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º 74
20/04/2020
Antero de Quental:
Notas sobre o documentário visionado (cf. biobibliografia deste poeta):
O poeta Antero de Quental segue a corrente do realismo literário, encontrando
"pares" em Eça de Queirós (cf. Geração de 70 e Conferências do Casino).
Este encarava a poesia com uma missão revolucionária, conferindo dignidade
à poesia (que até então era desvalorizada e considerada uma arte menor). O
poeta Antero de Quental segue a corrente do realismo literário, encontrando
"pares" em Eça de Queirós (cf. Geração de 70 e Conferências do Casino).
Este encarava a poesia com uma missão revolucionária, conferindo dignidade
à poesia (que até então era desvalorizada e considerada uma arte menor).
Quental defendia a necessidade (urgente) de uma atualização cultural.
Na sua perspetiva, o Ideal era sinónimo de: desprezo das vaidades, amor
desinteressado, desdém do fútil, boa fé, grandeza, dignidade e humildade.
Assim, para este poeta, a poesia era a biografia de uma consciência.
Aula n.º 75
21/02/2020
Aula n.º 76
22/04/2020
Antero de Quental
Poema "A um poeta"
Análise da sua estrutura externa:
a) composição: o poema apresentado é composto por duas quadras e dois
tercetos, logo corresponde à forma do soneto;
b) rima: o esquema rimático privilegiado é abba/abba/ccd/eed, portanto a rima
é interpolada, nas quadras, e emparelhada, nos tercetos; quanto às classes de
palavras, a rima é rica (cf. variação de classes morfológicas, como adjetivos
qualificativos e nomes comuns); e, relação ao som/à sílaba tónica, a rima é,
ainda, consoante (cf. CV/CCV/CVV);
c) métrica:
E G A
"Tu,/que/dor/mes,/es/pí/ri/to/se/re/no (10)
Pos/to à/som/bra/dos/ce/dros/se/cu/la/res, (10)
Co/mo um/le/vi/ta à/som/bra/ dos/al/ta/res (10)
Lon/ge/da/lu/ta e/do/fra/gor/te/rre/no (10)
A nível métrico, encontramos o verso decassílabo e, quanto à sua acentuação,
paroxítono (cf. grave).
Análise da sua estrutura interna:
a) linha temática: predominante é a configuração do Ideal, uma vez que o "eu"
poético conversa com um "Tu" (v. 1) e pede-lhe para acordar e lutar por um
mundo melhor, como podemos comprovar nos vv. 12 e 14: "Ergue-te, pois,
soldado do Futuro,/[...] Sonhador, faze espada de combate!"
b) recursos expressivos:
* "Surge et ambula" (levanta-te e anda): intertextualidade bíblica (cf. milagre de
Lázaro);
* v. 1: apóstrofe ("Tu");
* v. 3: comparação;
* v. 5: dupla adjetivação ("alto e pleno");
* v. 10: anáfora ("são") e metáfora ("irmãos" = "canções");
* vv. 12 e 14: apóstrofe ("soldado do Futuro" e "Sonhador").
c) mensagem: o sujeito de enunciação faz um apelo a um outro poeta (cf. o
título do poema) para que lute em prol de um mundo melhor; ou seja, para que
utilize a sua melhor arma, a sua espada (que é, na verdade, a sua caneta e a
sua escrita), no sentido de guiar a sociedade na luta por uma realidade mais
justa, racional e próxima do tal "Ideal", dessa perfeição desejada.
Nota: em toda a composição poética, existe o predomínio da função de
linguagem apelativa/conotativa, como podemos corroborar com o recurso a
frases imperativas (cf. vv. 5, 9 e 12), ao pronome pessoa de 2.ª pessoa do
singular (cf. v. 1) e a utilização de verbos no modo imperativo (cf. "Acorda!" e
"Ergue-te", vv. 5 e 12).
Análise sintática (revisão): "Um mundo novo espera só um aceno..."
- "espera": verbo transitivo direto;
- "Um mundo": sujeito simples;
- "novo": complemento do nome;
- "só": modificador restritivo;
- "um aceno": complemento direto;
- "espera só um aceno": predicado.
Questões:
1- O sujeito poético parece dirigir-se a um outro poeta, conforme o título
do poema o atesta, apelando para que lute em defesa de um mundo melhor, de
um mundo que se quer mais justo e "puro". Do mesmo modo e de uma forma
mais geral, podemos afirmar que o "eu" lírico se dirige ao seu leitor futuro,
àquele que poderá ser o "soldado do Futuro" (v. 12), o qual lutará, igualmente,
por esse "Ideal" anteriano.
Aula n.º 77
27/04/2020
Questões:
1- O poema pode ser dividido em duas partes lógicas, sendo que a
primeira quadra corresponde à primeira, na qual o "eu" de enunciação
apresenta o principal motivo para todos os grandes feitos da humanidade e
carateriza a Razão como "irmão do Amor e da Justiça"; as restantes três
estrofes cingem-se, então, à segunda parte, na medida quem eu o sujeito lírico
enumera tudo o que já foi feito em defesa da Razão, bem como motivado por
ela.
2- Ao longo do poema, percebemos que a personificação é um recurso
expressivo muito utilizado, como o podemos atestar logo no segundo verso
"Mais uma vez escuta a minha prece", na medida em que o sujeito poético
conversa (ou apela) com uma realidade abstrata, com algo que não nem visível
nem palpável.
3- O "eu" lírico carateriza a "Razão" como a "irmã do Amor e da Justiça"
(v. 1); "É a voz dum coração [...]" (v. 3); como um exemplo de "virtude" (v. 7),
"heroísmo" (v. 8) e "liberdade" (v. 10); é conselheira e um exemplo de coragem
(vv. 12 a 14).
4- No verso 4, deparamo-nos com uma antítese que opõe os adjetivos
qualificativos "livre" e "submissa", que pode ser explicada pelo facto de o
sujeito poética assumir que é uma "alma livre", porém sente-se preso e
submisso à "Razão"; ou seja, ele faz o que quer e assume as consequências
dos seus atos, no entanto age sempre de uma forma racional, privilegiando o
pensamento e a reflexão no seu quotidiano, pois só assim conseguirá realizar
grandes proezas como as que ficaram marcadas na nossa história nacional.
Aula n.º 78
28/04/2020
Aula n.º 79
29/04/2020
Questões:
1. "Beleza"
a) "que não morre" (v. 1);
b) "ideia pura" (v. 9);
"o mundo e o que ele encerra"
c) "sombras" (v. 10);
d) "matéria dura" (v. 10);
e) "imperfeição" (v. 11);
f) "formas incompletas" (v. 13)
"consequências para o 'eu'":
g) "Assim eu vi o mundo e o que ele encerra/Perder a cor, [...]" (vv. 6 e 7);
h) "Para sempre fiquei pálido e triste." (v. 14).
Atividade de pré-leitura:
c) métrica:
E G A
"So/nho/que/sou/um/ca/va/lei/ro/an/dan/te (10)
Aula n.º 81
05/05/2020
Questões:
1- Na verdade, o poema supramencionado apresenta uma estrutura
narrativa, uma vez que o sujeito poético se assume como um "cavaleiro
andante" (cf. protagonista desta viagem) que passa toda a sua vida, ou melhor
dedica toda a sua existência à procura do seu "palácio da ventura", do seu
porto de abrigo, do seu recanto para ser verdadeiramente feliz; no entanto,
quando o encontra, por fim, apercebe-se que lá não existe nada, apenas
"dor, /Silêncio e escuridão" (vv. 13 e 14).
4- Funções sintáticas:
Revisão coordenação/subordinação:
Aula n.º 82
06/05/2020
c) métrica:
E G A
"Na/mão/de/Deus,/na/su/a/mão/di/rei/ta, (10)
E G A
Des/can/sou/a/fi/nal/meu/co/ra/ção./ (10)
Do/pa/lá/ci/o en/can/ta/do/da I/lu/são/ (10)
Des/ci a/pa/sso e/pa/sso a/es/ca/da es/trei/ta." (10)
A nível métrico, encontramos os versos decassílabos, os quais, quanto à sua
acentuação, são paroxítonos e oxítonos (cf. palavras graves e agudas).
Análise da sua estrutura interna:
a) linha temática: neste poema anteriano, a linha temática central é, sem
dúvida, a configuração do Ideal, uma vez que o sujeito poético tece uma
espécie de apelo a Deus, para que este o liberte da sua dor em vida e
encaminhe-o para o seu descanso eterno, para a morte, acompanhando-o
nesta derradeira viagem pela mão, como podemos comprovar nos seguintes
versos: vv. 1 e 2, "Na mão de Deus [...]/Descansou afinal meu coração; vv. 13 e
14, "Dorme o teu sono, coração liberto,/Dorme na mão de Deus eternamente!".
b) recursos expressivos:
-v. 1: repetição expressiva ("mão");
-vv. 3 e 7: metonímia ("Ilusão", "Ideal" e "Paixão" = sonho, perfeição e
esperança);
-v. 5: comparação ("Como as flores mortais");
-v. 8: dupla adjetivação ("forma transitória e imperfeita");
-v. 9: comparação ("Como criança");
-v. 12: enumeração ("Selvas, mares, areias do deserto...");
-vv. 13 e 14: anáfora ("Dorme");
-v. 13: apóstrofe ("coração liberto").
Aula n.º 83
11/05/2020
Questões:
Aula n.º 84
12/05/2020
Cesário verde
-angústia generalizada;
-tédio;
-morte;
-tendência pessimista.
-pluralidade;
-diversificação;
-fragmentação;
-dualidade.