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°), 707-722
INTRODUÇÃO
1." PARTE
A EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA
DA POPULAÇÃO ACTIVA E O MODERNO
CRESCIMENTO ECONÓMICO
ANÁLISE TEMPORAL
3
Sobre o método de taxionomia numérica e a terminologia utilizados nas análises temporal
e regional que se seguem remetemos o leitor para Nunes, 1989. Para maior clareza na leitura
da análise que se segue, em particular no que respeita aos aspectos regionais, adiantamos resu-
midamente alguns aspectos. O método de taxionomia numérica que utilizamos foi adaptado
da cluster analysis e teve como objectivo detectar regiões homogéneas caracterizadas por agru-
parem regiões elementares cuja estrutura sectorial da população activa fosse próxima. A proxi-
midade das estruturas foi calculada com base no conceito de distância euclidiana.
4
A indústria transformadora inclui os sectores «construção civil e obras públicas» e «elec-
708 tricidade, gás e água».
A evolução da estrutura da população activa
5
A causa de tal facto residirá fundamentalmente na alteração de critérios por parte da enti-
dade recenseadora (pela primeira vez, em 1930 tenta-se fazer uma classificação por sectores,
contrariamente à classificação por profissões, utilizada nos censos anteriores) e também em poten-
ciais efeitos dos condicionamentos conjunturais internacionais e associados a outros estrutu-
rais internos (veja-se Baganha, 1988 e Rosas, 1986).
6
O sector secundário inclui as indústrias extractivas e transformadoras e ainda o sector dos
transportes e comunicações.
7
O sector terciário inclui o «comércio», a «administração pública e defesa» e os «serviços
diversos».
8
Veja-se Kuznets, 1987.
Ana Bela Nunes
ANALISE REGIONAL
9
O moderno crescimento económico caracteriza-se por nas fases iniciais do seu processo
tender a acentuar as assimetrias (regionais, internacionais, na distribuição do rendimento, etc),
mas a prazo tender, inversamente, a atenuá-las, graças ao alastramento dos efeitos económicos
favoráveis da industrialização e modernização. Mesmo que neste caso concreto se associe esta
atenuação aos efeitos das transformações políticas da segunda metade da década de 1970, é
de lembrar que o moderno crescimento económico é uma época económica e, como tal, é um
processo não apenas ligado às transformações económicas, mas também às políticas e culturais.
10
Veja-se Justino, 1988.
n
710 O sector primário inclui os sectores da «agricultura» e da «pesca».
A evolução da estrutura da população activa
2. a PARTE
A EVOLUÇÃO DA ESTRUTURA
POR SEXOS DA POPULAÇÃO ACTIVA PORTUGUESA
14
Veja-se Nazareth, 1985.
15
Veja-se Nunes, Mata e Valério, 1989. 713
Ana Bela Nunes
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
16
Veja-se Rosas, 1986, e Valério, 1982.
17
714 Veja-se ainda Nunes, Mata e Valério, 1989.
A evolução da estrutura da população activa
KUZNETS, Simon, Economic Growth of Nations. Total Output and Production Structure, New
Haven, Belknap Press of Harvard, 1971.
KUZNETS, Simon, Modern Economic Growth. Rate, Structure and Spread, New Haven, Yale
University Press, 1987.
NAZARETH, J. Manuel, «A demografia portuguesa do século xx: principais linhas de evolução
e transformação», in Análise Social, Lisboa, vol. xxi, n.os 87-88-89, 1985.
NUNES, Ana Bela, População Activa e Actividade Económica em Portugal dos Finais do
Século XIX à Actualidade. Uma Contribuição para o Crescimento Económico Português,
dissertação de doutoramento apresentada no Instituto Superior de Economia, da Universi-
dade Técnica de Lisboa, 1989.
NUNES, Ana Bela, Eugénia Mata e Nuno Valério, «Portuguese economic growth 1833-1985»,
in The Journal of European Economic History, Roma, vol. 18, n.° 2, 1989.
ROSAS, Fernando, O Estado Novo nos Anos Trinta: Elementos para o Estudo da Natureza
Económica e Social do Salazarismo (1928-1938), Lisboa, Estampa, 1986.
VALÉRIO, Nuno, As Finanças Públicas Portuguesas entre as Duas Guerras Mundiais, disser-
tação de doutoramento apresentada no Instituto Superior de Economia, da Universidade Téc-
nica de Lisboa, 1982.
715
ANEXO IA
Distribuição sectorial da população activa e índice de assimetria regional em Portugal nos anos e à data dos recenseamentos
{QUADRO N.° 1]
Principais sectores I
1890 1900 1911 1930 1940 1950 1960 1970
Total : 530,5 2 457,3 2 545,0 2 516,7 2 775,2 3 196,5 3 315,6 3 060,9 3 848,7
Agricultura
Valor 536,4 1 507,6 1 442,4 1 237,0 1 423.7 1 523,1 1 398,3 965,9 705,3
Peso 61 61 57 49 51 48 42 32 18
Pesca
Valor 26,6 21,5 19,4 39,4 36,9 46,0 46,8 36,9 32,6
Peso 1 1 1 2 1 1 1 1 1
Indústria extractiva
Valor 4,5 4,3 9,2 11,0 19,3 25,1 26,2 12,2 18,0
Peso +0 +0 +0 +0 1 1 1 +0 1
Indústria transformadora
Valor 447,6 456,3 547,8 467,8 566,1 757,4 932,5 1009,2 1 480,4
Peso 18 19 22 19 20 24 28 33 38
Transportes e comunicações
Valor 52,5 66,4 76,8 71,9 83,9 107,3 122,2 147,3 191,7
Peso 2 3 3 3 3 3 4 5 5
Comércio
Valor 103,3 141,8 154,3 145,4 190,1 255,3 308,6 377,2 581,6
Peso 4 6 6 6 7 8 9 12 15
Administração pública e defesa
Valor 58,0 52,1 54,3 88,2 100,9 114,8 119,2 156,6 253,0
Peso 2 2 2 3 4 4 4 5 7
Serviços diversos
Valor 301,7 208,3 240,7 456,0 354,3 367,4 362,0 356,6 586,2
Peso 12 8 9 18 13 11 11 12 15
Indústria transformadora
[QUADRO N.° 2]
Anos
ANEXO I-B
I
1
I
I
i'
ANEXO II-A
Distribuição sectorial e por sexos da população activa (nos anos e à data dos recenseamentos)
Principais sectores
[QUADRO N.° 4]
Total 2 530,5 2 457,3 2 545,0 2 516,7 2 775,2 3 196,5 3 315,6 3 060,9 3 848,7
M: valor 1 609,3 1 726,3 1 848,1 1 823,8 2 143,0 2 471,8 2 713,0 2 263,1 2 544,4
peso 64 70 73 72 77 77 82 74 66
F: valor 921,2 731,0 696,8 692,9 632,2 724,6 602,6 . 797,8 1 304,4
peso 36 30 27 28 23 23 18 26 34
Agricultura 1 536,4 1 507,6 1 442,4 1 237,0 1 423,7 1 523,1 1 398,3 965,9 705,3
M: valor 1 054,4 1 127,3 1 107,9 1 072,7 1 202,8 1 284,5 1 292,6 788,3 445,8
peso 69 75 77 87 84 84 92 82 63
F: valor 482,0 380,3 334,4 164,3 220,9 238,6 105,6 177,7 259,5
peso 31 25 23 13 16 16 8 18 37
Pesca 26,6 21,5 19,4 39,4 36,9 46,0 46,8 36,9 32,6
M: valor 21,9 19,7 19,0 38,2 36,1 45,1 45,9 35,8 31,6
peso 83 92 98 97 98 98 98 97 97
F: valor 4,6 1,8 0,4 1,2 0,8 0,9 0,8 1,1 1,0
peso 17 8 2 3 2 2 2 3 3
Indústria extractiva 4,5 4,3 9,2 11,0 19,3 25,1 26,2 12,2 18,0
M: valor 4,3 4,0 8,9 10,6 18,1 23,4 25,4 11,8 17,2
peso 96 93 96 96 94 93 97 96 95
F: valor 0,2 0,3 0,4 0,4 1,2 1,6 0,8 0,4 0,8
peso 4 7 4 4 6 7 3 4 5
Indústria transformadora 447,6 455,3 547,8 467,8 566,1 757,4 932,5 1 009,2 1 480,4
M: valor 289,9 320,0 392,6 367,3 433,0 585,3 757,6 744,9 1 108,1
peso 65 70 72 79 76 77 81 74 75
F: valor 157,7 135,3 155,2 100,5 133,1 172,1 174,9 264,2 372,2
peso 35 30 28 21 24 23 19 26 25
ANEXO II-A (continuação)
Transportes e comunicações. 52,5 66,4 76,8 71,9 83,9 107,3 122,2 147,3 191,7
M: valor 50,3 62,0 73,4 68,1 75,9 99,7 111,4 129,6 161,7
peso % 93 96 95 91 93 91 88 84
F: valor 2,2 4,4 3,4 3,8 8,0 7,6 10,7 17,7 30,0
peso 4 7 4 5 9 7 9 12 16
Comércio 103,3 141,8 154,3 145,4 190,1 255,3 308,6 377,2 581,6
M: valor 72,2 96,0 124,6 125,7 159,2 216,6 260,9 282,7 382,8
peso 70 68 81 86 84 85 85 75 66
F: valor 31,1 45,8 29,7 19,6 31,0 38,7 47,7 94,5 198,8
peso
Administração pública e defesa .
30
58,0
32
52,1
19
54,3
14
88,2
16
100,9
15
114,8
15
119,2
25
155,6
34
253,0
i
M: valor
peso
F: valor
57,9
100
0,1
51,9
100
0,2
53,9
99
0,5
85,8
97
2,4
97,6
97
3,3
105,9
92
8,9
108,1
91
11,1
122,4
79
33,1
171,1
68
81,9
!
peso +0 +0 1 3 3 8 9 21 32
Serviços diversos
M: valor
peso
301,7
58,5
19
208,3
45,4
22
240,7
67,9
28
456,0
55,5
12
354,3
120,3
34
367,4
111,3
30
362,0
111,0
31
356,6
147,6
41
586,2
226,2
39
1
F: valor 243,2 162,9 172,9 400,5 234,1 256,1 251,0 209,0 360,1 2
peso 81 78 72 88 66 70 69 59 61
Nota — Unidades: valor em milhares de indivíduos; peso em percentagens. O facto de os totais não corresponderem, eventualmente, ao somatório das parcelas deve-se a erros de arredondamento.
I
a
Ana Bela Nunes
ANEXO II-B
População residente
(nos anos e à data dos recenseamentos)
IQUADRO N.° 5}
Anos Total
1890 5 102,9
1900 5 446,8
1911 5 999,1
1930 6 802,4
1940 . ... 7 755,4
1950 8 510,2
1960 8 889,4
1970 8 648,4
1981 9 833,0
Nota — Valores em milhares de indivíduos.
[QUADRO N.° 6]
722