 (t) e y = f2 (t) forem funções polinomiais, elas devem ter o
mesmo grau para que a trajetória seja retilínea. Para desenhar a trajetória de um móvel em movimento
no plano, basta encontrar a relação entre as suas coordenadas x e y.
Ilustração: Um objeto se move no plano segundo o vetor ~r = (2t2 + 1)î + (t2 − 1)ĵ. Desenhe
a sua trajetória no plano xy.
Solução: basta comparar o vetor posição dado com o vetor posição geral: ~r = xî + y ĵ comparada
com ~r = (2t2 + 1)î + (t2 − 1)ĵ, temos: x = 2t2 + 1 e y = t2 − 1. Eliminando o parâmetro t nestas
equações, temos: t2 = x−12
e t2 = y + 1. Então: x−1
2
= y + 1, isolando y, temos: y = x−32
. Fazendo
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
Ilustração: Um móvel passa pelo ponto P1 (3, −4) no instante de tempo t1 . No instante de tempo
t2 ele ocupa a posição P2 (−2, 5). Determine o deslocamento ocorrido neste intervalo de tempo e o
vetor velocidade desde P1 até P2 .
Solução: Escrevemos os vetores posição ~r1 = 3î−4ĵ e ~r2 = −2î+5ĵ, então: ∆~r = ~r2 −~r1 : ∆~r =
(−2 − q3)î + (5 + 4). Portanto: ∆~r = −5î + 9ĵ. O deslocamento é dado por
√
|∆~r| = (−5)2 + (9)2 = 106 u.c.
É dado pela razão entre o vetor deslocamento entre dois pontos da trajetória e o intervalo de tempo
gasto para executar este movimento: ~vm = ∆~ r
∆t
, sendo ∆t = t2 − t1 .
∆~
r
É dado pelo limite do vetor velocidade média quando ∆t → 0 : ~v = lim∆t→0 ∆t
. Este limite
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
d~
r
representa a derivada primeira do vetor posição em relação ao tempo: ~v = dt
.
É dado pela razão entre o vetor velocidade entre dois instantes de tempo e o intervalo de tempo
gasto para executar esta variação: ~am = ∆~
v
∆t
.
Se o vetor posição de um movimento no plano for dado pelo vetor ~r = xî + y ĵ:
dx dy
~v = î + ĵ, sendo ~v = vx î + vy ĵ,
dt dt
dvx dvy
~a = î + ĵ, sendo ~a = ax î + ay ĵ,
dt dt
d2 x d2 y
~a = î + ĵ.
dt2 dt2
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
Ilustrações:
1) A posição de uma bola arremessada é dada por ~r = (1, 5 + 12t)î + (16t − 4, 9t2 )ĵ. Determine
o vetor velocidade e o vetor aceleração para qualquer instante de tempo t. Faça o esboço da trajetória
da bola e dos gráficos r × t, v × t e a × t.
2) Um carro avança para o leste com velocidade de 60 km/h. Após 5 s faz uma curva e passa a
avançar para o norte, ainda com velocidade de 60 km/h. Encontre a aceleração média do carro!
3) As coordenadas de uma partícula que se move no plano xy são dadas por x = 1 + 2t2 e
y = 2t + 1t3 . Encontre o vetor posição, o vetor velocidade e o vetor aceleração da partícula para o
instante de tempo t = 2 s.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
No gráfico da figura, o eixo y está invertido porque a aceleração da gravidade está para baixo.
Complete a figura segundo as explicações em sala de aula.
A velocidade inicial ~v0 , no momento em que a bola abandona a mesa, está na horizontal. Por-
tanto: ~v0 = v0x î + v0y ĵ, sendo v0x = v0 e v0y = 0. Então: ~v0 = v0x î. À medida que a aceleração da
gravidade começa a agir sobre a bola, o vetor velocidade resultante começa a mudar a sua direção,
descrevendo um ângulo θ com a horizontal. Por geometria básica: vx = v0x e vy = v0 senθ. Assim, o
vetor velocidade em qualquer instante de tempo fica escrito por: ~v = vx î+vy ĵ ou ~v = v0x î+v0 senθĵ.
O movimento oblíquo pode ser visualizado pelo evento físico de um tiro de meta. A bola sobre o
chão recebe a ação de uma força externa que faz um ângulo θ com a horizontal. Portanto, a velocidade
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
inicial v0 faz um ângulo θ com a horizontal. Este movimento também é uma composição de um
movimento retilíneo uniforme na horizontal e um lançamento vertical, seguido de uma queda livre na
vertical. O resultado da composição destes movimentos é uma trajetória parabólica completa, pois
há uma velocidade constante na horizontal e uma aceleração constante (a aceleração da gravidade)
na vertical. Os movimentos são independentes e podem ser tratados separadamente. Veja a figura
(complete-a figura segundo as explicações em sala de aula).
A velocidade inicial ~v0 é dada pelo vetor ~v0 = v0x î + v0y ĵ, sendo v0x = v0 cosθ e v0y = v0 senθ0 .
Análise na direção horizontal:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
Este movimento é dito circular porque a sua trajetória é uma circunferência ou um arco de circun-
ferência, e é dito uniforme porque a sua velocidade escalar é constante. Neste ponto, devemos atentar
para a definição mais geral de aceleração: já sabemos que aceleração é a grandeza física responsável
pela variação da velocidade de uma partícula. Porém, temos a tendência de relacionar a vriação de
velocidade apenas com a variação do seu módulo, o que não é verdade. A velocidade é uma grandeza
vetorial, portanto possui três caracterísitcas: módulo, direção e sentido. Uma velocidade só pode ser
considerada constante quando as suas três caracterísitcas permanecem inalteradas. Então, é possível
existir um movimento no qual o módulo da velocidade permanece constante, poré, a sua direção ou
o seu sentido possam variar. Mesmo neste caso, a grandeza física que causa esta variação vetorial
continua sendo a aceleração. O movimento circular uniforme é o melhor exemplo destes tipos de
movimento. Aqui, o módulo da velocidade é sempre o mesmo, porém a sua direção e sentido estão
sempre variando, devido à presença de uma aceleração, a qual provoca estas mudanças de direção e
sentido ⇒ aceleração centrípeta, ~ac , que mantém a partícula na sua trajetória circular.
O vetor velocidade em qualquer movimento é sempre tangencial à sua trajetória e o vetor acelera-
ção, para movimentos curvilíneos, é sempre normal à trajetória, com sentido para dentro do centro de
curvatura. No movimento circular uniforme, a trajetória é uma circunferência, portanto a aceleração
centrípeta está sempre normal à circunferência e apontando para o seu centro (“centrípeta” significa
“o que busca o centro”).
Módulo de ~ac :
Observe as figuras abaixo. Nelas podemos concluir que a velocidade ~v é dada por duas compo-
nentes: ~v = vx î − vy ĵ, com vx = −v sin θ e vy = v cos θ.
Então: ~v = −v sin θî + v cos θĵ. Se analisarmos o vetor posição ~r, podemos observar que
~r = xp î + yp ĵ e que, xp = r cos θ e yp = r sin θ, então: sin θ = yrp e cos θ = xrp . Substituindo
no vetor velocidade, temos: ~v = −v yrp î + v xrp ĵ. Para encontrarmos o vetor aceleração devemos
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
pegar a primeira derivada do vetor velocidade. Então: ~ac = dv
dt
= − vr dydtp î + vr dx
dt
p
ĵ. Observe que
dyp dxp
dt
= vy = v cos θ e que dt = vx = −v sin θ.
2 2
Substituindo, temos: ~ac = − vr cos θ î + − vr sin θ ĵ. O módulo desta aceleração é dado pela
raiz quadrada da soma do quadrado de suas componentes:
v
u !2 !2
u v2 v2
|~ac | = t
− cos θ + − sin θ ,
r r
v
u !2
u v2
|~ac | = t
− (cos2 θ + sin2 θ),
r
v !
v4
u
u
|~ac | = t (1),
r2
v2
.
ac =
r
O tempo que a partícula dela para dar uma volta completa sobre a circunferência é dito período, e
pode ser calculado pela equação horária do movimento: ∆x = vT , sendo ∆x = 2πr o comprimento
da circunferência. Portanto: T = 2πr
v
. É ainda possível definir a frequência (fr ) do movimento, que
v
é o número de voltas por unidade de tempo, ou seja: o inverso do período: fr = 2πr .
Ilustrações:
1) Um carro está com velocidade constante de 72 km/h quando entre numa meia circunferência
de raio de curvatura é 12 km. Determine a sua aceleração e o tempo que ele leva para percorrer a
curva.
2) Num carrossel, os passageiros giram sobre uma órbita circular de 5 m de raio, fazendo uma
volta completa em 4 s. Determine a aceleração do brinquedo.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
Considere uma partícula movendo-se no espaço. Então a sua posição varia em três dimensões e o
seu vetor posição pode ser escrito como ~r = xî + y ĵ + z k̂, com x = x(t), y = y(t) e z = z(t).
As grandezas envolvidas nos movimentos no espaço são definidas da mesma forma: o vetor ve-
2
locidade é dado por ~v = d~ r
dt
e o vetor aceleração é dado por ~a = d~v
dt
= ddt2~r . O vetor velocidade é
sempre tangente à trajetória real e o vetor aceleração é sempre normal à trajetória real, apontando
para o centro da trajetória curvilínea.
√
Os módulo dos vetores posição, velocidade e aceleração são dados por: |~r| = r = x2 + y 2 + z 2 ,
q q
|~v | = v = vx2 + vy2 + vz2 e |~a| = a = a2x + a2y + a2z .
Ilustração:
1) Uma mosca voa pela sala segundo a equação ~r = [(3t2 − 2t)î + (5t + 2)ĵ + (−3t3 )k̂] cm.
Determine:
a) os vetores velocidade e aceleração para qualquer instante de tempo;
b) os vetores posição, velocidade e aceleração para t = 2 s;
c) os módulos dos vetores posição, velocidade e aceleração para t = 2 s.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
Exercícios:
1) Uma bola é lançada horizontalmente com velocidade inicial ~v0 = 2, 45 m/s. Determine a sua
posição e a sua velocidade após 0, 25 s de movimento.
2) Um goleiro cobra o tiro de meta impondo à bola uma velocidade de 49 m/s, com um ângulo
de direção de 53o .
Responda:
a) Quem são os vetores posição e velocidade da bola após 2 s de movimento?
b) Após 2 s de movimento, qual a distância da bola ao local de onde foi cobrado o tiro de meta?
c) Qual é a velocidade escalar da bola após 2 s de movimento?
d) Qual é o intante de tempo em que a bola atinge o ponto mais alto da sua trajetória?
e) A que distância do local de cobrança a bola irá cair, se não sofrer intervenções externas?
3) Um corpo cai em queda livre a partir do repouso. Calcule a sua posição após 4 s de queda.
5) As equações espaciais do movimento de um submarino ao mar são dadas por x = t3 − 4t2 + 2t,
y = t2 − 2t − 1 e z = −t − 3, dados em m.
Determine:
a) os vetores posição, velocidade e aceleração para qualquer instante de tempo;
b) os vetores posição, velocidade e aceleração para t = 4 s;
c) os módulos dos vetores posição, velocidade e aceleração para t = 4 s.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
Prática de Laboratório 3
Movimento parabólico
Material utilizado:
- rampa de madeira
- esfera de metal
- papel carbono e papel sulfite e fita adesiva
Montagem:
Faça um desenho esquemático detalhado do kit experimental montado.
Procedimento:
1 - Prenda o sulfite sobre a mesa, utilizando a fita adesiva. Coloque o papel carbono sobre o papel
sulfite.
2 - Lance a esfera da altura mais alta, de forma que o primeiro contato com a mesa seja sobre o papel
carbono. A marca deixada pelo carbono no papel sulfite deve ser marcada como lançamento 1.
3 - Repita pelo menso três vezes o mesmo lançamento sempre a partir da mesma altura.
4 - Cuide para que a velocidade inicial, no início do lançamento seja sempre nula.
5 - Faça a tabela abaixo:
6 - Repita os procedimentos acima para a esfera de vidro e construa uma nova tabela.
Fundamentação teórica:
Faça uma breve pesquisa sobre o movimento parabólico, incluindo o seu equacionamento matemático.
Discussão:
1 - O que é um corpo rígido? E um partícula? A esfera utilizada no experimento pode ser considerada
como um corpo rígido? E como uma partícula?
2 - Quais os tipos de movimentos envolvidos no experimento?
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 4: Cinemática vetorial
3 - Compare os valores médios obtidos para as velocidades e para as energias cinéticas das duas
esferas. Meça as massas das duas esferas! As massas das esferas influenciam no resultado do experi-
mento?
Conclusões:
1 - Escreva as suas conclusões relativas a este experimento.
2 - Classifique o experimento como satisfatório ou insatisfatório, segundo as suas conclusões. Justi-
fique! Caso o experimento seja considerado insatisfatório, aponte as causas e sugira ações que possam
melhorar os resultados obtidos.
Referências Bibliográficas:
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Capítulo 5
Um corpo em movimento está sempre sujeito a uma força resultante não nula? Sabemos que para
colocar um corpo em movimento é necessário aplicar força sobre ele. E para mantê-lo em movimento,
é necessário continuar aplicando uma força?
Estas perguntas só tiveram respostas plausíveis com os estudos de Isaac Newton sobre força,
movimento e suas relações: Mecânica Newtoniana. Neste capítulo vamos estudar as Leis de Newton
e estabelecer a relação entre a força, movimento e equilíbrio.
Força e Movimento
A dinâmica é a parte da mecânica que se dedica ao estudo dos movimentos levando em conta as
suas causas: as forças. O problema básico da mecânica é aquele de determinar a posição e a veloci-
dade de uma partícula, uma vez conhecidas as forças que atuam sobre ela.
52
Prof. Beatriz Bronislava Lipinski Física Geral I - Notas de Aula
Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
A inércia pode ser pensada como uma propriedade inata da matéria. Trata-se de um poder de
resistir, mediante o qual cada corpo, no que depender de si, continua no seu estado presente, seja
de repouso seja em movimento retilíneo e uniforme. O exemplo mais simples, do ponto de vista da
observação da inércia dos corpos, é aquele dos passageiros num ônibus. Quando o veículo é brecado,
os passageiros tendem a manter-se no seu estado de movimento. Por isso, as pessoas "vão para a
frente"do ônibus quando este breca. Na realidade, a mudança do estado de movimento é apenas do
ônibus. Os passageiros simplesmente tendem a manter-se como estavam. Da inércia resultam os
ferimentos em acidentes no tráfego.
F~r = m~a,
∆~v
F~r = m ,
∆t
∆~p d~p
F~r = ⇒ F~r = .
∆t dt
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
As forças resultam da interação de um corpo com outro corpo. POrtanto é de se esperar que se um
corpo A exerce uma força sobre um corpo B (chamada de ação), A também experimente uma força
(chamada de reação) que resulta da interação com B.
Newton percebeu não só que isso acontece sempre mas, indo mais longe, especificou as principais
características das forças que resultam da interação entre dois corpos. Essa questão foi objeto da sua
terceira lei, cujo enunciado é:
“Para toda força que surgir num corpo como resultado da interação com um segundo corpo, deve
surgir nesse segundo uma outra força, chamada de reação, cuja intensidade e direção são as mesmas
da primeira mas cujo sentido é o oposto da primeira.”
Desse modo, Newton se deu conta de três características importantes das forças de interação entre
dois objetos:
Em primeiro lugar, uma força nunca aparece sozinha. Elas aparecem aos pares (uma delas é
chamada de ação e a outra, de reação). Em segundo lugar, é importante observar que cada uma
dessas duas forças atua em objetos distintos. Finalmente, essas forças (aos pares) tem a mesma mag-
nitude mas diferem uma da outra pelo sentido: elas têm sentidos opostos uma em relação à outra.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
À primeira vista pode parecer que se pode deduzir a primeira lei a partir da segunda. Na realidade,
na ausência de forças, o movimento de uma partícula é uma trajetória retilínea e o movimento é
uniforme e isso se pode deduzir da segunda lei. O enunciado da primeira lei procura definir um
conjunto de sistemas de referência ditos inerciais. Para qualquer um desses sistemas inerciais uma
partícula, não estando sob a ação de forças, tem um movimento retilíneo e uniforme. Isso, como
veremos depois, não é válido para sistemas não-inerciais. Uma vez definidos os sistemas inerciais,
podemos estabelecer, para esses sistemas, a relação entre força e aceleração (a segunda lei). As
equações de Newton podem ser escritas em coordenadas cartesianas, sob a forma mais geral como:
dpx d2 x
Fx = =m 2,
dt dt
dpy d2 y
Fy = =m 2,
dt dt
dpz d2 z
Fz = =m 2,
dt dt
F~r = Fx î + Fy ĵ + Fz k̂.
O problema central da mecânica se resume àquele de encontrar as soluções das equações de New-
ton. Trata-se de resolver, para o caso de se determinar a posição como função do tempo, um conjunto
de equações diferenciais de segunda ordem no tempo. A dificuldade principal está no fato dessas
equações estarem acopladas umas às outras.
As condições iniciais
A solução completa das equações de Newton requer que informações sobre a velocidade da
partícula e sua posição sejam conhecidas em algum instante de tempo anterior ao instante de tempo
considerado. Em geral admitimos que no instante de tempo t = 0 a posição e a velocidade da partícula
são conhecidas:
~r(t = 0) = ~r0
~v (t = 0) = ~v0
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
porém, que se a aceleração vetorial é nula podemos ter dois casos: velocidade nula ou movimento
retilíneo uniforme. No primeiro caso (velocidade nula), dizemos que o equilíbrio é estático e no se-
gundo (M.R.U.), dizemos que o equilíbrio é dinâmico.
Força gravitacional:
As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que puxa cada objeto para baixo
e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra e também por deixar a Lua e os
satélites artificiais em órbita. É a chamada força gravitacional. Essa força representa uma interação
existente entre a Terra e os objetos que estão sobre ela.
Forças de sustentação:
Para que as coisas não caiam é preciso segurá-las. Para levar a prancha o garotão faz força para
cima. Da mesma forma, a cadeira sustenta a moça, enquanto ela toma sol. Em cada um desses casos,
há duas forças opostas: a força da gravidade, que puxa a moça e a prancha para baixo, e uma força
para cima, de sustentação, que a mão do surfista faz na prancha e a cadeira faz na moça. Em geral,
ela é conhecida como força normal.
A água também pode sustentar coisas, impedindo que elas afundem. Essa interação da água com
os objetos se dá no sentido oposto ao da gravidade e é medida através de uma força que chamamos
de empuxo hidrostático. É por isso que nos sentimos mais leves quando estamos dentro da água. O
que sustenta balões no ar também é uma força de empuxo, igual à que observamos na água.
Para se segurar no ar o pássaro bate asas e consegue com que o ar exerça uma força para cima,
suficientemente grande para vencer a força da gravidade. Da mesma forma, o movimento dos aviões
e o formato especial de suas asas acaba por criar uma força de sustentação. Essas forças também po-
dem ser chamadas de empuxo. Porém, trata-se de um empuxo dinâmico, ou seja, que depende de um
movimento para existir. As forças de empuxo estático que observamos na água ou no caso de balões,
não dependem de um movimento para surgir. As formas pelas quais os objetos interagem uns com
os outros são muito variadas. A interação das asas de um pássaro com o ar, que permite o vôo, por
exemplo, é diferente da interação entre uma raquete e uma bolinha de pingue-pongue, da interação
entre uma lixa e uma parede ou entre um ímã e um alfinete.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
Forças de atrito:
A diferença de rugosidade entre superfícies sólidas oferecem forças que se opõem ao movimento:
forças de cisalhamento.
Ilustrações:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
2) A figura abaixo mostra um bloco de massa m = 15 kg suspenso por três cordas. Quais as
tensões nas cordas se θ1 = 28o e θ2 = 47o ?
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
3) A figura abaixo mostra um bloco de massa m = 15 kg seguro por uma corda, sobre um plano
inclinado sem atrito. Se θ = 27o . Determine: a) a tensao na corda; b) a forca e exercida pelo plano
sobre o bloco; c) a aceleração do bloco.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
4) A figura ao lado mostra dois blocos ligados por uma corda, que passa por uma polia de massa
e atritos desprezíveis. Fazendo m = 1, 3 kg e M = 2, 8 kg. Determine a tensão na corda e o módulo
da aceleração (simultânea) dos dois blocos.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
Exercícios:
1) O filósofo grego Aristóteles (384 a.C.- 322 a.C.) afirmava aos seus discípulos: “Para manter
um corpo em movimento, é necessário a ação contínua de uma força sobre ele.” Esta proposição é
verdadeira ou falsa? Justifique!
2) É correto afirmar que os planetas mantêm seus movimentos orbitais por inércia? Justifique!
3) Um homem empurra um caixote para a direita, com velocidade constante, sobre uma superfície
horizontal. Desprezando-se a resistência do ar, o diagrama que melhor representa as forças que atuam
no caixote é:
4) Uma pessoa está empurrando um caixote. A força que essa pessoa exerce sobre o caixote é
igual e contrária à força que o caixote exerce sobre ela. Com relação a essa situação assinale a alter-
nativa correta:
(a) a pessoa poderá mover o caixote porque aplica a força sobre o caixote antes de ele poder anular
essa força.
(b) a pessoa poderá mover o caixote porque as forças citadas não atuam no mesmo corpo.
(c) a pessoa poderá mover o caixote se tiver uma massa maior do que a massa do caixote.
(c) a pessoa terá grande dificuldade para mover o caixote, pois nunca consegue exercer uma força
sobre ele maior do que a força que esse caixote exerce sobre ela.
6) Um corpo de massa 5 Kg, inicialmente em repouso, sofre a ação de uma força constante de
30 N . Qual a velocidade do corpo (em m/s) depois de 5 s?
(a) 5 (b) 10 (c) 25 (d) 30 (e) 42
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 5: Força e Movimento - Leis de Newton
7) A afirmativa errada é:
(a) Uma partícula está em "equilíbrio"quando está em "repouso"ou em "movimento retilíneo uni-
forme".
(b) A resultante das forças que agem sobre uma partícula em equilíbrio é nula.
(c) Quando um corpo cai para Terra, a Terra cai para o corpo.
(d) Quando um corpo está apoiado na superfície da Terra, e portanto, em contato com ela, as forças
que a Terra exerce sobre o corpo são: uma de ação à distância (o peso do corpo) e outra de contato
(força normal)
(e) quando um homem sobre patins empurra uma parede para frente, ele adquire um movimento para
trás e a parede continua em repouso, porque a força que o homem exerce sobre a parede é menor que
a força que a parede exerce sobre o homem.
10) Uma força constante atuando sobre um certo corpo de massa M produziu uma aceleração de
4 m/s2 . Se a mesma força atuar sobre outro corpo de massa igual a M/2 , a nova aceleração será, em
m/s2 :
(a) 16 (b) 8 (c) 4 (d) 2 (e) 1
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Capítulo 6
Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de uma
experiência muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada no solo, contendo madeira.
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre.
Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no
qual conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força
de atrito Fat entre o solo e a caixa.
Várias experiências como essa nos levam às seguintes pro-
priedades da força de atrito (direção, sentido e módulo):
Direção:
As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos
são forças tangenciais à superfície de contato. No exemplo acima, a
direção da força de atrito é dada pela direção horizontal. Por exem-
plo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.
Sentido:
A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato. Assim, o
sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies.
Módulo:
Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos: enquanto a força que empurra
a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa. Ela
anula o efeito da força aplicada.
Uma vez iniciado o movimento, o módulo da força de atrito é proporcional à força (de reação) do
plano N . Escrevemos:
Fat = µN.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 6: Atrito e suas propriedades
O coeficiente µ é conhecido como coeficiente de atrito. Como a força de atrito será tanto maior
quanto maior for µ , vê-se que ele expressa propriedades das superfícies em contato (da sua ru-
gosidade, por exemplo). Em geral, devemos considerar dois coeficientes de atrito: um chamado
cinemático, µc e outro, estático, µe . Em geral, µe > µc , refletindo o fato de que a força de atrito é
ligeiramente maior quando o corpo está a ponto de se deslocar (atrito estático) do que quando ela está
em movimento (atrito cinemático).
O fato de a força de atrito ser proporcional à força de reação normal representa a observação de
que é mais fácil empurrar uma caixa à medida que a vamos esvaziando. Representa também por que
fica mais difícil empurrá-la depois que alguém se senta sobre ela (ao aumentar o peso, N também
aumenta).
Podemos resumir o comportamento do módulo da força de atrito em função de uma força externa
aplicada a um corpo, a partir do gráfico ao lado.
Note-se nesse gráfico que, para uma pequena força aplicada
ao corpo, a força de atrito é igual à mesma. A força de atrito
surge tão somente para impedir o movimento. Ou seja, ela
surge para anular a força aplicada. No entanto, isso vale até um
certo ponto. Quando o módulo da força aplicada for maior do
que Fate = µe N o corpo se desloca. Esse é o valor máximo
atingido pela força de atrito. Quando o corpo se desloca, a força
de atrito diminui, se mantém constante e o seu valor é Fatc =
µc N .
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 6: Atrito e suas propriedades
A força de atrito é muito comum no nosso mundo físico. É ela que torna possível o movimento
da grande maioria dos objetos que se movem apoiados sobre o solo. Vamos dar três exemplos:
Impedindo a derrapagem
A força de atrito impede a derrapagem nas curvas, isto é, o
deslizamento de uma superfície dos pneus sobre a outra (o as-
falto).
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 6: Atrito e suas propriedades
Ilustrações:
1) Um bloco de massa 60 kg está em repouso, apoiado sobre uma superfície horizontal áspera,
com a qual possui um coeficiente de atrito µ = 1, 20. Quanto vale a força de atrito exercida pela
superfície sobre o bloco.
2) Um armário de massa 50 kg está sendo empurrado por uma força de 10 N e não se move.
a) Faça o diagrama mostrando todas as forças que atuam no armário.
b) Quanto vale a força de atrito exercida pelo chão sobre o ele?
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 6: Atrito e suas propriedades
Mais exercícios:
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 6: Atrito e suas propriedades
Exercícios Avaliativos 3:
1) Explique por que as rodas de um carro carregado derrapam menos do que quando ele está vazio.
2) Um corpo de peso 30 N é pressionado por uma força de 40 N contra uma superfície vertical,
conforme figura abaixo. Se o coeficiente de atrito estático entre o corpo e a superfície é 0, 8, qual será
a força de atrito exercida pela superfície sobre o corpo?
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Capítulo 7
Energia é uma grandeza escalar associada com o estado físico de um corpo ou de um sistema
de vários corpos. Esta definição não é muito abrangente, uma vez que o conceito de energia está
relacionado com, praticamente, todos os processos físicos na mecânica, na eletricidade, no eletro-
magnetismo, na mecânica quântica, na ciência de materiais, etc, etc, etc. Portanto, se faz conveniente
definir uma outra grandeza física, associada à energia, capaz de descrever o sistema e seu estado
físico. Esta grandeza é chamada trabalho e tem a mesma dimensão da energia: [J]. O trabalho
está essencialmente relacionado com a mudança do estado físico do sistema (ou do corpo). Assim,
podemos definir energia como a capacidade do sistema (ou do corpo) de realizar um trabalho.
Na mecânica, um corpo ou um sistema de corpos pode estar em dois estados físicos distintos:
2. estado atual: a energia, antes armazenada, se transforma e o estado físico do sistema é alterado.
Em suma, a energia associada a um sistema pode ser transformada em outras formas de ener-
gia. Assim, presume-se que existem n formas de energia, cada uma de acordo com a fenomenologia
em questão. Por exemplo, num circuito elétrico podemos definir energia potencial elétrica; para
um corpo suspenso a uma determinada altura, podemos definir energia potencial gravitacional, etc.
Estas energias potenciais podem se transformar em energia relacionada ao movimento, dita energia
cinética, associada ao movimento dos elétrons num circuito, ou à queda livre do corpo suspenso. En-
tão, a energia cinética é um exemplo de estado atual do sistema, pois a energia que estava armazenda
transformou-se em uma energia capaz de modificar o estado do sistema, que antes estava em repouso.
A energia potencial gravitacional, Ug mais a energia cinética, K juntas, são ditas energia mecânica:
Em = Ug + K.
A energia potencial gravitacional está relacionada com a altura em que se encontra o sistema, em
relação ao solo e depende da massa total do sistema. Então:
Ug = mgh,
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 7: Energia e trabalho mecânico
mv 2
K= .
2
Outra forma de energia mecânica é a energia potencial elástica, associada à forçcas de restauração
do sistema, que depende das características elásticas do material que constitui o corpo ou sistema:
k∆x2
Ue = ,
2
f i
Em = Ug + Ue + K = constante ⇒ Em = Em .
Trabalho realizado por uma força qualquer: O trabalho realizado para mover um corpo ou um
sistema de um ponto ao outro é dito trabalho mecânico, W e para deslocar um corpo no espaço, é
necessário aplicar sobre ele uma força, F~ . Então:
W = F~ · ∆~x.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 7: Energia e trabalho mecânico
i f
Em = Ue e Em =K portanto: Uei = K f .
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 7: Energia e trabalho mecânico
A força elástica não é uma força constante, ela varia linearmente com a deformação, como mostra
o gráfico. Da definição gráfica de trabalho, temos:
bh F ∆x 1
A= = ⇒ W = F ∆x,
2 2 2
1
pela lei de Hooke: F = −k∆x ⇒ W = − F (∆x)2 ,
2
note que este trabalho deve ser negativo, pois a força restauradora está em sentido contrário ao deslo-
camento, uma vez que ela tende a reestabelecer a posição de equilíbrio do sistema. Assim:
W = −∆Ue .
O rendimento de um trrabalho realizado pode ser mendido através da grandeza física potência
média:
W J
Pm = , cuja unidade é [W = 1 ].
∆t s
Ilustrações:
2) O mesmo carregador do exercício anterior resolver carregar o bloco ergendo-o em seus braços.
Ele se desloca com o bloco erguido por mais 10 m. Qual foi o trabalho realizado nesta situação?
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 7: Energia e trabalho mecânico
7) Um bloco é empurrado com uma força que varia a cada ponto da trajetória, de acordo com o
gráfico da figura. Determine o trabalho realizado neste evento, sabendo que a força resultante tem a
mesma direção e sentido do deslocamento.
8) Um carro de massa 1500 kg varia a sua velocidade de 10 m/s para 20 m/s em 5 s. Determine:
a)o trabalho realizado neste evento;
b) a potência mínima do motor;
c) o deslocamento realizado;
d) a força média inferida ao motor.
10) Uma carga de tijolos de massa 420 kg deve ser levantada por um guindaste até uma altura de
120 m em 5 minutos. Qual deve ser a potência mínima do motor do guindaste para efetuar a operação?
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 7: Energia e trabalho mecânico
Exercícios:
Questão 1 - Um carro de massa 1500 kg varia a sua velocidade de 10 m/s para 20 m/s. Deter-
mine:
a) o trabalho realizado pelo motor do carro;
b) a potência do motor do carro;
c) o deslocamento realizado;
d) a força média inferida pelo motor.
Questão 3 - Uma carga de tijolos de massa 420 kg deve ser levantada por um guindaste até uma
altura de 120 m em no máximo 5 min. Qual deve ser a potência mínima que deve ser inferida ao
guindaste de modo que se cumpra a tarefa no prazo determinado?
Questão 5 - Uma mola (k = 750 N/m) é comprimida em 3, 2 cm, quando um bloco de massa
12 g é colocado na sua extremidade livre. Determine:
a) a velocidade que o bloco atinge depois que a mola é solta (despreze todos os atritos);
b) a energia cinética do bloco;
c) a energia potencial elástica da mola;
d) a energia mecânica inicial do sistema;
e) e energia mecânica final do sistema.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 7: Energia e trabalho mecânico
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Capítulo 8
Forças resistivas determinam sistemas não-conservativos, ditos sistemas dissipativos. Nestes sis-
temas, a energia mecânica não se conserva. Parte dela é transformada em outras formas de energia,
associadas a fenômenos não-mecânicos como: energia térmica, elétrica, sonora, luminosa, etc.
Em eventos mecânicos que envolvem o contato entre duas superfícies diferentes, a força de atrito
está sempre presente. A força de atrito é uma força resistiva: ela oferece resistência ao movimento,
seja ele um movimento sobre uma superfície qualquer ou uma queda-livre. Nesta última, o próprio ar
oferece resistência ao movimento.
Como as forças de atrito são resistivas, o tra-
balho realizado por elas é sempre negativo, pois
está sempre oposta ao movimento. Observe a
figura:
O trabalho realizado pela força de atrito é
Wat = F~at · ∆~x = Fat ∆x cos θ, sendo θ = 180◦ .
Então:
W = F ∆x.
W = (F − Fat )∆x,
W = FR ∆x,
FR = F − Fat .
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 8: Trabalho de forças resistivas
Ilustrações:
2. A massa de uma folha de papel ofício é aproximadamente 5, 1 g e sua área, 6, 7725 × 10−2 m2 .
a) Suponha que a folha está esticada e cai em queda livre de uma altura de 5 m, numa região que
oferece uma resistência do ar de aproximadamente 0, 05 N/m2 . Determine o trabalho realizado neste
evento.
b) Agora suponha que o folha foi amassada em forma de uma bola de raio desprezível em relação à
mesma altura de queda. Determine o trabalho realizado neste evento.
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Universidade Tuiuti do Paraná Capítulo 8: Trabalho de forças resistivas
Exercícios Avaliativos 4:
Questão 1 - A massa de uma placa de alumínio 6 kg, sua área é 4 m2 e sua espessura é 1 cm.
Suponha que a placa cai em queda livre de uma altura de 5 m, numa região que oferece uma resistên-
cia do ar de aproximadamente 0, 05 N/m2 . Determine o trabalho realizado neste evento se:
a) a placa cair em pé;
b) a placa cair deitada.
Questão 2 - A massa de uma placa de alumínio 6 kg, sua área é 4 m2 e sua espessura é 1 cm.
Suponha que a placa cai em queda livre de uma altura de 5 m, numa região que oferece uma resistên-
cia do ar de aproximadamente 0, 05 N/m2 . Determine o trabalho realizado neste evento se:
a) a placa cair em pé;
b) a placa cair deitada.
Questão 3 - Um bloco de 3, 5 kg é empurrado a partir do repouso por uma mola comprimida cuja
constante de mola é 640 N/m. Depois que a mola se encontra totalmente relaxada, o bloco viaja por
uma superfície horizontal com um coeficiente de atrito dinâmico de 0, 25, percorrendo uma distância
de 7, 8 m antes de parar.
a) Qual a energia mecânica dissipada pela força de atrito?
b) Qual a energia cinética máxima que o bloco assume?
c) De quanto foi comprimida a mola antes que o bloco fosse liberado?
Questão 4 - Uma pedra de peso P é jogada verticalmente para cima com velocidade inicial v0 .
Se uma força constante Far devido à resistência do ar age sobre a pedra durante todo o percurso,
a) mostre que a altura máxima atingida pela pedra é dada por
v02
h= Far ;
2g(1 + P
)
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