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Terra da Amizade

Nossa história se passa em Monerat, há uns 50 anos atrás. Monterat é um


lugar de roça, onde tem muitas fazendas.
Lá existia uma casa muito antiga, dos padres, onde trabalhavam, felizes,
Maria e Ari, que eram casados e muito companheiro um do outro.
Eles limpavam, cozinhavam, lavavam, cuidavam da horta, e muitos padres
também ajudavam. Lá havia muito serviço e eles moravam numa casinha
bem pequenina, no lá mesmo no terreno.
Maria e Ari eram muito gratos pela vida que tinham e, depois de algum
tempo de casados, nasceu uma linda menina, a quem deram o nome de
Laura.
A menina cresceu feliz na fazenda, brincava, ajudava, todos gostavam de
estar perto dela, a chamavam de Lalá.
Lalá vivia feliz! Cuidava das plantas, dos animais, ajudava sua mãe na
cozinha... A única coisa que a menina sentia falta é de ter um amiguinho ou
amiguinha de sua idade, pois lá todos eram adultos.
Até que uma dia, a mãe de Lalá recebeu a visita de sua prima Dolores com
seu marido José. Os dois estavam muito tristes e vieram pedir ajuda pois a
fazenda onde trabalhavam, numa região vizinha, havia sido vendida e eles
foram mandados embora, traziam ainda no colo um menino chamado João,
que tinha apenas 2 anos. Eles já estavam até começando a passar
dificuldades, chegaram lá com fome. Estavam praticamente sem dinheiro,
pois os patrões da fazenda mandaram todo mundo embora e não pagaram
nada a ninguém. Dolores e José usaram o pouco que tinham para chegar até
a fazenda dos padres e pedir ajuda à prima.
Preocupados com a situação, os pais de Lalá foram falar com o padre
superior para perguntar o que poderiam fazer pelo casal que havia acabado
de chegar com uma criança nos braços, nessa situação.
Mas eram tempos difíceis, não chegava muito dinheiro da igreja para a
fazenda em Monerat. Então, o padre superior falou que eles poderiam ficar
lá por enquanto, mas que teriam que procurar serviço nas redondezas pois
embora tivesse muito serviço para fazer na fazenda dos padres, eles não
tinham dinheiro para pagar ninguém no momento.
E assim Maria foi dar a notícia para a prima Dolores e seu marido. Os dois
agradeceram muito e pediram a Maria e Ari, se eles poderiam tomar conta
de seu filhinho João, enquanto os dois iriam, amanhã cedo, de fazenda em
fazenda pedindo trabalho.
O problema era que Maria e Ari tinham muito serviço na fazenda dos padres
e, não podiam tomar conta de João, que tinha apenas 2 anos de idade.
Ao ouvir a conversa, Lalá, que já tinha 6 anos de idade, falou que poderia
tomar conta de João, de 2 aninhos, pois ela já era muito esperta e podia
muito bem tomar conta do primo.
E assim foi. Lalá revelou ser muito cuidadosa com Joãozinho, pegava no
colo, dava banho, aprendeu a identificar quando era choro de fome, ensinou
o priminho a não mais fazer xixi nas calças. Colocava para dormir. Lalá não
cabia em si de tanta felicidade em cuidar de Joãozinho.
Dolores e seu marido, depois de muito andar de fazenda em fazenda,
encontraram uma que estava contratando pessoas, pois estavam colhendo
caqui e pocan. Os dois foram chamados para trabalhar na mesma hora,
agradeceram muito a oportunidade e, à noite, voltaram felizes para a
fazenda em Monerat para contar que conseguiram um trabalho.
Então, Lalá continuava tomando conta do priminho para que os pais do
menininho pudessem trabalhar.
Como a fazenda onde conseguiram o serviço era longe, eles conseguiram
uma casinha para ficarem por lá mesmo e só vinham para a fazenda dos
padres no domingo para ver João e a todos.
Todos os dias, Lalá agradecia a Deus a chegada de João que encheu sua
vida de sentido e muito amor. Seus pais e os padres amigos ficaram muito
impressionados com a responsabilidade e com a felicidade que a menina
irradiava.
Os anos passaram e João já estava com 6 anos de idade, Lalá tinha 10 e
eles eram muito amigos, brincavam e já tinham responsabilidade na
fazenda dos padres, Lalá ajudava bastante sua mãe na cozinha e João
cuidava da horta, varria... e assim cresceram felizes.
Quando Lalá já era uma moça, de 16 anos, João tinha 12 e era muito criança
ainda.
Aos 17 anos, o pai de Lalá morreu e sua mãe ficou muito triste.
Quando Lalá fez 18 anos, João tinha 14 e precisava começar a trabalhar,
pois lá na fazenda dos padres, apenas Maria recebia, a igreja não mandava
recursos e eles continuavam sem dinheiro para pagar mais alguém.
João então foi procurar trabalho e acabou sendo chamado a trabalhar numa
fazenda distante.
Era a primeira vez que eles iam se separar. Lalá estava muito triste e João
também. Mas o que podiam fazer?
Quando podia, João vinha ao domingo vê-la. Lalá vivia com o coração
apertado. Sabia que na fazenda onde João conseguiu trabalho havia um
patrão muito esperto, que gostava de explorar as pessoas, e João era muito
bom, mas ainda não havia aprendido a dizer não.
Logo João se destacou no trabalho, pois era muito esforçado e muito forte.
Seu patrão viu, em João, uma chance de ter mais lucro: passou a exigir mais
dele e o pagava mais um pouco do que para os outros.
Mas João não se sentia bem com isso. Via que seu companheiros e
companheiras de trabalho também davam duro e recebiam uma miséria,
por isso, o que recebia a mais compartilhava com seus amigos.
Quando João completou 18 anos e Lalá 22 eles assumiram o amor que
sempre sentiram um pelo outro e ficaram noivos.
Nessa época, o patrão de João começou a fazer planos mais ambiciosos.
Visava comprar uma outra fazenda e queria que João fosse o administrador
da fazenda onde trabalhava, que exigisse mais dos lavradores, enquanto ele
ia explorar outros na nova fazenda.
Quando o patrão falou para João de sua ideia, crente que ia comprar o rapaz
dizendo que ele ia receber bem mais para manter o pessoal na linha, João
agradeceu, mas que não poderia aceitar a oferta, pois todos já trabalhavam
demais ali e não queria mandar em ninguém para ganhar mais. Que apenas
desejava continuar trabalhando como sempre trabalhou.
Então seu patrão, que esperava por tudo menos por aquela resposta, ficou
muito irritado, perguntou se ele era burro, chamou ele de metido a besta, e
disse que ou ele aceitava ou estava despedido.
No domingo, quando foi ver Lalá, contou para ela o que tinha acontecido.
Ela orou muito a Deus e disse:
- João, temos que fazer o que é certo. Ele só quer usar você para explorar
mais pessoas numa nova fazenda. Sabemos que são tempos difíceis e que
pessoas estão morrendo de fome por não terem trabalho, mas precisamos
fazer o que é certo e acreditar, mesmo que ele te mande embora...
João pediu que ela rezasse por ele, pois de certo que o patrão voltaria a
insistir e ele precisaria manter o seu não, rezando para não ser despedido.
Quando João retornou a fazenda, o patrão, em tom de ameaça, perguntou
se João havia pensado direito em sua proposta (certo de que ao ver a noiva,
João pensaria em seu casamento e mudaria de ideia).
João respondeu que muito agradecia, mas que preferia continuar, se
pudesse, trabalhando igual a todo os outros.
Seu patrão então pegou o chicote que ficava pendurado na parede como
lembrança de seu pai que era o capataz da fazenda, na época dos escravo e
bateu com toda a força no chão gritando que João estava despedido.
João então correu para pegar suas ferramentas, passou chorando por entre
os amigos, se despedindo de quem podia e correu para estrada, pois nada
havia recebido e não tinha dinheiro para a passagem de ônibus para a
fazenda dos padres.
Chegando na fazenda dos padres, João abraçou fortemente Maria e deu a
triste notícia: não tinha mais aonde morar, estava sem emprego e muito
abalado ainda com a violência do patrão.
Maria pediu para os padres e eles deixaram João ficar lá, mas já pediram
para Maria avisar João que não tinham dinheiro para pagar mais ninguém.
João saia pela manhã para procurar trabalho todos os dias, mas ninguém
estava chamando, eram tempos difíceis... A tarde voltava e trabalhava na
fazenda dos padres cuidado da horta e com Maria na cozinha, já que sua
mãe, Dolores, a meses estava muito doente.
De uma certa maneira, Maria agradecia a Deus por tudo que havia
acontecido com João, pois assim os dois podiam estar pelo menos juntos.
Até quem num domingo, João recebeu a visita de seu amigo Alceu que
trabalhava na fazenda junto com João. O amigo avisou que o patrão tinha
enlouquecido. Ele havia sido enganado por um pessoal com quem fazia
negócios, contraiu uma dívida, ficou completamente sem dinheiro e mandou
todo mundo embora. Eram 30 trabalhadores sem emprego do dia pra noite
que não sabiam o que fazer.
João foi orar perto do riacho, e recebeu uma intuição: que pedisse
permissão para os padres para receber todos os amigos que foram
despedidos em torno de uma grande fogueira.
Falou com o padre que era seu amigo e ele disse que era isso a vontade de
Deus, que lá tinha espaço para eles dormirem. Que podia fazer isso. E assim
João fez, pediu para seu amigo Alceu para chamar o povo todo que eles iam
conversar juntos e pedir a Deus o que fazer.
Dois dias depois, começaram a chegar os trabalhadores com suas famílias.
Sem dinheiro, com fome. Maria, junto com os trabalhadores, fizeram uma
sopa com os legumes da horta e com as economias de sua mãe que havia
morrido, Maria comprou farinha para fazer pão para todo mundo.
João fez uma fogueira bem bonita, eles oraram, cantaram, agradeceram,
tomaram a sopa, comeram o pão e pediram a Deus uma intuição para saber
o que poderiam fazer para se sustentar.
O padre, que via todo aquele movimento de união, a amizade e gostava
muito de Lalá e João, disse que talvez pudesse ajudar o grupo.
Ele sabia que, mais afastado dali um pouco, a Igreja tinha um terreno que,
há séculos, estava abandonado.
Que os amigos poderiam plantar ali, juntos, e o que eles conseguissem
vender era deles.
A Alegria foi geral, no dia seguinte eles foram ao local, preparam a terra e
começaram a plantar. Em pouco tempo, eles já conseguiam se alimentar
bem e, com o dinheiro do que vendiam, começaram a construir um galpão
grande onde puderam morar e viveram muito felizes, e até hoje essa lugar é
conhecido como Terra da Amizade!

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