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Contabilidade de Custos: As contribuições da gestão de custos e

despesas no processo decisório de uma empresa de prestação de


serviço da cidade de Barreiras- BA.

Andressa Afonso dos Santos Alves1


Neuane Batista de Matos Câmara2
Sara Alexssandra Franca Gusmão Lucena3

RESUMO

O presente artigo explana um estudo acerca das contribuições da gestão de custos e despesas
no processo decisório de uma empresa de prestação de serviços da cidade de Barreiras-BA. O
objetivo principal da pesquisa foi analisar de que forma essa gestão pode contribuir nas
tomadas de decisões, através da verificação e controle dos custos e despesas incorridos no
período analisado de julho do ano de 2018. Para o desenvolvimento do artigo, foi realizado
um estudo de caso, com pesquisa exploratória, abordagem qualitativa e quantitativa, além de
pesquisa documental, com embasamento bibliográfico, para o qual foram utilizadas planilhas
disponibilizadas pela empresa analisada, que contém informações dos custos e despesas,
onde, através do método de custeio, método de rateio e dos cálculos para encontrar o ponto de
equilíbrio e margem de contribuição, foi possível observar que a empresa contém uma grande
quantidade de serviços realizados, e consequentemente gera uma receita alta, porém os gastos
do período são elevados. Para separar custos de despesas, foi utilizado método de rateio, e
ficou evidente que os custos e as despesas, são desproporcionais à receita gerada, e que é
necessário que se diminuam os gastos e eleve a quantidade de serviços realizados. Ao final da
pesquisa os objetivos foram alcançados e o problema foi respondido, sendo mostrado que a
gestão de custos e despesas proporciona o controle, o equilíbrio e proporcionaliza os gastos.

Palavras-chave: Gestão; Custos e despesas; Métodos de custeio; Tomada de decisão.

ABSTRACT

The present article explain a study about the contributions of the management of costs and
outgoing in the decision making process of a provision of services company in the city of
1
Graduanda 8º semestre do curso de Ciências Contábeis da Faculdade São Francisco de Barreiras- FASB,
Barreiras/BA, E-mail: afonsoalvesdessa@gmail.com
2
Graduanda 8º semestre do curso de Ciências Contábeis da Faculdade São Francisco de Barreiras- FASB,
Barreiras/BA, E-mail: neuanebatista@hotmail.com
3
Orientadora, Professora na Faculdade São Francisco de Barreiras- FASB, Barreiras/BA, E-mail:
sarafrancalucena@gmail.com
2

Barreiras / BA. The main goal of the research is to analyze what way this management can
contribute to the possible decision making, through the verification and control of the costs
and outgoing incurred in the analyzed period. For the deployment of the article, a case study
was realized, with exploratory research, qualitative and quantitative approach, in addition to a
documentary research, with a bibliographic basis, for which was used spreadsheets available
by the studied company, which has informations about the costs and outgoing, where, through
the costing method, apportionment method and the calculations to find the equilibrium point
and contribution margin, it was possible to observe that the company has a large amount of
services performed, and consequently bring forth a high revenue, yet the expenses of the
period are elevated. So it was possible to accordingly separate costs from outgoing, a method
of apportionment was used, and it became evident that costs and outgoing are
disproportionate to the revenue generated, and to have more positive results, it is necessary to
reduce the expenses, especially the outgoing , and raise the amount of services realized. At the
end of the research the objectives were reached and the problem was answered, being shown
that the management of costs and expenses provides control, balance and proportional
expenses.

Keywords: Management; Costs and outgoing; Costing methods; Decision making.

1 INTRODUÇÃO

Considerando a importância da contabilidade de custos para a otimização do


empreendedorismo, surgiu o interesse em pesquisar sobre as contribuições da gestão de custos
e despesas no processo decisório, através de um estudo em uma empresa de prestação de
serviço da cidade de Barreiras-BA.
Um empreendimento objetiva principalmente a obtenção de lucros, mas para isso é
fundamental que os empresários tenham conhecimento sobre todos os fenômenos ocorridos na
entidade, e o que permite manter esse conhecimento é a contabilidade, uma ciência que tem
como finalidade o estudo das variações patrimoniais, sejam elas qualitativas ou quantitativas,
e através deste estudo é possível classificar as contas e demonstrar fidedignamente a realidade
da empresa de forma que as informações fornecidas possibilitem o controle sobre o
patrimônio.
A Contabilidade tem várias ramificações, as quais permitem um aprofundamento e
especificidade quando aplicadas isoladamente. Uma dessas ramificações é a contabilidade de
custos, que busca produzir informações referentes aos gastos incorridos de acordo à produção
de bens e geração de serviços, e esses dados obtidos servem para auxiliar os gestores no
controle de todos os custos e despesas, operacionais ou não, e no planejamento acerca das
decisões a serem tomadas em virtude do bom desenvolvimento da empresa.
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Muitas empresas, mesmo que nos dias atuais não têm uma gestão adequada dos seus
custos e despesas, e na maioria das vezes elas podem estar tendo desperdícios, gastos
desnecessários, despesas elevadas, ou até prejuízo sem que a mesma tenha a ciência. Diante
disso, é importante que haja um controle dos acontecimentos referentes aos gastos e as
receitas, a partir de uma boa gestão, pois assim é possível tomar decisões cabíveis para
resolver eventuais problemas que um negócio apresente.
Partindo da premissa que a contabilidade de custos é fundamental para se controlar os
gastos, surgiu o seguinte problema: Quais as contribuições que a gestão de custos e despesas
acarretam no processo decisório de uma empresa de prestação de serviço da cidade de
Barreiras-BA?
Através dessa perspectiva objetivou-se analisar as contribuições proporcionadas pela
gestão de custos e despesas. E para chegar de forma correta e precisa a essa analise, foram
criados dois objetivos específicos que propõem: Verificar os custos de prestação de serviço,
bem como as despesas do período de julho de 2018 de uma empresa de prestação de serviço
da cidade de Barreiras-BA e identificar como os controles de custos e despesas poderão
contribuir no processo decisório da empresa.
A maior motivação desta pesquisa é o fato da população ser altamente capitalista, não
se atentar ao verdadeiro destino do capital aplicado em seu negócio, onde na maioria das
vezes, são gerados custos e despesas desnecessárias, que os próprios empresários
desconhecem, fazendo com que haja uma inversão de resultados, em que a obtenção de lucros
e crescimento da entidade, dá lugar ao surgimento de prejuízos, obrigando assim, muitos
empresários extinguirem seus empreendimentos, dessa forma, surgiu o interesse de fazer uma
pesquisa voltada para a importância da gestão de gastos e controle dos custos.
Para realização deste artigo foi utilizada pesquisa exploratória, com o intuito de
explorar a realidade e adquirir maior conhecimento. Para tanto, aplicou-se pesquisa
bibliográfica, sendo essa uma abordagem teórica fundamental para embasar o
desenvolvimento do estudo, utilizou-se, ainda, pesquisa documental através de planilhas
financeiras da empresa, e a partir disso, houve uma abordagem quantitativa, e com as
informações fornecidas, foi feito um levantamento e análise estatística dos dados e abordagem
qualitativa, em que, a partir dos dados analisados, buscou-se compreender as motivações dos
processos e fenômenos ocorridos com o objeto de estudo, por conseguinte foi possível o
alcance dos objetivos e resposta ao problema levantado.
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2 AS CONTRIBUIÇÕES DA GESTÃO DE CUSTOS E DESPESAS NO PROCESSO


DECISÓRIO DE UMA EMPRESA

Estudos comprovam que a Contabilidade já existia desde os primórdios, há mais de


20.000 anos, quando a civilização ainda era primitiva, pois o homem tinha a necessidade de
organizar seus pertences, contabilizar, registrar e controlar.

Antes que o homem soubesse escrever e antes que soubesse calcular, criou ele a
mais primitiva forma de inscrição, que foi a artística, da qual se valeu para,
também, evidenciar seus feitos e o que havia conseguido para seu uso. [...] Há
mais de 20.000 anos, no Paleolítico Superior, quando era ainda primitiva a
civilização, mas já havia a indústria de instrumentos, como forma de uso de uma
inteligência já desenvolvida, segundo Morgan, surgiram às observações do homem
em relação a suas provisões que eram sua riqueza patrimonial. (MORGAN apud
SÁ, 2002, p. 21).

Mas, por se tratar de necessidades inerentes à própria existência humana, as mesmas


se desenvolveram juntamente com a humanidade. Assim, a partir da Idade Média, começou a
surgir maior rigor ao organizar os registros, que exigiam maiores explicações referente às
transações empresariais, e como os registros simples já não eram mais suficientes para
fornecer informações com clareza e segurança, surgiu então o método da partida dobrada.

Era preciso escriturar o que acontecia no mundo dos negócios com maior clareza e
segurança, explicando contabilmente tanto a origem quanto o efeito de cada
ocorrência havida com a riqueza patrimonial. [...] Com a obrigatoriedade
metodológica de sempre explicar, pelo registro, a causa e o efeito do que acontece,
surgiu a Partida Dobrada. (SÁ, 2002, p. 26, grifo do autor).

A partir daí a contabilidade ocorre conforme o método das partidas dobradas, em que,
para todo debito há um crédito, contribuindo expressivamente para evolução da contabilidade.

2.1 CONTABILIDADE GERAL

Contabilidade é a ciência econômica e administrativa que estuda, interpreta e


controla as demonstrações contábeis, bem como registra, classifica, audita, demonstra e
analisa as ocorrências patrimoniais das entidades.

Contabilidade, além de ser uma função administrativa que faz o planejamento, o


controle, a coordenação e a comunicação com os seus utentes, é uma ciência social
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que tem como objetivo de estudo a riqueza patrimonial das células sociais, e como
objetivo o estudo dos fenômenos e variações da riqueza, tanto no aspecto
quantitativo quanto no qualitativo. Registra os atos administrativos e os fatos
patrimoniais. (HOOG, 2013, p.75).

As técnicas e normas contábeis são aplicadas nas demonstrações da empresa e


alterações das contas patrimoniais ocorridas, podendo citar as principais delas: o balanço
patrimonial, demonstração do resultado do exercício (DRE) e o fluxo de caixa.
Segundo Iudícibus e Marion (2000) o Balanço Patrimonial é o principal relatório
contábil, pois trata as posições das contas de uma empresa, após todos os lançamentos,
provisões, ajustes e encerramentos de receitas e despesas de um período terem sidos
executados. Já sobre a DRE Iudícibus e Marion (2000) mencionam que é a principal
demonstração de fluxo, pelo fato de comparar receitas de despesas, reconhecidas e
apropriadas, podendo se obter um resultado positivo, negativo ou nulo, sendo que na última
opção fica mais admissível na teoria do que na prática.
Por último e não menos importante o fluxo de caixa de acordo com os autores
Iudícibus e Marion (2000) é a informação da movimentação do dinheiro ocorrida na entidade,
onde são demonstradas as origens e aplicações do dinheiro que transitou pelo caixa da
empresa e o seu fluxo num determinado período.

2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade gerencial é a ramificação da contabilidade que trabalha com relatório


contábil, informação financeira e técnicas para se identificar, mensurar e analisar a situação
das empresas, e a entidade possa planejar suas ações e sua tomada de decisão.

A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um


enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na
análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num
grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação
diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo
decisório. (IUDÍCIBUS, 1998, p. 21).

A contabilidade gerencial dar-se por meio de um adequado controle de custos,


produção e insumos, realizado através de um sistema específico que cria informações
gerenciais para auxílio no processo decisório.
Segundo Bazzi (2012, p. 29 apud CORONADO, 2015, p. 29) o gerenciamento
contábil dentro das organizações é volvido para um melhor uso dos recursos financeiros e
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econômicos da entidade e sua aplicabilidade é de grande importância, pois tem a função de


aprimorar o desempenho da empresa. Possibilita mensurar, relatar e analisar a econômica e os
resultados obtidos pela organização, controlar as atividades financeiras é uma ferramenta de
extrema necessidade tanto na gestão dos negócios, como nas tomadas de decisão da entidade.
A informação contábil gerencial de acordo com Iudícibus (1998, p. 21), “num sentido
mais profundo, está voltada única e exclusivamente para a administração da empresa,
procurando suprir informações que se “encaixem” de maneira válida e efetiva no modelo do
administrador”. Na contabilidade gerencial a análise de balanço pode ser considerada a
ferramenta principal, pois é através dela que é possível avaliar e mensurar a condição da
empresa em geral, é pela análise de balanço que são avaliadas a sua capacidade de pagamento,
o patrimônio empresarial e a sua ascensão financeira.

2.2.1 Evolução da contabilidade gerencial

A evolução da contabilidade gerencial veio devido à necessidade que as entidades


tinham de controlar seu dinheiro, patrimônio, custos, gastos, despesa e etc., na medida em que
as mesmas iam se expandindo e precisavam de informações contábeis fidedignas e que os
levassem a tomada de decisão correta. A contabilidade gerencial evoluiu em 4 estágios
sequenciais, que segundo Bazzi (2015, p. 31) eles de dividem em:

Estagio 1- antes de 1950, o foco da contabilidade gerencial se dava na


determinação do custo e no controle financeiro por meio das tecnologias de
orçamento e contabilidade de custos. A área era vista pela empresa mais como
uma atividade a ser exercida pela empresa para alcançar seus principais objetivos.
Estagio 2- por volta de 1965, o foco da contabilidade gerencial mudou, passando
do fornecimento de informação para o controle e planejamento gerencial, novas
técnicas como analise de decisões e mais responsabilidade. Dessa forma a
contabilidade gerencial passou a ser vista como um tipo de atividade de
gerenciamento da empresa, mas ainda na qualidade de mero apoio institucional.
Estagio 3- aproximadamente em 1985, a atenção da contabilidade gerencial
voltou-se a redução do desperdício de recursos usados nos processos de negócios
por meio de tecnologia de analise do processo e administração estratégica de
custos, assim, tornou-se uma parte integrante no processo de gestão.
Estagio 4- em 1995, a ênfase da contabilidade gerencial passou a ser a geração ou
a criação de valor por meio de técnicas como exames dos direcionadores de valor
ao cliente, o valor para o acionista e a inovação organizacional.

Hoje as organizações que não utilizam esse gerenciamento, perigam ter uma queda nos
resultados obtidos, gastos e custos desnecessários, reduzir a competitividade no mercado e
tomar decisões equivocadas sobre ela que podem gerar problemas financeiros e até a extinção
da mesma. Segundo IFAC (parágrafos 9 e 15 apud PADOVEZE, 2000, p. 29) “cada estágio
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da evolução representa adaptação para um novo conjunto de condições que as organizações


enfrentam, pela absorção, reforma, e adição aos focos e tecnologias utilizadas anteriormente”.
Os gestores buscam essa informação para que seja possível reduzir ao máximo seus custos de
produção, sem afetar a qualidade do produto, tomar as melhores decisões e melhoramento dos
resultados.

2.3 CONTABILIDADE DE CUSTOS

Com a revolução industrial no século XVIII, surgiu a contabilidade de custos, onde


segundo Ripoll et al (2012), o interesse por essa ramificação da contabilidade está relacionado
ao surgimento das empresas industriais como: as de tecelagem, fábricas de armas, ferrovias e
siderúrgicas, entre outras, e com isso, houve a necessidade de novas formas de registros
referentes à produção.
A contabilização dos custos tem uma relação estreita com as demais ramificações, já
que com utilização de sistemas modernos há uma minimização dos registros de dados
contábeis, e por isso, uma mesma informação pode ser utilizada pelas demais áreas da
contabilidade.

[...] Esta nova informação pode, então, ser utilizada pela contabilidade financeira
para elaborar os demonstrativos financeiros e pela contabilidade gerencial para a
tomada de decisões em conjunto com as demais medidas geradas pelo sistema
gerencial. (RIPOLL et al, 2012, p. 20).

Contudo, para que as informações geradas pelo sistema de custos representem


adequadamente as operações de produção, a serem utilizadas pela gestão da empresa, é
indispensável que elas sejam determinadas conforme os princípios contábeis, sendo eles: o da
entidade, continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e prudência.

Estes princípios aplicados à contabilidade fornecem orientações para as diferentes


operações de custos. Ou seja: em muitas das operações deve-se atender aos
princípios visando a possibilidade de poder utilizar a informação gerada para a
prestação de contas aos diferentes usuários da contabilidade. (RIPOLL et al, 2012,
p. 20 e 21).

Como as empresas visam à obtenção de lucros, todas as informações pertinentes são


geradas em virtude dos propósitos da organização, seguindo sempre os princípios contábeis,
porém adaptando o sistema de custeio aos diferentes tipos de empresas: industrial, comercial e
de serviço.
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Nas empresas industriais, há o consumo de matéria-prima, mão de obra direta e


indireta e custos diretos e indiretos, em que o preço dos produtos vendidos é formado de
acordo a agregação desses elementos, juntamente com os custos fixos.

Para determinar o custo dos produtos com precisão, devem ser alocados os custos
a cada produto individual conforme ele estiver sendo fabricado, e estes vão sendo
lançados em diferentes contas contábeis do estoque como produtos em elaboração
e produtos acabados. O maior problema encontrado na alocação dos custos aos
produtos está na correta alocação dos custos indiretos de fabricação aos diversos
produtos. (RIPOLL et al, 2012, p. 22).

Nas empresas comerciais o sistema de custeio também é importante, porém sua


aplicação é mais simples, já que nesse tipo de empresa ocorre basicamente a comercialização
de produtos para outra empresa ou para consumidor final, onde o seu custo é apenas o valor
de aquisição.
E por fim, as empresas de serviços, que têm semelhança com as industriais, no qual os
custos incluem três componentes: materiais, mão de obra direta e custos indiretos, porém
como afirma Ripoll et al (2012), as proporções são diferentes, pois nesse tipo de empresa é
usada uma maior quantidade de mão de obra e custos indiretos, enquanto os materiais são
utilizados em quantidades menores. Como a mão de obra é um bem intangível, não pode ser
estocado, o controle é feito apenas com base nos registros de materiais utilizados para
execução do serviço.

2.3.1 Principais terminologias

Gasto - Gasto é toda saída de dinheiro para obter algo em troca, Martins (1998)
conceitua como sacrifícios financeiros para a obtenção de um produto ou serviço, podendo ser
divididos em investimentos, custos, despesas e perdas.
Custo- O custo é algo que está inserido na vida de todos os indivíduos, visto que para
a sobrevivência, é necessário o consumo de bens e utilização de serviços, e sobre isso,
Martins (1998) afirma que para a produção dos mesmos, são utilizados outros bens e serviços,
os quais geram gastos que são denominados custos.
Despesa- A despesa é um tipo de gasto incorrido com a venda dos produtos ou
serviços, conforme Martins (1998) é todo gasto relativo ao bem ou serviço consumido direta
ou indiretamente para a obtenção de receitas, onde esses gastos não são aplicados ao processo
de produção ou transformação de produtos a exemplo disso, a comissão do vendedor.
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Desembolso- É todo pagamento realizado para aquisição de bem ou serviço, que pode
ocorrer antes, durante ou depois dessa aquisição.
“Pagamento resultante da aquisição de bens ou de serviços.” (FERREIRA, 2007, p.
24) é o pagamento feito para obter o produto ou para ter a prestação de serviço de matéria
prima que será utilizado na produção.
Investimento- É o desembolso de recursos, com o intuito de receber algum retorno
futuro, que seja superior ao valor aplicado, ou seja, é uma operação realizada com a finalidade
de obter lucro.

Todos os sacrifícios havidos pela aquisição de bens ou serviços (gastos) que são
“estocados” nos Ativos da empresa para baixa ou amortização quando de sua
venda, de seu consumo, de seu desaparecimento ou de sua desvalorização são
especificamente chamados de investimentos. (MARTINS, 1998, p. 25).

Os investimentos têm o objetivo de atribuir qualidade à produção, melhorias aos


produtos, através da obtenção de maquinas e equipamentos.
Perda- É todo bem ou serviço utilizados de forma involuntária e anormal, acarretando
o desperdício. A perda é um gasto não intencional, que podem ocorrer na própria produção, a
produtos perecíveis.

Não se confunde com a despesa (muito menos com o custo), exatamente por sua
característica de anormalidade e involuntariedade; não é um sacrifício feito com
intenção de obtenção de receita. Exemplos comuns: perdas com incêndios,
obsoletismo de estoque etc. (MARTINS, 1998, p. 26).

Pode ocorrer perda por mau armazenagem ou atrasos de entregas e também em uma
eventualidade que é imprevista, como desastres naturais e incêndios. Esse tipo de gasto vai
diretamente para a conta de resultado, porém não é considerado como um gasto para a
obtenção de receitas, por isso se difere das despesas.
Rateio- É uma divisão proporcional de valores ao uso de cada base de rateamento, que
é usado para separar custos e despesas que não são possíveis de uma mensuração exata, é por
meio de rateio que são distribuídas as partes de gastos aos serviços ou produtos.

2.3.2 Custo direto

Custo direto é todo custo de possível mensuração, relacionado diretamente com a


produção de insumos ou realização de serviços. De acordo com Ferreira (2007) aqueles que
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podem ser diretamente associados a um só produto ou serviço são chamados custos diretos,
em especial os que são ligados à função de acumulo de custos.

2.3.3 Custo indireto

Custo indireto é todo custo de produção ou geração de serviço, que não pode ser
mensurado, e para determiná-lo é necessário utilizar recursos como à taxa de rateio.

Todo item de custo que é identificado naturalmente ao objeto do custeio é


denominado de custo direto. Por outro lado, todo o item de custo que precisa de
um parâmetro para ser identificado e debitado ao produto ou objeto do custeio é
considerado um custo indireto. São debitados indiretamente por meio de taxas de
rateio ou critérios de alocação [...]. (LEONE, 2000, p. 58).

Os custos indiretos não exercem influência direta na produção, são eles custos
relativos às áreas auxiliares da entidade. Só se tem custos indiretos quando a empresa fabrica
mais de um produto ou realiza mais de um serviço.

2.3.4 Custo fixo

Custo fixo é o custo que não se altera com a variação da produção ou do nível de
atividade realizada, para definir esse tipo de custo, Leone (2000) exemplifica com o caso da
depreciação, que terá seu valor determinado a partir de um modelo constante, linear e fiscal de
taxa fixa que determina seu valor periodicamente, independente das mudanças nas
quantidades produzidas e vendidas.

2.3.5 Custo variável

O custo variável dependerá do volume de produção ou de serviços realizados, isto é, se


as quantidades produzidas e serviços prestados aumentam, logo os custos variáveis também
aumentam, pois depende da variação da prática de produto ou serviços, como afirma Leone
(2000), ao citar que o material direto tem comportamento bem definido em relação às
unidades produzidas, onde há uma correlação entre as unidades produzidas e o volume de
material utilizado para a produção.
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2.4 MÉTODO DE CUSTEIO

Para fins gerenciais, é possível utilizar vários métodos de custeio, para determinar os
custos de produção, as despesas incorridas, bem como para agregar valor à produção ou à
prestação de serviços. Segundo Megliorini (2011, p. 2):

Por exemplo: se o objetivo é conhecer a margem de contribuição, deve-se utilizar


o custeio variável; se atender aos usuários externo, deve-se utilizar o custeio por
absorção; se é rastrear os custos, identificando fontes de desperdícios e a
realização de atividades desnecessárias, deve-se optar pelo custeio ABC.
(MEGLIORINI, 2011, p. 2).

Vale lembrar que há outros métodos, mas os principais são: o custeio por absorção,
custeio variável e o custeio ABC, ressaltando que para efeitos contábeis, somente o custeio
por absorção é admissível.

2.4.1 Custeio por absorção

O custeio por absorção é um método que consiste na apropriação de todos os custos,


diretos, indiretos, fixos e variáveis, utilizados para produção de bens, onde todos os gastos
relativos à produção são distribuídos para o os produtos elaborados.

O custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os
custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou
indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do
critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que
cada produto ou produção (ou serviço) absorva parcela dos custos diretos e
indiretos, relacionados à fabricação. (LEONE, 2000, p. 242).

Nesse método é necessária a utilização do critério de rateio, já que é apropriado o


custo indireto, e os resultados apresentados sofrem influência do volume de produção.

2.4.2 Custeio variável

O custeio variável consiste no método de determinar os custos separadamente,


classificando-os em fixos e variáveis, no qual, só são atribuídos aos produtos elaborados, os
custos variáveis, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício.
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Com base, portanto, no Custeio Direto ou Variável, só são alocados aos produtos
os custos variáveis, ficando os fixos separados e considerados como despesas do
período, indo diretamente para o Resultado; para os estoques só vão, como
conseqüência, custos variáveis. (MARTINS, 1998, p. 216).

A efetuação dos cálculos nesse método consiste apenas em somar todos os custos
variáveis incorridos na fabricação dos produtos, e dividir pela quantidade produzida. Com o
custeio variável é possível encontrar a margem de contribuição de cada produto, determinar o
ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro, sobre os quais Rosa (2013) destaca:
A Margem de contribuição é a diferença entre o custo do produto e seu preço de
venda.
O ponto de equilíbrio contábil é o ponto em que as receitas são iguais aos custos e
despesas, portanto o lucro é zero.
O ponto de equilíbrio econômico é considera o custo de oportunidade.
O ponto de equilíbrio financeiro não leva em consideração a amortização, exaustão e
depreciação, pois não ocorre saída do caixa, apenas redução do lucro.
Com o calculo da margem de contribuição é possível encontrar o que resta após
deduzir da receita todo o gasto variável realizado na produção e venda de um bem ou serviço,
e assim saber se a quantia restante é suficiente para cobrir os gastos fixos, e caso a margem de
contribuição não seja suficiente, é importante encontrar o ponto de equilíbrio contábil.

3 METODOLOGIA

O presente estudo de caso utilizou o método de pesquisa exploratória, qualitativa e


quantitativa, bem como também a pesquisa bibliográfica e documental feita através de
planilhas de gastos, custos e despesas disponibilizadas pela gerente da empresa.
A pesquisa foi realizada em uma empresa de lucro real, do ramo de prestação de
serviço na área da saúde, localizada no centro da cidade de Barreiras-BA. O trabalho dessa
empresa atinge os mais diferentes tipos de clientes, pois atende não só a população, mas
também empresas privadas, SUS e planos de saúde, e conta com a colaboração de 16
funcionários juntamente com a gerente.
A população desta pesquisa é formada por um gerente da empresa, e a amostra foi de
cem por cento da população, ou seja, uma gerente, escolhido intencionalmente por meio de
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adesão. Os instrumentos de coleta de dados serão planilhas de gastos, custos e despesas


relativas ao período de 2018, fornecidas pela gerente da empresa.
Esta pesquisa foi realizada no período do segundo semestre de 2018, onde foi pedida
ao responsável pela clinica, para serem utilizadas como instrumentos de coleta de dados,
planilhas com dados de custos e despesas referentes ao período de 2018. Após a entrega das
planilhas foi feita uma análise descritiva dos dados disponibilizados, em seguida foi feita uma
sistematização do conteúdo bibliográfico pesquisado, e efetuação de cálculos pertinentes, para
dar sustentação à análise feita das informações obtidas a partir da coleta de dados.

4 ANÁLISE E DISCURSSÃO DOS RESULTADOS

4.1 A CONTABILIDADE DE CUSTOS NA EMPRESA DE PRESTAÇAO DE


SERVIÇOS DE SAÚDE

A empresa de prestação de serviço de saúde da presente análise fica situada na cidade


de Barreiras-BA, na qual atua no mercado a mais de 10 anos. É uma empresa de pequeno
porte, tributada pelo regime Lucro Real, que possui um quadro de 17 funcionários, que presta
vários serviços voltados à área da saúde.
A clínica oferece vários serviços ao mercado, os principais são: consulta médica,
audiometria, eletrocardiograma, otorrino laringoscopia, monitoramento pelo sistema holter,
monitoração ambulatorial de pressão arterial (M.A.P.A.), teste da orelhinha. Também
realizam imitanciometria, logo audiometria, vector e bera, tanto para pessoas, quanto para
empresas e parceiros (planos de saúde).
A entidade atende os mais diversos tipos de clientes, que vão desde a população em
geral, até as empresas privadas, bem como planos de saúde pagos e gratuitos, e também
atende ao sistema único de saúde – SUS.

4.2 LEVANTAMENTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS

Baseado nos dados fornecidos pela empresa foi feito um levantamento dos serviços
prestados e seus respectivos valores, referentes ao mês de julho de 2018. A escolha por esse
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mês deve-se ao fato dele conter uma maior quantidade de prestação de serviços, contudo, o
mesmo será utilizado durante toda a análise.

Quadro 01 - Serviços Prestados


Nº Serviço prestado JULHO/2018 Quantidade de serviços Valor do serviço TOTAL
1 CONSULTA MÉDICA 289 R$ 50,00 R$ 14.450,00
2 REMOÇÃO CERUME 49 R$ 11,26 R$ 551,74
3 CAUTERIZAÇÃO 3 R$ 34,00 R$ 102,00
4 E.O.E (TESTE DA ORELHINHA) 14 R$ 13,51 R$ 189,14
5 LOGOAUDIOMETRIA 7 R$ 26,25 R$ 183,75
6 IMITANCIOMETRIA 7 R$ 23,00 R$ 161,00
7 AUDIO TONAL 6 R$ 21,00 R$ 126,00
8 AUDIO REFORÇO VISUAL 7 R$ 21,00 R$ 147,00
9 LARINGOSCOPIA 108 R$ 94,28 R$ 10.182,24
10 ELETROCARDIOGRAMA 222 R$ 18,00 R$ 3.996,00
11 HOLTER 24 HS (3 CANAIS) 31 R$ 100,00 R$ 3.100,00
12 MAPA 26 R$ 100,00 R$ 2.600,00
13 VECTO 7 R$ 150,00 R$ 1.050,00
14 BERA 3 R$ 150,00 R$ 450,00
TOTAL R$ 37.288,87
Fonte: Elaboração Própria (2018).

A tabela acima mostra os principais serviços ofertados pela clínica, conforme


disponibilizado pelo gerente administrativo.

4.2.1 Levantamento dos Gastos da Empresa

Com base no levantamento de dados foi possível identificar os gastos incorridos no


mês de julho/2018, sendo os mesmos necessários para o funcionamento da clínica, conforme
o quadro 02.

Quadro 02 - Gastos da empresa


Gastos Fixos Valor (R$)
Despesa com salário ADM R$ 16.571,62
Salário dos médicos FIXO R$ 10.224,02
Pagamento médicos variável R$ 12.194,74
Contabilidade R$ 2.812,00
Energia R$ 309,65
Água R$ 131,76
Aluguel R$ 4.800,00
Telefone R$ 144,64
Internet R$ 273,97
Outros tributos R$ 1.112,67
Outros gastos R$ 3.815,22
Sistema R$ 219,00
Material para serviço R$ 5.341,60
TOTAL R$ 57.950,89
Fonte: Elaboração Própria (2018).
15

A tabela de gastos contém tanto custos quanto despesas mensais da clínica, obtidos
segundo dados fornecidos pela administração. A seguir temos o rateio de alguns gastos para
que sejam classificados como custos e despesas adequadamente.

Quadro 03 - Rateio dos Gastos


RECARGA
ALUGUEL ENERGIA INTERNET SISTEMA DE TOTAL
CARTUCHO
VALOR R$ 4.800,00 R$ 309,65 R$ 273,97 R$ 219,00 R$ 120,00 R$ 5.722,62
QTD. DE SALAS 10 - - - - -
QTD FUNCIONÁRIOS
USUÁRIOS - - 15 15 15 -
TOTAL DE
FUNCIONÁRIOS - 16 - - - -
VALOR FINAL
PÓS RATEIO R$ 480,00 R$ 19,35 R$ 18,26 R$ 14,60 R$ 8,00 -
FUNCIONÁRIOS DOS
CONSULTÓRIOS 6 9 9 9 9 -
TOTAL DO RATEIO
P/ CONSULTORIO R$ 2.880,00 R$ 174,18 R$ 164,38 R$ 131,40 R$ 72,00 R$ 3.421,96
FUNCIONÁRIOS DO
ADMINISTRATIVO 4 7 6 6 6 -
TOTAL RATEIO P/
ADMINISTRATIVO R$ 1.920,00 R$ 135,47 R$ 109,59 R$ 87,60 R$ 48,00 R$ 2.300,66
Fonte: Elaboração Própria (2018).

Para ratear o aluguel, foi utilizada como base de rateio, a quantidade de salas que
existem, onde o valor total do aluguel foi dividido pela quantidade total de salas, e depois
distribuído proporcionalmente aos setores conforme a quantidade de funcionários que os
ocupam; para a energia, foi utilizada como base de rateio, a quantidade total de funcionários,
em que o valor total foi distribuído aos setores (consultórios e setor administrativo) de acordo
à quantidade de funcionários que cada setor possui, para o sistema a base de rateio foram os
funcionários que são usuários dele, onde o valor total foi distribuído aos setores conforme a
quantidade de funcionários ocupantes que são usuários do sistema e para internet e recarga de
cartuchos, o processo de rateio foi análogo ao processo utilizado para ratear o sistema.

4.2.1.1 Levantamento dos Custos Fixos

Os Custos fixos são gastos que acontecem independentemente da prestação de serviço.


São gastos necessários para o funcionamento da empresa, e ocorrer mesmo que ela não esteja
funcionando ou que ela esteja fechada, como nos dias de folga, por exemplo, por isso são
16

chamados de fixos. Esses gastos não têm variações significativas que possam alterar o
resultado da análise.

Quadro 04 – Custo Fixo


CUSTOS FIXOS
MATERIAL PARA SERVIÇO R$ 5.341,60
ALUGUEL R$ 2.880,00
ENERGIA R$ 174,18
SISTEMA R$ 131,40
RECARGA DE CARTUCHOS R$ 72,00
INTERNET R$ 164,38
TOTAL R$ 8.763,56
Fonte: Elaboração Própria (2018).

Foi utilizado método de rateio para destiná-los aos correspondentes serviços


realizados, nesse caso o rateio é necessário para identificar custos não mensuráveis.

Quadro 05 - Rateio do Custo Fixo Entre Médicos


RATEIO DOS CUSTOS FIXOS ENTRE MÉDICOS CONTRATADOS E NÃO CONTRATADOS
CUSTO FIXO (EXCETO SALÁRIOS FIX.) R$ 8.763,56
TEMPO (EM MIN.) 9130
TOTAL (8.763,56:9130) = R$ 0,96
CLASSIFICAÇÃO QTD VALOR DO RATEIO
CONTRATADOS 4100 (0,96x4100) = R$ 3.935,44
NÃO CONTRARADOS 5030 (0,96x5030) = R$ 4.828,12
Fonte: Elaboração Própria (2018).

A base de rateio utilizada foi o tempo total, em minutos, que os médicos gastaram para
realizar os procedimentos, foram rateados os custos fixos, considerando os salários fixos.

Quadro 06 - Rateio dos Custos Fixos Entre Médicos Contratados


RATEIO DOS CUSTOS FIXOS ENTRE OS PROCEDIMENTOS REALIZADOS POR MÉDICOS
CONTRATADOS (CONSIDERANDO SALÁRIOS FIXOS)
CUSTO FIXO R$ 14.159,46
TEMPO GASTO (MIN.) 4100
TOTAL (14.159,46: 4100) = R$ 3,45
PROCEDIMENTOS TEMPO EM MINUTOS VALOR DO RATEIO
E.O.E (TESTE DA ORELHINHA) 70 (3,45x70) = R$ 241,75
LOGOAUDIOMETRIA 56 (3,45x56) = R$ 193,40
IMITANCIOMETRIA 49 (3,45x49) = R$ 169,22
AUDIO TONAL 30 (3,45x30) = R$ 103,61
AUDIO REFORÇO VISUAL 35 (3,45x35) = R$ 120,87
ELETROCARDIOGRAMA 2220 (3,45x2220) = R$ 7.666,83
HOLTER 24 HS (3 CANAIS) 620 (3,45x620) = R$ 2.141,19
MAPA 520 (3,45x520) = R$ 1.795,83
VECTOR 350 (3,45x350) = R$ 1.208,73
BERA 150 (3,45x150) = R$ 518,03
Fonte: Elaboração Própria (2018).
17

A base de rateio utilizada, nos custos fixos acrescidos os salários fixos, foi o tempo
gasto, em minutos, para a realização dos procedimentos, com isso os procedimentos que
levam mais tempo para serem realizados absorvem uma maior parcela dos custos incorridos.
Para finalizar, segue abaixo o rateio dos custos fixos entre os médicos não contratados.

Quadro 07 - Rateio dos Custos Fixos Entre Médicos Não Contratados


RATEIO DOS CUSTOS FIXOS ENTRE OS PROCEDIMENTOS
REALIZADOS POR MÉDICOS NÃO CONTRATADOS
CUSTO FIXO R$ 4.828,12
TEMPO GASTO (MIN.) 5030
TOTAL (4.828,12:5030) = R$ 0,96
PROCEDIMENTOS QNT. DE MINUTOS VALOR DO RATEIO
CONSULTA MEDICA 2890 (0,96x2890) = R$ 2.774,01
REMOÇÃO CERUME 490 (0,96x490) = R$ 470,33
CAUTERIZAÇÃO 30 (0,96x30) = R$ 28,80
LARINGOSCOPIA 1620 (0,96x1620) = R$ 1.554,98
Fonte: Elaboração Própria (2018).

Neste rateio utiliza-se como base, o tempo gasto pelos médicos para realizar os
procedimentos. Para eles o rateio é apenas dos custos fixos gerais, pois os médicos que
realizam os exames não são contratados, o pagamento é considerado um custo variável, só
ocorre quando á prestação de serviço.

4.2.1.2 Levantamento das Despesas Fixas

As despesas fixas são gastos necessários para manter o bom funcionamento da clínica,
assim como para gerar receitas, são despesas que ocorrem independentemente de estar
funcionando ou não, por isso são nomeadas de despesas fixas. O quadro abaixo apresenta as
despesas fixas em geral da clinica do mês a ser analisado.

Quadro 08 - Despesas Fixas


DESPESAS Valor (R$)
Despesa com Salário ADM R$ 16.571,62
Contabilidade R$ 2.812,00
Energia R$ 135,47
Água R$ 131,76
Aluguel R$ 1.920,00
Telefone R$ 144,64
Internet R$ 109,59
Outros tributos R$ 1.112,67
Outros gastos R$ 3.743,22
Sistema R$ 87,60
TOTAL R$ 26.768,57
Fonte: Elaboração Própria (2018).
18

Por não ser possível mensurar a despesa de cada setor da clínica, foi utilizado
novamente o método de rateio, para que pudessem ser alocados adequadamente aos médicos
contratados e não contratados. Segue tabela de rateio de despesas fixas abaixo.

Quadro 09 – Rateio das Despesas Fixas


RATEIO DAS DESPESAS FIXAS ENTRE MÉDICOS CONTRATADOS E NÃO CONTRATADOS
DESPESA FIXA R$ 26.768,57
TEMPO (EM MIN.) 9130
TOTAL (26.768,57: 9130) = R$ 2,93
CLASSIFICAÇÃO QTD VALOR DO RATEIO
CONTRATADOS 4100 (2,93x4100) = R$ 12.020,94
NÃO CONTRARADOS 5030 (2,93x5030) = R$ 14.747,63
Fonte: Elaboração Própria (2018).

A tabela apresentada utiliza como base de rateio o tempo de realização dos


procedimentos, e rateia as despesas entre os médicos contratados e os não contratados.
Abaixo, são rateadas as despesas referentes aos médicos contratados, e as mesmas são
distribuídas aos serviços prestados.

Quadro 10 – Rateio das Despesas Entre Serviços Prestados


RATEIO DAS DESPESAS FIXAS ENTRE OS PROCEDIMENTOS
REALIZADOS POR MÉDICOS CONTRATADOS
DESPESA FIXA R$ 12.020,94
TEMPO GASTO (MIN.) 4100
TOTAL (12.020,94: 4100) = R$ 2,93
PROCEDIMENTOS TEMPO EM MINUTOS VALOR DO RATEIO
E.O.E (TESTE DA ORELHINHA) 70 (2,93x70) = R$ 205,24
LOGOAUDIOMETRIA 56 (2,93x56) = R$ 164,19
PROCEDIMENTOS TEMPO EM MINUTOS VALOR DO RATEIO
IMITANCIOMETRIA 49 (2,93x49) = R$ 143,66
AUDIO TONAL 30 (2,93x30) = R$ 87,96
AUDIO REFORÇO VISUAL 35 (2,93x35) = R$ 102,62
ELETROCARDIOGRAMA 2220 (2,93x2220) = R$ 6.508,90
HOLTER 24 HS (3 CANAIS) 620 (2,93x620) = R$ 1.817,80
MAPA 520 (2,93x520) = R$ 1.524,61
VECTOR 350 (2,93x350) = R$ 1.026,18
BERA 150 (2,93x150) = R$ 439,79
Fonte: Elaboração Própria (2018).

Como pode ser observada, a base de rateio é o tempo que os médicos levaram para
realizar todos os procedimentos, e as despesas são distribuídas proporcionalmente a cada um,
nesse caso os médicos não possuem carteira assinada, e sim são médicos que prestam serviço.
A seguir a tabela demonstra o rateio das despesas fixas destinadas aos médicos não
contratados.
19

Quadro 11 – Rateio das Despesas Entre Serviços Prestados


RATEIO DAS DESPESAS FIXAS ENTRE OS PROCEDIMENTOS REALIZADOS POR MÉDICOS
NÃO CONTRATADOS
DESPESA FIXA R$ 14.747,63
TEMPO GASTO (MIN.) 5030
TOTAL (R$ 14.747,63: 5030) = R$ 2,93
PROCEDIMENTOS QNT. DE MINUTOS VALOR DO RATEIO
CONSULTA MEDICA 2890 (2,93x2890) = R$ 8.473,29
REMOÇÃO CERUME 490 (2,93x490) = R$ 1.436,65
CAUTERIZAÇÃO 30 (2,93x 30) = R$ 87,96
LARINGOSCOPIA 1620 (2,93x1620) = R$ 4.749,73
Fonte: Elaboração Própria (2018).

A tabela acima apresenta a mesma base de rateio da tabela anterior, e a distribuição


das despesas entre os serviços também é proporcional ao tempo que cada uma gasta para ser
realizado.

4.2.1.3 Levantamento do Custo Variável

Os custos variáveis da clínica, para os serviços prestados por médicos contratados,


serão apenas de alguns materiais utilizados nos procedimentos, e nesse caso o custo foi
estimado. O baixo custo deve-se ao fato de os pagamentos dos médicos serem fixos, e demais
instrumentos utilizados não serem descartáveis, pois são esterilizados.

Quadro 12 – Custo Variável


MATERIAIS PREÇO QTD. DE USO VALOR POR PROCEDIMENTO
LUVA (50 UN) R$ 30,00 50 (30:50) = R$ 0,60
ALCOOL (1 L) R$ 6,50 50 (6,50: 50) = R$ 0,13
ALCOOL GEL (500 G) R$ 7,50 30 (7,50: 30) = R$ 0,25
ALGODÃO (100 G) R$ 7,00 50 (7,00: 50) = R$ 0,14
GAZE R$ 18,00 100 (18,00: 100) = R$ 0,18
TOTAL - - R$ 1,30
Fonte: Elaboração Própria (2018).

Quanto ao custo variável dos serviços prestados por médicos não contratados, o custo
será dos materiais utilizados, mais o custo cobrado pelos médicos, para realizarem cada
serviço.

Quadro 13 – Custo Variável


PROCEDIMENTOS CUSTO DOS MATERIAIS CUSTO DOS PROCED. TOTAL DO VARIÁVEL
CONSULTA MEDICA R$ 1,30 R$ 30,00 R$ 31,30
REMOÇÃO CERUME R$ 1,30 R$ 5,00 R$ 6,30
CAUTERIZAÇÃO R$ 1,30 R$ 20,00 R$ 21,30
LARINGOSCOPIA R$ 1,30 R$ 56,15 R$ 57,45
Fonte: Elaboração Própria (2018).
20

De acordo com as tabelas, é possível perceber que os custos variáveis com materiais
são os mesmos, pois todos os serviços utilizam basicamente os mesmos materiais, podendo
haver pequenas alterações, porem irrelevantes para análise.

4.2.2 Margem de Contribuição

Através do cálculo da margem de contribuição é possível ver quanto fica do preço do


serviço, após retirar o custo variável, para cobrir os custos fixos e despesas do período.

Quadro 14 – Margem de Contribuição


PROCEDIMENTOS PREÇO SERVIÇO CUSTO VARIÁVEL MARGEM CONTRIBUIÇÃO
E.O.E. R$ 13,51 R$ 1,30 R$ 12,21
LOGOAUDIOMETRIA R$ 26,25 R$ 1,30 R$ 24,95
IMITANCIOMETRIA R$ 23,00 R$ 1,30 R$ 21,70
AUDIO TONAL R$ 21,00 R$ 1,30 R$ 19,70
AUDIO REFORÇO VISUAL R$ 21,00 R$ 1,30 R$ 19,70
ELETROCARDIOGRAMA R$ 18,00 R$ 1,30 R$ 16,70
HOLTER R$ 100,00 R$ 1,30 R$ 98,70
MAPA R$ 100,00 R$ 1,30 R$ 98,70
VECTOR R$ 150,00 R$ 1,30 R$ 148,70
BERA R$ 150,00 R$ 1,30 R$ 148,70
CONSULTA MEDICA R$ 50,00 R$ 31,30 R$ 18,70
REMOÇÃO CERUME R$ 11,26 R$ 6,30 R$ 4,96
CAUTERIZAÇÃO R$ 34,00 R$ 21,30 R$ 12,70
LARINGOSCOPIA R$ 94,28 R$ 57,45 R$ 36,83
Fonte: Elaboração Própria (2018).

Diante do exposto a margem de contribuição de cada serviço, é encontrada a partir do


cálculo em que o custo variável é deduzido do preço do serviço, nesse caso, não é levado em
consideração à despesa e o custo fixo. Alguns custos variáveis são bem maiores que os
demais, por conta dos salários dos médicos que prestam serviço, que é considerado variável.

4.3 MÉTODOS DE CUSTEIO

4.3.1 Custeio Variável

Na planilha a seguir temos a DRE do mês de julho, na qual são mostradas as receitas e
despesas que a empresa teve nesse período de acordo com os serviços prestados e seus
respectivos custos fixos e variáveis.
21

Quadro 15 – Demonstração dos Resultados


DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
PROCEDIMENTOS RECEITA (C. V.) (C. F.) (D. F.) LUCRO/PRJUÍZO
E.O.E. R$ 189,14 R$ 18,20 R$ 241,72 R$ 205,24 -R$ 276,02
LOGOAUDIOMETRIA R$ 183,75 R$ 9,10 R$ 193,40 R$ 164,19 -R$ 182,94
IMITANCIOMETRIA R$ 161,00 R$ 9,10 R$ 169,22 R$ 143,66 -R$ 160,98
AUDIO TONAL R$ 126,00 R$ 7,80 R$ 103,61 R$ 87,96 -R$ 73,37
AUDIO REF. VISUAL R$ 147,00 R$ 9,10 R$ 120,87 R$ 102,62 -R$ 85,59
ELETROCARDIOGRAMA R$ 3.996,00 R$ 288,60 R$ 7.666,83 R$ 6.508,90 -R$ 10.468,33
HOLTER R$ 3.100,00 R$ 40,30 R$ 2.141,19 R$ 1.817,80 -R$ 899,29
MAPA R$ 2.600,00 R$ 33,80 R$ 1.795,83 R$ 1.524,61 -R$ 754,24
VECTOR R$ 1.050,00 R$ 9,10 R$ 1.208,73 R$ 1.026,18 -R$ 1.194,01
BERA R$ 450,00 R$ 3,90 R$ 518,03 R$ 439,79 -R$ 511,72
CONSULTA MEDICA R$ 14.450,00 R$ 9.045,70 R$ 2.774,01 R$ 8.473,29 -5843
REMOÇÃO CERUME R$ 551,74 R$ 3.087,00 R$ 470,33 R$ 1.436,65 -R$ 4.442,24
CAUTERIZAÇÃO R$ 102,00 R$ 63,90 R$ 28,80 R$ 87,96 -R$ 78,66
LARINGOSCOPIA R$ 10.182,24 R$ 6.204,60 R$ 1.554,98 R$ 4.749,73 -2327,07
Fonte: Elaboração Própria (2018).

O quadro apresenta a receita do período analisado de julho de 2018, deduzidos os


custos variáveis, custos fixos e despesas fixas, resultando em prejuízo do exercício.

4.3.2 Custeio por absorção integral

Nesta planilha houve o cálculo pelo método de custeio por absorção integral dos
serviços prestados pela empresa. O quadro a baixo apresenta os procedimentos utilizados para
esse custeio o custo de cada um deles, a quantidade realizada no mês, até chegar no seu custo
total.

Quadro 16 – Custeio por absorção integral


CUSTEIO POR ABSORÇÃO INTEGRAL
PROCEDIMENTOS CUSTO FIXO QTD. CUSTO VARIÁVEL CUSTO TOTAL
E.O.E. R$ 241,75 14 R$ 1,30 R$ 18,57
LOGOAUDIOMETRIA R$ 193,40 7 R$ 1,30 R$ 28,93
IMITANCIOMETRIA R$ 169,22 7 R$ 1,30 R$ 25,47
AUDIO TONAL R$ 103,61 6 R$ 1,30 R$ 18,57
AUDIO REFORÇO VISUAL R$ 120,87 7 R$ 1,30 R$ 18,57
ELETROCARDIOGRAMA R$ 7.666,83 222 R$ 1,30 R$ 35,84
HOLTER R$ 2.141,19 31 R$ 1,30 R$ 70,37
MAPA R$ 1.795,83 26 R$ 1,30 R$ 70,37
VECTOR R$ 1.208,73 7 R$ 1,30 R$ 173,98
BERA R$ 518,03 3 R$ 1,30 R$ 173,98
CONSULTA MEDICA R$ 2.774,01 289 R$ 31,30 R$ 40,90
REMOÇÃO CERUME R$ 470,33 49 R$ 6,30 R$ 15,90
CAUTERIZAÇÃO R$ 28,80 3 R$ 21,30 R$ 30,90
LARINGOSCOPIA R$ 1.554,98 108 R$ 57,45 R$ 71,85
Fonte: Elaboração Própria (2018).
22

Para calcular esse tipo de custeio, dividiu-se o custo fixo pela quantidade de produtos
ou serviços, depois adicionou o custo variável, onde o valor final é o custo total. No custeio
por absorção integral, os custos fixos são distribuídos à quantidade de serviços prestados,
acrescido em seguida o custo variável, assim é possível encontrar o custo total do serviço e
determinar se está superior ou inferior ao preço de venda.

4.3.3 Ponto de Equilíbrio Contábil

Para demonstrar a quantidade necessária de serviços que devem ser realizados, para
que a empresa consiga pagar todos os custos e despesas do período, e quanto ela necessita
produzir para conseguir a geração de lucros, foi utilizado o ponto de equilíbrio contábil.

Quadro 17 – Ponto de Equilíbrio Contábil


PONTO DE EQUILÍBRIO CONTÁBIL
PROCEDIMENTOS C.F D.F M.C P.E. C.
E.O.E. R$ 241,75 R$ 205,24 R$ 12,21 37
LOGOAUDIOMETRIA R$ 193,40 R$ 164,19 R$ 24,95 15
IMITANCIOMETRIA R$ 169,22 R$ 143,66 R$ 21,70 15
AUDIO TONAL R$ 103,61 R$ 87,96 R$ 19,70 10
AUDIO REFORÇO VISUAL R$ 120,87 R$ 102,62 R$ 19,70 12
ELETROCARDIOGRAMA R$ 7.666,83 R$ 6.508,90 R$ 16,70 849
HOLTER R$ 2.141,19 R$ 1.817,80 R$ 98,70 41
MAPA R$ 1.795,83 R$ 1.524,61 R$ 98,70 34
VECTOR R$ 1.208,73 R$ 1.026,18 R$ 148,70 16
BERA R$ 518,03 R$ 439,79 R$ 148,70 7
CONSULTA MEDICA R$ 2.774,01 R$ 8.473,29 R$ 18,70 601
REMOÇÃO CERUME R$ 470,33 R$ 1.436,65 R$ 4,96 384
CAUTERIZAÇÃO R$ 28,80 R$ 87,96 R$ 12,70 9
LARINGOSCOPIA R$ 1.554,98 R$ 4.749,73 R$ 36,83 171
Fonte: Elaboração Própria (2018).

Nota-se na planilha o ponto de equilíbrio de cada serviço prestado pela empresa, ou


seja, a quantidade necessária de cada serviço que a empresa precisa prestar por mês para
conseguir cobrir seus custos e despesas. Para encontrar o ponto de equilíbrio, é necessário
somar custos fixos com despesas fixas e dividi-los pela margem de contribuição.
É possível observar que os resultados mostram uma quantidade de serviço realizado
muito inferior á quantidade ideal. Por se tratar de uma empresa da área da saúde, é difícil
alcançar o equilíbrio aumentando a prestação de serviço, pois a demanda depende da
quantidade de pessoas que necessitam do mesmo. Nesse caso é importante analisar outras
formas de receitas, que possam cobrir esse déficit de prestação de serviço, visto que os custos
de despesas são difíceis de serem reduzidos.
23

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A empresa analisada apresentou um quadro de prestação de serviços muito amplo. No


período do mês de julho de 2018, a receita gerada com esses serviços foi de R$ 37.288,87.
Para qualquer empresa, obtenção de receitas e consequentemente geração de lucro, é um fator
essencial para sua permanência no mercado. Com isso, foi importante observar, não somente
o valor obtido com as receitas, como também, os custos e despesas incorridos para geração
das mesmas.
Ao analisar os gastos, ficou evidente, desde o primeiro momento, que eles
ultrapassaram a receita do período. Visto isso, foi necessário fazer um levantamento
classificando os custos fixos, custos variáveis e despesas, para melhor compreender a situação
da empresa, bem como os pontos positivos e negativos.
Para que os gastos apresentados pudessem ser classificados corretamente, utilizou-se o
sistema de rateio, possibilitando, assim, distribuí-los adequadamente aos serviços realizados.
Com base nos dados obtidos, pode ser observado que as despesas foram altíssimas,
equivalendo a 46,19% dos gastos totais, e a 71,19% quando comparadas à receita. Nesse caso,
é fundamental uma redução nas despesas, pois estas contribuem significativamente para
redução dos lucros e eventual prejuízo, como aconteceu no período analisado.
Ao calcular a margem de contribuição, os dados mostraram que os serviços tinham
custos variáveis bons em relação ao preço de venda, e que em alguns serviços, esses custos
eram extremamente baixos, devido ao fato de os pagamentos dos médicos contratados serem
atribuídos aos custos fixos, evidentemente, isso fez com que esses custos fixos fossem muito
elevados.
Rateando os custos fixos e despesas e distribuindo aos serviços, ficou visível que a
margem de contribuição não foi suficiente para cobri-los, apesar de os custos variáveis
estarem de acordo aos preços de venda.
Com isso, pôde ser observado através do ponto de equilíbrio, que a quantidade de
serviços realizados estava muito inferior à quantidade ideal encontrada, e que para conseguir
pagar todos os gastos incorridos no período, seria necessário mais que dobrar a prestação de
serviços, pois mesmo que elevasse o preço de venda, não seria suficiente, visto que ficaria
muito alto e extremamente desproporcional ao mercado, porém, essa diferença entre a
quantidade realizada e a quantidade ideal, se deve ao fato da demanda por serviço de saúde
depender das necessidades de cada paciente. Vale ressaltar que apesar do ponto de equilíbrio
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não influenciar muito na tomada de decisão, nesse ramo de negócio, ele ainda é de extrema
importância para ter conhecimento da situação referente aos gastos e faturamento. Outra
alternativa para melhorar a situação que a empresa apresentou, seria tentar reduzir os custos e
despesas, buscando fornecedores de materiais com preços mais baixos e melhores alternativas
de pagamento, como por exemplo, prazos maiores, ou buscar uma fonte de renda extra para a
clinica que conseguisse suprir esse déficit de prestação de serviço, para equilibrar a receita.
Levando-se em consideração os fatos mencionados durante toda a pesquisa, foi
possível fazer o levantamento e verificação dos custos e despesas, bem como, observar a
importância do controle desses, como proposto, para que se pudesse chegar ao objetivo de
analisar as contribuições que uma gestão de custos e despesas pode oferecer, e assim mostrar
o quão importante é essa gestão, contribuindo, contudo, no processo decisório da empresa.
Todo o estudo realizado foi de suma importância para a construção de conhecimento e
informações, tanto para o âmbito acadêmico quanto para o profissional, pois através dele
houve uma maior busca e aprofundamento na área estudada, oferecendo assim oportunidade
de crescimento intelectual e prático para os pesquisadores, além disso, a partir desta, é
possível que surjam outras pesquisas acerca do assunto abordado, por meio de diversas
perspectivas para se alcançar novos resultados, que sejam relevantes tanto para os
pesquisadores quanto para os gestores dessa e de outras empresas.
Dado o exposto, alcançou-se os objetivos específicos, pois foram verificados os custos
dos serviços e as despesas do período, e identificado como o controle desses contribuem no
processo decisório, a partir disso, foi alcançado o objetivo geral de analisar as contribuições
proporcionadas, o que permitiu, ao final da pesquisa, responder ao problema levantado,
mostrando que a gestão de custos e despesas proporciona uma melhor destinação dos recursos
aplicados e a melhor maneira de distribuí-los, mantendo assim, o controle, equilíbrio e a
proporcionalidade dos gastos à prestação de serviço, sem que a mesma seja afetada em sua
qualidade e capacidade.

REFERÊNCIAS

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InterSaberes, 2015.

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2013. Disponível em: <https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/ponto-de-equilibrio-
contabil-financeiro-e-economico-4/>. Acesso em: 14 mai. 2018 às 20h30min.

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