Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
1
Trabalho apresentado no XVI Encontro Anual da ABEM e Congresso Regional da ISME na América
Latina – 2007.
2
Aluna do curso de graduação em Música da Universidade Federal de Uberlândia.
thenillebraun@yahoo.com.br
objetivos dos estudos neurocientíficos empreendidos com a música é conhecer como o
cérebro processa as informações musicais e desvendar os processos anátomo-
fisiológicos envolvidos na percepção, aprendizagem e cognição musical.
Os resultados destes estudos começam a refletir-se sobre a Educação Musical
na medida em que podem implicar diretamente sobre a prática pedagógico-musical
(HODGES, 1996-1997) (ILARI, 2003) (GARDNER, 1994) (FLOHR; HODGES, 2002).
Dessa forma, nos últimos anos, importantes discussões e estudos no campo da Educação
Musical estão sendo realizados como forma de integrar os resultados obtidos com a
realidade prática da música.
A partir do reconhecimento da importância das pesquisas desenvolvidas pelas
Neurociências para a prática pedagógico-musical e, da necessidade de divulgar estes
estudos aos profissionais da área da música, tem desenvolvido um trabalho de conclusão
de curso que pretende destacar as implicações dos estudos neurocientíficos para a
Educação Musical, sob orientação da professora Dra. Margarete Arroyo.
Este relato de experiências tem por objetivo apresentar o projeto de pesquisa e
parte da literatura que subsidia este trabalho. Finalmente, serão tecidas algumas
considerações.
O projeto de pesquisa
Revisão bibliográfica
John W. Flohr e Donald A. Hodges (2002) afirmam que este foco sobre a
música pelas Neurociências poderá auxiliar a Educação Musical na medida em que
permitirá conhecer sobre o processamento da música no cérebro. Hodges (1996-1997)
afirma também que as teorias cognitivas desenvolvidas através de pesquisas
neurocientíficas poderão ser úteis à educação musical, na medida em que, darão suporte
ao trabalho educacional apresentando caminhos ou confirmando as práticas atuais.
Pesquisadores brasileiros também têm se engajado na busca pela compreensão
do processamento cerebral da música. Dentre eles pode-se citar Beatriz Ilari (2003), que
discute resultados de pesquisas recentes sobre o desenvolvimento do cérebro e as
implicações destas na área da educação musical.
A partir da criação da Associação Brasileira de Cognição & Artes Musicais,
em 2004, tem sido feito um grande esforço em divulgar as pesquisas empreendidas
pelas Neurociências, tanto no Brasil como no mundo, como forma de discutir a relação
entre os resultados já obtidos e a prática pedagógico-musical, de modo a compreender a
aplicabilidade das pesquisas neurocientíficas para a educação musical.
Considerações finais
3
A pesquisa trata sobre a plasticidade cerebral após o treinamento musical. Dessa forma, no quadro a são
mostrados neuroimagens do cérebro após cinco dias de treinamento de percepção de alturas (relação
memória e controle motor). Quadro b mostra a diferença da ativação cerebral antes de depois do treino, e
quadro c mostra o contraste entre o período pré e pós treino por outro ângulo.
pedagógica, alguns autores têm buscado apontar algumas implicações para a Educação
Musical.
O presente trabalho de conclusão de curso tem sido organizado de forma a
fornecer dados e bibliografias para futuras discussões. Sendo assim, o primeiro capítulo
da redação final conterá informações a respeito do campo das Neurociências abordando
a conceituação, constituição do campo científico, linhas de pesquisa, metodologias para
investigação (dando ênfase às técnicas modernas de imageamento cerebral), como
também, apresentando o estado deste campo no Brasil e no mundo. Como forma de
dimensionar a atuação das Neurociências serão apresentadas tabelas dos principais
Institutos e Centros de pesquisas nacionais e internacionais.
O segundo capítulo do trabalho apresentará o Sistema Nervoso de forma que o
leitor possua conhecimentos básicos a respeito da anatomia do sistema nervoso central e
periférico, conheça as principais estruturas e suas funções, abordando também, tópicos
específicos em especialização hemisférica e lateralidade, e sistema auditivo.
O terceiro capítulo tem a função de apresentar as principais pesquisas
desenvolvidas nos últimos anos nas Neurociências. Dessa forma, serão apresentados
estudos desenvolvidos em ritmo, altura, melodia, harmonia, emoção, plasticidade
neurológica, emoção, e outros, como forma de informar aos educadores musicais e
profissionais ligados a música das pesquisas desenvolvidas e os resultados já obtidos.
O quarto capítulo apontará as implicações dos estudos neurocientíficos para a
Educação Musical através da literatura consultada.
Dessa forma, espera-se apresentar um material que possa ser consultado e
suscite novas pesquisas e discussões.
Referências
BIGAND, Emmanuel. Ouvido afinado. Revista Viver Mente e Cérebro, São Paulo, vol.
14, edição 161, p. 58-63, jun. 2006.
FLOHR, John W.; HODGES, Donald A. Music and Neuroscience. In: COLWELL, R.;
RICHARDSON, C. (eds.). The new handbook of research on music teaching and
learning. New York: Oxford University Press, 2002, p. 991-1008.
GARCIA, Rafael. Cérebros afinados. Revista Galileu, edição 136, p. 67-71, nov. 2002.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1994.
HODGES, Donald A. What neuromusical research has to offer music education. In: The
quartely journal of music teaching and learning. Greeley: v. VII, n. 2-4, p. 36-48, 1996-
1997.
LEVINTIN, Daniel. Em busca da mente musical. In: ILARI, Beatriz (org.). Em busca
da mente musical: ensaios sobre os processos cognitivos em música – da percepção à
produção. Curitiba: Ed. da UFPR, 2006, p. 23-44.
PERETZ, Isabelle; ZATORRE, Robert J.. Brain organization for music processing.
Annual Review of Psychology. Disponível em:
<http://arjournals.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.psych.>. Acesso em: jun.
2006.
VIEILLARD, Sandrine. Emoções musicais. Revista Viver Mente e Cérebro, São Paulo,
n° 14, edição 149, p. 52-57, jun. 2005.