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I SÉRIE
DIÁRIO DA REPÚBLICA
SUMÁRIO
GOVERNO
2. O Serviço de Segurança é dirigido pelo Membro a) Prestar a necessária assessoria técnica e jurídi-
do Gabinete que exerça as funções de Oficial de Segu- ca ao Ministro;
rança do Primeiro-Ministro.
b) Agir como uma estrutura intermédia entre o
3. O Serviço de Segurança é assegurado por elemen- Ministro e os serviços técnicos respectivos e
tos da Unidade de Defesa e Protecção dos Dirigentes com os demais Ministérios e outras institui-
(UPDE) e da Polícia Nacional (PN). ções, em cumprimento das orientações daque-
le;
Artigo 8.º
Remuneração c) Assegurar a informação necessária à execução
do Programa do Governo, tratando os docu-
1. O Estatuto Remuneratório dos membros que inte- mentos e expedientes necessários;
gram o Gabinete do Primeiro-ministro é o estabelecido
nas leis em vigor. d) Assistir o Ministro nos Despachos, reuniões e
audiências e elaborar relatórios e actas;
2. O Primeiro-Ministro pode delegar no Ministro da
Presidência do Conselho de Ministros, a competência e) Organizar as relações entre o Ministro, o públi-
para designar e exonerar o pessoal de Apoio Técnico- co, a comunicação social e assegurar o serviço
Administrativo e Auxiliar do Gabinete, bem como para de Protocolo;
Contratar Serviços, tendo em vista o exercício de fun-
ções no Gabinete. f) Organizar a agenda do Ministro e preparar as
suas deslocações em articulação com os res-
SECÇÃO II pectivos serviços administrativos e financeiros.
Dos Ministros e seus Gabinetes
Artigo 11.º
Artigo 9.º Secretário-geral
Composição
O Secretário-geral abreviadamente designado por
1. Os Ministros são apoiados por Gabinetes constitu- S.G., é o mais alto funcionário da hierarquia do Minis-
ídos pelo Secretário-geral, Director de Gabinete, As- tério, cabendo-lhe a coordenação geral de todos os
sessores, um Secretário e um Motorista. serviços do Ministério, nomeadamente, assessoria e
apoio ao Ministro e aos serviços deste dependente, aos
2. Mediante Despacho do respectivo Ministro, po- organismos, e outras entidades do Ministério, nos do-
dem ser requisitados outros funcionários imprescindí- mínios da programação, planeamento, controlo orça-
veis à eficácia dos respectivos Gabinetes. mental, dos recursos humanos, dos sistemas de infor-
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mação e documentação, da gestão financeira e patri- i) Elaborar em articulação com os diferentes ór-
monial e da organização e logística. gãos e serviços os relatórios, Planos anuais,
plurianuais e o Plano anual de rotatividade dos
Artigo 12.º funcionários do Ministério, estudos sobre a ra-
Competências do Secretário-geral cionalização do património, dos recursos hu-
manos e financeiros, bem como no que se refe-
1. Compete ao Secretário-geral: re ao aperfeiçoamento da orgânica e
funcionamento do Ministério a serem submeti-
a) Assistir o Ministro prestando-lhe a assessoria dos a aprovação do Conselho Consultivo;
geral e especial, tanto em questões de natureza
intersectorial como em matéria de estudos, pla- j) Emitir declarações, notas de imprensa e infor-
neamento e na formulação da política do Go- mações sobre assuntos relevantes da política
verno nos domínios das atribuições do Ministé- Ministerial;
rio e representá-lo sempre que indigitado;
k) Gerir e tratar das questões estratégicas ou pro-
b) Coadjuvar o Ministro substituto durante as au- cessos especiais que lhe sejam acometidas pelo
sências no exterior do Ministro titular; Ministro e designadamente assegurar a organi-
zação e a preparação de todos assuntos do Mi-
c) Assegurar a coordenação, compatibilidade e in- nistério que não sejam atribuídos a outros ser-
tegração dos sistemas de informação e docu- viços;
mentação, bem como a gestão eficiente e ex-
pansão dos meios informáticos e das redes de l) Organizar e gerir os serviços de relações públi-
comunicação; cas e zelar pela segurança das respectivas insta-
lações;
d) Assegurar a integração, coordenação e acom-
panhamento dos serviços centrais do Ministé- m) Participar nas reuniões do Conselho Consulti-
rio e das actividades destes, contribuindo para vo;
a definição de orientações a prosseguir pelo
Ministério na gestão dos recursos humanos, fi- n) Planificar em articulação com outros Serviços
nanceiros e patrimoniais, no quadro de pro- do Ministério as actividades e estratégias a se-
gramas de base anual ou plurianual; guir no plano de prossecução das políticas de-
finidas pelo Governo;
e) Presidir o processo de discussão e aprovação
dos instrumentos de gestão interna e coordenar o) Proceder à divulgação de estudos, publicação e
a execução do Orçamento do Ministério e informações respeitantes ao Ministério;
submeter as propostas dos encargos a realizar à
aprovação do Ministro; p) Propor ao Ministro a nomeação e exoneração
das Chefias dos Serviços na hierarquia, tutela
f) Exercer as funções previstas no Estatuto da ou superintendência do ministério;
carreira profissional e outros Regulamentos do
Ministério; q) Submeter ao Ministro as matérias e assuntos de
apreciação do Conselho de Ministros ou que
g) Assegurar o apoio jurídico, técnico e adminis- constituam matérias para audiência com o Che-
trativo ao Gabinete, bem como ao consultor ju- fe do Governo;
rídico, às comissões, grupos de trabalho e es-
truturas de missão que funcionem no âmbito do r) Articular-se com a Direcção Nacional do Pro-
Ministério; tocolo de Estado em matéria de apoio protoco-
lar ao Ministro;
h) Assegurar o expediente e comunicação com o
Secretariado-geral do Governo respeitante às s) Desempenhar outras funções que lhe sejam
matérias de apreciação do Conselho de Minis- cometidas pelo Ministro, designadamente a
tros, orientar, coordenar e acompanhar a exe- prática de actos administrativos por delegação.
cução e o cumprimento das medidas de política 2. O S.G. é equiparado ao Director de Gabinete do
da competência do Ministro; Primeiro-ministro e Chefe do Governo.
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3. Nos Ministérios em que não haja o S.G., as com- k) Preparar o expediente relativo aos assuntos a
petências previstas no n.º 1, serão exercidas pelo Direc- submeter ao Conselho de Ministros;
tor do Gabinete do Ministro.
l) Assistir à titular da pasta nas reuniões e audi-
4. No exercício das suas funções o Secretário-geral é ências concedidas e elaborar as respectivas ac-
apoiado por um Gabinete composto por um assistente tas;
administrativo e um motorista, livremente nomeados e
exonerados pelo titular da pasta sob proposta do S.G. m) Dirigir e coordenar os serviços e o pessoal de
Gabinete;
Artigo 13.º
Competências do Director do Gabinete n) Assinar toda correspondência do Gabinete que
não deva ser pelo Ministro ou pelo Secretário-
1. Ao Director de Gabinete compete: geral;
a) Dirigir os serviços e o pessoal do respectivo o) Exercer outras funções ligadas ao Gabinete por
Gabinete; delegação do Ministro;
b) Receber, classificar e distribuir todos os docu- p) O Director de Gabinete será substituído nas su-
mentos que se destinem à titular da pasta e que as ausências ou impedimento por um dos As-
saiam do Gabinete, de acordo com as decisões sessores designados pelo Ministro.
daquela;
Artigo 14.º
c) Assinar, de acordo com as determinações da ti- Conselho Consultivo
tular da pasta, a correspondência em nome da-
quele; 1. Nos Ministérios funciona o Conselho Consultivo
como órgão de consulta.
d) Despachar com a titular da pasta respectiva em
todas as questões gerais de órgão Central; 2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Ministro
e é composto por todo o pessoal dirigente do Ministé-
e) Assegurar as relações com os demais organis- rio, podendo o Ministro sempre que julgue necessário,
mos do Governo; convocar para participar nas reuniões do Conselho
Consultivo, técnicos do Ministério ou personalidades
f) Assegurar e manter actualizado o fundo docu- de reconhecido mérito no âmbito específico das maté-
mental nacional ou internacional inerente à ti- rias a tratar.
tular da pasta;
3. O Conselho Consultivo tem as seguintes atribui-
g) Coordenar a organização e a execução dos di- ções:
versos processos inerentes à actividade da titu-
lar da pasta, ou que tenham interesse para o de- a) Cooperar na definição de linhas gerais de acção
senvolvimento dessa actividade, elaborando as do Ministério, nomeadamente nos seus objecti-
necessárias informações; vos e estratégias;
h) Executar as demais funções que pela titular da b) Aconselhar o Ministro de forma permanente
pasta lhe sejam determinadas; sobre as políticas a serem desenvolvidas pelo
Ministério;
i) Assistir directamente à titular da pasta respec-
tiva; c) Examinar e pronunciar-se sobre a execução das
principais decisões relacionadas com a activi-
j) Assegurar a recepção e expedição da corres- dade do Ministério;
pondência pessoal e as demais que lhe for de-
terminada pelo titular da pasta, bem como o d) Apreciar as questões relativas à política de
respectivo arquivo; formação de quadros do Ministério;
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e) Pronunciar-se sobre os planos de acção pluria- f) Executar o serviço de carácter protocolar que
nuais e anuais e o seu desenvolvimento pelos lhe seja cometido pela titular da pasta.
serviços do Ministério, coordenando e contro-
lando o seu cumprimento. Artigo 17.º
Direcção Administrativa e Financeira
Artigo 15.º
Competência dos Assessores 1. A Direcção Administrativa e Financeira (DAF) é
o serviço de suporte administrativo, responsável pela
Compete aos Assessores: gestão e execução orçamental, financeira, pelo controlo
patrimonial, pela contabilidade, pela gestão de pessoal
a) Prestar apoio técnico e assessoria diversa de e pelo apoio informático aos vários órgãos dos Ministé-
que necessite o Ministro no exercício das suas rios.
funções;
2. As competências da Direcção Administrativa e
b) Promover e realizar estudos, análises, pesqui- Financeira dos Ministérios encontram-se definidas nos
sas e reflexão sobre todas as questões de com- termos do Decreto n.º 55/09, de 31 de Dezembro.
petência do Ministério, e propor orientações es-
tratégicas, posições e iniciativas neste âmbito;
CAPÍTULO II
c) Organizar debates, colóquios, conferências e
demais sessões de trabalho sobre questões re- MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS
levantes; ESTRANGEIROS, COOPERAÇÃO E
COMUNIDADE
d) Preparar sínteses informativas sobre os assun-
tos correntes do Ministério, da vida política, SECÇÃO I
económica e social de São Tomé e Príncipe pa- Missão, Objectivos e Atribuições
ra a definição e coordenação das Missões do
Ministério. Artigo 18.º
Missão
Artigo 16.º
Secretário do Ministro 1.O Ministério dos Negócios Estrangeiros, Coopera-
ção e Comunidades, abreviadamente designado por
1. Ao Secretário do Ministro competem as seguintes MNECC, é o Órgão Central do Estado que planifica,
funções: coordena a implementação e execução da política ex-
terna de São Tomé e Príncipe e coordena as acções
a) Organizar as relações entre a titular da pasta e externas de outros ministérios e departamentos gover-
o público; namentais.
j) Preparar a lista dos dias nacionais das Missões f) Prestar assistência consular as comunidades na
diplomáticas acreditadas no País bem como o diáspora;
nível de representatividade do Governo;
g) Proceder a autenticação de documentos, ao re-
k) Garantir a preparação e publicação da lista di- conhecimento de assinaturas de autoridades
plomática bem como a sua actualização regu- nacionais e estrangeiras e de outros actos nota-
lar; riais e de registo civil;
l) Realizar outras funções que lhe sejam acometi- h) Acompanhar as acções judiciais que recaiam
das nos termos da presente orgânica e nas de- sobre estrangeiros em São Tomé e Príncipe e
mais legislações. prestar informações, quando solicitada, aos go-
vernos respectivos sobre a situação judicial dos
Artigo 23.º estrangeiros em São Tomé e Príncipe;
Direcção das Comunidades na Diáspora e dos
Assuntos Consulares i) Emitir parecer sobre os processos de atribuição
de nacionalidade são-tomense em articulação
1. A Direcção das Comunidades na Diáspora e dos com os serviços jurídicos e tratados;
Assuntos Consulares, é o Serviço do MNEC que tem
por missão assegurar a efectividade e a continuidade da j) Realizar outras funções previstas em legisla-
acção do MNECC nos domínios da actividade consular ções específicas.
desenvolvida nos serviços externos e da realização da
protecção consular, bem como na coordenação e exe- Artigo 24.º
cução da política de apoio à emigração e às comunida- Serviços Jurídicos e Tratados
des são-tomenses no estrangeiro e responsável pela
legalização de documentos oficiais para uso no estran- 1. Serviços Jurídicos e Tratados, é o serviço do
geiro. MNECC encarregue pelo tratamento e acompanhamen-
to de todos os assuntos de natureza jurídica interna e
2. A Direcção das Comunidades na Diáspora e dos internacional que envolvem o relacionamento de São
Assuntos Consulares tem também as seguintes funções: Tomé e Príncipe com outros Estados e Organizações
internacionais, Assegurar todo o expediente relativo à
a) Dirigir e orientar as missões consulares no ex- negociação, aprovação, ratificação, entrada em vigor e
terior; denúncia de Tratados internacionais que vinculem São
Tomé e Príncipe, servir de depositário e garantir o re-
b) Orientar as Missões diplomáticas e Consulares gisto dos Acordos e Tratados em que São Tomé e Prín-
na transmissão de instruções emanadas do cipe é Parte.
MNECC e de outros órgãos do Governo, res-
peitante a sua área de jurisdição; 2. Os Serviços Jurídicos e Tratados têm também as
seguintes funções:
c) Participar no tratamento, em articulação com
outras instituições relevantes, as matérias rele- a) Garantir a assessoria jurídica ao MNECC;
vantes no âmbito da política de migração;
b) Realizar pesquisa, análise e informação sobre
d) Defender os direitos e interesses dos cidadãos assuntos de direito internacional e propor ac-
nacionais no seu relacionamento com as mis- ções a desenvolver neste domínio
sões diplomáticas e consulares estrangeiras,
bem como com o Sistema das Nações Unidas e c) Estudar os acordos e tratados internacionais e
outras organizações intergovernamentais acre- propor ao Ministro a adesão, ratificação;
ditadas no País;
d) Emitir pareceres sobre os actos jurídicos inter-
e) Articular com as instituições competentes no nacionais face a ordem jurídica nacional;
acompanhamento da situação laboral dos técni-
cos estrangeiros em missão de cooperação em
São Tomé e Príncipe;
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e) Proceder a estudos e emitir pareceres sobre as- g) Dirigir e orientar as actividades das Missões e
suntos que lhe sejam acometidos; Representações Permanentes de São Tomé e
Príncipe junto das Organizações Internacionais
3. A inspecção é dirigida por um Embaixador ou e Regionais;
Ministro Plenipotenciário.
h) Planificar e organizar a participação de São
Artigo 26.º Tomé e Príncipe nas actividades da Comunida-
Direcção da Política Externa de dos Países de Língua Portuguesa;
h) Acompanhar e controlar em coordenação com ação dos programas e projectos financiados pelo FED e
outras instituições relevantes, o grau de reali- demais acções relacionadas com essa cooperação por
zação e o impacto da implementação dos pro- decisão do Ministro Ordenador Nacional.
gramas, projectos e acções de cooperação mul-
tilateral; SECÇÃO IV
Serviços Externos
i) Centralizar as relações cooperação com quais-
quer entidades públicas são-tomenses com os Artigo 29.º
organismos internacionais, missões diplomáti- Serviços Externos
cas acreditadas em São Tomé e Príncipe;
1. Para a prossecução das suas atribuições no estran-
3. Nas relações de cooperação com as representa- geiro, o MNECC dispõe dos seguintes serviços exter-
ções de organismos internacionais de carácter sectorial, nos: a) Embaixadas; b) Missões e representações per-
as acções, medidas e programas de planeamento e ges- manentes e; c) Postos consulares.
tão dessas relações são propostos e executados pelos
departamentos governamentais competentes, cabendo a 2. Nos serviços externos podem funcionar, na de-
DCI a coordenação global no quadro da política de pendência funcional do chefe de missão diplomática,
cooperação internacional ou a ele equiparado, e de forma unificada, os Conse-
lheiros Económicos, Adidos, entre outros.
a) Assegurar a coordenação e a gestão global da
cooperação internacional, em articulação com 3. Sempre que a prática internacional o aconselhe,
os departamentos sectoriais encarregados do podem ser adoptadas outras designações para os servi-
planeamento e gestão das relações de coopera- ços externos referidos no n.º 1.
ção;
4. Os serviços externos são criados por despacho dos
b) Promover e organizar, em coordenação com a membros do Governo responsáveis pelas áreas das
Direcção de Política Externa e com outras ins- Finanças, da Administração Pública e dos Negócios
tituições do Estado, o processo de estabeleci- Estrangeiros.
mento de parcerias económicas e a mobilização
da ajuda pública ao desenvolvimento; 5. Os interesses do Estado são-tomense no exterior
podem ser representados por Cônsules Honorários.
c) Coordenar a organização das Comissões Mis-
tas e outros mecanismos de negociações com 6. As representações do Estado são-tomense no exte-
parceiros bilaterais e multilaterais, incluindo as rior regem-se por legislação específica.
conferências e mesas redondas de doadores;
SECÇÃO V
d) Realizar outras funções que lhe sejam acometi- Pessoal e Cargos Dirigentes
das por decisão do Ministro.
Artigo 30.º
4. Na dependência da DCI funciona a Comissão In- Ordenação protocolar
terministerial de Cooperação Internacional, com fun-
ções de coordenação, acompanhamento e avaliação da Para efeitos de natureza protocolar, é a seguinte a
cooperação sectorial, nos termos a ser definido Despa- ordenação dos dirigentes dos serviços internos e orga-
cho do Ministro mediante proposta do Director da Co- nismos tutelados:
operação Internacional.
a) Secretário-geral, que é o mais alto funcionário
Artigo 28.º da hierarquia do MNE;
Gabinete do Ordenador Nacional
b) Director de Política Externa;
É o órgão do Ministério dos Negócios Estrangeiros,
Cooperação e Comunidades que centraliza todas as c) Director da Cooperação Internacional;
acções de cooperação, entre São Tomé e Príncipe e o
Fundo Europeu para o Desenvolvimento (FED) no d) Inspector-geral Diplomático e Consular;
domínio da negociação, conclusão, seguimento e avali-
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Artigo 31.º
Regras especiais de competência
3 Vogais, sendo o Director das Obras Públicas, 1 d) Concessão de obras ou serviços públicos e do
engenheiro e 1 arquitecto sénior do organismo do Esta- aproveitamento de águas públicas;
do ligado à obras públicas;
e) Regulamentos de ordem técnica relativos à
1 Representante das Câmaras Distritais; execução de obras públicas;
g) Elaborar junto das instituições, o quadro legal a) Acompanhar todo o processo de implementa-
normativo e regulador sobre a execução de ção das emanações dos acordos de cooperação
obras públicas e regular o exercício da activi- e investimento subscritos;
dade das empresas de projectos, fiscalização de
obras públicas; b) Proceder a gestão dos dossiers no que respeita
à sua exequibilidade;
h) Realizar a monitorização das infra-estruturas
do país, em coordenação com as instituições, c) Elaborar relatórios periódicos com vista a man-
de maneira a verificar o desempenho das em- ter o Ministro informado da prossecução das
presas, tanto de estudos como das construtoras, responsabilidades deles decorrentes;
apresentando periodicamente informações téc-
nicas ao Ministério; d) Criar ficheiros que permitam fácil identificação
e localização dos acordos de cooperação e in-
i) Promover intercâmbios técnico-científicos com vestimento, bem como todas as documentações
as instituições afins, nacionais ou estrangeiras, com os quais se identificam.
no domínio das infra-estruturas e obras públi-
cas, de acordo com as orientações superior-
mente definidas pelo programa do Governo ou
acordos de parcerias assinados;
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d) Assegurar uma avaliação das necessidades de 1. A Direcção das Obras Públicas tem as seguintes
transporte ao serviço dos projectos de desen- competências:
volvimento;
a) Ocupar-se de assuntos relativos à construção e
e) Realizar ou fazer realizar estudos dos impactos conservação de obras nacionais;
previsionais dos projectos e das consequências
em termos de exploração; b) Aprovar projectos de construção civil (arqui-
tectura e especialidade);
f) Planificar e seguir os projectos dos transportes
em coordenação com as entidades operacionais c) Realizar projectos de obras, incluindo as de ar-
pertinentes; te, de responsabilidade do Estado e particula-
res.
g) Assegurar a consonância da política e estraté-
gia dos transportes e o plano director de trans- d) Organizar e propor o mais eficiente mecanismo
portes, tendo em vista o desenvolvimento do para a fiscalização das obras públicas e particu-
país. lares, assim como o controlo e a fiscalização de
todas as formas de ocupação de solo em áreas
de vocação urbana;
h) Apreciar e emitir parecer sobre os projectos hi- d) Velar pela aplicação da política de ocupação,
droagrícolas e hidroeléctricos que não sejam da uso e transformação do solo, participando no
sua iniciativa. controlo e fiscalização, para a melhor protec-
ção do meio ambiente;
SUBSECÇÃO II
Direcção dos Serviços Geográficos e Cadastrais e) Participar na elaboração de normas, índices
técnico-económicos e procedimentos de traba-
Artigo 46.º lho para a planificação espacial;
Definição
f) Participar na elaboração e proposta de projec-
A Direcção dos Serviços Geográficos e Cadastrais é tos de desenvolvimento do sistema urbano e
o órgão através do qual se exerce as políticas do Estado outras unidades populacionais especialmente
nos domínios de Cartografia, Geodesia e Cadastro, no que concerne a implantação de edifícios e
relativos ao ordenamento do território nacional. obras de urbanização;
9. Inspeccionar a rede viária e propor medidas cor- a) Departamento de Recolha e Tratamento de Da-
rectoras ou preventivas aos pontos onde se registam dos Ambientais.
frequência de sinistralidade.
b) Departamento de Informação, Educação e Co-
10. Proceder a sinalização da Rede Rodoviária. municação.
12. Determinar a realização das Operações de STOP, 2. Colaborar na elaboração de uma política integrada
em estreita articulação com os Serviços de Trânsito da do ambiente, garantindo uma coordenação multissecto-
Polícia Nacional. rial;
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4. Proceder a acreditação de empresas na área ambi- a) Elaborar estudos e investigações sobre as ca-
ental; racterísticas e condições dos recursos naturais
do país, sua distribuição territorial e o nível de
5. Colaborar na definição de uma política de gestão aproveitamento;
dos resíduos;
b) Analisar estudos e investigações recomendadas
6. Incentivar o desenvolvimento de novas tecnologi- por orientações gerais sobre a utilização dos
as na área do ambiente; recursos naturais;
7. Coordenar a integração dos assuntos ambientais c) Garantir a efectiva aplicação da política, leis e
nas relações internacionais; outros instrumentos de política do sector do
sector de recursos naturais e energia;
8. Propor à tutela a designação de Pontos Focais pa-
ra determinadas áreas ambientais e coordenar as suas d) Assegurar a gestão integrada dos recursos natu-
acções; rais e energéticos;
c) Conselho Técnico;
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b) Emitir directa ou através de organismos espe- l) Instruir processos com vista a declaração de
cializados independentes, pareceres sobre os utilidade pública, para fins de exploração e ins-
estudos de impacto ambiental; tituição de servidão administrativa das áreas
necessárias à exploração, desenvolvimento e
c) Implementar, na sua esfera de competência e produção do petróleo e gás natural;
nos termos da legislação em vigor, a política
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m) Organizar e manter todas as informações e da- vidades portuárias ou com elas directamente
dos técnicos relativos às actividades da indús- relacionadas;
tria do petróleo.
c) Estabelecer e cobras taxas e rendimentos pro-
SECÇÃO IV venientes das suas actividades;
Empresas Públicas
d) Conceder, nas zonas de jurisdição portuária, li-
SUBSECÇÃO I cenças, sempre precárias, para a ocupação do
Empresa Nacional de Administração dos Portos terrapleno e para a construção de edifícios ou
de outras instalações e a execução de quaisquer
Artigo 82.º obras e trabalhos;
Definição
e) Manter serviços de fiscalização e vigilância
A Empresa Nacional de Administração dos Portos é portuárias para assegurar o cumprimento dos
uma pessoa colectiva de direito público, dotada de regulamentos aplicáveis nesse âmbito;
personalidade e capacidade jurídicas e de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial, tendo por ob- f) Usufruir das servidões administrativas, mor-
jecto a administração dos portos e fundeadouros de São mente, as portuárias que se mostrem necessá-
Tomé e Príncipe, visando a sua exploração económica, rias à realização do seu objecto;
conservação e desenvolvimento, abrangendo o exercí-
cio das competências e prerrogativas de autoridade g) Requerer, em seu benefício, a expropriação,
portuária que lhe estejam ou venham a ser cometidas. por utilidade pública, dos terrenos das zonas
portuárias de que necessita para a prossecução
do seu objecto;
Artigo 83.º
Composição h) Regulamentar e fiscalizar o uso público do ser-
viço ao seu cargo;
1. São órgãos da Empresa Nacional de Administra-
ção dos Portos: i) Exigir de todos os utentes das instalações por-
tuárias, elementos estatísticos relativos às acti-
a) Conselho de Administração; vidades sob a sua jurisdição, cujo conhecimen-
to interessa ao conjunto da actividade geral dos
b) Conselho Fiscal; portos;
rogativas de autoridade aeroportuária que lhe estejam jurídicas próprias, e de autonomia administrativa, fi-
ou venham a estar cometidas. nanceira e patrimonial, tendo como objecto a execução
da política de correios, a emissão, distribuição, vigên-
Artigo 86.º cia e valor nominal das espécies postais, a aplicação de
Composição tarifas nos serviços postais, tanto nacionais como inter-
nacionais, em conformidade com a legislação nacional
1. São órgãos da Empresa Nacional de Aeroportos e e com os acordos e convenções internacionais sobre a
Segurança Aérea: matéria, e o serviço público de telecópia.
SUBSECÇÃO II SECÇÃO I
STP Airways Objecto, Natureza e Atribuições
A STP Airways é uma companhia aérea que tem por O presente diploma tem como objecto aprovar a Or-
atribuição a exploração de linhas estabelecidas ao abri- gânica do Ministério do Planeamento, Finanças e Eco-
go de convenções, com a realização de voos comerciais nomia Azul.
de ligação entre São Tomé e Príncipe e outros países.
Artigo 99.º
Artigo 97.º Natureza
Composição
1. O Ministério que superintende a área de Planea-
A STP Airways tem a seguinte estrutura: mento e das Finanças é o Organismo da Administração
Central do Estado que tem por missão propor, formu-
a) Conselho de Administração; lar, conduzir, executar e avaliar a política de planea-
mento e financeira do Governo, promovendo a gestão
b) Director-Geral; racional dos recursos financeiros e patrimoniais públi-
cos e o equilíbrio interno e externo das contas públicas,
c) Departamento de Qualidade; bem como a inspecção-geral e fiscalização das finanças
públicas.
d) Departamento de Segurança de Voo;
2. O Ministério tem também como objectivo acom-
e) Departamento de Segurança; panhar a política financeira do Estado no domínio or-
çamental, fiscal, patrimonial, da contabilidade pública,
f) Departamento de Formação; do tesouro público, da inspecção financeira, bem como
a definição e coordenação da execução das políticas da
g) Departamento de Operação de Voo; economia do mar e a sustentabilidade da exploração
dos seus recursos
h) Departamento de Manutenção e Engenharia;
3. Cabe também ao supra Ministério propor a formu-
i) Departamento de Operação da Terra; lação e aplicação dos princípios reguladores da activi-
dade de seguros e fundos de pensões.
j) Departamento Administrativo e Financeiro;
4. Cabe ainda ao Ministério do Planeamento, Finan-
k) Departamento Comercial. ças e Economia Azul:
i) Gerir os instrumentos financeiros do Estado, v) Conceber políticas para a economia azul que
nomeadamente, no âmbito do Orçamento, do abranja sectores económicos ligados aos recur-
Tesouro e do Património; sos aquáticos (mares, oceanos, rios e lagos).
a) Inspecção Geral de Finanças (IGF); 4. Por decisão do seu Presidente, o Conselho pode
funcionar por sessões extraordinárias quando a nature-
b) Gabinete de Mecanismo Automático de Preços za dos assuntos a tratar o justifique.
de Produtos Petrolíferos (GAMAP).
5. A Direcção Administrativa e Financeira do Minis-
E) De tutela; tério do Planeamento, Finanças e Economia Azul, as-
segura os serviços de secretariado, expediente e arqui-
a) Banco Central de São Tomé e Príncipe vo do Conselho Consultivo.
(BCSTP);
2. O GAJ é dirigido por um Director, equiparado pa- g) Acompanhar o processo de publicação oficial
ra efeitos legais à figura de director do quadro privati- dos diplomas e documentos atinentes ao minis-
vo das finanças, nomeado pelo Ministro, nos termos tério em coordenação com os serviços da re-
previstos no Estatuto da Função Pública. prografia;
3. O GAJ é composto por técnicos juristas e com va- h) Realizar as demais tarefas que lhe sejam atribu-
lências em diferentes áreas de direito entre elas a área ídas pelo Ministro.
administrativa, financeira, fiscal, aduaneira entre ou-
tras. Artigo 105.º
Gabinete de Estudos e Políticas Económicas
4. O Director da GAJ do Ministério de Planeamento,
Finanças e Economia Azul, é equiparado, para efeitos 1. O Gabinete de Estudos e Politicas Económicas
remuneratórios, ao director de quadro privativo das (GEPE) tem a função técnica global de orientação e
Finanças. supervisão das actividades deste Ministério, devendo
para tal realizar acções de síntese, coordenação e se-
5. Se a necessidade do serviço assim o justificar, a guimento dos dossiers técnicos dos vários serviços que
estrutura do GAJ pode ser definida no estatuto orgâni- compõem o Ministério.
co próprio.
2. Este serviço é responsável pela elaboração de es-
Artigo 104.º tudos e pareceres técnicos bem como, pelo acompa-
Competências nhamento do relacionamento e negociações do Execu-
tivo, com as instituições financeiras internacionais,
O Gabinete Jurídico na prossecução das suas tarefas, organismos internacionais e organizações regionais, no
tem ainda as seguintes atribuições: que respeita à política económica-financeira e, em co-
laboração com as áreas respectivas, assegurar a coor-
a) Emitir pareceres jurídicos, relacionados com denação e articulação das diversas acções de coopera-
matéria administrativa, financeira, fiscal, adua- ção, no âmbito das atribuições do Ministério das
neira, entre outros, solicitado pelo Ministro de Finanças.
tutela ou pelos Directores;
3. O GEPE é dirigido por um Director, equiparado
b) Elaborar análises, estudos jurídicos e o plane- para efeitos legais a figura de director do quadro priva-
amento das actividades em matéria jurídica de tivo das finanças, nomeado pelo Ministro, nos termos
curto, médio e longo prazo, referente aos vários previstos no Estatuto da Função Pública.
serviços que compõem o Ministério.
4. O Director do GEPE do Ministério de Planeamen-
c) Elaborar estudos de natureza jurídica que lhe to, Finanças e Economia Azul, é equiparado, para efei-
sejam solicitados; tos remuneratórios, ao director de quadro privativo das
Finanças.
d) Acompanhar os processos de reclamação, re-
cursos hierárquico e contenciosos em que o 5. Se a necessidade do serviço assim o justificar, a
Ministério das Finanças tem intervenção, pro- estrutura do GEPE pode ser definida no estatuto orgâ-
movendo os actos necessários, sem prejuízo nico próprio.
das competências do Ministério Público;
e) Promover a realização de estudos empíricos f) Avaliar a eficiência dos gastos públicos em re-
que permitam melhorar a formulação de políti- lação aos objectivos do Plano Estratégico do
cas macroeconómicas da responsabilidade do Governo;
Ministério das Finanças;
g) Propor medidas de ajustamento que melhorem
f) Estudar e propor medidas de política económi- o benefício económico e social do gasto públi-
ca, nomeadamente no domínio fiscal, orçamen- co;
tal, cambial, monetário e de rendimento e pre-
ços, bem como proceder a análise dos h) Monitorar e acompanhar o resultado do balan-
principais indicadores macro-económicos; ço fiscal da Administração Central e das em-
presas públicas (sector público não financeiro);
g) Promover e coordenar, em colaboração com as
áreas competentes, o relacionamento do Minis- i) Preparar as projecções de médio prazo enqua-
tério das Finanças com as instituições financei- dradas na programação financeira;
ras internacionais, os organismos internacio-
nais e organizações regionais nos domínios j) Elaborar projecções do encerramento anual da
económicos e financeiros; posição fiscal das empresas públicas;
h) Elaborar sob a coordenação técnica e metodo- k) Propor medidas mediante escuta aos sectores
lógica da Direcção Nacional do Planeamento, vocacionados para assuntos fiscais, visando a
as propostas das Grandes Opções de Plano aprovação, alteração e mesmo extinção de
anuais (GOP) do sector; normas fiscais visando o equilíbrio macro fis-
cal;
i) Promover a elaboração e divulgação de estu-
dos, publicação e informação respeitantes ao
Ministério;
592 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
l) Avaliar o impacto das leis, acordos ou tratados b) Consolidar as propostas de orçamentos das ac-
que afectem o desempenho das finanças públi- ções de reforma, apresentadas pelas direcções
cas; envolvidas e submete-la ao Ministro das Fi-
nanças;
m) Produzir relatórios periódicos, pareceres, notas
técnicas e projecções macroenomicas anuais e c) Coordenar a implementação de todas as activi-
se possível para um período de cinco anos. dades de Reforma da gestão das Finanças Pú-
blicas e colaborar com a entidade responsável
3. O quadro de pessoal do GEPE do Ministério de pela área administrativa e financeira dos pro-
Planeamento, Finanças e Economia Azul é equiparado, jectos de reformas.
para efeitos remuneratórios, ao quadro privativo das
Finanças. 3. A estrutura e demais competências da GARFIP
estão definidas no seu estatuto próprio.
Artigo 107.º
Gabinete de Coordenação e Seguimento do Artigo 109.º
Sistema de Licitações e Contratações Públicas Unidade de Inteligência Estratégica para a
(COSSIL) Economia Azul
b) Definição das políticas de licitação e contrata- 2. Compete a Unidade Inteligência Estratégica para
ções públicas; a Economia Azul:
c) Gestão do sistema centralizado de dados de in- a) Coordenar todo o processo de transição para a
formações; economia azul;
2. A Direcção do Tesouro tem como missão assegu- 3. A estrutura e demais competências da Direcção de
rar a administração da tesouraria do Estado, a gestão da Contabilidade Pública estão definida no seu estatuto.
dívida pública e do financiamento do Estado, a efecti-
vação das operações de intervenção financeira do Esta- SUBSECÇÃO VI
do e acompanhamento da política monetário -
financeira, bem como a preparação e acompanhamento Artigo 115.º
das matérias respeitantes ao exercício da tutela finan- Direcção dos Impostos
ceira do sector público administrativo e empresarial e
exerce a função de accionista do Estado. 1. A Direcção dos Impostos é o serviço da Adminis-
tração Central do Estado encarregue da implementação
3. A estrutura e demais competências da Direcção do e execução da política fiscal definida pelo Governo, a
Tesouro estão definidas no seu estatuto. quem compete:
1. A Direcção de Contabilidade Pública é órgão cen- a) Aplicar, cobrar e arrecadar os direitos aduanei-
tral do Sistema Contabilístico do Estado responsável ros e demais imposições fixadas pela legislação
pelas funções de orientação, registo e controlo da exe- aduaneira;
cução orçamental, financeira e patrimonial, pela elabo-
ração da Conta Geral do Estado, bem como pela análi- b) Prevenir, fiscalizar e reprimir a fraude, o con-
trabando e a evasão fiscal aduaneira;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 595
SUBSECÇÃO XI SECÇÃO IV
1. A Inspecção Geral de Finanças é um serviço do Os Órgãos tutelados pelo Ministério que se regem
controlo financeiro e apoio técnico do Ministério do por legislação própria são os seguintes:
Planeamento, Finanças e Economia Azul e tem por
objecto: a) Banco Central de São Tomé e Príncipe
(BCSTP);
a) Fiscalizar a correcta utilização dos recursos
públicos e a exatidão e fidelidade dos dados b) Agência Fiduciária de Administração de pro-
contabilísticos; jectos (AFAP);
c) Projecto de Apoio a Gestão Económica e Fi-
b) Garantir através da fiscalização, a uniformiza- nanceira (PAGEF);
ção da aplicação das regras e métodos contabi-
lísticos; d) Secretariado Permanente da Iniciativa para a
Transparência das Indústrias Extractivas
c) Verificar o cumprimento das normas legais e (ITIE).
procedimentos aplicáveis;
SECÇÃO V
d) Verificar a legalidade dos actos e factos de
execução orçamental, financeira e patrimonial, Artigo 123.º
de forma prévia, concomitante e subsequente. Órgãos superintendidos
MINISTRO
CC
GM
IGF
UIF
GARFIP
DAF COSSIL
GAJ GAMAP
GEPE
UIE
1. O Ministro da Defesa e Ordem Interna tem as se- ii) Conselho Superior Militar.
guintes atribuições:
b) De coordenação e apoio técnico-
a) Executar a Política de Defesa e Ordem Interna; administrativo:
propostas que contribuam para a definição e m) Assegurar a participação de São Tomé e Prín-
fundamentação das decisões superiores; cipe nas Organizações sub-regionais, regionais,
internacionais e outros fora, bem como fazer o
b) Assegurar a análise sistemática do quadro con- seguimento da implementação das resoluções,
ceptual e legal do ordenamento da Defesa e conclusões, e recomendações nelas adoptadas;
Segurança;
n) Quando considerado útil e conveniente, a
c) Assegurar o funcionamento e apoio administra- DPDN promove o intercâmbio de conhecimen-
tivo e de secretariado ao funcionamento do to com entidades nacionais e internacionais,
Conselho Superior de Defesa Nacional; congéneres ou afins.
d) Acompanhar sempre que superiormente deter- 3. A Direcção de Polícia de Defesa Nacional é diri-
minado, as realizações de carácter cultural ou gida por um director nomeado pelo Ministro, nos ter-
técnico – científico com incidência na área de mos do artigo 18.º da presente orgânica.
Defesa e Ordem Interna tais como cursos, con-
ferências e seminários; 4. A DPDN organiza-se por áreas funcionais, medi-
ante proposta do seu director.
e) Participar em grupos de trabalhos pluridiscipli-
nares e interdepartamentais cujos assuntos se Artigo131.º
relacionem com a Defesa e Ordem Interna; Direcção de Armamento e Explosivos
ais, bem como a assegurar a respectiva execu- c) Avaliar periodicamente a situação operativa,
ção e controlo; em função dos relatórios de notícias que rece-
ber e sugerir eventuais medidas profilácticas;
e) Promover, coordenar e executar, em coopera-
ção com o Estado Maior das Forças Armadas d) Manter sempre que necessário o Serviço de In-
(EMFA), com as forças de segurança, as acti- formações Estratégicas informado sobre assun-
vidades relativas à gestão do ciclo de vida lo- tos ou factos (individuo, grupo ou organização)
gístico do armamento, bens e equipamentos no tidos como suspeitos, na perspectiva de acção
que se refere aos processos sob a sua responsa- concertada;
bilidade;
e) Acompanhar e elaborar estudos sobre a situa-
f) Contribuir sempre que necessário para a defi- ção estratégica nacional e a evolução da con-
nição e execução das políticas de ordenamento juntura internacional, trabalhando toda a in-
do território e urbanismo, garantindo a salva- formação respeitante às relações estratégicas de
guarda dos interesses da defesa nacional em Defesa e Segurança;
sede de produção, alteração, revisão e execu-
ção dos instrumentos de gestão do território; f) Proceder a recolha, a análise e o arquivo de in-
formações publicadas na Imprensa nacional e
g) Estudar, propor e coordenar os actos e proce- estrangeira relacionadas com a Defesa e Ordem
dimentos relativos à constituição, modificação Interna.
e extinção de servidões militares restrições de
utilidade pública e emitir pareceres e autoriza- 2. O Gabinete de Segurança Interna é dirigido por
ções sobre licenciamentos, nos termos da legis- um director nomeado pelo Ministro, nos termos do
lação aplicável; artigo 18.º da presente orgânica.
3. A DAE é dirigida por um director nomeado pelo 1. A Inspecção-Geral da Defesa e Ordem Interna é
Ministro nos termos do artigo 18.º do presente diplo- um serviço responsável pela fiscalização dos meios
ma. humanos, financeiros e materiais postos à disposição
das forças militares, paramilitares e serviços do Minis-
4. A DAE organiza-se por áreas funcionais, median- tério, velando pelo exacto cumprimento das leis, regu-
te proposta do seu director. lamentos e ordens em vigor.
b) Solicitar sempre que necessário, informações b) Avaliar o grau de eficácia geral das unidades
subsequentes que visem esclarecer devidamen- militares e paramilitares, assim como dos ser-
te os assuntos evocados; viços;
602 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
SECÇÃO II SUBSECÇÃO I
Estrutura Organizativa
Artigo 138.º
Artigo 137.º Inspecção - Geral da Administração Pública
Órgãos e Serviços
1. A Inspecção Geral da Administração Pública
1. O Ministério da Justiça, Administração Pública e (IGAP) é o serviço público dotado de autonomia admi-
Direitos Humanos tem os seguintes órgãos, serviços e nistrativa, responsável pelo controlo e auditoria de
instituições. gestão de toda a administração central, local e regional
do Estado nos domínios da política de recursos huma-
2. São órgãos: nos, modernização, racionalização das estruturas e
procedimentos.
a) Gabinete de Ministro;
2. A IGAP exerce a sua acção em articulação com as
b) Conselho Consultivo. inspecções sectoriais, em conformidade com a orienta-
ção definida pelo membro do Governo titular da Ad-
3. São serviços: ministração Pública.
f) Direcção-Geral dos Serviços Prisionais e de 5. Implementar, nos termos do n.º 2 do artigo 1.º do
Reinserção Social (DGSPRS); Decreto 54/2014, os planos, metodologias e normas de
actuação;
g) Polícia Judiciaria (PJ).
6. A IGAP pode solicitar e recolher relatórios e in-
formações que repute necessários para o apuramento
de situações e esclarecimento de matérias que se ins-
crevem nas suas atribuições, podendo relacionar-se
directamente com os titulares dos organismos e servi-
604 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
ços públicos que prossigam objectivos complementa- b) Conceber, preparar, analisar e apoiar tecnica-
res; mente a execução de iniciativas, medidas legis-
lativas, políticas e programas no âmbito do MJ
7. A IGAP poderá requisitar técnicos que reputar ne- e proceder à sua avaliação;
cessários para o bom desempenho das suas actividades;
c) Elaborar pareceres e informações jurídicas e
8. Produzir relatórios de inspecção e remetê-los à prestar colaboração técnica aos organismos da
consideração do titular da pasta; Administração Central, Regional e Local do
Estado em matéria jurídica;
9. As atribuições, bem como a organização e funcio-
namento da IGAP são definidos pelo Decreto n.º d) Promover o contínuo aperfeiçoamento do sis-
54/2014, publicado no DR n.º 183 de 31 de Dezembro, tema jurídico nacional;
que aprova o Regulamento da Inspecção Geral da Ad-
ministração Pública. e) Proceder ao levantamento da legislação em vi-
gor com vista à sua avaliação, sistematização e
SUBSECÇÃO II codificação e estabelecer o plano de sua revi-
são;
Artigo 140.º
Direcção da Política de Justiça f) Proceder ao levantamento e recolha de docu-
mentação internacional que permita o estudo
1. A DPJ é dirigida por um Director, nomeado nos comparativo dos vários sistemas jurídicos;
termos da lei e é integrada por quatro Departamentos
sendo: g) Promover estudos, debates e grupos de traba-
lhos com vista a recepção e aplicação no direi-
a) Departamento de Estudos, Legislação e Re- to interno das normas contidas em convenções
forma da Justiça; e acordos internacionais adoptados pelo Esta-
do;
b) Departamento de Cooperação e Parceria;
h) Formular e propor ideias e projectos para as
c) Departamento de Informação e Consulta Jurí- Grandes Opções do Plano;
dica.
SUBSECÇÃO III i) Programar, elaborar, gerir e avaliar projectos
no sector da justiça, assente nos princípios de
Artigo 141.º política e a missão da reforma da justiça;
Departamento de Estudos, Legislação e Reforma
da Justiça j) Assegurar a recolha, utilização, tratamento e
análise da informação estatística da Justiça e
1. O Departamento de Estudos, Legislação e Refor- promover a difusão dos respectivos resultados,
ma da Justiça é o serviço da DPJ responsável pelo no quadro do sistema estatístico nacional;
apoio técnico na elaboração de estudos, preparação de
diplomas legislativos, de projectos de reforma da justi- k) Dar assessoria técnica aos aparelhos do sistema
ça, informações e pareceres, pesquisas e promoção dos de justiça na organização e tratamento dos da-
direitos e da ciência Jurídica. dos estatísticos;
2. A DNAP é organizada por áreas funcionais ou por 3. O IDT assegurar também a Coordenação da Co-
projectos, mediante decisão do director, podendo reali- missão Nacional de Combate a Droga.
zar acções de consultoria para apoiar tecnicamente os
ministérios e serviços. 4. O IDT é dirigido por um Presidente, nomeado pe-
lo Ministro, nos termos do Estatuto da Função Pública,
3. Compete ainda a DNAP executar toda a política e organiza-se por áreas funcionais, mediante a proposta
de formação dos funcionários públicos enquanto não do seu Presidente.
for criado o Instituto nacional da Administração Públi-
ca e reunir condições técnicas materiais e humanas 5. O regime jurídico e de pessoal serão definidos em
para tal. diploma próprio.
2. As atribuições, bem como a organização e funcio- 3. O CACVD é dirigido por um Director, nomeado
namento da DGRN são definidos pelo Decreto-lei n.º pelo Ministro de tutela.
07/2017, publicado no DR n.º 82, de 13 de Junho, que Artigo 152.º
aprova o Estatuto Orgânico e do Pessoal dos Registos e Atribuições
do Notariado.
Compete o CACVD, assegurar a promoção e execu-
SUBSECÇÃO IV ção da política do Governo em matéria de prevenção,
Centro de Informática, Reprografia e Unidade controlo e combate da violência baseada em género
Técnica Operacional Legis Palop + TL (VBG) especialmente a Violência Doméstica e Famili-
ar (VDF), protecção e apoio às vítimas deste flagelo
Artigo 149.º em São Tome e Príncipe incumbindo-lhe, nomeada-
Natureza e Competências mente:
sejam melhor tomadas em conta, para se traba- e) Serviço Administrativo e Financeiro (DAF;
lhar na vertente preventiva destas situações;
f) Departamento de Formação e de Pesquisa
i) Realizar periodicamente análises pertinentes da (DFP);
situação em todos distritos incluindo a Região
Autónoma, a fim de dotar de medidas mais g) Divisão Regional do Príncipe (DRP; e
adequadas para pôr cobro a situação;
h) Divisões Distritais (DD).
j) Promover medidas tendentes a valorizar a fa-
mília, sendo esta a célula vital para o desenvol- 2. O CACVD é dirigido por um director nomeado
vimento de qualquer sociedade ou nação; pelo Ministro de tutela.
k) Velar pela integração transversal das questões 3. As competências e demais atribuições bem como
de género em todas as políticas e programas de o funcionamento do CACVD, serão definidos em di-
desenvolvimento nacional; ploma próprio.
CAPÍTULO VII
612 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
É orientada por princípios de boa governação e de- d) Delegações Regionais a saber: Norte (Cidade
senvolvimento sustentável, o ressurgir do MAPDR tem de Neves); Centro (CATAP); Sul (Cidade de
como principal encargo conferir um maior grau de Santana); e Região Autónoma do Príncipe.
eficiência e operacionalidade ao funcionamento dos
seus serviços. Artigo 159.º
Secretariado Técnico permanente
Artigo 157.º
Sectores do Ministério de Agricultura, Pesca e 1. Órgão de apoio técnico e permanente ao MAPDR,
Desenvolvimento Rural cuja função visa sobretudo assegurar o normal funcio-
namento do MAPDR.
1. São sectores do Ministério de Agricultura, Pesca e
Desenvolvimento Rural: 2. A nomeação do Secretariado Técnico Permanente
e mediante Concurso Público.
a) Gabinete do Ministro;
Artigo 160.º
b) Secretario Técnico Permanente; Gabinete de Assessoria, Cooperação e
Comunicação
c) Gabinete de Assessoria, Cooperação e Comu-
nicação; 1. Órgão de apoio ao Ministro, visando apoiar e faci-
litar ao nível estratégico a tomada de decisões do Mi-
d) Conselho de Direcção; nistro sobre a matéria técnica e científica da agricultu-
ra, pecuária, floresta e desenvolvimento rural,
e) Conselho Técnico; procurando oferecer com eficácia e eficiência os servi-
ços nestas áreas com o intuito de satisfazer adequada-
f) Direcção Administrativa e Financeira; mente a enorme procura destes serviços pelos agentes
económicos.
g) Direcção de Estudo e Planeamento;
2. A componente cooperação ora associada a este
h) Direcção da Agricultura e Desenvolvimento Gabinete, visa assegurar as relações entre o Ministério
Rural; e os parceiros de desenvolvimento que atuam no sec-
tor, assim como todos os serviços de apoio a comuni-
i) Direcção das Florestas e da Biodiversidade; cação áudio visual e informação, e a relação com os
médias deverá ser assegurado por este Gabinete.
j) Direcção de Pecuário;
Artigo 161.º
k) Direcção das Pescas e Protecção dos Recursos Conselho de Direcção
Haliêuticos.
1. O Conselho de Direcção e um órgão consultivo do
Artigo 158.º Ministério que se reúne trimestralmente com o objecti-
Instituições afectas ao Gabinete do Ministro da vo de analisar o nível de funcionamento do Ministério
Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural e o cumprimento das acções programadas.
As seguintes instituições estão afectas ao Gabinete 2. São membros do conselho consultivos, os Direc-
do Ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento tores, os assessores do Ministério, os responsáveis pe-
Rural:
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 613
d) Apoiar os produtores na comercialização dos b) Seguimento e controlo de uso das terras distri-
produtos locais. buídas e a criação de uma base de dados;
e) Apoiar em todas as acções que visem a melho- d) Fiscalização permanente juntamente com Cen-
ria socioeconómica e que contribuam para o tro de Apoio ao Desenvolvimento Rural os sis-
desenvolvimento; temas de rega instalados.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 615
a) Assegurar aplicação das normas legais das pes- a) Proceder à recolha, tratamento e divulgação re-
cas e efectuar sempre que necessário a revisão gular dos dados estatísticos de pesca, com vista
das mesmas; à melhoria dos conhecimentos sobre o estado
de exploração dos recursos haliêuticos;
b) Introduzir regulamentos não discriminatórios
contendo obrigações das embarcações nacio- b) Promover gestão equilibrada e orientar estudos
nais e estrangeiras quanto a concessão de li- científicos para conhecimento (avaliação) da
cenças de pesca, acesso à zona de pesca, obri- biomassa existente e garantir a sua preservação
gações relativas a comunicação sobre relatórios e gestão estável;
de capturas, desembarques e emprego de naci-
onais); c) Preparar e publicar catálogos das espécies
identificadas;
c) Licenciar as actividades de exploração dos re-
cursos pesqueiros e as actividades de operações d) Desenvolver a aquacultura com critérios base-
conexas e assegurar os mecanismos de cobran- ados na sustentabilidade, e aproveitar os recur-
ças das respectivas taxas assim como emitir pa- sos hídricos (naturais) ou em meios marinhos;
receres sobre o pedido de licenças de pesca;
e) Cooperar e participar com outras instituições
d) Influenciar na tomada de decisões para imple- nacionais e/ou estrangeiras em campanhas de
mentação das recomendações extraídas das or- investigação ou cientificas na nossa ZEE;
ganizações regionais e internacionais de pesca
(ICCAT,COMAFAT,COREP, etc.); f) Promover conferências, ateliers e outras acções
técnicas científicas para divulgar os resultados
e) Participar na preparação de acordos de pesca dos estudos e publicar informações e documen-
industrial e respectiva negociação; tações sobre o conhecimento dos recursos ha-
liêuticos;
f) Propor modelos de desenvolvimento de pesca
industrial, incentivando criação de empresas de g) Velar pela protecção do meio ambiente aquáti-
pesca, com base em projectos coerentes de de- co e costeiro, em colaboração com outras insti-
senvolvimento; tuições de acordo com a lei em vigor;
h) Promover seminários de sensibilização com os
g) Zelar pela formação de observadores, inspecto- pescadores e os demais intervenientes na acti-
res e consequente integração nos navios da vidade pesqueira para adquirirem conhecimen-
pesca industrial; tos quanto à importância da biodiversidade, a
h) Assegurar a fiscalização das actividades de dinâmica dos recursos e a sua preservação so-
pesca na ZEE santomense, proceder à instrução bretudo à melhor compreenderem a lógica da
dos processos de infracção de pesca e à co- regulamentação participando de foram constru-
brança das multas aplicadas; tiva na sua concepção e no rigoroso cumpri-
mento;
i) Assegurar o registo das estáticas de capturas
efectuadas pelos navios e propor as respectivas i) Propor ao Ministério de Tutela medidas para
medidas de gestão em colaboração com o de- reforçar as capacidades de gestão sobre o esta-
partamento de Investigação e c dos recursos; do de exploração dos recursos após os resulta-
dos dos dados estatísticos ou de avaliação dos
j) Propor a distribuição dos Totais Admissíveis recursos;
de Captura (TAC) das pescas industrial e outas.
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 619
1) Departamento de Fomento
a)Célula administrativa e financeira;
da indústria de produtos florestais
2) Departamento de Fiscaliza-
Direcção das Florestas e ção, Controlo e Estatísticas
da Biodiversidade-DFB 3) Departamento de Fomento
Florestal;
4) Departamento do Parque
Obô;
1) Departamento de Saúde
Animal e Vigilância Epidemiológica
2) Departamento de Fiscaliza-
Direcção da Pecuário-DP
ção e Saúde Pública Veterinária
3) Departamento Fomento Pe-
cuário
1. Na prossecução da sua missão, são atribuições do b) Promover a adopção das medidas normativas
PCMAP: ajustadas à prossecução das políticas definidas
pela Assembleia Nacional e pelo Governo, bem
a) Assegurar o regular funcionamento do Conse- como assegurar e acompanhar a execução das
lho de Ministros; medidas normativas integradas na área do po-
der local;
b) Desenvolver o planeamento estratégico neces-
sário à execução do Programa do Governo; c) Formular, promover e executar os programas e
projectos relacionados com as suas atribuições;
c) Promover a coordenação interministerial entre
os diversos departamentos governamentais; d) Propor diplomas sobre a matéria respeitantes à
sua organização e funcionamento e outras
d) Assegurar a prestação de apoio jurídico, infor- normas legais pertinentes às acções da sua
mativo, técnico e administrativo ao Primeiro- competência;
Ministro, ao Conselho de Ministros e aos de-
mais membros do Governo integrados na e) Gerir os recursos financeiros para a execução
PCMAP; dos seus programas e projectos;
e) Coordenar o procedimento de aprovação e pu- f) Exercer outras atribuições que lhe forem come-
blicação de diplomas, assegurando o controlo tidas por Lei.
de qualidade dos actos normativos do Governo,
as diligências necessárias em sede de audições
a entidades públicas e privadas e a fixação das
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 623
a) As questões que lhe sejam submetidas pelo 2. A DPIE desempenha funções de concepção da
membro do Governo responsável pelo ensino componente pedagógica e didáctica do sistema educa-
superior e ainda, formular por sua própria ini- tivo, abrangendo de acordo com a Lei de Bases do
ciativa, propostas ou sugestões sobre quaisquer Sistema Educativo, a educação pré-escolar, os ensinos
assuntos relacionados com o mesmo; básico e secundário incluindo as suas modalidades
especiais de educação especial, de ensino recorrente,
b) As matérias de acção social das instituições de bem como a educação extra-escolar, contribuindo para
ensino superior e as previstas na lei. a formulação da componente pedagógica e didáctica da
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 627
i) Assegurar que todos os bens sejam etiquetados; d) Promover a cooperação internacional no âmbi-
to do ensino superior sem prejuízo das compe-
j) Proceder ao registo de todas as revisões e repa- tências próprias do sector de cooperação do
rações efectuadas nos veículos; MEES;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 631
j) Criar e manter actualizado a base de dados dos b) Fazer, sob a orientação do Director, o segui-
formandos e dos formados no país; mento dos protocolos de cooperação existentes
e firmar no domínio do ensino superior;
k) Colaborar na inspecção às instituições de ensi-
no superior, aos programas de ensino e às con- c) Coordenar o processo de acesso ao ensino su-
dições de seu funcionamento; perior nos termos da lei fixado;
m) Acompanhar a sua execução, bem como avaliar e) Implementar a política de concepção de bolsas
a qualidade dos serviços de apoio social no en- de estudo;
sino superior, em articulação com a instituição
que gere o fundo de apoio social; f) Acompanhar a situação académica e social dos
bolseiros;
n) Proceder a guarda e a conservação da docu-
mentação fundamental das instituições de ensi- g) Organizar e assegurar o arquivo de dados dos
no superior encerradas, sempre que, nos termos bolseiros;
da lei, não seja possível a guarda pela respecti-
va entidade instituidora, bem como, proceder à h) Divulgar vagas para o acesso ao ensino superi-
emissão dos documentos relativos ao período or;
de funcionamento daquelas instituições;
i) Manter uma base de dados de todos os bolsei-
o) Prestar o apoio que lhe seja solicitado pela ros e prestar informação sobre os mesmos;
Agência Nacional de Avaliação, Acreditação,
Certificação da Educação, no âmbito dos pro- j) Assegurar o intercâmbio de informações com
cessos de acreditação e de avaliação do ensino entidades congéneres de outros países em par-
superior; ticular no quadro de acordos bilaterais e multi-
laterais.
p) Proceder ao registo dos ciclos de estudos de
ensino superior e dos cursos de especialização 2. Exercer outras funções que sejam determinadas
tecnológica; por lei ou superiormente.
Cabe ao Departamento de Inovação e Ciência (DIC): O Serviço Administrativo (SA), é responsável por
verificar a entrada e saída de correspondências, receber
1. Promover, de forma sustentada, a investigação ci- e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o
entífica e formação de técnicos e investigadores, como público em geral, assegurar todo o expediente de ar-
estratégia de garantir o desenvolvimento de São Tomé quivo de documentos, manter actualizados os contactos
e Príncipe e permitir que o País se torne competitivo no da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e
mercado regional, quiçá, no mercado mundial. matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de
elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem
2. Compete ainda o DIC: como, elaborar relatórios de seguimento administrativo
das decisões e/ou recomendações e demais atribuições
a) Assegurar o desenvolvimento de capacidades, administrativas emanadas superiormente.
na produção de Conhecimentos e Inovação
Tecnológica; SUBSECÇÃO II
Direcção de Administração Escolar
b) Desenvolver a ciência e a tecnologia com vista
à transformação socioeconómica de São Tomé Artigo 206.º
e Príncipe e a sua integração na economia Natureza, composição e competências
mundial;
1. A Direcção de Administração Escolar é um servi-
c) Assegurar o planeamento de investigação cien- ço do Ministério que faz a gestão do pessoal docente e
tífica, qualificação e capacitação dos recursos não docente e dos recursos materiais, a administração
humanos de nível superior, no país e no exteri- dos estabelecimentos públicos da Educação pré-escolar
or, bem como estabelecer contactos e relações e dos ensinos básico, secundário e técnico-profissional,
de cooperação com universidades e outras ins- bem como a implementação de políticas de acção soci-
tituições de nível superior, no estrangeiro; al escolar.
g) Organizar e orientar as várias modalidades es- b) Elaborar a proposta de calendário escolar para
peciais de educação extra-escolar; o ESTP, com base nas orientações da DPIE;
h) Promover o desporto escolar junto das escolas, c) Acompanhar e apoiar o desenvolvimento pro-
como meio de atingir o sucesso escolar; fissional dos professores e dos próprios super-
visores e dos delegados;
i) Organizar, orientar e acompanhar o processo
de avaliação das aprendizagens dos discentes; d) Propor a realização das acções de formação
contínua dos professores;
j) Estabelecer em parceria com o Gabinete de
Educação Especial, às medidas que permitam a e) Acompanhar o processo de colocação de pro-
integração socioeducativa dos alunos com ne- fessores nas escolas;
cessidades educativas especiais, promovendo a
igualdade de oportunidade de acesso e de su- f) Elaborar as matrizes e as provas de avaliação
cesso escolar; bem como supervisionar a aplicação, correcção
e classificação das provas.
k) Monitorizar a prática pedagógica sistemática
dos docentes. 2. Desenvolver outras actividades que lhe sejam su-
periormente solicitadas.
l) Regulamentar e orientar as actividades relati-
vas à supervisão pedagógica dos docentes das Artigo 215.º
instituições de ensino público e privado do En- Serviço administrativo
sino Secundário e Técnico Profissional;
O Serviço Administrativo (SA) é responsável por
m) Coordenar a planificação e aplicação das pro- verificar a entrada e saída de correspondências, receber
vas de avaliação das aprendizagens; e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o
público em geral, assegurar todo o expediente de ar-
n) Colaborar na actualização e divulgação de quivo de documentos, manter actualizados os contactos
normas (guias) para os exames nacionais; da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e
matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de
o) Colaborar na planificação, aplicação e correc- elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem
ção dos exames externos; como, elaborar relatórios de seguimento administrativo
636 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
das decisões e/ou recomendações e demais atribuições k) Contribuir para a inclusão no sistema escolar,
administrativas emanadas superiormente. de crianças e adolescentes em idade escolar e
que o tenham abandonado;
SUBSECÇÃO IV
Direcção do Ensino Básico l) Contribuir na elaboração do plano de formação
contínua e em exercício do pessoal docente e
Artigo 216.º acompanhar a sua execução;
Natureza, composição e competências
m) Planear, orientar, acompanhar, promover e ava-
1. A Direcção do Ensino Básico (DEB) tem por mis- liar os projectos e actividades do desporto es-
são prestar apoio a formulação das orientações peda- colar;
gógicas e didácticas do ensino básico e da educação
extra-escolar e assegurar a sua concretização. n) Produzir e assegurar a difusão, através de su-
portes diversificados, de documentação peda-
2. Cabe especificamente à Direcção do Ensino Bási- gógica de informação e apoio técnico aos agen-
co: tes e parceiros educativos;
2. Desenvolver outras actividades que lhe sejam su- f) Participar na definição da rede dos estabeleci-
periormente solicitadas. mentos de educação pré-escolar e acompanhar
o seu desenvolvimento;
Artigo 218.º
Serviço Administrativo g) Cooperar na definição das prioridades nacio-
nais de formação inicial, em serviço e contínua
O Serviço Administrativo (SA) é responsável por dos educadores de infância e de outros agentes
verificar a entrada e saída de correspondências, receber educativos;
e enviar documentos, atender chamadas telefónicas e o
público em geral, assegurar todo o expediente de ar- h) Proporcionar a todas as crianças santomenses
quivo de documentos, manter actualizados os contactos (4-5 anos), incluindo as com Necessidades
da direcção, apoiar no inventário dos equipamentos e Educativas Especiais (NEE), acesso ao Ensino
matérias, preparar as reuniões, coordenar o processo de Pré-Escolar;
elaboração dos mapas de efectividade do pessoal, bem
como, elaborar relatórios de seguimento administrativo i) Planear e desenvolver as acções inerentes à
das decisões e/ou recomendações e demais atribuições realização da avaliação interna das aprendiza-
administrativas emanadas superiormente. gens.
2. No âmbito das suas atribuições compete a Direc- a) Acompanhar a implementação dos currículos e
ção da Educação Pré Escolar o seguinte: o cumprimento dos programas da Educação
Pré-escolar;
a) Estudar e elaborar propostas conducentes a
uma política integrada de educação pré-escolar, b) Elaborar a proposta de calendário escolar para
em colaboração com outros sectores; Educação Pré-escolar, com base nas orienta-
ções da DPIE;
b) Assegurar, ao nível nacional, a organização
pedagógica dos estabelecimentos da pré- c) Acompanhar e apoiar o desenvolvimento pro-
escolar, definindo e divulgando normas orien- fissional dos professores e dos próprios super-
tadoras à luz dos objectivos da educação pré- visores e dos delegados;
escolar;
d) Propor a realização das acções de formação
c) Propor objectivos e linhas de orientação curri- contínua dos professores;
cular;
e) Acompanhar o processo de colocação de pro-
d) Coordenar o desenvolvimento das actividades fessores nas escolas;
técnicas e dos métodos apropriados aos objec- f) Elaborar as matrizes e as provas de avaliação
tivos da educação pré-escolar; bem como supervisionar a aplicação, correcção
e classificação das provas.
e) Coordenar os planos de apoio pedagógico aos
educadores de infância e auxiliares pedagógi- 2. Desenvolver outras actividades que lhe sejam su-
cos; periormente solicitadas.
638 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
k) O Gabinete de Educação Especial articula com O presente diploma tem como objecto aprovar a Or-
as instituições de formação de professores em gânica do Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e
acções de formação contínua sobre temáticas Indústria.
da educação especial.
Artigo 235.º
SUBSECÇÃO VI Natureza
Fundo para Ciência e Tecnologia
1. O Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e In-
Artigo 232.º dústria (MTCCI) é o organismo da Administração Cen-
Natureza e competências tral do Estado responsável pela concepção, execução,
coordenação e avaliação da política definida pelo Go-
1. O Fundo para Ciência e Tecnologia (FCT), é um verno para os sectores do Turismo, Cultura, Comércio
fundo nacional destinado ao desenvolvimento do ensi- e Indústria.
no superior, da ciência, da tecnologia e da investiga-
ção. 2. Cabe ao supra Ministério propor a formulação e
aplicação dos princípios reguladores das actividades
2. A constituição e o funcionamento do FCT são de- Económicas.
finidos em diploma próprio.
3. Cabe ainda ao Ministério do Turismo, Cultura,
SUBSECÇÃO VII Comércio e Indústria representar o Estado São-tomense
Fundo da Família, da Educação e de Apoio Social junto das instituições e organizações regionais e inter-
nacionais.
Artigo 233.º
Natureza e competências Artigo 236.º
Atribuições
1. O Fundo da Família da Educação e de Apoio So-
cial (FFEAS), é um fundo nacional destinado à família Na prossecução da sua missão, são atribuições do
da educação e as famílias desfavorecidas. Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e Industria:
m) Conceber políticas para a industria que abranja 1. São transferidos para o Ministério, do Turismo,
sectores económicos ligados, aos sectores pú- Cultura, Comércio e Indústria, proveniente do extinto
blicos e privado, entre outros. Ministério das Finanças, Comércio e Economia Azul
os Seguintes Serviços: Direcção Geral de Turismo e
SECÇÃO II Hotelaria, Direcção do Comércio, Direcção da Indus-
Estrutura Orgânica tria, Direcção de Regulação e Controlo das Actividades
Económicas e a Serviço Nacional de Propriedade Inte-
Artigo 237.º lectual.
Órgãos e serviços
2. Foi igualmente transferido o extinto Ministério da
1. O Ministério do Turismo, Cultura, Comércio e In- Educação, Cultura, Ciência e Comunicação, a Direcção
dústria é constituído pelos seguintes Órgãos e Serviços: Geral de Cultura, o Observatório de Redução da Po-
breza e o Centro de Investigação de políticas para o
a) De consulta: desenvolvimento.
n) Elaborar, em colaboração com outros serviços e) Promover a criação de uma rede de intercâm-
do Ministério, os relatórios de actividade, ten- bio de informação entre entidades que traba-
do em vista a avaliação dos resultados dos pla- lham nos domínios das suas competências;
nos e da execução orçamental;
f) Propor a definição de estratégias da comunica-
o) Cumprir rigorosamente os prazos estipulados ção dos riscos em matéria de segurança alimen-
pela Direcção Nacional do Planeamento no to- tar, tendo em consideração os conteúdos, os
cante ao fornecimento de informações indis- meios e os grupos alvo da população;
pensáveis ao processo de planeamento.
g) Promover acções de natureza preventiva e re-
SUBSECÇÃO I pressiva em matéria de infracção contra a qua-
lidade, genuinidade, composição, aditivos ali-
Artigo 241.º mentares e outras substâncias e rotulagem dos
Direcção de Regulação e Controlo das géneros alimentícios e dos alimentos para ani-
Actividades Económicas mais;
1. A Direcção de Regulação e Controlo das Activi- h) Fiscalizar a oferta de produtos e serviços nos
dades Económicas, adiante designada por (DRCAE), é termos legalmente previstos, tendo em vista
um serviço público que está sob tutela do Ministério do garantir a segurança e saúde dos consumidores;
Turismo, Cultura, Comercio e Industria.
i) Fiscalizar o cumprimento das obrigações legais
2. A DRCAE tem como missão promover a regula- dos agentes económicos;
ção, o controlo e a fiscalização de todas as actividades
económicas realizadas sobre o território nacional ou j) Proceder a fiscalização de todos os locais onde
com elas relacionadas. se procede a qualquer actividade industrial,
comercial, agricultura, pecuária, de abate, pis-
3. ADRCAE prossegue as seguintes atribuições: catória, incluindo a actividade de pesca lúdica,
de promoção e organização de campos de fé-
a) Velar pelo cumprimento das Leis, regulamen- rias ou de prestação de serviço, designadamen-
tos, despachos e instruções no âmbito da defesa te de produção acabadas e ou intermédios, ar-
da economia nacional, organizando a preven- mazéns, escritórios, meios de transporte,
ção e promovendo a repressão dos delitos con- entrepostos frigoríficos, empreendimentos tu-
tra a economia e saúde pública; rísticos, agências de viagens, empresas de ani-
mação turísticas, estabelecimento de restaura-
b) Emitir pareceres científicos e técnicos, reco- ção e bebidas, cantinas e refeitório, clínicas
mendações e avisos, nomeadamente em maté- dentárias, clínicas veterinárias, recinto de di-
rias relacionadas com a nutrição humana, saúde versão ou de espectáculo, infra-estruturas equi-
bem-estar animal, fitossanidade e organismos pamentos, espaços desportivo.
genéticos modificados;
SUBSECÇÃO II
c) Recolher a analisar dados que permitam a ca-
racterização e avaliação dos riscos que tenham Artigo 242.º
impacto, directo na segurança alimentar, asse- Arquivo Histórico de S.Tomé
gurando a comunicação pública e transparente
dos riscos e promovendo a divulgação de in- 1. O Arquivo Histórico de S.Tomé e Príncipe é a en-
formação sobre segurança alimentar junto aos tidade coordenadora do sistema nacional de arquivos, e
consumidores; tem por missão estruturar, promover e acompanhar de
forma dinâmica e sistemática a invenção do Estado no
d) Proceder a avaliação dos riscos alimentares, âmbito da política arquivista.
nomeadamente os relativos aos novos alimen-
tados e ingredientes alimentares, bem como 2. O Arquivo Histórico de S. Tomé e Príncipe é re-
dos riscos inerentes à saúde e bem-estar animal gido por estatuto próprio.
e à alimentação animal;
I SÉRIE N.º 41 – 5 de Agosto de 2019 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 645
1. A Casa da Cultura é uma instituição vocacionada 1. A Biblioteca Nacional é uma instituição pública
para a difusão, promoção e desenvolvimento de acções que tem por missão disponibilizar aos utentes a memó-
nos domínios da arte, cultura, e comunicação e funcio- ria intelectual, cultural, científica, servindo de motor de
na sob a tutela do Ministro de Turismo, Cultura, Co- difusão de tudo que constitui o seu acervo, assim como
mércio e Indústria. a sua preservação para a posteridade.
2. A Casa da Cultura é regida por um estatuto pró- 2. A Biblioteca Nacional é regida por estatuto pró-
prio prio.
Subsecção IV SUBSECÇÃO VI
1. O Museu Nacional é um serviço público sob tute- 1. A comissão Nacional da UNESCO é o órgão que
la do Ministério de Turismo Cultura, Comércio e In- desenvolve actividade no âmbito das quatro áreas de
dústria encarregue de: mandato da UNESCO – educação, ciência, cultura e
comunicação – e nas áreas temáticas desta organização,
a) Proceder a recolha e conservação dos Instru- difundindo e dinamizando em São Tomé e Príncipe as
mentos de trabalho, trajes tradicionais, peças políticas e os programas aprovados no seio da
de arte sacra e outros; UNESCO, em colaboração com as demais entidade
governamentais e os diferentes grupos activos na soci-
b) Proceder a recolha e conservação dos artefac- edade.
tos históricos, dignos de figurarem num museu
de arquiologia; 2. A Comissão Nacional da UNESCO é regida por
um estatuto próprio.
c) Instituição e organização de museus de especi-
alidade, nomeadamente, as histórias natural, SUBSECÇÃO VII
etnográfico, histórico-cultural;
Artigo 247.º
d) Preparar a organização de exposições especi- Direcção do Comércio
ais;
1. A Direcção do Comércio, adiante designada por
e) Promover o intercâmbio com instituições con- DC, é um serviço público sob a tutela do Ministério
géneres; responsável pelo sector do comércio com as seguintes
atribuições:
f) Proceder a elaboração e publicação de mono-
grafia sobre material existentes; a) Proceder o licenciamento das actividades co-
merciais;
g) Criação de um museu ao ar livre com base nos
acervos existentes nas antigas roças coloniais. b) Promover a divulgação e a aplicação das nor-
mas técnicas correspondentes aos estabeleci-
h) Servindo de motor de difusão de tudo que mentos comerciais;
constitui o seu acervo, assim como a sua pre-
servação para a posteridade. c) Promover a regulamentação dos estabeleci-
mentos comerciais, classifica-los de acordo
com as suas características, de modo a facilitar
a integração económica das instalações e pro-
tecção do consumidor;
646 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
b) Identificar linhas de produção capazes de pro- 1. O Secretário de Estado para Comércio e Indústria
porcionar um valor acrescido a sector; é o responsável pela concepção, execução, coordena-
ção e avaliação da política defendida e aprovada pelo
c) Proceder estudos diagnósticos sobre diversas Conselho de Ministros para os domínios do Comercio e
matérias do sector industrial; Industria.
CAPÍTULO XI
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SECÇÃO I
Disposições Gerais
Artigo 251.º
Missão
a) Gabinete do Ministro;
648 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
d) Integrar comissões que venham a ser criadas das actividades de promoção da saúde, da prevenção
para a resolução dos grandes problemas da sa- das doenças, da prestação dos cuidados de saúde em
úde; todas as áreas de saúde do país, designadamente, Área
de Saúde de Água Grande, Mé-Zóchi, Cantagalo, Lo-
e) Prestar apoio técnico de que necessite o Minis- bata, Caué, Lembá e da Região Autónoma de Príncipe.
tro no exercício das suas funções;
2. Constituem atribuições específicas da DCS, as se-
f) Promover e realizar estudos, análises, pesqui- guintes:
sas e reflexões sobre todas as questões ineren-
tes ao Ministério, e propor orientações estraté- a) Administrar a saúde local das populações dos
gicas, posições e iniciativas neste âmbito; distritos e da Região Autónoma de Príncipe,
promovendo a execução da política de saúde de
g) Organizar debates, colóquios, conferências e acordo com os objectivos globais e sectoriais
outras sessões de trabalho sobre questões rele- do Governo sob a orientação directa do Minis-
vantes; tro da Saúde;
j) Fazer balanço e síntese das missões de deslo- d) Apoiar o desenvolvimento de projectos de in-
cação ao estrangeiro em serviço, usando o pas- vestigação realizados nos serviços de saúde;
saporte do estado.
e) Gerir os aspectos técnicos da prestação dos
3. A estrutura do Conselho Directivo compreende, cuidados de saúde, garantindo o necessário
todas as Direcções, Serviços e Instituições afectas ao apoio técnico, normativo, a implementação dos
Ministério. Pode ocorrer o Conselho Directivo Restrito programas de cuidados integrados nas respecti-
de que fazem parte as chefias máximas das Direcções, vas áreas;
Serviços e Instituições do Ministério da Saúde e indi-
vidualidades convocadas pelo Ministro da Saúde e o f) Promover as medidas convenientes de higiene
Conselho Directivo Alargado de que fazem parte além da alimentação e de melhoria da nutrição;
das chefias máximas das Direcções, Serviços e Institui-
ções, os responsáveis dos departamentos dos mesmos, g) Colaborar no estudo da prevenção das doenças
e chefias de nível equiparado, bem como outras indivi- crónicas degenerativas, dos acidentes e das má-
dualidades das organizações e projectos convocadas formações evitáveis;
pelo Ministro da Saúde.
h) Tomar medidas de promoção e defesa da saúde
4. O Conselho Directivo é sempre convocado ordi- mental;
nária e extraordinariamente pelo Ministro da Saúde, e
funciona sob a sua direcção e presidência. i) Colaborar com o Registo Civil no registo das
crianças recém-nascidas nas maternidades e em
Artigo 256.º outras unidades de saúde;
Direcção dos cuidados de saúde
j) Garantir a atenção primária e secundária de
Definição, atribuição, estrutura e Saúde nos Distritos e Região Autónoma de
funcionamento Príncipe, organizar as intervenções de forma
integrada;
1. A Direcção dos Cuidados de Saúde, abreviada-
mente designada por DCS é o serviço de coordenação
650 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
b) Divulgar as actividades, acções e políticas do mente, os estratégicos e operacionais, com vista a pros-
governo em matéria da saúde; secução dos objectivos do sector da saúde e afirmação
de um Sistema Nacional de Saúde sustentável.
c) Conceber programas específicos em matéria da
saúde, em parceria com os órgãos de comuni- 2. São Atribuições do Gabinete de Estudos e Plane-
cação social; amento:
d) Efectuar diligências junto aos órgãos de comu- a) Conceber o Plano Orientador e o Plano estraté-
nicação social, para efeitos de divulgação de gico para o sector da Saúde;
informações;
b) Elaborar estudos e propor recomendações rela-
e) Acompanhar permanentemente todas as ocor- tivas aos desvios constatados nos programas e
rências no âmbito das instalações e estruturas projectos que funcionam à margem do Sistema
de saúde distritais e regional do país; Nacional da Saúde;
f) Propor e elaborar desdobráveis, boletins infor- c) Elaborar estudos e traçar propostas estratégicas
mativos, cartazes, brochuras, outdoor e textos de integração de programas e projectos em cur-
em matéria da saúde; so no Sistema Nacional de Saúde;
g) Propor e conceber planos e programas comuni- d) Determinar vazios, propor e conceber progra-
cativos para saúde nas escolas e outros grupos mas e projectos para o sector da saúde;
alvos específicos;
e) Estudar e conceber projectos com vista à cons-
h) Apresentar sempre a proposta dos trabalhos, trução/reestruturação do Hospital Dr. Ayres de
bem como a estrutura pré-acabada dos mes- Menezes, com vista a torna-lo hospital nacional
mos, para o parecer da responsável de tutela, de referência;
antes da sua efectiva divulgação;
f) Estudar e apresentar propostas concretas sobre
i) Desenvolver um sistema de promoção de mu- os mecanismos de funcionamentos actuais dos
dança de comportamento quanto às doenças serviços, com vista a impulsionar mais o Sis-
endémicas e aos riscos epidemiológicos; tema Nacional de Saúde;
j) Exercer todas as demais tarefas que estejam g) Realizar, por determinação do Ministro, quais-
acometidas e relacionadas com o Gabinete. quer actividades no âmbito das suas competên-
cias, directamente ou mediante recurso a espe-
3. O Gabinete de Comunicação para Saúde, tem uma cialistas ou outros serviços do Estado ou ainda
estrutura composta por um coordenador e por demais mediante assessoria estrangeira;
outros quadros de acordo a conveniência dos serviços.
h) Manter informado o Ministro sobre o nível de
4. O Gabinete de Comunicação para Saúde, funciona execução dos planos sectoriais, programas e
sob direcção de um coordenador, nomeado por despa- projectos do sector da saúde e propor medidas
cho do Ministro da Saúde para o exercício das atribui- de correcção;
ções previstas nos nºs 1 e 2 do presente artigo e outras
que vierem a ser conferidas. i) Elaborar relatórios periódicos sobre o nível de
cumprimento dos planos estratégicos bem co-
Artigo 259.º mo planos os operativos e apresenta-los ao Mi-
Gabinete de Estudos e Planeamento nistro de Tutela.
4. O Gabinete de Estudos e Planeamento funciona i) Pugnar para o cumprimento rigoroso dos requi-
sob a direcção de um Coordenador, que é sempre coad- sitos para atribuição de juntas;
juvado pelos quadros técnicos do mesmo, de acordo às
necessidades e especificidades dos estudos em causa. j) Prestar colaboração à equipa médica, para
eventuais diligências que se imponham neces-
Artigo 260.º sárias;
Gabinete de junta nacional de saúde
k) Exercer as demais competências, que venham a
Definição, atribuição, estrutura e ser atribuídas pelo Ministro da Saúde;
funcionamento
l) Manter devidamente organizado, todo o arqui-
1. O Gabinete de Junta Nacional de Saúde é um Ser- vo de alta médica dos doentes evacuados à Por-
viço do Ministério da Saúde, cuja missão é gerir todo o tugal, com os seus respectivos relatórios;
processo de atribuição da Junta Médica ao paciente,
desde a fase que antecede a sua concessão, passando m) Convocar o Conselho Médico para reuniões
pela fase da e pós concessão da mesma, em razão da ordinárias e extraordinárias de discussão, deba-
gravidade dos casos e da incapacidade de respostas das tes e aprovação ou não das propostas de juntas
estruturas hospitalares são-tomenses. médicas;
2. O Gabinete de Junta tem as seguintes atribuições: n) Gerir todos os dossiers que se prendam com
evacuações de doentes à Portugal, fora do âm-
a) Gerir e acompanhar todo o processo de junta bito de junta médica.
em todas as suas fases;
3. O Gabinete de Junta Médica tem uma estrutura
b) Manter devidamente organizado o arquivo; Administrativa composta por um Coordenador desig-
nado por despacho do Ministro, um pessoal técnico-
c) Aprovar as Juntas médicas e submete-las à administrativo de diligências, e por outros quadros, de
homologação do Ministro; acordo a conveniência e necessidades dos serviços.
Tem também na sua estrutura técnica, o Conselho dos
d) Acompanhar todo o percurso do doente de jun- Médicos, que integra sete (7) médicos de preferência
ta médica, desde a sua deslocação do País à de diferentes especialidades, todos eles designados por
Portugal, até ao seu regresso ao país, e em al- despacho do Ministro da Saúde, sendo um deles nome-
guns casos pós esse regresso; ado como Presidente do Conselho, outro como Secretá-
rio, e outros como vogais.
e) Elaborar actas de discussão e debates técnicos
(debates entre médicos), que culminam com a 4. Entra ainda na estrutura do Conselho Médico, o
aprovação, ou não das propostas de juntas; médico convidado do paciente em causa, mas sem di-
reito ao voto.
f) Indexar ao relatório de junta, todos os docu-
mentos probatórios necessários à autenticidade 5. O Gabinete de Junta Médica funciona sob a direc-
da mesma; ção de um coordenador, que é sempre coadjuvado por
outros quadros de acordo às necessidades e inerências
g) Manter o duplicado das juntas homologadas e dos serviços, para o exercício das atribuições previstas
não só, devidamente arquivadas; nos n.os 1 e 2 do presente artigo. No âmbito do seu
funcionamento, existe o Conselho Médico, que se reú-
h) Assegurar todo o processo administrativo ine- ne em sessões ordinárias e extraordinárias para analisar
rente às juntas, nomeadamente contacto com as propostas de juntas que lhes são encaminhadas.
Portugal, através da Embaixada, envio dos do-
cumentos dos doentes, gestão dos e-mails, pro- 6. Baseadas nas prerrogativas previstas neste instru-
cesso de visto de passagem, de bilhete de pas- mento, o Gabinete de Junta Médica funciona à luz do
sagem, comunicação com o doente e outras seu estatuto próprio, aprovado por despacho do Minis-
inerentes ao processo; tro de Tutela.
654 I SERIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 41 – 5 de Agosto de 2019
Definição, atribuição, estrutura e funcionamento 3. O CHST tem uma estrutura, que integra a Direc-
ção geral, Direcções e Serviços, que se regem por um
1. O Centro Hospitalar de São Tomé, abreviadamen- estatuto orgânico próprio.
te CHST é uma Instituição do Ministério da Saúde que
tem como objectivo principal garantir a prestação de 4. O CHST funciona ao mais alto nível sob o co-
todos os cuidados de saúde às populações, ao abrigo da mando de um Director Geral que é sempre coadjuvado
Lei e do seu estatuto orgânico. por um Administrador, outros Directores, responsáveis
e quadros técnicos, que em equipa concorrem para a
2. São as atribuições do Centro Hospital de São To- prossecução das atribuições previstas no ponto 1 e 2
mé e Príncipe: deste artigo, da observância do seu estatuto próprio e
outras atribuições que lhe venham a ser conferidas.
a) Prestar cuidados médico e de enfermagem à
população, realizando actividades de promo- SUBSECÇÃO II
ção, prevenção, recuperação e reabilitação dos
utentes, mediante os serviços de hospitalização, Artigo 263.º
ambulatórios e de urgências em diferentes es- Centro Nacional de Endemias
pecialidades;
Definição, atribuição, estrutura e
b) Garantir os cuidados de urgência continuados funcionamento
aos pacientes internados, através de serviços de
piquetes médicos, de enfermagem e demais 1. O Centro Nacional de Endemias (CNE) é a Insti-
áreas técnicas especializadas; tuição do MS que tem por objectivo organizar e coor-
denar a vigilância, a prevenção e a luta contra as doen-
c) Cooperar com as Instituições estrangeiras de ças endémicas e as de risco epidémico elevado, assim
formação no domínio da saúde, para a forma- como lutar contras as doenças infecciosas e outras do-
ção de quadros graduados em diferentes espe- enças com impacto na saúde pública.
cialidades, bem como o aperfeiçoamento dos
quadros em diversas áreas de saúde; 2. São as atribuições do Centro Nacional de Ende-
mias:
d) Desenvolver actividades de Informação, Edu-
cação e Comunicação dirigidas aos trabalhado- a) Planear acções que proporcionem o conheci-
res, estudantes, pacientes, acompanhantes, visi- mento, a detecção e a prevenção de quaisquer
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mudanças dos factores determinantes do pro- aprovisionamento do mercado são-tomense com medi-
cesso endémico; camentos e consumíveis hospitalares de todo o género
e tipos, mediante um processo de compra e venda.
b) Gerir, estudar, promover e executar medidas
adequadas à operacionalidade nos processos de 2. Constituem as atribuições da CAME as seguintes:
controlo de doenças;
a) Aprovisionar o mercado com medicamentos e
c) Desenvolver actividades laboratoriais de vigi- consumíveis hospitalares de todo o género e ti-
lância epidemiológica e de saúde pública, con- pos;
trolo de vectores, bem como a sua documenta-
ção histórica; b) Garantir o stock de medicamentos essenciais e
consumíveis aos hospitais;
d) Coordenar as acções das unidades de saúde,
orientando e estimulando as actividades inte- c) Comercializar os medicamentos por grosso
gradas no Sistema Nacional de Saúde, com o e/ou a retalho a todas as instituições que dele
objectivo de assegurar o alcance dos melhores necessitem;
resultados nas vigilâncias epidemiológicas e
melhores benefícios para a saúde da população; d) Velar pela qualidade e garantia dos medica-
mentos e demais produtos médicos postos à
e) Reunir conhecimentos em matéria de saúde de disposição dos consumidores;
forma a emitir pareceres científicos no que diz
respeito aos riscos que representem as doenças e) Fazer a devida gestão das necessidades nacio-
endémicas e outras; nais dos medicamentos e consumíveis hospita-
lares de forma especificada por áreas de saúde,
f) Difundir os resultados de investigação e pre- e hospitais de São Tomé e o da Região Autó-
venção e, definir as estratégias de controlo de noma de Príncipe;
todas as doenças endémicas;
f) Actuar em áreas relacionadas com o aprovisio-
g) Participar nas actividades multissectoriais de namento do mercado em medicamentos e con-
luta contra as diferentes doenças promovidas sumíveis hospitalares, das quais venha ser in-
por organismos internacionais e parceiros de vestida de poderes para o efeito.
cooperação.
3. A CAME tem uma estrutura composta por um Di-
3. O CNE tem uma estrutura composta por um Di- rector, um Administrador, ambos nomeados por despa-
rector, Coordenadores de Programas e outros quadros cho do Ministro da Saúde. Tem também duas áreas
de chefias, todos eles nomeados por despacho do Mi- designadamente Área de Gestão de Aquisição e a Área
nistro, para o exercício das atribuições previstas nos de Abastecimento e Venda. Cada uma das áreas é diri-
números 1e 2 deste artigo, bem como para o cumpri- gida, por um pessoal qualificado, nomeado pelo Minis-
mento das determinações previstas no seu Estatuto. tro da Tutela para funcionarem em subordinação do
Director e do administrador, que são entidades máxi-
4. O CNE funciona com base nas determinações mas da Instituição. A CAME funciona com base no
previstas neste documento e no seu próprio estatuto, presente instrumento e no seu estatuto próprio e pode
sob a direcção da Director a e dos Coordenadores. gozar de isenção de direitos e taxas fiscais.
SUBSECÇÃO III
Central de Abastecimento de Medicamentos
Artigo 264.º
Definição, atribuição, estrutura e
funcionamento
das crianças, jovens, mulheres, deficientes físi- 2. São instituições tuteladas pelo Ministério do Tra-
cos e idosos em situação de extrema pobreza; balho, Solidariedade, Família e Formação Profissional:
i) Direcção Administrativa e Financeira (DAF); 4.As reuniões ordinárias são realizadas data a indicar
pelo titular da pasta com pelo menos 5 (cinco) dias
ii) Direcção de Trabalho, Emprego e Formação úteis de antecedência.
Profissional (DTEFP);
5. O Conselho de Direcção é secretariado pelo Di-
iii) Inspecção-Geral de Trabalho (IGT); rector de Gabinete que tem a responsabilidade de ela-
borar e conservar a acta de cada encontro.
iv) Direcção de Protecção Social, Solidariedade e
Família (DPSSF);
1. O Conselho de Direcção tem as seguintes atribui- 3. Compete a Direcção do Trabalho, Emprego, For-
ções: mação Profissional coordenar o Observatório do Em-
prego e da formação Profissional e dirigir o Departa-
a) Examinar e pronunciar-se sobre a execução das mento das Relações de Trabalho e o Departamento de
decisões relacionadas com a actividade de cada Emprego e Formação Profissional.
um dos órgãos e serviços do Ministério;
4. São atribuições transversais da Direcção de traba-
b) Apreciar os instrumentos de gestão interna do lho, Emprego e Formação Profissional:
Ministério;
a) Preparar a documentação técnica relativa à rea-
c) Analisar o desenvolvimento e o cumprimento lização de programas de estágios profissionais
das actividades de cada um dos órgãos e servi- quando estes estejam inscritos no OGE;
ços do Ministério;
b) Formular em colaboração com o Gabinete de
d) Realizar as demais tarefas não atribuídas a ou- Estudos e Planeamento as medidas de políticas
tros órgãos, quando solicitadas pela titular da e estratégias no que respeita as condições de
pasta. evolução do mercado de emprego, formação, e
reorientação profissional;
SECÇÃO III
Organização e Funcionamento dos Serviços c) Assegurar a implementação da política do em-
prego no mercado de trabalho;
SUBSECÇÃO I
Direcção do Trabalho, Emprego e Formação d) Promover a organização de processos relativos
Profissional as relações individuais e colectivas de trabalho;
a) Departamento das Relações e Condições de h) Proceder o registo dos Estatutos das Associa-
Trabalho integrado pela Secção de Conciliação ções Sindicais e Patronais e promover todos os
e pela Secção de Relações de Trabalho; actos da competência do Ministério, respeitan-
tes a Constituição e actividades dessas ou de
b) Departamento do Emprego e Formação Profis- outras organizações de trabalho;
sional, integrado pela Secção de Informação e
Orientação Profissional e Secção de Promoção i) Efectuar a conciliação em processos de negoci-
e Gestão de Formação Profissional; ação colectiva e conflitos emergentes do con-
trato individual do trabalho, e apresentar pro-
postas que visem uma solução pacífica;
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b) Departamento de Higiene e Segurança no Tra- h) Aplicar, nos termos da Lei, as multas devidas,
balho; notificando os transgressores dos montantes a
pagar e local de liquidação;
c) Secção de Orientação Técnica;
i) Enviar os autos de transgressão para os tribu-
d) Secção de Estatísticas de Acidentes de Traba- nais competentes nos termos da lei;
lho.
j) Desenvolver as demais funções que lhe sejam
3. A Inspecção Geral do Trabalho é dotada de auto- cometidas por lei.
nomia técnica e de independência no exercício da sua
acção e actua em todos os ramos de actividades socio- 6. A Inspecção-Geral do Trabalho dispõe de um Es-
profissionais e pode intervir junto de qualquer entidade tatuto próprio.
empregadora, incluindo as estrangeiras que operando
em território nacional, empreguem trabalhadores San- SUBSECÇÃO III
tomenses.
Direcção da Protecção Social, Solidariedade
4. A IGT é dirigida por um Inspector-geral. Social e Família
das por lei ou por determinação do Ministro e, ainda h) Promover a criação de centros para formação
formular, por sua própria iniciativa proposta ou ques- de técnicos desportivos;
tões sobre quaisquer assuntos relacionados com o des-
porto. i) Promover reuniões de estudos, colóquios, se-
minários, congressos e outras actividades que
3. O Conselho Nacional do Desporto é presidido pe- levem à melhoria de conhecimentos dos técni-
lo Ministro, que poderá, sempre que julgue necessário cos dirigentes e dos desportistas em geral;
convocar para participar nas reuniões do Conselho
Nacional do Desporto personalidade de reconhecido j) Dar parecer sobre as propostas de estudos de
mérito no âmbito das matérias a tratar. organismos em formação, ou ainda sobre a sua
reforma ou alteração;
4. A composição das competências e regime de fun-
cionamento do Conselho Nacional do Desporto consta- k) Coordenar a utilização das instalações despor-
rão de diploma próprio. tivas pertencentes ao Estado;
g) Promover em colaboração com os restantes or- O Director-Geral dos Desportos tem as seguintes
ganismos estatais ou autárquicos competentes, competências:
a implementação de um serviço de Medicina
Desportiva, em articulação com os serviços da a) Representar a D.G.D em solenidades oficiais e
Saúde; manifestações desportivas;
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h) Aplicar e comutar penas previstas neste regu- c) Proceder trimestralmente à análise crítica dos
lamento; resultados alcançados pela aplicação do plano
de actividade, assim como dos serviços verifi-
i) Aprovar os regulamentos internos da D.G.D e cados em relação a execução do orçamento-
dos organismos desportivos; programa;
f) Assegurar as demais funções que lhe sejam c) Apoiar nos termos legais, os clubes de prati-
cometidas pelo sector. cantes e as associações promotoras de despor-
to;
3. As Delegações Distritais serão orientadas por um
delegado nomeado pelo Ministro sob proposta do Di- d) Garantir uma adequada articulação entre enti-
rector-geral após consulta da Autarquias Distritais. dades, públicas e privadas, que desenvolvem
acções no âmbito do desporto federado;
4. A Delegação Regional será orientada por um de-
legado nomeado pelo Ministro sob proposta do Direc- e) Apreciar os procedimentos, de concessão de
tor-geral após consulta do Governo Regional. apoio técnico, material e financeiro ao desen-
volvimento de acções no âmbito do desporto
5. Aos Delegados compete: federado, bem como no âmbito do desporto pa-
ra todos;
a) Impulsionar fiscalizar e orientar, de harmonia
com as normas da presente orgânica coadjuva- f) Organizar e manter actualizado o registo naci-
da por suportes legais na Região autónoma; onal de clubes, federações desportivas e demais
entidades com intervenção na área do desporto;
b) Implantar, dinamizar, estruturar, e coordenar a
regionalização desportiva;
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g) Organizar e manter actualizado o registo naci- d) Dar apoio e colaboração aos estabelecimentos
onal de pessoas singular e colectivas, distin- de ensino quando solicitados superiormente au-
guidas por feitos e méritos desportivos; torizados;
m) Assegurar as demais funções que lhe sejam j) Apoiar nos termos legais os clubes de pratican-
cometidas na material; tes e as associações promotoras de desporto;
2. O INJ rege-se pelas disposições constantes do es- dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação e das Co-
tatuto próprio aprovado por decreto. munidades.
f Propor, coordenar e realizar fórum do empre- 2. A capacidade jurídica da COSTP abrange todos os
endedorismo; direitos e obrigações necessários ou convenientes à
prossecução do seu objecto.
g) Propor uso de tecnologia nos projectos empre-
endedores aprovado pelo programa de empre- 3. O COSTP rege-se pelas disposições constantes do
endedorismo da DESTP. estatuto próprio e, é um parceiro do Governo na maté-
ria do desporto.
4. O Departamento Técnico e de Acompanhamento
(DTA) tem como funções essenciais: SUBSECÇÃO II
Federações Desportivas
a) Dar acompanhamento de projectos no âmbito
da política do Governo para o sector; Artigo 303.º
Natureza e competências
b) Avaliar o processo de desenvolvimento das ac-
tividades realizadas, dentro do contexto da po- 1. As federações Desportivas são órgãos gestores e
lítica do empreendedorismo; realizadores de campeonatos nacionais, distritais e
regionais, dotada de autonomia administrativa, finan-
c) Dar apoio técnico, consultoria, assessoria e ceira e patrimonial, não estando sujeita às normas de
formação em matéria do empreendedorismo; contabilidade pública sob tutela da D.G.D.
d) Avaliar projectos e propor apoio em termos de 2. As capacidades jurídicas das Federações Despor-
crédito ao empreendedorismo; tivas, abrange todos os direitos e obrigações necessá-
rios ou convenientes à prossecução do seu objectivo.
e) Avaliar e propor suspensão do crédito ao em-
preendedorismo em caso de incumprimento 3. As Federações Desportivas regem-se pelas dispo-
das normativas previamente estabelecidas pela sições constantes dos seus estatutos próprios legitima-
Direcção do Empreendedorismo de São Tomé dos por D.G.D, sob análise e apreciação do Conselho
e Príncipe; Nacional do Desporto.
Ministros, ouvido o Ministro da Administração Públi- sam a exercer as correspondentes atribuições e compe-
ca. tências.
2. A aprovação dos diplomas orgânicos dos serviços, 2. A discriminação dos bens e direitos referidos no
institutos e empresas dos Ministérios criados ou rees- número anterior, consta do despacho do titular do Mi-
truturados, será efectuada mediante Decreto ou Despa- nistério.
cho conforme os casos.
3. Cabe ao Serviço Administrativo e Financeiro
Artigo 305.º promover as diligências necessárias à verificação do
Transição de serviços cadastro de bens dos serviços extintos e proceder ao
levantamento do restante património.
A extinção de serviços por força do presente diplo-
ma bem como a correspondência entre serviços, de Artigo 310.º
forma a garantir o seu funcionamento, serão efectuadas Ajustes orçamentais
mediante despacho do respectivo Ministro.
Os ajustes Orçamentais decorrentes da implementa-
Artigo 306.º ção do presente diploma, serão efectuados por despa-
Transição do pessoal cho conjunto do Primeiro-ministro e dos Ministros,
com o Ministro das Finanças e Administração Pública.
1. A transição do pessoal do quadro único a que re-
fere o presente diploma é feita por lista nominativa a Artigo 311.º
aprovar por despacho do Ministro, devendo o pessoal Norma revogatória
transitar para categoria idêntica à que possui a data de
transição. 1. Fica revogado o Decreto-Lei n.º 4 /2016, de 4 de
Julho de 2016, publicado no DR n.º 76 que aprovou a
2. A afectação a cada um quadro, é feito por despa- Orgânica do Gabinete do Primeiro Ministro e dos Mi-
cho do Ministro, sob proposta do Serviço Administra- nistérios que compõem o XVI Governo Constitucional.
tivo e Financeiro conforme cada caso.
2. Ficam ainda revogadas todas a disposições nor-
Artigo 307.º mativas que contrariem o presente diploma
Cargos dirigentes
3. Mantêm em vigor todas as leis orgânicas próprias
Os cargos dirigentes dos Ministérios, direcções, ser- criadas para os diversos Serviços, direcções, institutos,
viços, institutos, empresas e outros decorrentes da pre- Empresas e Serviços do estado.
sente orgânica, podem ser ocupados por pessoal de
preferência com licenciatura adequada ou dentre indi-
víduos de reconhecida idoneidade, competência e ex-
periência comprovada, ainda que não possua curso
superior e nomeados nos termos da Lei.
Artigo 308.º
Quadro de pessoal
Artigo 309.º
Património dos Serviços Extintos
DIÁRIO DA REPÚBLICA
AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Adminis-
tração Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir-reprografia
@hotmail.com São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.