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Segunda - feira, 5 de Agosto de 2019 Número 41

I SÉRIE

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUMÁRIO
GOVERNO

Decreto-Lei n.º 05/2019


Aprova a Orgânica dos Ministérios do XVII
Governo Constitucional.
558 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

GOVERNO Rodrigues; Ministra do Turismo, Cultura, Comercio e


Industria, Maria Da Graça de Oliveira Lavres; Minis-
Decreto-Lei n.º 05/2019 tro da Saúde, Edgar Manuel Azevedo Agostinho das
Neves; Ministro do Trabalho, Solidariedade, Família e
ORGÂNICA DOS MINISTÉRIOS DO XVII Formação Profissional, Adllander Costa de Matos;
GOVERNO CONSTITUCIONAL Ministro da Juventude, Desporto e Empreendedorismo,
Vinício Teles Xavier de Pina.

Considerando que por Decreto-Lei n.º 1/2019, de 26 Promulgado em 10 de Abril de 2019.


de Dezembro de 2018, foi aprovado a Orgânica do
XVII Governo Constitucional que estabelece a compo- Publique-se
sição do Governo e as suas atribuições;
O Presidente da República, Evaristo do Espírito
Tendo em conta a necessidade de se aprovar as or- Santo Carvalho.
gânicas do Gabinete do Primeiro Ministro e dos Minis-
térios que compõem o Governo, de forma a tornar pú-
blico a funcionalidade de toda a administração do APENSO
Estado.
ORGÂNICA DOS MINISTÉRIOS DO XVII
Nestes termos, no uso das faculdades conferidas pela GOVERNO CONSTITUCIONAL
alínea c) do artigo 111.º da Constituição da República,
o Governo decreta o seguinte: CAPÍTULO I
Disposições Gerais e Comuns
Artigo 1.º
SECÇÃO I
São aprovadas a Orgânica do Gabinete do Primeiro Gabinete do Primeiro-Ministro e Chefe do Go-
Ministro e dos Ministérios que compõem o XVII Go- verno
verno Constitucional, como previsto no Decreto-lei n.º
1/2019, de 26 de Dezembro de 2018, anexo ao presente SUBSECÇÃO I
Decreto-lei, e que dele constitui parte integrante. Natureza e Atribuições

Artigo 2.º Artigo 1.º


Entrada em vigor Natureza

O presente Decreto-Lei entra imediatamente em vi- O Gabinete do Primeiro-Ministro e Chefe do Gover-


gor. no, abreviadamente designado GPM e doravante de-
signado Gabinete do Primeiro-Ministro, é um Orga-
Visto e aprovado em Conselho de Ministros em 26 nismo da Administração Central do Estado que tem
de Dezembro de 2018. Primeiro-Ministro e Chefe do sobre si, a tutela de todos os Ministérios, dentre os
Governo, Jorge Lopes Bom Jesus; Ministra dos Negó- demais poderes consignados na Lei.
cios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Elsa
Maria Neto D´Alva Teixeira de Barros Pinto; Ministro Artigo 2.º
das Infra-estruturas, Recursos Naturais e Ambiente, Composição
Osvaldo António Cravid Viegas D`Abreu; Ministro do
Planeamento, Finanças e Economia Azul, Osvaldo 1. O Gabinete do Primeiro-Ministro tem a seguinte
Tavares dos Santos Vaz; Ministro da Defesa e Admi- composição:
nistração Interna, Óscar Aguiar Sacramento e Sousa;
Ministra da Justiça Administração Pública e Direitos a) Primeiro-Ministro;
Humanos, Ivete da Graça dos Santos Lima Correia;
Ministro da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento b) Director do Gabinete;
Rural, Francisco Martins dos Ramos; Ministro da Pre-
sidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Par- c) Direcção Administrativo e Financeira (DAF);
lamentares, Wuando Borges Castro de Andrade; Mi-
nistra da Educação, Ensino Superior, Julieta Izidro d) Conselheiros;
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e) Assessores; d) Assegurar e manter actualizado o fundo docu-


mental nacional ou internacional inerente à ti-
f) Protocolo; tular da pasta;

g) Secretários Particulares; e) Coordenar a organização e a execução dos di-


versos processos inerentes à actividade da titu-
h) Motoristas. lar da pasta, ou que tenham interesse para o de-
senvolvimento dessa actividade, elaborando as
2. São tutelados pelo Gabinete do Primeiro-Ministro necessárias informações;
os seguintes serviços:
f) Exercer outras funções ligadas ao Gabinete por
a) Conselho Nacional de Concertação Social delegação do Primeiro-Ministro;
(CNCS);
g) O Director de Gabinete poderá ser substituído
b) Comissão Interministerial para Política Exter- nas suas ausências ou impedimento por um dos
na; Assessores designados pelo Primeiro-Ministro.

c) Gabinete de Comunicação e Imagem do Go- Artigo 5.º


verno; Funções dos restantes Membros do Gabinete

SUBSECÇÃO II 1. Os Conselheiros prestam o apoio técnico especia-


Funções lizado que lhes for determinado, sob orientação do
Primeiro-ministro.
Artigo 3.º
Funções do Primeiro-Ministro e Chefe do 2. Os Assessores coordenam as respectivas assesso-
Governo rias e prestam o apoio político e técnico especializado
nas respectivas áreas de competência.
1. Compete ao Primeiro-ministro, dirigir toda a polí-
tica geral do Governo, coordenar e orientar a acção de 3. Excepcionalmente o Oficial de Segurança do Pri-
todo o pessoal afecto ao seu gabinete, e as relações meiro-ministro pode exercer as funções de Assessor
com os demais órgãos de soberania. para a Defesa e Segurança.

2. O Primeiro-Ministro pode delegar em qualquer 4. Os Secretários Pessoais prestam apoio ao Primei-


dos membros do Gabinete as suas funções. ro-ministro, ao Director do Gabinete e aos restantes
membros do Gabinete.
Artigo 4.º
Funções do Director do Gabinete 5. O pessoal de Apoio Técnico-Administrativo e au-
xiliar exerce as funções que lhes forem determinadas
1. Compete ao Director do Gabinete do Primeiro- pelo Primeiro-Ministro.
ministro:
Artigo 6.º
a) Dirigir e coordenar os serviços e o pessoal do Órgãos Especializados de Apoio ao Governo
respectivo Gabinete;
1. Por deliberação do Conselho de Ministros ou por
b) Receber, classificar e distribuir todos os docu- iniciativa do Primeiro-ministro, podem ser constituídos
mentos que se destinem à titular da pasta e que órgãos especializados de apoio ao Governo encarre-
saiam do Gabinete, de acordo com as decisões gues de prestar apoio especializado em matéria de tra-
daquela; tamento, coordenação e execução de políticas, e articu-
lação, seguimento e avaliação de planos, programas,
c) Assegurar as relações com os demais organis- projectos e acções relativamente a questões de carácter
mos do Governo; estratégico ligadas ao desenvolvimento do País.
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2. Os Órgãos Especializados de Apoio ao Governo 3. Os membros do Gabinete de Ministro são de livre


apresentam relatórios regulares ao Primeiro-ministro nomeação e exoneração a qualquer tempo, mediante
nos termos por este determinado. Despacho deste, excepto o Secretário-geral que será
por Despacho-conjunto do Primeiro-ministro e do Mi-
3. Poderá ser criado Serviços de Assuntos Jurídicos nistro da tutela.
de Apoio ao Conselho de Ministros para assegurar o
apoio técnico na preparação e seguimento dos traba- 4. Os membros do Gabinete de Ministro que sejam
lhos do Conselho de Ministros, bem como a realização funcionários públicos são nomeados em Comissão de
de quaisquer outras actividades determinadas pelo Pri- Serviço.
meiro-ministro.
Artigo 10.º
Artigo 7.º Competências
Serviço de Segurança
Ao Gabinete de Ministro cabe tratar do expediente
1. O Serviço de Segurança constitui a estrutura espe- pessoal do Ministro, bem como desempenhar funções
cialmente encarregue da protecção e segurança pessoal de informação, documentação ou outras de carácter
do Primeiro-ministro. político ou de confiança, nomeadamente:

2. O Serviço de Segurança é dirigido pelo Membro a) Prestar a necessária assessoria técnica e jurídi-
do Gabinete que exerça as funções de Oficial de Segu- ca ao Ministro;
rança do Primeiro-Ministro.
b) Agir como uma estrutura intermédia entre o
3. O Serviço de Segurança é assegurado por elemen- Ministro e os serviços técnicos respectivos e
tos da Unidade de Defesa e Protecção dos Dirigentes com os demais Ministérios e outras institui-
(UPDE) e da Polícia Nacional (PN). ções, em cumprimento das orientações daque-
le;
Artigo 8.º
Remuneração c) Assegurar a informação necessária à execução
do Programa do Governo, tratando os docu-
1. O Estatuto Remuneratório dos membros que inte- mentos e expedientes necessários;
gram o Gabinete do Primeiro-ministro é o estabelecido
nas leis em vigor. d) Assistir o Ministro nos Despachos, reuniões e
audiências e elaborar relatórios e actas;
2. O Primeiro-Ministro pode delegar no Ministro da
Presidência do Conselho de Ministros, a competência e) Organizar as relações entre o Ministro, o públi-
para designar e exonerar o pessoal de Apoio Técnico- co, a comunicação social e assegurar o serviço
Administrativo e Auxiliar do Gabinete, bem como para de Protocolo;
Contratar Serviços, tendo em vista o exercício de fun-
ções no Gabinete. f) Organizar a agenda do Ministro e preparar as
suas deslocações em articulação com os res-
SECÇÃO II pectivos serviços administrativos e financeiros.
Dos Ministros e seus Gabinetes
Artigo 11.º
Artigo 9.º Secretário-geral
Composição
O Secretário-geral abreviadamente designado por
1. Os Ministros são apoiados por Gabinetes constitu- S.G., é o mais alto funcionário da hierarquia do Minis-
ídos pelo Secretário-geral, Director de Gabinete, As- tério, cabendo-lhe a coordenação geral de todos os
sessores, um Secretário e um Motorista. serviços do Ministério, nomeadamente, assessoria e
apoio ao Ministro e aos serviços deste dependente, aos
2. Mediante Despacho do respectivo Ministro, po- organismos, e outras entidades do Ministério, nos do-
dem ser requisitados outros funcionários imprescindí- mínios da programação, planeamento, controlo orça-
veis à eficácia dos respectivos Gabinetes. mental, dos recursos humanos, dos sistemas de infor-
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mação e documentação, da gestão financeira e patri- i) Elaborar em articulação com os diferentes ór-
monial e da organização e logística. gãos e serviços os relatórios, Planos anuais,
plurianuais e o Plano anual de rotatividade dos
Artigo 12.º funcionários do Ministério, estudos sobre a ra-
Competências do Secretário-geral cionalização do património, dos recursos hu-
manos e financeiros, bem como no que se refe-
1. Compete ao Secretário-geral: re ao aperfeiçoamento da orgânica e
funcionamento do Ministério a serem submeti-
a) Assistir o Ministro prestando-lhe a assessoria dos a aprovação do Conselho Consultivo;
geral e especial, tanto em questões de natureza
intersectorial como em matéria de estudos, pla- j) Emitir declarações, notas de imprensa e infor-
neamento e na formulação da política do Go- mações sobre assuntos relevantes da política
verno nos domínios das atribuições do Ministé- Ministerial;
rio e representá-lo sempre que indigitado;
k) Gerir e tratar das questões estratégicas ou pro-
b) Coadjuvar o Ministro substituto durante as au- cessos especiais que lhe sejam acometidas pelo
sências no exterior do Ministro titular; Ministro e designadamente assegurar a organi-
zação e a preparação de todos assuntos do Mi-
c) Assegurar a coordenação, compatibilidade e in- nistério que não sejam atribuídos a outros ser-
tegração dos sistemas de informação e docu- viços;
mentação, bem como a gestão eficiente e ex-
pansão dos meios informáticos e das redes de l) Organizar e gerir os serviços de relações públi-
comunicação; cas e zelar pela segurança das respectivas insta-
lações;
d) Assegurar a integração, coordenação e acom-
panhamento dos serviços centrais do Ministé- m) Participar nas reuniões do Conselho Consulti-
rio e das actividades destes, contribuindo para vo;
a definição de orientações a prosseguir pelo
Ministério na gestão dos recursos humanos, fi- n) Planificar em articulação com outros Serviços
nanceiros e patrimoniais, no quadro de pro- do Ministério as actividades e estratégias a se-
gramas de base anual ou plurianual; guir no plano de prossecução das políticas de-
finidas pelo Governo;
e) Presidir o processo de discussão e aprovação
dos instrumentos de gestão interna e coordenar o) Proceder à divulgação de estudos, publicação e
a execução do Orçamento do Ministério e informações respeitantes ao Ministério;
submeter as propostas dos encargos a realizar à
aprovação do Ministro; p) Propor ao Ministro a nomeação e exoneração
das Chefias dos Serviços na hierarquia, tutela
f) Exercer as funções previstas no Estatuto da ou superintendência do ministério;
carreira profissional e outros Regulamentos do
Ministério; q) Submeter ao Ministro as matérias e assuntos de
apreciação do Conselho de Ministros ou que
g) Assegurar o apoio jurídico, técnico e adminis- constituam matérias para audiência com o Che-
trativo ao Gabinete, bem como ao consultor ju- fe do Governo;
rídico, às comissões, grupos de trabalho e es-
truturas de missão que funcionem no âmbito do r) Articular-se com a Direcção Nacional do Pro-
Ministério; tocolo de Estado em matéria de apoio protoco-
lar ao Ministro;
h) Assegurar o expediente e comunicação com o
Secretariado-geral do Governo respeitante às s) Desempenhar outras funções que lhe sejam
matérias de apreciação do Conselho de Minis- cometidas pelo Ministro, designadamente a
tros, orientar, coordenar e acompanhar a exe- prática de actos administrativos por delegação.
cução e o cumprimento das medidas de política 2. O S.G. é equiparado ao Director de Gabinete do
da competência do Ministro; Primeiro-ministro e Chefe do Governo.
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3. Nos Ministérios em que não haja o S.G., as com- k) Preparar o expediente relativo aos assuntos a
petências previstas no n.º 1, serão exercidas pelo Direc- submeter ao Conselho de Ministros;
tor do Gabinete do Ministro.
l) Assistir à titular da pasta nas reuniões e audi-
4. No exercício das suas funções o Secretário-geral é ências concedidas e elaborar as respectivas ac-
apoiado por um Gabinete composto por um assistente tas;
administrativo e um motorista, livremente nomeados e
exonerados pelo titular da pasta sob proposta do S.G. m) Dirigir e coordenar os serviços e o pessoal de
Gabinete;
Artigo 13.º
Competências do Director do Gabinete n) Assinar toda correspondência do Gabinete que
não deva ser pelo Ministro ou pelo Secretário-
1. Ao Director de Gabinete compete: geral;

a) Dirigir os serviços e o pessoal do respectivo o) Exercer outras funções ligadas ao Gabinete por
Gabinete; delegação do Ministro;

b) Receber, classificar e distribuir todos os docu- p) O Director de Gabinete será substituído nas su-
mentos que se destinem à titular da pasta e que as ausências ou impedimento por um dos As-
saiam do Gabinete, de acordo com as decisões sessores designados pelo Ministro.
daquela;
Artigo 14.º
c) Assinar, de acordo com as determinações da ti- Conselho Consultivo
tular da pasta, a correspondência em nome da-
quele; 1. Nos Ministérios funciona o Conselho Consultivo
como órgão de consulta.
d) Despachar com a titular da pasta respectiva em
todas as questões gerais de órgão Central; 2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro
e é composto por todo o pessoal dirigente do Ministé-
e) Assegurar as relações com os demais organis- rio, podendo o Ministro sempre que julgue necessário,
mos do Governo; convocar para participar nas reuniões do Conselho
Consultivo, técnicos do Ministério ou personalidades
f) Assegurar e manter actualizado o fundo docu- de reconhecido mérito no âmbito específico das maté-
mental nacional ou internacional inerente à ti- rias a tratar.
tular da pasta;
3. O Conselho Consultivo tem as seguintes atribui-
g) Coordenar a organização e a execução dos di- ções:
versos processos inerentes à actividade da titu-
lar da pasta, ou que tenham interesse para o de- a) Cooperar na definição de linhas gerais de acção
senvolvimento dessa actividade, elaborando as do Ministério, nomeadamente nos seus objecti-
necessárias informações; vos e estratégias;

h) Executar as demais funções que pela titular da b) Aconselhar o Ministro de forma permanente
pasta lhe sejam determinadas; sobre as políticas a serem desenvolvidas pelo
Ministério;
i) Assistir directamente à titular da pasta respec-
tiva; c) Examinar e pronunciar-se sobre a execução das
principais decisões relacionadas com a activi-
j) Assegurar a recepção e expedição da corres- dade do Ministério;
pondência pessoal e as demais que lhe for de-
terminada pelo titular da pasta, bem como o d) Apreciar as questões relativas à política de
respectivo arquivo; formação de quadros do Ministério;
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e) Pronunciar-se sobre os planos de acção pluria- f) Executar o serviço de carácter protocolar que
nuais e anuais e o seu desenvolvimento pelos lhe seja cometido pela titular da pasta.
serviços do Ministério, coordenando e contro-
lando o seu cumprimento. Artigo 17.º
Direcção Administrativa e Financeira
Artigo 15.º
Competência dos Assessores 1. A Direcção Administrativa e Financeira (DAF) é
o serviço de suporte administrativo, responsável pela
Compete aos Assessores: gestão e execução orçamental, financeira, pelo controlo
patrimonial, pela contabilidade, pela gestão de pessoal
a) Prestar apoio técnico e assessoria diversa de e pelo apoio informático aos vários órgãos dos Ministé-
que necessite o Ministro no exercício das suas rios.
funções;
2. As competências da Direcção Administrativa e
b) Promover e realizar estudos, análises, pesqui- Financeira dos Ministérios encontram-se definidas nos
sas e reflexão sobre todas as questões de com- termos do Decreto n.º 55/09, de 31 de Dezembro.
petência do Ministério, e propor orientações es-
tratégicas, posições e iniciativas neste âmbito;
CAPÍTULO II
c) Organizar debates, colóquios, conferências e
demais sessões de trabalho sobre questões re- MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS
levantes; ESTRANGEIROS, COOPERAÇÃO E
COMUNIDADE
d) Preparar sínteses informativas sobre os assun-
tos correntes do Ministério, da vida política, SECÇÃO I
económica e social de São Tomé e Príncipe pa- Missão, Objectivos e Atribuições
ra a definição e coordenação das Missões do
Ministério. Artigo 18.º
Missão
Artigo 16.º
Secretário do Ministro 1.O Ministério dos Negócios Estrangeiros, Coopera-
ção e Comunidades, abreviadamente designado por
1. Ao Secretário do Ministro competem as seguintes MNECC, é o Órgão Central do Estado que planifica,
funções: coordena a implementação e execução da política ex-
terna de São Tomé e Príncipe e coordena as acções
a) Organizar as relações entre a titular da pasta e externas de outros ministérios e departamentos gover-
o público; namentais.

b) Estabelecer os contactos entre a titular da pasta 2. Todos os Organismos da Administração Central


e os meios de comunicação social; do Estado devem articular-se com o MNECC para fins
de relacionamento com o exterior, tendo em vista a
c) Assegurar e coordenar, de acordo com as ori- salvaguarda da unidade e coerência da política externa.
entações da titular da pasta, as audiências;
Artigo 19.º
d) Preparar e organizar as deslocações da titular Objectivos
da pasta;
1. MNECC prossegue os seguintes objectivos:
e) Promover a recolha, tratamento e arquivo das
informações relacionadas com as actividades a) Promover as relações de amizades e de coope-
do Órgão Central publicadas na imprensa naci- ração com os povos;
onal e estrangeira, elaborando de acordo com
as orientações da titular da pasta ou do Director b) Garantir a defesa dos interesses do Estado no
de Gabinete, as necessárias sínteses; plano internacional e dos cidadãos são-
tomenses residentes no estrangeiro;
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c) Promover a paz e segurança internacional; g) Assegurar a representação diplomática de São


Tomé e Príncipe junto de outros Estados e Or-
d) Desenvolver as relações político-económicas, ganizações Regionais, Continentais e Interna-
sociais, culturais e técnico-científicas com a cionais;
comunidade internacional;
h) Organizar com outros organismos do Estado as
e) Assegurar a harmonização das políticas de co- missões oficiais das entidades estrangeiras,
operação. bem como coordenar e instruir as missões ofi-
ciais no exterior;
Artigo 20.º
Atribuições i) Emitir notas e informações para a imprensa so-
bre assuntos de política internacional relevante
1. Na prossecução da sua missão, são atribuições do para o Estado São-tomense;
MNECC:
j) Defender e promover os interesses São-
a) Executar a política externa definida pelo Go- Tomenses no estrangeiro;
verno e velar pela sua unidade e coerência,
bem como coordenar as intervenções em maté- k) Intervir, em articulação com os demais mem-
ria de relações internacionais de outros Minis- bros do Governo sectorialmente interessados,
térios e Organismos da Administração Central na preparação, execução e seguimento das me-
do Estado; didas, acções ou programas de promoção ex-
terna das oportunidades de investimento em
b) Prestar a necessária colaboração ao Presidente São Tomé e Príncipe e de promoção externa da
da República no exercício de funções a esta imagem do país;
atribuída pela Constituição no plano de Repre-
sentação Internacional do Estado; l) Conduzir e coordenar a participação São Tomé
e Príncipe no processo de integração regional;
c) Centralizar as relações de quaisquer entidades
públicas são-tomenses com as representações, m) Assegurar a protecção dos cidadãos São-
missões diplomáticas e consulares são- Tomenses no estrangeiro, bem como apoiar e
tomenses no exterior ou junto de organismos valorizar as comunidades São-Tomenses espa-
internacionais e com as representações de or- lhadas pelo mundo;
ganismos internacionais, missões diplomáticas
e consulares acreditadas em São Tomé e Prín- n) Conduzir as negociações internacionais e os
cipe; processos de vinculação internacional de São
Tomé e Príncipe e assegurar o processo de re-
d) Promover a cooperação de São Tomé e Prínci- cepção da ordem jurídica interna dos Tratados,
pe com outros Estados e organizações interna- Convenções e Pactos e Acordos Internacionais,
cionais e acompanhar a execução das acções de sem prejuízo das competências atribuídas por
cooperação acordadas com os nossos parceiros lei a outras entidades públicas;
desenvolvidas por outros Ministérios e Orga-
nismos da Administração Central do Estado; o) Representar o Estado São-Tomense junto de
sujeitos de Direito Internacional Público ou de
e) Assegurar a coordenação e a gestão global da outros entes envolvidos na área das relações in-
cooperação internacional, em articulação com ternacionais.
os departamentos sectoriais encarregados do
planeamento e gestão das relações de coopera- SECÇÃO II
ção; Estrutura orgânica

f) Prestar a necessária colaboração ao Presidente Artigo 21.º


da República no exercício de funções a este Estrutura geral
atribuído pela Constituição no plano de repre-
sentação internacional do Estado; 1. O MNECC prossegue as suas atribuições através
de serviços centrais e externos, integrados na adminis-
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tração directa do Estado, de organismos integrados na SECÇÃO III


administração indirecta do Estado, de órgãos consulti- Serviços Centrais
vos e de outras estruturas.
Artigo 22.º
2. Integram os Serviços Centrais do Ministério: Direcção Nacional do Protocolo de Estado

a) Gabinete do Ministro; 1. Direcção Nacional do Protocolo de Estado é o


Serviço Central do MNECC, encarregue de definir e
b) Secretária-geral; assegurar a observância das regras de cerimonial, bem
como o cumprimento das normas e práticas internacio-
c) Direcção das Comunidades na Diáspora e dos nais relativas aos privilégios e imunidades diplomáticas
Assuntos Consulares; e consulares, bem como assegurar a coordenação dos
serviços de protocolo junto aos órgãos de soberania.
d) Direcção Nacional do Protocolo de Estado;
2. Direcção Nacional do Protocolo de Estado, tem
e) Direcção Administrativa e Financeira; também as seguintes funções:

f) Inspecção Diplomática e Consular; a) Assegurar a harmonia entre as práticas de Pro-


tocolo Nacional do Estado com as práticas pro-
g) Serviços Jurídicos e Tratados; tocolares internacionais;

h) Direcção da Política Externa; b) Organizar as visitas do Presidente da República


e do Primeiro-Ministro no exterior;
i) Direcção da Cooperação Internacional.
c) Organizar visitas dos Chefes de Estados e de
3 – Integram ainda, outras estruturas nos Serviços Governos estrangeiros e de outras personalida-
Centrais: des estrangeiras;

a) Conselho de Análise Estratégica; d) Prestar apoio ao Corpo Diplomático e Consular


acreditados em São Tomé e Príncipe no de-
b) Fórum das Comunidades; sempenho das suas funções;

c) Conselho Consultivo; e) Assegurar a concessão de Agrément dos Em-


baixadores a acreditar no País e do Exequator
d) Gabinete do Ordenador Nacional do FED; para dos Chefes das Missões Consulares a es-
tabelecer no País;
e) Conselho Diplomático;
f) Assegurar as cerimónias de apresentação de
f) Comissão Interministerial para Política Exter- cartas credenciais de novos Embaixadores
na; acreditados em São Tomé e Príncipe;

g) Comité Nacional para a Organização Marítima g) Solicitar e assegurar a concessão de Agrément


Internacional. e Exequator dos Chefes das Missões diplomá-
ticas e consulares de São Tomé e Príncipe no
4 – Integram os Serviços Externos do Ministério: estrangeiro;

a) Embaixadas e Representações Diplomáticas; h) Assegurar a emissão dos passaportes diplomá-


ticos e de serviços nos termos da lei;
b) Postos Consulares.
i) Preparar as credenciais para as delegações ofi-
ciais que representam o Estado no exterior;
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j) Preparar a lista dos dias nacionais das Missões f) Prestar assistência consular as comunidades na
diplomáticas acreditadas no País bem como o diáspora;
nível de representatividade do Governo;
g) Proceder a autenticação de documentos, ao re-
k) Garantir a preparação e publicação da lista di- conhecimento de assinaturas de autoridades
plomática bem como a sua actualização regu- nacionais e estrangeiras e de outros actos nota-
lar; riais e de registo civil;

l) Realizar outras funções que lhe sejam acometi- h) Acompanhar as acções judiciais que recaiam
das nos termos da presente orgânica e nas de- sobre estrangeiros em São Tomé e Príncipe e
mais legislações. prestar informações, quando solicitada, aos go-
vernos respectivos sobre a situação judicial dos
Artigo 23.º estrangeiros em São Tomé e Príncipe;
Direcção das Comunidades na Diáspora e dos
Assuntos Consulares i) Emitir parecer sobre os processos de atribuição
de nacionalidade são-tomense em articulação
1. A Direcção das Comunidades na Diáspora e dos com os serviços jurídicos e tratados;
Assuntos Consulares, é o Serviço do MNEC que tem
por missão assegurar a efectividade e a continuidade da j) Realizar outras funções previstas em legisla-
acção do MNECC nos domínios da actividade consular ções específicas.
desenvolvida nos serviços externos e da realização da
protecção consular, bem como na coordenação e exe- Artigo 24.º
cução da política de apoio à emigração e às comunida- Serviços Jurídicos e Tratados
des são-tomenses no estrangeiro e responsável pela
legalização de documentos oficiais para uso no estran- 1. Serviços Jurídicos e Tratados, é o serviço do
geiro. MNECC encarregue pelo tratamento e acompanhamen-
to de todos os assuntos de natureza jurídica interna e
2. A Direcção das Comunidades na Diáspora e dos internacional que envolvem o relacionamento de São
Assuntos Consulares tem também as seguintes funções: Tomé e Príncipe com outros Estados e Organizações
internacionais, Assegurar todo o expediente relativo à
a) Dirigir e orientar as missões consulares no ex- negociação, aprovação, ratificação, entrada em vigor e
terior; denúncia de Tratados internacionais que vinculem São
Tomé e Príncipe, servir de depositário e garantir o re-
b) Orientar as Missões diplomáticas e Consulares gisto dos Acordos e Tratados em que São Tomé e Prín-
na transmissão de instruções emanadas do cipe é Parte.
MNECC e de outros órgãos do Governo, res-
peitante a sua área de jurisdição; 2. Os Serviços Jurídicos e Tratados têm também as
seguintes funções:
c) Participar no tratamento, em articulação com
outras instituições relevantes, as matérias rele- a) Garantir a assessoria jurídica ao MNECC;
vantes no âmbito da política de migração;
b) Realizar pesquisa, análise e informação sobre
d) Defender os direitos e interesses dos cidadãos assuntos de direito internacional e propor ac-
nacionais no seu relacionamento com as mis- ções a desenvolver neste domínio
sões diplomáticas e consulares estrangeiras,
bem como com o Sistema das Nações Unidas e c) Estudar os acordos e tratados internacionais e
outras organizações intergovernamentais acre- propor ao Ministro a adesão, ratificação;
ditadas no País;
d) Emitir pareceres sobre os actos jurídicos inter-
e) Articular com as instituições competentes no nacionais face a ordem jurídica nacional;
acompanhamento da situação laboral dos técni-
cos estrangeiros em missão de cooperação em
São Tomé e Príncipe;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 567

Artigo 25.º a) Recolher informação, analisar e apresentar


Inspecção Diplomática e Consular propostas de actuação sobre assuntos de parti-
cular relevância político-diplomática;
1. Inspecção Diplomática e Consular, tem por mis-
são verificar o cumprimento das normas reguladoras do b) Promover as relações de amizade, relações po-
funcionamento dos serviços internos e dos serviços líticas e económicas entre a República Demo-
externos do MNECC, bem como assegurar a acção crática de São Tomé e Príncipe e com restantes
disciplinar e a auditoria de gestão, diplomática e consu- países;
lar.
c) Propor políticas de relacionamento entre Repú-
2. A Inspecção Diplomática e Consular tem também blica Democrática de São Tomé e Príncipe e
as seguintes funções: outros Estados;

a) Verificar o cumprimento e modo de realização d) Dirigir as relações político-diplomática entre a


do plano de actividades globais do Ministério, República Democrática de São Tomé e Prínci-
suas tarefas e prazos; pe e outros Estados;

b) Verificar as condições de trabalho no Ministé- e) Promover e defender os interesses da Repúbli-


rio e nas Missões diplomáticas e consulares; ca Democrática de São Tomé e Príncipe nas
Organizações Internacionais, Regionais, Con-
c) Participar em processos de inquérito, sindicân- tinentais e nas Conferências Internacionais;
cia e disciplinares;
f) Promover as relações de cooperação e integra-
d) Interagir com outros órgãos de supervisão e ção regional e continental no quadro das orga-
controlo no âmbito das suas competências; nizações económicas regionais e continentais;

e) Proceder a estudos e emitir pareceres sobre as- g) Dirigir e orientar as actividades das Missões e
suntos que lhe sejam acometidos; Representações Permanentes de São Tomé e
Príncipe junto das Organizações Internacionais
3. A inspecção é dirigida por um Embaixador ou e Regionais;
Ministro Plenipotenciário.
h) Planificar e organizar a participação de São
Artigo 26.º Tomé e Príncipe nas actividades da Comunida-
Direcção da Política Externa de dos Países de Língua Portuguesa;

1. A Direcção de Política Externa, abreviadamente i) Planificar e organizar a participação de São


designada por DPE, tem por missão assegurar a coor- Tomé e Príncipe em conferências internacio-
denação e decisão dos assuntos de natureza político- nais, nas reuniões e eventos das organizações e
diplomática e económica e executar a política externa comunidades económicas e regionais e conti-
são-tomense no plano das relações bilaterais e multila- nentais e outras reuniões internacionais que lhe
terais, bem como presidir a comissão interministerial sejam acometidas;
para a política externa.
j) Coordenar a implementação da agenda regional
2. São funções da Direcção de Política Externa: e avaliar o impacto da implementação da exe-
cução dos referidos programas e projectos;
Assegurar genericamente o exercício das funções de
coordenação político-diplomática; k) Coordenar e acompanhar as negociações no
âmbito da integração e da cooperação das or-
Estudar, emitir pareceres, decidir ou apresentar pro- ganizações e comunidades económicas regio-
postas de actuação sobre todos os assuntos atinentes às nais e continentais;
atribuições que prossegue;
l) Participar, em articulação com outras institui-
ções, na avaliação e monitoria da implementa-
ção dos programas e projectos inerentes as or-
568 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

ganizações e comunidades económicas regio- 3. Na dependência da DPE funciona a Comissão In-


nais e continentais; terministerial de Política Externa, com funções de co-
ordenação das intervenções dos restantes ministérios
m) Efectuar analises sobre assuntos, políticos, no âmbito das relações internacionais, visando a acção
económicos, sociais e culturais, relacionadas unitária e coerente do Estado São-tomense na ordem
com as regiões, organizações económicas regi- internacional que reúne mensalmente cuja composição
onais e continentais e prever a sua evolução no e funcionamento será regulamentado por Despacho do
contexto de integração regional, propondo as Ministro, bem como o Comité Nacional da Organiza-
acções a desenvolver; ção Marítima Internacional nos termos da Lei 13/2007.

n) Propor em coordenação com outros órgãos Artigo 27.º


centrais do Estado e outros sectores relevantes Direcção da Cooperação Internacional
a politica e programas específicos a serem se-
guidos no âmbito das organizações internacio- 1. Direcção de Cooperação Internacional, abrevia-
nais e comunidades económicas regionais e damente designada por DCI, é o Serviço central do
continentais; MNECC à quem compete desenvolver e coordenar
toda a cooperação económica, financeira, empresarial,
o) Coordenar a participação de São Tomé e Prín- cultural, científica e técnica para o desenvolvimento de
cipe nas organizações internacionais sob sua São Tomé e Príncipe no âmbito bilateral e multilateral.
jurisdição que tem por objectivo as negocia-
ções de carácter geral, excepto aquelas acome- 2. A DCI prossegue, designadamente, as seguintes
tidas a outras instituições; atribuições:

p) Desenvolver acções necessárias ao estabeleci- a) Promover a cooperação de São Tomé e Prínci-


mento de representações de organizações inter- pe com outros Estados e organizações interna-
nacionais e regionais em São Tomé e Príncipe; cionais e acompanhar a execução das acções de
cooperação acordadas com os nossos parceiros
q) Participar na preparação e realização de confe- desenvolvidas por outros Ministérios e Orga-
rências e reuniões internacionais e no âmbito nismos da Administração Central do Estado;
das organizações regionais económicas e con-
tinentais promovidas por outros órgãos centrais b) Identificar, negociar e acompanhar os progra-
do Estado ou instituições nacionais a ter lugar mas e actividades de cooperação;
no País ou no estrangeiro;
c) Sistematizar e analisar os programas e activi-
r) Assegurar em coordenação com os sectores es- dades de cooperação;
pecíficos a aplicação de políticas a seguir em
relação as organizações internacionais e regio- d) Participar em coordenação com a Direcção de
nais; Política Externa nas negociações globais no
âmbito da cooperação;
s) Mobilizar, na área da sua esfera de competên-
cia, os recursos financeiros para os projectos e e) Coordenar e acompanhar as actividades opera-
programas definidos pelo Governo; cionais do Sistema das Nações Unidades em
São Tomé e Príncipe;
t) Promover e coordenar a integração de quadros
nacionais nas organizações internacionais e re- f) Mobilizar, em coordenação com a Direcção de
gionais; Política Externa, os recursos financeiros para
os projectos e programas definidos pelo Go-
u) Propor em coordenação com os Serviços Jurí- verno;
dicos e Tratados, a conclusão, revisão e denún-
cia de tratados e outros acordos bilaterais; g) Coordenar a participação de São Tomé e Prín-
cipe nas organizações internacionais sob sua
v) Realizar outras funções que lhe sejam acometi- jurisdição que tem por objectivo as negocia-
das por decisão do Ministro. ções de carácter geral, sobre as relações eco-
nómicas multilaterais;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 569

h) Acompanhar e controlar em coordenação com ação dos programas e projectos financiados pelo FED e
outras instituições relevantes, o grau de reali- demais acções relacionadas com essa cooperação por
zação e o impacto da implementação dos pro- decisão do Ministro Ordenador Nacional.
gramas, projectos e acções de cooperação mul-
tilateral; SECÇÃO IV
Serviços Externos
i) Centralizar as relações cooperação com quais-
quer entidades públicas são-tomenses com os Artigo 29.º
organismos internacionais, missões diplomáti- Serviços Externos
cas acreditadas em São Tomé e Príncipe;
1. Para a prossecução das suas atribuições no estran-
3. Nas relações de cooperação com as representa- geiro, o MNECC dispõe dos seguintes serviços exter-
ções de organismos internacionais de carácter sectorial, nos: a) Embaixadas; b) Missões e representações per-
as acções, medidas e programas de planeamento e ges- manentes e; c) Postos consulares.
tão dessas relações são propostos e executados pelos
departamentos governamentais competentes, cabendo a 2. Nos serviços externos podem funcionar, na de-
DCI a coordenação global no quadro da política de pendência funcional do chefe de missão diplomática,
cooperação internacional ou a ele equiparado, e de forma unificada, os Conse-
lheiros Económicos, Adidos, entre outros.
a) Assegurar a coordenação e a gestão global da
cooperação internacional, em articulação com 3. Sempre que a prática internacional o aconselhe,
os departamentos sectoriais encarregados do podem ser adoptadas outras designações para os servi-
planeamento e gestão das relações de coopera- ços externos referidos no n.º 1.
ção;
4. Os serviços externos são criados por despacho dos
b) Promover e organizar, em coordenação com a membros do Governo responsáveis pelas áreas das
Direcção de Política Externa e com outras ins- Finanças, da Administração Pública e dos Negócios
tituições do Estado, o processo de estabeleci- Estrangeiros.
mento de parcerias económicas e a mobilização
da ajuda pública ao desenvolvimento; 5. Os interesses do Estado são-tomense no exterior
podem ser representados por Cônsules Honorários.
c) Coordenar a organização das Comissões Mis-
tas e outros mecanismos de negociações com 6. As representações do Estado são-tomense no exte-
parceiros bilaterais e multilaterais, incluindo as rior regem-se por legislação específica.
conferências e mesas redondas de doadores;
SECÇÃO V
d) Realizar outras funções que lhe sejam acometi- Pessoal e Cargos Dirigentes
das por decisão do Ministro.
Artigo 30.º
4. Na dependência da DCI funciona a Comissão In- Ordenação protocolar
terministerial de Cooperação Internacional, com fun-
ções de coordenação, acompanhamento e avaliação da Para efeitos de natureza protocolar, é a seguinte a
cooperação sectorial, nos termos a ser definido Despa- ordenação dos dirigentes dos serviços internos e orga-
cho do Ministro mediante proposta do Director da Co- nismos tutelados:
operação Internacional.
a) Secretário-geral, que é o mais alto funcionário
Artigo 28.º da hierarquia do MNE;
Gabinete do Ordenador Nacional
b) Director de Política Externa;
É o órgão do Ministério dos Negócios Estrangeiros,
Cooperação e Comunidades que centraliza todas as c) Director da Cooperação Internacional;
acções de cooperação, entre São Tomé e Príncipe e o
Fundo Europeu para o Desenvolvimento (FED) no d) Inspector-geral Diplomático e Consular;
domínio da negociação, conclusão, seguimento e avali-
570 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

e) Directores tendo em conta a sua categoria

Artigo 31.º
Regras especiais de competência

1. A nomeação e a exoneração dos titulares dos car-


gos de embaixador, de outros chefes de missão diplo-
mática e de enviados extraordinários são efectuadas
por decreto do Presidente da República, nos termos da
Constituição.

2. A promoção à categoria de embaixador é efectua-


da, por decreto do Governo, no exercício da função
política nos termos da Constituição e da lei.

3. São praticados por despacho do Primeiro-Ministro


e do membro do Governo responsável pela área dos
negócios estrangeiros, a designação e a exoneração do
Secretário-geral, Director-geral, Encarregados de Ne-
gócios e Cônsules gerais.

4. São efectuados por despacho do membro do Go-


verno responsável pela área dos negócios estrangeiros:

a) A designação e a exoneração dos cargos de di-


recção intermédia, cujos cargos sejam providos
por funcionários diplomáticos;

b) A colocação e transferência dos funcionários


diplomáticos e não diplomáticos, sem prejuízo
do disposto no n.º 1;

c) A nomeação, exoneração e transferência dos


cônsules, atentos os procedimentos previstos
no Estatuto da Carreira Diplomática e no Regu-
lamento Consular, bem como dos cônsules ho-
norários;

d) A nomeação, exoneração e transferência dos


vice-cônsules e chanceleres, com observância
dos procedimentos previstos no Estatuto do
Pessoal dos Serviços Externos e do Regula-
mento Consular;

e) A emissão de cartas patentes que acreditem pe-


rante outros Estados os cônsules-gerais, cônsu-
les e vice-cônsules e, bem assim, os cônsules
honorários;

f) A emissão de cartas credenciais ou documentos


de idêntico valor jurídico, que acreditem, pe-
rante quaisquer organizações internacionais,
congressos ou outras reuniões internacionais,
as delegações portuguesas enviadas.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 571

Organograma do Ministério dos Negócios


Estrangeiros Cooperação e Comunidades

CAE: Conselho de Análise Estratégica;


FC: Fórum das Comunidades;
CC: Conselho Consultivo;
CD: Conselho Diplomático;
CIPE: Comissão Interministerial para Política Externa;
CNOMI: Comité Nacional para Organização Marítima Internacional, Lei 13/2007;
CAPÍTULO III
CICCI: Comissão Interministerial para Coordenação da Cooperação Internacional
572 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

MINISTÉRIO DAS OBRAS PÚBLICAS, b) Direcção dos Serviços Geográficos e Cadas-


INFRA-ESTRUTURAS, RECURSOS NATURAIS trais (DSGC);
E AMBIENTE
c) Direcção dos Transportes Terrestres (DTT);
SECÇÃO I
Estrutura Orgânica d) Direcção-Geral do Ambiente (DGA);

Artigo 32.º e) Direcção-Geral dos Recursos Naturais e Ener-


Definição gia (DGRNE).

O Ministério das Obras Públicas, Infra-estruturas, 4. Instituições:


Recursos Naturais e Ambiente (MOPIRNA), é o orga-
nismo da Administração Central do Estado responsável a) Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC);
pela concepção, execução, coordenação e avaliação da
política definida e aprovada pelo Conselho de Minis- b) Instituto Nacional de Estradas (INAE);
tros para os domínios das obras públicas e recursos
naturais, compreendendo nomeadamente, as áreas de c) Instituto Marítimo e Portuário (IMAP);
construção civil, transportes e comunicações, ordena-
mento do território, habitação, segurança rodoviária, d) Autoridade Geral de Regulação (AGER);
navegação aérea e marítima, ambiente, e recursos natu-
rais e energia. e) Instituto de Habitação e Imobiliária (IHI);

Artigo 33.º f) Laboratório de Engenharia Civil (LECSTP);


Estrutura Orgânica
g) Instituto Nacional de Meteorologia (INM);
1. Ministério das Obras Públicas, Infra-estruturas,
Recursos Naturais e Ambiente, além do Ministro, h) Agência Nacional dos Petróleo (ANP-STP).
compreende:
5. Empresas Públicas:
2. Órgãos e Serviços do Gabinete do Ministro:
a) Empresa Nacional de Administração dos Por-
a) Gabinete do Ministro; tos (ENAPORT);

b) Conselho Consultivo; b) Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança


Aérea (ENASA);
c) Gabinete de Assessoria;
c) Empresa de Correios;
d) Conselho de Coordenação das Obras Públicas;
d) Empresa de Água e Electricidade (EMAE).
e) Direcção Administrativa e Financeira;
6. Empresas Co-participadas:
f) Gabinete de Estudos, Planeamento e Empresas
Públicas; a) Companhia Santomense de Telecomunicações
(CST);
g) Gabinete de Cooperação e Investimento;
b) STP Airways.
h) Unidade de Planificação e Seguimento dos
Transportes. Artigo 34.º
Conselho de Coordenação das Obras Públicas
3. Direcções:
1. O Conselho de Coordenação das Obras Públicas é
a) Direcção de Obras Públicas (DOPU); um órgão técnico de obras públicas e o mais alto órgão
consultivo do Governo em matéria de obras públicas
nos aspectos técnico e económico, cabendo-lhe coad-
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 573

juvar o Governo no equacionamento e resolução dos Artigo 36.º


problemas daí decorrentes e emitir pareceres sobre os Atribuições
projectos e/ou assuntos que, por imposição legal ou
determinação do Ministério, sejam submetidas à sua 1. Quando tal não seja confiada à outro órgão espe-
apreciação. cializado por disposição legal expressa, ao Conselho de
Coordenação das Obras Públicas compete emitir pare-
2. O Conselho de Coordenação das Obras Públicas ceres de carácter técnico que lhe forem solicitados pelo
funciona na dependência directa do Ministério ou de MOPIRNA, nomeadamente sobre:
quem o substitua.
a) Planos directores e de urbanização, pedidos de
Artigo 35.º concessão de terrenos, de instalação de indús-
Composição trias e de outras actividades quando a sua im-
portância o justifique;
1. O Conselho de Coordenação das Obras Públicas
tem a seguinte composição: b) Planos gerais, anteprojectos e projectos de
obras públicas a executar pelo Estado ou com a
O MOPIRNA ou por delegação, o INAE que o pre- comparticipação deste;
side;
c) Planos de arranjo, expansão, exploração e ape-
O Director do GEPEP como vice-presidente; trechamento dos portos;

3 Vogais, sendo o Director das Obras Públicas, 1 d) Concessão de obras ou serviços públicos e do
engenheiro e 1 arquitecto sénior do organismo do Esta- aproveitamento de águas públicas;
do ligado à obras públicas;
e) Regulamentos de ordem técnica relativos à
1 Representante das Câmaras Distritais; execução de obras públicas;

1 Representante da Região Autónoma do Príncipe; f) Propostas de execução de trabalhos, adjudica-


ção e rescisão de empreitadas e recursos inter-
1 Engenheiro e 1 arquitecto, profissionais liberais postos pelos empreiteiros ou concessionárias,
escolhidos pelos seus pares e nomeados pelo das decisões das entidades fiscalizadoras;
MOPIRNA;
g) Outros assuntos que por disposição expressa da
2. O Conselho terá um secretário permanente que se- lei imponha sua audição ou para os quais o
rá o funcionário que desempenha as funções de Chefe MOPIRNA o determine.
de Secretaria da Direcção de Obras Públicas.
Artigo 37.º
3. O Conselho reunirá quando convocado pelo seu Gabinete de Estudos, Planeamento e Empresas
presidente e funciona quando presente mais da metade Públicas
dos seus membros.
1. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Empresas
4. A convocação é feita com antecedência mínima Públicas é um Gabinete técnico do Ministério, de natu-
de 48 horas, indicando-se nela a ordem do dia. reza multidisciplinar, responsável pela concepção e
execução de estudos, estratégias e planeamento, im-
5. Poderá reunir por proposta do seu vice-presidente plementar políticas e avaliar o plano geral das activida-
ou de 3 vogais submetida à apreciação do seu presiden- des das instituições e dos serviços do Ministério.
te quanto à conveniência e oportunidade.
2. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Empresas
6. Os pareceres do Conselho são emitidos por maio- Públicas é dirigido por um funcionário indigitado pelo
ria de votos dos presentes, e estes não são vinculativos. Ministro da tutela.

7. O Secretário não terá direito a voto.


574 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 38.º j) Elaborar estudos de viabilidade no âmbito da


Atribuições rentabilidade económico-social dos projectos
de investimento público ligado ao Ministério e
1. Compete ao Gabinete de Estudos, Planeamento e promover a sua divulgação;
Empresas Públicas:
k) Criar junto das instituições afins, uma base de
a) Preparar em conjunto com os organismos tute- dados de referência sobre a regulação dos pre-
lados pelo Ministério, planos de actividades ços unitários para a infra-estrutura pública e
sectoriais de acordo com as suas atribuições, rodoviária;
sua calendarização e avaliação do cumprimento
regular dos mesmos; l) Velar pelo cumprimento das disposições de
acordos, projectos ou programas a serem im-
b) Realizar, por determinação superior, quaisquer plementados no ramo infra-estrutural ligado ao
trabalhos no âmbito das suas competências, di- Ministério, assim como a optimização dos re-
rectamente ou mediante recurso a especialistas cursos disponibilizados;
ou outros serviços do Estado;
m) Desempenhar com zelo toda as funções que lhe
c) Manter o Ministro informado sobre o nível de forem superiormente atribuídas.
execução dos planos sectoriais e propor, caso
seja necessário, medidas de correcção; Artigo 39.º
Gabinete de Cooperação e Investimento
d) Realizar estudos, preparar em articulação com
as direcções ou institutos, lançamentos dos O Gabinete de Cooperação e Investimento é o órgão
concursos para adjudicação de obras públicas; que dá o devido tratamento a todos os acordos de coo-
peração e investimento subscritos pelo Ministério,
e) Criar comissões de trabalho para avaliar pro- mantendo actualizado o grau de cumprimento e a evo-
postas dos projectos de investimentos públicos lução das acções que os mesmos suscitam.
ligados ao Ministério, de acordo com a lei base
de licitação; Artigo 40.º
Atribuições
f) Emitir pareceres sobre estudos, projectos, con-
tractos públicos de empreitadas ou empreendi- 1. Compete ao Gabinete de Cooperação e Investi-
mentos que estejam sob tutela do Ministério; mento:

g) Elaborar junto das instituições, o quadro legal a) Acompanhar todo o processo de implementa-
normativo e regulador sobre a execução de ção das emanações dos acordos de cooperação
obras públicas e regular o exercício da activi- e investimento subscritos;
dade das empresas de projectos, fiscalização de
obras públicas; b) Proceder a gestão dos dossiers no que respeita
à sua exequibilidade;
h) Realizar a monitorização das infra-estruturas
do país, em coordenação com as instituições, c) Elaborar relatórios periódicos com vista a man-
de maneira a verificar o desempenho das em- ter o Ministro informado da prossecução das
presas, tanto de estudos como das construtoras, responsabilidades deles decorrentes;
apresentando periodicamente informações téc-
nicas ao Ministério; d) Criar ficheiros que permitam fácil identificação
e localização dos acordos de cooperação e in-
i) Promover intercâmbios técnico-científicos com vestimento, bem como todas as documentações
as instituições afins, nacionais ou estrangeiras, com os quais se identificam.
no domínio das infra-estruturas e obras públi-
cas, de acordo com as orientações superior-
mente definidas pelo programa do Governo ou
acordos de parcerias assinados;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 575

Artigo 41.º SECÇÃO II


Unidade de Planificação e Seguimento dos Direcções
Transportes
SUBSECÇÃO I
A Unidade de Planificação e Seguimento dos Trans- Direcção de Obras Públicas
portes é o órgão especializado e responsável pela plani-
ficação, seguimento e fiscalização da implementação Artigo 43.º
de políticas, estratégias, projectos de infra-estruturas e Definição
equipamentos, ofertas de serviços e contractos de ex-
ploração nas vertentes dos transportes terrestres, marí- A Direcção de Obras Públicas é o órgão encarregue
timos e aéreos. de executar a política do Estado em matéria de obras
públicas e particulares.
Artigo 42.º
Atribuições Artigo 44.º
Composição
1. Compete à Unidade de Planificação e Seguimento
dos Transportes: 1. A Direcção de Obras Públicas compreende:

a) Exercer a coordenação e o seguimento das ac- 2. Departamento Técnico I


ções, através de um programa previamente es-
tabelecido para o sector dos transportes; a) - Secção de Projectos

b) Velar pelo cumprimento das disposições esta- b) - Secção de Avaliação de Projectos


belecidas no âmbito de acordos, projectos e
programas a serem implementados no sector 3. Departamento Técnico II
dos transportes, bem como a optimização dos
recursos disponibilizados; a) - Secção de Desenho

c) Realizar todas as orientações e determinações b) - Secção de Medição e Orçamento


superiormente emanadas do Governo, atinentes
às políticas e estratégias do sector dos transpor- Artigo 45.º
tes; Atribuições

d) Assegurar uma avaliação das necessidades de 1. A Direcção das Obras Públicas tem as seguintes
transporte ao serviço dos projectos de desen- competências:
volvimento;
a) Ocupar-se de assuntos relativos à construção e
e) Realizar ou fazer realizar estudos dos impactos conservação de obras nacionais;
previsionais dos projectos e das consequências
em termos de exploração; b) Aprovar projectos de construção civil (arqui-
tectura e especialidade);
f) Planificar e seguir os projectos dos transportes
em coordenação com as entidades operacionais c) Realizar projectos de obras, incluindo as de ar-
pertinentes; te, de responsabilidade do Estado e particula-
res.
g) Assegurar a consonância da política e estraté-
gia dos transportes e o plano director de trans- d) Organizar e propor o mais eficiente mecanismo
portes, tendo em vista o desenvolvimento do para a fiscalização das obras públicas e particu-
país. lares, assim como o controlo e a fiscalização de
todas as formas de ocupação de solo em áreas
de vocação urbana;

e) Dar assistência ao estudo e execução das redes


de equipamento urbanístico, designadamente
576 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

de abastecimento de água, esgotos e arruamen- b) Dirigir, controlar e fiscalizar a rede geodésica


tos; nacional e a sua conservação;

f) Estudar e executar obras de protecção e con- c) Realizar levantamentos topográficos assim


servação de costas marítimas, rios e lagos; como a elaboração de cartas geográficas, temá-
ticas e as respectivas completagens, proceder
g) Estudar, executar e assegurar a conservação e aos cálculos, projecções e desenhos de todas as
exploração de obras para o aproveitamento de áreas levantadas e que devem servir de base
rios e lagos, bem como redes de regras e dre- para a elaboração de instrumentos de ordena-
nagem de terrenos; mento do território e urbanismo;

h) Apreciar e emitir parecer sobre os projectos hi- d) Velar pela aplicação da política de ocupação,
droagrícolas e hidroeléctricos que não sejam da uso e transformação do solo, participando no
sua iniciativa. controlo e fiscalização, para a melhor protec-
ção do meio ambiente;
SUBSECÇÃO II
Direcção dos Serviços Geográficos e Cadastrais e) Participar na elaboração de normas, índices
técnico-económicos e procedimentos de traba-
Artigo 46.º lho para a planificação espacial;
Definição
f) Participar na elaboração e proposta de projec-
A Direcção dos Serviços Geográficos e Cadastrais é tos de desenvolvimento do sistema urbano e
o órgão através do qual se exerce as políticas do Estado outras unidades populacionais especialmente
nos domínios de Cartografia, Geodesia e Cadastro, no que concerne a implantação de edifícios e
relativos ao ordenamento do território nacional. obras de urbanização;

Artigo 47.º g) Participar na elaboração, revisão e actualização


Composição de metodologias respeitantes ao processo da
divisão político-administrativa do País.
1. A Direcção dos Serviços Geográficos e Cadastrais
compõe-se: SUBSECÇÃO III
Direcção dos Transportes Terrestres
2. Departamento de Cartografia;
Artigo 49.º
a) – Secção de Reconhecimento Definição
b) – Secção de Cartografia
A Direcção dos Transportes Terrestres é o órgão
3. Departamento de Cadastro e Geodesia; através do qual o Estado exerce a política relativa a
circulação de veículos e peões, num processo perma-
a) – Secção de Topografia, Geodesia e Fiscaliza- nente e contínuo de mobilidade populacional, propici-
ção Territorial ando a circulação de pessoas, bens e serviços, criando
condições de segurança rodoviária, adoptando medidas
b) – Secção de Cadastro, Desenho e Reprografia. regulamentares e disciplinadoras, que visam menor
índice de sinistralidade rodoviária.
Artigo 48.º
Atribuições Artigo 50.º
Composição
1. À Direcção dos Serviços Geográficos e Cadastrais
compete: 1. A Direcção dos Transportes Terrestres compreen-
de as seguintes Divisões:
a) Elaborar e propor projectos para a reposição da
rede geodésica nacional; a) Divisão Psicotécnica

b) Divisão dos Transportes


I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 577

c) Divisão de Viação, Trânsito e Prevenção Ro- SUBSECÇÃO IV


doviária Direcção-Geral do Ambiente

d) Delegação do Príncipe Artigo 52.º


Definição
Artigo 51.º
Atribuições A Direcção-Geral do Ambiente é o órgão através do
qual o Estado exerce a sua política versada para o meio
1. Velar pela aplicação e cumprimento do Código de ambiente na congregação de esforços para a preserva-
Estradas, seus Regulamentos e demais disposições ção dos ecossistemas e da longevidade das espécies e
legais que norteiam a circulação rodoviária. da vida na Terra.

2. Realizar inspecções periódicas e sistemáticas dos Artigo 53.º


veículos e proceder ao cadastro do estado técnico, au- Composição
torizar ou cancelar a circulação dos mesmos.
1. A Direcção-Geral do Ambiente compreende:
3. Emitir Cartas de Condução e respectivas Certi-
dões, e proceder quanto ao cadastro dos condutores. 2. Direcção Jurídica, Administrativa, de Cooperação,
Avaliação e Estudos do impacto Ambiental
4. Licenciar e emitir alvarás de exercício de Escolas (DJACAEIA).
de Condução e Centros de Exames privados.
a) Departamento de Assuntos Jurídicos e Coorde-
5. Inspeccionar e encerrar Escolas de Condução e nação Ambiental
Centros de Exames que não cumpram com os requisi-
tos exigíveis para o seu funcionamento. b) Departamento de Estudos e Projectos.

6. Examinar e emitir respectivos certificados de ha- 3. Direcção de Conservação, Saneamento e Qualida-


bitabilidade a instrutores de Escolas de Condução e de de de Ambiente (DCSQA).
Centros de Exames Privados.
a) Departamento de Conservação da Natureza e
7. Atribuir Licenças e Alvarás para o exercício dos Gestão da Biodiversidade.
transportes de passageiros em regime de Aluguer e
Colectivos de passageiros. b) Departamento de Saneamento do Meio e Qua-
lidade de Ambiente.
8. Licenciar os serviços de camionagem de transpor-
tes de cargas e atribuir as respectivas Licenças e Alva- 4. Direcção de Estatística, Informação, Educação, e
rás. Comunicação Ambiental.

9. Inspeccionar a rede viária e propor medidas cor- a) Departamento de Recolha e Tratamento de Da-
rectoras ou preventivas aos pontos onde se registam dos Ambientais.
frequência de sinistralidade.
b) Departamento de Informação, Educação e Co-
10. Proceder a sinalização da Rede Rodoviária. municação.

11. Propor ao Governo na base de estudos credíveis, Artigo 54.º


de resistência dos pavimentos rodoviários, os limites Atribuições
máximos admissíveis de tonelagem bruta de veículos a
importar e as respectivas penalizações ou outras medi- 1. Garantir a efectiva aplicação das leis e de outros
das, para travar a deterioração dos pavimentos da rede instrumentos de política ambiental, através da avalia-
viária. ção e monitorização;

12. Determinar a realização das Operações de STOP, 2. Colaborar na elaboração de uma política integrada
em estreita articulação com os Serviços de Trânsito da do ambiente, garantindo uma coordenação multissecto-
Polícia Nacional. rial;
578 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

3. Criar e coordenar o Sistema Nacional de Informa- Artigo 57.º


ção Ambiental e produção de indicadores estatísticos; Atribuições

4. Proceder a acreditação de empresas na área ambi- a) Elaborar estudos e investigações sobre as ca-
ental; racterísticas e condições dos recursos naturais
do país, sua distribuição territorial e o nível de
5. Colaborar na definição de uma política de gestão aproveitamento;
dos resíduos;
b) Analisar estudos e investigações recomendadas
6. Incentivar o desenvolvimento de novas tecnologi- por orientações gerais sobre a utilização dos
as na área do ambiente; recursos naturais;

7. Coordenar a integração dos assuntos ambientais c) Garantir a efectiva aplicação da política, leis e
nas relações internacionais; outros instrumentos de política do sector do
sector de recursos naturais e energia;
8. Propor à tutela a designação de Pontos Focais pa-
ra determinadas áreas ambientais e coordenar as suas d) Assegurar a gestão integrada dos recursos natu-
acções; rais e energéticos;

SUBSECÇÃO V e) Promover o envolvimento e a participação dos


Direcção-Geral dos Recursos Naturais e Energia cidadãos, ONG’S e outras instituições;

Artigo 55.º f) Criar condições que permitam ao Estado orien-


Definição tar e controlar as actividades relativas à melhor
utilização dos recursos energéticos;
A Direcção-Geral dos Recursos Naturais e Energia é
o órgão através do qual o Estado exerce a sua política g) Promover e incentivar o aproveitamento racio-
para o Recursos Naturais e Energia. nal e integrado dos recursos energéticos endó-
genos.
Artigo 56.º
Composição SECÇÃO III

1. A Direcção-Geral dos Recursos Naturais e Ener- Órgãos Autónomos


gia compõe-se de: Institutos Públicos

2. Departamento Administrativo; SUBSECÇÃO I


Instituto Nacional de Aviação Civil
3. Direcção de Água;
Artigo 58.º
a) Secção de Hidrologia Definição

b) Secção de Água Potável O Instituto Nacional de Aviação Civil é uma insti-


tuição autónoma através da qual se exerce a política do
4. Departamento de Estatística; Estado em tudo que diz respeito a regulamentação,
aplicação de normas e fiscalização de actividades no
5. Direcção de Energia; domínio da aviação civil.

a) Secção de Energia Renovável Artigo 59.º


Composição
b) Secção de Energia Termoeléctrica
1. Os serviços do Instituto Nacional de Aviação Ci-
6. Direcção de Geologia. vil são assegurados pelas unidades orgânicas estatutá-
rias seguintes:
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 579

a) Departamento Administrativo e Financeiro; SUBSECÇÃO II


Instituto Nacional de Estradas
b) Departamento de Segurança Aeronáutica;
Artigo 61.º
c) Departamento de Segurança Aeroportuária e de Definição
Facilitação;
O Instituto Nacional de Estradas é a instituição atra-
d) Departamento de Navegação Aérea; vés da qual o Estado exerce a política no domínio ro-
doviário, respeitante a concepção e realização de pro-
e) Departamento de Transporte Aéreo. jectos de construção, reabilitação e manutenção da rede
viária nacional.
Artigo 60.º
Atribuições Artigo 62.º
Composição
1. Ao Instituto Nacional de Aviação Civil compete:
1. O Instituto Nacional de Estradas compreende:
a) Supervisionar o funcionamento das operações
de aeronave habilidade e de licenciamento e a) Direcção Executiva;
medicina aeronáutica.
b) Unidade de Planificação e Seguimento Estatís-
b) Supervisionar o funcionamento de segurança tico;
aeroportuária e de facilitação.
c) Unidade de Concursos e Contractos
c) Supervisionar o funcionamento das telecomu-
nicações e meteorologia, aeronáuticas de in- d) Unidade de Estudos, Obras e Fiscalização
formação e cartas aeronáuticas.
e) Unidade de Administração.
d) Promover a negociação de todas as questões re-
lativas as trocas de rotas, a designação de li- Artigo 63.º
nhas aéreas, a análise de tarifas aéreas das ope- Atribuições
radoras, o direito de trânsito, a privatização,
bem como as questões relacionadas com os 1. Definir e implementar as actividades que visam a
princípios de exploração aeronáutica. coordenação dos recursos humanos afectos ao sector.

e) Aprovar e controlar os horários de voos dos 2. Planificar e programar as intervenções, e, proce-


operadores, a emissão de autorizações de so- der ao seguimento e tratamento da informação quanto
brevoos e aterragens, bem como, controlo e aos indicadores e base de dados rodoviários, bem como
elaboração e coordenação de estatísticas de trá- a colecta de informações sociais e ambientais.
fego aéreo, nomeadamente passageiros e car-
gas. 3. Preparar processos de concursos, lançar concur-
sos, avaliar propostas, elaborar propostas de contractos
2. A observância do quadro jurídico – regulamentar e proceder ao seguimento administrativo e jurídico dos
nacional e internacional pela elaboração e seguimento contractos.
dos acordos de transporte aéreo de carácter bilateral ou
multilateral e pelos estudos e projectos de natureza 4. Realizar e seguir os estudos, anteprojectos, pro-
jurídica e legislativa. jectos, elaboração de cadernos de encargos, e seguir
tecnicamente as prestações das empresas executoras.

5. Gerir os recursos humanos, a execução do orça-


mento, o aprovisionamento de bens e aquisição de ser-
viços e a manutenção de todo património afecto ao
INAE.
580 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

SUBSECÇÃO III SUBSECÇÃO IV


Instituto Marítimo e Portuário; Autoridade Geral de Regulação

Artigo 64.º Artigo 67.º


Definição Definição

Instituto Marítimo e Portuário (IMAP-STP) é um A Autoridade Geral de Regulação é a instituição


órgão de direito público, com autonomia técnica, ad- através da qual o Governo exerce a política de regula-
ministrativa, financeira e patrimonial, através do qual o ção e fiscalização nos domínios das Telecomunicações,
Governo exerce e desenvolve as acções conducentes à Água e Energia.
segurança das embarcações e das pessoas e bens em-
barcados, à prevenção da poluição pelos navios, à con- Artigo 68.º
tribuição para a protecção marítima e à elaboração da Composição
regulamentação das actividades relativas a estas maté-
rias. 1. A Autoridade Geral de Regulação compreende:

Artigo 65.º a) Conselho de Administração;


Composição
b) Conselho Consultivo;
1. O Instituto Marítimo e Portuário compreende:
c) O Conselho Fiscal.
a) Conselho Superior do IMAP-STP;
2. A AGER estrutura-se internamente em Áreas e
b) Conselho de Administração; Direcções.

c) Direcção-Geral; Artigo 69.º


Atribuições
d) Direcção de Segurança Marítima;
1. Os Estatutos da Autoridade Geral de Regulação
e) Direcção dos Serviços de Segurança Portuária; prevêem as atribuições e competências específicas para
cada sector de infra-estrutura, estando igualmente defi-
f) Direcção Administrativa e Financeira; nidas no Regulamento Interno.

g) Gabinete Jurídico e de Relações Internacionais; 2. Os estatutos da Autoridade Geral de Regulação


prevêem as atribuições e competências específicas para
h) Delegação Regional do Príncipe. cada sector de infraestrutura e igualmente encontra-se
definidas no Regulamento Interno e ainda estão consa-
Artigo 66.º gradas no Decreto-Lei nº14/2005, 02 de Abril de 2005
Atribuições cabendo-lhe cabendo-lhe:

1. As atribuições do IMAP-STP desenvolvem-se no a) Velar pela garantia do funcionamento óptimo


âmbito geral dos serviços marítimos, e portuários, e de cada sector de infra-estruturas colocado sob
muito especificamente quanto a registos e inspecção de sua responsabilidade de regulação;
navios pelo controlo do estado do porto, certificação
das embarcações, regulamentação da segurança das b) Gerir o espectro radioeléctrico e a regulação
embarcações, formação de marítimos, fixação da lota- técnica e económica dos sectores das teleco-
ção das embarcações, investigação de acidentes marí- municações, correios, água e energia;
timos, e protecção marítima.
c) A intervenção reguladora, fiscalizadora quando
2. A organização e funcionamento do IMAP, está tal for expressamente indicado relativamente
prevista no Decreto-lei n.º 32/2007, que criou o Institu- para os sectores referidos no âmbito dos seus
to Marítimo e Portuário de S. Tomé e Príncipe, publi- estatutos;
cado no DR n.º 58 de 14 de Novembro.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 581

d) Intervir no âmbito do seu regulamento, dos es- Artigo 71.º


tatutos, da legislação sectorial e dos contractos Composição
de concessão, de gestão, licenças, autorizações
e registos, nos quais o Governo seja parte; O Instituto de Habitação e Imobiliária compreende:

e) Fazer exercício de forma interventiva dos seus a) Conselho de Administração;


poderes sempre que necessário junto das enti-
dades públicas ou privadas, colectivas e indivi- b) Conselho de Auditoria.
duais, incluindo autarquias, exigindo aos con-
cessionários, licenciados ou demais partes nos Artigo 72.º
contractos todas as informações julgadas ne- Atribuições
cessárias relativas ao exercício das suas activi-
dades; O Instituto de Habitação e Imobiliária é regido pelo
decreto-lei nº 8/2003 de 31 de Dezembro e tem as se-
f) Exercer a supervisão e controle de actividades guintes competências:
do seu domínio de jurisdição que visam garan-
tir os objectivos seguintes; a) Recensear e manter actualizados os registos
dos bens imobiliários pertencentes ao Estado,
g) A promoção do bem-estar social; assim como os respectivos valores pecuniários;

h) O desenvolvimento da oferta; b) Construir e alienar habitações, na base de uma


política sustentada de alargamento do parque
i) A melhoria da qualidade dos serviços presta- habitacional, para satisfazer a procura;
dos;
c) Estabelecer parcerias com instituições credoras
j) A criação de condições para a emergência, com vista a constituir um Fundo à Habitação
sempre que possível, de um mercado aberto; para garantir a sustentabilidade e perenidade da
instituição em matéria de construção de habita-
k) A promoção da concorrência, sempre que pos- ção.
sível, e a prevenção e repressão dos eventuais
abusos, mesmo nas situações não concorrenci- SUBSECÇÃO VI
ais; Laboratório de Engenharia Civil

l) A modalidade das tarifas; Artigo 73.º


Definição
m) A remuneração adequada dos operadores;
O Laboratório de Engenharia Civil é a instituição
n) A formação e a preservação de um quadro eco- através da qual o Estado exerce a sua política de racio-
nómico equilibrado. nalização, selecção, controlo e fiscalização dos materi-
ais a aplicar na execução das obras de construção civil
SUBSECÇÃO V com vista a garantir no geral construções de boa quali-
Instituto de Habitação e Imobiliária; dade e segurança no país.

Artigo 70.º Artigo 74.º


Definição Composição

O Instituto de Habitação e Imobiliária é a instituição 1. O Laboratório de Engenharia Civil Compreende:


através da qual o Estado exerce a sua política no domí-
nio da habitação e imobiliária, com vista a garantir aos a) Conselho de Administração;
cidadãos condições de habitabilidade condignas.
b) Conselho Consultivo;

c) Conselho Técnico;
582 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

d) Director; aérea e marítima, à agricultura, pecuária, pesca, ao


aproveitamento dos recursos hídricos, e a todas outras
e) Gabinete de Assessoria Jurídica; actividades económicas e científicas.

f) Gabinete de Controlo de Qualidade; Artigo 77.º


Composição
g) Departamento Administrativo e Financeiro;
O Instituto Nacional de Meteorologia compreende
h) Departamento Técnico. os órgãos seguintes:

Artigo 75.º a) Direcção;


Atribuições
b) Departamento Técnico;
1. Realizar consultas para programação harmoniosa
e coordenação das actividades científicas e técnicas do c) Departamento Administrativo.
Laboratório de Engenharia Civil com os demais órgãos
estatais. Artigo 78.º
Atribuições
2. Planificar as actividades de carácter técnico nos
domínios da investigação e controlo de qualidade das O Instituto Nacional de Meteorologia é regido pelo
obras de engenharia civil e dos materiais de constru- decreto-lei nº 10 /2012 de 21 de Maio e tem as seguin-
ção. tes competências:

3. Identificar e controlar a qualidade dos materiais e a) Estudar os dados meteorológicos e geofísicos,


outros elementos, empregues na construção civil, e tratá-los e sistematiza-los em informações para
emitir certificados de qualidade em conformidade com fins diversos, usos e aplicações em esferas de
as normas internacionais. actividades nacionais e internacionais;

4. Realizar actividades atinentes a gestão do pessoal, b) Coordenar e executar as informações meteoro-


arquivo, expedientes administrativos, movimentações lógicas e geofísicas;
financeiras, contabilidade, aprovisionamento e gestão
do património. c) Estabelecer e assegurar o funcionamento da re-
de de estações terrestres e oceânicas para ob-
5. Realizar estudos, ensaios, acções de investigação servações meteorológicas;
científica, técnica e de desenvolvimento experimental e
emitir pareceres sobre o estado e qualidade dos materi- d) Estabelecer e assegurar o funcionamento dos
ais. postos de previsão do tempo e dos centros me-
teorológicos;
6. Processar e sancionar às instituições prevaricado-
ras quanto ao cumprimento das normas e dos requisitos e) Realizar estudos e pesquisas de carácter clima-
estatuídos relativos aos materiais aplicados na constru- tológicos e outros;
ção civil.
f) Estabelecer e assegurar o funcionamento de es-
SUBSECÇÃO VII tações para observações geofísicas;
Instituto Nacional de Meteorologia
g) Assegurar e divulgação de informações.
Artigo 76.º
Definição

O Instituto Nacional de Meteorologia é o órgão atra-


vés do qual o Estado procede a coordenação dos traba-
lhos, acções e estudos, com vista a dispor de informa-
ções meteorológicas e todas as outras de natureza
geofísicas e astrológicas, indispensáveis à navegação
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 583

SUBSECÇÃO VIII do Estado para o sector do petróleo e do gás


Agência Nacional do Petróleo natural;

Artigo 79.º d) Fazer cumprir as boas práticas de conservação


Definição e uso racional do petróleo, dos seus derivados e
do gás natural e de preservação do meio ambi-
A Agência Nacional do Petróleo é pessoa colectiva ente;
de direito público, com personalidade jurídica própria,
autonomia técnica, patrimonial, administrativa e finan- e) Estimular a pesquisa e adopção de novas tecno-
ceira, e tem por finalidade a regulação, a contratação e logias;
a fiscalização das actividades económicas integrantes
da indústria do petróleo, de acordo com a legislação em f) Consolidar as informações de reservas nacio-
vigor e em conformidade com as orientações emanadas nais de petróleo e gás natural, transmitidas pe-
do Conselho Nacional do Petróleo. las empresas, responsabilizando-se pela sua di-
vulgação;
Artigo 80.º
Composição g) Promover a articulação com os outros órgãos
governamentais sobre matérias de interesse
1. A Agência Nacional do Petróleo comporta a estru- comum;
tura seguinte:
h) Promover estudos visando a delimitação de
a) Conselho de Administração; blocos para efeito de concessão das actividades
de exploração, desenvolvimento e produção de
b) Direcção Executiva. hidrocarbonetos;

2. Departamentos: i) Regular a execução de serviços de geologia e


geofísica aplicados à prospecção petrolífera,
a) Departamento Jurídico visando o levantamento de dados técnicos des-
tinados à comercialização em bases não exclu-
b) Departamento Económico sivas;

c) Departamento Técnico j) Realizar actividades de promoção e licitações


para a concessão de exploração, desenvolvi-
d) Departamento de Administração e Relações mento e produção, celebrando os contractos
Públicas. mediante autorização expressa do Conselho
Nacional do Petróleo e fiscalizando a sua exe-
Artigo 81.º cução;
Atribuições
k) Fiscalizar directamente, ou mediante acordos
1. A Agência Nacional do Petróleo tem as atribui- com organismos especializados independentes,
ções seguintes: os contractos de pesquisa e exploração de hi-
drocarbonetos celebrados em nome e em repre-
a) Negociar e celebrar, mediante autorização ex- sentação do Estado bem como todas as activi-
pressa do Conselho Nacional do Petróleo, em dades integrantes da indústria do petróleo e
nome e em representação do Estado, contractos aplicar sanções administrativas e pecuniárias
no domínio de pesquisa e exploração de hidro- prevenidas nas leis, regulamentos ou contrac-
carbonetos; tos;

b) Emitir directa ou através de organismos espe- l) Instruir processos com vista a declaração de
cializados independentes, pareceres sobre os utilidade pública, para fins de exploração e ins-
estudos de impacto ambiental; tituição de servidão administrativa das áreas
necessárias à exploração, desenvolvimento e
c) Implementar, na sua esfera de competência e produção do petróleo e gás natural;
nos termos da legislação em vigor, a política
584 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

m) Organizar e manter todas as informações e da- vidades portuárias ou com elas directamente
dos técnicos relativos às actividades da indús- relacionadas;
tria do petróleo.
c) Estabelecer e cobras taxas e rendimentos pro-
SECÇÃO IV venientes das suas actividades;
Empresas Públicas
d) Conceder, nas zonas de jurisdição portuária, li-
SUBSECÇÃO I cenças, sempre precárias, para a ocupação do
Empresa Nacional de Administração dos Portos terrapleno e para a construção de edifícios ou
de outras instalações e a execução de quaisquer
Artigo 82.º obras e trabalhos;
Definição
e) Manter serviços de fiscalização e vigilância
A Empresa Nacional de Administração dos Portos é portuárias para assegurar o cumprimento dos
uma pessoa colectiva de direito público, dotada de regulamentos aplicáveis nesse âmbito;
personalidade e capacidade jurídicas e de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial, tendo por ob- f) Usufruir das servidões administrativas, mor-
jecto a administração dos portos e fundeadouros de São mente, as portuárias que se mostrem necessá-
Tomé e Príncipe, visando a sua exploração económica, rias à realização do seu objecto;
conservação e desenvolvimento, abrangendo o exercí-
cio das competências e prerrogativas de autoridade g) Requerer, em seu benefício, a expropriação,
portuária que lhe estejam ou venham a ser cometidas. por utilidade pública, dos terrenos das zonas
portuárias de que necessita para a prossecução
do seu objecto;
Artigo 83.º
Composição h) Regulamentar e fiscalizar o uso público do ser-
viço ao seu cargo;
1. São órgãos da Empresa Nacional de Administra-
ção dos Portos: i) Exigir de todos os utentes das instalações por-
tuárias, elementos estatísticos relativos às acti-
a) Conselho de Administração; vidades sob a sua jurisdição, cujo conhecimen-
to interessa ao conjunto da actividade geral dos
b) Conselho Fiscal; portos;

c) Presidente do Conselho de Administração; j) Controlar todo o tráfego marítimo que se pro-


cesse na zona económica exclusiva santomen-
d) Conselho de Gestão; se.

e) Conselho Portuário. SUBSECÇÃO II


Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança
Artigo 84.º Aérea
Atribuições
Artigo 85.º
1. A Empresa Nacional de Administração dos Portos Definição
é regida pelo decreto-lei nº 15/2004 de 30 Dezembro e
tem as seguintes atribuições: A Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aé-
rea é uma pessoa colectiva de direito público, dotada
a) Adquirir e explorar o equipamento portuário, de personalidade e capacidade jurídicas próprias, e de
assim como promover e executar obras neces- autonomia administrativa, financeira e patrimonial,
sárias ao funcionamento dos portos; tendo por objecto a administração dos aeroportos e
aeródromos de São Tomé e Príncipe, com vista a sua
b) Exercer, autorizar e regulamentar, nas áreas de exploração económica, conservação e desenvolvimen-
jurisdição portuária, nas condições definidas to, e abrangendo o exercício das competências e prer-
pela legislação geral aplicável, quaisquer acti-
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 585

rogativas de autoridade aeroportuária que lhe estejam jurídicas próprias, e de autonomia administrativa, fi-
ou venham a estar cometidas. nanceira e patrimonial, tendo como objecto a execução
da política de correios, a emissão, distribuição, vigên-
Artigo 86.º cia e valor nominal das espécies postais, a aplicação de
Composição tarifas nos serviços postais, tanto nacionais como inter-
nacionais, em conformidade com a legislação nacional
1. São órgãos da Empresa Nacional de Aeroportos e e com os acordos e convenções internacionais sobre a
Segurança Aérea: matéria, e o serviço público de telecópia.

a) Conselho de Administração; Artigo 89.º


Atribuições
b) Conselho Fiscal;
1. A Empresa de Correios é regida por diploma pró-
c) Presidente do Conselho de Administração; prio e tem as seguintes atribuições:

d) Conselho de Gestão; a) Realizar o seu objecto, através da correcta ela-


boração e cumprimento rigoroso dos respecti-
e) Conselho Aeroportuário. vos planos, aplicando na sua gestão os princí-
pios de contabilidade pública;
Artigo 87.º
Atribuições b) Desenvolver acções que visem o constante
aperfeiçoamento dos programas de protecção,
A Empresa Nacional de Aeroportos e Segurança Aé- segurança e higiene dos seus trabalhadores;
rea é regida pelo decreto-lei nº 17/2004 de 30 de De-
zembro e conta igualmente com um regulamento inter- c) Adoptar medidas especiais tendentes à conser-
no com as seguintes atribuições: vação, manutenção e protecção física de insta-
lações, equipamentos e outros bens considera-
a) A exploração, gestão e desenvolvimento dos dos vulneráveis;
aeroportos de São Tomé e Príncipe;
d) Assegurar a produção e a distribuição de selo e
b) A prestação de serviços às aeronaves, aos pas- de outros produtos filatélicos;
sageiros e ao armazenamento e conservação de
mercadorias que transitem pelos aeroportos; e) Participar nas reuniões nacionais e eventual-
mente nas internacionais sobre assuntos pos-
c) A manutenção da segurança à navegação aérea tais;
na sua área de jurisdição em colaboração com
outros intervenientes da actividade aeroportuá- f) Assegurar e participar nas acções conducentes
ria; à melhoria do sigilo e da segurança das corres-
pondências.
d) O exercício de actividade de informação ao
voo, assessoria e controlo de tráfego aéreo, de SUBSECÇÃO IV
modo a garantir a segurança de toda navegação Empresa de Água e Electricidade
que se processar no espaço aéreo santomense,
em conformidade com as atribuições constan- Artigo 90.º
tes em acordos internacionais. Definição

SUBSECÇÃO III A Empresa de Água e Electricidade é uma pessoa


Empresa de Correios colectiva de direito público, dotada de personalidade
jurídica própria, autonomia administrativa, financeira e
Artigo 88.º patrimonial.
Definição e objecto

A Empresa de Correios é uma pessoa colectiva de


direito público, dotada de personalidade e capacidade
586 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 91.º g) Desenvolver o conjunto de acções que visem


Composição assegurar, de forma regular, contínua e eficien-
te, a recolha, tratamento e rejeição de efluentes
São órgãos da Empresa de Água e Electricidade: canalizados;

a) Conselho de Administração; h) Promover estudos visando a aplicação de novas


tecnologias e métodos de tratamento de água;
b) Director-Geral;
i) Implementar medidas especiais visando a pro-
c) Fiscal único. tecção e segurança da vida humana, proporcio-
nando aos utentes serviços dignos de mais alta
Artigo 92.º qualidade e segurança.
Atribuições
SECÇÃO V
1. A Empresa de Água e Electricidade é regida por Empresas Co-participadas
decreto lei nº11/2007 e tem as seguintes atribuições:
SUBSECÇÃO I
a) Assegurar a concepção, construção e aquisição Companhia São-tomense de Telecomunicações
de todos os equipamentos do sistema de abas-
tecimento de água e fornecimento de energia Artigo 93.º
eléctrica para consumo público, bem como a Definição
sua exploração, reparação, renovação e manu-
tenção; 1. A Companhia São-tomense de Telecomunicações
é uma empresa de capital misto, sendo 51% pertencen-
b) Desenvolver o conjunto de acções que visam a te à Portugal, e 49% pertencente à São Tomé e Prínci-
caracterização, a promoção e a manutenção da pe.
qualidade da água e da electricidade;
2. É a empresa especializada no domínio das tele-
c) Promover uma melhoria contínua da qualidade comunicações, especificamente no que concerne à ex-
da água e da electricidade, através de planos e ploração das redes de telefonia fixa e móvel.
programas a desenvolver essa finalidade;
Artigo 94.º
d) Tomar as providências necessárias para preve- Atribuições
nir ou eliminar qualquer situação susceptível
de por em risco a saúde pública e a qualidade Compete-lhe a busca pela efectivação do desenvol-
da água; vimento dos recursos humanos, tecnológicos, infra-
estruturais e logísticos que a confere condições exigí-
e) Abastecimento de água e fornecimento de veis para a prestação de serviços no domínio das tele-
energia eléctrica através de planos de acção comunicações.
que integram programas de manutenção, de re-
cuperação e ampliação dos sistemas existentes Artigo 95.º
e de construção de novos sistemas de abaste- Composição
cimento;
1. A Companhia São-tomense de Telecomunicações
f) Assegurar a concepção e construção de todos tem a seguinte estrutura:
os equipamentos necessários à recolha, trata-
mento e rejeição de efluentes canalizados, in- a) Gabinete de Assessoria de Administração;
cluindo a instalação de condutas, a concepção e
construção de estações elevatórias e de trata- b) Direcção Financeira;
mento, e a respectiva reparação e renovação de
acordo com as exigências técnicas e com os pa- c) Direcção Comercial e marketing;
râmetros sanitários exigidos;
d) Direcção de Engenharia e Operações;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 587

e) Direcção de Sistemas de Informação; CAPÍTULO IV


MINISTÉRIO DE PLANEAMENTO,
f) Direcção de Planeamento e Recursos. FINANÇAS E ECONOMIA AZUL

SUBSECÇÃO II SECÇÃO I
STP Airways Objecto, Natureza e Atribuições

Artigo 96.º Artigo 98.º


Definição e competência Objecto

A STP Airways é uma companhia aérea que tem por O presente diploma tem como objecto aprovar a Or-
atribuição a exploração de linhas estabelecidas ao abri- gânica do Ministério do Planeamento, Finanças e Eco-
go de convenções, com a realização de voos comerciais nomia Azul.
de ligação entre São Tomé e Príncipe e outros países.
Artigo 99.º
Artigo 97.º Natureza
Composição
1. O Ministério que superintende a área de Planea-
A STP Airways tem a seguinte estrutura: mento e das Finanças é o Organismo da Administração
Central do Estado que tem por missão propor, formu-
a) Conselho de Administração; lar, conduzir, executar e avaliar a política de planea-
mento e financeira do Governo, promovendo a gestão
b) Director-Geral; racional dos recursos financeiros e patrimoniais públi-
cos e o equilíbrio interno e externo das contas públicas,
c) Departamento de Qualidade; bem como a inspecção-geral e fiscalização das finanças
públicas.
d) Departamento de Segurança de Voo;
2. O Ministério tem também como objectivo acom-
e) Departamento de Segurança; panhar a política financeira do Estado no domínio or-
çamental, fiscal, patrimonial, da contabilidade pública,
f) Departamento de Formação; do tesouro público, da inspecção financeira, bem como
a definição e coordenação da execução das políticas da
g) Departamento de Operação de Voo; economia do mar e a sustentabilidade da exploração
dos seus recursos
h) Departamento de Manutenção e Engenharia;
3. Cabe também ao supra Ministério propor a formu-
i) Departamento de Operação da Terra; lação e aplicação dos princípios reguladores da activi-
dade de seguros e fundos de pensões.
j) Departamento Administrativo e Financeiro;
4. Cabe ainda ao Ministério do Planeamento, Finan-
k) Departamento Comercial. ças e Economia Azul:

a) Coordenar o Sistema Nacional de Planeamen-


to, com vista a elaboração da estratégia de de-
senvolvimento econômico nacional;

b) Definir e coordenar as políticas macroeco-


nômicas, bem como a articulação entre o pla-
neamento e o orçamento, no âmbito da Estraté-
gia de endividamento de médio prazo, do
Quadro Orçamental de Médio Prazo e do Qua-
dro de Despesas de Médio Prazo;
588 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

c) Articular, no quadro do planeamento, as políti- n) Conceber e executar a política fiscal;


cas de desenvolvimento;
o) Exercer a função de acionista do Estado relati-
d) Definir, coordenar e acompanhar, em articula- vamente às empresas públicas de capitais pú-
ção com os sectores, a implementação dos pro- blicos ou de comparticipação do Estado, em
gramas e projectos do Governo financiados no conjugação com os ministérios sectoriais;
âmbito do Orçamento Geral do Estado;
p) Exercer o controlo financeiro das instituições
e) Assegurar a adoção e implementação do siste- públicas ou semipúblicas.
ma nacional de planeamento, com o objectivo
de enquadrar, harmonizar e orientar a formula- q) Definir política na área de desenvolvimento
ção de políticas públicas bem como a elabora- nacional e da Estatística;
ção, administração e avaliação do plano estra-
tégico nacional e demais planos nacionais, r) Implementar políticas atinentes a regulamenta-
sectoriais e regionais de desenvolvimento ção e monitorização dos preços dos produtos
econômico e social; petrolíferos e todo o seu procedimento;

f) Definir e controlar a execução da política fi- s) Definir, formular e implementar em coordena-


nanceira do Estado, tendo especialmente em ção com outros órgão competentes as orienta-
atenção a prossecução dos objectivos de estabi- ções de políticas do mar em articulação com os
lização conjuntural e desenvolvimento econó- outros ministérios concernentes, assuntos que
mico definido no programa do Governo e nas se prendem com a economia azul;
grandes Opções do Plano;
t) Promover em coordenação com outros depar-
g) Definir um amplo programa de reformas estru- tamentos competentes, o desenvolvimento da
turais conducentes à correcção das distorções investigação aplicada dos recursos marinhos,
económicas; visando a sustentabilidade dos recursos haliêu-
ticos nacionais no quadro da economia azul;
h) Acompanhar e assegurar as relações do Gover-
no com o Banco Central no que respeita à exe- u) Aproveitar de forma sustentável todos os re-
cução da política monetária e cambial; cursos disponíveis tanto na terra como no mar;

i) Gerir os instrumentos financeiros do Estado, v) Conceber políticas para a economia azul que
nomeadamente, no âmbito do Orçamento, do abranja sectores económicos ligados aos recur-
Tesouro e do Património; sos aquáticos (mares, oceanos, rios e lagos).

j) Coordenar e controlar a actividade financeira SECÇÃO II


dos diversos subsectores do sector público ad- Estrutura Orgânica
ministrativo;
Artigo 100.º
k) Assegurar em coordenação com o Ministério Órgãos e serviços
dos Negócios Estrangeiro, Cooperação e Co-
munidades, a representação do Estado São- Ministério do Planeamento, Finanças e Economia
Tomense nas organizações regionais e interna- Azul tem os seguintes Órgãos e Serviços:
cionais;
A) De consulta:
l) Coordenar a elaboração e a execução dos pro-
gramas e projectos de cooperação em conjuga- a) Conselho Consultivo (CC).
ção com os demais organismos da Administra-
ção Central do Estado; B) De coordenação e apoio técnico-administrativo:

m) Assegurar a tutela das autarquias locais e da a) Gabinete do Ministro (GM);


Região Autónoma do Príncipe;
b) Direcção Administrativa e Financeira (DAF);
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 589

c) Gabinete Jurídico (GAJ); d) Secretariado Permanente da Iniciativa para a


Transparência das Indústrias Extractivas
d) Gabinete de Estudos e Politicas Económicas (ITIE);
(GEPE);
e) Agência Fiduciária de Administração de pro-
e) Gabinete de Coordenação e Seguimento do jectos (AFAP);
Sistema de Licitações (COSSIL);
f) Projecto de Apoio a Gestão Económica e Fi-
f) Gabinete da Reforma da Gestão das Finanças nanceira; (PAGEF).
Públicas (GARFIP);
2. Todos os projectos de caris financeira ficam sob a
g) Unidade de Inteligência Estratégica para a alçada do Ministério do Planeamento, Finanças e Eco-
Economia Azul (UIEEA). nomia Azul.

C) De orientação técnica: Artigo 101.º


Integração de novo serviço
a) Direcção do Planeamento (DP);
1. É transferida para o Ministério do Planeamento,
b) Direcção do Orçamento (DO); Finanças e Economia Azul, proveniente do extinto
Ministério da Defesa e Administração Interna, a Direc-
c) Direcção do Tesouro (DT); ção da Descentralização, Assessoria e Apoio às Autar-
quias.
d) Direcção do Património do Estado (DPE);
2. A estrutura da Direcção disposta no número 1
e) Direcção de Contabilidade Pública (DCP); deste artigo é definida no respectivo Estatuto Orgânico.

f) Direcção dos Impostos (DI); Artigo 102.º


Funcionamento
g) Direcção Geral das Alfândegas (DGA);
1. O Conselho Consultivo tem reuniões ordinárias e
h) Unidade de Informação Financeira (UIF); extraordinárias sempre que o Ministro convoque.

i) Direcção de Tecnologia de Informação 2. Em função da ordem de trabalhos de cada reunião


(DITEI); do Conselho Consultivo, são convocados os membros
referidos nos n.os 2, 3 ou 4 do artigo anterior que nela
j) Direcção da Descentralização, Assessoria e participam.
Apoio às Autarquia (DD).
3. O Conselho Consultivo reúne ordinariamente 2
D) De fiscalização: vezes por ano.

a) Inspecção Geral de Finanças (IGF); 4. Por decisão do seu Presidente, o Conselho pode
funcionar por sessões extraordinárias quando a nature-
b) Gabinete de Mecanismo Automático de Preços za dos assuntos a tratar o justifique.
de Produtos Petrolíferos (GAMAP).
5. A Direcção Administrativa e Financeira do Minis-
E) De tutela; tério do Planeamento, Finanças e Economia Azul, as-
segura os serviços de secretariado, expediente e arqui-
a) Banco Central de São Tomé e Príncipe vo do Conselho Consultivo.
(BCSTP);

b) Instituto Nacional de Estatística (INE);

c) Agência de Promoção de Comércio e Investi-


mento (APCI);
590 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 103.º serviços, os diplomas legislativos e outras acti-


Gabinete Jurídico vidades jurídicas necessárias e elaborar um
plano anual a ser submetido a aprovação do
1. O Gabinete Jurídico (GAJ) é o órgão de apoio Ministro;
técnico ao Ministro ao qual compete a actividade de
assessoria e estudos jurídicos nos domínios das atribui- f) Contribuir para a concepção e execução dos
ções do Ministério. diplomas legislativos do Ministério;

2. O GAJ é dirigido por um Director, equiparado pa- g) Acompanhar o processo de publicação oficial
ra efeitos legais à figura de director do quadro privati- dos diplomas e documentos atinentes ao minis-
vo das finanças, nomeado pelo Ministro, nos termos tério em coordenação com os serviços da re-
previstos no Estatuto da Função Pública. prografia;

3. O GAJ é composto por técnicos juristas e com va- h) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribu-
lências em diferentes áreas de direito entre elas a área ídas pelo Ministro.
administrativa, financeira, fiscal, aduaneira entre ou-
tras. Artigo 105.º
Gabinete de Estudos e Políticas Económicas
4. O Director da GAJ do Ministério de Planeamento,
Finanças e Economia Azul, é equiparado, para efeitos 1. O Gabinete de Estudos e Politicas Económicas
remuneratórios, ao director de quadro privativo das (GEPE) tem a função técnica global de orientação e
Finanças. supervisão das actividades deste Ministério, devendo
para tal realizar acções de síntese, coordenação e se-
5. Se a necessidade do serviço assim o justificar, a guimento dos dossiers técnicos dos vários serviços que
estrutura do GAJ pode ser definida no estatuto orgâni- compõem o Ministério.
co próprio.
2. Este serviço é responsável pela elaboração de es-
Artigo 104.º tudos e pareceres técnicos bem como, pelo acompa-
Competências nhamento do relacionamento e negociações do Execu-
tivo, com as instituições financeiras internacionais,
O Gabinete Jurídico na prossecução das suas tarefas, organismos internacionais e organizações regionais, no
tem ainda as seguintes atribuições: que respeita à política económica-financeira e, em co-
laboração com as áreas respectivas, assegurar a coor-
a) Emitir pareceres jurídicos, relacionados com denação e articulação das diversas acções de coopera-
matéria administrativa, financeira, fiscal, adua- ção, no âmbito das atribuições do Ministério das
neira, entre outros, solicitado pelo Ministro de Finanças.
tutela ou pelos Directores;
3. O GEPE é dirigido por um Director, equiparado
b) Elaborar análises, estudos jurídicos e o plane- para efeitos legais a figura de director do quadro priva-
amento das actividades em matéria jurídica de tivo das finanças, nomeado pelo Ministro, nos termos
curto, médio e longo prazo, referente aos vários previstos no Estatuto da Função Pública.
serviços que compõem o Ministério.
4. O Director do GEPE do Ministério de Planeamen-
c) Elaborar estudos de natureza jurídica que lhe to, Finanças e Economia Azul, é equiparado, para efei-
sejam solicitados; tos remuneratórios, ao director de quadro privativo das
Finanças.
d) Acompanhar os processos de reclamação, re-
cursos hierárquico e contenciosos em que o 5. Se a necessidade do serviço assim o justificar, a
Ministério das Finanças tem intervenção, pro- estrutura do GEPE pode ser definida no estatuto orgâ-
movendo os actos necessários, sem prejuízo nico próprio.
das competências do Ministério Público;

e) Realizar o levantamento das necessidades jurí-


dicas do ministério em colaboração com outros
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 591

Artigo 106.º j) Elaborar, em colaboração com outros serviços


Competências do Ministério, os relatórios de actividade, ten-
do em vista a avaliação dos resultados dos pla-
1. O Gabinete de Estudos e Políticas Económicas nos e da execução orçamental.
tem as seguintes atribuições:
2. Compete ainda ao Gabinete de Estudos e Politicas
a) Coordenar as Políticas Económicas, assessorar Económicas:
o Ministro na formulação e monitorização da
implementação de políticas fiscais bem como a) Produzir projecções referentes aos agregados
participar na elaboração da programação e ges- de receitas e despesas em consonância com os
tão macroeconómica nacional; indicadores de sustentabilidade fiscal e da dí-
vida pública estabelecida na Estratégia da Dí-
b) Participar com outros sectores na elaboração vida;
das propostas para a formulação das políticas
macroeconómicas de curto prazo ou de regula- b) Elaborar e acompanhar trimestralmente a ne-
ção conjuntural e acompanhar a sua implemen- cessidade de financiamento da Administração
tação; Central, inclusive de longo prazo;

c) Estabelecer e actualizar um sistema permanen- c) Estabelecer parâmetros para a compatibilização


te e fiável de recolha, tratamento e difusão de dos grandes agregados da despesa com a recei-
informação, particularmente, a da gestão eco- ta nas fases de elaboração do OGE;
nómica e financeira do país;
d) Realizar a análise do comportamento e evolu-
d) Assegurar a obtenção, produção e difusão da ção das receitas e despesas públicas;
informação proveniente das direcções técnicas
encarregues da gestão económica e financeira e) Desenvolver e propor directrizes e medidas fis-
do país; cais;

e) Promover a realização de estudos empíricos f) Avaliar a eficiência dos gastos públicos em re-
que permitam melhorar a formulação de políti- lação aos objectivos do Plano Estratégico do
cas macroeconómicas da responsabilidade do Governo;
Ministério das Finanças;
g) Propor medidas de ajustamento que melhorem
f) Estudar e propor medidas de política económi- o benefício económico e social do gasto públi-
ca, nomeadamente no domínio fiscal, orçamen- co;
tal, cambial, monetário e de rendimento e pre-
ços, bem como proceder a análise dos h) Monitorar e acompanhar o resultado do balan-
principais indicadores macro-económicos; ço fiscal da Administração Central e das em-
presas públicas (sector público não financeiro);
g) Promover e coordenar, em colaboração com as
áreas competentes, o relacionamento do Minis- i) Preparar as projecções de médio prazo enqua-
tério das Finanças com as instituições financei- dradas na programação financeira;
ras internacionais, os organismos internacio-
nais e organizações regionais nos domínios j) Elaborar projecções do encerramento anual da
económicos e financeiros; posição fiscal das empresas públicas;

h) Elaborar sob a coordenação técnica e metodo- k) Propor medidas mediante escuta aos sectores
lógica da Direcção Nacional do Planeamento, vocacionados para assuntos fiscais, visando a
as propostas das Grandes Opções de Plano aprovação, alteração e mesmo extinção de
anuais (GOP) do sector; normas fiscais visando o equilíbrio macro fis-
cal;
i) Promover a elaboração e divulgação de estu-
dos, publicação e informação respeitantes ao
Ministério;
592 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

l) Avaliar o impacto das leis, acordos ou tratados b) Consolidar as propostas de orçamentos das ac-
que afectem o desempenho das finanças públi- ções de reforma, apresentadas pelas direcções
cas; envolvidas e submete-la ao Ministro das Fi-
nanças;
m) Produzir relatórios periódicos, pareceres, notas
técnicas e projecções macroenomicas anuais e c) Coordenar a implementação de todas as activi-
se possível para um período de cinco anos. dades de Reforma da gestão das Finanças Pú-
blicas e colaborar com a entidade responsável
3. O quadro de pessoal do GEPE do Ministério de pela área administrativa e financeira dos pro-
Planeamento, Finanças e Economia Azul é equiparado, jectos de reformas.
para efeitos remuneratórios, ao quadro privativo das
Finanças. 3. A estrutura e demais competências da GARFIP
estão definidas no seu estatuto próprio.
Artigo 107.º
Gabinete de Coordenação e Seguimento do Artigo 109.º
Sistema de Licitações e Contratações Públicas Unidade de Inteligência Estratégica para a
(COSSIL) Economia Azul

O Gabinete de Coordenação e Seguimento de Licita- 1. A Unidade de Inteligência Estratégica para a Eco-


ções e contratações Públicas tem a função técnica geral nomia Azul, é uma estrutura que tem como função
de: conduzir a implementação, seguimento e avaliação das
políticas e estratégias em geral e em particular para
a) Coordenação e seguimento do sistema de lici- implementação do plano estratégico, de investimentos
tações públicas; no âmbito da Economia Azul.

b) Definição das políticas de licitação e contrata- 2. Compete a Unidade Inteligência Estratégica para
ções públicas; a Economia Azul:

c) Gestão do sistema centralizado de dados de in- a) Coordenar todo o processo de transição para a
formações; economia azul;

d) Gestão do sistema de capacitação; b) Analisar quinzenalmente o grau de realização


das acções programadas no âmbito do plano de
e) Promoção da ética e de práticas transparentes estratégico que visa a transição à economia
em matéria de licitação e contratação pública. azul;

Artigo 108.º c) Propor medidas correctivas para garantir o


Gabinete de Reforma da Gestão das Finanças cumprimento dos objectivos;
Públicas
d) Propor acções de carácter institucional ou or-
1. O Gabinete da Reforma da Gestão das Finanças ganizado para aperfeiçoar o sistema de formu-
Públicas (GARFIP) é o serviço técnico do Ministério, a lação, coordenação, seguimento e avaliação na
qual compete dinamizar o processo da reforma através implementação das políticas definidas no plano
de acções de sensibilização e de informação junto dos estratégico;
decisores, parceiros externos e do público em geral.
e) Assegurar a preparação da documentação téc-
2. Compete ao GARFIP: nica a ser fornecida pelo País às instituições fi-
nanceiras internacionais;
a) Coordenar a implementação de todas as activi-
dades de Reforma da gestão das finanças pú- f) Aprovar o Relatório Trimestral e Anual de ac-
blicas e colaborar com a entidade responsável tividade da Unidade;
pela área administrativa e financeira dos pro-
jectos de reformas; g) Contribuir para a análise estratégica e apoiar na
preparação técnica dos projectos.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 593

3. O Director da Unidade de Inteligência Estratégica g) Preparar cenários e trajectórias possíveis de


para a Economia Azul é equiparado, para efeitos remu- evolução da economia e da sociedade são-
neratórios, ao director de quadro privativo das Finan- tomense, em estreita colaboração com os ór-
ças. gãos sectoriais e regionais de planeamento;

4. Se a necessidade do serviço assim o justificar, a h) Avaliar o impacto macroeconómico e social


estrutura da Unidade de Inteligência Estratégica para a dos grandes programas de desenvolvimento;
Economia Azul pode ser definida no estatuto orgânico
próprio. i) Propor medidas de apoio ao relançamento do
investimento produtivo e avaliar o seu impacto
SECÇÃO III no desenvolvimento sócio económico do País;
Direcções
j) Acompanhar e avaliar a execução física e fi-
SUBSECÇÃO I nanceira do Plano de Investimento Público e de
outras medidas relevantes.
Artigo 110.º
Direcção do Planeamento 3. Outras competências e a estrutura da Direcção do
Planeamento é definida no seu estatuto próprio.
1. A Direcção do Planeamento é o órgão da Admi-
nistração Central do Estado encarregue pelo planea- SUBSECÇÃO II
mento do processo de desenvolvimento económico e
social. Artigo 111.º
Direcção do Orçamento
2. Constituem competências da Direcção do Plane-
amento: 1. A Direcção do Orçamento é o serviço da Admi-
nistração Central do Estado encarregue de:
a) Propor as grandes linhas da estratégia de de-
senvolvimento, integrando as políticas sectorial a) Preparar e propor os elementos necessários pa-
e regional de modo a articulá-las e dar-lhes co- ra a elaboração do Orçamento Geral do Estado;
erência, no sentido da preparação nacional de
desenvolvimento a longo prazo; b) Preparar o projecto de lei Orçamental e respec-
tiva fundamentação;
b) Elaborar e coordenar as Grandes Opções do
Plano a curto e médio prazo; c) Avaliar os projectos de orçamentos dos órgãos,
instituições e empresas do Estado;
c) Coordenar tecnicamente a elaboração, execu-
ção, acompanhamento e avaliação do Plano d) Propor medidas necessárias para que o Orça-
Nacional de Desenvolvimento, programas sec- mento Geral do Estado comece a ser executado
toriais e promover a elaboração descentralizada no início do exercício económico a que respei-
dos programas regionais; ta;

d) Preparar e elaborar a proposta do Plano de In- e) Preparar em coordenação com a Direcção do


vestimento Público e participar na elaboração Tesouro, a programação relativa à execução
do capítulo do orçamento de despesas de inves- orçamental e financeira;
timento do Orçamento Geral do Estado;
f) Avaliar as alterações ao Orçamento Geral do
e) Analisar e acompanhar a evolução económica e Estado;
social do País, identificando os principais cons-
trangimentos e perspectivando vectores de de- g) Avaliar o processo de execução orçamental e
senvolvimento; financeira.

f) Elaborar regularmente as análises de conjuntu- 2. A estrutura e demais competências da Direcção do


ra económica e estabelecer estimativas macro- Orçamento estão definidas no seu estatuto próprio.
económicas de curto prazo;
594 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

SUBSECÇÃO III se e parecer sobre as prestações de contas dos Fundos


Autónomos.
Artigo 112.º
Direcção do Tesouro 2. A Direcção de Contabilidade Pública tem como
finalidade orientar, centralizar, resumir e interpretar os
1. A Direcção do Tesouro, abreviadamente designa- fenómenos que afectam as situações orçamentais, fi-
do, DT, é um serviço público de orientação técnica do nanceiras e patrimoniais das entidades e demais órgãos
Ministério do Planeamento, Finanças e Economia que utilizam fundos públicos, através de metodologia
Azul. especialmente concebida para o efeito.

2. A Direcção do Tesouro tem como missão assegu- 3. A estrutura e demais competências da Direcção de
rar a administração da tesouraria do Estado, a gestão da Contabilidade Pública estão definida no seu estatuto.
dívida pública e do financiamento do Estado, a efecti-
vação das operações de intervenção financeira do Esta- SUBSECÇÃO VI
do e acompanhamento da política monetário -
financeira, bem como a preparação e acompanhamento Artigo 115.º
das matérias respeitantes ao exercício da tutela finan- Direcção dos Impostos
ceira do sector público administrativo e empresarial e
exerce a função de accionista do Estado. 1. A Direcção dos Impostos é o serviço da Adminis-
tração Central do Estado encarregue da implementação
3. A estrutura e demais competências da Direcção do e execução da política fiscal definida pelo Governo, a
Tesouro estão definidas no seu estatuto. quem compete:

SUBSECÇÃO IV a) Conceber e liquidar os impostos e administrar;

Artigo 113.º b) Promover a inspecção e a justiça tributária;


Direcção do Património do Estado
c) Participar na elaboração e execução do Orça-
1. A Direcção do Património do Estado é a Direcção mento Geral do Estado.
do Ministério do Planeamento, Finanças, e Economia
Azul, que assegura toda a gestão do património do 2. A estrutura e demais competências da Direcção
Estado. dos Impostos estão definidas no seu estatuto próprio.

2. A Direcção do Património do Estado tem por mis- Subsecção VII


são a gestão de todo o património do Estado, incluindo
a celebração de contractos públicos de aquisição e alie- Artigo 116.º
nação de bens móveis, imóveis e veículos, respectivo Direcção Geral das Alfândegas
cadastro e inventário, segundo as regras especialmente
determinadas. 1. A Direcção Geral das Alfândegas é o serviço da
Administração Central do Estado encarregado de con-
3. A estrutura e demais competências da Direcção do trolar a entrada e saída de mercadorias no território
Património do Estado estão definidas no seu estatuto. nacional, visando fins fiscais, económicos e de protec-
ção da saúde pública.
SUBSECÇÃO V
2. A Direcção Geral das Alfândegas tem as seguintes
Artigo 114.º competências, de entre outras definidas no seu estatuto
Direcção de Contabilidade Pública orgânico:

1. A Direcção de Contabilidade Pública é órgão cen- a) Aplicar, cobrar e arrecadar os direitos aduanei-
tral do Sistema Contabilístico do Estado responsável ros e demais imposições fixadas pela legislação
pelas funções de orientação, registo e controlo da exe- aduaneira;
cução orçamental, financeira e patrimonial, pela elabo-
ração da Conta Geral do Estado, bem como pela análi- b) Prevenir, fiscalizar e reprimir a fraude, o con-
trabando e a evasão fiscal aduaneira;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 595

c) Estabelecer relações de cooperação com as d) Propor e desenvolver acções de formação dos


administrações aduaneiras de outros países; dirigentes autárquicos e funcionários distintos
conforme as necessidades;
d) Promover medidas de protecção da saúde pú-
blica, em cooperação com os respectivos servi- e) Disseminar a importância do Poder Local e
ços, no tocante à prevenção de entradas de pes- Regional, seus atributos no desenvolvimento
soas, animais ou mercadorias cuja natureza do país;
possa pôr em perigo a saúde dos residentes.
f) Realizar, sob orientação do Ministro de tutela,
3. A estrutura e demais competências da Direcção inspecção às Autarquias;
Geral das Alfândegas estão definidas no seu estatuto
próprio. g) Estabelecer parcerias com entidades públicas
nacionais e internacionais em torno da Descen-
SUBSECÇÃO VIII tralização e dos seus objectivos.

Artigo 117.º 3. A DD é dirigida por um Director nomeado pelo


Direcção de Tecnologia de Informação Ministro, nos termos definidos na lei.

1. A Direcção de Tecnologia de Informação é o ór- 4. A DD organiza-se por áreas funcionais mediante


gão de apoio técnico ao Ministério do Planeamento, proposta do seu Director.
Finanças e Economia Azul a qual compete propor e
executar a política no domínio da tecnologia de Infor- SUBSECÇÃO X
mação.
Artigo 119.º
2. A Direcção de Tecnologia de Informação cumpre Unidade de Informação Financeira
igualmente, assessorar na área de tecnologia de Infor-
mação as demais Instituições Públicas e equiparadas 1. A Unidade de Informação Financeira tem a fun-
nos assuntos técnicos de suas respectivas áreas. ção de centralizar, analisar e facultar às entidades de
acordo ao estatuído na sua orgânica, as informações
3. A estrutura e demais competências da Direcção de respeitantes ao crime de branqueamento de capitais e
Tecnologia de Informação estão definida no seu estatu- de financiamento ao terrorismo.
to próprio.
2. A UIF tem as seguintes competências, de entre
SUBSECÇÃO IX outras definidas no seu estatuto orgânico:

Artigo 118.º a) Apoiar quando solicitado, os órgãos de polícia


Direcção de Descentralização criminal e as autoridades judiciarias, bem como
quaisquer outras entidades com competências
1. A Direcção de Descentralização (DD) é o serviço de prevenção ou repressão do crime de bran-
encarregue pela implementação das políticas do Go- queamento de capitais e do financiamento ao
verno concernente as Autarquias Locias e Regional. terrorismo;

2. São atribuições da DD: b) Facultar e receber das entidades exteriores à


República Democrática de São Tomé e Prínci-
a) Facilitar e aproximar os Poderes Locais, Cen- pe as informações financeiras respeitantes ao
trais e Regional; crime de branqueamento de capitais e do crime
de financiamento ao terrorismo, em cumpri-
b) Prestar assessoria técnica à organização, mo- mento de acordos inter- regionais ou de qual-
dernização e seguimento dos serviços Autár- quer outro instrumento de direito internacional,
quicos e Regional; nos termos referidos na alínea anterior;

c) Auxiliar tecnicamente o exercício da Gestão


Financeira e Patrimonial das Autarquias Locais
e do Governo Regional;
596 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

SUBSECÇÃO XI SECÇÃO IV

Artigo 120.º Artigo 122.º


Inspecção Geral de Finanças Órgãos Tutelados

1. A Inspecção Geral de Finanças é um serviço do Os Órgãos tutelados pelo Ministério que se regem
controlo financeiro e apoio técnico do Ministério do por legislação própria são os seguintes:
Planeamento, Finanças e Economia Azul e tem por
objecto: a) Banco Central de São Tomé e Príncipe
(BCSTP);
a) Fiscalizar a correcta utilização dos recursos
públicos e a exatidão e fidelidade dos dados b) Agência Fiduciária de Administração de pro-
contabilísticos; jectos (AFAP);
c) Projecto de Apoio a Gestão Económica e Fi-
b) Garantir através da fiscalização, a uniformiza- nanceira (PAGEF);
ção da aplicação das regras e métodos contabi-
lísticos; d) Secretariado Permanente da Iniciativa para a
Transparência das Indústrias Extractivas
c) Verificar o cumprimento das normas legais e (ITIE).
procedimentos aplicáveis;
SECÇÃO V
d) Verificar a legalidade dos actos e factos de
execução orçamental, financeira e patrimonial, Artigo 123.º
de forma prévia, concomitante e subsequente. Órgãos superintendidos

2. A estrutura e demais competências da Inspecção Os Órgãos superintendidos pelo Ministério que se


Geral de Finanças estão definidas no seu estatuto. regem por legislação própria são os seguintes:

Artigo 121.º a) Instituto Nacional de Estatística (INE);


Gabinete de Ajuste Automático de Preços de
Produtos Petrolíferos (GAMAP) b) Agência de Promoção de Comércio e Investi-
mento (APCI).
1. É um Gabinete sobre a tutela do Ministério das
Finanças, que é responsável pela implementação e
fiscalização dos preços de produtos petrolíferos e a
monitorização de responsabilidades das partes envolvi-
das no mesmo.

2. O GAMAP, aplica-se a todos os agentes econó-


micos privados, autorizados a desenvolver actividade
de comercialização de produtos petrolíferos de São
Tomé e Príncipe nos termos do tipificado no Decreto –
lei n.º 61/97 de 21 de Novembro, que liberalizou a
importação de combustível e derivados de petróleo.

3. A estrutura e demais competências da GAMAP


estão definidas no seu estatuto próprio.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 597

Organograma do Ministério do Planeamento, Finanças e Economia Azul

MINISTRO

CC

GM

IGF

UIF

GARFIP

DAF COSSIL

GAJ GAMAP

GEPE

UIE

APCI DITEI DO DT DGA DPE DI DCP DEP DD


DP

DI – Direcção dos Impostos;


DITEI – Direcção de Tecnologia de Informação;
DO – Direcção do Orçamento;
DT – Direcção do Tesouro;
DPE – Direcção do Património do Estado;
GM – Gabinete do Ministro;
GAJ-Gabinete Jurídico;
GEPE- Gabinete de Estudos e Políticas Económicas;
GARFIP- Gabinete da Reforma da Gestão das Finanças Públicas;
IGF – Inspecção Geral de Finanças;
GAMAP- Gabinete de Ajuste Automático de Preços de Produtos Petrolíferos;
UIF – Unidade de Informação Financeira;
ITIE- Iniciativa para a Transparência das Indústrias Extractivas.
598 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

à sua organização e funcionamento e de outras


Quadro de pessoal do Gabinete do Ministro normas legais ligadas a sua área de acção;
das Finanças e da Administração Pública
c) Formular, promover e executar os programas e
Cargos projectos relacionados com as suas atribuições;

Unid d) Formular, planos de desenvolvimento e orça-


mentos sectoriais e assegurar a sua execução;
Ministro
e) Colaborar na arrecadação de receitas para o te-
1 Director de Gabinete
souro público;
5 Assessores do Ministro
f) Gerir os recursos financeiros para a execução
1 Secretário Particular dos seus programas e projectos;

1 Motorista ligeiro de 3.ª Classe g) Assegurar e fiscalizar a administração das For-


ças Armadas, das Forças e Serviços de Segu-
1 Segurança rança e das instituições adstritas;

h) Nomear os Assessores para as áreas que julgar


necessárias.

CAPÍTULO V 2. Exercer outras atribuições que lhe forem cometi-


das por lei.
MINISTÉRIO DA DEFESA E ORDEM
INTERNA Artigo 126.º
Substituição do Ministro
SECÇÃO I
Natureza e Atribuições O Ministro é substituído nas suas ausências e impe-
dimentos pelo membro do Governo designado pelo
Artigo 124.º Primeiro-ministro.
Natureza
SECÇÃO II
O Ministério da Defesa e Ordem Interna (MDOI) é o Estrutura Organizativa
departamento governamental que tem por objectivo
elaborar sob orientação do Governo, que dirige, a polí- Artigo 127.º
tica de defesa nacional e executá-la no âmbito das Órgãos e Serviços
competências que lhes são conferidas por lei, bem co-
mo assegurar e fiscalizar a administração das Forças 1.São órgãos e serviços do Ministério da Defesa e
Armadas, das Forças e Serviços de Segurança e insti- Ordem Interna:
tuições adstritas.
a) De consulta
Artigo 125.º
Atribuições i) Conselho Consultivo;

1. O Ministro da Defesa e Ordem Interna tem as se- ii) Conselho Superior Militar.
guintes atribuições:
b) De coordenação e apoio técnico-
a) Executar a Política de Defesa e Ordem Interna; administrativo:

b) Desenvolver estudos referentes a política refe- i) Gabinete do Ministro;


rida na alínea anterior, nomeadamente, elabo-
rando propostas de diplomas legais respeitantes ii) Direcção Administrativa e Financeira;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 599

c) De Orientação Técnica: 3. Por decisão do seu presidente, o Conselho Con-


sultivo pode funcionar por sessões, quando a natureza
i) Direcção da Política de Defesa Nacional; dos assuntos a tratar assim o justifique.

ii) Direcção de Armamento e Explosivos; 4. O Director de Gabinete do Ministro assegura os


serviços de secretariado, expediente e arquivo do Con-
iii) Gabinete de Segurança Interna. selho Consultivo.

d) De Fiscalização: Artigo 129.º


Conselho Superior Militar
i) Inspecção- Geral de Defesa e Ordem Interna.
1. O Conselho Superior Militar é o principal órgão
e) De tutela: consultivo militar do Ministro da Defesa e Ordem In-
terna.
i) Forças Armadas;
2. O Conselho Superior Militar é presidido pelo Mi-
ii) Polícia Nacional; nistro da Defesa e Ordem Interna e tem a composição
seguinte:
iii) Guarda Presidencial;
Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas;
iv) Serviço de Migração e Fronteiras;
Comandante do Exército;
v) Serviço de Informações Estratégicas;
Comandante da Guarda Costeira.
vi) Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombei-
ros. 3. O Ministro da Defesa e Ordem Interna, por sua
iniciativa ou a pedido de qualquer dos membros do
f) Adstritos ao Ministério da Defesa e Ordem In- Conselho, pode convidar quaisquer entidades a partici-
terna funcionam: par nas reuniões do Conselho em que sejam tratados
assuntos da sua especialidade.
i) Os Tribunais Militares;
4. O Conselho reúne, ordinariamente, dois em dois
ii) A Procuradoria Militar; meses e, extraordinariamente, sempre que para tal for
convocado pelo Ministro da Defesa e Ordem Interna.
iii) A Autoridade Nacional de Protecção Civil e
Prevenção de Catástrofes; 5. As competências do Conselho Superior Militar
são as fixadas no art.º 44 da Lei 8/2010-Lei da Defesa
iv) Autoridade Marítima Nacional. Nacional e das Forças Armadas.

2. A organização e o funcionamento dos órgãos refe- Artigo 130.º


ridos nos nos 3 e 4 do presente artigo são definidos em Direcção de Política de Defesa Nacional
legislação própria.
1. A Direcção de Política de Defesa Nacional
Artigo 128.º (DPDN) é o órgão de estudo e assessoria técnica no
Funcionamento âmbito das grandes linhas da política de Defesa e Or-
dem Interna especialmente no quadro estratégico das
1. O Conselho Consultivo tem reuniões ordinárias relações internacionais.
mensais e extraordinárias sempre que o Ministro o
convoque. 2. A Direcção de Política de Defesa Nacional tem as
seguintes competências:
2. Em função da ordem de trabalhos de cada reunião,
serão convocados os membros constantes na alínea g) a) Realizar estudos pluridisciplinares sobre a situ-
do artigo anterior, que nelas participarão. ação da Defesa e Ordem Interna e apresentar
600 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

propostas que contribuam para a definição e m) Assegurar a participação de São Tomé e Prín-
fundamentação das decisões superiores; cipe nas Organizações sub-regionais, regionais,
internacionais e outros fora, bem como fazer o
b) Assegurar a análise sistemática do quadro con- seguimento da implementação das resoluções,
ceptual e legal do ordenamento da Defesa e conclusões, e recomendações nelas adoptadas;
Segurança;
n) Quando considerado útil e conveniente, a
c) Assegurar o funcionamento e apoio administra- DPDN promove o intercâmbio de conhecimen-
tivo e de secretariado ao funcionamento do to com entidades nacionais e internacionais,
Conselho Superior de Defesa Nacional; congéneres ou afins.

d) Acompanhar sempre que superiormente deter- 3. A Direcção de Polícia de Defesa Nacional é diri-
minado, as realizações de carácter cultural ou gida por um director nomeado pelo Ministro, nos ter-
técnico – científico com incidência na área de mos do artigo 18.º da presente orgânica.
Defesa e Ordem Interna tais como cursos, con-
ferências e seminários; 4. A DPDN organiza-se por áreas funcionais, medi-
ante proposta do seu director.
e) Participar em grupos de trabalhos pluridiscipli-
nares e interdepartamentais cujos assuntos se Artigo131.º
relacionem com a Defesa e Ordem Interna; Direcção de Armamento e Explosivos

f) Realizar, por determinação superior, quaisquer 1. A Direcção de Armamento e Explosivos abrevia-


trabalhos no âmbito das suas competências, di- damente designada por DAE tem por missão conceber,
rectamente ou mediante recurso a especialistas propor, coordenar, executar e apoiar as actividades
ou outros serviços do Estado ou ainda median- relativas ao armamento e equipamento de defesa, e ao
te a assessoria estrangeira; património e infra -estruturas necessários ao cumpri-
mento das missões.
g) Acompanhar o desenvolvimento do vector mi-
litar e policial como componentes da Defesa e 2. A Direcção de Armamento e Explosivos (DAE)
Ordem Interna Segurança; prossegue, designadamente as seguintes atribuições:

h) Fazer esclarecimentos para a valorização do a) Contribuir para a definição, planeamento, co-


papel da defesa nacional e da segurança e dos ordenação e acompanhamento da execução das
restantes serviços do Ministério da Defesa e políticas de defesa e segurança, nos domínios
Ordem Interna junto dos sectores públicos, co- do armamento e equipamento das Forças Ar-
operativo e privado, através da divulgação e madas, das Infra-estruturas militares, policiais
debate dos grandes problemas nacionais e da e civis necessárias a defesa nacional;
conjuntura internacional, com incidência no
domínio da defesa e da Ordem Interna; b) Inventariação, Catalogação de todo o arma-
mento, infra -estruturas e equipamento destina-
i) Exercer as demais funções que lhe forem atri- do a fins de defesa e segurança;
buídas pelo Ministro;
c) Participar no processo de edificação de capaci-
j) Propor linhas de desenvolvimento da coopera- dades militares e policiais coordenando a for-
ção internacional (bilateral e A. Multilateral), mulação dos planos de armamento e de infra -
no domínio das atribuições do Ministério; estruturas enquanto instrumentos de planea-
mento, com vista à elaboração de propostas de
k) Preparar negociações relativas à celebração de lei de programação;
acordos de âmbito internacional no Domínio
específico da Defesa e Ordem Interna; d) Coordenar a elaboração das propostas de Lei
de Programação Militar e Lei de Programação
l) Assegurar a melhor colaboração com os orga- das infra-estruturas, sob anteprojectos elabora-
nismos internacionais; dos no âmbito das Forças Armadas e de Segu-
rança de acordo com as orientações Ministeri-
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 601

ais, bem como a assegurar a respectiva execu- c) Avaliar periodicamente a situação operativa,
ção e controlo; em função dos relatórios de notícias que rece-
ber e sugerir eventuais medidas profilácticas;
e) Promover, coordenar e executar, em coopera-
ção com o Estado Maior das Forças Armadas d) Manter sempre que necessário o Serviço de In-
(EMFA), com as forças de segurança, as acti- formações Estratégicas informado sobre assun-
vidades relativas à gestão do ciclo de vida lo- tos ou factos (individuo, grupo ou organização)
gístico do armamento, bens e equipamentos no tidos como suspeitos, na perspectiva de acção
que se refere aos processos sob a sua responsa- concertada;
bilidade;
e) Acompanhar e elaborar estudos sobre a situa-
f) Contribuir sempre que necessário para a defi- ção estratégica nacional e a evolução da con-
nição e execução das políticas de ordenamento juntura internacional, trabalhando toda a in-
do território e urbanismo, garantindo a salva- formação respeitante às relações estratégicas de
guarda dos interesses da defesa nacional em Defesa e Segurança;
sede de produção, alteração, revisão e execu-
ção dos instrumentos de gestão do território; f) Proceder a recolha, a análise e o arquivo de in-
formações publicadas na Imprensa nacional e
g) Estudar, propor e coordenar os actos e proce- estrangeira relacionadas com a Defesa e Ordem
dimentos relativos à constituição, modificação Interna.
e extinção de servidões militares restrições de
utilidade pública e emitir pareceres e autoriza- 2. O Gabinete de Segurança Interna é dirigido por
ções sobre licenciamentos, nos termos da legis- um director nomeado pelo Ministro, nos termos do
lação aplicável; artigo 18.º da presente orgânica.

h) Inspeccionar e controlar todos os armazéns, 3. O Gabinete de Segurança Interna organiza-se por


paióis, e outros lugares considerados de arreca- áreas funcionais mediante proposta do seu director.
dação de material letal, assim como avaliar o Artigo 133.º
estado da conservação dos mesmos. Inspecção-geral da Defesa e Ordem Interna

3. A DAE é dirigida por um director nomeado pelo 1. A Inspecção-Geral da Defesa e Ordem Interna é
Ministro nos termos do artigo 18.º do presente diplo- um serviço responsável pela fiscalização dos meios
ma. humanos, financeiros e materiais postos à disposição
das forças militares, paramilitares e serviços do Minis-
4. A DAE organiza-se por áreas funcionais, median- tério, velando pelo exacto cumprimento das leis, regu-
te proposta do seu director. lamentos e ordens em vigor.

Artigo 132.º Artigo 134.º


Gabinete de Segurança Interna Competências

1. O Gabinete de Segurança Interna é o serviço de 1. A Inspecção-Geral, compete:


apoio a Ministro na área da informação e segurança,
competindo-lhe o seguinte: a) A actividade de inspecção deverá abranger os
aspectos de natureza operacional, patrimonial,
a) Receber relatórios de notícias das Forças e logística, administração financeira e recursos
Serviços dependentes do Ministério e aglutina- humanos do Ministério e das unidades deles
los em relatórios de informação; dependentes;

b) Solicitar sempre que necessário, informações b) Avaliar o grau de eficácia geral das unidades
subsequentes que visem esclarecer devidamen- militares e paramilitares, assim como dos ser-
te os assuntos evocados; viços;
602 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

c) Propor medidas conducentes ao constante aper- Artigo 136.º


feiçoamento das forças militares, paramilitares Atribuições
e serviços dependentes do Ministério;
1. O Ministério da Justiça, Administração Pública e
d) Manter o Ministro permanentemente informa- Direitos Humanos tem as seguintes atribuições:
do sobre o grau do cumprimento dos planos
sectoriais dependentes do Ministério, assim a) Promover a adopção das medidas normativas
como recomendar medidas de correcção e ajus- ajustadas à prossecução das políticas de justiça
tes; definidas pela Assembleia Nacional e pelo Go-
verno, bem como assegurar o estudo, elabora-
e) Averiguar, nos casos legalmente previstos ou ção e acompanhamento da execução das medi-
determinados superiormente o cumprimento das normativas integradas na área da justiça;
das obrigações impostas por lei aos organismos
e serviços dependentes do Ministério; b) Prestar assistência técnico-jurídica ao Governo
e aos organismos da administração central do
f) Proceder a inquéritos e sindicâncias; Estado;

g) Efectuar estudos e exames periciais e elaborar c) Assegurar o funcionamento adequado do sis-


pareceres ou relatórios informativos no âmbito tema de administração da justiça no plano judi-
das suas atribuições; ciário e nos domínios da segurança do tráfego
jurídico, da prevenção da litigiosidade e da re-
h) Realizar, por determinação superior, quaisquer solução não jurisdicional de conflitos;
outros trabalhos no âmbito das suas competên-
cias, directamente ou mediante recurso a espe- d) Formular planos de desenvolvimento e orça-
cialistas ou outros serviços do Estado de carác- mentos sectoriais e assegurar a sua execução;
ter inspectivo ou investigador;
e) Garantir mecanismos adequados de prevenção
2. A Inspecção-Geral é dirigida por um Inspector- da criminalidade, de investigação criminal, de
Chefe, equiparado a director, nomeado pelo Ministro execução de penas e de reinserção social;
nos termos do artigo 18º da presente orgânica, de entre
oficiais superiores. f) Propor diplomas sobre a matéria respeitante à
sua organização e funcionamento e outras
3. A Inspecção-Geral organiza-se por áreas funcio- normas legais pertinentes às acções da sua
nais, mediante proposta do seu Inspector-Chefe. competência;

g) Gerir os recursos humanos, financeiros e mate-


CAPÍTULO VI riais afectos à administração da justiça, sem
prejuízo da competência própria de outros ór-
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, gãos e departamentos administrativos financei-
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DIREITOS ros externos para a execução dos seus progra-
HUMANOS mas e projectos;

SECÇÃO I h) Assegurar a formação de quadros necessários


Natureza e Atribuições para o exercício de funções específicas na área
da justiça;
Artigo 135.º
Natureza i) Dirigir os serviços da administração directa e
exercer tutela e superintendência sobre os or-
O Ministério da Justiça, Administração Pública e Di- ganismos de administração indirecta integrados
reitos Humanos (MJAPDH) é o organismo da Admi- no âmbito do Ministério;
nistração Central do Estado que tem por objectivo diri-
gir, executar e controlar a política do Governo nas j) Assegurar as relações no domínio da política
áreas da Justiça, Administração Pública e dos Direitos da justiça com outros Governos e organizações
humanos.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 603

internacionais, sem prejuízo das competências SECÇÃO III


próprias dos outros Ministérios. Serviços

SECÇÃO II SUBSECÇÃO I
Estrutura Organizativa
Artigo 138.º
Artigo 137.º Inspecção - Geral da Administração Pública
Órgãos e Serviços
1. A Inspecção Geral da Administração Pública
1. O Ministério da Justiça, Administração Pública e (IGAP) é o serviço público dotado de autonomia admi-
Direitos Humanos tem os seguintes órgãos, serviços e nistrativa, responsável pelo controlo e auditoria de
instituições. gestão de toda a administração central, local e regional
do Estado nos domínios da política de recursos huma-
2. São órgãos: nos, modernização, racionalização das estruturas e
procedimentos.
a) Gabinete de Ministro;
2. A IGAP exerce a sua acção em articulação com as
b) Conselho Consultivo. inspecções sectoriais, em conformidade com a orienta-
ção definida pelo membro do Governo titular da Ad-
3. São serviços: ministração Pública.

a) Inspecção-Geral da Administração Pública; 3. A IGAP funcionará sob a dependência do membro


do Governo que tiver a seu cargo a Administração Pú-
b) Direcção da Política de Justiça; blica.

c) Gabinete dos Direitos Humanos; Artigo 139.º


Atribuições
d) Direcção Administrativa e Financeira;
1. Efectuar auditorias, sindicância, inquérito e ins-
3. São instituições: pecções com o objectivo de apreciar a legalidade dos
actos, avaliar o desempenho e a gestão administrativa e
a) Direcção Nacional da Administração Pública financeira dos serviços e organismos da administração
(DNAP); central do Estado quer directa quer indirectamente;

b) Instituto da Droga e Toxicodependência (IDT); 2. Propor a instauração de processos disciplinares;

c) Direcção-Geral dos Registos e do Notariado 3. Apreciar as queixas, reclamações e denúncias


(DGRN); apresentadas por virtude de violações da legalidade em
geral, das suspeitas de irregularidade ou deficiência no
d) Centro de Informática, Reprografia e Unidade funcionamento dos serviços;
Técnica Operacional (CIR-UTOG);
4. Verificar o cumprimento dos objectivos definidos
e) Centro de Aconselhamento Contra a Violência por programas de modernização administrativa e da
Doméstica (CACVD); adaptação as novas realidades;

f) Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e de 5. Implementar, nos termos do n.º 2 do artigo 1.º do
Reinserção Social (DGSPRS); Decreto 54/2014, os planos, metodologias e normas de
actuação;
g) Polícia Judiciaria (PJ).
6. A IGAP pode solicitar e recolher relatórios e in-
formações que repute necessários para o apuramento
de situações e esclarecimento de matérias que se ins-
crevem nas suas atribuições, podendo relacionar-se
directamente com os titulares dos organismos e servi-
604 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

ços públicos que prossigam objectivos complementa- b) Conceber, preparar, analisar e apoiar tecnica-
res; mente a execução de iniciativas, medidas legis-
lativas, políticas e programas no âmbito do MJ
7. A IGAP poderá requisitar técnicos que reputar ne- e proceder à sua avaliação;
cessários para o bom desempenho das suas actividades;
c) Elaborar pareceres e informações jurídicas e
8. Produzir relatórios de inspecção e remetê-los à prestar colaboração técnica aos organismos da
consideração do titular da pasta; Administração Central, Regional e Local do
Estado em matéria jurídica;
9. As atribuições, bem como a organização e funcio-
namento da IGAP são definidos pelo Decreto n.º d) Promover o contínuo aperfeiçoamento do sis-
54/2014, publicado no DR n.º 183 de 31 de Dezembro, tema jurídico nacional;
que aprova o Regulamento da Inspecção Geral da Ad-
ministração Pública. e) Proceder ao levantamento da legislação em vi-
gor com vista à sua avaliação, sistematização e
SUBSECÇÃO II codificação e estabelecer o plano de sua revi-
são;
Artigo 140.º
Direcção da Política de Justiça f) Proceder ao levantamento e recolha de docu-
mentação internacional que permita o estudo
1. A DPJ é dirigida por um Director, nomeado nos comparativo dos vários sistemas jurídicos;
termos da lei e é integrada por quatro Departamentos
sendo: g) Promover estudos, debates e grupos de traba-
lhos com vista a recepção e aplicação no direi-
a) Departamento de Estudos, Legislação e Re- to interno das normas contidas em convenções
forma da Justiça; e acordos internacionais adoptados pelo Esta-
do;
b) Departamento de Cooperação e Parceria;
h) Formular e propor ideias e projectos para as
c) Departamento de Informação e Consulta Jurí- Grandes Opções do Plano;
dica.
SUBSECÇÃO III i) Programar, elaborar, gerir e avaliar projectos
no sector da justiça, assente nos princípios de
Artigo 141.º política e a missão da reforma da justiça;
Departamento de Estudos, Legislação e Reforma
da Justiça j) Assegurar a recolha, utilização, tratamento e
análise da informação estatística da Justiça e
1. O Departamento de Estudos, Legislação e Refor- promover a difusão dos respectivos resultados,
ma da Justiça é o serviço da DPJ responsável pelo no quadro do sistema estatístico nacional;
apoio técnico na elaboração de estudos, preparação de
diplomas legislativos, de projectos de reforma da justi- k) Dar assessoria técnica aos aparelhos do sistema
ça, informações e pareceres, pesquisas e promoção dos de justiça na organização e tratamento dos da-
direitos e da ciência Jurídica. dos estatísticos;

2. Compete, nomeadamente, ao Departamento de l) Manter a actualização trimestral dos dados da


Estudos, Legislação e Reforma da Justiça, por delega- estatística da justiça, nomeadamente, de gestão
ção de competência: de processos, e de execução de projectos nos
diferentes aparelhos do sistema da justiça, entre
a) Conceber, elaborar leis, decretos-lei, decretos e outros;
outras disposições normativas, bem como pres-
tar colaboração técnica aos outros órgãos do m) Fazer o tratamento e a análise dos dados esta-
Estado nesta matéria; tísticos das matérias em estudo para a revisão
ou elaboração de diplomas normativos em co-
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 605

laboração com o Departamento de Estudos e acordos e resoluções dos organismos internaci-


Reforma Legislativa; onais;

n) Promover o contínuo aperfeiçoamento do sis- d) Manter e desenvolver relações com organismos


tema estatístico da Justiça; homólogos e instituições de carácter regional e
internacional, no campo da Justiça e da garan-
o) Proceder à elaboração de documentos estraté- tia dos Direitos Humanos;
gicos para o sector da Justiça;
e) Promover, em conjunto com o Departamento
p) Promover projectos de reforma legal do apare- de Estudos e Reforma Legislativa, o tratamento
lho da justiça e de promoção e protecção de di- das matérias relacionadas com os direitos hu-
reitos com base em resultados de estudos e manos;
análises estatísticas do sistema da justiça;
f) Perseguir a garantia dos direitos do Estado es-
q) Avaliar a efectividade da implementação dos tabelecidos em tratados, convenções, acordos e
acordos e convenções internacionais e propor, outros instrumentos internacionais, regionais e
quando necessário, medidas para o cumprimen- entre Estados na área da justiça;
to das recomendações no âmbito do sistema de
justiça. g) Promover e prestar apoio às medidas de coope-
ração jurídica e judiciária com outros Estados;
SUBSECÇÃO IV
h) Promover a permuta de informação, documen-
Artigo 142.º tação, experiência bem como a realização de
Departamento de Cooperação e Parceria estudos na área jurídica;

1. O Departamento de Cooperação e Parceria é o SUBSECÇÃO V


serviço da DPJ, responsável pelo apoio técnico na área
da cooperação e Parceria, pela elaboração de estratégia Artigo 143.º
e planeamento de políticas de intervenção e relação Departamento de Informação e Consulta Jurídica
com organizações e instituições nacionais, internacio-
nais, regionais e Governos estrangeiros na área da Jus- 1. O Departamento de Informação e Consulta Jurídi-
tiça. ca é o serviço da DPJ, responsável pelo apoio técnico
2. Compete, nomeadamente, ao Departamento de na área de acesso a justiça, atendimento aos cidadãos
Cooperação e Parceria, por delegação de competência: no que toca a assistência, informação, orientação sobre
os serviços jurídicos nacionais, a assistência oficiosa
a) Participar nos trabalhos preparatórios para o nos tribunais e ou junto a qualquer outro serviço para a
estabelecimento de parcerias, troca de informa- garantia dos seus direitos.
ção entre Estados, adopção de tratados, con-
venções acordos e outros instrumentos no âm- 2. Compete, nomeadamente, ao Departamento de In-
bito da Justiça ou quando haja solicitação neste formação e Consulta Jurídica, dentre outros objecto de
sentido por parte de outros organismos; regulamentação específica:

b) Proceder em conjunto com o Departamento de a) Oferecer suporte jurídico, informação e assis-


Estudos e Reforma Legislativa estudos e análi- tência e assessoria em processos aos cidadãos
se dos tratados, convenções, acordos, resolu- com fraco recurso financeiro (os declarados le-
ções e outros instrumentos emanados das orga- galmente pobres);
nizações internacionais e recomendar a
adopção, aprovação ou não, sempre que se b) Actuar em nome dos patrocinados perante os
mostre conveniente e oportuno para o país em tribunais da Justiça garantindo uma defesa jus-
geral e o sistema de Justiça em particular; ta.

c) Promover o contínuo aperfeiçoamento do sis-


tema jurídico nacional com base em recomen-
dações estabelecidas em tratados, convenções,
606 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

SUBSECÇÃO VI 5. O GDH pode propor ao Ministro da Justiça, no


âmbito das suas competências, que sejam apresentados
Gabinete dos Direitos Humanos relatórios e propostas de resolução ao Conselho de
Ministros.
Artigo 144.º
Natureza e competências SECÇÃO IV
Instituição
1. O Gabinete dos Direitos Humanos, abreviadamen-
te designado GDH, é o órgão do apoio técnico do Mi- SUBSECÇÃO I
nistério responsável pelo tratamento dos assuntos rela- Direcção Nacional da Administração Pública
cionados com o Direitos Humanos. (DNAP)

2. O Gabinete dos Direitos Humanos tem também a Artigo 145.º


incumbência de monitorizar a implementação e divul- Natureza
gação das recomendações internacionais e regionais
sobre os direitos humanos, elaborar os relatórios perió- A Direcção Nacional da Administração Pública,
dicos, divulgar e fazer esclarecimento público sobre os abreviadamente designada de DGAP, é o Serviço do
direitos e deveres dos cidadãos. Estado, integrado no Ministério da Justiça, Administra-
ção Pública e Direitos Humanos, dotado de autonomia
3. O GDH é dirigido por um Director, nomeado pelo Administrativa, a quem compete estudar, controlar,
Ministro de tutela nos termos do presente Diploma e da realizar, planificar e promover acções no âmbito da
Lei geral. Administração Pública e desencadear os mecanismos
destinados a proceder a reforma a nível Nacional tanto,
4. Cabe ao GDH: ao poder central como local.

a) Promover políticas de divulgação dos Direitos Artigo 146.º


Humanos e dos direitos e deveres cívicos dos Competências
cidadãos;
b) Fazer respeitar os tratados internacionais e re- 1. São da competência da DNAP:
gionais em matéria de Direitos Humanos que
tenham sido ratificados pela República Demo- a) Estudar e promover a organização dos serviços
crática de São Tomé e Príncipe; da Administração Pública, nomeadamente
quanto as suas estruturas orgânicas, métodos
c) Elaborar o Plano Nacional de implementação de gestão pública e simplificação de procedi-
dos Direitos Humanos e monitorizar a sua exe- mentos;
cução;
b) Promover a aplicação de medidas gerais de po-
d) Colaborar com entidades públicas e privadas, líticas da Administração Pública e o acompa-
nacionais ou estrangeiras, da área da Justiça e nhamento dos estudos para o aperfeiçoamento
dos Direitos Humanos; dos métodos de trabalho e da organização e
gestão dos meios disponíveis;
e) Monitorizar a implementação, o desenvolvi-
mento e o progresso dos direitos humanos; c) Proceder a auditorias de gestão que promovam
a aplicação das normas da administração Pú-
f) Dar parecer sobre medidas legislativas e políti- blica e recomendar medidas e acções inovado-
cas do Governo, em matéria de direitos huma- ras;
nos;
d) Apoiar o desenvolvimento do sistema informá-
g) Elaborar os relatórios decorrentes dos tratados tico;
internacionais e regionais que São Tomé e
Príncipe seja Estado-Parte, em matéria de Di- e) Definir, elaborar e propor políticas de gestão
reitos Humanos. de recursos humanos da função pública;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 607

f) Adequar o pessoal da AP as reais necessidades 2. O IDT tem as seguintes competências:


da administração;
a) Desenvolver e coordenar a formulação de polí-
g) Promover acções de formação destinadas a ticas e programas de luta contra a droga, con-
qualificação dos recursos humanos ao serviço trolar as complexas tendências e surgimento de
do Estado, em articulação com as direcções novas drogas concernente à produção, uso,
administrativas e financeiras dos ministérios; abuso e tráfico ilícito de drogas, sem prejuízo
das competências inerentes aos órgãos policiais
h) Organizar e gerir o banco de dados dos funcio- e judiciais;
nários públicos;
b) Elaborar estudos, planos estratégicos nacionais
i) Elaborar os projectos de regulamentos, normas de luta contra a droga, e outros documentos
e procedimentos para gestão de recursos hu- que lhe forem superiormente ordenados;
manos na AP, designadamente a formação do
plano de pessoal; c) Manter e desenvolver relações com os orga-
nismos homólogos e Instituições de carácter
j) Proceder a fiscalização e controlo da aplicação regional e internacional, no domínio da droga
da lei, regulamentos, normas e procedimentos promovendo a permuta de informação e docu-
de ingresso, promoção, mobilidade e avaliação mentação;
de desempenho dos funcionários e agentes na
função pública; d) Promover ao levantamento e recolha de dados
estatísticos, que permita o estudo comparativo
k) Controlar o cumprimento por parte dos demais em vários domínios da droga;
organismos da administração central do Esta- e) Realizar acções de sensibilização, informação e
do, das normas do Estatuto da Função Publica; formação no domínio da droga, a comunidade
l) Recolher, registar e encaminhar despachos e em geral sobre as consequências nefastas da
anúncios para publicação no Diário da Repú- droga no desenvolvimento harmonioso da po-
blica; pulação.

2. A DNAP é organizada por áreas funcionais ou por 3. O IDT assegurar também a Coordenação da Co-
projectos, mediante decisão do director, podendo reali- missão Nacional de Combate a Droga.
zar acções de consultoria para apoiar tecnicamente os
ministérios e serviços. 4. O IDT é dirigido por um Presidente, nomeado pe-
lo Ministro, nos termos do Estatuto da Função Pública,
3. Compete ainda a DNAP executar toda a política e organiza-se por áreas funcionais, mediante a proposta
de formação dos funcionários públicos enquanto não do seu Presidente.
for criado o Instituto nacional da Administração Públi-
ca e reunir condições técnicas materiais e humanas 5. O regime jurídico e de pessoal serão definidos em
para tal. diploma próprio.

SUBSECÇÃO II SUBSECÇÃO III


Instituto da Droga e da Toxicodependência Direcção-Geral dos Registos e do Notariado

Artigo 147.º Artigo 148.º


Natureza e competência Natureza e competências

1. O Instituto da Droga e da Toxicodependência, 1. A Direcção-Geral dos Registos e do Notariado,


abreviadamente designado IDT, é um órgão de concep- abreviadamente designada por DGRN, é o serviço do
ção e apoio técnico do Ministério responsável pela Estado, integrado no Ministério da Justiça, dotado de
elaboração de política e programas de luta contra o uso, autonomia administrativa e financeira, que tem por
abuso, consumo, trafico e combate a droga, elaboração missão dirigir, orientar e coordenar os serviços do re-
de estudos, informações e pareceres e apoio técnico no gisto do estado civil e da nacionalidade, da identifica-
domínio da droga e as demais actividades do Ministé- ção civil, dos registos predial, comercial e de bens mó-
rio. veis e do notariado.
608 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

2. As atribuições, bem como a organização e funcio- 3. O CACVD é dirigido por um Director, nomeado
namento da DGRN são definidos pelo Decreto-lei n.º pelo Ministro de tutela.
07/2017, publicado no DR n.º 82, de 13 de Junho, que Artigo 152.º
aprova o Estatuto Orgânico e do Pessoal dos Registos e Atribuições
do Notariado.
Compete o CACVD, assegurar a promoção e execu-
SUBSECÇÃO IV ção da política do Governo em matéria de prevenção,
Centro de Informática, Reprografia e Unidade controlo e combate da violência baseada em género
Técnica Operacional Legis Palop + TL (VBG) especialmente a Violência Doméstica e Famili-
ar (VDF), protecção e apoio às vítimas deste flagelo
Artigo 149.º em São Tome e Príncipe incumbindo-lhe, nomeada-
Natureza e Competências mente:

1. O Centro de Informática, Reprografia e Unidade a) Planificar as actividades de Estratégica Nacio-


Técnica Operacional Legis PALOP + TL tem a missão nal para a prevenção controlo e Combate à Vi-
de promover o estudo e o tratamento automático da olência Baseada no Género (ENCVBG);
informação correspondente às atribuições do Ministé-
rio e prestar a cooperação necessária a sua utilização b) Elaborar um conjunto de instrumentos de con-
pelos serviços. trolo e assegurar a sua coordenação, seguimen-
to e avaliação;
2. Compete também gerir a Base de Dados jurídica
oficial que contém Legislação, Jurisprudência e Dou- c) Instaurar uma parceria efectiva com os diver-
trina de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçam- sos actores de implementação da ENCVD, as-
bique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. sinando protocolos de colaboração com as en-
tidades implicadas;
Artigo 150.º
Atribuições d) Mobilizar os recursos necessários à implemen-
tação da ENCVG e garantir a utilização efici-
As atribuições do Centro de Informática, Reprogra- ente e eficaz destes recursos;
fia e Unidade Técnica Operacional estão definidos pelo
Decreto-lei n.º 08/1994, publicado no DR n.º 5, de 27 e) Realizar campanhas de Formação, Informação,
de Maio, e pelo Decreto n.º 7/2010, publicado no DR Educação, sensibilização e Comunicação, jun-
n.º 57, de 16 de Agosto. tos às comunidades, rádios e na televisão, atra-
vés de cartazes, dramatizações, teatro e apro-
SUBSECÇÃO V veitando-se outras actividades culturais com
Centro de Aconselhamento contra a Violência abrangência nacional;
Doméstica
f) Promover actividades de Comunicação para a
Artigo 151.º Mudança de Comportamento em matéria de
Natureza e competências Violência Doméstica e Familiar e das demais
formas de Violência Baseada no Género;
1. O Centro de Aconselhamento Contra a Violência
Doméstica, abreviadamente designado CACVD, é uma g) Pôr regularmente à disposição do Governo e
pessoa colectiva de direito público, com capacidade dos parceiros dados e informações fiáveis so-
jurídica própria e dotada de autonomia estatutária, ad- bre a situação das mulheres, dos homens e das
ministrativa, financeira e patrimonial que tem como crianças vítimas de Violência Baseada no Gé-
objectivo promover e contribuir para a informação, nero no País;
prevenção e apoio aos cidadãos vítimas de violência
domésticas. h) Participar nas instâncias de concertação e dis-
cussão sobre a problemática do desenvolvi-
2. O apoio prestado pelo CACVD é feito de forma mento, organizadas tanto pelo governo como
individualizada, qualificada e humanizada às vítimas pelos parceiros técnicos e financeiros, para que
de crimes, através da prestação de serviços gratuitos e as questões de Violência Baseada em Género,
confidenciais.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 609

sejam melhor tomadas em conta, para se traba- e) Serviço Administrativo e Financeiro (DAF;
lhar na vertente preventiva destas situações;
f) Departamento de Formação e de Pesquisa
i) Realizar periodicamente análises pertinentes da (DFP);
situação em todos distritos incluindo a Região
Autónoma, a fim de dotar de medidas mais g) Divisão Regional do Príncipe (DRP; e
adequadas para pôr cobro a situação;
h) Divisões Distritais (DD).
j) Promover medidas tendentes a valorizar a fa-
mília, sendo esta a célula vital para o desenvol- 2. O CACVD é dirigido por um director nomeado
vimento de qualquer sociedade ou nação; pelo Ministro de tutela.

k) Velar pela integração transversal das questões 3. As competências e demais atribuições bem como
de género em todas as políticas e programas de o funcionamento do CACVD, serão definidos em di-
desenvolvimento nacional; ploma próprio.

l) Colaborar e cooperar com as instituições naci- SUBSECÇÃO VI


onais e organizações internacionais que pro-
movam acções relativas à prevenção, controlo Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e de
e combate da violência doméstica, género, po- Reinserção Social
pulação e desenvolvimento;
m) Acompanhar, participar, e cumprir as reco- Artigo 154.º
mendações internacionais relativa á igualdade e Natureza e competências
equidade de género, dos direitos e oportunida-
des para o homem e mulher; 1. A Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e de
Reinserção Social, abreviadamente, designada por
n) Prestar contas regularmente e sempre que justi- DGSPRS, é um serviço da administração directa do
fique, ao governo, aos parceiros sobre os avan- Estado e integrado no sistema da administração da
ços e constrangimentos encontrados na imple- justiça em matéria de execução das sanções criminais e
mentação da ENCVBG em São Tome e de reinserção social dos reclusos, com dignidade de
Príncipe; e modo a permitir-lhes conduzir a sua vida de forma
socialmente responsável.
o) Promover, fomentar, apoiar e desenvolver
quaisquer outras acções que tenham como fim 2. São designadamente as competências da
os objectivos fundamentais que nortearam a DGSPRS:
criação do “CACVD”.
a) Contribuir para a definição e posterior execu-
Artigo 153.º ção da política sectorial prisional, de reinserção
Estrutura e Funcionamento social dos condenados e de prevenção da de-
linquência juvenil;
1. Para melhor funcionamento, o CACVD terá a se-
guinte estrutura: b) Garantir a articulação entre o sistema de admi-
nistração da justiça e a comunidade, de forma a
a) Gabinete do Director (GD); facilitar a reinserção dos condenados e a tornar
eficaz a prevenção da criminalidade;
b) Serviço de Registo e de Apoio à vítima
(DRAV)); c) Prestar assessoria técnica aos órgãos de admi-
nistração da justiça no âmbito da execução das
c) Serviço Psicológico e de Apoio Social penas e das medidas criminais, sempre que lhe
(DPAS); seja solicitado e a lei o preveja;

d) Serviço de informação, Apoio Jurídico e de d) Intervir e assegurar a execução das penas e


Mediação (DIAJM); medidas privativas e não privativas da liberda-
de, bem como a prisão preventiva;
610 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

e) Apresentar estudos e propostas de reforma le- em articulação com a DAF do Ministério da


gislativa no âmbito da execução das penas e Justiça responsável por aquisições.
medidas criminais;
3. Para melhor Estrutura Funcional a Direcção Geral
f) Preparar, elaborar o parecer e propor a conces- dos Serviços Prisionais e de Reinserção Social tem a
são da liberdade condicional ou do Regime seguinte Estrutura:
Aberto Voltado para o Exterior (RAVE), bem
como acompanhar a sua execução; a) Direcção Geral;

g) Celebrar protocolos ou estabelecer outras for- b) Direcção de Reinserção Social;


mas de cooperação com entidades públicas e
privadas na área da saúde, formação escolar, c) Direcção de Serviços deSegurança e Vigilân-
cia.
h) Elaborar o orçamento anual e planos plurianu-
ais de investimento para o SPRS, em especial, d) Direcção de Serviço de Apoio e Logística.
promovendo a criação e remodelação de esta-
belecimentos prisionais; 4. A DGSPRS rege-se pelo Decreto-Lei n.º 39/2011,
publicado no DR n.º 140 de 30 de Dezembro de 2011.
i) Prosseguir outras atribuições que lhe sejam
confiadas por lei ou despacho ministerial; SUBSECÇÃO VII
Polícia Judiciária
j) Dirigir as áreas de segurança e vigilância;
Artigo 155.º
k) Criar e garantir o funcionamento de um sistema Natureza e competências
de informações de segurança prisional e asse-
gurar a respectiva articulação com o sistema de 1. A Polícia Judiciária (PJ) é um órgão auxiliar da
segurança nacional interno; administração da justiça, com a inserção orgânica no
Ministério da Justiça e depende hierarquicamente do
l) Efectuar auditorias, sindicâncias, inquéritos e Ministro da Justiça, nomeadamente, no que diz respeito
inspecções como instrumento essencial à ma- à organização e gestão de recursos humanos e materi-
nutenção da ordem, disciplina e organização ais.
dos estabelecimentos prisionais;
2. São atribuições da Polícia de Investigação Crimi-
m) Coordenar, superintender e fiscalizar a organi- nal a Prevenção e a Investigação Criminal, bem como a
zação e funcionamento dos estabelecimentos coadjuvação das magistraturas nos termos previstos na
prisionais na sua dependência; Lei, nomeadamente a Lei n.º 1/2018, de 2 de Março,
Lei Orgânica da PJ.
n) Programar e gerir de forma centralizada os re-
cursos humanos, materiais e financeiros do sis-
tema prisional e de reinserção social;

o) Promover a dignificação e humanização das


condições de vida nos estabelecimentos prisio-
nais;

p) Fomentar a gestão integrada das actividades


económicas dos estabelecimentos prisionais
que enquadram a exploração das suas potencia-
lidades, visando a optimização da gestão do
sistema prisional;

q) Garantir o fornecimento e a conservação dos


equipamentos dos estabelecimentos prisionais
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 611

Organograma do Ministério da Justiça, Administração Pública e Direito Humanos

CAPÍTULO VII
612 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

MINISTÉRIO DE AGRICULTURA, PESCAS E a) Centro de Investigação Agronómica e tecnoló-


DESENVOLVIMENTO RURAL gico (CIAT);

SESSÃO I b) Centro de Aperfeiçoamento Técnico Agro-


Disposições Gerais pecuário (CATAP);

Artigo 156.º c) Centro de Apoio ao Desenvolvimento Rural


Discrição das atribuições dos sectores (CADR), composta por 4 (quatro);

É orientada por princípios de boa governação e de- d) Delegações Regionais a saber: Norte (Cidade
senvolvimento sustentável, o ressurgir do MAPDR tem de Neves); Centro (CATAP); Sul (Cidade de
como principal encargo conferir um maior grau de Santana); e Região Autónoma do Príncipe.
eficiência e operacionalidade ao funcionamento dos
seus serviços. Artigo 159.º
Secretariado Técnico permanente
Artigo 157.º
Sectores do Ministério de Agricultura, Pesca e 1. Órgão de apoio técnico e permanente ao MAPDR,
Desenvolvimento Rural cuja função visa sobretudo assegurar o normal funcio-
namento do MAPDR.
1. São sectores do Ministério de Agricultura, Pesca e
Desenvolvimento Rural: 2. A nomeação do Secretariado Técnico Permanente
e mediante Concurso Público.
a) Gabinete do Ministro;
Artigo 160.º
b) Secretario Técnico Permanente; Gabinete de Assessoria, Cooperação e
Comunicação
c) Gabinete de Assessoria, Cooperação e Comu-
nicação; 1. Órgão de apoio ao Ministro, visando apoiar e faci-
litar ao nível estratégico a tomada de decisões do Mi-
d) Conselho de Direcção; nistro sobre a matéria técnica e científica da agricultu-
ra, pecuária, floresta e desenvolvimento rural,
e) Conselho Técnico; procurando oferecer com eficácia e eficiência os servi-
ços nestas áreas com o intuito de satisfazer adequada-
f) Direcção Administrativa e Financeira; mente a enorme procura destes serviços pelos agentes
económicos.
g) Direcção de Estudo e Planeamento;
2. A componente cooperação ora associada a este
h) Direcção da Agricultura e Desenvolvimento Gabinete, visa assegurar as relações entre o Ministério
Rural; e os parceiros de desenvolvimento que atuam no sec-
tor, assim como todos os serviços de apoio a comuni-
i) Direcção das Florestas e da Biodiversidade; cação áudio visual e informação, e a relação com os
médias deverá ser assegurado por este Gabinete.
j) Direcção de Pecuário;
Artigo 161.º
k) Direcção das Pescas e Protecção dos Recursos Conselho de Direcção
Haliêuticos.
1. O Conselho de Direcção e um órgão consultivo do
Artigo 158.º Ministério que se reúne trimestralmente com o objecti-
Instituições afectas ao Gabinete do Ministro da vo de analisar o nível de funcionamento do Ministério
Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural e o cumprimento das acções programadas.

As seguintes instituições estão afectas ao Gabinete 2. São membros do conselho consultivos, os Direc-
do Ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento tores, os assessores do Ministério, os responsáveis pe-
Rural:
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 613

los organismos tutelados e os responsáveis das Delega- SUBSESSÃO II


ções Regionais.
Artigo 164.º
Artigo 162.º Direcção da Agricultura e Desenvolvimento
Conselho Técnico Rural

1. O Conselho técnico é um órgão consultivo que se 1. É um organismo do MAPDR responsável pela


reúne semestralmente, com o objectivo de analisar os concepção, formulação de políticas para os domínios
aspectos técnicos relevantes do sector. da produção agrícola, nomeadamente das culturas de
exportação, culturas hortícolas e alimentar, da protec-
2. São membros do Conselho Consultivo os quadros ção de culturas e dos solos, sua conservação, e o fo-
técnicos de idoneidade reconhecida, designados pelas mento das actividades de agro-indústria, da segurança
respectivas Direcções Técnicas do Ministério. alimentar, assim como no apoio ao desenvolvimento
rural, associativismo e cooperativismo.
SESSÃO II
Direcções 2. Compete a DADR as seguintes funções:

SUBSESSÃO I a) Articular, e orientar as Delegações Regionais


na execução das políticas aprovadas para os
Artigo 163.º domínios da produção agrícola familiar, nome-
Direcção de Estudo e Planeamento adamente das culturas de exportação, culturas
hortícolas e alimentares, da protecção de cultu-
1. A Direcção de Estudo e Planeamento é um órgão ras, dos solos e sua conservação, bem como o
central do MAPDR, que tem por missão, planear, con- fomento das actividades da pecuária, da flores-
ceber e propor a política global do Ministério e os ei- ta e de agro-indústria;
xos estratégicos de actuação sobre o domínio agro-
pecuária e da Segurança Alimentar e Nutricional, assim b) Dirigir tecnicamente todas as questões relacio-
como fazer o devido seguimento e avaliação dessas nadas com a realização de actividades que as-
políticas, ao qual são incumbidas as seguintes compe- segurem o eficiente desenvolvimento diversifi-
tências: cado da agricultura, quer no tocante a culturas
hortícolas, culturas permanentes, como nas cul-
a) Coordenar a execução das políticas de desen- turas anuais;
volvimento definidas pelo Ministério;
c) Organizar e coordenar tecnicamente todas as
b) Articular com as Direcções Técnicas e coorde- acções conducentes a promoção do desenvol-
nar as actividades das Delegações Regionais; vimento rural e fomento do associativismo e
cooperativismo sustentado do mundo rural;
c) Participar na definição e no estudo dos pro-
gramas e projectos de desenvolvimento para o d) Realizar o cadastro rural, o ordenamento e re-
sector; ordenamento agrário, e a fiscalização do uso de
terras e irrigação sustentável.
d) Assegurar a recolha, produção, tratamento e
circulação de dados relevantes para o Ministé- 3. São departamentos da Direcção de Agricultura e
rio; Desenvolvimento Rural:

e) Propor as acções concernentes para melhorar o a) Departamento para o Desenvolvimento da


processo de logística e aprovisionamento ade- Agricultura Familiar;
quado e atempado;
b) Departamento para o Desenvolvimento Rural e
f) Estabelecer os mecanismos que permitam Associativismo e Cooperativismo;
acompanhar e avaliar programas e projectos de
desenvolvimento dos vários serviços do Minis- c) Departamento de Assuntos Fundiários;
tério, comprovando a sua execução física e fi-
nanceira.
614 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

d) Departamento de Irrigação e Hidráulica Agrí- f) Promover acções e apoiar a adopção de tecno-


cola. logias que visem facilitar o trabalho feminino e
a sua integração na sociedade;
Artigo 165.º
Competência do Departamento de Apoio ao g) Promover a melhoria das infra-estruturas rodo-
Desenvolvimento da Agricultura Familiar viárias e criar corredores para o escoamento de
produção das comunidades rurais;
Compete ao Departamento de Apoio ao Desenvol-
vimento da Agricultura Familiar: h) Promover e apoiar iniciativas que visem a boa
gestão, conservação e controlo patrimonial dos
a) Desenvolver acções com vista a promover e bens públicos existentes no mundo rural;
aumentar a produção de bens alimentares e de
exportação no quadro de culturas seleccionadas i) Proceder a recolha de informações (estatísticas
e consideradas mais representativas do ponto agrícolas) nas comunidades rurais e em outros
de vista da sua adaptabilidade agro-geológica; sectores agrícolas.

b) Conceber e implementar programas, projectos Artigo 167.º


e campanhas de apoio à produção de transfor- Competência do Departamento de Assuntos
mação de produtos agrícolas; Fundiários

c) Promover a criação de condições infra- Compete ao departamento de Assuntos Fundiários:


estruturais em todas as zonas com potenciali-
dades de produção de alimentos e de culturas a) Proceder a distribuição das terras e a redistri-
de exportação; buição das áreas abandonadas;

d) Apoiar os produtores na comercialização dos b) Seguimento e controlo de uso das terras distri-
produtos locais. buídas e a criação de uma base de dados;

Artigo 166.º c) Organizar o cadastro rural;


Competência do Departamento para o apoio ao
Desenvolvimento Rural, Associativismo e d) Digitalizar as cartas das terras distribuídas;
Cooperativismo
e) Elaborar os Títulos de Posse de terras distribu-
1. Compete ao Departamento para o Apoio ao De- ídas.
senvolvimento Rural e Associativismo e Cooperati-
vismo: Artigo 168.º
Competência do Departamento de Irrigação e
a) Coordenar e estimular as actividades de coope- Hidráulica Agrícola
rativismo;
Compete ao Departamento de Irrigação e Hidráulica
b) Articular com as outras organizações as activi- agrícola:
dades inerentes a promoção de actividades no
meio rural; a) Levantamento e identificação da necessidade
de rega;
c) Promover e participar em todas as iniciativas
de melhoria do estado de higiene nas comuni- b) Participar nos estudos de irrigação;
dades rurais;
c) Implementar juntamente com Centro de Apoio
d) Apoiar na extensão da administração do Esta- ao Desenvolvimento Rural o sistema de gestão
do; eficiente da água para rega;

e) Apoiar em todas as acções que visem a melho- d) Fiscalização permanente juntamente com Cen-
ria socioeconómica e que contribuam para o tro de Apoio ao Desenvolvimento Rural os sis-
desenvolvimento; temas de rega instalados.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 615

Subsessão III ção dos produtores e criadores, promoção de cursos e


de acções de vulgarização para os pequenos agriculto-
Artigo 169.º res, realização de palestras e seminários sobre temas
Direcção das Florestas e da Biodiversidade específicos.

Organismo do MAPDR responsável pela execução SUBSESSÃO VII


das políticas aprovadas para o domínio do fomento
florestal e da biodiversidade, fiscalização, estatística e Artigo 173.º
fomento da indústria de produtos florestais (lenhoso e Centro de Apoio ao Desenvolvimento Rural
não lenhoso), assim como coordenar as actividades do (CADR) e as Delegações Regionais
Parque Nacional Obô de São Tomé (PNOST).
1. O Centro de Apoio ao Desenvolvimento Rural
SUBSESSÃO IV (CADR) e as Delegações regionais são organismos que
articulam as suas acções com as direcções técnicas
Artigo 170.º respectivas (Direcção da Agricultura e Desenvolvimen-
Direcção da Pecuária to Rural, Direcção da Floresta e da Biodiversidade,
Direcção das Pescas, Projectos, e outras instituições), e
Organismo do MAPDR com a incumbência de pro- respondem perante a Direcção de Estudo e Planeamen-
mover a elaboração e coordenação de acções de âmbito to, sendo responsável pela área da Assistência Técnica
nacional da defesa sanitária dos animais e higiene pú- e de Extensão Rural (ATER). Todas as delegações
blica veterinária bem como elaborar normas orientado- regionais deverão ter nas suas estruturas, uma célula de
ras e fornecer o apoio técnico necessário ao formato da agricultura e desenvolvimento rural, uma célula da
produção animal e melhoramento zootécnico das espé- Pecuária e outra para as Florestas e biodiversidade. No
cies, garante o acesso a assistência técnica, sobretudo caso dos distritos com potencial pesqueiro, propõe-se
aos criadores economicamente mais desfavorecidos, igualmente uma célula para lidar com esta matéria. Os
salvaguardando a saúde pública veterinária em concer- Delegados regionais devem possuir uma formação
tação com a Direcção de Cuidados de Saúde do Minis- média ou superior em Agronomia, ou áreas a fins e a
tério de Saúde. sua categoria será equivalente ao de Coordenador.

SUBSESSÃO V 2. Compete ao Centro de Apoio ao Desenvolvimento


Rural (CADR):
Artigo 171.º
Centro de Investigação Agro Tecnológica (CIAT) a) Coordenar e executar as actividades de Assis-
tência Técnica e Extensão Rural em todo terri-
Instituição com autonomia administrativa e financei- tório nacional conforme as directrizes do pro-
ra vocacionada para a investigação no domínio agro- grama do Governo para o Sector Público da
nómico e divulgação dos resultados, com vista ao au- Agricultura e Pescas;
mento da produção, produtividade e diversificação da
produção agro-silvo-pastoril. Por outro lado, esta Insti- b) Elaborar o plano anual de assistência técnica e
tuição está vocacionada para realização de trabalhos de extensão rural, aos produtores, e pescadores,
investigação aplicada na área de Segurança Alimentar, em estreita colaboração com as Direcções Téc-
Nutricional e Qualidade de Vida em estreita colabora- nicas do MAPDR;
ção com a Direcção de Estudos e Planeamento e a Di-
recção de Apoio a Desenvolvimento da Agricultura. c) Preparar e Submeter a Tutela os seus respecti-
vos orçamentos anuais de actividades;
SUBSESSÃO VI
d) Participar e ou colaborar nos estudos ou nas
Artigo 172.º prestações de serviços destinados ao mundo ru-
Centro de Aperfeiçoamento Técnico ral;
Agro-pecuário (CATAP)
e) Participar na implementação das acções de
Instituição com autonomia administrativa e financei- crédito Rural;
ra vocacionada para a capacitação de quadros técnicos
do MADR, formação técnico-profissional e capacita-
616 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

f) Fazer o acompanhamento das actividades das d) Apreciar as questões relativas à política de


Organizações Não-Governamentais e outras formação de quadros da Direcção;
instituições que desenvolvem acções no mundo
Rural; e) Pronunciar-se sobre os planos de acção pluria-
nuais, anuais e mensais a desenvolver pela Di-
g) Colaborar com as instituições de pesquisa e recção, coordenando e controlando o seu cum-
formação no domínio de extensão e vulgariza- primento.
ção agrícola;
3. O Conselho Direcção é composto pelo Director
h) Desenvolver conjuntamente com o Departa- que a preside, os chefes de departamentos e serviços da
mento de Associativismo e cooperativismos Direcção. Têm também assento no Conselho de Direc-
acções de sensibilização sobre diversas temáti- ção (alargado) os técnicos com afinidades funcionais.
cas que afectam o mundo rural;
4. O Conselho de Direcção tem reuniões ordinárias
i) Reportar a Tutela quaisquer eventuais proble- mensais e extraordinárias sempre que as necessidades
mas ou conflitos sobre factos agro-pecuário, exigirem e o Director o convoque, em função da ordem
florestal e fundiário na sua área de jurisdição; do dia de trabalhos de cada reunião do Conselho do
Direcção, serão convocados os membros constantes
j) Elaborar anualmente e submeter a tutela as ne- nos n.º 2 e 3.
cessidades de insumos agrícolas, e proceder a
comercialização dos mesmos; Artigo 175.º
Conselho Técnico
k) Submeter os Relatórios trimestrais de execução
das actividades à DEP. 1. O Conselho técnico é também um órgão de natu-
reza consultiva com as seguintes atribuições:
3. E outras funções que lhe forem orientadas pela
Tutela. a) Examinar e pronunciar-se sobre as actividades
programadas por diversos departamentos de
SUBSESSÃO VIII ponto de vista técnico e analisar o desenvolvi-
mento e o cumprimento das mesmas, detectan-
Artigo 174.º do as deficiências e as dificuldades, fazendo
Direcção das Pescas e Recursos Haliêuticos recomendações para o seu correcto funciona-
mento;
1. São órgãos e serviços da Direcção das Pescas e
Recursos Haliêuticos: b) Analisar os dados estatísticos e de decisão e es-
tabelecer a coerência das informações a publi-
a) Director; car;

b) De consulta. c) Cooperar na definição e formulação, acompa-


nhamento e avaliação da política nacional no
2. O Conselho de Direcção é o órgão de natureza domínio pesqueiro e no desenvolvimento co-
consultiva com as seguintes competências: munitário, promovendo os mecanismos para
sua eficiente materialização, respeitando o có-
a) Cooperar na definição de linhas gerais de acção digo de conduta para a pesca responsável.
da Direcção, nomeadamente nos seus objecti-
vos estratégicos; 2. O Conselho técnico tem reuniões ordinárias tri-
mestrais e extraordinárias sempre que houver necessi-
b) Dar parecer meramente consultivo as políticas dade e o presidente o convoque;
desenvolvidas;
3. Tomam parte no Conselho os técnicos afectos a
c) Examinar e pronunciar-se sobre execução das todos departamentos e serviços.
principais decisões relacionadas com activida-
de da Direcção;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 617

Artigo 176.º d) Apoiar na elaboração e na implementação de


De coordenação Técnico – Administrativa políticas de desenvolvimento da pesca artesa-
Secretaria nal e semi-industrial, com a criação de condi-
ções para a viabilidade sobre a introdução de
1. Secretaria da Direcção das Pescas assegura todos sistemas de micro financiamento para apoiar e
os serviços administrativos e financeiros, expedientes e facilitar as actividades empresariais (pescado-
arquivos de diversos processos, gerir os edifícios e res, armadores, comerciantes, carpinteiros na-
equipamentos afectos à Direcção, assegurando a sua vais, etc.);
manutenção e inventariação nos termos da lei, assim
como elaborar e gerir a verba atribuída pelo OGE, bem e) Reorganizar associações e ou promover coope-
como outros fundos, assegurar a gestão e promoção do rativismo nas comunidades piscatórias;
pessoal, organizar o sistema de contabilidade nos ter-
mos da lei SAF, prestar apoio administrativo e logísti- f) Estabelecer parcerias com ONG’s e acompa-
co aos diversos órgãos e serviços, etc. nhar as suas actividades junto as comunidades
piscatórias do país;
2. A Direcção é dirigida por um Director(a) que su-
perintende em todos os seus serviços, coordenando-os, g) Desenvolver animação e sensibilização no seio
submetendo ao despacho do Ministro de Tutela tais das comunidades piscatórias perante boa práti-
com: ca de pesca responsável, de comercialização,
higiene e tratamento do pescado para consumo
a) Departamento de Pesca Artesanal e Desenvol- humano;
vimento Comunitário;
h) Velar pelo abastecimento e controlo regular
b) Departamento de Pesca Industrial e Ordena- dos materiais e apetrechos de pesca, de forma a
mento Pesqueiro; apoiar os pescadores com meios de produção
para satisfação das suas necessidades laborais;
c) Departamento de Investigação, Protecção dos
Recursos e Aquacultura; i) Elaborar e fazer seguimento de projectos de
desenvolvimento para a pesca artesanal e semi-
d) Departamento e Inspecção e Controlo Sanitá- industrial;
rio.
j) Facilitar o intercâmbio entre as diferentes co-
Artigo 177.º munidades;
Departamento de Pesca Artesanal e
Desenvolvimento Comunitário k) Colaborar com os serviços da Capitania dos
Portos nas campanhas de fiscalização e opera-
1. Compete ao Departamento de Pesca Artesanal e ções de socorro e vulgarizar a utilização de
Desenvolvimento Comunitário: dispositivos de localização das embarcações ar-
tesanais;
a) Realizar estudo de viabilidade sobre a introdu-
ção de novos tipos de embarcações (pesca arte- l) Divulgar as informações meteorológicas do es-
sanal e semi-industrial) e novas tecnologias de tado do mar aos pescadores com o apoio das
conservação e métodos de pesca (maior nave- instituições vocacionadas para tal;
gabilidade das embarcações);
m) Zelar na implementação do processo de crédito
b) Promover a utilização e materiais alternativos as palayês e pescadores assim como o segui-
como contraplacado marítimo, madeira em tá- mento para reembolso;
bua, fibra de vidro e desenhos mais seguros na
construção de embarcações; n) Monitorizar as comunidades piscatórias e pro-
por medidas para elaboração de programas ou
c) Melhorar e construir as infra-estruturas de pro- projectos de desenvolvimento socio económi-
dução, de conservação, de desembarque e ou- co.
tras de apoio à actividade pesqueira;
618 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 178.º Artigo 179.º


Departamento de Pesca Industrial e Departamento de Investigação, Protecção dos
Ordenamento Pesqueiro Recursos e Aquacultura

Compete ao Departamento de Pesca Industrial e Or- Compete ao Departamento de Investigação, Protec-


denamento Pesqueiro: ção dos Recursos e Aquacultura:

a) Assegurar aplicação das normas legais das pes- a) Proceder à recolha, tratamento e divulgação re-
cas e efectuar sempre que necessário a revisão gular dos dados estatísticos de pesca, com vista
das mesmas; à melhoria dos conhecimentos sobre o estado
de exploração dos recursos haliêuticos;
b) Introduzir regulamentos não discriminatórios
contendo obrigações das embarcações nacio- b) Promover gestão equilibrada e orientar estudos
nais e estrangeiras quanto a concessão de li- científicos para conhecimento (avaliação) da
cenças de pesca, acesso à zona de pesca, obri- biomassa existente e garantir a sua preservação
gações relativas a comunicação sobre relatórios e gestão estável;
de capturas, desembarques e emprego de naci-
onais); c) Preparar e publicar catálogos das espécies
identificadas;
c) Licenciar as actividades de exploração dos re-
cursos pesqueiros e as actividades de operações d) Desenvolver a aquacultura com critérios base-
conexas e assegurar os mecanismos de cobran- ados na sustentabilidade, e aproveitar os recur-
ças das respectivas taxas assim como emitir pa- sos hídricos (naturais) ou em meios marinhos;
receres sobre o pedido de licenças de pesca;
e) Cooperar e participar com outras instituições
d) Influenciar na tomada de decisões para imple- nacionais e/ou estrangeiras em campanhas de
mentação das recomendações extraídas das or- investigação ou cientificas na nossa ZEE;
ganizações regionais e internacionais de pesca
(ICCAT,COMAFAT,COREP, etc.); f) Promover conferências, ateliers e outras acções
técnicas científicas para divulgar os resultados
e) Participar na preparação de acordos de pesca dos estudos e publicar informações e documen-
industrial e respectiva negociação; tações sobre o conhecimento dos recursos ha-
liêuticos;
f) Propor modelos de desenvolvimento de pesca
industrial, incentivando criação de empresas de g) Velar pela protecção do meio ambiente aquáti-
pesca, com base em projectos coerentes de de- co e costeiro, em colaboração com outras insti-
senvolvimento; tuições de acordo com a lei em vigor;
h) Promover seminários de sensibilização com os
g) Zelar pela formação de observadores, inspecto- pescadores e os demais intervenientes na acti-
res e consequente integração nos navios da vidade pesqueira para adquirirem conhecimen-
pesca industrial; tos quanto à importância da biodiversidade, a
h) Assegurar a fiscalização das actividades de dinâmica dos recursos e a sua preservação so-
pesca na ZEE santomense, proceder à instrução bretudo à melhor compreenderem a lógica da
dos processos de infracção de pesca e à co- regulamentação participando de foram constru-
brança das multas aplicadas; tiva na sua concepção e no rigoroso cumpri-
mento;
i) Assegurar o registo das estáticas de capturas
efectuadas pelos navios e propor as respectivas i) Propor ao Ministério de Tutela medidas para
medidas de gestão em colaboração com o de- reforçar as capacidades de gestão sobre o esta-
partamento de Investigação e c dos recursos; do de exploração dos recursos após os resulta-
dos dos dados estatísticos ou de avaliação dos
j) Propor a distribuição dos Totais Admissíveis recursos;
de Captura (TAC) das pescas industrial e outas.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 619

j) Sensibilizar os operadores do sector das pescas Artigo 180.º


sobre os impactos ambientais, principalmente Departamento de Inspecção e Controlo Sanitário
na pesca industrial;
Compete ao Departamento de Inspecção e Controlo
k) Desenvolver estruturas de cooperação e um Sanitário:
processo consultivo na tomada de decisão rela-
tivas ao ambiente e as pescas para definição de a) Realizar inspecções das instalações de conser-
áreas protegidas, proibição da pesca com o vação e ou transformação, nos navios de pesca,
apoio das ONGs e Organizações Comunitárias nos quais onde são manuseados produtos de
de Base, etc.; pesca e seus derivados de acordo com as exi-
gências regulamentadas pela Codex Alimentar
l) Proceder juntamente com a Direcção Geral do quer para exportação ou para mercado domés-
Ambiente à caracterização dos principais pro- tico e emitindo o respectivo certificado;
blemas ambientais da orla costeira, incluindo
as questões de estabilidade da linha costa, de- b) Inspeccionar e controlar a qualidade higiénico
gradação dos ecossistemas costeiros e estuá- sanitário dos produtos derivados da pesca para
rios, alterações provocadas pelo desenvolvi- consumo humano, de acordo com lei vigente;
mento urbano, alterações climáticas, pela
aquicultura e processamento do pescado; c) Atribuir certificados sanitários aos estabeleci-
mentos em terra ou aos navios, fabricas para
m) Sensibilizar e divulgar informações aos agentes exportação dos produtos de pesca;
económicos relativamente as restrições que se
colocam à utilização da orla costeira e sua fun- d) Proceder à emissão de Certificados Sanitários,
damentação (extracção de inertes das praias, Declarações de Verificação e Boletins de Ins-
construção sobre a linha de costa, extracção de pecção;
mangais) e, quando possível, à utilização de
método e praticas alternativas de minimização e) Assegurar a fiscalização de qualidade sanitária
de impactos; dos produtos de pesca, realizar a instrução dos
processos de infracção e proceder à cobrança
n) Promover a criação de áreas de protecção das das multas aplicadas;
zonas costeiras e estuarinas de forma a assegu-
rar a sua preservação ambiental, tendo em con- f) Publicar de acordo com as condições higiéni-
ta a sua importância para a biodiversidade (zo- co-sanitárias a lista de embarcações e estabele-
nas de desova e habitat de juvenis, refúgio de cimentos autorizadas a pescar, comercializar e
fauna selvagem, flora sensível) assim como conservar de pescado;
áreas marinhas protegidas;
g) Colaborar no registar barcos congeladores com
o) Colaborar com a Direcção Geral do Turismo outras instituições competentes;
no sentido de promover o ecoturismo ligados
às praias, observação de tartarugas, cetáceos, e h) Suspender licenças caso de incumprimento su-
de toda fauna e flora marinha e áreas protegi- cessivo das normas sanitários em vigor;
das bem como emprego alternativo para as co-
munidades pesqueiras; i) Reforçar a cooperação com Organismos Inter-
nacionais e Regionais de controlo de qualidade,
p) Participar e colaborar na fiscalização das ac- comercio/exportação de produtos de pesca e
ções de sancionamento de poluição não- seus derivados;
acidental com hidrocarbonetos ou águas de ba-
lastro com sectores competentes e colaborar na J) Coordenar e executar as actividades de inspec-
gestão de Resíduos sólidos nas orlas costeiras; ção dos produtos de pesca e os estabelecimen-
tos de processamento e conservação;
q) Elaborar e implementar o recenseamento da
pesca artesanal no mínimo bienalmente do sec- k) Assegurar o funcionamento dos Laboratórios
tor pesqueiro. de inspecção dos produtos de pesca.
620 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Quadro 1 – Descrição dos órgãos do MADR

Direcções Departamentos Divisões / Secções


Ministro
Gabinete do Ministro GM
Secretariado Técnico
permanente
 Assessoria de Comunicação
Gabinete de Assessoria,
 Assessoria Técnica (Agropecuária, Jurídica)
Cooperação e Comunica-
 Cooperação
ção (GACC)

1) Departamento de Estatísticas e  Estatística e segurança Alimentar;


Segurança Alimentar  Conceção e Formulação de Programas e
Direcção de Estudo e Pla-
2) Departamento de Fomento, Políticas Publicas;
neamento-DEP
Segmento e Avaliação de Pro-  Seguimento e Avaliação dos Projectos.
gramas e Projectos
a) Secção de Serviços Administrativos
1) Departamento dos Serviços Ad- b) Secção de Recursos Humanos
ministrativos, Recursos Huma- c) Secção de Património
nos e Património
Direcção Administrativa e
Financeira-DAF a) Secção de Elaboração e Execução Orça-
mental
2)Departamento dos Serviços Finan-
b) Secção de Programação e Execução Finan-
ceiros
ceira
c) Secção de Contabilidade
1)Departamento de Apoio ao Desen- 1)
volvimento da Agricultura Familiar; a)Secção de Culturas de exportação;
b)Secção de culturas hortícolas e alimentares;
2)Departamento de Apoio ao Desen- Secção de Protecção das Culturas e de Solos;
volvimento Rural e Associativismo e d)Secção de Fomento da Agro-indústria;
Cooperativismo; 2)
a) Seção Desenvolvimento Rural, Cooperativismo e
Direcção da Agricultura e
3)Departamento de Assuntos fundiá- Associativismo;
Desenvolvimento Rural
rios; b) Secção de Coordenação das ONGs;
3)
4)Departamento de Irrigação e Hi- a) Inspecção, informação e digitalização;
dráulica Agrícola; b)Cartografia e Topografia.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 621

1) Departamento de Fomento
a)Célula administrativa e financeira;
da indústria de produtos florestais
2) Departamento de Fiscaliza-
Direcção das Florestas e ção, Controlo e Estatísticas
da Biodiversidade-DFB 3) Departamento de Fomento
Florestal;
4) Departamento do Parque
Obô;

1) Departamento de Saúde
Animal e Vigilância Epidemiológica
2) Departamento de Fiscaliza-
Direcção da Pecuário-DP
ção e Saúde Pública Veterinária
3) Departamento Fomento Pe-
cuário

Quadro 2 - Descrição das Instituições tuteladas

Designação Departamentos Divisões/Secções


a) Contabilidade
b) Serviços Gerais
1) Administração e Finanças
c) Património e Manutenção
Direcção Geral do Centro 2) Científico
d) Agronomia
de Investigação Agronómi-
e) Entomologia
ca e Tecnológica-CIAT
f) Fito patologia
g) Informação e documentação
h) Cooperação externa
1) Departamento da Coordenação Didáti-
ca
Centro de Aperfeiçoamen-
2) Departamento da Coordenação da
to Técnico Agro-Pecuário-
Administrativo e Gestão
CATAP
3) Departamento de Coordenação da Pro-
dução Agro-pecuária
a) Norte a)Agricultura e desenvolvimento ru-
b) Centro ral;
Delegações Regionais c) Sul; b) Pecuária;
f) Região Autónoma do Príncipe-RAP c) Floresta;
d) Pesca
622 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

CAPÍTULO VIII orientações para o serviço público de publica-


ção do Diário da República;
MINISTÉRIO DA PRESIDÊNCIA DO
CONSELHO DE MINISTROS E DOS ASSUNTOS f) Gerir as infra-estruturas de comunicação inter-
PARLAMENTARES na do Governo e incrementar e apoiar o desen-
volvimento das valências de governo electróni-
SECÇÃO I co (e-government), designadamente aquelas
Natureza e Atribuições relativas à desmaterialização de procedimentos
e à certificação e segurança das comunicações;
Artigo 181.º
Natureza g) Assegurar formas de relacionamento do Go-
verno com os cidadãos e as instituições da so-
1. O Ministério da Presidência do Conselho de Mi- ciedade civil.
nistros e dos Assuntos Parlamentares, abreviadamente
designado MPCMAP, é o Departamento Central do 2. A PCMAP prossegue as suas atribuições através
Governo que tem por missão prestar apoio ao Conselho de serviços integrados na administração directa do
de Ministros, ao Primeiro-Ministro e aos demais Mem- Estado, de organismos integrados na administração
bros do Governo, e promover a coordenação intermi- indirecta do Estado, de órgãos consultivos, de outras
nisterial dos diversos departamentos governamentais, e estruturas e de entidades integradas no sector empresa-
é ainda responsável ela elaboração, direcção, execução rial do Estado, entre outros.
e controlo da política do Governo nas Áreas dos As-
suntos Parlamentares. Artigo 183.º
Direcção e competência
2. No âmbito das suas competências o Ministério as-
segura ainda as relações institucionais entre o Governo O MPCMAP é dirigido pelo Ministro que por ele
e o Presidência da República, Assembleia Nacional, a responde politicamente, e tem as seguintes competên-
Comissão Eleitoral Nacional e o Governo Regional. cias:

Artigo 182.º a) Representar o Ministérios perante outras auto-


Atribuições ridades;

1. Na prossecução da sua missão, são atribuições do b) Promover a adopção das medidas normativas
PCMAP: ajustadas à prossecução das políticas definidas
pela Assembleia Nacional e pelo Governo, bem
a) Assegurar o regular funcionamento do Conse- como assegurar e acompanhar a execução das
lho de Ministros; medidas normativas integradas na área do po-
der local;
b) Desenvolver o planeamento estratégico neces-
sário à execução do Programa do Governo; c) Formular, promover e executar os programas e
projectos relacionados com as suas atribuições;
c) Promover a coordenação interministerial entre
os diversos departamentos governamentais; d) Propor diplomas sobre a matéria respeitantes à
sua organização e funcionamento e outras
d) Assegurar a prestação de apoio jurídico, infor- normas legais pertinentes às acções da sua
mativo, técnico e administrativo ao Primeiro- competência;
Ministro, ao Conselho de Ministros e aos de-
mais membros do Governo integrados na e) Gerir os recursos financeiros para a execução
PCMAP; dos seus programas e projectos;

e) Coordenar o procedimento de aprovação e pu- f) Exercer outras atribuições que lhe forem come-
blicação de diplomas, assegurando o controlo tidas por Lei.
de qualidade dos actos normativos do Governo,
as diligências necessárias em sede de audições
a entidades públicas e privadas e a fixação das
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 623

SECÇÃO II d) Prestar ao Conselho de Ministros, ao Primeiro-


Estrutura rganizativa ministro, aos Ministros e a demais membros do
Governo a assistência administrativa que lhe
Artigo 184.º seja solicitada, assegurando ainda todo o apoio
Órgãos e serviços informativo, técnico, administrativo e docu-
mental que lhe for solicitado;
1. O MPCMAP tem a seguinte composição:
e) Assegurar o expediente e comunicação com os
a) Gabinete do Ministro; restantes ministérios respeitante às matérias de
apreciação do Conselho de Ministros, orientar,
b) Director de Gabinete; coordenar e acompanhar a execução e o cum-
primento das medidas de política da competên-
c) Gabinete dos Assuntos Parlamentares e Assis- cia do Ministro;
tência ao Conselho de Ministros;
f) Elaborar em articulação com os diferentes ór-
d) Assessores; gãos e serviços os relatórios, planos anuais,
plurianuais e o plano anual de rotatividade dos
e) Secretária; funcionários do Ministério, estudos sobre a ra-
cionalização do património, dos recursos hu-
f) Motorista Ligeiro Principal. manos e financeiros, bem como no que se refe-
re ao aperfeiçoamento da orgânica e
2. O MPCMAP exerce a tutela sobre o INIC – Insti- funcionamento do Ministério a serem submeti-
tuto de Inovação e Conhecimento. dos a aprovação do Conselho Consultivo;

SUBSECÇÃO I g) Emitir declarações, notas de imprensa e infor-


mações sobre assuntos relevantes da política
Gabinete dos Assuntos Parlamentares e Ministerial;
Assistência ao Conselho de Ministros
h) Participar nas reuniões do Conselho de Minis-
Artigo 185.º tros;
Natureza e competências
i) Desempenhar outras funções que lhe sejam
Compete ao Gabinete dos Assuntos Parlamentares e cometidas pelo Ministro, designadamente a
Assistência ao Conselho de Ministros: prática de actos administrativos por delegação.

a) Assistir o Ministro da Presidência do Conselho SUBSECÇÃO II


de Ministros e dos Assuntos Parlamentares, Secretário de Estado para a Comunicação Social
prestando-lhe a assessoria geral e especial, tan-
to em questões de natureza intersectorial como Artigo 186.º
em matéria de estudos, planeamento e na for- Natureza e competências
mulação da política do Governo nos domínios
das atribuições do Ministério e representá-lo 1. É o responsável pela concepção, execução, coor-
sempre que indigitado; denação e avaliação da política defendida e aprovada
pelo Conselho de Ministros para os domínios da Co-
b) Assegurar a coordenação, compatibilidade e in- municação Social e responde perante o Ministro da
tegração dos sistemas de informação e docu- Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Par-
mentação, bem como a gestão eficiente e ex- lamentares.
pansão dos meios informáticos e das redes de
comunicação; 2. É apoiado por um Gabinete constituído por um
Director de Gabinete, um Secretário e um Motorista.
c) Submeter ao Ministro as matérias e assuntos de
apreciação do Conselho de Ministros; 3. Tem competência delegada para exercer a tutela
directa sobre as seguintes Instituições e serviços e as
respectivas Delegações Regionais:
624 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

a) TVS - Televisão São-Tomense; prosseguimento dos estudos quer à integração estável


na vida activa.
b) RNSTP – Rádio Nacional de STP;
Artigo 188.º
c) STP-Press – Agencia de notícias de STP; Missão

d) Direcção de Inovação Tecnológica e Emisso- O Ministério da Educação e Ensino Superior tem


res. como missão definir, executar e avaliar as políticas
nacionais de educação, ensino superior, investigação e
4. É criada a Direcção de Inovação Tecnológica e desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Emissores que será regulamentada por Diploma Pró-
prio. Artigo 189.º
Atribuições
CAPÍTULO IX
1. São atribuições do Ministério da Educação e En-
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E ENSINO sino Superior:
SUPERIOR
a) Formular políticas da educação e do ensino su-
SECÇÃO I perior;
Natureza, Missão e Atribuições
b) Promover a igualdade de oportunidades e equi-
Artigo 187.º dade à todos os cidadãos no acesso à educação
Natureza e ao ensino superior, garantindo a eficácia do
sistema educativo;
1. O Ministério da Educação e Ensino Superior,
abreviadamente designado por (MEES), é o organismo c) Criar condições para formação e capacitação
da Administração Central do Estado responsável pela dos cidadãos, conferindo-lhes conhecimentos,
concepção, execução, coordenação e avaliação da polí- científicos, técnicos, culturais sólidos e assegu-
tica definida pelo Governo para os sectores da Educa- rar o acesso crescente ao ensino superior, ciên-
ção e Ensino Superior. cia e tecnologia;

2. No âmbito da responsabilidade referida no núme- d) Criar normativos e regulamentos das activida-


ro anterior, o MEES prepara e executa a política nacio- des de educação e ensino superior;
nal de educação, formação e ensino superior, exercen-
do a administração educativa na componente de e) Planificar, monitorar e avaliar as actividades de
orientação pedagógica e didáctica e na componente de educação e do ensino superior;
administração do sistema educativo.
f) Promover a melhoria da qualidade da educação
3. A administração escolar compreende, para além e do ensino superior, com vista a promoção do
da função de gestão de recursos, em coerência com o sucesso escolar;
regime de autonomia, administração e gestão de esco-
las, as funções de concepção, de planeamento, de regu- g) Desenvolver a formação inicial, contínua e em
lação, de avaliação e de inspecção do sistema educati- exercício de agentes da educação e do ensino
vo. superior;

4. No âmbito da política nacional relativa ao sistema h) Promover programas de pós-graduação, desig-


educativo, o MEES é responsável, sem prejuízo das nadamente, mestrado e doutoramento;
competências de outros departamentos governamen-
tais, pela articulação entre a política nacional de educa- i) Promover o acesso e qualidade da educação de
ção e a política nacional de formação vocacional, pre- jovens e adultos;
parando e executando ambas de forma integrada, com
o objectivo de assegurar aos alunos e formandos, ao j) Desenvolver programas de alimentação, saúde
longo da vida, uma formação plena e a obtenção das e desporto escolar, educação especial, activida-
aprendizagens e competências necessárias, quer ao
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 625

des extracurriculares e temas transversais no SECÇÃO II


sistema de ensino; Estrutura Orgânica

k) Promover a investigação científica, tecnológi- SUBSECÇÃO I


ca, social e cultural nas instituições de ensino; Estrutura Geral

l) Desenvolver o Ensino Técnico profissional que Artigo 191.º


confira conhecimentos científicos, técnicos e Órgãos, serviços e instituições
profissionais em coordenação com outras enti-
dades do Estado e com a sociedade civil. 1. O Ministério da Educação e Ensino Superior
compreende órgãos, serviços e instituições centrais,
Artigo 190.º regionais e tutelados.
Direcção e competências
2. São os seguintes órgãos centrais do Ministério:
1. O MEES é dirigido pela ministra, a quem cabe:
a) Gabinete da Ministra;
a) Promover o desenvolvimento e a modernização
do sistema educativo, através de estabeleci- b) Conselho Consultivo;
mento de políticas e estratégias da educação e
tendo em vista a sua adequação às necessidades c) Conselho Coordenador do Ensino Superior
de desenvolvimento do País; (CNES)

b) Conceber e implementar medidas de política 3. São serviços, os seguintes:


para o Ensino Superior, fomentando e assegu-
rando o seu desenvolvimento integrado. a) Direcção de Planeamento e Inovação Educativa
(DPIE);
2. As atribuições do MEES são prosseguidas, no
respeito pelos princípios constitucionais definidos para b) Direcção Administrativa e Financeira (DAF)
o sector, visando o reforço qualitativo dos serviços
educativos, a promoção gradual da igualdade de opor- c) Direcção do Ensino Superior (DES);
tunidades de acesso de todos os cidadãos àqueles servi-
ços e o incentivo à participação dos interessados na d) Direcção de Administração Escolar (DAE);
gestão das actividades e a aproximação dos serviços às
populações. e) Direcção da Educação Pré-escolar (DEPE);

3. Na prossecução das suas actividades, o MEES f) Direcção do Ensino Básico (DEB);


poderá criar, em termos a definir, parcerias com outros
departamentos da Administração Pública ou do sector g) Direcção do Ensino Secundário e Ensino Téc-
privado e cooperativo para o desenvolvimento conjunto nico e Profissional (DESTP);
de projectos, estudos e actividades de interesse comum,
tendo em vista uma maior racionalização, operaciona- h) Direcção da Educação de Jovens e Adultos
lidade e eficácia dos recursos e meios disponíveis. (DEJA).

4. Serviços Regionais da Educação:

a) Delegação Regional Norte (Lembá e Lobata);

b) Delegação Regional Sul (Cantagalo e Cauê);

c) Delegação Regional Centro (Água Grande e


Mé-Zóchi);

d) Delegação Regional da Região Autónoma do


Príncipe (RAP).
626 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

5. São Instituições e Órgãos tutelados: SUBSECÇÃO III

a) Conselho Nacional da Educação (CNE); Serviços


Direcção de Planeamento e Inovação Educativa
b) Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP);
Artigo 193.º
c) Agência Nacional de Avaliação, Acreditação e Natureza, composição e competências
Certificação da Educação (ANAACE);
1. A Direcção de Planeamento e Inovação Educativa
d) Inspecção-Geral da Educação (IGE); (DPIE) é um serviço do Ministério responsável pela
concepção, planeamento e desenvolvimento da política
e) Gabinete da Educação Especial (GEE); educativa, programas e projectos, cabendo-lhe, desig-
nadamente:
f) Fundo para Ciência e Tecnologia (FCT);
a) Exercer as funções cometidas aos gabinetes de
g) Fundo da Família da Educação e de Apoio So- planeamento pelas disposições legais em vigor;
cial (FFEAS).
b) Acompanhar sistematicamente o desenvolvi-
SUBSECÇÃO II mento do sistema educativo, apoiando tecni-
camente na formulação da política educativa;
Órgãos Centrais
Conselho Coordenador de Ensino Superior c) Conceber e dinamizar as acções conducentes à
implantação da reforma educativa, em estreita
Artigo 192.º colaboração com os serviços centrais ou regio-
Missão, composição e competências nais implicados;

1. O Conselho Coordenador do Ensino Superior d) Apoiar e coadjuvar o sector de cooperação na


(CCES) é um órgão consultivo com a missão de acon- formulação da política de cooperação no sector
selhamento no domínio da política de ensino superior, educativo;
da Ciência e da Tecnologia.
e) Colaborar junto às direcções dos ensinos bási-
2. Este órgão é composto por especialistas no âmbito co e secundário na definição de competências e
do Ensino Superior, da Ciência e da Tecnologia, nome- orientações curriculares pedagógicas do des-
adamente, pela Ministra da Educação e Ensino Superi- porto escolar;
or (MEES), por representantes dos Reitores da Univer-
sidade de S. Tomé e Príncipe (USTP), das Instituições f) Definir critérios relativos à autorização e con-
de Ensino Superior Privado, o Presidente da Agência dições de funcionamento, bem como à auto-
Nacional de Avaliação, Acreditação e Certificação nomia e paralelismo pedagógico, dos estabele-
Educacional (ANAACE), o Director do Ensino Superi- cimentos de ensino particular e respectivos
or, o Presidente do Fundo Nacional para o Desenvol- cursos;
vimento do Ensino Superior e Investigação
(FUNDESI) e representantes de estudantes. g) Elaborar estudos e pareceres e propor critérios
e normas de actuação relativos ao ensino parti-
3. Ao Conselho compete pronunciar-se sobre: cular, cooperativo e solidário.

a) As questões que lhe sejam submetidas pelo 2. A DPIE desempenha funções de concepção da
membro do Governo responsável pelo ensino componente pedagógica e didáctica do sistema educa-
superior e ainda, formular por sua própria ini- tivo, abrangendo de acordo com a Lei de Bases do
ciativa, propostas ou sugestões sobre quaisquer Sistema Educativo, a educação pré-escolar, os ensinos
assuntos relacionados com o mesmo; básico e secundário incluindo as suas modalidades
especiais de educação especial, de ensino recorrente,
b) As matérias de acção social das instituições de bem como a educação extra-escolar, contribuindo para
ensino superior e as previstas na lei. a formulação da componente pedagógica e didáctica da
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 627

política educativa, coordenando e acompanhando a transformações e garantir a sua divulgação pe-


concretização da mesma. los agentes educativos;

3. A Direcção de Planeamento e Inovação Educativa f) Conceber, estudar, coordenar, monitorizar e


integra: apoiar tecnicamente no domínio do planeamen-
to, nomeadamente, na preparação dos planos
a) Departamento de Planeamento e Estatística; anuais, plurianuais de acção, no processo de
elaboração dos Planos Nacionais da Educação
b) Departamento de Estudos e Inovação Educati- e na projecção do sistema educativo;
va;
g) Programar a rede escolar em estreita articula-
c) Departamento de Comunicação e Tecnologia ção com a Direcção de Administração Escolar,
Educativa; Delegações Regionais e Serviços afins;

d) Gabinete de Gestão de Projectos; h) Colaborar na elaboração da Carta Educativa,


Carta Escolar e outros documentos de política;
e) Gabinete de Formação Contínua e em Exercí-
cio; i) Emitir parecer sobre questões relativas ao pla-
neamento e estatísticas educacionais;
f) Serviço Administrativo.
j) Conceber a planificação que permita de uma
4. A Direcção de Planeamento e Inovação Educativa forma sistemática, diagnosticar os problemas
é dirigida por um director/a, que superintende todos os do sector da educação, formulando as corres-
seus serviços. pondentes propostas de solução;

Artigo 194.º k) Elaborar, difundir e apoiar a criação de instru-


Departamento de Planeamento e Estatística mentos de planeamento e de avaliação de polí-
ticas e programas do MEES;
1. O Departamento de Planeamento e Estatística
(DPE) tem como finalidade produzir informação esta- l) Exercer as demais funções emanadas superi-
tística necessária a formulação e desenvolvimento das ormente.
acções de planeamento, análise de políticas da educa-
ção, e acompanhar todo o desenvolvimento curricular Artigo 195.º
da educação. Departamento de Estudos e Inovação Educativa

2. O Departamento de Planeamento e Estatística tem 1. O Departamento de Estudos e Inovação Educativa


como funções: (DEIE) tem como finalidade produzir a formulação e
desenvolvimento de estudos, análise de políticas da
a) Proceder à recolha, tratamento, análise e divul- educação, e acompanhar todo o desenvolvimento curri-
gação das estatísticas da educação, garantindo cular da educação.
a sua fiabilidade;
2. Departamento de Estudos e Inovação Educativa
b) Redefinir os instrumentos de recolha; tem como funções:

c) Elaborar, em colaboração com as instituições a) Promover a permanente avaliação do sistema


de ensino públicas e privadas e ensino superior, educativo;
estudos de racionalização dos fluxos escolares;
b) Conceber as metodologias de implantação gra-
d) Elaborar em parceria com outras entidades o dual, sistemática e integrada da reforma educa-
anuário estatístico do Sector da Educação; tiva e acompanhar em permanência a sua exe-
cução;
e) Assegurar a produção de uma informação esta-
tística actualizada sobre a evolução qualitativa c) Promover e fomentar a realização de estudos e
e quantitativa do sistema educativo, das suas experiências que contribuam de forma sistemá-
628 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

tica para o conhecimento aprofundado dos pro- Artigo 197.º


blemas educativos são-tomenses e para a for- Departamento de Comunicação e Tecnologia
mulação de políticas conducentes a uma me- Educativa
lhoria sustentada do sucesso educativo e a
progressiva correcção de assimetrias; 1. O Departamento de Comunicação e Tecnologia
Educativa tem por missão a cooperação institucional, a
d) Incentivar os estudos e experiências de investi- comunicação, a partilha de conhecimentos e informa-
gação pedagógica aplicada e fomentar a parti- ção e o desenvolvimento de actividades nas áreas das
cipação de investigadores, técnicos e docentes; tecnologias educativas, garantindo a operacionalidade e
segurança das infra-estruturas tecnológicas que garan-
e) Conceber e coordenar projectos que visem a tam a interconexão do sistema de informação da edu-
melhoria qualitativa das ofertas educativas, de- cação.
signadamente no âmbito da inovação pedagó-
gica, do desenvolvimento curricular, da intro- 2. O Departamento de Comunicação e Tecnologia
dução de metodologias experimentais e das Educativa tem as seguintes funções:
novas tecnologias da informação e das técnicas
de organização escolar; a) No âmbito da Comunicação:

f) Assegurar a produção de informação actualiza- i) Assegurar uma imagem consistente do Minis-


da sobre a evolução qualitativa do sistema edu- tério da Educação e Ensino Superior junto ao
cativo e das suas transformações e garantir a público interno e externo, através de acções
sua divulgação pelos agentes e parceiros edu- concertadas de comunicação;
cativos;
ii) Recolher, editar e divulgar informações sobre o
g) Desenvolver o estudo sobre a organização pe- quotidiano do MEES, através de boletins in-
dagógica das escolas, propondo as medidas de formativos e de outras formas de divulgação;
reorganização;
iii) Organizar eventos do MEES em articulação
h) Promover a investigação científica e os estudos com os diferentes sectores;
técnicos, nomeadamente estudos de acompa-
nhamento e avaliação, no âmbito do desenvol- iv) Assegurar o relacionamento com os órgãos de
vimento e da inovação curricular, da organiza- comunicação social fazendo a correcta divul-
ção e da avaliação pedagógica e didáctica do gação dos factos e iniciativas, dando resposta
sistema educativo, da inovação educacional e às suas solicitações e organizando conferências
da qualidade do ensino e das aprendizagens; de imprensa para divulgação de iniciativas de
relevo no âmbito do Ministério;
i) Coordenar, acompanhar e propor orientações,
em termos pedagógicos e didácticos, para a v) Desenvolver e estimular acções de comunica-
promoção do sucesso e prevenção do abandono ção com os colaboradores do sector para refor-
escolar, designadamente actividades de orien- çar os valores e o conhecimento das diversas
tação e medidas de apoio, recuperação e com- actividades;
plemento educativos;
vi) Estabelecer parcerias para estimular a divulga-
j) Analisar os processos de escolas do ensino par- ção de informações sobre o sector da Educação
ticular e cooperativo em articulação com as di- e Ensino Superior;
recções pedagógicas e a inspecção-geral da
educação. vii) Garantir o atendimento das preocupações le-
vantadas pelos cidadãos sobre o sector e asse-
Artigo 196.º gurar a sua resposta;
Gabinete de Formação Contínua e em Exercício
viii) Acompanhar e informar sistematicamente o
O GFCE tem abrangência nacional e ocupa-se da Gabinete da Ministra sobre a informação pu-
formação contínua e em exercício dos docentes e não blicada nos órgãos de informação e comunica-
docentes inseridos no sistema educativo público. ção social referente ao sector.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 629

b) No âmbito da Tecnologia Educativa: xi) Conceber e propor os mecanismos de uma rede


informática no sector para apoiar actividade
i) Elaborar, implementar e monitorizar o Plano administrativa da educação;
tecnológico para educação;
xii) Emitir parecer sobre questões relativas a tecno-
ii) Propor políticas e estratégias concernentes ao logia educativa e comunicação;
acesso e utilização das tecnologias de informa-
ção e comunicação no sistema educativo; xiii) Exercer as demais funções emanadas superi-
ormente.
iii) Conceber e colaborar na implementação de
programas de utilização de tecnologia em con- Artigo 198.º
texto escolar, em articulação com os restantes Gabinete de Gestão de Projectos
serviços do MEES com atribuições nesta maté-
ria; 1 O Gabinete de Gestão de Projectos e programas
tem a função de:
iv) Assegurar a concepção, gestão e operação das
infra-estruturas e sistemas de informação, em a) Coordenar e/ou acompanhar a execução de
articulação com os serviços e organismos do programas e projectos;
MEES a nível central e regional;
b) Elaborar e/ou adoptar modelos e instrumentos
v) Promover a consolidação e a racionalização de normativos de concepção, gestão, monitoria e
métodos, recursos, processos e infra-estruturas avaliação de projectos, planos anuais plurianu-
tecnológicas nos serviços e organismos do ais e programas do MEES;
MEES e nas escolas, assegurando, designada-
mente e nos termos fixados no plano estratégi- c) Acompanhar o processo de concepção de pro-
co, a selecção, aquisição, instalação e funcio- gramas e projectos para o MEES;
namento dos equipamentos informáticos, bem
como a gestão do seu ciclo de vida; d) Organizar, em articulação com os parceiros de
desenvolvimento e os diferentes órgãos e ser-
vi) Assegurar a gestão dos contractos com os pres- viços do MEES, reuniões de revisão a meio
tadores externos, a articulação entre estes e o percurso, trimestrais e/ou semestrais dos pro-
cumprimento dos níveis de serviço contrata- gramas, planos anuais e projectos;
dos;
e) Emitir parecer sobre questões relativas aos do-
vii) Definir e implementar métodos de gestão de cumentos de programas e projectos e outros
qualidade, auditoria e segurança, em consonân- emanados superiormente.
cia com o modelo de gestão adoptado;
2. Exercer as demais funções emanadas superior-
viii) Garantir a actualização dos instrumentos de mente.
planeamento, através da recolha e tratamento
de dados, com vista à concretização das orien- SUBSECÇÃO IV
tações de política de Educação e Ensino Supe-
rior; Artigo 199.º
Departamento de Orçamento
ix) Estabelecer directrizes, normas e padrões téc-
nicos para prospectar, avaliar, adquirir, desen- O Departamento de Orçamento tem as seguintes
volver, homologar e implantar sistemas de in- funções:
formática, hardware, software e metodologias,
para suporte às actividades do MEES; a) Executar em conjunto com as unidades sob a
jurisdição do MEES o processo de elaboração
x) Definir padrões de segurança física e lógica pa- orçamental do sector;
ra acesso aos sistemas sob gestão da Direcção;
630 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

b) Desenvolver actividades de cabimentação das k) Executar tarefas de licitação e contratação pú-


despesas em articulação com as unidades ges- blica;
toras do MEES;
l) Acompanhar a execução dos contractos.
c) Prestar assistência, orientação e apoio aos téc-
nicos e coordenadores das despesas no âmbito 2. Efectuar outras tarefas superiormente emanadas.
do MEES;
Artigo 201 º
d) Gerir fluxos de caixas e executar a liquidação e Departamento dos Serviços Administrativos
pagamento das despesas;
O Departamento dos Serviços Administrativos
e) Manter a articulação com a área responsável (DSE), é responsável por verificar a entrada e saída de
pela orçamentação em conformidade com a Lei correspondências, receber e enviar documentos, aten-
SAFE. der chamadas telefónicas e o público em geral, assegu-
rar todo o expediente de arquivo de documentos, man-
Artigo 200.º ter actualizados os contactos da direcção, apoiar no
Departamento de Recursos Humanos e inventário dos equipamentos e matérias, preparar as
Património reuniões, coordenar o processo de elaboração dos ma-
pas de efectividade do pessoal, bem como, elaborar
1. Ao Departamento de Recursos Humanos e Patri- relatórios de seguimento administrativo das decisões
mónio, cabe assegurar a gestão do pessoal, designada- e/ou recomendações e demais atribuições administrati-
mente: vas emanadas superiormente.

a) Recrutar, seleccionar e promover a gestão do SECÇÃO III


pessoal docente e não docente; Direcções

b) Participar no processo de avaliação de desem- SUBSECÇÃO I


penho do pessoal docente e não docente; Direcção do Ensino Superior

c) Participar no processo de acção disciplinar de Artigo 202.º


todo pessoal da educação; Natureza, composição e competências

d) Manter actualizados os processos individuais e 1. A Direcção do Ensino Superior, abreviadamente


emitir cartões de identidade profissional; designada por DES, tem como objectivo implementar a
política do Estado para a área do ensino superior.
e) Manter actualizada a base de dados do pessoal
do MEES; 2. No âmbito das suas atribuições, cabe à Direcção
do Ensino Superior:
f) Efectuar a inventariação de todos os bens con-
forme o regulamento do inventário de cadastro a) Apoiar o membro do Governo responsável pela
dos bens do estado e efectuar o registo no sis- área do ensino superior na definição de políti-
tema informático do património; cas para o sector;

g) Elaborar e constituir processos individuais de b) Assegurar e coordenar a prestação de informa-


todos os bens móveis e imóveis pertencentes ções sobre o sistema de ensino superior;
ao MEES;
c) Acompanhar as necessidades de qualificação e
h) Zelar pela boa conservação de todos os bens adequação das infra-estruturas, equipamentos e
afectos ao MEES; demais estruturas de apoio ao ensino superior;

i) Assegurar que todos os bens sejam etiquetados; d) Promover a cooperação internacional no âmbi-
to do ensino superior sem prejuízo das compe-
j) Proceder ao registo de todas as revisões e repa- tências próprias do sector de cooperação do
rações efectuadas nos veículos; MEES;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 631

e) Propor medidas tendentes à promoção de in- 4. A Direcção do Ensino Superior compreende o


centivos à formação superior e à investigação Departamento de Acesso ao Ensino Superior e Acção
permanentes no País e no estrangeiro, bem co- Social, Departamento de Inovação e Ciência e o Servi-
mo promoção de instituições de investigação; ço Administrativo.

f) Promover o diálogo entre as instituições nacio- Artigo 203.º


nais de ensino superior e a sociedade civil; Departamento de Acesso ao Ensino Superior e
Acção Social
g) Apresentar propostas de legislação e demais
normas relativas ao ensino superior; 1. Ao Departamento de Acesso ao Ensino Superior e
Acção Social (DAESAS) cabe:
h) Produzir pareceres sobre propostas para cria-
ção, extinção de instituições e unidades orgâni- a) Promover acções de cooperação bilateral ou
cas de ensino superior; multilateral com instituições e organizações in-
ternacionais no âmbito do ensino superior e ci-
i) Realizar diagnóstico das reais necessidade de ência em estreita colaboração com os demais
formação no país; sectores de cooperação do Ministério;

j) Criar e manter actualizado a base de dados dos b) Fazer, sob a orientação do Director, o segui-
formandos e dos formados no país; mento dos protocolos de cooperação existentes
e firmar no domínio do ensino superior;
k) Colaborar na inspecção às instituições de ensi-
no superior, aos programas de ensino e às con- c) Coordenar o processo de acesso ao ensino su-
dições de seu funcionamento; perior nos termos da lei fixado;

l) Promover e apoiar a mobilidade dos estudantes d) Acompanhar os mecanismos de apoio a fre-


do ensino superior São-tomense no estrangeiro; quência de apoio ao ensino superior;

m) Acompanhar a sua execução, bem como avaliar e) Implementar a política de concepção de bolsas
a qualidade dos serviços de apoio social no en- de estudo;
sino superior, em articulação com a instituição
que gere o fundo de apoio social; f) Acompanhar a situação académica e social dos
bolseiros;
n) Proceder a guarda e a conservação da docu-
mentação fundamental das instituições de ensi- g) Organizar e assegurar o arquivo de dados dos
no superior encerradas, sempre que, nos termos bolseiros;
da lei, não seja possível a guarda pela respecti-
va entidade instituidora, bem como, proceder à h) Divulgar vagas para o acesso ao ensino superi-
emissão dos documentos relativos ao período or;
de funcionamento daquelas instituições;
i) Manter uma base de dados de todos os bolsei-
o) Prestar o apoio que lhe seja solicitado pela ros e prestar informação sobre os mesmos;
Agência Nacional de Avaliação, Acreditação,
Certificação da Educação, no âmbito dos pro- j) Assegurar o intercâmbio de informações com
cessos de acreditação e de avaliação do ensino entidades congéneres de outros países em par-
superior; ticular no quadro de acordos bilaterais e multi-
laterais.
p) Proceder ao registo dos ciclos de estudos de
ensino superior e dos cursos de especialização 2. Exercer outras funções que sejam determinadas
tecnológica; por lei ou superiormente.

3. Exercer as demais atribuições que se mostrem ne-


cessárias ao cabal desempenho da sua missão.
632 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 204.º Artigo 205.º


Departamento de Inovação e Ciência Serviço administrativo

Cabe ao Departamento de Inovação e Ciência (DIC): O Serviço Administrativo (SA), é responsável por
verificar a entrada e saída de correspondências, receber
1. Promover, de forma sustentada, a investigação ci- e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o
entífica e formação de técnicos e investigadores, como público em geral, assegurar todo o expediente de ar-
estratégia de garantir o desenvolvimento de São Tomé quivo de documentos, manter actualizados os contactos
e Príncipe e permitir que o País se torne competitivo no da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e
mercado regional, quiçá, no mercado mundial. matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de
elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem
2. Compete ainda o DIC: como, elaborar relatórios de seguimento administrativo
das decisões e/ou recomendações e demais atribuições
a) Assegurar o desenvolvimento de capacidades, administrativas emanadas superiormente.
na produção de Conhecimentos e Inovação
Tecnológica; SUBSECÇÃO II
Direcção de Administração Escolar
b) Desenvolver a ciência e a tecnologia com vista
à transformação socioeconómica de São Tomé Artigo 206.º
e Príncipe e a sua integração na economia Natureza, composição e competências
mundial;
1. A Direcção de Administração Escolar é um servi-
c) Assegurar o planeamento de investigação cien- ço do Ministério que faz a gestão do pessoal docente e
tífica, qualificação e capacitação dos recursos não docente e dos recursos materiais, a administração
humanos de nível superior, no país e no exteri- dos estabelecimentos públicos da Educação pré-escolar
or, bem como estabelecer contactos e relações e dos ensinos básico, secundário e técnico-profissional,
de cooperação com universidades e outras ins- bem como a implementação de políticas de acção soci-
tituições de nível superior, no estrangeiro; al escolar.

d) Assegurar a mobilidade de estudantes e corpo 2. As atribuições da Direcção de Administração Es-


docente das instituições de ensino superior colar são exercidas em articulação com os outros servi-
através de programas e acções específicas; ços (centrais e regionais) e estabelecimentos de ensino
nos seguintes domínios da política de recursos educati-
e) Assegurar a criação de um repositório digital vos:
das teses de mestrados e doutoramento e estu-
dos sobre São -Tomé e Príncipe; a) Concretização das políticas de desenvolvimen-
to dos recursos humanos relativas ao pessoal
f) Motivar a comunidade em geral e, em particu- docente e não docente (professores, serventes,
lar, os jovens, para temáticas de carácter cientí- cantineiras e guardas) das escolas;
fico e tecnológico;
b) Inovação e desenvolvimento de qualidade dos
g) Divulgar as potencialidades da ciência e da recursos físicos, designadamente na definição
tecnologia como instrumento pedagógico, de da tipologia construtiva de instalação e espa-
trabalho, de comunicação e de ocupação sau- ços, bem como do equipamento e materiais di-
dável e criativa de tempos livres; dácticos, tendo em conta a evolução pedagógi-
ca;
h) Dinamizar e incentivar o impacte da inovação
no mercado através da sensibilização dos seus c) Sugestão de critérios de atribuição de apoios
potenciais beneficiários; socioeducativos.

i) Estimular a motivação de professores e alunos 3. A Direcção de Administração Escolar é dirigida


dos ensinos secundário, profissional e superior, por um Director e tem a seguinte composição:
para ciência e inovação.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 633

a) Departamento de Administração e Gestão Es- f) Proceder a emissão de certidões de habilitação


colar (DAGE); literária.

b) Departamento de infra-estruturas escolares e de Artigo 208.º


gestão de recursos materiais (DIEGEM); Departamento de infra-estruturas escolares e de
gestão de recursos materiais
c) Gabinete de Apoio Socioeducativo (GSE);
1. Departamento de infra-estruturas escolares e de
d) Unidade de Transportes Escolares (UTE); gestão de recursos materiais, (DIGERM), é o serviço
do MEES, que visa elaborar estudos e produzir orien-
e) Gabinete de Coordenação de Desporto Escolar tações para a concepção, programação, construção e
(GCDE); equipamento das instalações escolares, em articulação
com as Direcções Pedagógicas e outras entidades com-
f) Programa Nacional de Alimentação e Saúde petentes.
Escolar (PNASE)
2. Compete o Departamento de infra-estruturas esco-
Artigo 207.º lares e de gestão de recursos materiais:
Departamento de Administração e Gestão
Escolar a) Definir, gerir e acompanhar a requalificação, a
modernização e a conservação da rede escolar;
1. O Departamento de Administração e Gestão Esco-
lar (DAGE) é um serviço do MEES, que visa concreti- b) Acompanhar, fiscalizar e avaliar a construção,
zar as políticas de desenvolvimento dos recursos hu- a conservação, a remodelação e a ampliação
manos, relativas ao pessoal docente e não docente das instalações escolares;
(serventes, cantineiras e guardas) das escolas, em parti-
cular, e propor políticas relativas ao recrutamento e c) Promover, em articulação com as Direcções
selecção, carreiras, remunerações e formação. Pedagógicas e outras entidades competentes, a
elaboração de estudos para efeitos de caracteri-
2. No âmbito das suas competências, cabe-lhe: zação do mobiliário escolar, material didáctico
e de apoio, tendo em conta a sua adequação
a) Propor as necessidades de pessoal docente e funcional e as exigências curriculares e peda-
não docente à DAF, em articulação com as di- gógicas;
recções pedagógicas e escolas;
d) Formular propostas no sentido de se garantir a
b) Assegurar o recrutamento do pessoal docente e adequada gestão dos equipamentos escolares,
não docente e a sua progressão e/ou promoção; no âmbito de uma política de racionalização
dos recursos físicos afectos ao sistema educati-
c) Realizar o processo da avaliação de desempe- vo;
nho do pessoal docente e não docente;
e) Propor aquisição de bens e equipamentos, mo-
d) Dar parecer sobre as questões relativas ao pes- biliário escolar e material didáctico e de apoio
soal docente do ensino particular cooperativo com posterior afectação aos estabelecimentos
(com a comparticipação do estado) da educa- de educação e ensino de acordo com as neces-
ção pré- escolar e ensinos básicos, secundários, sidades manifestadas, velando ainda pela sua
técnico-profissional bem como sobre autoriza- conservação e manutenção;
ções provisórias de leccionação, acumulação
de funções e certificação do tempo de serviço; f) Manter actualizado o inventário e cadastro dos
bens móveis escolares;
e) Promover os procedimentos pré-contratuais do
pessoal docente e não docente dos estabeleci- g) Manter actualizado o arquivo técnico relativo
mentos públicos de educação não superior, ga- aos equipamentos educativos;
rantindo o cumprimento dos acordos pré-
estabelecidos;
634 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

h) Colaborar no planeamento da rede escolar, em Artigo 211.º


articulação com a Direcção de Planeamento e Gabinete de Coordenação do Desporto Escolar
Inovação Educativa e as Direcções de Ensino;
1. O Gabinete de Coordenação do Desporto Escolar
i) Garantir a adequação dos materiais e equipa- (GCDE), é um serviço do MEES com funções de pla-
mentos didácticos às necessidades do ensino neamento e dinamização do desporto escolar.
para jovens e adultos;
2. A constituição e funcionamento do GCDE são re-
j) Colaborar na concepção dos termos de referên- gulados em diploma próprio.
cia da arquitectura dos equipamentos e do mo-
biliário desportivo das escolas. Artigo 212.º
Programa Nacional de Alimentação e Saúde
Artigo 209.º Escolar
Gabinete de Apoio Socioeducativo
1. O Programa Nacional de Alimentação e Saúde
1. O Gabinete de Apoio Socio-educativo, propõe cri- Escolar, adiante designado PNASE, é um órgão tutela-
térios orientadores para a atribuição dos apoios sociais do pelo MEES que visa definir estratégias que devem
aos alunos, tendo em conta as normas fixadas, em es- reger a política de alimentação e saúde escolar e a sua
pecial no que se refere à alimentação dos alunos, saúde execução.
escolar, transporte escolar e outros complementos edu-
cativos legalmente previstos. 2. O Programa Nacional de Alimentação e Saúde
Escolar rege-se pela lei n.º4/2012, de 27/01/2012, pu-
2. No âmbito das suas atribuições, cabe-lhe: blicado no DR nº 4.

a) Proceder, com base nas informações sobre as SUBSECÇÃO III


condições socioeconómicas das famílias, a se- Direcção do Ensino Secundário e Técnico
lecção de alunos da educação pré-escolar e dos Profissional
ensinos básico, secundário e técnico profissio-
nal, que são beneficiados pelos apoios sociais; Artigo 213.º
Natureza, composição e competências
b) Colaborar no planeamento das acções que vi-
sem melhorar as condições de acesso à escola e 1. A Direcção do Ensino Secundário e Técnico Pro-
o rendimento escolar dos alunos, com relevân- fissional tem por missão assegurar a concretização das
cia para o período da escolaridade obrigatória. políticas relativas às componentes pedagógico-
didáctica do Ensino Secundário, Técnico Profissional e
Artigo 210.º da educação extra-escolar, prestando apoio técnico à
Unidade de Transportes Escolares sua formulação, acompanhando e avaliando a sua con-
cretização, coordenar a planificação das diversas pro-
1. A Unidade de Transportes Escolares é um serviço vas de avaliação das aprendizagens.
da Direcção de Administração Escolar que faz a gestão
e a manutenção dos transportes escolares. 2. No âmbito das suas atribuições, compete à Direc-
ção do Ensino Secundário e Técnico Profissional o
2. Compete à Unidade de Transporte Escolar: seguinte:

a) Propor critérios de acesso ao transporte esco- a) Estabelecer o modelo de organização e gestão


lar; pedagógica dos estabelecimentos do ensino se-
cundário e técnico- profissional;
b) Estabelecer calendário de manutenção dos
transportes escolares; b) Acompanhar e avaliar a aplicação do modelo
de organização e gestão pedagógica dos estabe-
c) Definir o itinerário dos transportes escolares; lecimentos de ensino secundário e técnico pro-
fissional;
d) Elaboração e emissão de passes escolares.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 635

c) Coordenar e avaliar a aplicação dos planos de p) Proceder a estudos sobre as necessidades de


estudos, programas e materiais didácticos e de formações profissionais necessárias ao desen-
apoio a leccionação nos estabelecimentos do volvimento de São Tomé e Príncipe;
ensino secundário e Técnico Profissional;
q) Coordenar as acções do programa curricular de
d) Propor medidas que garantam a adequação dos empreendedorismo.
materiais e equipamentos didácticos de acordo
com as necessidades do sistema educativo, ao 3. A Direcção do Ensino Secundário e Técnico-
nível do ensino secundário e técnico- Profissional é dirigida por um director/a e integra.
profissional;
Artigo 214.º
e) Cooperar na definição das prioridades nacio- Departamento de Supervisão Pedagógica do
nais da formação inicial, em serviço e contínua Ensino Secundário e Técnico Profissional
de professores do ensino secundário e técnico-
profissional; 1.Cabe ao Departamento de Supervisão Pedagógica
do Ensino Secundário e Técnico Profissional:
f) Proceder ao levantamento de informações so-
bre a procura de formação e de ensino, após a a) Acompanhar a implementação dos currículos e
escolaridade básica, tendo em vista a racionali- o cumprimento dos programas do Ensino Se-
zação e optimização dos fluxos; cundário e Técnico Profissional;

g) Organizar e orientar as várias modalidades es- b) Elaborar a proposta de calendário escolar para
peciais de educação extra-escolar; o ESTP, com base nas orientações da DPIE;

h) Promover o desporto escolar junto das escolas, c) Acompanhar e apoiar o desenvolvimento pro-
como meio de atingir o sucesso escolar; fissional dos professores e dos próprios super-
visores e dos delegados;
i) Organizar, orientar e acompanhar o processo
de avaliação das aprendizagens dos discentes; d) Propor a realização das acções de formação
contínua dos professores;
j) Estabelecer em parceria com o Gabinete de
Educação Especial, às medidas que permitam a e) Acompanhar o processo de colocação de pro-
integração socioeducativa dos alunos com ne- fessores nas escolas;
cessidades educativas especiais, promovendo a
igualdade de oportunidade de acesso e de su- f) Elaborar as matrizes e as provas de avaliação
cesso escolar; bem como supervisionar a aplicação, correcção
e classificação das provas.
k) Monitorizar a prática pedagógica sistemática
dos docentes. 2. Desenvolver outras actividades que lhe sejam su-
periormente solicitadas.
l) Regulamentar e orientar as actividades relati-
vas à supervisão pedagógica dos docentes das Artigo 215.º
instituições de ensino público e privado do En- Serviço administrativo
sino Secundário e Técnico Profissional;
O Serviço Administrativo (SA) é responsável por
m) Coordenar a planificação e aplicação das pro- verificar a entrada e saída de correspondências, receber
vas de avaliação das aprendizagens; e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o
público em geral, assegurar todo o expediente de ar-
n) Colaborar na actualização e divulgação de quivo de documentos, manter actualizados os contactos
normas (guias) para os exames nacionais; da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e
matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de
o) Colaborar na planificação, aplicação e correc- elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem
ção dos exames externos; como, elaborar relatórios de seguimento administrativo
636 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

das decisões e/ou recomendações e demais atribuições k) Contribuir para a inclusão no sistema escolar,
administrativas emanadas superiormente. de crianças e adolescentes em idade escolar e
que o tenham abandonado;
SUBSECÇÃO IV
Direcção do Ensino Básico l) Contribuir na elaboração do plano de formação
contínua e em exercício do pessoal docente e
Artigo 216.º acompanhar a sua execução;
Natureza, composição e competências
m) Planear, orientar, acompanhar, promover e ava-
1. A Direcção do Ensino Básico (DEB) tem por mis- liar os projectos e actividades do desporto es-
são prestar apoio a formulação das orientações peda- colar;
gógicas e didácticas do ensino básico e da educação
extra-escolar e assegurar a sua concretização. n) Produzir e assegurar a difusão, através de su-
portes diversificados, de documentação peda-
2. Cabe especificamente à Direcção do Ensino Bási- gógica de informação e apoio técnico aos agen-
co: tes e parceiros educativos;

a) Planear, acompanhar, avaliar e aperfeiçoar o o) Dinamizar acções de promoção de literacia e


trabalho pedagógico desenvolvido nas escolas; numeracia, através de parcerias com entidades
nacionais e estrangeiras.
b) Criar condições para o cumprimento da escola-
ridade básica obrigatória, tendo em conta os 3. A Direcção do Ensino Básico é dirigida por um
princípios de igualdade de acesso e sucesso es- director e integra os seguintes departamentos:
colar;
a) Departamento de Supervisão Pedagógica;
c) Fazer o levantamento das necessidades do pes-
soal docente; b) Serviço Administrativo.

d) Coordenar o processo de elaboração de materi- Artigo 217.º


ais didácticos e pedagógicos de apoio ao ensi- Departamento de Supervisão Pedagógica
no/aprendizagem;
1. Cabe ao Departamento de Supervisão Pedagógica:
e) Dar parecer sobre a qualidade pedagógica dos
manuais escolares; a) Acompanhar a implementação dos currículos e
o cumprimento dos programas do Ensino Bási-
f) Participar na definição da rede escolar do Ensi- co;
no Básico, procurando corrigir as assimetrias
regionais; b) Elaborar a proposta de calendário escolar para
o Ensino Básico, com base nas orientações da
g) Planear e desenvolver as acções inerentes à DPIE;
realização das provas de avaliação, procedendo
à elaboração das orientações necessárias e co- c) Acompanhar e apoiar o desenvolvimento pro-
ordenando a sua execução; fissional dos professores e dos próprios super-
visores e dos delegados;
h) Cooperar na definição das prioridades nacio-
nais de formação inicial, em serviço e contínua d) Propor a realização das acções de formação
dos docentes do Ensino Básico; contínua dos professores;

i) Promover e orientar as várias modalidades es- e) Acompanhar o processo de colocação de pro-


peciais de educação e de educação extra- fessores nas escolas;
escolar a nível do Ensino Básico;
f) Elaborar as matrizes e as provas de avaliação
j) Colaborar na elaboração de termos de referên- bem como supervisionar a aplicação, correcção
cia para a colocação de novos professores; e classificação das provas.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 637

2. Desenvolver outras actividades que lhe sejam su- f) Participar na definição da rede dos estabeleci-
periormente solicitadas. mentos de educação pré-escolar e acompanhar
o seu desenvolvimento;
Artigo 218.º
Serviço Administrativo g) Cooperar na definição das prioridades nacio-
nais de formação inicial, em serviço e contínua
O Serviço Administrativo (SA) é responsável por dos educadores de infância e de outros agentes
verificar a entrada e saída de correspondências, receber educativos;
e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o
público em geral, assegurar todo o expediente de ar- h) Proporcionar a todas as crianças santomenses
quivo de documentos, manter actualizados os contactos (4-5 anos), incluindo as com Necessidades
da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e Educativas Especiais (NEE), acesso ao Ensino
matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de Pré-Escolar;
elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem
como, elaborar relatórios de seguimento administrativo i) Planear e desenvolver as acções inerentes à
das decisões e/ou recomendações e demais atribuições realização da avaliação interna das aprendiza-
administrativas emanadas superiormente. gens.

SUBSECÇÃO V 3. Direcção da Educação Pré-escolar é dirigida por


Direcção da Educação Pré-escolar um director e composto por dois departamentos, nome-
adamente:
Artigo 219.º
Natureza, composição e competências a) Departamento de Supervisão Pedagógica;

1. A Direcção da Educação Pré Escolar tem por mis- b) Serviço Administrativo.


são assegurar a concretização das políticas relativas à
componente pedagógica e didáctica da educação Pré- Artigo 220.º
escolar e da educação extra-escolar, prestando apoio Departamento de Supervisão Pedagógica
técnico à sua formulação, acompanhando e avaliando a
sua concretização. 1. Cabe ao Departamento de Supervisão Pedagógica:

2. No âmbito das suas atribuições compete a Direc- a) Acompanhar a implementação dos currículos e
ção da Educação Pré Escolar o seguinte: o cumprimento dos programas da Educação
Pré-escolar;
a) Estudar e elaborar propostas conducentes a
uma política integrada de educação pré-escolar, b) Elaborar a proposta de calendário escolar para
em colaboração com outros sectores; Educação Pré-escolar, com base nas orienta-
ções da DPIE;
b) Assegurar, ao nível nacional, a organização
pedagógica dos estabelecimentos da pré- c) Acompanhar e apoiar o desenvolvimento pro-
escolar, definindo e divulgando normas orien- fissional dos professores e dos próprios super-
tadoras à luz dos objectivos da educação pré- visores e dos delegados;
escolar;
d) Propor a realização das acções de formação
c) Propor objectivos e linhas de orientação curri- contínua dos professores;
cular;
e) Acompanhar o processo de colocação de pro-
d) Coordenar o desenvolvimento das actividades fessores nas escolas;
técnicas e dos métodos apropriados aos objec- f) Elaborar as matrizes e as provas de avaliação
tivos da educação pré-escolar; bem como supervisionar a aplicação, correcção
e classificação das provas.
e) Coordenar os planos de apoio pedagógico aos
educadores de infância e auxiliares pedagógi- 2. Desenvolver outras actividades que lhe sejam su-
cos; periormente solicitadas.
638 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 221.º e) Mobilizar e orientar o esforço nacional de luta


Serviço Administrativo contra o analfabetismo e o seu retorno, através
de acções nos domínios da educação e forma-
O Serviço Administrativo (SA) é responsável por ção de jovens e adultos;
verificar a entrada e saída de correspondências, receber
e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o f) Acompanhar e controlar todo o processo de
público em geral, assegurar todo o expediente de ar- avaliação dos alunos na Alfabetização, Pós Al-
quivo de documentos, manter actualizados os contactos fabetização e no Ensino Recorrente;
da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e
matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de g) Coordenar, acompanhar, propor e assegurar
elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem orientações pedagógicas e o controlo da prática
como, elaborar relatórios de seguimento administrativo e da qualidade educativa na Alfabetização, Pós
das decisões e/ou recomendações e demais atribuições Alfabetização e no Ensino Recorrente.
administrativas emanadas superiormente.
3. Exercer outras funções que lhe sejam determina-
SUBSECÇÃO VI das superiormente.
Direcção da Educação para Jovens e Adultos
4. A Direcção da Educação para Jovens e Adultos é
Artigo 222.º dirigida por um director e é composta por três depar-
Natureza, composição e competências tamentos:

1. A Direcção da Educação para Jovens e Adultos, a) Departamento de Supervisão da Alfabetização


adiante designada por DEJA, é o serviço que tem por e Pós Alfabetização;
missão coordenar, promover e assegurar a concretiza-
ção de políticas relativas à componente pedagógica e b) Departamento de Supervisão do Ensino Recor-
didáctica da Alfabetização e Pós Alfabetização e do rente;
Ensino Recorrente, prestando apoio técnico à sua for-
mulação e acompanhando e avaliando a sua efectiva- c) Serviço Administrativo.
ção e coordenando a realização de diversas provas e
exames. Artigo 223.º
Departamento de Supervisão da Alfabetização e
2. No âmbito das suas atribuições, compete a Direc- Pós Alfabetização
ção da Educação de Jovens e Adultos, nomeadamente:
1. Cabe ao Departamento de Supervisão da Alfabeti-
a) Elaborar propostas e participar na formulação zação e Pós Alfabetização:
da política e estratégias de desenvolvimento da
Alfabetização e Pós Alfabetização e do Ensino a) Acompanhar a implementação dos currículos e
Recorrente; o cumprimento dos programas da Alfabetiza-
ção e Pós Alfabetização;
b) Assegurar a permanente adequação dos planos
de estudos e programas aos objectivos da Alfa- b) Elaborar a proposta de calendário escolar da di-
betização e Pós Alfabetização e do Ensino Re- recção, com base nas orientações da DPIE;
corrente;
c) Acompanhar e apoiar o desenvolvimento pro-
c) Assegurar com eficiência o funcionamento dos fissional dos professores e dos próprios super-
sistemas de avaliação da Alfabetização e Pós visores e dos delegados;
Alfabetização e do Ensino Recorrente;
d) Propor a realização das acções de formação
d) Regulamentar e orientar as actividades relati- contínua dos professores;
vas à supervisão pedagógica e administrativa
das instituições de ensino públicas e privadas e) Acompanhar o processo de colocação de pro-
da Alfabetização e Pós Alfabetização e do En- fessores nas escolas;
sino Recorrente;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 639

f) Elaborar as matrizes e as provas de avaliação como, elaborar relatórios de seguimento administrativo


bem como supervisionar a aplicação, correcção das decisões e/ou recomendações e demais atribuições
e classificação das provas e os exames. administrativas emanadas superiormente.

2. Desenvolver outras actividades que lhe sejam su- SECÇÃO IV


periormente solicitadas. Serviços Regionais da Educação

Artigo 224.º Artigo 226.º


Departamento de Supervisão do Ensino Natureza, composição e competências
Recorrente
1. As Delegações Regionais da Educação têm por fi-
1. Cabe ao Departamento de Supervisão do Ensino nalidade, sob orientação da Ministra, assegurar o cum-
Recorrente: primento das políticas educativas, no âmbito da respec-
tiva circunscrição territorial;
a) Acompanhar a implementação dos currículos e
o cumprimento dos programas do Ensino Re- 2. As Delegações Regionais são criadas por despa-
corrente; cho da Ministra;

b) Elaborar a proposta de calendário escolar da di- 3. As competências e as atribuições das Delegações


recção, com base nas orientações da DPIE; Regionais da Educação são definidas por despacho da
Ministra;
c Acompanhar e apoiar o desenvolvimento pro-
fissional dos professores e dos próprios super- 4. As Delegações Regionais são dirigidas por um
visores e dos delegados; Delegado Regional equiparado, para todos os efeitos
legais, a de director.
d) Propor a realização das acções de formação
contínua dos professores; SECÇÃO V
Serviços, Instituições e Òrgãos Tutelados
e) Acompanhar o processo de colocação de pro-
fessores nas escolas; SUBSECÇÃO I
O Conselho Nacional da Educação
f) Elaborar as matrizes e as provas de avaliação
bem como supervisionar a aplicação, correcção Artigo 227.º
e classificação das provas; Natureza, composição e competências

g) Colaborar na concepção das matrizes e as pro- 1. O Conselho Nacional de Educação, ou CNE, é um


vas de avaliação bem como supervisionar a órgão tutelado ao qual compete emitir opiniões, parece-
aplicação, correcção e classificação dos exa- res e recomendações sobre todas as questões relativas à
mes; educação de São Tomé e Príncipe, por iniciativa pró-
pria ou em resposta a solicitações apresentadas pela
h) Desenvolver outras actividades que lhe sejam Assembleia Nacional e pelo Governo.
superiormente solicitadas.
2. O CNE tem por missão proporcionar a participa-
Artigo 225.º ção das várias forças científicas, sociais, culturais e
Serviço Administrativo económicas, na procura de consensos alargados relati-
vamente à política educativa.
O Serviço Administrativo (SA), é responsável por
verificar a entrada e saída de correspondências, receber 3. O CNE tem funções consultivas e funciona junto
e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o do Ministério da Educação e Ensino Superior, sendo o
público em geral, assegurar todo o expediente de ar- seu presidente eleito pela Assembleia Nacional.
quivo de documentos, manter actualizados os contactos
da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e 4. Sem prejuízo do estatuído no número três (3), a
matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de composição, competências e regime de funcionamento
elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem
640 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

do Conselho Nacional da Educação serão definidos em SUBSECÇÃO IV


diploma próprio. Inspecção-geral da Educação

5. O Conselho Nacional de Educação (CNE) é um Artigo 230.º


órgão independente associado ao Ministério da tutela e Natureza e competências
tem como missão aprimorar e consolidar uma Educa-
ção nacional de qualidade, assegurando a participação 1. A Inspecção-geral da Educação, designada por
da sociedade em geral. IGE, é um Órgão Central do Ministério da Educação e
Ensino Superior, de regime de quadro privativo, que
6. É instituído o Conselho Nacional de Educação goza de autonomia, administrativa, técnica e operacio-
com funções consultivas, sem prejuízo das competên- nal.
cias próprias dos órgãos de soberania, para efeitos de
participação das várias forças sociais, culturais e eco- 2. A IGE rege-se pelas disposições constantes do es-
nómicas na procura de consensos relativamente à polí- tatuto orgânico e remuneratório aprovado pelo Decre-
tica educativa. to- Lei nº 14/2018, publicado no Diário da República
Nº 121, de 20 de Agosto de 2018.
7. O Governo regula, em legislação própria, a orga-
nização, a composição e o funcionamento do Conselho SUBSECÇÃO V
Nacional de Educação, sem prejuízo do disposto no Gabinete da Educação Especial
presente diploma.
Artigo 231.º
SUBSECÇÃO II Natureza e competências
Universidade de São Tomé e Príncipe
O Gabinete de Educação Especial é uma estrutura do
Artigo 228.º Ministério responsável pelo planeamento, implementa-
Natureza e competências ção de políticas e coordenação de serviços referentes à
educação de crianças com necessidades educativas
1. A Universidade de São Tomé e Príncipe é um es- especiais, cabendo-lhe, designadamente:
tabelecimento de ensino que, nos termos da lei, funcio-
na sob a tutela directa da Ministra. a) Propor à tutela a definição de políticas sobre
educação especial;
2. A USTP rege-se pelas disposições constantes do
estatuto próprio. b) Propor medidas sobre acessibilidade, habilita-
ção e participação de pessoas com deficiência;

SUBSECÇÃO III c) Conceber e propor legislação regulamentadora


das acções de Educação Especial;
Agência Nacional de Avaliação, Certificação e
Acreditação da Educação d) Criar, coordenar e apoiar as unidades e as
equipas de apoio especializado;
Artigo 229.º
Natureza e competências e) Conceber, propor, coordenar e dinamizar inici-
ativas e projectos no âmbito da educação espe-
1. A Agência Nacional de Acreditação, Certificação cial;
e Avaliação Educacional tem a responsabilidade de
acompanhar todos os passos do processo de ensino e f) Promover a articulação entre os sectores do
aprendizagem, comparar os resultados obtidos confor- MEES e privados, no que respeita às medidas
me os objectivos propostos, realizar exames nacionais, educativas no âmbito da educação especial;
a fim de verificar progressos, dificuldades, orientar
trabalho para as melhorias necessárias e proceder a g) Promover a articulação e parcerias com secto-
acreditação, certificação de diplomas e certificados. res da Saúde, do Trabalho, da Justiça, Coope-
ração e associações da sociedade civil organi-
2. A Agência Nacional de Avaliação e Acreditação zada nos diversos domínios referentes à
da Educação- STP é regida por estatuto próprio. educação especial;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 641

h) Desenvolver, reproduzir e disponibilizar mate- CAPÍTULO X


riais pedagógicos essenciais à educação de cri-
anças e jovens com necessidades educativas MINISTÉRIO DO TURISMO, CULTURA,
especiais; COMÉRCIO E INDÚSTRIA

i) Avaliar e definir as necessidades de formação SECÇÃO I


em educação especial; Objecto, Natureza e Atribuições

j) Colaborar nos cursos de formação especializa- Artigo 234.º


da em educação especial; Objecto

k) O Gabinete de Educação Especial articula com O presente diploma tem como objecto aprovar a Or-
as instituições de formação de professores em gânica do Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e
acções de formação contínua sobre temáticas Indústria.
da educação especial.
Artigo 235.º
SUBSECÇÃO VI Natureza
Fundo para Ciência e Tecnologia
1. O Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e In-
Artigo 232.º dústria (MTCCI) é o organismo da Administração Cen-
Natureza e competências tral do Estado responsável pela concepção, execução,
coordenação e avaliação da política definida pelo Go-
1. O Fundo para Ciência e Tecnologia (FCT), é um verno para os sectores do Turismo, Cultura, Comércio
fundo nacional destinado ao desenvolvimento do ensi- e Indústria.
no superior, da ciência, da tecnologia e da investiga-
ção. 2. Cabe ao supra Ministério propor a formulação e
aplicação dos princípios reguladores das actividades
2. A constituição e o funcionamento do FCT são de- Económicas.
finidos em diploma próprio.
3. Cabe ainda ao Ministério do Turismo, Cultura,
SUBSECÇÃO VII Comércio e Indústria representar o Estado São-tomense
Fundo da Família, da Educação e de Apoio Social junto das instituições e organizações regionais e inter-
nacionais.
Artigo 233.º
Natureza e competências Artigo 236.º
Atribuições
1. O Fundo da Família da Educação e de Apoio So-
cial (FFEAS), é um fundo nacional destinado à família Na prossecução da sua missão, são atribuições do
da educação e as famílias desfavorecidas. Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e Industria:

2. A constituição e o funcionamento do FFEAS, são a) Definir e controlar a execução da política Tu-


definidos em diploma próprio. rísticas do Estado, tendo especialmente em
atenção a prossecução dos objectivos de estabi-
lização conjuntural e desenvolvimento econó-
mico definido no programa do Governo e nas
grandes Opções do Plano;

b) Definir um amplo programa de reformas estru-


turais conducentes à correcção das distorções
Comerciais;

c) Gerir os instrumentos financeiros do Estado,


nomeadamente, o Orçamento, o Tesouro e o
Património;
642 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

d) Coordenar e controlar a actividade Industriais b) De coordenação e apoio técnico-


dos diversos subsectores do sector público e administrativo:
privados;
i) Gabinete do Ministro (GM);
e) Assegurar em coordenação com o Ministério
dos Negócios Estrangeiro e Comunidades, e ii) Direcção Administrativa e Financeira (DAF);
comunidade a representação do Estado São-
Tomense nas organizações regionais e interna- iii) Gabinete Jurídico, Assessoria Estudos e Rela-
cionais; ções Internacionais (GJEARI)

f) Coordenar a elaboração e a execução de pro- c) De orientação técnica:


gramas e projectos de cooperação em conjuga-
ção com os demais organismos da Administra- i) Direcção do Comercio (DC);
ção Central do Estado;
ii) Direcção do Industria (DI);
g) Conceber e executar a política industriais;
d) De fiscalização:
h) Exercer o controlo comercial das instituições
públicas ou semipúblicas; i. Direcção de Regulação e Controlo das Actividades
Económicas (DRCAE)
i) Definir medidas gerais de políticas da Admi-
nistração Pública e técnicas de estudos para o e) De tutela:
aperfeiçoamento dos métodos de trabalho e da
organização e gestão dos meios disponíveis; i. Instituto Nacional do Turismo e Hotelaria (INTH);

j) Implementar políticas atinentes a regularização ii) Instituto Nacional da Cultura (INC);


e monitorização dos preços dos produtos e todo
iii) Comissão Nacional da UNESCO.
k) Definir, formular e implementar orientações de
politica em matéria do desenvolvimento Turís- 2 Todos os projectos que têm caris Industrial e Co-
tico e Cultural, visando a exploração sustentá- mercial ficam sob a alçada do Ministério do Turismo
vel das paisagens de São Tomé e Príncipe; Cultura, Comércio e Industria.

l) Aproveitar de forma sustentável todos os re- Artigo 238.º


cursos disponíveis tanto na terra como no mar; Integração de outros Serviços

m) Conceber políticas para a industria que abranja 1. São transferidos para o Ministério, do Turismo,
sectores económicos ligados, aos sectores pú- Cultura, Comércio e Indústria, proveniente do extinto
blicos e privado, entre outros. Ministério das Finanças, Comércio e Economia Azul
os Seguintes Serviços: Direcção Geral de Turismo e
SECÇÃO II Hotelaria, Direcção do Comércio, Direcção da Indus-
Estrutura Orgânica tria, Direcção de Regulação e Controlo das Actividades
Económicas e a Serviço Nacional de Propriedade Inte-
Artigo 237.º lectual.
Órgãos e serviços
2. Foi igualmente transferido o extinto Ministério da
1. O Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e In- Educação, Cultura, Ciência e Comunicação, a Direcção
dústria é constituído pelos seguintes Órgãos e Serviços: Geral de Cultura, o Observatório de Redução da Po-
breza e o Centro de Investigação de políticas para o
a) De consulta: desenvolvimento.

i) Conselho Consultivo (CC). 3. A estrutura das Direcções definidas nos números


1 e 2 deste artigo são definidas nos respectivos Estatu-
tos Orgânicos.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 643

Artigo 239.º d) Estabelecer e actualizar um sistema permanen-


Gabinete Jurídico, Estudos, Assessoria e Relações te e fiável de recolha, tratamento e difusão de
Internacionais informação, particularmente a da gestão eco-
nómica e financeira do país;
1. O Gabinete Jurídico, Estudos, Assessoria, e Rela-
ções Internacionais (GJEARI) tem a função técnica e) Assegurar a obtenção, produção e difusão da
global de orientação e supervisão das actividades deste informação proveniente das direcções técnicas
Ministério, devendo para tal realizar acções de síntese, encarregues da gestão económica e financeira
coordenação e seguimento dos dossiers técnicos dos do país;
vários serviços que compõem o Ministério.
f) Promover a realização de estudos empíricos
2. É também, o serviço responsável pela elaboração que permitam melhorar a formulação de políti-
de estudos e pareceres jurídicos e pelo planeamento das cas macroeconómicas da responsabilidade do
actividades de curto, médio e longo prazo, referente Ministério das Finanças;
aos vários serviços do Ministério, bem como, pelo
acompanhamento do relacionamento e negociações do g) Estudar e propor medidas de política económi-
Executivo, com as instituições financeiras internacio- ca, nomeadamente no domínio fiscal, orçamen-
nais, organismos internacionais e organizações regio- tal, cambial, monetário e de rendimento e pre-
nais, no que respeita à politica económica-financeira e, ços, bem como proceder a análise dos
em colaboração com as áreas respectivas, assegurar a principais indicadores macro-economicos;
coordenação e articulação das diversas acções de coo-
peração, no âmbito das atribuições do Ministério das h) Proceder, sob a orientação técnica e metodoló-
Finanças. gica da Direcção- Nacional do Planeamento, a
elaboração do QDMP (Quadro de despesas de
3. O GJEARI é dirigido por um Coordenador, equi- Médio Prazo) do sector e elaborar relatórios
parado para efeitos legais a figura de director das fi- periódicos sobre a sua execução;
nanças, nomeado pelo Ministro, nos termos previstos
no Estatuto da Função Pública. i) Recolher e sistematizar, dentro da sua área mi-
nisterial, a informações provenientes do con-
4. A estrutura do Gabinete Jurídico, Estudos, Asses- junto dos serviços do Ministério, com vista ao
soria, e Relações Internacionais (GJEARI) será defini- estabelecimento de cenários, estratégias e pro-
da no estatuto orgânico próprio. postas a submeter ao Ministro bem como as in-
dispensáveis ao processo de planeamento;
Artigo 240.º
Competências j) Promover e coordenar, em colaboração com as
áreas competentes, o relacionamento do Minis-
1. O Gabinete Jurídico, Estudos, Assessoria e Rela- tério das Finanças com as instituições financei-
ções Internacionais na prossecução das suas tarefas tem ras internacionais, os organismos internacio-
as seguintes atribuições: nais e organizações regionais nos domínios
económicos e financeiros;
a) Participar na elaboração da programação e ges-
tão macroeconómica nacional; k) Elaborar sob a coordenação técnica e metodo-
lógica da Direcção Nacional do Planeamento,
b) Participar na elaboração das propostas para a as propostas das Grandes Opções de Plano
formulação das políticas macroeconómicas de anuais (GOP) do sector;
curto prazo ou de regulação conjuntural e
acompanhar a sua implementação; l) Participar, em coordenação com as Direcções
do Orçamento, da Administração Financeira e
c) Promover ou realizar estudos e emitir parece- a Direcção Nacional de Planeamento, na elabo-
res, nomeadamente nos domínios jurídicos, ração do orçamento do sector;
económicos, financeiros, aduaneiro e fiscal,
dos recursos humanos e informático, à solicita- m) Promover a elaboração e divulgação de estu-
ção do Ministro e dos respectivos Directores; dos, publicação e informação respeitantes ao
Ministério;
644 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

n) Elaborar, em colaboração com outros serviços e) Promover a criação de uma rede de intercâm-
do Ministério, os relatórios de actividade, ten- bio de informação entre entidades que traba-
do em vista a avaliação dos resultados dos pla- lham nos domínios das suas competências;
nos e da execução orçamental;
f) Propor a definição de estratégias da comunica-
o) Cumprir rigorosamente os prazos estipulados ção dos riscos em matéria de segurança alimen-
pela Direcção Nacional do Planeamento no to- tar, tendo em consideração os conteúdos, os
cante ao fornecimento de informações indis- meios e os grupos alvo da população;
pensáveis ao processo de planeamento.
g) Promover acções de natureza preventiva e re-
SUBSECÇÃO I pressiva em matéria de infracção contra a qua-
lidade, genuinidade, composição, aditivos ali-
Artigo 241.º mentares e outras substâncias e rotulagem dos
Direcção de Regulação e Controlo das géneros alimentícios e dos alimentos para ani-
Actividades Económicas mais;

1. A Direcção de Regulação e Controlo das Activi- h) Fiscalizar a oferta de produtos e serviços nos
dades Económicas, adiante designada por (DRCAE), é termos legalmente previstos, tendo em vista
um serviço público que está sob tutela do Ministério do garantir a segurança e saúde dos consumidores;
Turismo, Cultura, Comercio e Industria.
i) Fiscalizar o cumprimento das obrigações legais
2. A DRCAE tem como missão promover a regula- dos agentes económicos;
ção, o controlo e a fiscalização de todas as actividades
económicas realizadas sobre o território nacional ou j) Proceder a fiscalização de todos os locais onde
com elas relacionadas. se procede a qualquer actividade industrial,
comercial, agricultura, pecuária, de abate, pis-
3. ADRCAE prossegue as seguintes atribuições: catória, incluindo a actividade de pesca lúdica,
de promoção e organização de campos de fé-
a) Velar pelo cumprimento das Leis, regulamen- rias ou de prestação de serviço, designadamen-
tos, despachos e instruções no âmbito da defesa te de produção acabadas e ou intermédios, ar-
da economia nacional, organizando a preven- mazéns, escritórios, meios de transporte,
ção e promovendo a repressão dos delitos con- entrepostos frigoríficos, empreendimentos tu-
tra a economia e saúde pública; rísticos, agências de viagens, empresas de ani-
mação turísticas, estabelecimento de restaura-
b) Emitir pareceres científicos e técnicos, reco- ção e bebidas, cantinas e refeitório, clínicas
mendações e avisos, nomeadamente em maté- dentárias, clínicas veterinárias, recinto de di-
rias relacionadas com a nutrição humana, saúde versão ou de espectáculo, infra-estruturas equi-
bem-estar animal, fitossanidade e organismos pamentos, espaços desportivo.
genéticos modificados;
SUBSECÇÃO II
c) Recolher a analisar dados que permitam a ca-
racterização e avaliação dos riscos que tenham Artigo 242.º
impacto, directo na segurança alimentar, asse- Arquivo Histórico de S.Tomé
gurando a comunicação pública e transparente
dos riscos e promovendo a divulgação de in- 1. O Arquivo Histórico de S.Tomé e Príncipe é a en-
formação sobre segurança alimentar junto aos tidade coordenadora do sistema nacional de arquivos, e
consumidores; tem por missão estruturar, promover e acompanhar de
forma dinâmica e sistemática a invenção do Estado no
d) Proceder a avaliação dos riscos alimentares, âmbito da política arquivista.
nomeadamente os relativos aos novos alimen-
tados e ingredientes alimentares, bem como 2. O Arquivo Histórico de S. Tomé e Príncipe é re-
dos riscos inerentes à saúde e bem-estar animal gido por estatuto próprio.
e à alimentação animal;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 645

SUBSECÇÃO III SUBSECÇÃO V

Artigo 243.º Artigo 245.º


Casa da Cultura Biblioteca Nacional

1. A Casa da Cultura é uma instituição vocacionada 1. A Biblioteca Nacional é uma instituição pública
para a difusão, promoção e desenvolvimento de acções que tem por missão disponibilizar aos utentes a memó-
nos domínios da arte, cultura, e comunicação e funcio- ria intelectual, cultural, científica, servindo de motor de
na sob a tutela do Ministro de Turismo, Cultura, Co- difusão de tudo que constitui o seu acervo, assim como
mércio e Indústria. a sua preservação para a posteridade.

2. A Casa da Cultura é regida por um estatuto pró- 2. A Biblioteca Nacional é regida por estatuto pró-
prio prio.

Subsecção IV SUBSECÇÃO VI

Artigo 244.º Artigo 246.º


Museu Nacional Comissão Nacional da UNESCO

1. O Museu Nacional é um serviço público sob tute- 1. A comissão Nacional da UNESCO é o órgão que
la do Ministério de Turismo Cultura, Comércio e In- desenvolve actividade no âmbito das quatro áreas de
dústria encarregue de: mandato da UNESCO – educação, ciência, cultura e
comunicação – e nas áreas temáticas desta organização,
a) Proceder a recolha e conservação dos Instru- difundindo e dinamizando em São Tomé e Príncipe as
mentos de trabalho, trajes tradicionais, peças políticas e os programas aprovados no seio da
de arte sacra e outros; UNESCO, em colaboração com as demais entidade
governamentais e os diferentes grupos activos na soci-
b) Proceder a recolha e conservação dos artefac- edade.
tos históricos, dignos de figurarem num museu
de arquiologia; 2. A Comissão Nacional da UNESCO é regida por
um estatuto próprio.
c) Instituição e organização de museus de especi-
alidade, nomeadamente, as histórias natural, SUBSECÇÃO VII
etnográfico, histórico-cultural;
Artigo 247.º
d) Preparar a organização de exposições especi- Direcção do Comércio
ais;
1. A Direcção do Comércio, adiante designada por
e) Promover o intercâmbio com instituições con- DC, é um serviço público sob a tutela do Ministério
géneres; responsável pelo sector do comércio com as seguintes
atribuições:
f) Proceder a elaboração e publicação de mono-
grafia sobre material existentes; a) Proceder o licenciamento das actividades co-
merciais;
g) Criação de um museu ao ar livre com base nos
acervos existentes nas antigas roças coloniais. b) Promover a divulgação e a aplicação das nor-
mas técnicas correspondentes aos estabeleci-
h) Servindo de motor de difusão de tudo que mentos comerciais;
constitui o seu acervo, assim como a sua pre-
servação para a posteridade. c) Promover a regulamentação dos estabeleci-
mentos comerciais, classifica-los de acordo
com as suas características, de modo a facilitar
a integração económica das instalações e pro-
tecção do consumidor;
646 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

d) Organizar em articulação com as instituições f) Manter um conhecimento actualizado sobre a


representativas do sector privado, cursos, con- actividade industrial, as condições gerais do
ferencias e seminários de sensibilização com funcionamento da indústria, seu processo de
normas técnicas internacionais a serem obser- fabrico e promover o seu desenvolvimento e
vadas na produção e comercialização de bens e modernização;
serviços;
g) Identificar e propor acções de formação para os
e) Promover a criação de estruturas e circuitos de quadros do sector.
distribuição e comercialização interna de mer-
cadorias, que garantam a sua distribuição por SECCÇÃO III
todo o país, nas melhores condições de quali-
dade e uniformidade de preços; Artigo 249.º
Órgãos tutelados
f) Proceder a análise e seguimento do real abaste-
cimento do mercado interno, particularmente Os serviços tutelados pelo Ministério que se regem
em produtos de primeira necessidade; por legislação própria são os seguintes:

g) Assessorar o Governo, em colaboração com as 1. Gabinete da Ministra (GM).


outras autoridades competentes, nas negocia-
ções e decisões, nas instâncias internacionais 2. Conselho Consultivo (CC).
dos dossiês ligados ao comércio;
3. Direcção do Arquivo Estorico (DAE).
h) Propor e executar a política de concorrência e
preços no sector do comércio. 4. Direcção da Biblioteca Nacional (DBN).
5. Casa da Cultura (CC).
SUBSECÇÃO VIII
6. Museu Nacional (MN).
Artigo 248.º
Direcção da Indústria 7. Comissão Nacional da UNESCO.

1. A direcção da Indústria é um serviço do Ministé- 8. Fundo Nacional de Desenvolvimento Cultural


rio de Turismo Cultura Comercio e Indústria ao qual (FNDC).
cabe executar a política industrial, apoiar técnica e
tecnologicamente as empresas industriais, e proceder 9. Centro de Investigação e Análise de Politicas para
ao licenciamento do exercício da actividade industrial, o Desenvolvimento (CIAPD).
não atribuídas por lei, a outros órgãos da Administra-
ção Central. 10. Observatório de Redução da Pobreza (ORP).

2. Compete em especial a Direcção da Indústria: SECÇÃO IV

a) Conceber e programar o crescimento do sector Artigo 250.º


industrial; Secretário de Estado para o Comércio e Indústria

b) Identificar linhas de produção capazes de pro- 1. O Secretário de Estado para Comércio e Indústria
porcionar um valor acrescido a sector; é o responsável pela concepção, execução, coordena-
ção e avaliação da política defendida e aprovada pelo
c) Proceder estudos diagnósticos sobre diversas Conselho de Ministros para os domínios do Comercio e
matérias do sector industrial; Industria.

d) Proceder o licenciamento industrial; 2. É apoiado por Gabinete constituído por um Direc-


tor de Gabinete, um Secretário e um Motorista.
e) Apoiar técnica e tecnologicamente as indús-
trias, visando a melhoria das condições de la- 3. Tem competência delegada para exercer a tutela
boração e dos processos se fabricação; directa sobre a Direcção do Comercio, Direcção de
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 647

Regulação e Controlo das Actividades Económicas e a Gabinete da Ministra do Turismo, Cultura,


Direcção da Industria e responde perante o Ministro do Comércio e Indústria
Turismo, Cultura, Comercio e Industria.
Cargos
Unid
Ministro
1……………………... Diretor de Gabinete
4……………………... Assessores do Ministro
1……………………... Secretário Particular
1……………………... Motorista ligeiro de 3.ª
1……………………… Classe
1……………………… Segurança

CAPÍTULO XI

MINISTÉRIO DA SAÚDE

SECÇÃO I
Disposições Gerais

Artigo 251.º
Missão

O Ministério da Saúde, abreviadamente designado


MS, é uma Instituição do Estado encarregue de gerir e
implementar toda a política nacional de saúde, com
LEGENDA: vista a adopção de um Sistema Nacional de Saúde para
os cidadãos em todas as suas vertentes, de forma sus-
CC – Conselho Consultivo; tentável.

GM – Gabinete do Ministro; Artigo 252.º


Âmbito das Relações Interinstitucionais
GSE- Gabinete do Secretario de Estado
O MS desenvolve as suas actividades com base na
DAF- Direcção Administrativa e Financeira; disciplina e responsabilidade, da solidariedade e coope-
ração com todos os parceiros de São Tomé e Príncipe,
DITEI – Direcção de Tecnologia de Informação; organismos, instituições e serviços governamentais e
não-governamentais e outras instituições que tenham
ITH- Instituto de Turismo e Hotelaria intervenção directa e indirecta apenas no sector da
saúde.
IGC- Instituto da Cultura;
Artigo 253.º
DC- Direcção do Comércio; Órgãos, serviços e instituições

DI- Direcção da Industria; O Ministério da Saúde compreende os seguintes Ór-


gãos, Serviços e Instituições:
GJEARI – Gabinete Jurídico, Estudos, Assessoria e
Relações Internacionais; 1. São órgãos:

a) Gabinete do Ministro;
648 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

b) Conselho Consultivo; c) Agir como uma estrutura intermédia entre o


Ministro e os serviços técnicos respectivos e
c) Conselho Directivo. com os demais Ministérios e outras institui-
ções, em cumprimento das orientações do Mi-
2. São serviços: nistro;

a) Direcção de Plano e Administração Financeira; d) Assegurar a informação necessária à execução


do Programa do Governo, tratando os docu-
b) Direcção dos Cuidados de Saúde; mentos e expedientes necessários;

c) Gabinete Técnico de Cooperação e de Coorde- e) Assistir o Ministro nos despachos, reuniões,


nação de Parcerias; audiências e elaborar relatórios e atas;

d) Gabinete de Comunicação para a Saúde; f) Coadjuvar o Ministro nas tarefas de planea-


mento, organização, direcção, controlo e avali-
e) Gabinete de Estudos e Planeamento; ações das actividades do Ministério;

f) Gabinete de Junta de Saúde; g) Convocar reuniões para as quais são mandata-


dos;
g) Gabinete de Inspecção Geral de Saúde.
h) Assegurar que as informações e os despachos
3. São instituições: cheguem em tempo útil aos destinatários;

a) Central de Abastecimento de Medicamentos i) Apoiar o Ministro na Gestão das actividades do


(CAME); Ministério.

b) Centro Hospitalar de São Tomé (CHST); Artigo 255.º


Conselho Directivo
c) Centro Nacional de Endemias (CNE).
Definição, atribuição, estrutura e
SESSÃO II funcionamento
Dos órgãos
1. O Conselho Directivo é o órgão de convergência e
Artigo 254.º de coordenação do MS, que incumbe gerir as acções do
Estrutura, funcionamento e atribuições Governo no âmbito da saúde, isto é, planear, executar,
dirigir, controlar e avaliar todas actividades do sector
1. O Gabinete do Ministro da Saúde é uma estrutura de saúde.
composta por Director do Gabinete, Assessores que em
colégio formam o Órgão Consultivo, a Secretária e o 2. O Conselho Directivo tem as seguintes atribui-
motorista. ções:

2. Relativamente ao funcionamento, o Gabinete do a) Fazer o feedback de todas as actividades em


Ministro é dirigido por um Director, nomeado pelo curso e por desenvolver;
Ministro da Saúde, com a obrigação de coadjuvar o
Ministro em todas as actividades do Ministério. b) Apresentar o plano de trabalho quinzenal, men-
sal, bem como o anual, e fazer o balanço das
3. Constituem atribuições do Gabinete do Ministro suas realizações;
da Saúde, as especificadas a seguir:
c) Pronunciar sobre os grandes problemas com
a) Prestar todo ao apoio necessário à implementa- que se debatem o Ministério e apresentar pro-
ção da política do Governo; postas de soluções;

b) Prestar a necessária assessoria técnica e jurídi-


ca ao Ministro;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 649

d) Integrar comissões que venham a ser criadas das actividades de promoção da saúde, da prevenção
para a resolução dos grandes problemas da sa- das doenças, da prestação dos cuidados de saúde em
úde; todas as áreas de saúde do país, designadamente, Área
de Saúde de Água Grande, Mé-Zóchi, Cantagalo, Lo-
e) Prestar apoio técnico de que necessite o Minis- bata, Caué, Lembá e da Região Autónoma de Príncipe.
tro no exercício das suas funções;
2. Constituem atribuições específicas da DCS, as se-
f) Promover e realizar estudos, análises, pesqui- guintes:
sas e reflexões sobre todas as questões ineren-
tes ao Ministério, e propor orientações estraté- a) Administrar a saúde local das populações dos
gicas, posições e iniciativas neste âmbito; distritos e da Região Autónoma de Príncipe,
promovendo a execução da política de saúde de
g) Organizar debates, colóquios, conferências e acordo com os objectivos globais e sectoriais
outras sessões de trabalho sobre questões rele- do Governo sob a orientação directa do Minis-
vantes; tro da Saúde;

h) Preparar sínteses informativas e propor saídas b) Participar na definição de medidas de coorde-


sobre os assuntos correntes do Ministério, da nação intersectorial e de planeamento, tendo
vida política, económica e social de São Tomé como objectivo a melhoria da prestação dos
e Príncipe para a definição e coordenação da cuidados de saúde;
Missão do Ministério;
c) Participar no planeamento e execução dos pro-
i) Planear, organizar, executar, controlar e avali- jectos de investigação das instituições e servi-
ar, todas actividades do Ministério; ços do Ministério da Saúde;

j) Fazer balanço e síntese das missões de deslo- d) Apoiar o desenvolvimento de projectos de in-
cação ao estrangeiro em serviço, usando o pas- vestigação realizados nos serviços de saúde;
saporte do estado.
e) Gerir os aspectos técnicos da prestação dos
3. A estrutura do Conselho Directivo compreende, cuidados de saúde, garantindo o necessário
todas as Direcções, Serviços e Instituições afectas ao apoio técnico, normativo, a implementação dos
Ministério. Pode ocorrer o Conselho Directivo Restrito programas de cuidados integrados nas respecti-
de que fazem parte as chefias máximas das Direcções, vas áreas;
Serviços e Instituições do Ministério da Saúde e indi-
vidualidades convocadas pelo Ministro da Saúde e o f) Promover as medidas convenientes de higiene
Conselho Directivo Alargado de que fazem parte além da alimentação e de melhoria da nutrição;
das chefias máximas das Direcções, Serviços e Institui-
ções, os responsáveis dos departamentos dos mesmos, g) Colaborar no estudo da prevenção das doenças
e chefias de nível equiparado, bem como outras indivi- crónicas degenerativas, dos acidentes e das má-
dualidades das organizações e projectos convocadas formações evitáveis;
pelo Ministro da Saúde.
h) Tomar medidas de promoção e defesa da saúde
4. O Conselho Directivo é sempre convocado ordi- mental;
nária e extraordinariamente pelo Ministro da Saúde, e
funciona sob a sua direcção e presidência. i) Colaborar com o Registo Civil no registo das
crianças recém-nascidas nas maternidades e em
Artigo 256.º outras unidades de saúde;
Direcção dos cuidados de saúde
j) Garantir a atenção primária e secundária de
Definição, atribuição, estrutura e Saúde nos Distritos e Região Autónoma de
funcionamento Príncipe, organizar as intervenções de forma
integrada;
1. A Direcção dos Cuidados de Saúde, abreviada-
mente designada por DCS é o serviço de coordenação
650 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

k) Coordenar e supervisionar as actividades de v) Alimentar as bases de dados nacionais, com os


Saúde Pública e as actividades realizadas nos dados produzidos pelo Sistema de Informação
Distritos e na Região Autónoma de Príncipe; das Áreas de Saúde, mantendo actualizados os
registos dos profissionais, de serviços e de es-
l) Identificar as necessidades de saúde nas popu- tabelecimentos sob a sua gestão;
lações e as intervenções que permitam dar res-
posta às mesmas com o seu envolvimento; w) Firmar, monitorizar e avaliar os indicadores de
cuidados primários e secundários de saúde, di-
m) Estabelecer com o envolvimento da população vulgar em sede própria os respectivos resulta-
e a participação das estruturas distritais e da dos;
região autónoma, as prioridades para a organi-
zação de cuidados de saúde primário e secun- x) Proceder a colheita, a análise de dados de inte-
dário; resse para a gestão de saúde e transferir em
tempo útil, as informações apropriadas para o
n) Organizar, executar e gerir os serviços e as ac- Ministro da Saúde.
ções de cuidados de saúde primário e secundá-
rio, de forma universal; 3. A Direcção dos Cuidados de Saúde tem uma es-
trutura composta por dois (2) Departamentos, seis (6)
o) Organizar o fluxo dos utentes, propor a garan- Áreas de Saúde Distritais e uma (1) Área de Saúde
tia de referência aos serviços e acções de saúde Regional.
fora do âmbito de cuidados primários e secun-
dários; 4. Constituem Departamentos da Direcção dos Cui-
dados de Saúde, o de Saúde Reprodutiva e o de Vigi-
p) Planificar as acções de cuidados de saúde pri- lância Epidemiológica e Sistema de Informação de
mário e secundário, e utilizar os instrumentos Saúde;
de programação distrital e regional, com vista a
optimizar os recursos dos distritos e da região 5. Constituem Áreas dos Cuidados de Saúde, Área
autónoma; de Saúde de Água Grande; Área de Saúde de Mé-
Zóchi, Área de Saúde de Cantagalo, Área de Saúde de
q) Fazer cumprir as normas que tenham por ob- Lobata, Área Saúde de Lembá, Área de Saúde de Caué
jectivo a defesa de saúde pública e requerer, e a Área de Saúde da Região Autónoma de Príncipe.
quando necessário, a intervenção de outras au-
toridades competentes; 6. A Direcção dos Cuidados de Saúde funciona sob a
Direcção de um Director ou Directora nomeado(a) pelo
r) Desencadear acções com vista a prevenção de Ministro da Saúde, para exercer as atribuições estabe-
acidentes e de doenças profissionais; lecidas nos n.os 1 e 2 do presente artigo, bem como as
demais que lhe venha a ser investida. Tem por sua vez
s) Actuar sempre na observância do código de 7 (sete) Administradores, sendo 6 (seis) distritais e 1
Saúde; (um) da Região Autónoma de Príncipe e por 7 (sete)
Assistentes das Áreas, sendo 6 (seis) das áreas distritais
t) Fazer cumprir as normas sobre as doenças e 1 (um) da Região Autónoma de Príncipe.
transmissíveis, manter actualizado o registo de
doenças de notificação obrigatória e coordenar 7. O Director ou a Directora dos Cuidados da Saúde,
as acções em caso de epidemia, à luz dos Có- no exercício das suas atribuições é sempre coadjuva-
digos e Regulamentos sobre a Saúde Pública; do(a) pelos Chefes dos Departamentos, Assistentes das
Áreas e pelos Administradores das Áreas de Saúde.
u) Assegurar em colaboração com as entidades
competentes, a fiscalização das condições de
saúde pública, nomeadamente o saneamento do
território, a higiene habitacional e alimentar, a
qualidade da água para o consumo humano,
esgotos, a remoção e o tratamento de lixo;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 651

Artigo 257.º h) Assegurar todo o apoio técnico nas relações


Gabinete técnico de cooperação e coordenação de com as organizações internacionais ou entida-
parcerias des similares estrangeiras ou internacionais;

Definição, atribuição, estrutura e i) Centralizar a informação estatística do Ministé-


funcionamento rio em matéria da cooperação e parcerias inter-
nas e internacionais, com vista a organizar um
1. O Gabinete Técnico de Cooperação e Coordena- banco de dados, sua gestão e difusão;
ção de Parcerias é o serviço técnico do MS, com atri-
buições em matéria de gestão dos processos de coope- j) Viabilizar procedimentos para concretização de
ração e de parcerias, internas e internacionais em todas parcerias com as organizações governamentais,
as suas fases, isto é antes, durante, assim como depois não-governamentais e com o sector privado pa-
da sua materialização, bem como o cadastro das deslo- ra o fortalecimento dos Órgãos, Serviços e Ins-
cações dos funcionários em missão de serviços ao es- tituições do Ministério;
trangeiros e demais outras que lhe for atribuída.
k) Preparar as documentações chaves, inerentes à
2. São atribuições do Gabinete Técnico de Coopera- deslocação do Ministro da Saúde ao estrangei-
ção e Coordenação das Parcerias: ro em missões derivadas do contexto das parce-
rias e cooperações.
a) Efectuar expedientes e diligências sob orienta-
ção do Ministro, que contribuam para a formu- 3. O Gabinete Técnico de Cooperação e Coordena-
lação da política do Ministério em estrita arti- ção de Parcerias tem uma estrutura composta por um
culação com os distintos sectores afectos ao coordenador na fase de instalação, podendo contar
Ministério; também com quadros de nível superior, médio e de
formação profissional.
b) Colaborar com as estruturas do Ministério na
execução dos programas de cooperação e par- 4. O Gabinete Técnico de Cooperação e Coordena-
cerias; ção de Parcerias funciona sob a direcção de um coor-
denador, nomeado por despacho do Ministro da Saúde,
c) Prestar apoio técnico nas relações permanentes para o exercício das atribuições previstas nos n.os 1 e 2
com as organizações internacionais ligadas ao do presente artigo e outras que vierem a ser conferidas.
Ministério;
Artigo 258.º
d) Executar trabalhos técnicos preparatórios rela- Gabinete de Comunicação para Saúde
tivos à participação do Ministro da Saúde nas
conferências internacionais, bem como as dife- Definição, atribuição, estrutura e
rentes representações dos órgãos, serviços e funcionamento
Instituições do Ministério;
1. O Gabinete de Comunicação para Saúde, é um
e) Organizar devidamente todos os relatórios e serviço do Ministério da Saúde que tem por missão
dossier de viagens, relativos a todas as deslo- conceber, propor e desenvolver estratégias de interven-
cações ao estrangeiro dos funcionários do MS; ção no âmbito nacional em toda a matéria de preven-
ção, sensibilização e educação para saúde (em toda a
f) Proceder ao levantamento de todas as conven- sua vertente), das crianças, jovens, adultos e velhos,
ções e demais instrumentos e engajamentos in- bem como a divulgação das actividades, políticas e
ternacionais em matéria da Saúde e propor à estratégias do governo na área da Saúde.
Ministra os devidos procedimentos subsequen-
tes; 2. O Gabinete de Comunicação para Saúde, tem as
seguintes atribuições:
g) Elaborar relatórios periódicos exigidos pelas
organizações internacionais, solicitando para o a) Recolher e tratar os dados informações relacio-
efeito, aos serviços ou entidades competentes nadas com saúde;
os elementos necessários;
652 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

b) Divulgar as actividades, acções e políticas do mente, os estratégicos e operacionais, com vista a pros-
governo em matéria da saúde; secução dos objectivos do sector da saúde e afirmação
de um Sistema Nacional de Saúde sustentável.
c) Conceber programas específicos em matéria da
saúde, em parceria com os órgãos de comuni- 2. São Atribuições do Gabinete de Estudos e Plane-
cação social; amento:

d) Efectuar diligências junto aos órgãos de comu- a) Conceber o Plano Orientador e o Plano estraté-
nicação social, para efeitos de divulgação de gico para o sector da Saúde;
informações;
b) Elaborar estudos e propor recomendações rela-
e) Acompanhar permanentemente todas as ocor- tivas aos desvios constatados nos programas e
rências no âmbito das instalações e estruturas projectos que funcionam à margem do Sistema
de saúde distritais e regional do país; Nacional da Saúde;

f) Propor e elaborar desdobráveis, boletins infor- c) Elaborar estudos e traçar propostas estratégicas
mativos, cartazes, brochuras, outdoor e textos de integração de programas e projectos em cur-
em matéria da saúde; so no Sistema Nacional de Saúde;

g) Propor e conceber planos e programas comuni- d) Determinar vazios, propor e conceber progra-
cativos para saúde nas escolas e outros grupos mas e projectos para o sector da saúde;
alvos específicos;
e) Estudar e conceber projectos com vista à cons-
h) Apresentar sempre a proposta dos trabalhos, trução/reestruturação do Hospital Dr. Ayres de
bem como a estrutura pré-acabada dos mes- Menezes, com vista a torna-lo hospital nacional
mos, para o parecer da responsável de tutela, de referência;
antes da sua efectiva divulgação;
f) Estudar e apresentar propostas concretas sobre
i) Desenvolver um sistema de promoção de mu- os mecanismos de funcionamentos actuais dos
dança de comportamento quanto às doenças serviços, com vista a impulsionar mais o Sis-
endémicas e aos riscos epidemiológicos; tema Nacional de Saúde;

j) Exercer todas as demais tarefas que estejam g) Realizar, por determinação do Ministro, quais-
acometidas e relacionadas com o Gabinete. quer actividades no âmbito das suas competên-
cias, directamente ou mediante recurso a espe-
3. O Gabinete de Comunicação para Saúde, tem uma cialistas ou outros serviços do Estado ou ainda
estrutura composta por um coordenador e por demais mediante assessoria estrangeira;
outros quadros de acordo a conveniência dos serviços.
h) Manter informado o Ministro sobre o nível de
4. O Gabinete de Comunicação para Saúde, funciona execução dos planos sectoriais, programas e
sob direcção de um coordenador, nomeado por despa- projectos do sector da saúde e propor medidas
cho do Ministro da Saúde para o exercício das atribui- de correcção;
ções previstas nos nºs 1 e 2 do presente artigo e outras
que vierem a ser conferidas. i) Elaborar relatórios periódicos sobre o nível de
cumprimento dos planos estratégicos bem co-
Artigo 259.º mo planos os operativos e apresenta-los ao Mi-
Gabinete de Estudos e Planeamento nistro de Tutela.

Definição, atribuição, estrutura e 3. O Gabinete de Estudos e Planeamento tem uma


funcionamento estrutura que integra vários quadros com formação
superior e não só, em que no seu topo está um coorde-
1. O Gabinete de Estudos e Planeamento é um servi- nador designado por despacho do Ministro de Tutela,
ço do Ministério da Saúde, vocacionado para conceber para o exercício das atribuições que lhes é cometida
o Plano Orientador do Ministério e outros designada- pelos n.os 1 e 2 do presente artigo.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 653

4. O Gabinete de Estudos e Planeamento funciona i) Pugnar para o cumprimento rigoroso dos requi-
sob a direcção de um Coordenador, que é sempre coad- sitos para atribuição de juntas;
juvado pelos quadros técnicos do mesmo, de acordo às
necessidades e especificidades dos estudos em causa. j) Prestar colaboração à equipa médica, para
eventuais diligências que se imponham neces-
Artigo 260.º sárias;
Gabinete de junta nacional de saúde
k) Exercer as demais competências, que venham a
Definição, atribuição, estrutura e ser atribuídas pelo Ministro da Saúde;
funcionamento
l) Manter devidamente organizado, todo o arqui-
1. O Gabinete de Junta Nacional de Saúde é um Ser- vo de alta médica dos doentes evacuados à Por-
viço do Ministério da Saúde, cuja missão é gerir todo o tugal, com os seus respectivos relatórios;
processo de atribuição da Junta Médica ao paciente,
desde a fase que antecede a sua concessão, passando m) Convocar o Conselho Médico para reuniões
pela fase da e pós concessão da mesma, em razão da ordinárias e extraordinárias de discussão, deba-
gravidade dos casos e da incapacidade de respostas das tes e aprovação ou não das propostas de juntas
estruturas hospitalares são-tomenses. médicas;

2. O Gabinete de Junta tem as seguintes atribuições: n) Gerir todos os dossiers que se prendam com
evacuações de doentes à Portugal, fora do âm-
a) Gerir e acompanhar todo o processo de junta bito de junta médica.
em todas as suas fases;
3. O Gabinete de Junta Médica tem uma estrutura
b) Manter devidamente organizado o arquivo; Administrativa composta por um Coordenador desig-
nado por despacho do Ministro, um pessoal técnico-
c) Aprovar as Juntas médicas e submete-las à administrativo de diligências, e por outros quadros, de
homologação do Ministro; acordo a conveniência e necessidades dos serviços.
Tem também na sua estrutura técnica, o Conselho dos
d) Acompanhar todo o percurso do doente de jun- Médicos, que integra sete (7) médicos de preferência
ta médica, desde a sua deslocação do País à de diferentes especialidades, todos eles designados por
Portugal, até ao seu regresso ao país, e em al- despacho do Ministro da Saúde, sendo um deles nome-
guns casos pós esse regresso; ado como Presidente do Conselho, outro como Secretá-
rio, e outros como vogais.
e) Elaborar actas de discussão e debates técnicos
(debates entre médicos), que culminam com a 4. Entra ainda na estrutura do Conselho Médico, o
aprovação, ou não das propostas de juntas; médico convidado do paciente em causa, mas sem di-
reito ao voto.
f) Indexar ao relatório de junta, todos os docu-
mentos probatórios necessários à autenticidade 5. O Gabinete de Junta Médica funciona sob a direc-
da mesma; ção de um coordenador, que é sempre coadjuvado por
outros quadros de acordo às necessidades e inerências
g) Manter o duplicado das juntas homologadas e dos serviços, para o exercício das atribuições previstas
não só, devidamente arquivadas; nos n.os 1 e 2 do presente artigo. No âmbito do seu
funcionamento, existe o Conselho Médico, que se reú-
h) Assegurar todo o processo administrativo ine- ne em sessões ordinárias e extraordinárias para analisar
rente às juntas, nomeadamente contacto com as propostas de juntas que lhes são encaminhadas.
Portugal, através da Embaixada, envio dos do-
cumentos dos doentes, gestão dos e-mails, pro- 6. Baseadas nas prerrogativas previstas neste instru-
cesso de visto de passagem, de bilhete de pas- mento, o Gabinete de Junta Médica funciona à luz do
sagem, comunicação com o doente e outras seu estatuto próprio, aprovado por despacho do Minis-
inerentes ao processo; tro de Tutela.
654 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 261.º g) Fazer vistoria às instituições que careçam de


Gabinete de Inspecção-geral de Saúde instrumentos legais, designadamente os alvarás
sanitários, cartão de sanidade, e outros instru-
Definição, atribuição, estrutura e mentos para o seu devido funcionamento;
funcionamento
h) Propor à homologação do Ministro da Saúde,
1. O Gabinete de Inspecção Geral de Saúde, abrevi- os Alvarás sanitários e outras documentações
adamente designado IGAS, é o Serviço Multidiscipli- inerentes ao devido ao funcionamento das ins-
nar do Ministério da Saúde que tem por missão auditar, tituições e serviços;
inspeccionar, vistoriar, fiscalizar, controlar e desenvol-
ver outras acções, em todo o sector de saúde, com vista i) Colaborar com organismos nacionais e interna-
a assegurar o cumprimento rigoroso da lei, regulamen- cionais em matéria de atribuições das inspec-
tos, procedimentos e actuações em todos os domínios ções gerais;
das actividades de prestação dos cuidados de saúde,
nos órgãos, Serviços e Instituições do MS. Tem ainda j) Desenvolver as demais funções que lhe sejam
vocação de vistoriar, fiscalizar e controlar as institui- cometidas por lei;
ções e os serviços não tutelados pelo Estado, nomea-
damente entidades privadas, com ou sem fins lucrati- k) Submeter à homologação do Ministro da Saú-
vos, que estejam interligadas directa e indirectamente de, as propostas de suspensão, encerramento e
pelo sector de saúde pública dos cidadãos, bem como o outras penalizações às instituições que operam
controlo e licenciamento das farmácias e demais insti- directa e indirectamente na área da saúde;
tuições que careçam de instrumentos legais para o seu
devido funcionamento. l) Colaborar de forma directa na prossecução de
acção disciplinar que venha a ser instaurado;
2. Tem por outro lado, a atribuição de promover e de
concluir todos os processos de inquéritos, sindicância e m) Propor no âmbito das fiscalizações, a remessa
averiguações, que venham a ser instaurados e chama- dos processos às instâncias próprias para pro-
dos a responder de forma imediata. cedimentos subsequentes de acordo a gravida-
de dos casos.
3. São ainda atribuições do Gabinete de Inspecção
Geral da Saúde: 4. O Gabinete de Inspecção Geral de Saúde é dirigi-
do por um Director, com estatutos de Inspector-chefe,
a) Controlo e fiscalização da utilização e aplica- designado pelo Ministro da Saúde, para o exercício das
ção do dinheiro público; atribuições previstas nos n.os 1 e 2 do presente artigo e
outras que lhe venha a ser atribuída.
b) Monitorizar o património do Estado, afecto ao
MS; 5. Na estrutura multidisciplinar do Gabinete de Ins-
pecção da Saúde, constam também Inspectores,
c) Realizar acções de fiscalização às unidades de subinspectores e quadros de diferentes áreas de saúde,
prestação de cuidados de saúde do sector pri- pessoal administrativo, podendo estes serem quadros
vado e estatal; técnicos superiores, médios e técnico-profissional,
todos de reconhecida idoneidade e competência, que
d) Inspeccionar a contabilidade e finanças das corroboram ao Director, para a prossecução dos fins
Instituições, Serviços e Órgãos, sob tutela do para que foi criado o Gabinete.
MS;
6. O Gabinete de Inspecção Geral da Saúde funciona
e) Analisar os relatórios e contas dos programas, ao abrigo do presente instrumento e do seu estatuto
projectos e demais organismos para o qual ve- próprio, a ser criado por despacho do Ministro, em
nham a ser chamados; comissões especializadas a serem constituídas e nome-
adas pelo Ministro da tutela, podendo ocorrer dentre
f) Fiscalizar as condições de funcionamento das outras as seguintes comissões:
instalações sanitárias;
a) Comissão de Auditoria e Fiscalização de Con-
tas;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 655

b) Comissão de Vistoria e Licenciamento; tantes e outros, com vista a promoção da saúde


e optimização dos recursos hospitalares;
c) Comissão de Controlo e Fiscalização em Saúde
Pública; e) Contribuir de forma integrada com outras insti-
tuições do Serviço Nacional de Saúde para a
d) Comissão de Controlo e Fiscalização Patrimo- melhoria do estado de saúde da população;
nial;
f) Elaborar a proposta de orçamento, gerir as ver-
e) Comissão de Controlo e Fiscalização dos Me- bas alocadas no Orçamento Geral de Estado a
dicamentos; seu favor;

f) Comissão de Controlo e Fiscalização do Pesso- g) Organizar o seu sistema de contabilidade e


al. contas;

SESSÃO III h) Zelar pela optimização dos recursos disponí-


Das Instituições veis;

SUBSECÇÃO I i) Assegurar a boa gestão do recurso humano,


materiais e financeiro, para proporcionar o
Artigo 262.º crescimento e o desenvolvimento do sector da
Centro Hospitalar de São Tomé (CHST) saúde.

Definição, atribuição, estrutura e funcionamento 3. O CHST tem uma estrutura, que integra a Direc-
ção geral, Direcções e Serviços, que se regem por um
1. O Centro Hospitalar de São Tomé, abreviadamen- estatuto orgânico próprio.
te CHST é uma Instituição do Ministério da Saúde que
tem como objectivo principal garantir a prestação de 4. O CHST funciona ao mais alto nível sob o co-
todos os cuidados de saúde às populações, ao abrigo da mando de um Director Geral que é sempre coadjuvado
Lei e do seu estatuto orgânico. por um Administrador, outros Directores, responsáveis
e quadros técnicos, que em equipa concorrem para a
2. São as atribuições do Centro Hospital de São To- prossecução das atribuições previstas no ponto 1 e 2
mé e Príncipe: deste artigo, da observância do seu estatuto próprio e
outras atribuições que lhe venham a ser conferidas.
a) Prestar cuidados médico e de enfermagem à
população, realizando actividades de promo- SUBSECÇÃO II
ção, prevenção, recuperação e reabilitação dos
utentes, mediante os serviços de hospitalização, Artigo 263.º
ambulatórios e de urgências em diferentes es- Centro Nacional de Endemias
pecialidades;
Definição, atribuição, estrutura e
b) Garantir os cuidados de urgência continuados funcionamento
aos pacientes internados, através de serviços de
piquetes médicos, de enfermagem e demais 1. O Centro Nacional de Endemias (CNE) é a Insti-
áreas técnicas especializadas; tuição do MS que tem por objectivo organizar e coor-
denar a vigilância, a prevenção e a luta contra as doen-
c) Cooperar com as Instituições estrangeiras de ças endémicas e as de risco epidémico elevado, assim
formação no domínio da saúde, para a forma- como lutar contras as doenças infecciosas e outras do-
ção de quadros graduados em diferentes espe- enças com impacto na saúde pública.
cialidades, bem como o aperfeiçoamento dos
quadros em diversas áreas de saúde; 2. São as atribuições do Centro Nacional de Ende-
mias:
d) Desenvolver actividades de Informação, Edu-
cação e Comunicação dirigidas aos trabalhado- a) Planear acções que proporcionem o conheci-
res, estudantes, pacientes, acompanhantes, visi- mento, a detecção e a prevenção de quaisquer
656 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

mudanças dos factores determinantes do pro- aprovisionamento do mercado são-tomense com medi-
cesso endémico; camentos e consumíveis hospitalares de todo o género
e tipos, mediante um processo de compra e venda.
b) Gerir, estudar, promover e executar medidas
adequadas à operacionalidade nos processos de 2. Constituem as atribuições da CAME as seguintes:
controlo de doenças;
a) Aprovisionar o mercado com medicamentos e
c) Desenvolver actividades laboratoriais de vigi- consumíveis hospitalares de todo o género e ti-
lância epidemiológica e de saúde pública, con- pos;
trolo de vectores, bem como a sua documenta-
ção histórica; b) Garantir o stock de medicamentos essenciais e
consumíveis aos hospitais;
d) Coordenar as acções das unidades de saúde,
orientando e estimulando as actividades inte- c) Comercializar os medicamentos por grosso
gradas no Sistema Nacional de Saúde, com o e/ou a retalho a todas as instituições que dele
objectivo de assegurar o alcance dos melhores necessitem;
resultados nas vigilâncias epidemiológicas e
melhores benefícios para a saúde da população; d) Velar pela qualidade e garantia dos medica-
mentos e demais produtos médicos postos à
e) Reunir conhecimentos em matéria de saúde de disposição dos consumidores;
forma a emitir pareceres científicos no que diz
respeito aos riscos que representem as doenças e) Fazer a devida gestão das necessidades nacio-
endémicas e outras; nais dos medicamentos e consumíveis hospita-
lares de forma especificada por áreas de saúde,
f) Difundir os resultados de investigação e pre- e hospitais de São Tomé e o da Região Autó-
venção e, definir as estratégias de controlo de noma de Príncipe;
todas as doenças endémicas;
f) Actuar em áreas relacionadas com o aprovisio-
g) Participar nas actividades multissectoriais de namento do mercado em medicamentos e con-
luta contra as diferentes doenças promovidas sumíveis hospitalares, das quais venha ser in-
por organismos internacionais e parceiros de vestida de poderes para o efeito.
cooperação.
3. A CAME tem uma estrutura composta por um Di-
3. O CNE tem uma estrutura composta por um Di- rector, um Administrador, ambos nomeados por despa-
rector, Coordenadores de Programas e outros quadros cho do Ministro da Saúde. Tem também duas áreas
de chefias, todos eles nomeados por despacho do Mi- designadamente Área de Gestão de Aquisição e a Área
nistro, para o exercício das atribuições previstas nos de Abastecimento e Venda. Cada uma das áreas é diri-
números 1e 2 deste artigo, bem como para o cumpri- gida, por um pessoal qualificado, nomeado pelo Minis-
mento das determinações previstas no seu Estatuto. tro da Tutela para funcionarem em subordinação do
Director e do administrador, que são entidades máxi-
4. O CNE funciona com base nas determinações mas da Instituição. A CAME funciona com base no
previstas neste documento e no seu próprio estatuto, presente instrumento e no seu estatuto próprio e pode
sob a direcção da Director a e dos Coordenadores. gozar de isenção de direitos e taxas fiscais.

SUBSECÇÃO III
Central de Abastecimento de Medicamentos

Artigo 264.º
Definição, atribuição, estrutura e
funcionamento

1. A Central de Aprovisionamento de Medicamen-


tos, abreviadamente designada por CAME, é uma Insti-
tuição do Ministério da Saúde vocacionada para o
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 657

CAPÍTULO XII d) Implementar política de microcréditos para po-


tenciar as pequenas e médias empresas;
MINISTÉRIO DO TRABALHO,
SOLIDARIEDADE, FAMÍLIA E FORMAÇÃO e) A luta pelo trabalho digno, combater a precari-
PROFISSIONAL edade no mercado de trabalho e a consequente
erradicação do desemprego em STP;
SECÇÃO I
Natureza e Atribuições f) A protecção das camadas mais vulneráveis e
desfavorecidas da sociedade;
Artigo 265.º
Natureza g) Definir uma estratégia de recuperação econó-
mica com um forte conteúdo de emprego, não
1. O Ministério do Trabalho, Solidariedade, Família pode prescindir de estímulos para a recupera-
e Formação Profissional (MTSFFP) é o departamento ção do rendimento das famílias que auferem
governamental que tem por missão a definição, promo- baixos rendimentos e que estão privadas do
ção e execução de políticas de emprego e do trabalho, acesso a bens e serviços básicos no contexto de
solidariedade e segurança social, bem como o combate perda de rendimento do agregado familiar.
à pobreza e à exclusão social, apoio à família, as crian-
ças e jovens em risco, aos idosos, à inclusão de pessoas 3. O Ministério do Trabalho, Solidariedade, Família
com deficiência, de promoção do voluntariado e de e Formação Profissional tem as seguintes competên-
cooperação activa e partilha de responsabilidade com cias:
as demais instituições do sector social e empreendedo-
rismo social. a) Promover a organização de processos e estudos
preparatórios das convenções colectivas de tra-
2. É responsável também pela dinamização e a pro- balho e assegurar a sua actualização, e operaci-
moção do princípio da Igualdade e Equidade de Género onalização;
na implementação dos seus projectos e programas.
b) Formular uma estratégia nacional no domínio
Artigo 266.º de relações de trabalho e o planeamento de
Direcção e Competências mão-de-obra que permita equacionar a proble-
mática da sustentabilidade do mercado de em-
1. O Ministério do Trabalho, Solidariedade, Família prego;
e Formação Profissional (MTSFFP), é dirigido pelo
ministro, desenvolve as suas actividades de política, c) Adequar as especificidades do País a aplicação
tendo em conta o sentido de transversalidade da sua das disposições legais universais relativas ao
área de competência Institucional. sistema de protecção do emprego, higiene e se-
gurança no trabalho, propondo normas jurídi-
2. Em termos de âmbito geral da sua intervenção e a cas para o efeito;
partir dos critérios de inter-sectorialidade o Ministério
terá os seguintes objectivos gerais: d) Reforçar as capacidades nacionais de concep-
ção e execução de politicas e programas de
a) Relançar um modelo nacional de emprego e emprego, criando novas oportunidades de em-
formação profissional que favoreça a emergên- prego;
cia de um novo quadro institucional e cresci-
mento gerador de emprego; e) Estabelecer parceria com o sector de educação
objectivando a maior articulação e visibilidade
b) Dinamizar actividades socioecónomicas a nível dos programas de formação profissional;
local, que possam gerar empregos;
f) Implementar uma nova política para o sistema
c) Apoiar a criação de postos de trabalho, directos de Segurança Social visando recapitalizar e dar
e permanentes, resultantes de novos investi- sustentabilidade ao fundo de reforma;
mentos, e criação de infra-estruturas geradoras
de empregos; g) Reforçar e alargar a rede de acção social a ní-
vel nacional para atender as necessidades reais
658 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

das crianças, jovens, mulheres, deficientes físi- 2. São instituições tuteladas pelo Ministério do Tra-
cos e idosos em situação de extrema pobreza; balho, Solidariedade, Família e Formação Profissional:

h) Dinamizar o regular funcionamento do Conse- a) Centro de Formação Profissional de São Tomé


lho Nacional de Concertação Social cuja im- e Príncipe (CFP-STP);
portância é relevante na formulação de políti-
cas salariais, emprego, valorização e promoção b) Instituto Nacional de Segurança Social (INSS);
do trabalho;
c) Instituto Nacional de Promoção da Igualdade e
i) Realizar estudos visando o estabelecimento do Equidade de Género (INPG).
salário mínimo, da função pública e o salário
mínimo nacional; 3. As instituições referidas no número anterior, alí-
nea a), b) e c) regem – se por estatuto próprio, sem
j) Propor diplomas sobre matéria respeitante a prejuízo do poder de fiscalização, tutela e superinten-
sua organização, funcionamento e outras nor- dência que o Governo, através desta, exerce sobre os
mas legais pertinentes as acções da sua compe- mesmos.
tência.
Conselho de Direcção
SECÇÃO II
Artigo 268.º
Estrutura Organizativa Natureza
Órgãos e Serviços
1.O Conselho de Direcção é o órgão de apoio ao ti-
Artigo 267.º tular da pasta na coordenação e execução das activida-
Composição des correntes e projectos dos diversos órgãos e servi-
ços.
1. O Ministério do Trabalho, Solidariedade, Família
e Formação Profissional tem os seguintes Órgãos e 2. O Conselho de Direcção é presidido pela titular da
Serviços: pasta e tem a seguinte composição:

a) São Órgãos: a) Director de Gabinete,

i) Conselho Consultivo; b) Dirigentes do Ministério,

ii) Conselho de Direcção; c) Assessores.

iii) Gabinete do Ministro. 3. O Conselho de Direcção reúne-se ordinariamente,


a cada três meses e extraordinariamente, sempre que
b) São Serviços: houver necessidade.

i) Direcção Administrativa e Financeira (DAF); 4.As reuniões ordinárias são realizadas data a indicar
pelo titular da pasta com pelo menos 5 (cinco) dias
ii) Direcção de Trabalho, Emprego e Formação úteis de antecedência.
Profissional (DTEFP);
5. O Conselho de Direcção é secretariado pelo Di-
iii) Inspecção-Geral de Trabalho (IGT); rector de Gabinete que tem a responsabilidade de ela-
borar e conservar a acta de cada encontro.
iv) Direcção de Protecção Social, Solidariedade e
Família (DPSSF);

v) Gabinete de Estudos, Planeamento e Coorde-


nação de Parcerias (GEPCP).
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 659

Artigo 269.º c) Observatório do Emprego e Formação Profis-


Competências sional.

1. O Conselho de Direcção tem as seguintes atribui- 3. Compete a Direcção do Trabalho, Emprego, For-
ções: mação Profissional coordenar o Observatório do Em-
prego e da formação Profissional e dirigir o Departa-
a) Examinar e pronunciar-se sobre a execução das mento das Relações de Trabalho e o Departamento de
decisões relacionadas com a actividade de cada Emprego e Formação Profissional.
um dos órgãos e serviços do Ministério;
4. São atribuições transversais da Direcção de traba-
b) Apreciar os instrumentos de gestão interna do lho, Emprego e Formação Profissional:
Ministério;
a) Preparar a documentação técnica relativa à rea-
c) Analisar o desenvolvimento e o cumprimento lização de programas de estágios profissionais
das actividades de cada um dos órgãos e servi- quando estes estejam inscritos no OGE;
ços do Ministério;
b) Formular em colaboração com o Gabinete de
d) Realizar as demais tarefas não atribuídas a ou- Estudos e Planeamento as medidas de políticas
tros órgãos, quando solicitadas pela titular da e estratégias no que respeita as condições de
pasta. evolução do mercado de emprego, formação, e
reorientação profissional;
SECÇÃO III
Organização e Funcionamento dos Serviços c) Assegurar a implementação da política do em-
prego no mercado de trabalho;
SUBSECÇÃO I
Direcção do Trabalho, Emprego e Formação d) Promover a organização de processos relativos
Profissional as relações individuais e colectivas de trabalho;

Artigo 270.º e) Acompanhar e fomentar a contratação colecti-


Natureza e competências va e prevenir os conflitos emergentes do con-
trato individual do trabalho;
1. A Direcção do Trabalho, Emprego e Formação
Profissional, abreviadamente designado DTEFP, é o f) Promover estudos sobre problemas das associ-
órgão técnico de regulação e acompanhamento das ações, sindicatos, organizações, dos trabalha-
relações jurídicas de trabalho subordinado e das políti- dores nas empresas e associações patronais
cas de emprego e formação profissional, tendo para tal, com vista a definição de política e a elaboração
entre outras, a competência para propor a regulamenta- de legislação a elas respeitante;
ção das condições de segurança e prevenção dos riscos
profissionais e produzir informações sobre o mercado g) Proceder os registos dos estatutos das associa-
de trabalho. ções sindicais e patronais e promover todos os
actos da competência do Ministério, respeitante
2. A Direcção do Trabalho, Emprego e Formação à constituição e às actividades dessas ou de ou-
Profissional está composta por: tras organizações ligadas ao trabalho;

a) Departamento das Relações e Condições de h) Proceder o registo dos Estatutos das Associa-
Trabalho integrado pela Secção de Conciliação ções Sindicais e Patronais e promover todos os
e pela Secção de Relações de Trabalho; actos da competência do Ministério, respeitan-
tes a Constituição e actividades dessas ou de
b) Departamento do Emprego e Formação Profis- outras organizações de trabalho;
sional, integrado pela Secção de Informação e
Orientação Profissional e Secção de Promoção i) Efectuar a conciliação em processos de negoci-
e Gestão de Formação Profissional; ação colectiva e conflitos emergentes do con-
trato individual do trabalho, e apresentar pro-
postas que visem uma solução pacífica;
660 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

j) Promover estudos e divulgar medidas sobre mação considerados as necessidades do merca-


protecção de higiene, da saúde e da segurança do de emprego;
no trabalho;
v) Promover acções de informação e orientação
k) Emitir nos termos da Lei nº 5/2008 de 12 de profissional e divulgação de todas as acções re-
Agosto de 2008 (Lei de estrangeiros) e do de- lacionadas com a Formação Profissional;
creto nº 17/2009 (Regulamento da Lei do es-
trangeiro), o parecer prévio à concessão do vis- w) Preparar e submeter a apreciação do Titular da
to de trabalho; pasta as propostas de plano de acções de for-
mação profissional a desenvolver, elaborados
l) Recolher, tratar e definir a informação estatísti- de acordos com as necessidades de formação
ca complementar ao sistema nacional de in- detectadas e as prioridades de intervenção es-
formação estatística na área do trabalho, em tabelecidas;
coordenação com o Instituto Nacional de Esta-
tísticas; x) Verificar, registar e organizar os exemplares de
contractos individuais de trabalho remetidos ao
m) Analisar a evolução salarial, elaborar os res- Ministério nos termos do nº 5 do artigo 2º do
pectivos relatórios e apoiar tecnicamente as regime jurídico das Condições individuais de
empresas públicas e privadas na implementa- Trabalho;
ção da política salarial dos pais;
y) Emitir nos termos do decreto nº 51/2009 de 31
n) Assegurar a implementação da política do em- de Dezembro de 2009, a Carteira de Trabalho
prego no mercado de trabalho; para todos as pessoas que exerçam actividade
laboral subordinada no país.
o) Assegurar a implementação de um sistema de
informação do mercado de emprego e da polí- 5. A Direcção do Trabalho, Emprego, e Formação
tica no mercado de trabalho; Profissional, organiza-se para garantir aos utentes os
serviços de apoio nos seguintes domínios:
p) Inscrever e actualizar o registo da população
desempregada e apoia-la na procura de empre- a) Atendimento e encaminhamento dos candida-
go e formação; tos para os diversos sectores;

q) Definir os objectivos que enquadram a formu- b) Recepção e entrada da documentação dirigida a


lação de projectos e programas de acção, em Direcção;
matérias de emprego e formação profissional,
avaliando a sua execução; c) Articulação entre a Direcção e os respectivos
sectores;
r) Identificar as necessidades de formação profis-
sional, no sentido de colaborar no planeamento d) Assegurar os necessários procedimentos admi-
e dinamização das acções de formação profis- nistrativos a Direcção, executando as rotinas
sional em articulação com as estruturas forma- administrativas de suporte a sua actividade;
tivas existentes;
6. Junto à Direcção funciona uma Comissão de Con-
s) Caracterizar e ajustar a procura e oferta, tendo ciliação e Arbitragem, com competência de pronunci-
em vista a inserção profissional dos candidatos ar-se em matérias de conflitos laborais emergentes dos
a emprego; contractos individuais e colectivos de trabalho e das
condições e relações de trabalho;
t) Promover o apoio e acompanhamento de inser-
ção dos formandos dos Centros de Formação 7. As competências do Observatório do emprego e
Profissional de S.T.P, junto das entidades; da Formação Profissional constam de estatuto próprio.

u) Assegurar a articulação com os Centros de


Formação Profissional para todos os fins ne-
cessários e o planeamento das acções de for-
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 661

SUBSECÇÃO II verificando o cumprimento das obrigações dos


Inspecção-Geral do Trabalho empregadores e dos trabalhadores;

Artigo 271.º d) Prestar informações e conselhos técnicos aos


Natureza e competência trabalhadores, aos empregadores e respectivas
associações;
1. A Inspecção-Geral do Trabalho, abreviadamente
designado IGT, é o serviço central com a competência e) Aplicar, nos termos da lei, as multas devidas,
para assegurar em todo o território nacional o cumpri- notificando os transgressores dos montantes a
mento das disposições legais relativas as condições e pagar e local de liquidação.
relações laborais e aos sistemas de protecção do em-
prego e da Segurança Social. f) Enviar os autos de transgressão para os tribu-
nais competentes, nos termos da lei;
2. A Inspecção-Geral do Trabalho organiza-se por
áreas funcionais, designadamente: g) Exercer funções de Inspecção com poderes de
actuar contra as transgressões do trabalho higi-
a) Departamento de Fiscalização e Controlo Le- ene e de segurança, sendo proibida a cobrança
gislativo; de qualquer multa, taxas ou impostos;

b) Departamento de Higiene e Segurança no Tra- h) Aplicar, nos termos da Lei, as multas devidas,
balho; notificando os transgressores dos montantes a
pagar e local de liquidação;
c) Secção de Orientação Técnica;
i) Enviar os autos de transgressão para os tribu-
d) Secção de Estatísticas de Acidentes de Traba- nais competentes nos termos da lei;
lho.
j) Desenvolver as demais funções que lhe sejam
3. A Inspecção Geral do Trabalho é dotada de auto- cometidas por lei.
nomia técnica e de independência no exercício da sua
acção e actua em todos os ramos de actividades socio- 6. A Inspecção-Geral do Trabalho dispõe de um Es-
profissionais e pode intervir junto de qualquer entidade tatuto próprio.
empregadora, incluindo as estrangeiras que operando
em território nacional, empreguem trabalhadores San- SUBSECÇÃO III
tomenses.
Direcção da Protecção Social, Solidariedade
4. A IGT é dirigida por um Inspector-geral. Social e Família

5. São competências da IGT: Artigo 272.º


Natureza e competências
a) Fiscalizar o cumprimento das disposições le-
gais, regulamentares e convencionais, respei- 1. A Direcção da Protecção Social, Solidariedade e
tantes as condições de trabalho, apoio ao em- Família, abreviadamente designada por DPSSF é um
prego riscos profissionais; serviço do Estado, integrado no Ministério que se ocu-
pa da protecção social de cidadania, dotada de compe-
b) Velar pelo cumprimento das normas constantes tências próprias, nomeadamente de protecção social e
das leis, dos instrumentos de regulamentação da protecção da criança.
colectiva e dos contractos individuais, relati-
vamente, as condições de prestação de traba- 2. Constitui a missão da DPSSF dirigir, orientar e
lho, incluindo a higiene e segurança no traba- coordenar os serviços e os sistemas de protecção social
lho; de cidadania e da protecção da criança, conforme os
respectivos campos de aplicação.
c) Zelar pela observância das normas sobre o
Emprego e a Segurança Social nomeadamente,
662 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

Artigo 273.º a) Gerir a implementação, manutenção e gestão


Atribuições do cadastro único, com vista a melhor potenci-
alizar os programas;
1. Para uma melhor articulação e gestão das suas
funções, as atribuições da DPSS distinguem-se por b) Garantir a implementação e gestão dos siste-
campo de aplicação pessoal e material. mas de protecção social da cidadania, relativa-
mente aos beneficiários, ao pagamento de
2. Constituem as atribuições do campo de aplicação transferências, a reclamação, ao seguimento e
pessoal, as aplicadas à protecção de pessoas ou grupos avaliação, aos relatórios, entre outros;
residentes, que se encontram em situação de falta, di-
minuição do meio de subsistência ou outras situações c) Assegurar a criação e o funcionamento do sis-
de risco e perigo psicossocial, como: tema multissectorial de atendimento local, de-
senvolver acções de formação, definir e har-
a) Apoiar as famílias em situação grave de pobre- monizar o procedimento e emitir orientações
za e desenvolver os procedimentos e mecanis- técnicas;
mos necessários à execução dos programas cri-
ados para o efeito; d) Coordenar e apoiar na elaboração, implemen-
tação e acompanhamento de pequenos projec-
b) Conceber e executar acções e programas de tos sociais;
prevenção geral ou especial contra todas as
formas de violação dos direitos da criança; e) Assegurar a coordenação funcional do Sistema
de Protecção da Criança, bem como a respecti-
c) Assegurar o atendimento de famílias ou crian- va comunicação e articulação e prestar o neces-
ças vítimas de qualquer tipo de abuso, bem sário apoio técnico, organizativo e administra-
como proceder ao seu encaminhamento e/ou tivo à Comissão Nacional de Protecção da
acompanhamento sempre que se justifique; Criança;

d) Definir e implementar programas e metodolo- f) Elaborar os necessários instrumentos técnicos


gias de intervenção no âmbito das medidas de de identificação das situações de risco e de pe-
promoção e protecção previstas no Código Tu- rigo para a criança, a fim de permitir o diag-
telar de Menores ou qualquer outra medida le- nóstico correcto de cada situação e da conse-
gal dirigida à Protecção da Criança; quente forma de acompanhamento;

e) Assegurar a assistência e a promoção da auto- g) Proceder, de acordo com a solicitação judicial,


nomia e inclusão das pessoas idosas não à assessoria técnica aos tribunais em matéria
abrangidas pelo sistema contributivo da segu- tutelar cível;
rança social;
h) Assegurar a avaliação e acompanhamento dos
f) Promover a integração de pessoas com defici- processos de adopção nacional, de acordo com
ência; a solicitação judicial, bem como, de adopção
internacional, de acordo com os procedimentos
g) Desencadear diligências, internas e externas, e providências determinada por lei;
em parceria com entidades públicas e/ou priva-
das, que possibilitem o exercício de actividades i) Estabelecer os protocolos que se venham a re-
produtivas das pessoas em situação de vulnera- velar necessários com os organismos públicos
bilidade ou de maior vulnerabilidade; e outras entidades, no âmbito das presentes
competências;
h) Apoiar as vítimas das catástrofes naturais e dos
incêndios. j) Proceder ao acompanhamento e fiscalização
das instituições prestadoras de cuidados na área
3. Constituem as atribuições do campo de aplicação da protecção social e da protecção da criança,
material, as que se aplicam aos meios ou mecanismos de acordo com a legislação respectiva;
técnicos adoptados para uma melhor execução das
acções, como:
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 663

k) Desenvolver programas de formação e capaci- a) Gerir e coordenar a implementação, monitori-


tação de quadros e técnicos sociais. zação e avaliação do programa;

Artigo 274.º b) Secretariar o Conselho Consultivo para os As-


Serviços suntos Sociais ao nível nacional e o Conselho
Consultivo ao nível distrital;
1. A Direcção da Protecção Social, Solidariedade e
Família é dirigida por um Director(a), nomeado nos c) Avaliar a oferta nas áreas da educação, saúde e
termos da lei. nutrição conjuntamente e em parceria com os
outros sectores/instituições governamentais;
2. A DPSSF exerce as suas funções em toda a área
da soberania nacional, organiza-se e subdivide-se em d) Identificar as áreas de intervenção e seleccio-
serviços centrais e locais, conforme as áreas funcio- nar os beneficiários do programa;
nais.
e) Estabelecer os memorandos de entendimento e
3. São serviços centrais: acordos necessários à boa colaboração inter-
sectorial;
a) Departamento de Protecção Social;
f) Apoiar tecnicamente todos os processos opera-
b) Departamento de Protecção da Criança; cionais do programa ao nível local;

c) Departamento de Apoio Administrativo e Fi- g) Assegurar que toda a informação e dados do


nanceiro. programa são devidamente guardados;

4. Constituem serviços locais da DPSSF: h) Desenvolver e implementar um sistema de re-


clamações do programa;
a) Delegação Distrital de Água Grande;
i) Definir regras e reformular os procedimentos
b) Delegação Distrital de Mé Zóchi; claros de acesso, gestão e controle dos benefi-
ciários dos programas e projectos.
c) Delegação Distrital de Lobata;
3. Para o efeito da alínea c), do número anterior, de-
d) Delegação Distrital de Lembá; ve ser entendido como a competência do departamento,
a selecção geográfica, comunitária e a verificação de
e) Delegação Distrital de Cantagalo; elegibilidade dos agregados das famílias candidatas ao
programa ou projecto, bem como, a fiscalização e o
f) Delegação Distrital de Cauê; e acompanhamento de todo o acto de registo, inserção de
dados e demais actos consequentes.
g) Delegação Regional do Príncipe.
Artigo 276.º
Artigo 275.º Departamento de Protecção da Criança
Departamento de Protecção Social
1. O Departamento de Protecção da Criança consti-
1. O Departamento de Protecção Social é um serviço tui o núcleo de saber e saber-fazer técnico, consolidado
técnico que compõe a subestrutura central da DPSS e articulado de protecção dos direitos da criança que
que, concentra todo o repositório técnico de elaboração compõe a subestrutura central da DPSSF de coordena-
de projecto, programa e estratégia, seu estudo e análise, ção dos mecanismos de intervenção contra todos os
implementação, reconversão, acompanhamento, avali- abusos de que a criança é vítima, devendo actuar de
ação e monitoria das delegações distritais, tendo em forma sistemática, no quadro legal, geral e específico
vista a definição de metodologias no exercício do aten- de promoção dos direitos e a protecção da criança.
dimento e acompanhamento social.
2. Compete especificamente ao Departamento de
2. Compete especificamente ao Departamento de Protecção da Criança:
protecção Social:
664 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

a) Definir programas e planos de informação e Artigo 277.º


formação, aos diferentes níveis sobre as teorias Departamento de Apoio Administrativo e
e as práticas gerais de protecção da criança, sua Financeiro
organização, funcionamento e a inserção na
DPSSF, no contexto do Sistema; 1. Serviço de apoio administrativo e financeiro res-
ponsável pelas atribuições financeiras, patrimonial, de
b) Intervir tecnicamente na solicitação judicial de recurso humano e logística da DPSSF.
maior complexidade, especialmente em casos
de avaliação e diagnóstico; 2. Sem prejuízo das atribuições previstas em lei,
compete especificamente ao Departamento de Apoio
c) Conceber e executar acções e programas de Administrativo e Financeiro:
prevenção ambiental ou selectiva contra todas
as formas de violação dos direitos da criança; a) Assegurar o controlo administrativo da execu-
ção orçamental anual da DPSSF e produzir
d) Elaborar os necessários instrumentos técnicos mapa de controlo orçamental;
que permitam a identificação das situações de
risco e de perigo da criança por forma a permi- b) Proceder à gestão do património interno bem
tir um diagnóstico correcto de cada situação e como de bens e produtos destinados aos uten-
consequente forma de acompanhamento; tes do sistema;

e) Definir e implementar programas e metodolo- c) Proceder ao controle da assiduidade dos funci-


gias de intervenção no âmbito das medidas de onários e agentes para efeitos de processamen-
protecção previstas na Lei de Protecção da Cri- to de vencimentos;
ança;
d) Produzir o mapa de controlo administrativo das
f) Assegurar o atendimento e encaminhamento de listas de pagamento dos subsídios atribuídos
denúncias de qualquer forma de abuso sobre aos beneficiários e, aos funcionários para efei-
crianças, recebidas presencialmente, por escrito tos de deslocação;
ou via telefónica ou electrónica, procedendo ao
respectivo acompanhamento sempre que se jus- e) Proceder ao controle de entradas e saídas de
tificar; expediente, com especial relevo para os pedi-
dos de apoio apresentados por escrito e unificar
g) Assegurar a coordenação funcional do Sistema a base de dados sobre os mesmos;
de Protecção da Criança, potenciando os diver-
sos actores, assegurando a respectiva comuni- f) Proceder a gestão do serviço de expediente, de
cação e articulação e prestando o necessário viatura, de limpeza e de base de dados dos re-
apoio técnico, organizativo e administrativo à cursos humanos.
Comissão Nacional de Protecção da Criança;
SUBSECÇÃO IV
h) Proceder, de acordo com a solicitação judicial Gabinete de Estudos, Planeamento e
nesse sentido, à assessoria técnica aos tribunais Coordenação de Parcerias
em matéria tutelar cível.
Artigo 278.º
3. Para o efeito do disposto na alínea b), do número Natureza e competências
anterior, compete restritamente ao departamento de
protecção da criança, assegurar a avaliação e acompa- 1. O Gabinete de Estudos e Planeamento e Coorde-
nhamento dos processos de adopção nacional, de acor- nação de Parcerias é o órgão técnico com atribuições e
do com as solicitações dos tribunais e, bem assim, to- competências em matéria de estudos e planeamento,
dos os procedimentos e providências que a lei vier a estudos, cooperação, informação, tratamento e divulga-
determinar em matéria de adopção internacional. ção das actividades do Ministério.

2. O Gabinete de Estudos, Planeamento e Coordena-


ção de Parcerias é dirigido por um Director.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 665

3. O Gabinete de Estudos e Planeamento e Coorde- b) Dispor de informações que permitam conhecer


nação de Parcerias organiza-se em dois Departamentos: os problemas sociais que afligem a população,
de modo a apoiar nas tomadas de decisão estra-
a) Departamento de Estudos e Planeamento; tégicas, planeamento e gestão de programas,
avaliando os progressos realizados para atingir
b) Departamento de Cooperação. os objectivos fixados;

4. São competências do Gabinete de Estudos e Pla- c) Compilar e elaborar, em articulação com os


neamento e Coordenação de Parcerias: serviços do Ministério, os planos e programas
de acções e controlando a execução dos mes-
a) Efectuar estudos que contribuam para a formu- mos;
lação da política do Ministério em estrita arti-
culação com os distintos sectores afectos ao d) Elaborar estudos que contribuam para a formu-
Ministério; lação da política do Ministério em articulação
com os distintos órgãos e serviços intervenien-
b) Elaborar, em articulação com os serviços do tes.
Ministério, planos e programas de acção da
Instituição, acompanhando e controlando a
execução dos mesmos através da preparação de CAPÍTULO XIII
relatórios periódicos;
MINISTÉRIO DA JUVENTUDE E DESPORTO
c) Editar e difundir as publicações do Ministério; E EMPREENDEDORISMO

d) Assegurar a existência e funcionamento do SECÇÃO I


banco de informações documentais; Natureza e Atribuições

e) Prestar apoio técnico nas relações permanentes Artigo 279.º


com as organizações internacionais ligadas ao Natureza
Ministério;
O Ministério da Juventude e Desporto e Empreende-
f) Executar trabalhos técnicos preparatórios rela- dorismo, abreviadamente designada MJDE, é um orga-
tivos à participação do Ministério nas confe- nismo da administração central do Estado que tem
rências internacionais; como objectivo formular, dirigir, executar e controlar a
política do Estado nas áreas da juventude, desporto
g) Proceder estudos preparatórios da ratificação nacional e Empreendedorismo.
de convenções aprovadas por organizações in-
ternacionais ligadas ao Ministério; Artigo 280.°
Direcção e Competências
h) Elaborar relatórios periódicos exigidos pelas
organizações internacionais, solicitando para o O MJDE é dirigido pelo ministro e tem as seguintes
efeito, aos serviços ou entidades competentes atribuições:
os elementos necessários;
a) Executar e controlar a política nacional da ju-
i) Assegurar todo o apoio técnico nas relações ventude, desporto e Empreendedorismo defini-
com as organizações internacionais ou entida- da pelo Governo;
des similares estrangeiras ou internacionais.
b) Definir um amplo programa de reformas estru-
4. São ainda competências do Gabinete de Estudos e turais e legislativas conducentes a correcção
Planeamento: das distorções juvenis, desportivas e do empre-
endedorismo;
a) Centralizar a informação estatística do Ministé-
rio com vista a organizar um banco de dados, c) Recolher as informações necessárias à elabora-
sua gestão e difusão; ção e execução das políticas da juventude, do
desporto e do empreendedorismo;
666 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

d) Conceber e desenvolver políticas de gestão ju- SECÇÃO III


venil, desportiva e do empreendedorismo; Dos Órgãos

e) Conceber e promover a execução de políticas SUBSECÇÃO I


activas de emprego e formação profissional ju- Conselho Nacional da Juventude
venis, captar e gerir recursos financeiros exter-
nos para execução dos seus programas e pro- Artigo 282.°
jectos; Natureza e competências

f) Estar em articulação com o Ministro da Educa- 1. O Conselho Nacional da Juventude, abreviada-


ção e Ensino Superior na concessão de bolsas e mente designado CNJ, é um órgão com funções con-
vagas de estudos para formação profissional e sultivas das decisões políticas, e que tem por objectivo
superior; reforçar o diálogo e acompanhar as acções governati-
vas nesta matéria, presidido pelo titular da pasta, a qual
g) Conceber, apoiar e desenvolver acções no âm- compete, designadamente:
bito da juventude, favorecendo a sua integração
e inserção na vida socioeconómica do País; a) Colaborar na definição das linhas das políticas
da juventude;
h) Estar em permanente articulação com os ór-
gãos tutelados pelo ministério. b) Colaboração na elaboração dos planos anuais e
plurianuais de actividades juvenis da Secreta-
SECÇÃO II ria;
Estrutura Organizativa
c) Formular propostas e apoiar sobre matérias li-
Artigo 281.º gadas à juventude e, em particular, no que refe-
Órgãos e Serviços re às suas relações com os restantes órgãos e
serviços da administração da Secretaria;
1. O Ministério da Juventude e Desporto e Empre-
endedorismo compreende os seguintes órgãos, serviços d) Pronunciar-se sobre outras matérias que o Se-
e instituições: cretário entenda submeter à sua apreciação.

a) São órgãos: 2. Conselho Nacional da Juventude rege-se por um


regulamento próprio.
i) Conselho Consultivo;
SUBSECÇÃO II
ii) Gabinete do Ministro; Conselho Nacional do Desporto

iii) Conselho Nacional da Juventude; Artigo 283.º


Natureza e competências
iv) Conselho Nacional do Desporto.
1. O Conselho Nacional do Desporto, abreviadamen-
b) São serviços: te designado CND, é um órgão com funções sobre as
grandes opções das políticas do desporto devendo, sem
i) Serviço Administrativo e Financeiro; prejuízo das competências próprias dos órgãos de sobe-
rania e da sua articulação com política nacional de
ii) Gabinete de Estudos e Planeamento. desenvolvimento, assegurar a participação das várias
organizações desportivas com carácter social, econó-
c) São instituições: mico e profissional do país na procura de consenso
alargado relativamente à política desportiva.
i) Direcção Geral do Desportos;
2. O Conselho Nacional do Desporto é o órgão con-
ii) Instituto Nacional da Juventude; sultivo superior da Secretaria do Estado, competindo-
lhe emitir pareceres, recomendações e opiniões sobre
iii) Direcção do Empreendedorismo. todas as questões do Desporto que lhe forem submeti-
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 667

das por lei ou por determinação do Ministro e, ainda h) Promover a criação de centros para formação
formular, por sua própria iniciativa proposta ou ques- de técnicos desportivos;
tões sobre quaisquer assuntos relacionados com o des-
porto. i) Promover reuniões de estudos, colóquios, se-
minários, congressos e outras actividades que
3. O Conselho Nacional do Desporto é presidido pe- levem à melhoria de conhecimentos dos técni-
lo Ministro, que poderá, sempre que julgue necessário cos dirigentes e dos desportistas em geral;
convocar para participar nas reuniões do Conselho
Nacional do Desporto personalidade de reconhecido j) Dar parecer sobre as propostas de estudos de
mérito no âmbito das matérias a tratar. organismos em formação, ou ainda sobre a sua
reforma ou alteração;
4. A composição das competências e regime de fun-
cionamento do Conselho Nacional do Desporto consta- k) Coordenar a utilização das instalações despor-
rão de diploma próprio. tivas pertencentes ao Estado;

SECÇÃO IV l) Fiscalizar, técnica e administrativamente, os


Dos Serviços de Orientação Técnica organismos desportivos;

SUBSECÇÃO I m) Estabelecer relação de cooperação com entida-


Direcção Geral dos Desportos des nacionais e estrangeiras, conjugando e in-
tegrando esforços e recursos, e estabelecendo
Artigo 284.º acordos e protocolo de intercâmbio e apoio.
Natureza e competências
Artigo 285.º
1. Pelo Decreto n.º 26/2008 foi criado a Direcção Constituição
Geral dos Desportos, abreviadamente D.G.D, órgão do
Ministério da Juventude e Desporto que tem, especial- A Direcção Geral dos Desportos é orientada por um
mente as seguintes atribuições: Director-Geral coadjuvado por dois directores de servi-
ço e constituído pelos seguintes órgãos:
a) Controlar, fomentar, dirigir e regulamentar o
Desporto Nacional; a) Conselho Técnico;

b) Criar condições de alargamento da prática des- b) Direcção de Desenvolvimento Desportivo;


portiva ao maior número possível de cidadãos;
c) Direcção de Gestão de Infra-estruturas Despor-
c) Estimular e apoiar a organização das popula- tivas;
ções em termos da prática desportiva;
d) Centro de Formação, Capacitação e Documen-
d) Assegurar as políticas e os planos de Desen- tação;
volvimento Desportivo Nacional;
e) Delegações Distritais;
e) Coordenar esforços entre as entidades que in-
tervêm na actividade Desportiva Nacional; f) Delegação Regional;

f) Elaborar as propostas que assegurem a perma- g) Comissão de Árbitros.


nente adequação das legislações, as linhas
pragmáticas, definidas pelo Governo no que Artigo 286.°
concerne a Política Nacional dos Desportos; Competências do Director-geral

g) Promover em colaboração com os restantes or- O Director-Geral dos Desportos tem as seguintes
ganismos estatais ou autárquicos competentes, competências:
a implementação de um serviço de Medicina
Desportiva, em articulação com os serviços da a) Representar a D.G.D em solenidades oficiais e
Saúde; manifestações desportivas;
668 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

b) Submeter ao despacho do Ministro os assuntos Conselho Técnico


ligados às decisões de políticas de desenvolvi-
mento e de gestão corrente do sector; Artigo 287.°
Natureza e competências
c) Presidir as reuniões do conselho técnico;
1. O Conselho Técnico é constituído pelos responsá-
d) Propor comissão ao grupo de trabalho para o veis de cada unidade de estrutura referidos nas alíneas
estudo de qualquer assunto especial; b), c), d), e), f), g), do artigo anterior.

e) Propor ou sancionar a constituição de represen- 2. Sempre que julgar necessário o Director-Geral


tação desportiva do País propostas pelas Fede- poderá convocar técnicos de outros sectores da Secre-
rações respectivas ou outras associações des- taria, consultores externos, representantes das organi-
portivas; zações desportivas de reconhecido mérito para o Con-
selho Técnico.
f) Submeter à aprovação superior a concessão de
bolsas e subsídio de estudo a agentes de ensi- 3. O Conselho técnico tem as seguintes atribuições:
no, a candidatos, aos professores de educação
física, a técnicos e juízes desportivos e ainda a) Coordenar as actividades dos vários órgãos da
especialização de praticantes do reconhecido Direcção Geral dos Desportos;
valor;
b) Pronunciar-se sobre os planos de actividades e
g) Fiscalizar por si ou por seus delegados a reali- respectivos orçamentos de departamentos da
zação de competições desportivas; Direcção Geral dos Desportos;

h) Aplicar e comutar penas previstas neste regu- c) Proceder trimestralmente à análise crítica dos
lamento; resultados alcançados pela aplicação do plano
de actividade, assim como dos serviços verifi-
i) Aprovar os regulamentos internos da D.G.D e cados em relação a execução do orçamento-
dos organismos desportivos; programa;

j) Propor a concessão de louvores e galardões as d) Dar parecer sobre os reajustamentos a efectuar


entidades desportivas que pela sua acção rele- no plano das actividades de cada departamento;
vante, se tenham mostrado digna dessas re-
compensas e que devem ser conferidos pela tu- e) Controlar e propor correcções das anomalias
tela; verificadas a nível de funcionamento dos de-
partamentos de Direcção Geral dos Desportos;
k) Emitir cartões livre-trânsito para organizações
desportivas; f) Pronunciar-se sobre a organização e estrutura
interna da Direcção Geral dos Desportos.
l) Elaborar e apresentar à apreciação superior os
despachos informativos e instruções que visem SUBSECÇÃO II
o integral cumprimento das disposições conti- Centro de Medicina Desportiva
das neste diploma;
Artigo 288.º
m) Submeter à aprovação Secretarial os orçamen- Natureza e competências
tos da Direcção-Geral;
1. Centro de Medicina Desportiva presta apoio mé-
n) Aprovar os orçamentos e sancionar os relató- dico desportivo aos praticantes do desporto.
rios de contas da gerência dos organismos des-
portivos; 2. Ao Centro de Medicina Desportiva compete:

o) Estabelecer contratos-programa dos órgãos. a) Garantir a prestação de assistência médica aos


praticantes do desporto e praticantes de alto
rendimento;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 669

b) Assegurar a definição e o aperfeiçoamento de especialização do centro ou ainda para outras


mérito de aptidão à prática desportiva, bem formações que achar conveniente:
como a requisição de exames de aptidão e de
classificação, sempre que solicitados; g) Promover com as associações, Federações e
outras entidades cursos, estágios ou encontros
c) Assegurar a formação de técnicos desportivos, de actualizações, iniciação ou formação de juí-
como estágios de aperfeiçoamento nas diferen- zes e outros em articulação e homologação des-
tes áreas da medicina desportiva; te.

d) Colaborar com a Ordem dos Médicos no pro- SECÇÃO V


cesso de credenciação em medicina desportiva; Delegações Distritais e Regional

e) Assegurar as demais funções que lhe sejam SUBSECÇÃO I


cometidas pelo sector. Delegações Distritais

SUBSECÇÃO III Artigo 290.º


Centro de Formação, Capacitação e de Natureza e competências
Documentação
1. As delegações asseguram e acompanham as acti-
Artigo 289.º vidades desenvolvidas e apoiadas pelo D.G.D a nível
Natureza e competências dos Distritos, de acordo com o respectivo plano de
actividades e em colaboração com os serviços centrais.
No âmbito da orgânica o Centro de Formação Capa-
citação e de Documentação (CFD) compete: 2. Às Delegações Distritais compete:

a) Prosseguir os objectivos da formação desporti- a) Garantir uma permanente articulação com as


va, no quadro da formação profissional inserida demais entidades públicas, privadas, colectivas
no mercado de emprego profissional; ou singulares que, na respectiva área de actua-
ção, desenvolvem acções no âmbito do despor-
b) Homologar curso de formação profissional to, nomeadamente com o movimento associati-
adaptado ao desporto e emitir os respectivos vo, as escolas e as autarquias locais;
certificados de formação profissional, tendo em
conta a formação e a experiência profissional b) Assegurar um conhecimento actualizado da si-
anteriormente adquiridas, seja em território na- tuação desportiva nacional;
cional, seja noutros países;
c) Detectar as necessidades das populações em
c) Propor e colaborar na definição e implantação matéria de actividade física e desportiva;
de modelos de formação para agentes desporti-
vos, com vista a assegurar a respectiva adequa- d) Proceder à constituição de um ficheiro de pra-
ção às necessidades e as características e exi- ticantes, de clubes, de associações, bem como
gências organizativas do sistema desportivo de instalações desportivas e proceder a sua ac-
nacional; tualização;

d) Colaborar na elaboração de manuais necessá- e) Colaborar com as entidades desportivas com-


rios às acções de formação; petentes na actualização permanente da Carta
Desportiva Nacional;
e) Seleccionar, informar, orientar e difundir os
vários documentos de natureza técnica e peda- f) Assegurar as demais funções que lhe sejam
gógica, bem como a projecção de filmes, sli- cometidas pelo sector.
des, entre outros;

f) Contratar técnicos nacionais ou estrangeiros


para ensino docente nas escolas ou cursos de
670 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

SUBSECÇÃO II c) Assegurar fazer a ponte entre os objectivos re-


Delegação Regional gionais e central em matéria do desenvolvi-
mento do desporto.
Artigo 291.º
Natureza e competências SECÇÃO VI
Direcção de Desenvolvimento Desportivo
1. A Delegação Regional assegura e acompanha as
actividades desenvolvidas e apoiadas D.G.D, a nível Artigo 292.º
regional, de acordo com o respectivo plano de activi- Natureza e competências
dades e em articulação com o Governo Regional.
1. A Direcção de Desenvolvimento Desportivo cons-
2. A Delegação Regional compete: tituída por dois Departamentos:

a) Garantir uma permanente articulação com as a) Departamento de Desporto Federado;


demais entidades públicas, privadas, colectivas
ou singulares que, na respectiva área de actua- i) Serviço de Federação de Clubes;
ção, desenvolvem acções no âmbito do despor-
to, nomeadamente com o movimento associati- ii) Serviço de Alto Rendimento.
vo, as escolas e as autarquias locais;
b) Departamento de Desporto Para Todos:
b) Assegurar um conhecimento actualizado da si-
tuação desportiva nacional; i) Serviço de Desporto escolar e Juvenil;

c) Detectar as necessidades das populações em ii) Serviço de desporto Comunitário.


matérias de actividades físicas e desportivas;
2. Competências:
d) Proceder a constituição de um ficheiro de pra-
ticantes, de clubes, de associações, bem como a) A Direcção de Desenvolvimento Desportivo
instalações desportivas e proceder a sua actua- promove, dinamiza e apoia a prática desportiva
lização; regular e de alto rendimento, bem como a acti-
vidade física em geral;
e) Colaborar com as entidades desportivas com-
petentes na actualização competente permanen- b) Promove a mobilização da população para a
te na Carta Desportiva Nacional; actividade física e desportiva;

f) Assegurar as demais funções que lhe sejam c) Apoiar nos termos legais, os clubes de prati-
cometidas pelo sector. cantes e as associações promotoras de despor-
to;
3. As Delegações Distritais serão orientadas por um
delegado nomeado pelo Ministro sob proposta do Di- d) Garantir uma adequada articulação entre enti-
rector-geral após consulta da Autarquias Distritais. dades, públicas e privadas, que desenvolvem
acções no âmbito do desporto federado;
4. A Delegação Regional será orientada por um de-
legado nomeado pelo Ministro sob proposta do Direc- e) Apreciar os procedimentos, de concessão de
tor-geral após consulta do Governo Regional. apoio técnico, material e financeiro ao desen-
volvimento de acções no âmbito do desporto
5. Aos Delegados compete: federado, bem como no âmbito do desporto pa-
ra todos;
a) Impulsionar fiscalizar e orientar, de harmonia
com as normas da presente orgânica coadjuva- f) Organizar e manter actualizado o registo naci-
da por suportes legais na Região autónoma; onal de clubes, federações desportivas e demais
entidades com intervenção na área do desporto;
b) Implantar, dinamizar, estruturar, e coordenar a
regionalização desportiva;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 671

g) Organizar e manter actualizado o registo naci- d) Dar apoio e colaboração aos estabelecimentos
onal de pessoas singular e colectivas, distin- de ensino quando solicitados superiormente au-
guidas por feitos e méritos desportivos; torizados;

h) Apoiar a preparação e a participação dos prati- e) Colaborar com as federações na organização de


cantes desportivos, designadamente dos des- calendário desportivos nacionais e em outros
portistas de alto rendimento e das selecções na- casos que digam respeitos a teoria e ensinos
cionais, nas principais competições dos exercícios em competição desportivas;
internacionais;
f) Orientar e fiscalizar os trabalhos de preparação
i) Garantir o apoio à organização de grandes das respectivas provas nacionais;
eventos desportivos;
g) Ouvir o parecer ou solicitar o apoio de centro
j) Assegurar, com o MECF no âmbito do sistema de medicina desportiva em tudo que respeita a
de Certificação Profissional, um regime de cer- organização das actividades de controlo e ava-
tificação profissional na área do desporto; liação da capacidade dos participantes das res-
pectivas modalidades;
k) Homologar cursos de formação profissional na
área do desporto e emitir os respectivos certifi- h) Colaborar com a divisão de infra-estrutura na
cados de formação profissional; utilização das instalações e apetrechamento
desportivos;
l) Elaborar e manter actualizada a Carta Despor-
tiva Nacional, assegurando que os dados cons- i) Assegurar critérios de utilização de instalações
tantes da mesma são integrados no sistema es- desportivas estabelecendo a regulamentação e
tatístico nacional; os acordos necessários;

m) Assegurar as demais funções que lhe sejam j) Apoiar nos termos legais os clubes de pratican-
cometidas na material; tes e as associações promotoras de desporto;

n) Promover em articulação com o Ministério da k) Analisar os processos relativos a concessão de


Educação, Cultura e Formação no desenvolvi- apoios técnicos, materiais e financeiros para o
mento do desporto escolar. desenvolvimento de acções de carácter despor-
tivos no âmbito do desporto federado;
SUBSECÇÃO I
Departamento do Desporto Federado l) Garantir uma permanente articulação com enti-
dades públicas e privadas de âmbito nacional
Artigo 293.º ou regional que desenvolvem acções no âmbito
Competências do desporto federado;

No âmbito do departamento do desporto federado e m) Organizar e manter actualizado o registo naci-


a departamento do desporto para comunidade respecti- onal de clubes, federações desportivas e demais
vamente compete: entidades com intervenção na área de desporto;

a) Elaborar estudos sobre o desenvolvimento do n) Apoiar a preparação e a participação desportiva


desporto nacional; dos diversos agentes nas principais competi-
ções internacionais particularmente no âmbito
b) Promover o funcionamento de cursos destina- do alto rendimento e das selecções nacionais
dos a formação de monitores ou animadores nas principais competições internacionais;
para as diversas actividades desportivas;
o) Garantir o apoio a organização de grandes
c) Exercer acções pedagógicas em centro de for- eventos desportivos;
mação;
672 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

p) Assegurar a elaboração de critérios e planos de 2. À Direcção de Gestão de Infra-estruturas despor-


desenvolvimento das modalidades a todos os tivas compete:
níveis;
a) Acompanhar a execução da política na área do
q) Elaborar pareceres sobre questões jurídicas de- desporto, assegura a Gestão de Infra-estruturas
correntes da autoridade da Direcção Geral dos Desportivas existentes bem como as demais in-
Desportos. fra-estruturas a serem construídas, promovendo
a melhoria das condições dos serviços de apoio
SUBSECÇÃO II ao desenvolvimento da prática desportiva;
Departamento do Desporto para Todos
b) Assegurar e coordenar a elaboração dos projec-
Artigo 294.º tos e o acompanhamento das obras no âmbito
Competências das intervenções de modernização e reabilita-
ção das instalações desportivas;
Compete ao Departamento do Desporto para todos:
c) Analisar, acompanhar e dar parecer sobre os
a) Promover a mobilização da população para a programas e planos de ordenamento do territó-
actividade física e desportiva favorecendo a rio em matéria de infra-estruturas desportivas,
sua adesão e prolongando a sua participação no quadro da promoção e desenvolvimento
efectiva evitando o abandono desportivo pre- equilibrado de redes de equipamentos e servi-
coce; ços desportivos;

b) Dinamizar a promoção da actividade física d) Exercer, relativamente às infra-estruturas des-


com elemento indutor de vida saudável apreci- portivas, as atribuições legalmente conferidas
ar os processos relativos a concessão de apoio ao desporto nacional incluindo a coordenação e
técnico, materiais e financeiro para o desenvol- acompanhamento dos procedimentos de visto-
vimento de acções de carácter desportivos no ria e licenciamento nos casos previstos na lei;
âmbito do desporto para todos;
e) Organizar e manter actualizados, em bases de
c) Organizar e manter actualizado o registo naci- dados, registos de informação respeitantes à
onal de pessoas singulares ou colectivas distin- seguranças emitidas e condições de funciona-
guidas por feito e méritos desportivos nos ter- mento dos recintos desportivos;
mos da legislação em vigor;
f) Promover o desenvolvimento dos estudos e
d) Dinamizar com Ministério da Educação, Cultu- proceder à recolha e divulgação de informação
ra e Formação desporto escolar; técnica relevante sobre planeamento, progra-
mação, construção e modernização de infra-
e) Promover eventos desportivos. estruturas desportivas;

SECÇÃO VII g) Acompanhar, no quadro da cooperação técnica


Direcção de Gestão de Infra-estruturas e financeira, bem como em caso de parcerias
Desportivas públicas privada os programas de intervenção
em infra-estruturas, designadamente no âmbito
Artigo 295.º dos contratos-programa com outras entidades;
Natureza e competências
h) Proceder a elaboração da carta desportiva e
1. A Direcção de Gestão de Infra-estruturas Despor- proceder ao tratamento de indicadores de ca-
tivas é constituída por dois Departamentos: racterização do parque de infra-estruturas des-
portivas nacional, em articulação com os secto-
a) Departamentos de Gestão e Planeamento de In- res responsáveis pelos restantes componentes
fra-estruturas; da Carta Desportiva Nacional;

b) Departamentos de Conservação e Manutenção i) Prestar apoio técnico as entidades envolvidas


de Infra-estruturas. na promoção e modernização de instalações
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 673

desportivas, designadamente no âmbito da e) Desenvolver estudos e propostas para a siste-


emissão de pareceres técnicos e da prestação de matização das características tipológicas, cons-
consultoria técnica; trutivas e tecnológicas das infra-estruturas e
equipamentos desportivos, com ênfase nos as-
j) Assegurar as demais funções que lhe sejam pectos de segurança de utilização e da promo-
cometidas na matéria; ção da qualidade técnico-desportiva;

k) Assegurar um serviço de informação directa f) Promover a elaboração de estudos e propostas,


aos cidadãos quanto à actividade desenvolvida acompanhar e dar parecer sobre os trabalhos de
pela D.G.D; produção e transposição de normas e específica
técnicas internacionais que sejam aplicáveis as
l) Recolher a informação necessária à prossecu- infra-estruturas e equipamentos desportivos
ção de actividades a desenvolver pelo sector; promovendo a sua divulgação e adopção gene-
ralizada;
m) Promover a evolução tecnológica dos sistemas
de informação e de comunicação da D.G.D g) Elaborar o plano de comunicação/informação
quer ao nível das infra-estruturas tecnológicas da D.G.D em articulação com os demais servi-
quer ao nível das aplicações informáticas. ços do mesmo;

3. No âmbito da divisão de projectos, obras, progra- h) Promover a imagem institucional da D.G.D;


mação e gestão de infra-estruturas desportivas compe-
te, nomeadamente: i) Assegurar o cumprimento das obrigações as-
sumida por terceiro quando a publicitação da
a) Analisar e dar parecer sobre os projectos e imagem sector;
obras de infra-estruturas e equipamentos des-
portivos que sejam submetidos à apreciação da j) Promover a divulgação das actividades da
D.G.D e prestar apoio técnico as entidades D.G.D e incrementar divulgação da sua cultura
promotoras dos mesmos; e identidade;

b) Compilar e assegurar a divulgação das disposi- k) Assegurar um serviço de informação directa


ções legais e normativas a observar na instru- aos cidadãos quantos as actividades desenvol-
ção e no desenvolvimento dos projectos e vidas;
obras de infra-estruturas desportivas, bem co-
mo zelar pela sua observância, em especial no l) Assegurar a organização do protocolo de reu-
domínio da segurança e prevenção da violên- niões, conferências e actos solenes, bem como
cia; do protocolo inerente as deslocações do pesso-
al.
c) Coordenar e acompanhar a elaboração e o de-
senvolvimento de planos de ordenamento do SECÇÃO VIII
território no âmbito da programação e localiza- Órgãos de Superintendência
ção de infra-estruturas desportivas, incluindo o
estabelecimento de referências e orientações SUBSECÇÃO I
para a sua definição e elaboração; Instituto Nacional da Juventude

d) Assegurar a avaliação dos projectos e os pro- Artigo 296.º


cedimentos de licenciamento dos estádios, em Natureza e competências
especial destaques onde se disputem competi-
ções profissionais de futebol, nos termos da re- 1. O Instituto Nacional da Juventude, abreviadamen-
gulamentação legal aplicável, incluindo a or- te INJ, é um estabelecimento do estado, responsável
ganização e manutenção de um registo de pela política da juventude, criado nos termos da lei, e
informação sobre os dados de licenciamento e que funciona sob superintendência do Ministro da Ju-
condições de funcionamento; ventude e Desporto.
674 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

2. O INJ rege-se pelas disposições constantes do es- dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação e das Co-
tatuto próprio aprovado por decreto. munidades.

3. São atribuições do INJ: Artigo 297.º


Constituição
a) Dinamizar a integração social dos jovens, apoi-
ando a sua participação em actividades sociais, 1. O INJ é constituído por Estruturas Centrais e Re-
culturais, educativas, artísticas, científicas, gionais.
desportivas, políticas ou económicas;
2. São Órgãos Centrais do INJ:
b) Apoiar as actividades promovidas por associa-
ções juvenis; a) O Director;

c) Estimular a participação cívica dos jovens; b) Departamento de Promoção e apoio ao Associ-


ativismo;
d) Dinamizar e apoiar, financeira e tecnicamente
as associações juvenis e estudantis; c) Centro Nacional de Conteúdo;

e) Promover o acesso dos jovens à educação e à d) Departamento de Estudos e Planeamento;


informação;
e) O Conselho Consultivo.
f) Dinamizar a criação da Casa de Juventude;
3. São Órgãos Regionais as Delegações Regionais.
g) Promover, criar e desenvolver programas para
jovens, designadamente nas áreas de ocupação SUBSECÇÃO II
de tempos livres, da cooperação, do associati- Direcção do Empreendedorismo
vismo, da formação, da mobilidade e do inter-
câmbio; Artigo 298.º
Natureza e competências
h) Manter actualizado o banco de dados das asso-
ciações juvenis; 1. É criado a Direcção do Empreendedorismo, abre-
viadamente por DESTP, que funciona sob tutela do
i) Criar mecanismos de estímulo e apoio à capa- membro do Governo responsável pela área do Empre-
cidade de iniciativa e ao espírito empreendedor endedorismo, e será regulamentado por decreto.
dos jovens, nomeadamente daqueles que são
empresários em diversos sectores de activida- 2. A Direcção de Empreendedorismo, é o serviço do
de; Ministério da Juventude, Desporto e Empreendedoris-
mo, encarregue de definir, propor, conduzir e avaliar
j) Apoiar e estimular o movimento cooperativo acções e política do governo no domínio da promoção
no seio dos jovens; de empreendedorismo em S. Tomé e Príncipe, caben-
do-lhe nomeadamente:
k) Apoiar e incentivar a participação dos jovens
Santomenses nos eventos internacionais, por a) Apoiar os empreendedores no desenvolvimento
forma a facilitar o seu intercâmbio com jovens de dinâmicas empresariais e na criação de idei-
de outros Países, através do sector da Coopera- as inovadoras para a sociedade;
ção.
b) Promover a valorização de iniciativas empre-
4. O INJ pode, em estreita colaboração com o sector endedoras;
da Cooperação, uma vez obtida a autorização do mem-
bro do Governo responsável pela área da Juventude, c) Colaborar com os empreendedores na promo-
filiar-se ou participar na constituição de instituições ou ção de iniciativas do sector empresarial, seja
organismos afins, nacionais ou internacionais, deven- em termos industriais, comerciais ou de servi-
do, neste último caso, ser ouvido a tutela do Ministério ços;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 675

d) Desenvolver actividades que dinamizem talen- c) Implementar acordos e protocolos de âmbito


tos para a criação das iniciativas empresariais nacional ou internacionais assinados pelo Sec-
com base nas suas próprias ideias; tor da Cooperação do Ministério da tutela com
outras entidades, públicas e privadas, obtida a
e) Estimular quadros a gerarem o seu próprio pos- autorização do membro do Governo responsá-
to de trabalho, com base em ideias inovadoras; vel pela área do Empreendedorismo e ouvindo,
sempre que necessário, o Ministério dos Negó-
f) Promover iniciativas de criação de empresas cios Estrangeiros, da Cooperação e das Comu-
inovadoras, no seio das associações juvenis e nidades;
das suas respectivas;
d) Gerir quotidianamente a DESTP;
g) Seleccionar, informar, orientar e difundir os
vários documentos de natureza técnica e ou- e) Executar as demais funções que lhe forem con-
tras; feridas por lei.

h) Promover o empreendedorismo social. 2. O Departamento de Estudo e Planeamento do


Empreendedorismo (DEPE) tem como funções essen-
Artigo 299.º ciais:
Órgãos
a) Elaborar estudos e política de promoção ao
1. São órgãos da Direcção do Empreendedorismo: empreendedorismo;

a) Departamento de Estudo e Planeamento do b) Criar programas de empreendedorismo com


Empreendedorismo (DEPE); apoio a microcrédito;

b) Departamento de Inovação e Tecnologia (DIT); c) Apoiar os empreendedores no desenvolvimento


de dinâmicas empresariais e na criação de idei-
c) Departamento Técnico e de Acompanhamento as inovadoras para a sociedade;
(DTA).
d) Promover a valorização de iniciativas empre-
Artigo 300.º endedoras;
Nomeação
e) Colaborar com os empreendedores na promo-
1. O Director é nomeado pelo Ministro que tutela a ção de iniciativas do sector empresarial, seja
Juventude e o Desporto e Empreendedorismo, de entre em termos industriais, comerciais ou de servi-
funcionários da administração central do Estado, nos ços;
termos do número 5 do artigo 86.º da Lei n.º 5/97.
f) Desenvolver actividades que dinamizem talen-
2. O Director é substituído nas suas faltas e impedi- tos para a criação das iniciativas empresariais
mento pelo Chefe de Departamento por si indicado. com base nas suas próprias ideias;

Artigo 301.º g) Estimular quadros a gerarem o seu próprio pos-


Competência to de trabalho, com base em ideias inovadoras;

1. Ao Director compete: h) Promover iniciativas de criação de empresas


inovadoras, no seio das associações juvenis e
a) Assegurar a representação e a coordenação das das suas respectivas;
actividades da DESTP e submeter à aprovação
do Ministro que tutela os assuntos que impli- i) Seleccionar, informar, orientar e difundir os
quem responsabilidades da sua parte; vários documentos de natureza técnica e outras.

b) Encaminhar propostas, estudos e recomenda- 3. O Departamento de Inovação e Tecnologia (DIT)


ções ao Governo; tem como funções essenciais:
676 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019

a) Propor planos, acções e programas de inovação SECÇÃO IX


empreendedora; Órgão Autónomo

b) Avaliar e implementar acções de formação pa- SUBSECÇÃO I


ra o melhoramento dos projectos; Comité Olímpico de São Tomé e Príncipe

c) Promover parceiras e intercâmbio de conheci- Artigo 302.º


mento e inovações tecnológicas; Natureza e competências

d Propor a participação dos empreendedores em 1. O Comité Olímpico de S. Tomé e Príncipe é um


fóruns internacionais do empreendedorismo; órgão gestor de desportos olímpicos, adiante designada
por COSTP, dotada de autonomia administrativa, fi-
e) Promover feiras do empreendedorismo nacio- nanceira e patrimonial, não estando sujeitas às normas
nal; de contabilidade pública.

f Propor, coordenar e realizar fórum do empre- 2. A capacidade jurídica da COSTP abrange todos os
endedorismo; direitos e obrigações necessários ou convenientes à
prossecução do seu objecto.
g) Propor uso de tecnologia nos projectos empre-
endedores aprovado pelo programa de empre- 3. O COSTP rege-se pelas disposições constantes do
endedorismo da DESTP. estatuto próprio e, é um parceiro do Governo na maté-
ria do desporto.
4. O Departamento Técnico e de Acompanhamento
(DTA) tem como funções essenciais: SUBSECÇÃO II
Federações Desportivas
a) Dar acompanhamento de projectos no âmbito
da política do Governo para o sector; Artigo 303.º
Natureza e competências
b) Avaliar o processo de desenvolvimento das ac-
tividades realizadas, dentro do contexto da po- 1. As federações Desportivas são órgãos gestores e
lítica do empreendedorismo; realizadores de campeonatos nacionais, distritais e
regionais, dotada de autonomia administrativa, finan-
c) Dar apoio técnico, consultoria, assessoria e ceira e patrimonial, não estando sujeita às normas de
formação em matéria do empreendedorismo; contabilidade pública sob tutela da D.G.D.

d) Avaliar projectos e propor apoio em termos de 2. As capacidades jurídicas das Federações Despor-
crédito ao empreendedorismo; tivas, abrange todos os direitos e obrigações necessá-
rios ou convenientes à prossecução do seu objectivo.
e) Avaliar e propor suspensão do crédito ao em-
preendedorismo em caso de incumprimento 3. As Federações Desportivas regem-se pelas dispo-
das normativas previamente estabelecidas pela sições constantes dos seus estatutos próprios legitima-
Direcção do Empreendedorismo de São Tomé dos por D.G.D, sob análise e apreciação do Conselho
e Príncipe; Nacional do Desporto.

f) Coordenar a execução de acções promocionais CAPÍTULO XIV


conjuntas com entidades privadas, planeadas Disposições Finais e Transitórias
no âmbito dos respectivos acordos de parceria.
Artigo 304.º
Regulamentos internos

1. Sem prejuízo das competências próprias fixadas


no presente diploma para os diferentes serviços e no
sentido de uma maior oportunidade, podem ser criados
regulamentos internos, a aprovar por despacho dos
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 677

Ministros, ouvido o Ministro da Administração Públi- sam a exercer as correspondentes atribuições e compe-
ca. tências.

2. A aprovação dos diplomas orgânicos dos serviços, 2. A discriminação dos bens e direitos referidos no
institutos e empresas dos Ministérios criados ou rees- número anterior, consta do despacho do titular do Mi-
truturados, será efectuada mediante Decreto ou Despa- nistério.
cho conforme os casos.
3. Cabe ao Serviço Administrativo e Financeiro
Artigo 305.º promover as diligências necessárias à verificação do
Transição de serviços cadastro de bens dos serviços extintos e proceder ao
levantamento do restante património.
A extinção de serviços por força do presente diplo-
ma bem como a correspondência entre serviços, de Artigo 310.º
forma a garantir o seu funcionamento, serão efectuadas Ajustes orçamentais
mediante despacho do respectivo Ministro.
Os ajustes Orçamentais decorrentes da implementa-
Artigo 306.º ção do presente diploma, serão efectuados por despa-
Transição do pessoal cho conjunto do Primeiro-ministro e dos Ministros,
com o Ministro das Finanças e Administração Pública.
1. A transição do pessoal do quadro único a que re-
fere o presente diploma é feita por lista nominativa a Artigo 311.º
aprovar por despacho do Ministro, devendo o pessoal Norma revogatória
transitar para categoria idêntica à que possui a data de
transição. 1. Fica revogado o Decreto-Lei n.º 4 /2016, de 4 de
Julho de 2016, publicado no DR n.º 76 que aprovou a
2. A afectação a cada um quadro, é feito por despa- Orgânica do Gabinete do Primeiro Ministro e dos Mi-
cho do Ministro, sob proposta do Serviço Administra- nistérios que compõem o XVI Governo Constitucional.
tivo e Financeiro conforme cada caso.
2. Ficam ainda revogadas todas a disposições nor-
Artigo 307.º mativas que contrariem o presente diploma
Cargos dirigentes
3. Mantêm em vigor todas as leis orgânicas próprias
Os cargos dirigentes dos Ministérios, direcções, ser- criadas para os diversos Serviços, direcções, institutos,
viços, institutos, empresas e outros decorrentes da pre- Empresas e Serviços do estado.
sente orgânica, podem ser ocupados por pessoal de
preferência com licenciatura adequada ou dentre indi-
víduos de reconhecida idoneidade, competência e ex-
periência comprovada, ainda que não possua curso
superior e nomeados nos termos da Lei.

Artigo 308.º
Quadro de pessoal

Os Ministérios dispõem do quadro conforme o à


presente orgânica, dela fazendo parte integrante, e para
os restantes serviços, o constante nas respectivas Orgâ-
nicas aprovadas.

Artigo 309.º
Património dos Serviços Extintos

1. Os patrimónios dos serviços extintos transferem-


se por força do presente diploma e sem dependência de
qualquer outra formalidade para os serviços que pas-
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AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Adminis-
tração Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir-reprografia
@hotmail.com São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.

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