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CBM-SE

Cadete BM

1. TEORIA ELEMENTAR DOS CONJUNTOS: subconjuntos, união, intersecção, diferença,


complementar........................................................................................................................................... 1
2. NÚMEROS COMPLEXOS: representação e operações nas formas algébrica e trigonométrica, raízes
complexas, fórmula de Moivre. ............................................................................................................... 11
3. PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS: propriedades, soma dos
termos de uma progressão geométrica infinita. ...................................................................................... 18
4. FUNÇÕES: funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras; funções pares, ímpares e periódicas; funções
composta e inversa. Funções logaritmo e exponencial: definições e propriedades. Mudança de base.
Característica e mantissa. Equações e inequações logarítmicas e exponenciais. .................................. 25
5. POLINÔMIOS: conceito, grau e propriedades fundamentais; operações, fatorações e produtos
notáveis; raízes; teorema fundamental da álgebra. ................................................................................ 80
6. EQUAÇÕES ALGÉBRICAS: definição, raiz, multiplicidade e número de raízes; transformações
aditiva e multiplicativa; equações recíprocas; relação entre coeficientes e raízes. Raízes reais e
complexas. ............................................................................................................................................. 97
7. COMBINATÓRIA: problemas de contagem; arranjos, permutações e combinações simples; binômio
de Newton. Probabilidade e espaços amostrais; probabilidade condicional e eventos independentes. 104
8. MATRIZES: operações, propriedades, inversa. Determinantes e propriedades. Matriz associada a
um sistema de equações lineares; resolução e discussão de sistemas lineares. ................................. 125
9. TRIGONOMETRIA: fórmulas de adição, subtração e bissecção de arcos; funções trigonométricas:
propriedades e relações principais; transformação de soma de funções trigonométricas em produtos;
equações e inequações trigonométricas............................................................................................... 162
10. GEOMETRIA ANALÍTICA: coordenadas cartesianas; distância entre pontos; equações da reta,
paralelismo e perpendicularismo, ângulo entre retas, distância de um ponto a uma reta; equação da
circunferência, tangentes a uma circunferência, intersecção de uma reta a uma circunferência; elementos
principais e equações da elipse, hipérbole e parábola; lugares geométricos e interpretações de equações
de 2° grau............................................................................................................................................. 186
11. GEOMETRIA PLANA: polígonos, circunferências e círculos; congruência de figuras planas;
semelhança de triângulos; relações métricas nos triângulos, polígonos regulares e círculos; áreas de
polígonos, círculos, coroas e setores circulares. .................................................................................. 220
12. GEOMETRIA ESPACIAL: retas, planos e suas posições relativas no espaço; poliedros regulares;
prismas e pirâmides e respectivos troncos; cilindros, cones e esferas; cálculo de áreas e volumes..... 265
13. CÁLCULO. Limites, derivada e integral. ..................................................................................... 288

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Bons estudos!

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1. TEORIA ELEMENTAR DOS CONJUNTOS: subconjuntos, união, intersecção,
diferença, complementar.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br

CONJUNTOS

Conjunto é uma reunião, agrupamento de pessoas, seres, objetos, classes…, que possuem a mesma
característica, nos dá ideia de coleção.

Noções Primitivas
Na teoria dos conjuntos três noções são aceitas sem definições:
- Conjunto;
- Elemento;
- E a pertinência entre um elemento e um conjunto.

Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de
conjuntos.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos. Um elemento de um conjunto pode ser
uma banana, um peixe ou um livro. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento de
algum outro conjunto.
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
minúsculas a, b, c, ..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
A relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x∈A.


Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x  A.


Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

Como representar um conjunto


1) Pela designação de seus elementos:
Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por vírgula.

Exemplos:
{a, e, i, o, u} indica o conjunto formado pelas vogais
{1, 2, 5,10} indica o conjunto formado pelos divisores naturais de 10.

2) Pela sua característica


Escrevemos o conjunto enunciando uma propriedade ou característica comum de seus elementos.
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, | (tal que) x tem a propriedade P}

Exemplos:
- {x| x é vogal} é o mesmo que {a, e, i, o, u}
- {x | x são os divisores naturais de 10} é o mesmo que {1, 2, 5,10}

3) Pelo diagrama de Venn-Euler


Os elementos do conjunto são colocados dentro de uma figura em forma de elipse, chamada diagrama
de Venn.

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Exemplos:
- Conjunto das vogais

- Conjunto dos divisores naturais de 10

Igualdade de Conjuntos
Dois conjuntos A = B são ditos iguais (ou idênticos) se todos os seus elementos são iguais, e
escrevemos A = B. Caso haja algum que não o seja dizemos que estes conjuntos são distintos e
escrevemos A ≠ B.

Exemplos:
1) A = {3, 5, 7} e B = {x| x é primo e 3 ≤ x ≤ 7}, então A = B.
2) B = {6, 9,10} e C = {10, 6, 9}, então B = C, note que a ordem dos elementos não altera a igualdade
dos conjuntos.

Tipos de Conjuntos

- Conjunto Universo
Reunião de todos os conjuntos que estamos trabalhando.

Exemplo:
Quando falamos de números naturais, temos como Conjunto Universo os números inteiros positivos.

- Conjunto Vazio
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se por 0 ou, simplesmente { }.

Exemplo:
A = {x| x é natural e menor que 0}

- Conjunto Unitário
Conjunto caracterizado por possuir apenas um único elemento.

Exemplos:
- Conjunto dos números naturais compreendidos entre 2 e 4. A = {3}
- Conjunto dos números inteiros negativos compreendidos entre -5 e -7. B = {- 6}

- Conjuntos Finitos e Infinitos


Finito = quando podemos enumerar todos os seus elementos. Exemplo: Conjuntos dos Estados da
Região Sudeste, S= {Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo, Minas Gerais}
Infinito = contrário do finito. Exemplo: Conjunto dos números inteiros, Z = {..., -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, 5,
...}. A reticências representa o infinito.

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Relação de Pertinência
A pertinência é representada pelo símbolo ∈ (pertence) ou  não pertence). Ele relaciona elemento
com conjunto.

Exemplo:
Seja o conjunto B={1, 3, 5, 7}
* 1∈ B, 3 ∈ B, 5 ∈ B
* 2  B, 6  B , 9  B

Subconjuntos
Quando todos os elementos de um conjunto A são também elementos de um outro conjunto B, dizemos
que A é subconjunto de B.
Podemos dizer ainda que subconjunto é quando formamos vários conjuntos menores com as mesmas
caraterísticas de um conjunto maior.

Exemplos:
- B = {2, 4} ⊂A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 2 ∈ {2, 3, 4, 5, 6} e 4 ∈ {2, 3, 4, 5 ,6}

- C = {2, 7, 4}  A = {2, 3, 4, 5, 6}, pois 7  {2, 3, 4, 5, 6}


- D = {2, 3} ⊂ E = {2, 3}, pois 2 ∈ {2, 3} e 3 ∈ {2, 3}

1) Todo conjunto A é subconjunto dele próprio;


2) O conjunto vazio, por convenção, é subconjunto de qualquer conjunto;
3) O conjunto das partes é o conjunto formado por todos os subconjuntos de A.

Exemplo: Pegando o conjunto B acima, temos as partes de B:


B= {{ },{2},{4},B}
Podemos concluir com essa propriedade que: Se B tem n elementos então B possui 2n
subconjuntos e, portanto, P(B) possui 2n elementos.
Se quiséssemos saber quantos subconjuntos tem o conjunto A (exemplo acima), basta
calcularmos aplicando o fórmula:
Números de elementos(n)= 5 → 2n = 25 = 32 subconjuntos, incluindo o vazio e ele
próprio.

Relação de inclusão
Deve ser usada para estabelecer relação entre conjuntos com conjuntos, verificando se um conjunto
é subconjunto ou não de outro conjunto.
Representamos as relações de inclusão pelos seguintes símbolos:

⊂→Está contido ⊃→Contém


⊄→Não está contido ⊅→Não contém
Exemplo:
Seja a = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e B = {0, 2, 4}

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Dizemos que B ⊂ A ou que A ⊃ B

Operações com Conjuntos

- União de conjuntos
A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem
a A ou a B. Representa-se por A U B.
Simbolicamente: A U B = {x | x∈A ou x∈B}

Exemplos:
- {2, 3} U {4, 5, 6} = {2, 3, 4, 5, 6}
- {2, 3, 4} U {3, 4, 5} = {2, 3, 4, 5}
- {2, 3} U {1, 2, 3, 4} = {1, 2, 3, 4}
- {a, b} U  = {a, b}

- Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem,
simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩B. Simbolicamente: A∩B = {x | x ∈ A e x ∈ B}

Exemplos:
- {2, 3, 4} ∩ {3, 5} = {3}
- {1, 2, 3} ∩{2, 3, 4} = {2, 3}
- {2, 3} ∩{1, 2, 3, 5} = {2, 3}
- {2, 4} ∩{3, 5, 7} = 

Observação: Se A∩B =  , dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.

- Propriedades dos conjuntos disjuntos


1) A U (A ∩ B) = A
2) A ∩ (A U B) = A
3) Distributiva da reunião em relação à intersecção: A U (B U C) = (A U B) ∩ (A U C)
4) Distributiva da intersecção em relação à união: A ∩ (B U C) = (A ∩ B) U (A ∩ C)

- Número de Elementos da União e da Intersecção de Conjuntos


Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, podemos estabelecer uma relação entre
os respectivos números de elementos.

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)

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Note que ao subtrairmos os elementos comuns (𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)) evitamos que eles sejam contados duas
vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim
a relação dada será verdadeira.
b) Podemos ampliar a relação do número de elementos para três ou mais conjuntos com a mesma
eficiência.

Observe o diagrama e comprove:

𝑛(𝐴 ∪ 𝐵 ∪ 𝐶) = 𝑛(𝐴) + 𝑛(𝐵) + 𝑛(𝐶) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) − 𝑛(𝐴 ∩ 𝐶) − 𝑛(𝐵 ∩ 𝐶) + 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵 ∩ 𝐶)

- Propriedades da União e Intersecção de Conjuntos


Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades:
1) Idempotente: A U A = A e A ∩ A= A
2) Elemento Neutro: A U Ø = A e A ∩ U = A
3) Comutativa: A U B = B U A e A ∩ B = B ∩ A
4) Associativa: A U (B U C) = (A U B) U C e A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C

- Diferença
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por todos os elementos que pertencem a A
e não pertencem a B. Representa-se por A – B. Para determinar a diferença entre conjuntos, basta
observamos o que o conjunto A tem de diferente de B.
Simbolicamente: A – B = {x | x ∈ A e x  B}

Exemplos:
- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}  A – B = {1, 3} e B – A = 
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}  A – B = {1} e B – A = {4}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}  A – B = {0, 2, 4} e B – A = {1, 3, 5}

Note que A – B ≠ B - A

- Complementar
Dados dois conjuntos A e B, tais que B ⊂ A (B é subconjunto de A), chama-se complementar de B
em relação a A o conjunto A - B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B.

Dizemos complementar de B em relação a A.

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Exemplos:
Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então:
a) A = {2, 3, 4}  A = {0, 1, 5, 6}
b) B = {3, 4, 5, 6 }  B = {0, 1, 2}
c) C =   C = S

Resolução de Problemas Utilizando Conjuntos


Muitos dos problemas constituem- se de perguntas, tarefas a serem executadas. Nos utilizaremos
dessas informações e dos conhecimentos aprendidos em relação as operações de conjuntos para
resolvê-los.

Exemplos:
1) Numa pesquisa sobre a preferência por dois partidos políticos, A e B, obteve-se os seguintes
resultados. Noventa e duas disseram que gostam do partido A, oitenta pessoas disseram que gostam do
partido B e trinta e cinco pessoas disseram que gostam dos dois partidos. Quantas pessoas responderam
a pesquisa?
Resolução pela Fórmula
» n(A U B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
» n(A U B) = 92 + 80 – 35
» n(A U B) = 137

Resolução pelo diagrama:


- Se 92 pessoas responderam gostar do partido A e 35 delas responderam que gostam de ambos,
então o número de pessoas que gostam somente do partido A é: 92 – 35 = 57.
- Se 80 pessoas responderam gostar do partido B e 35 delas responderam gostar dos dois partidos,
então o número de operários que gostam somente do partido B é: 80 – 35 = 45.
- Se 57 gostam somente do partido A, 45 responderam que gostam somente do partido B e 35
responderam que gostam dos dois partidos políticos, então o número de pessoas que responderam à
pesquisa foi: 57 + 35 + 45 = 137.

2) Num grupo de motoristas, há 28 que dirigem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que dirigem
automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no grupo?
(A) 16 motoristas
(B) 32 motoristas
(C) 48 motoristas
(D) 36 motoristas
Resolução:

Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8


Os que dirigem apenas automóvel: 28 – 8 = 20
Os que dirigem apenas motocicleta: 12 – 8 = 4
A quantidade de motoristas é o somatório: 20 + 8 + 4 = 32 motoristas.
Resposta: B

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3) Em uma cidade existem duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente 70% dos
estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da
cidade é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles que utilizam as duas empresas?
(A) 20%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 33%
(E) 35%
Resolução:

70 – 50 = 20.
20% utilizam as duas empresas.
Resposta: A.
Referências
GONÇALVES, Antônio R. - Matemática para Cursos de Graduação – Contexto e Aplicações
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções

Questões

01. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC) Dos 43 vereadores de


uma cidade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de Educação, Saúde e Saneamento Básico. Sete
dos vereadores se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se inscreveram apenas nas
comissões de Educação e Saúde e oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu em apenas uma dessas comissões. O número
de vereadores inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
(A) 15.
(B) 21.
(C) 18.
(D) 27.
(E) 16.

02. (EBSERH/HU-UFS/SE - Tecnólogo em Radiologia - AOCP) Em uma pequena cidade, circulam


apenas dois jornais diferentes. O jornal A e o jornal B. Uma pesquisa realizada com os moradores dessa
cidade mostrou que 33% lê o jornal A, 45% lê o jornal B, e 7% leem os jornais A e B. Sendo assim,
quantos por centos não leem nenhum dos dois jornais?
(A) 15%
(B) 25%
(C) 27%
(D) 29%
(E) 35%

03. (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC) Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar
documentos 15 deles também estão aptos para classificar processos e os demais estão aptos para
atender ao público. Há outros 11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas não são capazes
de arquivar documentos. Dentre esses últimos técnicos mencionados, 4 deles também são capazes de
classificar processos. Sabe-se que aqueles que classificam processos são, ao todo, 27 técnicos.
Considerando que todos os técnicos que executam essas três tarefas foram citados anteriormente, eles
somam um total de
(A) 58.
(B) 65.
(C) 76.
(D) 53.
(E) 95.

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04. (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARIFADO I – FCC) O diagrama indica a distribuição
de atletas da delegação de um país nos jogos universitários por medalha conquistada. Sabe-se que esse
país conquistou medalhas apenas em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da
delegação desse país que ganhou uma ou mais medalhas não ganhou mais de uma medalha do mesmo
tipo (ouro, prata, bronze). De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação desse país
ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro.

A análise adequada do diagrama permite concluir corretamente que o número de medalhas


conquistadas por esse país nessa edição dos jogos universitários foi de
(A) 15.
(B) 29.
(C) 52.
(D) 46.
(E) 40.

05. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE NM – AOCP) Qual é o número de


elementos que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positivos do número 3, menores que 31?
(A) 9
(B) 10
(C) 11
(D) 12
(E) 13

06. (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM SAÚDE NM – AOCP) Considere dois conjuntos
A e B, sabendo que 𝐴 ∩ 𝐵 = {3}, 𝐴 ∪ 𝐵 = {0; 1; 2; 3; 5} 𝑒 𝐴 − 𝐵 = {1; 2}, assinale a alternativa que
apresenta o conjunto B.
(A) {1;2;3}
(B) {0;3}
(C) {0;1;2;3;5}
(D) {3;5}
(E) {0;3;5}

07. (INES – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa biblioteca são lidos apenas
dois livros, K e Z. 80% dos seus frequentadores leem o livro K e 60% o livro Z. Sabendo-se que todo
frequentador é leitor de pelo menos um dos livros, a opção que corresponde ao percentual de
frequentadores que leem ambos, é representado:
(A) 26%
(B) 40%
(C) 34%
(D) 78%
(E) 38%

08. (METRÔ/SP – ENGENHEIRO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC) Uma pesquisa, com 200
pessoas, investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do Metrô de uma cidade. Verificou-se
que 92 pessoas utilizam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas utilizam a linha C. Utilizam
as linhas A e B um total de 38 pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B e C um total
de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam dessas linhas. Desta maneira, conclui-se corretamente
que o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e C é igual a
(A) 50.
(B) 26.
(C) 56.
(D) 10.
(E) 18.

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09. (INES – Técnico em Contabilidade – MAGNUS CONCURSOS) Numa recepção, foram servidos
os salgados pastel e casulo. Nessa, estavam presentes 10 pessoas, das quais 5 comeram pastel, 7
comeram casulo e 3 comeram as duas. Quantas pessoas não comeram nenhum dos dois salgados?
(A) 0
(B) 5
(C) 1
(D) 3
(E) 2

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Em uma
pesquisa realizada com alunos de uma universidade pública sobre a utilização de operadoras de celular,
constatou-se que 300 alunos utilizam a operadora A, 270 utilizam a operadora B, 150 utilizam as duas
operadoras (A e B) e 80 utilizam outras operadoras distintas de A e B.
Quantas pessoas foram consultadas?
(A) 420
(B) 650
(C) 500
(D) 720
(E) 800
Respostas

01. Resposta: C.
De acordo com os dados temos:
7 vereadores se inscreveram nas 3.
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o 12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer
nos conjuntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos três)
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento básico.
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comissões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30 – 7 – 12 – 8 = 3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 vereadores.

Em saneamento se inscreveram: 3 + 7 + 8 = 18

02. Resposta: D.

26 + 7 + 38 + x = 100
x = 100 - 71
x = 29%

03. Resposta: B.
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46 – 15 = 31
Classificam e atendem: 4
Classificam: 15 + 4 = 19 como são 27 faltam 8
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capazes de classificar processos, logo apenas 11 -
4 = 7 técnicos são aptos a atender ao público.

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Somando todos os valores obtidos no diagrama teremos: 31 + 15 + 7 + 4 + 8 = 65 técnicos.

04. Resposta: D.
O diagrama mostra o número de atletas que ganharam medalhas.
No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2 por ser 2 medalhas e na intersecção das três
medalhas multiplica-se por 3.
Intersecções:
6 ∙ 2 = 12
1∙2=2
4∙2=8
3∙3=9
Somando as outras:
2 + 5 + 8 + 12 + 2 + 8 + 9 = 46

05. Resposta: B.
Se nos basearmos na tabuada do 3, teremos o seguinte conjunto
A = {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 24, 27, 30}
10 elementos.

06. Resposta: E.
A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é elemento de B.
A – B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A  B, tiramos que B = {0; 3; 5}.

07. Resposta: B.

80 – x + x + 60 – x = 100
- x = 100 - 140
x = 40%

08. Resposta: E.

92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42-x+x+60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200
92 - [80 - x] + 94 - [98 - x] + 110 - [102 - x] + 38 + 42 – x + 60 – x + 26 = 200

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92 – 80 +x + 94 – 98 +x + 110 – 102 + x + 166 -2x = 200
x + 462 – 280 = 200  x + 182 = 200  x = 200-182  x = 18

09. Resposta: C.

2 + 3 + 4 + x = 10
x = 10 - 9
x=1

10. Resposta: C.

300 – 150 = 150


270 – 150 = 120
Assim: 150 + 120 + 150 + 80 = 500(total).

2. NÚMEROS COMPLEXOS: representação e operações nas formas algébrica e


trigonométrica, raízes complexas, fórmula de Moivre.

CONJUNTO DOS NÚMEROS COMPLEXOS – C

Quantas vezes, ao calcularmos o valor de Delta (b2- 4ac) na resolução da equação do 2º grau, nos
deparamos com um valor negativo (Delta < 0). Nesse caso, sempre dizemos ser impossível a raiz no
universo considerado (normalmente no conjunto dos reais- R).
No século XVIII, o matemático suíço Leonhard Euler passou a representar √−1 por i, convenção que
utilizamos até os dias atuais.
Assim: √−1 = i, que passamos a chamar de unidade imaginária.
A partir daí, vários matemáticos estudaram este problema, sendo Gauss e Argand os que realmente
conseguiram expor uma interpretação geométrica num outro conjunto de números, chamado de números
complexos, que representamos por C.

Números Complexos
Chama-se conjunto dos números complexos, e representa-se por C, o conjunto de pares ordenados,
ou seja:
z = (x, y)
onde x ∈ a R e y ∈ a R.

Então, por definição, se z = (x, y) = (x,0) + (y, 0)(0,1) onde i = (0,1), podemos escrever que:
z = (x, y) = x + yi

Exemplos
(5, 3) = 5 + 3i

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(2, 1) = 2 + i
(-1, 3) = - 1 + 3i

Dessa forma, todo o números complexo z = (x, y) pode ser escrito na forma z = x + yi, conhecido como
forma algébrica, onde temos:
x = Re(z), parte real de z
y = Im(z), parte imaginária de z

Igualdade entre números complexos: Dois números complexos são iguais se, e somente se,
apresentam simultaneamente iguais a parte real e a parte imaginária. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di,
temos que:
z1 = z2 <==> a = c e b = d

Adição de números complexos: Para somarmos dois números complexos basta somarmos,
separadamente, as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos
que:
z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i

Subtração de números complexos: Para subtrairmos dois números complexos basta subtrairmos,
separadamente, as partes reais e imaginárias desses números. Assim, se z1 = a + bi e z2 = c + di, temos
que:
z1 – z2 = (a - c) + (b - d)i

Multiplicação de números complexos: Para multiplicarmos dois números complexos basta


efetuarmos a multiplicação de dois binômios, observando os valores das potência de i. Assim, se z1 = a +
bi e z2 = c + di, temos que:
z1.z2 = a.c + a.di + b.ci + b.di2
Como i2 = -1, temos:
z1.z2= ac + adi + bci - bd
Agrupando os membros:
z1.z2= ac – bd + adi + bci → (ac – bd) + (ad + bc)i

Nota: As propriedades da adição, subtração e multiplicação válidas para os Reais são válidas para os
números complexos.

Conjugado de um número complexo: Dado z = a + bi, define-se como conjugado de z (representa-


se por 𝑧̅) ==> 𝑧̅ = a - bi
Exemplo:
z = 3 - 5i ==> 𝑧̅ = 3 + 5i
z = 7i ==> 𝑧̅ = - 7i
z = 3 ==> 𝑧̅ = 3

Propriedade:
O produto de um número complexo pelo seu conjugado é sempre um número real.
𝑧. 𝑧̅ ∈ 𝑅

Divisão de números complexos: Para dividirmos dois números complexos basta multiplicarmos o
numerador e o denominador pelo conjugado do denominador. Assim, se z1= a + bi e z2= c + di, temos
que:

Potências de i
Se, por definição, temos que i = - (-1)1/2, então:
i0 = 1

. 12
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
i1 = i
i2 = -1
i3 = i2.i = -1.i = -i
i4 = i2.i2=-1.-1= 1
i5 = i4. 1=1.i= i
i6 = i5. i =i.i=i2= -1
i7 = i6. i =(-1).i= -i ......

Observamos que no desenvolvimento de in (n pertencente a N, com n variando, os valores repetem-


se de 4 em 4 unidades. Desta forma, para calcularmos in basta calcularmos ir onde r é o resto da divisão
de n por 4.
Exemplo: i63 => 63 / 4 dá resto 3, logo i63= i3 = -i

Módulo de um número complexo: Dado z = a+bi, chama-se módulo de z, indicado por |z| ou 𝜌 , a
distância entre a origem (O) do plano de Gauss e o afixo de z (P).
| z |= 𝜌 =√ 𝑎2 + 𝑏 2

Interpretação geométrica: Como dissemos, no início, a interpretação geométrica dos números


complexos é que deu o impulso para o seu estudo. Assim, representamos o complexo z = a+bi da seguinte
maneira

Em particular temos que:

Forma polar dos números complexos: Da interpretação geométrica, temos que:

Que é conhecida como forma polar ou trigonométrica de um número complexo.

Exemplo:

A multiplicação de dois números complexos na forma polar:


A = |A| [cos(a) + i sen(a)]
B = |B| [cos(b) + i sen(b)]

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
É dada pela Fórmula de De Moivre:
AB = |A||B| [cos(a + b) + i sen(a + b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas formas trigonométricas, devemos multiplicar
os seus módulos e somar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e |B|=1, e nesse caso
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b)

Multiplicando A e B, obtemos
AB = cos(a + b) + i sen(a + b)

Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a Euler (lê-se "óiler"), garantindo que para
todo número complexo z e também para todo número real z:
eiz = cos(z) + i sen(z)

Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cálculo Diferencial, e, ela permite uma outra
forma para representar números complexos unitários A e B, como:
A = eia = cos(a) + i sen(a)
B = eib = cos(b) + i sen(b)

Onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim, ei(a+b) = cos(a + b) + isen(a + b)


Por outro lado ei(a+b) = eia . eib = [cos(a) + isen(a)] [cos(b) + isen(b)]

E desse modo ei(a+b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b) + i [cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)]

Para que dois números complexos sejam iguais, suas partes reais e imaginárias devem ser iguais,
logo
cos(a + b) = cos(a)cos(b) - sen(a)sen(b)
sen(a + b) = cos(a)sen(b) + cos(b)sen(a)

Para a diferença de arcos, substituímos b por -b nas fórmulas da soma


cos(a + (-b)) = cos(a)cos(-b) - sen(a)sen(-b)
sen(a + (-b)) = cos(a)sen(-b) + cos(-b)sen(a)

Para obter
cos(a - b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
sen(a - b) = cos(b)sen(a) - cos(a)sen(b)
Operações na forma polar

Sejam z1=𝜌1(cos 𝜃1+ i sen𝜃1 ) e z2=𝜌1(cos𝜃2 +i sen𝜃2 ). Então, temos que:

a) Multiplicação

b) Divisão

c) Potenciação

d) Radiciação

para n = 0, 1, 2, 3, ..., n-1

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Observe que o item c) e d) acima representa a resolução pela Fórmula de Moivre.

Exemplo
Calcular a raiz quadrada do número complexo:

A raiz quadrada de um complexo é dada pela segunda fórmula de Moivre, com n = 2:

Para k = 0, teremos:

Questões

01. (PM/SP – CABO – CETRO) Assinale a alternativa que apresenta o módulo do número complexo
abaixo.

(1 + 2𝑖)2
𝑧=
𝑖
(A) 36.
(B) 25.
(C) 5.
(D) 6.

02. (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC) Considere a igualdade x + (4 + y). i = (6 − x) + 2yi, em


que x e y são números reais e i é a unidade imaginária. O módulo do número complexo z = x + yi, é um
número
(A) maior que 10.
(B) quadrado perfeito.
(C) irracional.
(D) racional não inteiro.
(E) primo.

03. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa correspondente à forma


trigonométrica do número complexo z=1+i:
𝜋 𝜋
(A) 𝒛 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4
𝜋 𝜋
(B) 𝑧 = 2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

√2 𝜋 𝜋
(C) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4
1 𝜋 𝜋
(D) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 4 4

√2 𝜋 𝜋
(E) 𝑧 = (cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
2 3 3

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04. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) O valor do módulo do número complexo (i62+i123) é:
(A) Um número natural.
(B) Um número irracional maior que 5.
(C) Um número racional menor que 2.
(D) Um número irracional maior que 3.
(E) Um número irracional menor que 2.

1+√5𝑖
05. (Professor/Pref Itaboraí) O inverso do número complexo 2
é:
1 + √5𝑖
(𝐴)
2

1 − √5𝑖
(𝐵)
2
(C) 1 − √5𝑖

1 + √5𝑖
(𝐷)
3

1 − √5𝑖
(𝐸)
3
1+2𝑖
06. (UFPA) A divisão 1−𝑖
dá como resultado
−1 3
(A) − 𝑖
2 2

1 3
(B) + 𝑖
2 2

−1 3
(C) + 𝑖
2 2

1 3
(D) − 𝑖
2 2

07. (PUC-SP) Se f(z) = z2 - z + 1, então f (1- i) é igual a:


(A) i
(B) – i + 1
(C) - i
(D) i -1
(E) i + 1

08. (UCMG) O complexo z, tal que 5z + 𝑧̅ = 12 +16i, é igual a:


(A) - 2 + 2i
(B) 2 - 3i
(C) 1 + 2i
(D) 2 + 4i
(E) 3 + i
2+3𝑖
09. (Viçosa – MG) A parte real de 2−3𝑖 é:
(A) -2/13
(B) -5/13
(C) -1/13
(D) -4/13
2−𝑖
10. (Mack – SP) O conjugado de , vale:
𝑖
(A) 1 - 2i
(B) 1 + 2i
(C) 1 + 3i
(D) -1 + 2i
(E) 2 - i

. 16
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Respostas

01. Resposta: C.
1 + 4𝑖 − 4 −3 + 4𝑖 𝑖
𝑧= = ∙ = 3𝑖 + 4
𝑖 𝑖 𝑖

|𝑧| = √32 + 4² = 5

02. Resposta: E.
x=6-x
x=3
4+y=2y
y=4
|𝑧| = √32 + 4² = 5

03. Resposta: A.

𝜌 = √12 + 1² = √2
1 √2
𝑐𝑜𝑠𝜃 = = = 𝑠𝑒𝑛𝜃
√2 2
𝜋
𝜃=
4
𝜋 𝜋
𝑧 = √2(cos + 𝑖 ∙ 𝑠𝑒𝑛 )
4 4

04. Resposta: E.
62/4=15 e resto 2 então i62=i2= -1
123/4=30 e resto 3 então i123=i3=-i, como 𝑖 = √−1
𝑖 62 + 𝑖 123 = −1 − √−1

05. Resposta: E.
O inverso de z é 1/z :
2 2 1 − √5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 2 − 2√5𝑖 1 − √5𝑖
= . = = = =
2
1 + √5𝑖 1 + √5𝑖 1 − √5𝑖 1 − (√5𝑖) 2 1 − 5𝑖 2 6 3

06. Resposta: C.
Temos q a = 1; b = 2; c = 1; d = - 1
Através da fórmula já vista vamos efetuar a divisão:
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑 1.1 + (−1). 2 2.1 − (1. (−1))
( 2 2
)+( 2 2
)𝑖 → ( 2 2 )+( 2 )𝑖 →
𝑐 +𝑑 𝑐 +𝑑 1 + (−1) 1 + (−1)2

1−2 2+1 −1 3
+ 𝑖→ + 𝑖
2 2 2 2

07. Resposta: C.
f(z) = z2 – z + 1  (1 - i)2 – (1 - i) + 1  1 - 2i + i2 – 1 + i +1  i2 – i + 1; como i2 = - 1, então: - 1 – i +
1=-i

08. Resposta: D.
A fórmula do número complexo é z = a + bi, e de seu conjugado será 𝑧̅ = a - bi
Logo temos:
5.(a + bi) + (a - bi) = 12 + 16i  5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i  6a + 4bi = 12 + 16i, para um número
complexo ser igual ao outro, vamos igualar a parte real com a parte real e a parte imaginária com a parte
imaginária:
6a = 12  a = 2; 4bi = 16i  b = 4
Montando o complexo: z = a + bi  z = 2 + 4i

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09. Resposta: B.
𝑎𝑐 + 𝑑𝑏 𝑏𝑐 − 𝑎𝑑
( 2 2
)+( 2 )𝑖
𝑐 +𝑑 𝑐 + 𝑑2

Como queremos a parte real, vamos utilizar a primeira parte da fórmula:


2.2 + 3. (−3) 4 − 9 −5
( 2 2
)= =
2 + (−3) 4 + 9 13

10. Resposta: D.
Vamos multiplicar o denominador e numerador pelo conjugado do denominador – i. Lembre-se que i2
=-1

2 − 𝑖 −𝑖 −2𝑖 + 𝑖 2 −2𝑖 − 1
. → → → −2𝑖 − 1
𝑖 −𝑖 −𝑖 2 −(−1)
Temos que o conjugado de um número complexo é: a + bi  a - bi, logo
-1 – 2i  -1 + 2i

3. PROGRESSÕES ARITMÉTICAS E PROGRESSÕES GEOMÉTRICAS:


propriedades, soma dos termos de uma progressão geométrica infinita.

PROGRESSÃO ARITMÉTICA (P.A.)

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior somado com uma constante que é chamada de razão (r).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an, ....

Cálculo da razão: a razão de uma P.A. é dada pela diferença de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
r = a2 – a1 = a3 – a2 = a4 – a3 = a5 – a4 = .......... = an – an – 1

Exemplos:
- (5, 9, 13, 17, 21, 25, ......) é uma P.A. onde a1 = 5 e razão r = 4
- (2, 9, 16, 23, 30, …) é uma P.A. onde a1 = 2 e razão r = 7
- (23, 21, 19, 17, 15, …) é uma P.A. onde a1 = 23 e razão r = - 2.

Classificação: uma P.A. é classificada de acordo com a razão.

1- Se r > 0 ⇒ a P.A. é crescente.


2- Se r < 0 ⇒ a P.A. é decrescente.
3- Se r = 0 ⇒ a P.A. é constante.

Fórmula do Termo Geral


Em toda P.A., cada termo é o anterior somado com a razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1 + r
3° termo: a3 = a2 + r = a1 + r + r = a1 + 2r
4° termo: a4 = a3 + r = a1 + 2r + r = a1 + 3r
5° termo: a5 = a4 + r = a1 + 3r + r = a1 + 4r
6° termo: a6 = a5 + r = a1 + 4r + r = a1 + 5r
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
n° termo é:
𝐚𝐧 = 𝐚𝟏 + (𝐧 − 𝟏). 𝐫

. 18
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Fórmula da soma dos n primeiros termos

(𝐚𝟏 + 𝐚𝐧 ). 𝐧
𝐒𝐧 =
𝟐

Propriedades:
1- Numa P.A. a soma dos termos equidistantes dos extremos é igual à soma dos extremos.

Exemplo 1: (1, 3, 5, 7, 9, 11, ......)

Exemplo 2: (2, 8, 14, 20, 26, 32, 38, ......)

Como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (20) que é chamado de termo médio e é igual a metade da soma dos extremos. Porém,
só existe termos médios se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.A. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média aritmética dos
a
anterior com o posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = 3.
a1
Exemplo:

P.G. – PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Definição: é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo termo, é igual ao termo
anterior multiplicado por uma constante que é chamada de razão (q).
Como em qualquer sequência os termos são chamados de a1, a2, a3, a4, ......., an,...

Cálculo da razão: a razão de uma P.G. é dada pelo quociente de um termo qualquer pelo termo
imediatamente anterior a ele.
𝑎 𝑎 𝑎 𝑎
𝑞 = 𝑎2 = 𝑎3 = 𝑎4 = ⋯ … … … = 𝑎 𝑛
1 2 3 𝑛−1

Exemplos:
- (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 3 e razão q = 2
−9 −9 1
- (-36, -18, -9, 2 , 4 ,...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 36 e razão q = 2
5 5 1
- (15, 5, 3, 9,...) é uma PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q = 3
- (- 2, - 6, -18, - 54, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = - 2 e razão q = 3
- (1, - 3, 9, - 27, 81, - 243, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = - 3
- (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 5 e razão q = 1

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- (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 7 e razão q = 0
- (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a1 = 0 e razão q indeterminada

Classificação: uma P.G. é classificada de acordo com o primeiro termo e a razão.

1- Crescente: quando cada termo é maior que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando
a1 < 0 e 0 < q < 1.
2- Decrescente: quando cada termo é menor que o anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou
quando a1 < 0 e q > 1.
3- Alternante: quando cada termo apresenta sinal contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
4- Constante: quando todos os termos são iguais. Isto ocorre quando q = 1. Uma PG constante é
também uma PA de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG estacionária.
5- Singular: quando zero é um dos seus termos. Isto ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

Fórmula do termo geral

Em toda P.G. cada termo é o anterior multiplicado pela razão, então temos:
1° termo: a1
2° termo: a2 = a1.q
3° termo: a3 = a2.q = a1.q.q = a1q2
4° termo: a4 = a3.q = a1.q2.q = a1.q3
5° termo: a5 = a4.q = a1.q3.q = a1.q4
. . . . .
. . . . .
. . . . .

n° termo é:

an = a1.qn – 1

Soma dos n primeiros termos

𝐚𝟏 . (𝐪𝐧 − 𝟏)
𝐒𝐧 =
𝐪−𝟏

Soma dos infinitos termos (ou Limite da soma)


Vamos ver um exemplo:
1
Seja a P.G. (2, 1, ½, ¼, 1/8, 1/16, 1/32, …) de a1 = 2 e q = 2 se colocarmos na forma decimal, temos
(2; 1; 0,5; 0,25; 0,125; 0,0625; 0,03125; ….) se efetuarmos a somas destes termos:
2+1=3
3 + 0,5 = 3,5
3,5 + 0,25 = 3,75
3,75 + 0,125 = 3,875
3,875 + 0,0625 = 3,9375
3,9375 + 0,03125 = 3,96875
.
.
.
Como podemos observar o número somado vai ficando cada vez menor e a soma tende a um certo
limite. Então temos a seguinte fórmula:

𝐚𝟏
𝐒= → −𝟏 < 𝐪 < 𝟏
𝟏−𝐪

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2 2
Utilizando no exemplo acima: 𝑆 = 1 = 1 = 4, logo dizemos que esta P.G. tem um limite que tenda a
1−
2 2
4.

Produto da soma de n termos

|𝐏𝐧 | = √(𝐚𝟏 . 𝐚𝐧 )𝐧

Temos as seguintes regras para o produto, já que esta fórmula está em módulo:
1- O produto de n números positivos é sempre positivo.
2- No produto de n números negativos:
a) se n é par: o produto é positivo.
b) se n é ímpar: o produto é negativo.

Propriedades
1- Numa P.G., com n termos, o produto de dois termos equidistantes dos extremos é igual ao produto
destes extremos.

Exemplos 1: (3, 6, 12, 24, 48, 96, 192, 384, ...)

Exemplo 2: (1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, …)

- como podemos observar neste exemplo, temos um número ímpar de termos. Neste caso sobrou um
termo no meio (8) que é chamado de termo médio e é igual a raiz quadrada do produto dos extremos.
Porém, só existe termo médio se houver um número ímpar de termos.

2- Numa P.G. se tivermos três termos consecutivos, o termo médio é igual à média geométrica do
termo anterior com o termo posterior. Ou seja, (a1, a2, a3, ...) <==> a2 = √a3 . a1 .
Exemplo:

Questões

01. (Pref. Amparo/SP – Agente Escolar – CONRIO) Descubra o 99º termo da P.A. (45, 48, 51, ...)
(A) 339
(B) 337
(C) 333
(D) 331

02. (Câmara de São Paulo/SP – Técnico Administrativo – FCC) Uma sequência inicia-se com o
número 0,3. A partir do 2º termo, a regra de obtenção dos novos termos é o termo anterior menos 0,07.
Dessa maneira o número que corresponde à soma do 4º e do 7º termos dessa sequência é
(A) –6,7.
(B) 0,23.
(C) –3,1.
(D) –0,03.
(E) –0,23.

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03. Os termos da sequência (10; 8; 11; 9; 12; 10; 13; …) obedecem a uma lei de formação. Se an, em
que n pertence a N*, é o termo de ordem n dessa sequência, então a30 + a55 é igual a:
(A) 58
(B) 59
(C) 60
(D) 61
(E) 62

04. A soma dos elementos da sequência numérica infinita (3; 0,9; 0,09; 0,009; …) é:
(A) 3,1
(B) 3,9
(C) 3,99
(D) 3, 999
(E) 4

05. (EBSERH/ HUSM – UFSM/RS – Analista Administrativo – Administração – AOCP) Observe a


sequência:

1; 2; 4; 8;...

Qual é a soma do sexto termo com o oitavo termo?


(A) 192
(B) 184
(C) 160
(D) 128
(E) 64

06. (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN)


O primeiro e o terceiro termos de uma progressão geométrica crescente são, respectivamente, 4 e 100.
A soma do segundo e quarto termos dessa sequência é igual a
(A) 210.
(B) 250.
(C) 360.
(D) 480.
(E) 520.

07. (TRF 3ª – Analista Judiciário - Informática – FCC) Um tabuleiro de xadrez possui 64 casas. Se
fosse possível colocar 1 grão de arroz na primeira casa, 4 grãos na segunda, 16 grãos na terceira, 64
grãos na quarta, 256 na quinta, e assim sucessivamente, o total de grãos de arroz que deveria ser
colocado na 64ª casa desse tabuleiro seria igual a
(A) 264.
(B) 2126.
(C) 266.
(D) 2128.
(E) 2256.

08. (Polícia Militar/SP – Aluno – Oficial – VUNESP) Planejando uma operação de policiamento
ostensivo, um oficial desenhou em um mapa três círculos concêntricos de centro P, conforme mostrado
na figura.

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Sabe-se que as medidas dos raios r, r1 e r2 estão, nessa ordem, em progressão geométrica. Se r + r1
+ r2 = 52 cm, e r . r2 = 144 cm, então r + r2 é igual, em centímetros, a
(A) 36.
(B) 38.
(C) 39.
(D) 40.
(E) 42.

09. (EBSERH/HU-UFGD – Técnico em Informática – AOCP) Observe a sequência numérica a seguir:


11; 15; 19; 23;...
Qual é o sétimo termo desta sequência?
(A) 27.
(B) 31.
(C) 35.
(D) 37.
(E) 39

10. (METRÔ/SP – USINADOR FERRAMENTEIRO – FCC) O setor de almoxarifado do Metrô necessita


numerar peças de 1 até 100 com adesivos. Cada adesivo utilizado no processo tem um único algarismo
de 0 a 9. Por exemplo, para fazer a numeração da peça número 100 são gastos três adesivos (um
algarismo 1 e dois algarismos 0). Sendo assim, o total de algarismos 9 que serão usados no processo
completo de numeração das peças é igual a
(A) 20.
(B) 10.
(C) 19.
(D) 18.
(E) 9.

11. (MPE/AM – AGENTE DE APOIO- ADMINISTRATIVO – FCC) Considere a sequência numérica


formada pelos números inteiros positivos que são divisíveis por 4, cujos oito primeiros elementos são
dados a seguir. (4, 8, 12, 16, 20, 24, 28, 32,...)
O último algarismo do 234º elemento dessa sequência é
(A) 0
(B) 2
(C) 4
(D) 6
(E) 8

Respostas

01. Resposta: A.
r = 48 – 45 = 3
𝑎1 = 45
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎99 = 45 + 98 ∙ 3 = 339

02. Resposta: D.
𝑎𝑛 = 𝑎1 − (𝑛 − 1)𝑟
𝑎4 = 0,3 − 3.0,07 = 0,09
𝑎7 = 0,3 − 6.0,07 = −0,12
𝑆 = 𝑎4 + 𝑎7 = 0,09 − 0,12 = −0,03

03. Resposta: B.
Primeiro, observe que os termos ímpares da sequência é uma PA de razão 1 e primeiro termo 10 -
(10; 11; 12; 13; …). Da mesma forma os termos pares é uma PA de razão 1 e primeiro termo igual a 8 -
(8; 9; 10; 11; …).
Assim, as duas PA têm como termo geral o seguinte formato:
(1) ai = a1 + (i - 1).1 = a1 + i – 1

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Para determinar a30 + a55 precisamos estabelecer a regra geral de formação da sequência, que está
intrinsecamente relacionada às duas progressões da seguinte forma:
- Se n (índice da sucessão) é ímpar temos que n = 2i - 1, ou seja, i = (n + 1)/2;
- Se n é par temos n = 2i ou i = n/2.
Daqui e de (1) obtemos que:
an = 10 + [(n + 1)/2] - 1 se n é ímpar
an = 8 + (n/2) - 1 se n é par
Logo:
a30 = 8 + (30/2) - 1 = 8 + 15 - 1 = 22 e
a55 = 10 + [(55 + 1)/2] - 1 = 37
E, portanto:
a30 + a55 = 22 + 37 = 59.

04. Resposta: E.
Sejam S as somas dos elementos da sequência e S1 a soma da PG infinita (0,9; 0,09; 0,009; …) de
razão q = 0,09/0,9 = 0,1. Assim:
S = 3 + S1
Como -1 < q < 1 podemos aplicar a fórmula da soma de uma PG infinita para obter S1:
S1 = 0,9/(1 - 0,1) = 0,9/0,9 = 1 → S = 3 + 1 = 4

05. Resposta: C.
Esta sequência é do tipo 𝑎𝑛 = 2𝑛−1 .
Assim:
𝑎6 = 26−1 = 25 = 32
𝑎8 = 28−1 = 27 = 128
A soma fica: 32 + 128 = 160.

06. Resposta: E.
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1
𝑎3 = 𝑎1 ∙ 𝑞 2
100 = 4 ∙ 𝑞 2
𝑞 2 = 25
𝑞=5
𝑎2 = 𝑎1 ∙ 𝑞 = 4 ∙ 5 = 20
𝑎4 = 𝑎3 ∙ 𝑞 = 100 ∙ 5 = 500
𝑎2 + 𝑎4 = 20 + 500 = 520

07. Resposta: B.
Pelos valores apresentados, é uma PG de razão 4
A64 = ?
a1 = 1
q=4
n = 64
𝑎𝑛 = 𝑎1 ∙ 𝑞 𝑛−1

𝑎𝑛 = 1 ∙ 463 = (22 )63 = 2126

08. Resposta: D.
𝑟1 𝑟2
Se estão em Progressão Geométrica, então: 𝑟
= 𝑟1
, ou seja, 𝑟1 . 𝑟1 = 𝑟 . 𝑟2 .
Assim: 𝑟1 2 = 144
𝑟1 = √144 = 12 𝑐𝑚
Sabemos que r + r1 + r2 = 52. Assim:
𝑟 + 12 + 𝑟2 = 52
𝑟 + 𝑟2 = 52 − 12
𝑟 + 𝑟2 = 40

09. Resposta: C.
Trata-se de uma Progressão Aritmética, cuja fórmula do termo geral é

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𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1). 𝑟
𝑛 = 7; 𝑎1 = 11; 𝑟 = 15 − 11 = 4
Assim, 𝑎7 = 11 + (7 − 1). 4 = 11 + 6.4 = 11 + 24 = 35

10. Resposta: A.
99 = 9 + (𝑛 − 1)10
10𝑛 − 10 + 9 = 99
𝑛 = 10
Vamos tirar o 99 pra ser contato a parte: 10-1=9
99 = 90 + (𝑛 − 1)
𝑛 = 99 − 90 + 1 = 10
São 19 números que possuem o algarismo 9, mas o 99 possui 2
19+1=20

11. Resposta: D.
r=4
𝑎𝑛 = 𝑎1 + (𝑛 − 1)𝑟
𝑎234 = 4 + 233 ∙ 4 = 936
Portanto, o último algarismo é 6.

4. FUNÇÕES: funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras; funções pares, ímpares


e periódicas; funções composta e inversa. Funções logaritmo e exponencial:
definições e propriedades. Mudança de base. Característica e mantissa.
Equações e inequações logarítmicas e exponenciais.

RELAÇÃO

Plano Cartesiano Ortogonal de Coordenadas


Foi criado por René Descartes, ao qual consiste em dois eixos perpendiculares:
1 - Horizontal denominado eixo das abscissas e
2 - Vertical denominado eixo das ordenadas.

Tem como objetivo localizarmos pontos determinados em um determinado espaço. Além do mais, o
plano cartesiano foi dividido em quadrantes aos quais apresentam as seguintes propriedades em relação
ao par ordenado (x, y) ou (a, b).

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Par Ordenado
Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, na verdade, representando o mesmo
conjunto, sem nos preocuparmos com a ordem dos elementos. Porém, em alguns casos, é conveniente
distinguir a ordem destes elementos.
Para isso, usamos a ideia de par ordenado que é conjunto formado por dois elementos, onde o
primeiro é a ou x e o segundo é b ou y.

Exemplos:
1) (a,b) = (2,5) → a = 2 e b = 5.
2) (a + 1,6) = (5,2b) → a + 1 = 5 e 6 = 2b → a = 5 -1 e b = 6/2 → a = 4 e b = 3.

Gráfico cartesiano do par ordenado


Todo par ordenado de números reais pode ser representado por um ponto no plano cartesiano.

Temos que:
- P é o ponto de coordenadas a e b;
- o número a é chamado de abscissa de P;
- o número b é chamado ordenada de P;
- a origem do sistema é o ponto O (0,0).

Vejamos a representação dos pontos abaixo:

A (4,3)
B (1,2)
C (-2,4)
D (-3,-4)
E (3,-3)
F (-4,0)
G (0,-2)

Produto Cartesiano
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano A x B ao conjunto de todos os possíveis
pares ordenados, de tal maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º elemento pertença
ao 2º conjunto (B).

𝐀 𝐱 𝐁 = {(𝐱, 𝐲)|𝐱 ∈ 𝐀 𝐞 𝐲 ∈ 𝐁}

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto A e o conjunto A, podemos representar A
x A = A2. Vejamos, por meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto cartesiano.

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Exemplo
Sejam A = {2,3,4} e B = {3,5}. Podemos efetuar o produto cartesiano A x B, também chamado A
cartesiano B, e apresentá-lo de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, quando escrevemos todos os pares
ordenados que constituam o conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos:

A x B = {(2,3),(2,5),(3,3),(3,5),(4,3),(4,5)}

Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o produto B e A (B cartesiano A):


B x A = {(3,2),(3,3),(3,4),(5,2),(5,3),(5,4)}.

Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto cartesiano não tem o privilégio da propriedade
comutativa, ou seja, A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A quando A e B forem
conjuntos iguais.

Observação: Considerando que para cada elemento do conjunto A o número de pares ordenados
obtidos é igual ao número de elementos do conjunto B, teremos: n (A x B) = n(A) x n(B).
No nosso exemplo temos: n (A x B) = n (A) x n (B) = 3 x 2 = 6

b) Diagrama de flechas
Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama de flechas, quando representamos cada um
dos conjuntos no diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que partem do 1º elemento
do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto cartesiano A x B fica assim
representado no diagrama de flechas:

c) Plano cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano, quando representamos o 1º conjunto num
eixo horizontal, e o 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de pontos, marcamos os
elementos desses conjuntos. Em cada um dos pontos que representam os elementos passamos retas
(horizontais ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que estarão representando, no
plano cartesiano, cada um dos pares ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Noção de Relação
Dado os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, temos:
A x B = {(4,5), (4,6), (4,7), (4,8), (5,5), (5,6), (5,7), (5,8), (6,5), (6,6), (6,7), (6,8)}

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Destacando o conjunto A x B, por exemplo, o conjunto R formado pelos pares (x,y) que satisfaçam a
seguinte lei de formação: x + y = 10, ou seja:
R = {(x,y) ϵ A x B| x + y = 10}
Vamos montar uma tabela para facilitar os cálculos.

Destacamos os pares que satisfazem a lei de formação:


R = {(4,6), (5,5)}, podemos com isso observar que R ⊂ A x B.

Dados dois conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer subconjunto de A x B, isto é:

R é uma relação de A em B ↔ R ⊂ A x B
Noção de Função
Dados os conjuntos A = {4,5,6} e B = {5,6,7,8}, considerando o conjunto de pares (x,y), tais que x ϵ A
e y ϵ B.
Qualquer um desses conjuntos é chamado relação de A em B, mas se cada elemento dessa relação
associar cada elemento de A um único elemento de B, dizemos que ela é uma função de A em B.
Vale ressaltar que toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.

Analisemos através dos diagramas de Venn.

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Analisemos agora através dos gráficos:

Um jeito prático de descobrirmos se o gráfico apresentado é ou não função,


é traçarmos retas paralelas ao eixo do y e se verificarmos se no eixo do x
existem elementos com mais de uma correspondência, aí podemos dizer se é
ou não uma função, conforme os exemplos acima.

Elementos da função
Como já vimos nos conceitos acima, temos que dado dois conjuntos não vazios A e B chamamos de
função a relação que associa a cada elemento de x (ou a) de A um único elemento y (ou b) de B,
conhecida também como função de A em B.
Na figura abaixo está ilustrado os elementos de uma função.

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Pelo diagrama de Venn:

Representado no gráfico:

- Ao conjunto A dá-se o nome de domínio, ou conjunto partida, representado pela letra D.


Logo, D(f) = A.
- Ao conjunto B dá-se o nome de contradomínio, ou conjunto chegada, representado pelas letras CD
ou somente C. Logo, CD(f) = B ou C(f) = B.
- A cada elemento y de B que está associado a um x de A, denominamos imagem de x. Logo, y = f(x).
(Lê-se: y é igual a f de x).
- Ao conjunto dos elementos y de B, que são imagens dos elementos x de A dos elementos x de A,
dá-se o nome de conjunto imagem ou apenas imagem, representado por Im ou Im(f). Têm:-se que Im ⊂
B.

A notação para representar função é dada por:

Exemplo:
Dado A = {-2, -1, 0, 1, 2} vamos determinar o conjunto imagem da função f:A→ R, definida por f(x) =
x+3.
Vamos pegar cada elemento do conjunto A, aplicarmos a lei de associação e acharmos a imagem
deste conjunto.
F(-2) = -2 + 3 = 1
F(-1) = -1 + 3 = 2
F(0) = 0 + 3 = 3
F(1) = 1 + 3 = 4
F(2) = 2 + 3 = 5

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Domínio de uma função real de variável real
Para definirmos uma função precisamos conhecer dois conjuntos (não vazios) A e B e a lei que associa
cada elemento x de A um único elemento y de B. Para nosso caso vamos considerar A e B sendo
subconjuntos de R e diremos que f é uma função real de variável real.
O conjunto A, domínio da função f, será formado por todos os elementos do conjunto real de x, para
os quais as operações indicadas na lei de associação sejam possíveis em R.

Exemplos:
1) y = x2 + 3x
Vamos substituir x por qualquer número real obtermos para y um valor real. Logo D(f) = R.
1
2) 𝑦 =
𝑥
Neste caso como o nosso denominador não pode ser igual a zero, temos que D(f) = R*
𝒙
3) 𝒇(𝒙) = 𝒙−𝟐

Como sabemos que o denominador tem que ser diferente de zero, logo x – 2 ≠ 0  x ≠ 2.
D(f) = R – {2} ou D(f) = {x ϵ R| x ≠ 2}

FUNÇÃO DO 1º GRAU OU FUNÇÃO AFIM OU POLINOMIAL DO 1º GRAU

Recebe ou é conhecida por um desses nomes, sendo por definição: Toda função f: R → R, definida
por:

Com a ϵ R* e b ϵ R.

O domínio e o contradomínio é o conjunto dos números reais (R) e o conjunto imagem coincide com o
contradomínio, Im = R.
Quando b = 0, chamamos de função linear.

Gráfico de uma função


Dada a função y = 2x + 3 (a = 2 > 0). Vamos montar o gráfico dessa função.
Para montarmos o gráfico vamos atribuir valores a x para acharmos y.
x y (x,y)
0 y = 2 .0 + 3 = 3 (0,3)
-2 y = 2 . (-2) + 3 = - 4 + 3 = -1 (-2,-1)
-1 y = 2 .(-1) + 3 = -2 + 3 = 1 (-1,1)

Vamos construir o gráfico no plano cartesiano

Observe que a reta de


uma função afim é sempre
uma reta.
E como a > 0 ela é função
crescente, que veremos
mais à frente

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Vejamos outro exemplo: f(x) = –x + 1. Montando o gráfico temos:

Observe que a < 0,


logo é uma função
decrescente.

Tipos de Função

Função constante: é toda função definida f: R → R, para cada elemento de x, temos a mesma
imagem, ou seja, o mesmo f(x) = y. Podemos dizer que y = f(x) = k.

Observe os gráficos abaixo da função constante

A representação gráfica de uma função do constante, é uma reta paralela ao eixo das abscissas ou
sobre o eixo (igual ao eixo abscissas).

Função Identidade
Se a = 1 e b = 0, então y = x. Quando temos este caso chamamos a função de identidade, notamos
que os valores de x e y são iguais, quando a reta corta os quadrantes ímpares e y = - x, quando corta
os quadrantes pares.
A reta que representa a função identidade é denominada de bissetriz dos quadrantes ímpares:

E no caso abaixo a reta é a bissetriz dos quadrantes pares.

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Função Injetora: Quando para n elementos distintos do domínio apresentam imagens também
distintas no contradomínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando, uma reta horizontal, qualquer que seja
interceptar o gráfico da função, uma única vez.

Se traçarmos retas horizontais, paralelas ao


eixo x, notaremos que o mesmo cortará a reta
formada pela função em um único ponto (o
que representa uma imagem distinta), logo
concluímos que se trata de uma função injetora.

Função Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio forem imagens de pelo menos
um elemento do domínio.

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Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora quando, qualquer que seja a reta horizontal
que interceptar o eixo no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o gráfico da função.

Observe que todos os elementos do


contradomínio tem um correspondente
em x. Logo é sobrejetora.
Im(f) = B

Observe que nem todos os


elementos do contradomínio tem um
correspondente em x. Logo não é
sobrejetora.
Im(f) ≠ B

Função Bijetora: uma função é dita bijetora quando é injetora e sobrejetora ao mesmo tempo.

Exemplo:
A função f : [1; 3] → [3; 5], definida por f(x) = x + 2, é uma função bijetora.

Função Ímpar e Função Par


Dizemos que uma função é par quando para todo elemento x pertencente ao domínio temos 𝑓(𝑥) =
𝑓(−𝑥), ∀ 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓). Ou seja os valores simétricos devem possuir a mesma imagem. Par melhor
compreensão observe o diagrama abaixo:

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A função é dita ímpar quando para todo elemento x pertencente ao domínio, temos f(-x) = -f(x) ∀ x є
D(f). Ou seja os elementos simétricos do domínio terão imagens simétricas. Observe o diagrama abaixo:

Função crescente e decrescente


A função pode ser classificada de acordo com o valor do coeficiente a (coeficiente angular da reta),
se a > 0, a função é crescente, caso a < 0, a função é decrescente. A função é caracterizada por uma
reta.

Observe que medida que os


valores de x aumentam, os
valores de y ou f(x) também
aumentam.

Observe que medida que os


valores de x aumentam, os
valores de y ou f(x) diminuem.

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Através do gráfico da função notamos que:
-Para função é crescente o ângulo formado entre a reta da função e o eixo
x (horizontal) é agudo (< 90º) e
- Para função decrescente o ângulo formado é obtuso (> 90º).

Zero ou Raiz da Função


Chama-se zero ou raiz da função y = ax + b, o valor de x que anula a função, isto é, o valor de x para
que y ou f(x) seja igual à zero.

Para achar o zero da função y = ax + b, basta igualarmos y ou f(x) a valor de zero, então assim teremos
uma equação do 1º grau, ax + b = 0.

Exemplo:
Determinar o zero da função:
f(x) = x + 3
Igualamos f(x) = 0 → 0 = x + 3 → x = -3

Graficamente temos:

No plano cartesiano, o zero da função é representado pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo
x.
Observe que a reta f(x) = x+3 intercepta o eixo x no ponto (-3,0), ou seja, no ponto de abscissa -3,
que é o zero da função. Observamos que como a > 0, temos que a função é crescente.
Partindo equação ax + b = 0 podemos também escrever de forma simplificada uma outra maneira de
acharmos a raiz da função utilizando apenas os valores de a e b.

−𝒃
𝒂𝒙 + 𝒃 = 𝟎 → 𝒂𝒙 = −𝒃 → 𝒙 =
𝒂
Podemos expressar a fórmula acima graficamente:

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Estudo do sinal da função
Estudar o sinal da função y = ax + b é determinar os valores reais de x para que:
- A função se anule (y = 0);
- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Vejamos abaixo o estudo do sinal:

Exemplo:
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
1) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
4
x=
2
x=2
A função se anula para x = 2.

2) Quais valores de x tornam positiva a função?


y>0
2x – 4 > 0
2x > 4
4
x>
2
x>2
A função é positiva para todo x real maior que 2.

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3) Quais valores de x tornam negativa a função?
y<0
2x – 4 < 0
2x < 4
x<4
2
x<2
A função é negativa para todo x real menor que 2.

Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu gráfico:

- Para x = 2 temos y = 0;
- Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.

Referências
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática Volume 1 – Editora Moderna
FACCHINI, Walter – Matemática Volume Único – 1ª Edição - Editora Saraiva:1996

Questões

01. (MPE/SP – Geógrafo – VUNESP) O gráfico apresenta informações do lucro, em reais, sobre a
venda de uma quantidade, em centenas, de um produto em um hipermercado.

Sabendo-se que é constante a razão entre a variação do lucro e a variação da quantidade vendida e
que se pretende ter um lucro total não menor que R$ 90.500,00 em 10 dias de venda desse produto,
então a média diária de unidades que deverão ser vendidas, nesse período, deverá ser, no mínimo, de:
(A) 8 900.
(B) 8 950.
(C) 9 000.
(D) 9 050.
(E) 9 150.

02. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA) Em determinado estacionamento cobra-se


R$ 3,00 por hora que o veículo permanece estacionado. Além disso, uma taxa fixa de R$ 2,50 é somada

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à tarifa final. Seja t o número de horas que um veículo permanece estacionado e T a tarifa final, assinale
a seguir a equação que descreve, em reais, o valor de T:
(A) T = 3t
(B) T = 3t + 2,50
(C) T = 3t + 2.50t
(D) T = 3t + 7,50
(E) T = 7,50t + 3

03. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Dada a função f(x) = −4x +15 , sabendo que f(x) = 35, então
(A) x = 5.
(B) x = 6.
(C) x = -6.
(D) x = -5.

04. (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO) O gráfico abaixo apresenta o consumo


médio de oxigênio, em função do tempo, de um atleta de 70 kg ao praticar natação.

Considere que o consumo médio de oxigênio seja diretamente proporcional à massa do atleta.
Qual será, em litros, o consumo médio de oxigênio de um atleta de 80 kg, durante 10 minutos de prática
de natação?
(A) 50,0
(B) 52,5
(C) 55,0
(D) 57,5
(E) 60,0

05. (PETROBRAS – TÉCNICO AMBIENTAL JÚNIOR – CESGRANRIO)

de domínio real, então, m − p é igual a


(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 64
(E) 7

06. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN) A função inversa de uma função f(x) do 1º grau passa pelos pontos (2, 5) e (3, 0). A raiz
de f(x) é
(A) 2.
(B) 9.
(C) 12.
(D) 15.

. 39
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𝑥
07. (BRDE-RS - Adaptada) Numa firma, o custo para produzir x unidades de um produto é C(x) = +
2
2
10000, e o faturamento obtido com a comercialização dessas x unidades é f(x) = 𝑥. Para que a firma
3
não tenha prejuízo, o faturamento mínimo com a comercialização do produto deverá ser de:
(A) R$ 20.000,00
(B) R$ 33.000,00
(C) R$ 35.000,00
(D) R$ 38.000,00
(E) R$ 40.000,00

08. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN) Qual dos pares de pontos a seguir pertencem a uma função do 1º grau decrescente?
(A) Q(3, 3) e R(5, 5).
(B) N(0, –2) e P(2, 0).
(C) S(–1, 1) e T(1, –1).
(D) L(–2, –3) e M(2, 3).

09. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN) A reta que representa a função f(x) = ax + b intercepta o eixo y no ponto (0, 4) e passa
pelo ponto (–1, 3). A raiz dessa função é
(A) –4.
(B) –2.
(C) 1.
(D) 2.

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) O planeta
Terra já foi um planeta incandescente segundo estudos e está se resfriando com o passar dos anos, mas
seu núcleo ainda está incandescente.
Em certa região da terra onde se encontra uma mina de carvão mineral, foi constatado que, a cada 80
metros da superfície, a temperatura no interior da Terra aumenta 2 graus Celsius.
Se a temperatura ambiente na região da mina é de 23° Celsius, qual a temperatura no interior da mina
num ponto a 1200 metros da superfície?
(A) 15º C
(B) 38º C
(C) 53º C
(D) 30º C
(E) 61º C

Respostas

01. Resposta: E.
Pelo enunciado temos que, a razão constante entre variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade
(ΔQ) vendida:
∆𝐿 7000 − (−1000) 8000
𝑅= →𝑅= →𝑅= → 𝑅 = 100
∆𝑄 80 − 0 80

Como se pretende ter um lucro maior ou igual a R$ 90.500,00, logo o lucro final tem que ser pelo
menos 90.500,00
Então fazendo a variação do lucro para este valor temos:
ΔL = 90500 – (-1000) = 90500 + 1000 = 91500
Como é constante a razão entre a variação de lucro (ΔL) e variação de quantidade (ΔQ) vendida,
vamos usar o valor encontrado para acharmos a quantidade de peças que precisam ser produzidas:

∆𝐿 91500 91500
𝑅= → 100 = → 100∆𝑄 = 91500 → ∆𝑄 = → ∆𝑄 = 915
∆𝑄 ∆𝑄 100

Como são em 10 dias, termos 915 x 10 = 9150 peças que deverão ser vendidas, em 10 dias, para que
se obtenha como lucro pelo menos um lucro total não menor que R$ 90.500,00

. 40
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
02. Resposta: B.
Equacionando as informações temos: 3 deve ser multiplicado por t, pois depende da quantidade de
tempo, e acrescentado 2,50 fixo
T = 3t + 2,50

03. Resposta: D.
35 = - 4x + 15 → - 4x = 20 → x = - 5

04. Resposta: E.
A proporção de oxigênio/tempo:

10,5 21,0 𝑥
= =
2 4 10

4x = 210
x = 52,5 litros de oxigênio em 10 minutos para uma pessoa de 70 kg
52,5litros----70kg
x-------------80kg
x = 60 litros

05. Resposta: C.
Aplicando segundo as condições mencionadas:
x=1
f(1) = 2.1 - p
f(1) = m - 1
x=6
f(6) = 6m - 1
7.6+4 42+4
𝑓(6) = = = 23 ; igualando as duas equações:
2 2
23 = 6m - 1
m=4
Como queremos m – p , temos:
2 - p = m - 1 ; igualando as duas novamente.
2 – p = 4 – 1 → p = - 1 → m – p = 4 - (- 1) = 5

06. Resposta: D.
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (2, 5) e V (3, 0) na equação. Assim:
( T ) 5 = a.2 + b , ou seja, 2.a + b = 5 ( I )
( V ) 0 = a.3 + b , ou seja, 3.a + b = 0 , que fica b = – 3.a ( II )
Substituindo a equação ( II ) na equação ( I ), temos:
2.a + (– 3.a) = 5 → 2.a – 3.a = 5 → – a = 5 . (– 1) → a = – 5
Para calcular o valor de b, vamos substituir os valores de um dos pontos e o valor de a na equação.
Vamos pegar o ponto V (3, 0) para facilitar os cálculos:
y = a.x + b
0 = – 5.3 + b
b = 15
Portanto, a função fica: y = – 5.x + 15 .
Agora, precisamos calcular a função inversa: basta trocar x por y e vice-versa. Assim:
x = – 5.y + 15
5.y = – x +15
y = – x / 5 + 15/5
y = – x / 5 + 3 (função inversa)
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = – x / 5 + 3 → x / 5 = 3 → x = 3 . 5 → x = 15

07. Resposta: E.
𝑥
C(x) = 2 + 10000

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2
F(x) = 3 𝑥
F(x) ≥ C(x)
2 𝑥
3
𝑥 ≥ 2 + 10000

2 𝑥 4𝑥−3𝑥 4𝑥−3𝑥 10000


3
𝑥 − 2 ≥ 10000  6
≥ 10000  6
≥ 10000 x = 1  x ≥ 60000, como ele quer o menor
6
valor.

Substituindo no faturamento as 60000 unidades temos:


2
F(x) = 3 60000 = 40.000

Portanto o resultado final é de R$ 40.000,00.

08. Resposta: C.
Para pertencer a uma função polinomial do 1º grau decrescente, o primeiro ponto deve estar em uma
posição “mais alta” do que o 2º ponto.
Vamos analisar as alternativas:
( A ) os pontos Q e R estão no 1º quadrante, mas Q está em uma posição mais baixa que o ponto R,
e, assim, a função é crescente.
( B ) o ponto N está no eixo y abaixo do zero, e o ponto P está no eixo x à direita do zero, mas N está
em uma posição mais baixa que o ponto P, e, assim, a função é crescente.
( D ) o ponto L está no 3º quadrante e o ponto M está no 1º quadrante, e L está em uma posição mais
baixa do que o ponto M, sendo, assim, crescente.
( C ) o ponto S está no 2º quadrante e o ponto T está no 4º quadrante, e S está em uma posição mais
alta do que o ponto T, sendo, assim, decrescente.

09. Resposta: A.
Primeiramente, vamos calcular os valores de a e b:
Sabendo que f(x) = y , temos que y = ax + b.
* a: basta substituir os pontos T (0, 4) e V (–1, 3) na equação. Assim:
( T ) 4 = a.0 + b , ou seja, b = 4
( V ) 3 = a.( – 1) + b
a=4–3=1
Portanto, a função fica: y = x + 4
Por fim, a raiz é calculada fazendo y = 0. Assim:
0 = x + 4 , ou seja, x = – 4

10. Resposta: C.
Vamos utilizar a função T(h) = 23 + 2.h, onde T é a temperatura e h é a profundidade. Assim:
A temperatura aumenta: 1200 / 80 = 15 partes
Assim: 15 . 2 = 30º C
Assim: 23º C + 30º C = 53º C

FUNÇÃO COMPOSTA

Função composta pode ser entendida pela determinação de uma terceira função C, formada pela
junção das funções A e B. Matematicamente falando, temos que f: A → B e g: B → C, denomina a
formação da função composta de g com f, h: A → C. Dizemos função g composta com a função f,
representada por gof.

Exemplos
1) Dado uma função f(x) = x + 1 e g(x) = x2. Qual será o resultado final se tomarmos um x real e a ele
aplicarmos sucessivamente a lei de f e a lei de g?

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O resultado final é que x é levado a (x +1)2. Essa função h de R em R que leva x até (x+1)2 é chamada
de função composta.

2) Dada f (x) = 2x – 3 e f (g (x)) = 6x + 11, calcular g (x).


Como f(g(x) = 6x + 11, então 2g(x) – 3 = 6x + 11  2g(x) = 6x + 14  g(x) = 3x + 7

Na função composta você aplica as propriedades da primeira na segunda ou


vice-versa, ou até mesmo ambas juntas.
Se observamos o exemplo 1 vemos que somamos: +1, a segunda função,
como o exemplo pedia que fosse aplicada as propriedades da segunda, então
elevamos tudo ao quadrado.

Referências
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
http://www.brasilescola.com

Questões

01. (PREF. CARIACICA/ES – AGENTE TRÂNSITO – FAFIPA) Sejam f e g funções reais, tais que
f(x)= 2x + 3
g(x)= x3

Então f(g(2)) é igual a:


(A) 8
(B) 9
(C) 7
(D) 17
(E) 19

02. (SEDUC/RJ – Professor de Matemática – CEPERJ) O gráfico da função f, uma parábola cujo
vértice é o ponto (2, 3), é mostrado a seguir:

O gráfico que representa a função g, cuja lei de formação é g(x) = 2f(x–3) – 4, é:

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
03. (PREF. SÃO PAULO – PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO – MATEMÁTICA
– FCC) Sejam as funções f: R → R, definida por f(x) = ax + b, cujo gráfico é esboçado abaixo, e g: R →
R, definida por g(x) = 3x – 2.

O valor de f (g(–2)) é
(A) –12
(B) –10
(C) –8
(D) –6
(E) –5

04. (FEI-SP) Dadas as funções reais f(x) = 2x + 3 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 8x + 7, o valor de a + b


é:
(A) 13
(B) 12
(C) 15
(D) 6
(E) 5

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05. (MACK-SP) As funções f(x) = 3 – 4x e g(x) = 3x + m são tais que f(g(x)) = g(f(x)), qualquer que
seja x real. O valor de m é:
(A) 9/4
(B) 5/4
(C) – 6/5
(D) 9/5
(E) – 2/3

x2 −1
06. (PUC-PR) Considere f(x) = x−2
e g(x) = x – 1. Calcule f(g(x)) para x = 4:
(A) 6
(B) 8
(C) 2
(D) 1
(E) 4

07. (PREF. CARIACICA/ES – AGENTE ADMINISTRATIVO – FAFIPA) Sendo e Calcule f(x)=2x-10 e


g(x)=x2-100. Calcule x para que a igualdade (g(f(x)))=0 seja satisfeita:
(A) x=1 ou x=√10.
(B) x=0 ou x=5.
(C) x=0 ou x=10.
(D) x=1 ou x=10.
(E) x=0 ou x=√10.

08. (Acafe-SC) Dadas as funções f(x) = 2x – 6 e g(x) = ax + b, se f(g(x)) = 12x + 8, o valor de a + b é:


(A) 10
(B) 13
(C) 12
(D) 20

09. (CBTU/ METROREC – Técnico de Gestão – Administração – CONSUPLAN) Sejam f(x) e g(x)
funções do 1º grau representadas no gráfico a seguir. A raiz da função composta f(g(x)) é

(A) 3.
(B) 6.
(C) 9.
(D) 12.

10. (CBTU/RJ - Assistente Operacional - Condução de Veículos Metroferroviários –


CONSULPLAN) Sejam as funções f(x) = 2x – 4 e g(x) = x + 5. A raiz da função composta f(g(x)) é igual a
(A) –3.
(B) –1.
(C) 2.
(D) 4.

Respostas

01. Resposta: E.
G(2)=2³=8
F(8)=2.8+3=16+3=19

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02. Resposta: D.
Observando com atenção a função f(x), temos:
f (x) = (10x + 4) / (5x + 2)
f (x) = 2 [(5x + 2) / (5x + 2)]
f(x) = 2
Assim, g(f(x)) = 2² - 2(2) + 1 = 4 - 4 + 1 = 1 = h(x)
Logo o gráfico que representa a função h(x) é uma constante passando pelo ponto y = 1.

03. Resposta: E.
a=1/2
b=-1
f(x)=1/2 x-1
G(-2)=3(-2)-2=-8
F(-8)=-4-1=-5

04. Resposta: D.
Temos que f(x) = 2x + 3 e f(g(x)) = 8x + 7
Para calcular f(g(x)) temos que substituir g(x) no lugar de x na função f:
2.g(x) + 3 = 8x + 7 (agora isolamos g(x))
2.g(x) = 8x + 7 – 3
2.g(x) = 8x + 4 (dividindo por 2)
g(x) = 4x + 2, onde a = 4 e b = 2
a+b=4+2=6

05. Resposta: C.
Temos que substituir g(x) no lugar de x na função f e substituir f(x) no lugar de x na função g:
f(g(x)) = g(f(x))
3 – 4.g(x) = 3.f(x) + m
3 – 4.(3x + m) = 3.(3 – 4x) + m
3 – 12x – 4m = 9 – 12x + m
3 – 12x – 9 + 12x = m + 4m
- 6 = 5m
m = - 6/5

06. Resposta: B.
Calcular f(g(x)) para x = 4, temos f(g(4)):
então, calculamos primeiro g(4) = 4 – 1 = 3, substituindo:
32 −1 9−1
f(3) = 3−2
= 1
=8

07. Resposta: C.
G(f(x))=(2x-10)²-100=0
4x²-40x+100-100=0
4x²-40x=0
X²-10x=0
X(x-10)=0
X=0 ou x-10=0
X=10

08. Resposta: B.
f(g(x)) = 12x + 8
substituindo g(x) em f:
2.g(x) – 6 = 12 + 8
2.(ax + b) – 6 = 12x + 8
2ax + 2b – 6 = 12x + 8, dois polinômios são iguais quando tem os mesmos coeficientes. Então:
2a = 12 → a = 12/2 → a = 6
2b – 6 = 8 → 2b = 8 + 6 → b = 14/2 → b = 7
a + b = 6 + 7 = 13

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09. Resposta: C.
O gráfico representa as funções do 1º grau. Como sabemos que a fórmula geral da função é:
f(x) = ax + b, vamos descobrir os valores de a e b para que possamos montar a sentença matemática
que expresse a função f(x)
Analisando o gráfico de f(x), temos que b = 1 (onde x = 0 e y = 1) a = -b/x → a = ¼ e b = 1, montando
temos: f(x) = 1/4x + 1
Agora vamos equacionar g(x) , b = 2 e a = -2/3 → g(x) = -2/3x + 2
Fazendo f(gx) → ¼.(-2/3x + 2) + 1 → -2/12x + 2/4 + 1 → fazendo o mmc entre 4 e 12→
−2𝑥 + 3.2 + 12.1
= −2𝑥 + 6 + 12, 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑟𝑎í𝑧 𝑑𝑎 𝑓𝑢𝑛çã𝑜, 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑙𝑎𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝑧𝑒𝑟𝑜
12

-2x + 6 + 12 = 0 → -2x = -18 → x = 9


Logo a raiz da função composta é 9.

10. Resposta: A.
f(g(x)) = f (x + 5) = 2 . (x + 5) – 4 = 2.x + 10 – 4 = 2.x + 6
Por fim, a raiz é calculada fazendo f(g(x)) = 0. Assim:
0 = 2.x + 6
2.x = – 6
x=–6/2
x=–3

FUNÇÃO INVERSA

A inversa de uma função f, denotada por f-1, é a função que desfaz a operação executada pela função
f. Vejamos a figura abaixo:

Observe que:
1 - a função f "leva" o valor - 2 até o valor - 16, enquanto que a inversa f-1, "traz de volta" o valor - 16
até o valor - 2, desfazendo assim o efeito de f sobre - 2.
2 - outra maneira de entender essa ideia é: a função f associa o valor -16 ao valor -2, enquanto que a
inversa, f-1, associa o valor -2 ao valor -16.
3 - dada uma tabela de valores funcionais para f(x), podemos obter uma tabela para a inversa f -1,
invertendo as colunas x e y.
4 - se aplicarmos, em qualquer ordem, f e também f -1 a um número qualquer, obtemos esse número
de volta.

Definição:
Seja uma função bijetora com domínio A e imagem B. A função inversa f -1 é a função
, com domínio B e imagem A tal que:

f-1(f(a)) = a para a ∈ A e f(f-1(b)) = b para b∈ B

Assim, podemos definir a função inversa f-1 por: , para y em B.

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Exemplo
A ideia de trocar x por y para escrever a função inversa, nos fornece um método para obter o gráfico
de f-1 a partir do gráfico de f. Vejamos então como isso é possível...Levando em conta que:

Podemos concluir que:

Propriedade:
Os gráficos cartesianos de f e f -1 são simétricos em relação a bissetriz dos quadrantes 1 e 3 do plano
cartesiano.

Regra prática para determinar a inversa de uma função:


- primeiramente temos que toda função ( f(x), g(x), h(x), ....) representa o “y”.
Para determinar a inversa temos dois passos:

1° Passo: isolamos o x.
2° passo: trocamos x por y e y por x.

Exemplo: Determinar a inversa da função f(x) = 3x + 1, sabendo que é bijetora.

Então, temos que:


y = 3x + 1

1° passo:
y−1
y – 1 = 3x → x = 3 (isolamos o x)

2º passo:
x−1 𝑥−1
y = 3 (trocamos x por y e y por x), temos a inversa de f(x) → 𝑓 −1 (𝑥) = 3 .

Referências
IEZZI, Gelson - Fundamentos da Matemática Elementar – Vol. 01 – Conjuntos e Funções
http://www.calculo.iq.unesp.br

Questões

01. (PUC-SP) Estudando a viabilidade de uma campanha de vacinação, os técnicos da Secretaria de


Saúde de um município verificaram que o custo de vacinação de x por cento da população era de,
300𝑥
aproximadamente, 𝑦 = 400−𝑥 milhares de reais. Nessa expressão, escrevendo-se x em função de y,
obtém-se x igual a:
4
(A) 3
300𝑦
(B)
400−𝑦
300𝑦
(C) 400+𝑦
400𝑦
(D) 300−𝑦
400𝑦
(E)
300+𝑦

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02. (RECEITA FEDERAL – Auditor Fiscal da Receita Federal – ESAEF) Considere a função bijetora
f, de em é definida por em que é o conjunto de
números reais. Então os valores da função inversa de f, quando x = -8 e x = 8 são, respectivamente,
iguais a:
(A) -7 ; 3
(B) -7; -3
(C) 1/9; -1/63
(D) -1/9; -1/63
(E) -63; 9
Respostas

01. Resposta: E.
Basta isolar o x:
y 300x
= (multiplicando em cruz)
1 400 − x
300x = y(400 − x)
300x = 400y − xy
300x + xy = 400y (colocando − se o x em evidência)
x(300 + y) = 400y
400y
x=
300 + y

02. Resposta: A.
Vamos calcular as duas funções inversas

F(x) = (x² - 1)
Y= x² - 1
Y + 1 = x²
X = √𝑦 + 1
Y = √𝑥 + 1
f-1(x) = √𝑥 + 1

e a outra
f(x) = x – 1
y=x–1
y+1=x
x+1=y
f-1(x) = x + 1

para x = -8 < 0

f-1(x) = x + 1
f-1(-8) = -8 + 1 = -7

para x = 8 >0

f-1(x) = √𝑥 + 1
f-1(8) = √8 + 1 = √9 = 3

EQUAÇÃO EXPONENCIAL

Chama-se equação exponencial, toda equação onde a variável x se encontra no expoente.

Exemplos
3𝑥 = 1 ; 5.22𝑥+2 = 20

Para resolução precisamos encontrar os valores da variável que a torna uma sentença numérica
verdadeira. Vamos relembrar algumas das propriedades da potenciação para darmos continuidade:

. 49
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Vamos ver o passo a passo para resolução de uma equação exponencial:

Exemplos

1) 2x = 8
1º) Algumas equações podem ser transformadas em outras equivalentes, as quais possuem nos dois
membros potências de mesma base. Neste caso o 8 pode ser transformado em potência de base 2.
Fatorando o 8 obtemos 23 = 8
2º) Aplicando a propriedade da potenciação:  base iguais, igualamos os expoentes, logo
x=3

2) 2m . 24 = 210
2 m + 4 = 210  m + 4 = 10  m = 10 - 4  m = 6
S = {6}

3) 6 2m – 1 : 6 m – 3 = 64
6 (2m – 1 ) – (m – 3) = 64  2m – 1 – m + 3 = 4  2m – m = 4 + 1 – 3  m = 5 – 3  m = 2
S = {2}

4) 32x - 4.3x + 3 = 0.
A expressão dada pode ser escrita na forma:
(3x)2 – 4.3x + 3 = 0
Criamos argumentos para resolução da equação exponencial.
Fazendo 3x = y, temos:
y2 – 4y + 3 = 0 y = 1 ou y = 3 (Foi resolvida a equação do segundo grau)
Como 3x= y, então 3x = 1 = 0 ou
3x = 3 x = 1
S = {0,1}

Questões

01. (PM/SP – CABO – CETRO) O valor de x na equação é 5 ∙ 3𝑥+1 + 3𝑥−2 = 408 é


(A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.

02. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) É correto afirmar que a solução da equação exponencial
3 ∙ 9x − 4 ∙ 3x + 1 = 0 é
(A) S = {0, 1}.
(B) S = {-1, 0}.
(C) S = {-2, 1}.
(D) S = {1/3,1}

03. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –


EXÉRCITO BRASILEIRO) Se 5x+2=100, então 52x é igual a:

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(A) 4.
(B) 8.
(C) 10.
(D) 16.
(E) 100.

04. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS –MÚSICA– EXÉRCITO BRASILEIRO) O conjunto


solução da equação exponencial 4x-2x=56 é:
(A) {-7,8}
(B) {3,8}
(C) {3}
(D) {2,3}
(E) {8}

05. (BANESE – TÉCNICO BANCÁRIO I – FCC) Uma empresa utiliza a função y = (1,2)x − 1 para
estimar o volume de vendas de um produto em um determinado dia. A variável y representa o volume de
vendas em milhares de reais. A variável x é um número real e representa a quantidade de horas que a
empresa dedicou no dia para vender o produto (0 ≤ x ≤ 6). Em um dia em que o volume de vendas
estimado foi de R$ 500,00, o valor utilizado para x, em horas, é tal que
(A) 1 < x ≤ 2.
(B) 2 < x ≤ 3.
(C) 3 < x ≤ 4.
(D) 4 < x ≤ 5.
(E) 5 < x ≤ 6.

06. (PREF. ARARAQUARA/SP – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE


2
SANEAMENTO – CETRO) O conjunto solução da equação:(16𝑥−1 )𝑥+1 = 4𝑥 +𝑥+4 é
(A) S = {-2, 3}
(B) S = {-1, 4}
(C) S = {0, 6}
(D) S = {-4, 1}

07. (TJ/PR - Técnico Judiciário – TJ/PR) Após o processo de recuperação de uma reserva ambiental,
uma espécie de aves, que havia sido extinta nessa reserva, foi reintroduzida. Os biólogos responsáveis
por essa área estimam que o número P de aves dessa espécie, t anos após ser reintroduzida na reserva,
possa ser calculado pela expressão

300
𝑃=
7 + 8 × (0,5)𝑡
De acordo com essa estimativa, quantos anos serão necessários para dobrar a população inicialmente
reintroduzida?
(A) 2 anos.
(B) 4 anos.
(C) 8 anos.
(D) 16 anos.

08. (CREA/PR – ADMINISTRADOR – FUNDATEC) Se 5n + 5-n = 10, o valor de 25n + 25-n é


(A) 100.
(B) 98.
(C) 75.
(D) 50.
(E) 68.

09. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB) Sendo 23X+1 = 128 e y = 5 . x - 3, o valor de y² , é:


(A) 49
(B) 36
(C) 25
(D) 16
(E) 9

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Respostas

01. Resposta: C.
3𝑥+1 (5 + 3−3 ) = 408
1
3𝑥+1 (5 + 27) = 408
136
3𝑥+1 ( 27 ) = 408
27
3𝑥+1 = 408 ∙ 136
3𝑥+1 = 81
3𝑥 . 3 = 81
3𝑥 = 27
3 𝑥 = 33
𝑥=3

02. Resposta: B.
3. (3𝑥 )² − 4 ∙ 3𝑥 + 1 = 0
3𝑥 = 𝑦
3𝑦 2 − 4𝑦 + 1 = 0
∆= 16 − 12 = 4
(4 ± 2)
𝑦=
6
1
𝑦1 = 1 𝑦2 =
3
Voltando:
3𝑥 = 1
3 𝑥 = 30
𝑥=0
1
3𝑥 =
3
3𝑥 = 3−1
𝑥 = −1

03. Resposta: D.
5𝑥 ∙ 25 = 100
5𝑥 = 4
52𝑥 = (5𝑥 )2 = 42 = 16

04. Resposta: C.
Podemos simplificar 4x = 22x
Substituindo:
(2x)2 – 2x = 56
Fazendo 2x = y
y² - y – 56 = 0
∆ =(-1)² -4.1.(-56) = 1 + 224 = 225
1 ± 15
𝑦=
, 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 𝑦 = 8 𝑜𝑢 𝑦 = −7
2
O resultado y = -7 não convém, pois 2x é sempre positivo, assim:
2x = 8  2x = 2³  x = 3  S = {3}

05. Resposta: B.
0,5 = (1,2)x − 1
1,5 = 1,2x
1,2²=1,44
1,2³=1,728
Portanto, 2 < x ≤ 3.

06. Resposta: A.
2
(42𝑥−2 )𝑥+1 = 4𝑥 +𝑥+4

. 52
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(2x-2)(x+1)=x²+x+4
2x²+2x-2x-2=x²+x+4
x²-x-6=0
=1+24=25
1±5
𝑥= 2
1+5
𝑥1 = =3
2
1−5
𝑥2 = = −2
2

07. Resposta: B.
Vamos verificar quantos animais foram reintroduzidos inicialmente (t = 0):
300 300 300
𝑃= 0 = = = 20 (população inicial)
7+8×(0,5) 7+8 𝑋 1 15

População dobrada: 2 . 20 = 40
Assim:
300
40 = 7+8×(0,5)𝑡
40 . (7 + 8 . 0,5𝑡 ) = 300
300
7 + 8 . 0,5𝑡 = 40
8 . 0,5𝑡 = 7,5 − 7
0,5
0,5𝑡 = 8
0,5𝑡 = 0,0625 = 0,54
Excluindo as bases (0,5), temos que t = 4 anos.

08. Resposta: B.
Elevando ao quadrado:
(5𝑛 + 5−𝑛 )2 = 102
52𝑛 + 2.5𝑛 . 5−𝑛 + 5−2𝑛 = 100
5𝑛 . 5−𝑛 = 50 = 1
52𝑛 + 5−2𝑛 = 100 − 2
52𝑛 + 5−2𝑛 = 98
25 = 5²

09. Resposta: A.
128=27
23X+1 = 27
3X-1=7
X=2
Y=5.2-3=7
Y²=7²=49

INEQUAÇÃO EXPONENCIAL

Assim como as equações exponenciais, as inequações são aquelas cujo a variável se encontra no
expoente. São representadas por uma desigualdade > , < , ≤ ou ≥.

Exemplos

. 53
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Resolução de inequação exponencial
Resolver uma inequação exponencial é achar valores para variável que satisfaça a sentença
matemática.
Antes de resolver uma inequação exponencial, deve-se observar a situação das bases nos dois
membros, caso as bases sejam diferentes, reduza-as a uma mesma base e, em seguida, forme uma
inequação com os expoentes. Atente-se as regras dos sinais:

Caso a > 1, mantenha o sinal original.

Caso 0 < a < 1, inverta o sinal.

Exemplos:

A) 2x ≥ 128
Por fatoração, 128 = 27.
2x ≥ 27  como as bases são iguais e a > 1, basta formar uma inequação com os expoentes  x ≥ 7
S = {x ∈ R | x ≥ 7}

𝟏 𝒙 𝟏 𝟐
𝑩) ( ) < ( )
𝟑 𝟑

Como as bases são iguais então igualamos os expoentes: x < 2. E como as bases estão
compreendidas entre 0 e 1, inverte-se o sinal, logo: x > 2.
S = {x ϵ R | x > 2}

C) 4x + 4 > 5 . 2x
Perceba que, por fatoração, 4x = 22x e 22x é o mesmo que (2x)². Vamos reescrever a inequação, temos:
(2x)² + 4 > 5 . 2x
Chamando 2x de t, para facilitar a resolução, ficamos com:
t2 + 4 > 5t
t2 – 5t + 4 > 0, observe que caímos em uma equação do 2º grau, resolvendo a equação encontramos
as raízes da mesma t’ = 1 e t’’ = 4. Como a > 0, concavidade fica para cima; e isto também significa que
estamos procurando valores que tornem a inequação positiva, ficamos com:
t < 1 ou t > 4
Retornando a equação inicial:
t = 2x
2x < 1  x < 0  lembre-se que todo número elevado a 1 é igual ao próprio número, e que todo
número elevado a zero é igual a 1.
2x > 4  2x > 22  x > 2.
S = {x ∈ R | x < 0 ou x > 2}
Referências
colegioweb.com.br
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática – Volume 1
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único

Questões

01. A soma das raízes da equação 5x2– 2x+1 = 5625 é:


(A) -4
(B) -2
(C) -1
(D) 2
(E) 4

02. (PUC-SP) Na função exponencial


y = 2x2 – 4x , determine os valores reais de x para os quais 1<y<32.

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(A) S = { x ϵ R| 0<x<4}
(B) S = { x ϵ R| x < -2 e x > 4}
(C) S = { x ϵ R| x < 0 e x > 5}
(D) S = { x ϵ R| x < 8 e x > 4}
(E) S = { x ϵ R| x < 0 e x > 4}

Respostas

01. Resposta: D.
2 𝑏 −2
5𝑥 −2𝑥+1 = 54 → 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 4 → 𝑥 2 − 2𝑥 − 3 = 0 → 𝐴 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 é 𝑑𝑎𝑑𝑎 𝑝𝑜𝑟 − 𝑎 → − 1 = 2

02 . Resposta: E.
Devemos determinar esta inequação obtendo números em mesma base numérica.

Como agora temos somente números na base numérica 2, podemos escrever essa desigualdade em
relação aos expoentes.
0 < x2 – 4x < 5  Vamos fazer cada desigualdade separadamente:
0 < x2 – 4x  Devemos encontrar as raízes da equação do segundo grau x2-4x=0 e comparar o
intervalo de valores em relação à desigualdade.
x2 – 4x = 0  x’ = 0 e x’’ = 4
Devemos comparar a desigualdade em três intervalos, (o intervalo menor que o x’, o intervalo entre x’
e x’’ e o intervalo maior que x’’).
Para valores menores que x’’, teremos o seguinte:

Portanto, os valores menores que x = 0 satisfazem essa inequação. Vejamos valores entre 0 e 4.

Portanto, não é um intervalo válido. Agora os valores maiores que 4.

Portanto para a desigualdade 0 < x2 – 4x a solução é:


S = { x ϵ R| x < 0 e x > 4}

LOGARITMO

Sendo a um número real, positivo e diferente de 1 e N um número real positivo, chama-se logaritmo
de N na base a o número ao qual devemos elevar a base a para obtermos N.

Definição: log a N = x ⇔ ax = N, onde:


- N é chamado de logaritmando e N > 0.
- a é chamado de base e a > 0 e a ≠ 1.

Exemplo: log 8 64 = 2 ⇔ 82 = 64

Casos particulares:
1) log 𝑎 𝑎 = 1, pois a1 = a

2) log 𝑎 𝑎𝑛 = 𝑛, pois na = na

3) log 𝑎 1 = 0, pois a0 = 1

Propriedades dos logaritmos


I) Logaritmo do Produto: o logaritmo de um produto é igual à soma de logaritmos.

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Log 𝑎 𝑀. 𝑁 = log 𝑎 𝑀 + log 𝑎 𝑁

II) Logaritmo da Divisão: o logaritmo da divisão é igual à subtração de dois logaritmos.

𝑀
Log 𝑎 = log 𝑎 𝑀 − log 𝑎 𝑁
𝑁

III) Logaritmo da Potência: o expoente passa multiplicando.

Log 𝑎 𝑁 𝑚 = 𝑚. log 𝑎 𝑁

Mudança de Base
Em alguns casos é necessário efetuar uma mudança na base que foi dada, para isto temos a seguinte
fórmula:

log 𝑏 𝑁
log 𝑎 𝑁 =
log 𝑏 𝑎

Característica e Mantissa

Na introdução aos logaritmos aprendemos a calcular que logaritmo de 1000 na base 10 é igual a 3,
isto é o log 1000 = 3, isto porque 103 = 1000.
1000 é uma potência de 10 com expoente 3. Veja que o logaritmo de 1000 é o expoente da potência
de 10, então para um expoente N, o log 10N = N.
Vamos observar a tabela abaixo para alguns valores inteiros de N:
N log 10N = N
-5 log 10-5 = -5 10-5 = 0,00001
-4 log 10-4 = -4 10-4 = 0,0001
-3 log 10-3 = -3 10-3 = 0,001
-2 log 10-2 = -2 10-2 = 0,01
-1 log 10-1 = -1 10-1 = 0,1
0 log 100 = 0 100 = 1
1 log 101 = 1 101 = 10
2 log 102 = 2 102 = 100
3 log 103 = 3 103 = 1000
4 log 104 = 4 104 = 10000
5 log 105 = 5 105 = 100000
Note que nesta tabela só temos potências de dez com expoente inteiro, seja ele negativo, nulo ou
positivo.
Se dela tomarmos duas linhas adjacentes, as linhas com N = 2 e N = 3, por exemplo, vemos que
o log 100 = 2 e o log 1000 = 3. Isto quer dizer que o logaritmo de qualquer número real maior que 100 e
menor que 1000 é maior que 2 e menor que 3.
Ainda pela tabela, se considerarmos o log 0,00001 = -5 e o log 0,0001 = -4, de forma análoga temos
que o logaritmo de qualquer número real maior que 0,00001 e menor que 0,0001 é maior que -5 e menor
que -4.
Seguindo este raciocínio, então o logaritmo de 50 deve ser 1 vírgula alguma coisa, pois 50 está
entre 10 e 100, que têm o respectivo logaritmo: 1 e 2.
O logaritmo de 50, na base 10, é aproximadamente 1,698970.
De fato 1 < 1,698970 < 2 já que 101 < 50 < 102.

O log 50 é um número decimal que pode ser separado em duas partes. Uma parte inteira e outra
decimal.

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À parte inteira damos o nome de característica, à parte decimal denominamos mantissa.

Obtendo a Característica de um número real maior ou igual a um


A característica do logaritmo decimal de um número real maior ou igual a 1 é igual ao número de
algarismos da parte inteira subtraída de uma unidade.
Como vimos, o número 50 possui dois algarismos na parte inteira, por isto a sua característica é igual
a 1.
A característica do logaritmo decimal de 345,67 é igual a 2, pois na parte inteira este número
possui 3 algarismos.

Obtendo a Característica de um número real maior que zero e menor que um


Para obtermos a característica do logaritmo decimal de um número real maior que zero e menor que
um, contamos o número de zeros antes do primeiro algarismo diferente de zero. A característica é o valor
simétrico desta contagem, ou seja, é a contagem com o sinal de negativo, já que o logaritmo decimal de
um número menor que um e maior que zero é negativo.
Lembre-se que não existe logaritmo de número negativo.
Qual é a característica do log 0,000504?
Veja que o número 0,000504 possui um zero antes da vírgula e mais três depois dela e antes do
primeiro algarismo diferente de zero que é o 5. Por isto a característica do número 0,000504 é -4.

Logaritmo na Forma Mista ou Preparada


A mantissa aproximada do log 0,000504 é 702431, então podemos dizer que o log 0,000504 = -
4 + 0,702431, na forma mista.
Veja que na forma mista ou preparada, escrevemos a características e a mantissa como os termos
de uma adição. Nesta forma também podemos expressar assim o logaritmo de log 0,000504:

Note que realizamos um traço sobre a característica negativa, semelhante ao vinculum utilizado na
escrita de números romanos.

Logaritmo na Forma Negativa


Se você calcular o log 0,000504 em uma calculadora científica irá obter aproximadamente o seguinte
valor:

Note que ele difere do valor considerado anteriormente. Por quê?


Porque anteriormente o log 0,000504 estava representado na sua forma preparada e agora ele está
na sua forma negativa. Esta é a forma utilizada pelas calculadoras.

Convertendo Logaritmos na Forma Preparada para a Forma Negativa


Para conversão de em devemos tratar a característica e a mantissa
separadamente.
A característica passa para -3 simplesmente se somando 1 ao -4 da parte inteira:

Em relação à mantissa subtraímos de 1 o 0,702431 referente à parte decimal:

O logaritmo resultante na forma negativa será a subtração das novas partes obtidas:

Caso só tenhamos a característica, isto é, a mantissa seja zero, a conversão é mais simples. na
forma preparada é igual à na forma negativa.

Convertendo Logaritmos na Forma Negativa para a Forma Preparada


A conversão de em também é realizada se tratando a característica e a mantissa
separadamente.
Da parte inteira -3 subtraímos 1, que resulta em -4 e escrevemos a característica utilizando o traço
sobre este número sem o sinal de negativo:

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é a característica na forma mista.
A mantissa é obtida subtraindo de 1 a parte decimal:

O logaritmo resultante na forma preparada será a junção da característica com a mantissa ,


ou seja:

No caso de números inteiros o procedimento é simplificado. Se ao invés de , tivéssemos


apenas o inteiro , na forma preparada teríamos simplesmente .

Tábua de Logaritmos Decimais


Esta tabela possui uma precisão de seis casas decimais.
Nos casos em que a sétima casa decimal é igual ou superior a 5, a mantissa foi arredondada somando-
se 1 ao sexto algarismo.

N 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
10 000000 004321 008600 012837 017033 021189 025306 029384 033424 037426
11 041393 045323 049218 053078 056905 060698 064458 068186 071882 075547
12 079181 082785 086360 089905 093422 096910 100371 103804 107210 110590
13 113943 117271 120574 123852 127105 130334 133539 136721 139879 143015
14 146128 149219 152288 155336 158362 161368 164353 167317 170262 173186
15 176091 178977 181844 184691 187521 190332 193125 195900 198657 201397
16 204120 206826 209515 212188 214844 217484 220108 222716 225309 227887
17 230449 232996 235528 238046 240549 243038 245513 247973 250420 252853
18 255273 257679 260071 262451 264818 267172 269513 271842 274158 276462
19 278754 281033 283301 285557 287802 290035 292256 294466 296665 298853
20 301030 303196 305351 307496 309630 311754 313867 315970 318063 320146
21 322219 324282 326336 328380 330414 332438 334454 336460 338456 340444
22 342423 344392 346353 348305 350248 352183 354108 356026 357935 359835
23 361728 363612 365488 367356 369216 371068 372912 374748 376577 378398
24 380211 382017 383815 385606 387390 389166 390935 392697 394452 396199
25 397940 399674 401401 403121 404834 406540 408240 409933 411620 413300
26 414973 416641 418301 419956 421604 423246 424882 426511 428135 429752
27 431364 432969 434569 436163 437751 439333 440909 442480 444045 445604
28 447158 448706 450249 451786 453318 454845 456366 457882 459392 460898
29 462398 463893 465383 466868 468347 469822 471292 472756 474216 475671
30 477121 478566 480007 481443 482874 484300 485721 487138 488551 489958
31 491362 492760 494155 495544 496930 498311 499687 501059 502427 503791
32 505150 506505 507856 509203 510545 511883 513218 514548 515874 517196
33 518514 519828 521138 522444 523746 525045 526339 527630 528917 530200
34 531479 532754 534026 535294 536558 537819 539076 540329 541579 542825
35 544068 545307 546543 547775 549003 550228 551450 552668 553883 555094
36 556303 557507 558709 559907 561101 562293 563481 564666 565848 567026
37 568202 569374 570543 571709 572872 574031 575188 576341 577492 578639
38 579784 580925 582063 583199 584331 585461 586587 587711 588832 589950
39 591065 592177 593286 594393 595496 596597 597695 598791 599883 600973
40 602060 603144 604226 605305 606381 607455 608526 609594 610660 611723
41 612784 613842 614897 615950 617000 618048 619093 620136 621176 622214
42 623249 624282 625312 626340 627366 628389 629410 630428 631444 632457
43 633468 634477 635484 636488 637490 638489 639486 640481 641474 642465
44 643453 644439 645422 646404 647383 648360 649335 650308 651278 652246
45 653213 654177 655138 656098 657056 658011 658965 659916 660865 661813

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46 662758 663701 664642 665581 666518 667453 668386 669317 670246 671173
47 672098 673021 673942 674861 675778 676694 677607 678518 679428 680336
48 681241 682145 683047 683947 684845 685742 686636 687529 688420 689309
49 690196 691081 691965 692847 693727 694605 695482 696356 697229 698101
50 698970 699838 700704 701568 702431 703291 704151 705008 705864 706718

Questões

01. (CPTM - Médico do trabalho – Makiyama) Uma bactéria se espalhava no ambiente em que estava
seguindo uma função logarítmica 𝑓(𝑥) = log 2 𝑥, (x >1), em que x é o tempo medido em minutos e F(x) é
a área que possui a presença da bactéria em m². Após 32 minutos, a área ocupada será de:
(A) 1 m².
(B) 2 m².
(C) 3 m².
(D) 4 m².
(E) 5 m².

02. (BRB – Escriturário – CESPEUnB) Um estudo constatou que a população de uma comunidade é
expressa pela função P(t) = 5.000e0,18t, em que P(t) é a população t anos após a contagem inicial, que
ocorreu em determinado ano, e considerado t = 0. Com referência a esse estudo e considerando 1,2 e
1,8 como os valores aproximados para e0,18e ln 6, respectivamente, julgue o item a seguir. A população
será de 30.000 indivíduos 5 anos após a contagem inicial.
( )Certo ( )Errado

03. (BRB – Escriturário – CESPEUnB) Um estudo constatou que a população de uma comunidade é
expressa pela função P(t) = 5.000e0,18t, em que P(t) é a população t anos após a contagem inicial, que
ocorreu em determinado ano, e considerado t = 0. Com referência a esse estudo e considerando 1,2 e
1,8 como os valores aproximados para e0,18e ln 6, respectivamente, julgue o item a seguir.
Um ano após a contagem inicial, a população da comunidade aumentou em 20%.
( )Certo ( )Errado

04. (SAEB-BA – Professor – Matemática – CESPE)

A obra acima foi pintada por Pablo Picasso em um único dia do ano de 1932. Em 1951, a tela foi
adquirida por US$ 20 milhões e, em maio de 2010, foi vendida, em Nova Iorque, em um leilão que durou
apenas 9 minutos, por US$ 95 milhões, sem incluir as comissões.
A respeito dessa situação, considere que o investimento tenha evoluído a uma taxa de juros R,
compostos continuamente, de acordo com o modelo C (t) =C0eRt , em que C(t) é o valor da tela, em
milhões de dólares, t anos após 1951. Nesse caso, assumindo 1,56 como o valor aproximado de ln(4,75),
é correto afirmar que a taxa de juros de tal investimento foi
(A) superior a 5% e inferior a 10%.
(B) inferior a 5%.
(C) superior a 20%.
(D) superior a 10% e inferior a 20%.

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05. (CBM/ES – Oficial Bombeiro Militar Combatente – CESPE) A soma dos logaritmos na base 10
de 2 números é 6, e o dobro de um desses logaritmos é 4. Com relação a esses números, julgue o item
a seguir.
O produto desses números é igual a 1 milhão.
( )Certo ( )Errado

06. (CBM/ES - Oficial Bombeiro Militar Combatente – CESPE) A soma dos logaritmos na base 10
de 2 números é 6, e o dobro de um desses logaritmos é 4. Com relação a esses números, julgue o item
a seguir.
A soma desses números é igual a 2.000.
( )Certo ( )Errado

07. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais - Todas as Áreas – EB) Se 𝑓(𝑥) = log √5 𝑥 2 , com x
real e maior que zero, então o valor de f(f(5)) é:
2𝑙𝑜𝑔2
(A) 1+𝑙𝑜𝑔2

𝑙𝑜𝑔2
(B) 𝑙𝑜𝑔2+2

5𝑙𝑜𝑔2
(C)
𝑙𝑜𝑔2+1

8𝑙𝑜𝑔2
(D)
1−𝑙𝑜𝑔2

5𝑙𝑜𝑔2
(E) 1−𝑙𝑜𝑔2

08. (PREVIC – Técnico Administrativo – Básicos – CESPEUnB) Com o objetivo de despertar mais
interesse de seus alunos para a resolução das expressões algébricas que com frequência ocorrem nos
problemas, um professor de matemática propôs uma atividade em forma de desafio. Os estudantes
deveriam preencher retângulos dispostos em forma triangular de modo que cada retângulo fosse o
resultado da soma das expressões contidas nos dois retângulos imediatamente embaixo dele, exceto
para aqueles da base do triângulo. Portanto, na figura a seguir, D = A + B, E = B + C e F = D + E.

Com base nos dados acima, julgue o item que se segue.


Os estudantes que preencheram corretamente os retângulos em branco encontraram F = In (4x) + 4x
√x.
( )Certo ( )Errado

09. (Petrobras – Engenheiro de Petróleo Júnior – CESGRANRIO) Dado log3(2) = 0,63, tem-se que
log6(24) é igual a
(A) 1,89.
(B) 1,77.
(C) 1,63.
(D) 1,51.
(E) 1,43.

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10. (Pref. Chupinguaia/RO - Professor – Matemática – MSCONCURSOS)
O conjunto solução da equação log (x² - 8) = 0:
(A) ∅.
(B) {0}.
(C) {– 3, 3}.
(D) {– 9, 9}.

Respostas

01. Resposta: E.
Fazendo x = 32, temos:
𝐹(𝑥) = log 2 32 , fatorando o 32 temos 25. Então:
𝐹(𝑥) = log 2 25 , pela propriedade log 𝑎 𝑎𝑛 = 𝑛, temos que F(x) = 5 m2

02. Resposta: CERTO.


Pelo enunciado que saber o valor de t quando P(t) = 30.000:
P(t) = 30.000

5.000.𝑒 0,18𝑡 = 30.000


30.000
𝑒 0,18𝑡 = 5.000

𝑒 0,18𝑡 = 6 , colocando logaritmo (ln) nos dois membros:


ln 𝑒 0,18𝑡 = ln 6 , pela propriedade log 𝑏 𝑎𝑛 = 𝑛. log 𝑏 𝑎

0,18t = 1,8 → t = 1,8: 0,18 = 10

03. Resposta: CERTO.


Se após u 1 ano houve um aumento de 20% temos 100% + 20% = 120% = 120: 100 = 1,2. Fazendo t
= 1 nós teremos:
P(1) = 1.2.P(0)
5000 e0,18.1 = 5000 e0,18.0
e0,18 = 1,2.e0
1,2 = 1,2 – Certo

04. Resposta: B.
Do enunciado: preço em 2010 (final) 95 mi, preço em 1951 (inicial) 20 mi, tempo t = 2010 – 1951 = 59
anos e C(t) é preço final e C0 preço inicial.
C(t) = C0.eRt
95 = 20.eR.59
95 : 20 = e59R
4,75 = e59R , neste ponto para calcularmos o valor de R temos que utilizar logaritmo, já que temos a
seguinte propriedade log 𝑎 𝑁 𝑚 = 𝑚. log 𝑎 𝑁, então colocaremos logaritmo nos dois membros da equação.
E, pelo enunciado, usaremos ln (log. Neperiano de base e). Então:
ln4,75 = lne59R
1,56 = 59R
R = 1,56 : 59 = 0,02644 (x100) → R = 2,644%

05. Resposta: CERTO.


Sendo x e y os logaritmandos, temos:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6
2. log 𝑥 = 4
Para esta questão só precisamos para soma (1ª equação) e da propriedade que diz: a soma de dois
logaritmos é igual ao logaritmo do produto. Então:
log 𝑥 + log 𝑦 = 6 → log 𝑥𝑦 = 6 → como a base é 10 → 106 = x.y
x.y = 1.000.000

06. Resposta: ERRADO.


Sendo x e y os logaritmandos, temos:

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log 𝑥 + log 𝑦 = 6
2. log 𝑥 = 4
4
log 𝑥 = 2 → log 𝑥 = 2 → 102 = x → x = 100

Da questão anterior xy = 1.000.000, então:


100.y = 1.000.000 → y = 1.000.000 : 100 → y = 10.000
x + y = 100 + 10.000 = 10.100

07. Resposta: D.
f(x) = log √5 𝑥 2 calcular f(f(5)), primeiro vamos calcular f(5):
2
f(5) = log √5 52 = log 1 52 = 1 = 2.2 = 4
52 2
log𝑏 𝑁
f(f(5)) = f(4) = log √5 42 = 2. log √5 4, agora usamos a mudança de base log 𝑎 𝑁 = log𝑏 𝑎
, mudando para
base 10:
log 4 log 22 2.log 2 2.log 2 2
2. log √5 4 = 2. (log ) = 2. ( 1 ) = 2. ( 1 ) = 2. (1 10 ) → lembrando que 1 = 4:
√5 52 .log 5 .log
2 2 2 2

4.log 2 8.log 2
2. (log 10−log 2) = 1−log 2

08. Resposta: CERTO.


x
D = A + B → D = ln(2) + x√x + B
E=B+C
-x√x + 2.ln(2) = B – 5x√x + ln(2)
-x√x + 2.ln(2) + 5x√x - ln(2) = B
B = 4x√x + ln(2)
F = D +E
𝑥
𝐹 = 𝑙𝑛 ( ) + 𝑥 √𝑥 + 𝐵 − 𝑥√𝑥 + 2. ln(2) → 𝐹 = ln(𝑥) − ln(2) + 4𝑥√𝑥 + ln(2) + ln(22 )
2
F = 4x√x + ln(x) + ln(4)
F = ln(4x) + 4x√x

09. Resposta: B.
Sabemos que log 3 2 = 0,6. O log que foi dado está na base 3 e o que pede para calcular na base 6.
log 𝑁
Primeiro precisamos mudar de base e para isto temos a fórmula log 𝑎 𝑁 = 𝑏 .
log𝑏 𝑎
log3 24
log 6 24 = log3 6
=

log3 23 .3 log3 23 +log3 3


= log6 2.3
= log3 2+log3 3
=

3.log3 2+1 3.0,63+1 2,89


= 0,63+1
= 1,63
= 1,63 ≅ 1,77

10. Resposta: C.
Temos um logaritmo de base 10.
log10 (𝑥 2 − 8) = 0 , pela definição de logaritmo, temos:
100 = x2 – 8
1 = x2 – 8
1 + 8 = x2
x2 = 9 → x = ±√9 → x = 3 ou x = - 3.

EQUAÇÃO LOGARÍTMICA

Existem equações que não podem ser reduzidas a uma igualdade de mesma base pela simples
aplicação das propriedades das potências. A resolução de uma equação desse tipo baseia-se na
definição de logaritmo.

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𝒂𝒙 = 𝒃 → 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒃 , 𝒄𝒐𝒎 𝟎 < 𝒂 ≠ 𝟏 𝒆 𝒃 > 𝟎.

Existem quatro tipos de equações logarítmicas:

1º) Equações redutíveis a uma igualdade entre dois logaritmos de mesma base:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒈(𝒙)

A solução pode ser obtida impondo-se f(x) = g(x) > 0.

Exemplo
𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟐𝒙 + 𝟒 = 𝐥𝐨𝐠 𝟓 𝟑𝒙 + 𝟏
Temos que:
2x + 4 = 3x + 1
2x – 3x = 1 – 4
–x=–3
x=3
Portanto, S = {3}

2º) Equações redutíveis a uma igualdade entre dois logaritmos e um número real:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) = 𝒓

A solução pode ser obtida impondo-se f(x) = ar.

Exemplo
𝐥𝐨𝐠 𝟑 𝟓𝒙 + 𝟐 = 𝟑
Pela definição de logaritmo temos:
5x + 2 = 33
5x + 2 = 27
5x = 27 – 2
5x = 25
x=5
Portanto S = {5}.

3º) Equações que são resolvidas por meio de uma mudança de incógnita:

Exemplo
(𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙)𝟐 − 𝟑. 𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 = 𝟒
Vamos fazer a seguinte mudança de incógnita:
𝐥𝐨𝐠 𝟒 𝒙 = 𝒚

Substituindo na equação inicial, ficaremos com:

4º) Equações que envolvem utilização de propriedades ou de mudança de base:

Exemplo
𝐥𝐨𝐠(𝟐𝒙 + 𝟑) + 𝐥𝐨𝐠(𝒙 + 𝟐) = 𝟐 𝐥𝐨𝐠 𝒙

Usando as propriedades do logaritmo, podemos reescrever a equação acima da seguinte forma:


log[(2𝑥 + 3)(𝑥 + 2)] = log 𝑥 2

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Note que para isso utilizamos as seguintes propriedades:
log 𝑥. 𝑦 = log 𝑥 + log 𝑦
log 𝑥 𝑛 = 𝑛. log 𝑥
Vamos retornar à equação:

Como ficamos com uma igualdade entre dois logaritmos, segue que:
(2x +3)(x + 2) = x2
ou
2x2 + 4x + 3x + 6 = x2
2x2 – x2 + 7x + 6 = 0
x2 + 7x + 6 = 0

x = -1 ou x = - 6

Lembre-se que para o logaritmo existir o logaritmando e a base devem ser positivos. Com os valores
encontrados para x, o logaritmando ficará negativo. Sendo assim, a equação não tem solução ou S = ø.

Questões

01. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –


EXÉRCITO BRASILEIRO) O logaritmo de um produto de dois fatores é igual à soma dos logaritmos de
cada fator, mantendo-se a mesma base. Identifique a alternativa que representa a propriedade do
logaritmo anunciada.
(A) Logb(a.c )= logba + logbc
(B) Logb(a.c) = logb(a + c)
(C) Logb(a + c) = logba.logbc
(D) Logb(a + c) = logb(a.c)
(E) Loge(a.c) = logba + logfc

02. (FUSA/PR – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – UNIUV) Aplicando as propriedades de


logaritmo na equação log A - log B = 0, teremos:
(A) A . B = 0
(B) A . B > 0
(C) A = B
(D) A / B = 0
(E) A é o inverso de B

03. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS –MÚSICA – EXÉRCITO BRASILEIRO) Sabendo que
log P = 3loga - 4logb + 1/2logc, assinale a alternativa que representa o valor de P.
(dados: a = 4, b = 2 e c = 16)
(A) 12
(B) 52
(C) 16
(D) 24
(E) 73

04. (SESI/PA – NUTRICIONISTA – FIDESA) Para calcular o pH de um efluente, os técnicos do


1
departamento de controle ambiental utilizam a fórmula: 𝑝𝐻 = log (|𝐻 +|), onde |H+|é a concentração de
íons H+ nas amostras do efluente. Considerando que a concentração de íons é |H+|=5x10-5 e log 2 = 0,3,
o pH das amostras coletadas desse efluente é de:
(A) 3,6
(B) 4,3
(C) 6,4
(D) 7,2

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05. (LIQUIGÁS – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO) Qual é o produto das raízes da
equação [log(x)]² - log(x²) - 3 = 0 ?
(A) - 3.000
(B) - 3
(C) 0,001
(D) 100
(E) 1.000

Respostas

01. Resposta: A.
Logb(a.c )= logba + logbc

02. Resposta: C.
log(A/B)=0
Pela propriedade do log:
A/B=1
A=B

03. Resposta: C.
1
log P = log a3 − logb4 + logc 2
1
c2
3
log P = log (a . 4 )
b
43 √16
P= 24
= 16

04. Resposta: B.

1
pH = log ( )
|5x10−5 |

pH = log(0,2x105 )
pH = log 0,2 + log105

2
pH = log ( ) + 5log10
10

pH = log 2 − log 10 + 5log10


pH=0,3-1+5=4,3

05. Resposta: D.
[log(x)]²- 2logx - 3 = 0
Fazendo logx=y
y²-2y-3=0
=4+12=16

2±4
𝑦=
2
y1 = 3
y2 = −1

Substituindo:
Log x=3
X=10³=1000
Log x=-1
X=10-1=0,1
Produto das raízes: 10000,1=100

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INEQUAÇÃO LOGARÍTMICA

A forma de se resolver a inequação logarítmica é a mesma da equação, mas é preciso ter muito
cuidado quando a base for 0 < a < 1.
São dois tipos de inequação logarítmica.

1º) Inequações redutíveis a uma desigualdade entre logaritmos de mesma base:


𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒈(𝒙)

Neste caso há ainda dois casos a considerar

Exemplo
Log3 (2x+1)≤1
Condição de existência:

2x + 1 > 0 → 2x > – 1 → x > -1/2 (S1)

Veja que no 2º membro da desigualdade não temos um logaritmo. Porém, podemos escrever o número
1 em forma de logaritmo, dessa forma igualando as bases: 1=log3 31. A Base 3 foi escrita
intencionalmente, para se igualar a base do logaritmo escrito no 1º membro. Reescrevendo a inequação:

Log3 (2x+1)≤log3 31 → como a > 1 mantem-se a direção inicial do sinal.

2x + 1 ≤ 31 → 2x ≤ 3 – 1

2x ≤ 2 → x ≤ 1.

S = S1 ∩ S2 → a solução final é a interseção das soluções 1 e 2.

S = {x ∈ R | −12 < x ≤ 1}

2º) Inequações redutíveis a uma desigualdade entre um logaritmo e um número real:


𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝒓 𝒐𝒖 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝒓

Para resolver uma inequação desse tipo, basta substituir r por log 𝑎 𝑎𝑟 ; assim teremos:
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝒓 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒂𝒓
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝒓 𝒆𝒒𝒖𝒊𝒗𝒂𝒍𝒆 𝒂 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒇(𝒙) > 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒂𝒓

Exemplo
log1/2 (x−7)>log1/2(3x+1)
Condições de existência:
x – 7 > 0 → x > 7 (S1)
3x + 1 > 0 → 3x > – 1 → x > −13 (S2)

log1/2(x−7)>log1/2(3x+1) → como 0 < a <1 inverte-se a direção inicial do sinal.


x – 7 < 3x + 1 → x – 3x < 1 + 7
–2x < 8 → 2x > – 8 → x > – 4 (S3)
S = S1 ∩ S2 ∩ S3 → a solução final é a interseção das soluções 1, 2 e 3.

. 66
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
S = {x ∈ R | x > 7}
Referências
brasilescola.com
BIANCHINI, Edwaldo; PACCOLA, Herval – Matemática – Volume 1
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Ùnico

Questões

01. (SEE-AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Resolva a inequação abaixo

(A) ]1,5/4[
(B) ]1, 8[
(C) ]- ∞, 5/4[
(D)] -∞, 1[
(E) ]5/4,8[

02. (SEDUC/SP – Professor de Matemática – FGV) Considere a desigualdade:


log 2013 (log 2014 ( log 2015 𝑥)) > 0

o menor valor inteiro de x que satisfaz essa desigualdade é:


(A) 20132014 + 1
(B) 20142013 + 1
(C) 20142015 + 1
(D) 20152014 + 1
(E) 2016

Respostas

01. Resposta: A.
A condição de existência (C.E.).

C.E.: x - 1 > 0,
x>1

Obs.: a função é decrescente (0 < x < 1).

Assim, inverte-se o sinal.

log1/2 (x-1) > 2


log1/2 (x-1) > log1/2 (1/2)2
x – 1 < 1/4
x < 1 + 1/4
x < 5/4
S = {x E R / 1< x < 5/4}
]1, 5/4[

02. Resposta: D.
log 2013 (log 2014 ( log 2015 𝑥)) > 0
log 2013 (log 2014 ( log 2015 𝑥)) > log 2013 1
log 2014 (log 2015 𝑥) > 1
log 2014 (log 2015 𝑥) > log 2014 2014¹
log 2015 𝑥 > 2014
log 2015 𝑥 > log 2015 20152014
x > 20152014 , logo o menor inteiro será: x > 20152014 + 1.

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FUNÇÃO EXPONENCIAL

Definição
A função exponencial é a definida como sendo a inversa da função logarítmica natural, isto é:

Podemos concluir, então, que a função exponencial é definida por:

Gráficos da Função Exponencial

Propriedades da Função Exponencial


Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax

Estas relações também são válidas para exponenciais de base e (e = número de Euller = 2,718...)
- y = ex se, e somente se, x = ln(y)
- ln(ex) =x
- ex+y= ex.ey
- ex-y = ex/ey
- ex.k = (ex)k

A Constante de Euler
Existe uma importantíssima constante matemática definida por
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em função da definição da função exponencial, temos
que:
Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao matemático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um
dos primeiros a estudar as propriedades desse número.
O valor deste número expresso com 40 dígitos decimais, é:
e = 2,718281828459045235360287471352662497757
Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser escrita como a potência de base e com
expoente x, isto é:
ex = exp(x)

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Construção do Gráfico de uma Função Exponencial
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função 𝑦 = 2𝑥
Vamos atribuir valores a x, para que possamos traçar os pontos no gráfico.

X Y
-3 1
8
-2 1
4
-1 1
2
0 1
1 2
2 4
3 8

Questões

01. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) As funções
exponenciais são muito usadas para modelar o crescimento ou o decaimento populacional de uma
determinada região em um determinado período de tempo. A função 𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡 modela o
comportamento de uma determinada cidade quanto ao seu crescimento populacional em um determinado
período de tempo, em que P é a população em milhares de habitantes e t é o número de anos desde
1980.
Qual a taxa média de crescimento populacional anual dessa cidade?
(A) 1,023%
(B) 1,23%
(C) 2,3%
(D) 0,023%
(E) 0,23%

02. (Polícia Civil/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP) Uma população P cresce em função
do tempo t (em anos), segundo a sentença 𝑷 = 𝟐𝟎𝟎𝟎 . 𝟓𝟎,𝟏 .𝒕. Hoje, no instante t = 0, a população é de 2
000 indivíduos. A população será de 50 000 indivíduos daqui a
(A) 20 anos.
(B) 25 anos.
(C) 50 anos.
(D) 15 anos.
(E) 10 anos.

03. (IF/BA – Pedagogo – IF/BA) Em um período longo de seca, o valor médio de água presente em
um reservatório pode ser estimado de acordo com a função: Q(t) = 4000 . 2 -0,5 . t, onde t é medido em
meses e Q(t) em metros cúbicos. Para um valor de Q(t) = 500, pode-se dizer que o valor de t é:

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(A) 6 meses
(B) 8 meses
(C) 5 meses
(D) 10 meses
(E) 4 meses

04. (CBTU- Assistente Operacional – FUMARC) Uma substância se decompõe segundo a lei Q(t)
= K.2 – 0,5 t, sendo K uma constante, t é o tempo medido em minutos e Q(t) é a quantidade de
substância medida em gramas no instante t. O gráfico a seguir representa os dados desse processo
de decomposição. Baseando-se na lei e no gráfico de decomposição dessa substância,
é CORRETO afirmar que o valor da constante K e o valor de a (indicado no gráfico)
são, respectivamente, iguais a:

(A) 2048 e 4
(B) 1024 e 4
(C) 2048 e 2
(D) 1024 e 2
(E) 1024 e 8

Respostas

01. Resposta: C.
𝑃(𝑡) = 234 . (1,023)𝑡
Primeiramente, vamos calcular a população inicial, fazendo t = 0:
𝑃(0) = 234 . (1,023)0 = 234 . 1 = 234 mil
Agora, vamos calcular a população após 1 ano, fazendo t = 1:
𝑃(1) = 234 . (1,023)1 = 234 . 1,023 = 239,382
Por fim, vamos utilizar a Regra de Três Simples:
População %
234 --------------- 100
239,382 ------------ x
234.x = 239,382 . 100
x = 23938,2 / 234
x = 102,3%
102,3% = 100% (população já existente) + 2,3% (crescimento)

02. Resposta: A.
50000 = 2000 . 50,1 .𝑡
50000
50,1 .𝑡 = 2000
50,1 .𝑡 = 52
Vamos simplificar as bases (5), sobrando somente os expoentes. Assim:
0,1 . t = 2
t = 2 / 0,1
t = 20 anos

03. Resposta: A.
500 = 4000 * 2-0.5t

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500/4000 = 2 -0.5t
simplificando,
1/8 = 2 -0.5t
deixando o expoente positivo, invertemos a base:
1/8 = 1/2 0.5t
(½)3 = (½)0,5t
0,5t=3
t = 3/0,5 = 6.

04. Resposta: A.
Calcular o valor de K, ou seja, o valor inicial
Q(t) = K . 2-0,5t. Perceba que o K ocupa a posição referente à quantidade inicial, t=0. Q(t) = 2048
Assim, temos para o ponto (0, 2048), temos tempo zero e quantidade final 2048.

Calcular o valor de a, o seja, o tempo quando a quantidade final for 512.


Quantidade final = quantidade inicial x (crescimento)período
512 = 2048 x (2)-0,5t
512 = 2048 x (2)-0,5t
512/2048 = (2)-0,5t
¼ = (2)-0,5t
(1/2)2 = (1/2)0,5t
0,5t = 2
t = 2/0,5 = 4
Assim temos 2048 e 4.

FUNÇÃO LOGARÍTMICA

Toda equação que contém a incógnita na base ou no logaritmando de um logaritmo é denominada


equação logarítmica. Abaixo temos alguns exemplos de equações logarítmicas:
log2 𝑥 = 3
log𝑥 100 = 2
7log5 625𝑥 = 42
3log2𝑥 64 = 9
log−6−𝑥 2𝑥 = 1

Perceba que nestas equações a incógnita encontra-se ou no logaritmando, ou na base de um


logaritmo. Para solucionarmos equações logarítmicas recorremos a muitas das propriedades dos
logaritmos.

Solucionando Equações Logarítmicas


Vamos solucionar cada uma das equações acima, começando pela primeira:
log2 𝑥 = 3

Segundo a definição de logaritmo nós sabemos que:


3
log2 𝑥 = 3 ⟺ 2 = 𝑥

Logo x é igual a 8: 23 = x ⇒ x = 2.2.2 ⇒ x = 8

De acordo com a definição de logaritmo o logaritmando deve ser um número real positivo e já que 8
é um número real positivo, podemos aceitá-lo como solução da equação. A esta restrição damos o nome
de condição de existência.
log𝑥 100 = 2

Pela definição de logaritmo a base deve ser um número real e positivo além de ser diferente de 1.
Então a nossa condição de existência da equação acima é que: x ϵ R*+ - {1}

Em relação a esta segunda equação nós podemos escrever a seguinte sentença:


2
log𝑥 100 = 2 ⟺ 𝑥 = 100

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Que nos leva aos seguintes valores de x:
𝑥 = −10
𝑥 2 = 100 ⟹ 𝑥 = ±√100 ⟹ {
𝑥 = 10

Note que x = -10 não pode ser solução desta equação, pois este valor de x não satisfaz a condição de
existência, já que -10 é um número negativo.
Já no caso de x = 10 temos uma solução da equação, pois 10 é um valor que atribuído a x satisfaz a
condição de existência, visto que 10 é positivo e diferente de 1.

7log5 625𝑥 = 42

Neste caso temos a seguinte condição de existência:


0
625𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹𝑥>0
625
Voltando à equação temos:
42
7log5 625𝑥 = 42 ⟹ log5 625𝑥 = ⟹ log5 625𝑥 = 6
7

Aplicando a mesma propriedade que aplicamos nos casos anteriores e desenvolvendo os cálculos
temos: Como 25 satisfaz a condição de existência, então S = {25} é o conjunto solução da equação. Se
quisermos recorrer a outras propriedades dos logaritmos também podemos resolver este exercício assim:
⇒ log5 𝑥 = 2 ⟺ 52 = 𝑥 ⟺ 𝑥 = 25

Lembre-se que:
log𝑏 (𝑀. 𝑁) = log𝑏 𝑀 + log𝑏 𝑁 e que log5 625 = 4, pois 5 = 625.
4

3 log2𝑥 64 = 9

Neste caso a condição de existência em função da base do logaritmo é um pouco mais complexa:
1
2𝑥 > 0 ⟹ 𝑥 > ⟹ 𝑥 > 0
2

E, além disto, temos também a seguinte condição: 2x ≠ 1 ⇒ x ≠ 1/2

Portanto a condição de existência é: x ϵ R*+ - {1/2}

Agora podemos proceder de forma semelhante ao exemplo anterior: Como x = 2 satisfaz a condição
de existência da equação logarítmica, então 2 é solução da equação. Assim como no exercício anterior,
este também pode ser solucionado recorrendo-se à outra propriedade dos logaritmos:
log−6−𝑥 2𝑥 = 1

Neste caso vamos fazer um pouco diferente. Primeiro vamos solucionar a equação e depois vamos
verificar quais são as condições de existência: Então x = -2 é um valor candidato à solução da equação.
Vamos analisar as condições de existência da base -6 - x:
Veja que embora x ≠ -7, x não é menor que -6, portanto x = -2 não satisfaz a condição de existência e
não pode ser solução da equação. Embora não seja necessário, vamos analisar a condição de existência
do logaritmando 2x: 2x > 0 ⇒ x > 0

Como x = -2, então x também não satisfaz esta condição de existência, mas não é isto que eu quero
que você veja. O que eu quero que você perceba, é que enquanto uma condição diz que x < -6, a outra
diz que x > 0. Qual é o número real que além de ser menor que -6 é também maior que 0?
Como não existe um número real negativo, que sendo menor que -6, também seja positivo para que
seja maior que zero, então sem solucionarmos a equação nós podemos perceber que a mesma não
possui solução, já que nunca conseguiremos satisfazer as duas condições simultaneamente. O conjunto
solução da equação é portanto S = { }, já que não existe nenhuma solução real que satisfaça as condições
de existência da equação.

Função Logarítmica
A função logaritmo natural mais simples é a função y=f0(x)=lnx. Cada ponto do gráfico é da forma (x,
lnx) pois a ordenada é sempre igual ao logaritmo natural da abscissa.

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O domínio da função ln é R*+=]0,∞[ e a imagem é o conjunto R=]-∞,+∞[.
O eixo vertical é uma assíntota ao gráfico da função. De fato, o gráfico se aproxima cada vez mais da reta
x=0
O que queremos aqui é descobrir como é o gráfico de uma função logarítmica natural geral, quando
comparado ao gráfico de y=ln x, a partir das transformações sofridas por esta função. Consideremos uma
função logarítmica cuja expressão é dada por y=f 1(x)=ln x+k, onde k é uma constante real. A pergunta
natural a ser feita é: qual a ação da constante k no gráfico dessa nova função quando comparado ao
gráfico da função inicial y=f0(x)=ln x ?
Ainda podemos pensar numa função logarítmica que seja dada pela expressão y=f 2(x)=a.ln x onde a
é uma constante real, a 0. Observe que se a=0, a função obtida não será logarítmica, pois será a
constante real nula. Uma questão que ainda se coloca é a consideração de funções logarítmicas do tipo
y=f3(x)=ln(x+m), onde m é um número real não nulo. Se g(x)=3.ln(x-2) + 2/3, desenhe seu gráfico, fazendo
os gráficos intermediários, todos num mesmo par de eixos.
y=a.ln(x+m)+k

Conclusão: Podemos, portanto, considerar funções logarítmicas do tipo y = f 4(x) = a In (x + m) + k,


onde o coeficiente a não é zero, examinando as transformações do gráfico da função mais simples y = f 0
(x) = In x, quando fazemos, em primeiro lugar, y=ln(x+m); em seguida, y=a.ln(x+m) e, finalmente,
y=a.ln(x+m)+k.

Analisemos o que aconteceu:


- em primeiro lugar, y=ln(x+m) sofreu uma translação horizontal de -m unidades, pois x=-m exerce o
papel que x=0 exercia em y=ln x;
- a seguir, no gráfico de y=a.ln(x+m) ocorreu mudança de inclinação pois, em cada ponto, a ordenada
é igual àquela do ponto de mesma abscissa em y=ln(x+m) multiplicada pelo coeficiente a;
- por fim, o gráfico de y=a.ln(x+m)+k sofreu uma translação vertical de k unidades, pois, para cada
abscissa, as ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m)+k ficaram acrescidas de k, quando
comparadas às ordenadas dos pontos do gráfico de y=a.ln(x+m).

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia na resolução de equações ou inequações, pois
as operações algébricas a serem realizadas adquirem um significado que é visível nos gráficos das
funções esboçados no mesmo referencial cartesiano.

Função logarítmica de base a é toda função f:R*+ → R, definida por 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 com a ϵ R*+ e a ≠
1.
Podemos observar neste tipo de função que a variável independente x é um logaritmando, por isto a
denominamos função logarítmica. Observe que a base a é um valor real constante, não é uma variável,
mas sim um número real.
A função logarítmica de R*+ → R é inversa da função exponencial de R*+ → R e vice-versa, pois:
𝑥
log𝑏 𝑎 = 𝑥 ⟺ 𝑏 = 𝑎

Representação da Função Logarítmica no Plano Cartesiano


Podemos representar graficamente uma função logarítmica da mesma forma que fizemos com a
função exponencial, ou seja, escolhendo alguns valores para x e montando uma tabela com os
respectivos valores de f(x). Depois localizamos os pontos no plano cartesiano e traçamos a curva do
gráfico. Vamos representar graficamente a função 𝑓(𝑥) = log 𝑥 e como estamos trabalhando com um

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logaritmo de base 10, para simplificar os cálculos vamos escolher para x alguns valores que são potências
de 10:
0,001, 0,01, 0,1, 1, 10 e 2.

Temos então seguinte a tabela:

x y = log x
0,001 y = log 0,001 = -3
0,01 y = log 0,01 = -2
0,1 y = log 0,1 = -1
1 y = log 1 = 0
10 y = log 10 = 1

Ao lado temos o gráfico desta função logarítmica, no qual localizamos cada um dos pontos obtidos
da tabela e os interligamos através da curva da função: Veja que para valores de y < 0,01 os pontos estão
quase sobre o eixo das ordenadas, mas de fato nunca chegam a estar. Note também que neste tipo de
função uma grande variação no valor de x implica numa variação bem inferior no valor de y. Por exemplo,
se passarmos de x = 100 para x = 1000000, a variação de y será apenas de 2 para 6. Isto porque:

𝑓(100) = log 100 = 2


{
𝑓(1000000) = log 1000000 = 6

Função Crescente e Decrescente


Assim como no caso das funções exponenciais, as funções logarítmicas também podem ser
classificadas como função crescente ou função decrescente. Isto se dará em função da base a ser
maior ou menor que 1. Lembre-se que segundo a definição da função logarítmica f:R*+ → R, definida
por 𝑓(𝑥) = log𝑎 𝑥 , temos que a > 0 e a ≠ 1.

- Função Logarítmica Crescente

Se a > 1 temos uma função logarítmica crescente, qualquer que seja o valor real positivo de x. No
gráfico da função ao lado podemos observar que à medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y.

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Graficamente vemos que a curva da função é crescente. Também podemos observar através do gráfico,
que para dois valor de x (x1 e x2), que log𝑎 𝑥2 > log𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais
positivos, com a > 1.

- Função Logarítmica Decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função logarítmica decrescente em todo o domínio da função. Neste outro
gráfico podemos observar que à medida que x aumenta, y diminui. Graficamente observamos que a curva
da função é decrescente. No gráfico também observamos que para dois valores de x (x1 e x2), que
log 𝑎 𝑥2 < log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 > 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com 0 < a < 1. É importante
frisar que independentemente de a função ser crescente ou decrescente, o gráfico da função sempre
cruza o eixo das abscissas no ponto (1, 0), além de nunca cruzar o eixo das ordenadas e que o log 𝑎 𝑥2 =
log 𝑎 𝑥1 ⟺ 𝑥2 = 𝑥1 , isto para x1, x2 e a números reais positivos, com a ≠ 1.

Questões

01. (PETROBRAS-GEOFISICO JUNIOR – CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo na base


10 de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é:
(A) 2000
(B) 1000
(C) 500
(D) 100
(E) 10

02. (MF – Assistente Técnico Administrativo – ESAF) Sabendo-se que log x representa o logaritmo
de x na base 10, calcule o valor da expressão log 20 + log 5.
(A) 5
(B) 4
(C) 1
(D) 2
(E) 3

03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB) Assinale a alternativa correta,


considerando a função a seguir.

(A) O domínio da função é o conjunto dos números reais.


(B) O gráfico da função passa pelo ponto (0, 0).
(C) O gráfico da função tem como assíntota vertical a reta x = 2.
(D) Seu gráfico toca o eixo Y.
(E) Seu gráfico toca o eixo X em dois pontos distintos.

04. (PETROBRAS-ANALISTA DE COMERCIALIZAÇÃO E LOGÍSTICA JÚNIOR - TRANSPORTE


MARÍTIMO-CESGRANRIO) Ao resolver um exercício, um aluno encontrou as expressões 8p = 3 e 3q =
5. Quando perguntou ao professor se suas expressões estavam certas, o professor respondeu que sim e
disse ainda que a resposta à pergunta era dada por

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Se log x representa o logaritmo na base 10 de x, qual é a resposta correta, segundo o professor?
(A)log 8
(B)log 5
(C)log 3
(D)log 2
(E)log 0,125

05. ( TRT - 13ª REGIÃO (PB) -ANALISTA JUDICIÁRIO - ESTATÍSTICA-FCC) Com base em um
levantamento histórico e utilizando o método dos mínimos quadrados, uma empresa obteve a

equação para estimar a probabilidade (p) de ser realizada a venda de determinado


equipamento em função do tempo (t), em minutos, em que as propriedades do equipamento são
divulgadas na mídia. Considerando que ln (0,60) = - 0,51, tem-se que se as propriedades do equipamento
forem divulgadas por um tempo de 15 minutos na mídia, então a probabilidade do equipamento ser
vendido é, em %, de
Observação: ln é o logaritmo neperiano tal que ln(e) = 1.
(A)62,50
(B)80,25.
(C) 72,00.
(D)75,00.
(E)64,25.

06. (PETROBRAS-CONHECIMENTOS BÁSICOS - TODOS OS CARGOS DE NÍVEL MÉDIO-


CESGRANRIO) Quanto maior for a profundidade de um lago, menor será a luminosidade em seu fundo,
pois a luz que incide em sua superfície vai perdendo a intensidade em função da profundidade do mesmo.
Considere que, em determinado lago, a intensidade y da luz a x cm de profundidade seja dada pela função
y = i0 . ( 0,6 )x/88, onde i0 representa a intensidade da luz na sua superfície. No ponto mais profundo desse
lago, a intensidade da luz corresponde a i0/3
A profundidade desse lago, em cm, está entre.
Dados
log 2 = 0,30
log 3 = 0,48

(A)150 e 160
(B)160 e 170
(C) 170 e 180
(D)180 e 190
(E)190 e 200

07. (DNIT-ANALISTA EM INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES-ESAF) Suponha que um técnico


efetuou seis medições de uma variável V1, cujos dados são mostrados na tabela abaixo. Ao perceber
que os valores cresciam de forma exponencial, o técnico aplicou uma transformação matemática
(logaritmo na base 10) para ajustar os valores originais em um intervalo de valores menor. A referida
transformação logarítmica vai gerar novos valores cujo intervalo varia de:

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(A) 0 a 1.
(B)0 a 5.
(C)0 a 10.
(D)0 a 100.
(E)1 a 6.

08. (PETROBRAS-TÉCNICO DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO JÚNIOR-CESGRANRIO) Se y =


log81 (1⁄27) e x ∈ IR+ são tais que xy = 8, então x é igual a
(A)1⁄16
(B)1⁄2
(C)log38
(D) 2
(E)16

09. (PETROBRAS-GEOFÍSICO JUNIOR-GEOLOGIA-CESGRANRIO) Se log x representa o logaritmo


na base 10 de x, então o valor de n tal que log n = 3 - log 2 é
(A)2000
(B)1000
(C)500
(D)100
(E)10

10. (PETROBRAS-TODOS OS CARGOS-CESGRANRIO) Em calculadoras científicas, a


tecla log serve para calcular logaritmos de base 10. Por exemplo, se digitamos 100 e, em seguida,
apertamos a tecla log, o resultado obtido é 2. A tabela a seguir apresenta alguns resultados, com
aproximação de três casas decimais, obtidos por Pedro ao utilizar a tecla log de sua calculadora científica.

Utilizando-se os valores anotados por Pedro na tabela acima, a solução da equação log6+x=log28 é
(A)0,563
(B)0,669
(C)0,966
(D)1,623
(E)2,402

Respostas

01. Resposta: C.
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 * 1
onde 1 = log 10 então:
log (n * 2) = 3 * log 10
log(n*2) = log 10 ^3
2n = 10^3
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

02. Resposta: D.
E = log20 + log5
E = log(2 x 10) + log5
E = log2 + log10 + log5
E = log10 + log (2 x 5)

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E = log10 + log10
E = 2 log10
E=2

03. Resposta: C.
(x)=log2(x-2)
Verificamos a condição de existência, daí x-2>0
x>2
Logo a reta x=2 é uma assíntota vertical.

04. Resposta: B.
8p=3
23p=3
log23p=log3
3p=(log3/log2)
p=(log3/log2).1/3
3q=5
q.log3=log5
q=log5/log3
3.p.q= 3. (log3/log2).1/3.log5/log3 = log5/log2
3.p.q/(1+3.p.q)
log5/log2/(1+log5/log2)
(log5/log2)/( log2/log2+ log5/log2)
(log5/log2)/(log2+log5)/log2)
(log5/log2)/( log10)/log2)
(log5/ log10)=
log5

05. Resposta: A
Como sabemos que ln (0,60) = -0,51
então ln (1 / 0,60) = 0,51
Substituindo t = 15 minutos em 0,06 + 0,03*t, teremos 0,06 + 0,03*15 = 0,51
logo 1 / 0,60 = p / (1 - p)
1 - p = 0,60. p
p = 0,625

06. Resposta: E
onde y = i0 . 0,6 (x/88)
então:
i0/ 3 = i0.0,6 (x/88)
(i / 3) . (1/ i) = 0,6 (x/88)
1/3 = 0,6 (x/88)
log 1/3 = log 0,6 (x/88)
log 1 - log 3 = x/88 * log 6/10
0 - 0,48 = x/88 *. log 6/10
88 . (- 0,48) = X . [ log 6 - log 10 ]
6 = 3 . 2 ===> log 3 + log 2
como log10 na base 10 = 1.
- 42,24 = X . [ log 3 + log 2 - (1)]
- 42,24 = X . [ 0,48 + 0,30 - 1 ]
X = - 42,24 / - 0,22
X = (42,24 / 0,22) = 192
X = 192 cm

07. Resposta: B
A transformação logarítmica vai gerar novos valores, através dos seguintes cálculos:
medida 1 = log 1 = 0
medida 2 = log 10 = 1
medida 3 = log 100 = 2

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medida 4 = log 1000 = 3
medida 5 = log 10000 = 4
medida 6 = log 100000 = 5
logo os valores (1,10,100,1000,10000,100000) transformados em logaritmos reduziu o intervalo de
valores para (0,1,2,3,4,5), ou seja, 0-5.

08. Resposta: A.
y = log (81) (1/27)
y = -3log(81)(3)
y = -3. 1/4
y = -3/4
x(-3/4) = 8
Elevando os dois termos à quarta potência:
x-3 = 84
1/x3 = 84
Agora raiz cubica dos dois termos:
1/x = 8 4/3
Como 3√8=2
1/x = 24
1/x = 16
x = 1/16

09. Resposta: C.
De acordo com o enunciado:
log n = 3 - log 2
log n + log 2 = 3 . 1
, onde 1 = log 10
então:
log (n .2) = 3 . log 10
log(n.2) = log 10 3
2n = 103
2n = 1000
n = 1000 / 2
n = 500

10. Resposta: B.
Log 6 = Log (2. 3)
De acordo com uma das propriedades:
Log (A*B) = Log A + Log B
Então, Log (2*3) = Log 2 + Log 3.
Fatorando o número 28 temos que
28=2x2x7
Temos que:
Log 28 = Log (2x2x7)
ou seja,
Log 28 = Log 2+Log 2+ Log 7
Portanto:
Log 2+ Log 3 + X = Log 2 + Log 2 +Log 7
Cortando o Log 2 dos dois lados temos:
Log 3 + X = Log 2 + Log 7
Dados os valores da tabela, e substituindo-os, temos que:
0,477 + X = 0,301+0,845
X = 0,669

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5. POLINÔMIOS: conceito, grau e propriedades fundamentais; operações,
fatorações e produtos notáveis; raízes; teorema fundamental da álgebra.

POLINÔMIOS

Para polinômios podemos encontrar várias definições diferentes como:


Polinômio é uma expressão algébrica com todos os termos semelhantes reduzidos.
- 3xy é monômio, mas também considerado polinômio, assim podemos dividir os polinômios em
monômios (apenas um monômio), binômio (dois monômios) e trinômio (três monômios).
- 3x + 5 é um polinômio e uma expressão algébrica.

Como os monômios, os polinômios também possuem grau e é assim que eles são separados. Para
identificar o seu grau, basta observar o grau do maior monômio, esse será o grau do polinômio.
Com os polinômios podemos efetuar todas as operações: adição, subtração, divisão, multiplicação,
potenciação e radiciação.

Em resumo:
- Polinômio é uma expressão algébrica racional e inteira, por exemplo:
x2y
3x – 2y
x + y5 + ab

- Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas um termo, ou seja, que possui apenas coeficiente
e parte literal. Por exemplo:
a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
- 5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal

Operações com Polinômios

- Adição
O procedimento utilizado na adição e subtração de polinômios envolve técnicas de redução de termos
semelhantes, jogo de sinal, operações envolvendo sinais iguais e sinais diferentes.

Exemplos:
1 - Adicionar x2 – 3x – 1 com –3x2 + 8x – 6.
(x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) → eliminar o segundo parênteses através do jogo de sinal.
+ (– 3x2) = – 3x2
+ (+ 8x) = + 8x
+ (– 6) = – 6
x2 – 3x – 1 –3x2 + 8x – 6 → reduzir os termos semelhantes.
x2 – 3x2 – 3x + 8x – 1 – 6
– 2x2 + 5x – 7
Portanto: (x2 – 3x – 1) + (– 3x2 + 8x – 6) = – 2x2 + 5x – 7

2 - Adicionando 4x2 – 10x – 5 e 6x + 12, teremos:


(4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.
4x2 – 10x – 5 + 6x + 12 → reduzir os termos semelhantes.
4x2 – 10x + 6x – 5 + 12
4x2 – 4x + 7
Portanto: (4x2 – 10x – 5) + (6x + 12) = 4x2 – 4x + 7

- Subtração
Exemplos:
1 - Subtraindo – 3x2 + 10x – 6 de 5x2 – 9x – 8.
(5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) → eliminar os parênteses utilizando o jogo de sinal.

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– (– 3x2) = + 3x2
– (+ 10x) = – 10x
– (– 6) = + 6
5x2 – 9x – 8 + 3x2 –10x +6 → reduzir os termos semelhantes.
5x2 + 3x2 – 9x –10x – 8 + 6
8x2 – 19x – 2
Portanto: (5x2 – 9x – 8) – (– 3x2 + 10x – 6) = 8x2 – 19x – 2

2 - Se subtrairmos 2x³ – 5x² – x + 21 e 2x³ + x² – 2x + 5 teremos:


(2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) → eliminando os parênteses através do jogo de sinais.
2x³ – 5x² – x + 21 – 2x³ – x² + 2x – 5 → redução de termos semelhantes.
2x³ – 2x³ – 5x² – x² – x + 2x + 21 – 5
0x³ – 6x² + x + 16
– 6x² + x + 16
Portanto: (2x³ – 5x² – x + 21) – (2x³ + x² – 2x + 5) = – 6x² + x + 16

3 - Considerando os polinômios A = 6x³ + 5x² – 8x + 15, B = 2x³ – 6x² – 9x + 10 e C = x³ + 7x² + 9x +


20. Calcule:
a) A + B + C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) + (2x³ – 6x² – 9x + 10) + (x³ + 7x² + 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 + 2x³ – 6x² – 9x + 10 + x³ + 7x² + 9x + 20
6x³ + 2x³ + x³ + 5x² – 6x² + 7x² – 8x – 9x + 9x + 15 + 10 + 20
9x³ + 6x² – 8x + 45
A + B + C = 9x³ + 6x² – 8x + 45

b) A – B – C
(6x³ + 5x² – 8x + 15) – (2x³ – 6x² – 9x + 10) – (x³ + 7x² + 9x + 20)
6x³ + 5x² – 8x + 15 – 2x³ + 6x² + 9x – 10 – x³ – 7x² – 9x – 20
6x³ – 2x³ – x³ + 5x² + 6x² – 7x² – 8x + 9x – 9x + 15 – 10 – 20
6x³ – 3x³ + 11x² – 7x² – 17x + 9x + 15 – 30
3x³ + 4x² – 8x – 15
A – B – C = 3x³ + 4x² – 8x – 15

- Multiplicação
A multiplicação com polinômio (com dois ou mais monômios) pode ser realizada de três formas:
1) Multiplicação de monômio com polinômio.
2) Multiplicação de número natural com polinômio.
3) Multiplicação de polinômio com polinômio.

As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes propriedades:


- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am = a n + m
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que multiplicar parte literal com parte literal e
coeficiente com coeficiente.

1) Multiplicação de monômio com polinômio


- Se multiplicarmos 3x por (5x2 + 3x – 1), teremos:
3x.(5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva.
3x.5x2 + 3x.3x + 3x.(-1)
15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: 3x (5x2 + 3x – 1) = 15x3 + 9x2 – 3x

- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:


-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva.
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1)
- 10x3 + 2x2
Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2

2) Multiplicação de número natural


- Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:

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3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
6x2 + 3x + 15.
Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.

3) Multiplicação de polinômio com polinômio


- Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2)
(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva.
3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2
15x3 + 6x – 5x2 – 2
Portanto: (3x – 1) . (5x2 + 2) = 15x3 + 6x – 5x2 – 2

- Multiplicando (2x2 + x + 1) por (5x – 2), teremos:


(2x2 + x + 1) (5x – 2) → aplicar a propriedade distributiva.
2x2 . (5x) + 2x2 . (-2) + x . 5x + x . (-2) + 1 . 5x + 1 . (-2)
10x3 – 4x2 + 5x2 – 2x + 5x – 2
10x3+ x2 + 3x – 2
Portanto: (2x2 + x + 1) (5x – 2) = 10x3+ x2 + 3x – 2

- Divisão

1) Divisão de monômio por monômio


Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o divisor são monômios devemos seguir a regra:
dividimos coeficiente com coeficiente e parte literal com parte literal. Exemplos: 6x3 ÷ 3x = 6 . x3 = 2x2 3x2
2 4 2
−10 𝑥 2 𝑦 4
−10𝑥 𝑦 : 2𝑥𝑦 = = −5𝑥𝑦 2
2 𝑥 𝑦2

Observação: ao dividirmos as partes literais temos que estar atentos à propriedade que diz que base
igual na divisão, repete a base e subtrai os expoentes.
Depois de relembrar essas definições veja alguns exemplos de como resolver divisões de polinômio
por monômio.
Exemplo 1: (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monômios. Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um
monômio, irá dividir cada um deles, veja:
(10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2)

10𝑎3 𝑏3 8𝑎𝑏 2
+
2𝑎𝑏 2 2𝑎𝑏 2

Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em duas divisões de monômio por
monômio. Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal
por parte literal.
10𝑎3 𝑏3 8𝑎𝑏 2
+
⏟2𝑎𝑏 2 ⏟
2𝑎𝑏 2
5𝑎 2 𝑏 4

ou

Portanto, (10a3b3 + 8ab2) ÷ (2ab2) = 5a2b + 4

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Exemplo 2: (9x2y3 – 6x3y2 – xy) ÷ (3x2y)

O dividendo 9x2y3 – 6x3y2 – xy é formado por três monômios. Dessa forma, o divisor 3x2y, que é um
monômio irá dividir cada um deles, veja:
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦
2
− 2
− 2
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦

Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio em três divisões de monômio por monômio.
Portanto, para concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte literal por parte
literal.
9𝑥 2 𝑦 3 6𝑥 3 𝑦 2 𝑥𝑦 1
2
− 2
− 2 ⟶ 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥 𝑦 3𝑥

Portanto,
1 1𝑥 −1
(9𝑥 2 𝑦 3 − 6𝑥 3 𝑦 2 − 𝑥𝑦): (3𝑥 2 𝑦) = 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 − 𝑜𝑢 3𝑦 2 − 2𝑥𝑦 −
3𝑥 3

2) Divisão de Polinômio por polinômio


Sejam dois polinômios P(x) e D(x), com D(x) não nulo.
Efetuar a divisão de P por D é determinar dois polinômios Q(x) e R(x), que satisfaçam as duas
condições abaixo:

1ª) Q(x).D(x) + R(x) = P(x)


2ª) gr(R) < gr(D) ou R(x)=0

P( x) D( x )
R( x) Q( x)

Nessa divisão:
P(x) é o dividendo.
D(x) é o divisor.
Q(x) é o quociente.
R(x) é o resto da divisão.

Obs: Quando temos R(x) = 0 dizemos que a divisão é exata, ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou D(x)
é divisor de P(x).

Se D(x) é divisor de P(x)  R(x)=0

Exemplo:
Determinar o quociente de P(x) = x4 + x3 – 7x2 + 9x – 1 por D(x) = x2 + 3x – 2.
Resolução: Aplicando o método da chave, temos:

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Verificamos que:

x

4

x 3
- 2
7x 9x
- 1  (x 2  3x - 2) (x 2 - 2x  1)  (2x  1)
    
P(x) D(x) Q(x) R(x)

O dispositivo de Briot-Ruffini
Utiliza-se para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio da forma (ax + b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinômio P(x) = 3x3 – 5x2 + x – 2 por (x – 2).
Resolução:

Para resolvermos este problema, vamos seguir o passo a passo abaixo:


1) Vamos achar a raiz do divisor: x – 2 = 0 → x = 2;
2) Colocamos a raiz do divisor e os coeficientes do dividendo ordenadamente na parte de cima da reta,
como mostra a figura acima;
3) O primeiro coeficiente do dividendo é repetido abaixo;
4) Multiplicamos a raiz do divisor por esse coeficiente repetido abaixo e somamos o produto com o 2º
coeficiente do dividendo, colocando o resultado abaixo deste;
5) Multiplicamos a raiz do divisor pelo número colocado abaixo do 2º coeficiente e somamos o produto
com o 3º coeficiente, colocando o resultado abaixo deste, e assim sucessivamente;
6) Separamos o último número formado, que é igual ao resto da divisão, e os números que ficam à
esquerda deste serão os coeficientes do quociente.
Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau 1.
Resposta: Q(x) = 3x2 + x + 3 e R(x) = 4.

Máximo divisor comum de um polinômio


Um máximo divisor comum de um grupo de dois ou mais polinômios não nulos, de coeficientes
racionais, P1(x), P2(x), ... , Pm(x) é um polinômio de maior grau M(x) que divide todos os polinômios
P1(x), P2(x), ... , Pm(x) .

M(x) também deve só conter coeficientes racionais.

Saiba: P(x) = 2x3 + x – 1 é um polinômio de coeficientes racionais porque todos os coeficientes das
potências xn (n = 1, 2, 3, ...) e o termo independente são números racionais. O grau deste polinômio é 3.

Saiba:
P(x) = 140x5 + √2 x3 – x2 + 3 NÃO é um polinômio de coeficientes racionais porque há pelo menos
um coeficiente das potências xn (n = 1, 2, 3, ...) ou do termo independente que não é um número racional.
No caso, o coeficiente irracional (que é um número real não racional) é √2 da potência cúbica. Preste
atenção: P(x) não deixa de ser um polinômio! Apenas não é um polinômio racional.

Um polinômio D(x) divide um polinômio A(x) - não nulo - se existe um polinômio Q(x) tal que

A(x) ≡ Q(x)D(x)

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Por exemplo, D(x) = x + 2 divide A(x) = x3 + 2x2 – 9x – 18 pois existe um Q(x) = x2 – 9 tal que A(x) ≡
Q(x)D(x). Veja:

x3 + 2x2 – 9x – 18 ≡ (x + 2)(x2 – 9)

Denotamos D(x) | A(x) e lemos: D(x) divide A(x) ou A(x) é divisível por D(x). Q(x) é o quociente.

Procedimento
Obtendo um mdc usando FATORAÇÃO:
Obter a fatoração de P1, P2, etc... Isso quer dizer, decomponha P1, P2, etc... em fatores com menor
grau possível onde os fatores ainda sejam polinômios racionais.
1) Um mdc entre os polinômios é igual produto dos fatores comuns dos polinômios.
2) Caso não existam fatores comuns, o maior divisor comum é 1, logo o mdc(P1, P2, ...) = 1

Exemplos:
1) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (x2 – 1)
x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
x2– 1 = (x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e x2– 1.

2) Obter um mdc entre (x2 – 2x + 1) e (5x2 – 5)


x2– 2x + 1 = (x – 1)( x – 1)
5x2– 5 = 5(x – 1)(x + 1)
Um mdc é (x – 1) já que é fator comum entre os polinômios x2– 2x + 1 e 5x2– 5 .
Entretanto, em se tratando de polinômios, temos sempre a EXISTÊNCIA de mdc (entre polinômios não
nulos); e isso é garantido, uma vez que 1 divide qualquer polinômio. Mas não temos a unicidade de mdc
para polinômios.
Pela definição, para que um polinômio M(x) seja mdc entre A(x) e B(x) - não nulos - basta que M(x)
divida A(x) e B(x).

Perceba, por exemplo, que A(x) = x2 – 2x + 1 e B(x) = x2 – 1 são ambos divisíveis por x – 1,
2x – 2, 3x – 3, – 4x + 4, ... enfim! A(x) e B(x) são divisíveis por qualquer polinômio da forma
a(x – 1) onde a é uma constante não nula.

Pelo Teorema de D'Alembert, (x – 1) | A(x) assim como (x – 1) | B(x), pois A(1) = B(1) = 0.

Dica → O MDC entre polinômios não é único.


Mas se P é um mdc entre os polinômios considerados, todo mdc entre eles pode ser escrito como a·P
(a é uma constante não nula).
Não se esqueça que para ser mdc é OBRIGATÓRIO que ele seja o produto de TODOS os divisores
dos polinômios dados (desconsiderando as constantes multiplicativas). O grau do mdc é único.

Teorema do resto
O resto da divisão de um polinômio P(x) pelo binômio ax + b é igual ao valor numérico desse

polinômio para , ou seja, .

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Exemplo
Calcule o resto da divisão de P(x) = x² + 5x - 1 por B(x) = x + 1:
Resolução
Achamos a raiz do divisor:
x + 1= 0 x=-1
Pelo teorema do resto, sabemos que o resto é igual a P(-1):
P(-1) = (-1)² + 5.(-1) -1 P(- 1) = - 5 = r
Portanto, o resto da divisão de x² + 5x - 1 por x + 1 é - 5.

Note que P(x) é divisível por ax + b quando r = 0, ou seja, quando . Daí vem o
enunciado do seguinte teorema:

Teorema de D’Alembert
Um polinômio P(x) é divisível pelo binômio 1 se e somente

se .

O caso mais importante da divisão de um polinômio P(x) é aquele em que o divisor é da forma (x
- ).
Note que é a raiz do divisor. Então o resto da divisão de P(x) por (x – ) é:
r = P( )
Assim:
P(x) é divisível por (x – ) quando r = 0, ou seja,
quando P( ) = 0.

Exemplo
Determine o valor de p, para que o polinômio seja divisível por x – 2:
Resolução
Para que P(x) seja divisível por x – 2 devemos ter P(2) = 0, pois 2 é a raiz do divisor:

Assim, para que seja divisível por x – 2 devemos ter p = 19.

TEOREMA FUNDAMENTAL DA ÁLGEBRA

O Teorema fundamental da álgebra foi demonstrado satisfatoriamente pela primeira vez em 1798, na
tese de doutorado de Carl Friedrich Gauss (1777-1855), que na época tinha apenas 20 anos.

Definição: Toda equação polinomial de grau n, com n≥1, admite pelo menos uma raiz complexa.

Como consequência temos o Teorema da decomposição em fatores:

Uma equação polinomial de grau n tem raízes complexas (não necessariamente distintas).

Exemplo
Escreva o polinômio p(x) de raízes -1, 2+i e 2-i, tal que p(2)=9.

Pelo teorema da decomposição em fatores, o polinômio p(x) pode ser escrito como:

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P(x)=an.[x-(-1)].[x-(2+i)].[x-(2-i)]
= an.(x+1).(x-2-i).(x-2+i)
= an.(x+1).(x²-4x+5)
= an.(x³-3x²+x+5)
Como p(2)=9, segue que:
P(2) = 9 = an.(2³-32²+2+5)
= an.3 = 9
an = 3
Portanto p(x)=3(x³-3x²+x+5) = 3x³-9x²+3x+15

Questões

01. (Guarda Civil SP) O resto da divisão do polinômio x³ + 3x² – 5x + 1 por x – 2 é:


(A)1
(B)2
(C)10
(D)11
(E) 12

02. (Guarda Civil SP) Considere o polinômio


P(x) = 4x4 + 3x3 – 2x2 + x + k
Sabendo que P(1) = 2, então o valor de P(3) é:
(A) 386.
(B) 405.
(C) 324.
(D) 81.
(E) 368.

03. (UESP) Se o polinômio P(x) = x3 + mx2 - 1 é divisível por x2 + x - 1, então m é igual a:


(A)-3
(B)-2
(C)-1
(D)1
(E) 2

04. (UF/AL) Seja o polinômio do 3° grau p = ax³ + bx² + cx + d cujos coeficientes são todos positivos.
O n° real k é solução da equação p(x) = p(- x) se, e somente se, k é igual a:
(A) 0
(B) 0 ou 1
(C) - 1 ou 1
(D) ± √c/a
(E) 0 ou ± √-c/a

05 . (UFSM) Considere os polinômios, de coeficientes reais:


A(x)= x3 + ax2 + bx + c
B(x)= bx3 + 2x2 + cx +2
Teremos que A(k)=B(k), qualquer que seja o número real k, quando:
(A) a=c=2 e b=1
(B) b=c=1 e a=2
(C) a=b=c=1
(D) a=b=c=2
(E) nunca

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06. (FUVEST) Um polinômio P(x) = x3 + ax2 + bx + c, satisfaz as seguintes condições:
P(1) = 0; P(–x) + P(x) = 0, qualquer que seja x real. Qual o valor de P(2)?
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

07. (MACK)

Considerando as divisões de polinômios acima, podemos afirmar que o resto da divisão de P(x) por x2
– 8x + 12 é:
(A) 3x – 2
(B) x + 1
(C) 2x + 2
(D) 2x + 1
(E) x + 2

08. (FGV) Sabe-se que o polinômio f = x4 – x3 – 3x2 + x + 2 é divisível por x2 – 1. Um outro divisor de f
é o polinômio:
(A) x2 – 4
(B) x2 + 1
(C) (x + 1)2
(D) (x – 2)2
(E) (x – 1)2

09. (FGV) Um polinômio P (x) do 4o grau é divisível por (x – 3)3. Sendo P (0) = 27 e P (2) = –1, então
o valor de P (5) é:
(A) 48
(B) 32
(C) 27
(D) 16
(E) 12
𝑘
10. (MACK) Se P (x) = x3 – 8 x2 + kx – m é divisível por (x – 2) (x + 1) então , (m≠ 0), vale:
𝑚
(A) 2/5
(B) – 5/14
(C) 7/2
(D) 2/7
(E) 1/2

Respostas

01. Resposta: D.

02. Resposta: A.

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P(1) = 4.1 + 3.1 – 2.1 + 1 + k =2
P(1) = 4 + 3 – 2 + 1+ k = 2
10 + k = 2
k=2–6
k=–4
Substituindo k, e fazendo P(3), teremos:
P(3) = 4x4 + 3x³ + 2x² + x – 4
P(3) = 4.(3)4 + 3.(3)3 + 2.(3)2 + 3 -4
P(3) = 4.81 + 3.27 – 2.9 + 3 – 4
P(3) = 324 + 81 – 18 + 3 – 4
P(3) = 386

03. Resposta: E.

o resto deve ser igual a zero, assim teremos que


m-2=0
m=2

04. Resposta: E.
p(x) = p(- x)
ax³ + bx² + cx + d = - ax³ + bx² - cx + d
2ax³ + 2cx = 0
2(ax³ + cx) = 0
ax³+cx=0
Como k é solução da equação ax³ + cx = 0, teremos
p(k) = ak³ + ck = 0
ak³ + ck = 0
k(ak² + c) = 0
k = 0 ou
ak² + c = 0
k² = - c/a
k = ± √−𝑐/𝑎

05. Resposta: E.
A(x) = B(x)  x3 + ax2 + bx + c = bx3 + 2x2 + cx + 2  x3 +ax2 + bx +c - bx3 - 2x2 – cx - 2 = 0
x3 (1 - b) + x2(a - 2) + x(b - c) + c – 2 = 0, daí tiramos:
b = 1 ; a = 2 ; b = c ; c = 2 , b = 2 , então se b = 1 e b = 2 , b não pode ter dois valores, logo não existe
resposta correta.

06. Resposta: E.
P(x) = x3 + ax2 + bx + c
P(1) = 13+ a12 + b1 + c  a + b + c = - 1
P(- x) + P(x) = - x3 + ax2 – bx + c + x3 + ax2 + bx + c  2ax2 + 2c = 0  ax2 + c = 0  a = 0 ; c = 0
Substituindo em a + b + c = - 1, b = - 1
P(2) = 23 - 1.2 = 8 - 2 = 6

07. Resposta: E.
P(x) = Q(x) (x – 2) + 4; Q(x) = Q1 (x) (x – 6) + 1
P(x) = (Q1 (x) (x – 6) + 1) (x – 2) + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + x – 2 + 4
P(x) = Q1 (x) (x2 – 8x + 12) + (x + 2)
R(x) = x + 2

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08. Resposta: C.

09. Resposta: E.
P(x) = (x – 3)3 . Q(x) + R(x)
P(0) = – 27 . Q(0) = 27 ⟹ Q(0) = – 1
P(2) = – 1 . Q(2) = – 1 ⇒ Q(2) = 1
P(5) = ?
Q(x) = ax + b
Q(0) = b = – 1
Q(2) = 2a – 1 = 1  a = 1  Q(x) = x – 1
P(5) = (5 – 3)3 . Q(5)  P(5) = 8 . (5 – 1) = 32

10. Resposta: B.
Resolução:

FATORAÇÃO

Fatorar é transformar em produto.


O que nos permite a simplificação de expressões algébricas na resolução de vários problemas
cotidianos.

Fatorar uma expressão algébrica é modificar sua forma de soma algébrica para produto; fatorar uma
expressão é obter outra expressão que:

- Seja equivalente à expressão dada;


- Esteja na forma de produto. Na maioria dos casos, o resultado de uma fatoração é um produto
notável.

Há diversas técnicas de fatoração, supondo a, b, x e y expressões não fatoráveis.

Fator Comum
Devemos reconhecer o fator comum, seja ele numérico, literal ou misto; em seguida colocamos em
evidência esse fator comum, simplificamos a expressão deixando em parênteses a soma algébrica.
Observe os exemplos abaixo:

ax + ay = a (x + y)
12x2y + 4 xy3 = 4xy (3x + y2)

Agrupamento
Devemos dispor os termos do polinômio de modo que formem dois ou mais grupos entre os quais haja
um fator comum, em seguida, colocar o fator comum em evidência. Observe:

ax + ay + bx + by =
= a (x + y) +b (x + y) =
= (a + b) (x + y) =

Diferença de Dois Quadrados

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Utilizamos a fatoração pelo método de diferença de dois quadrados sempre que dispusermos da
diferença entre dois monômios cujas partes literais tenham expoentes pares. A fatoração algébrica de
tais expressões é obtida com os seguintes passos:

- Extraímos as raízes quadradas dos fatores numéricos de cada monômio;


- Dividimos por dois os expoentes das literais;
- Escrevemos a expressão como produto da soma pela diferença dos novos monômios assim obtidos.

Por exemplo, a expressão a2 – b2 seria fatorada da seguinte forma:


√𝑎2 – √𝑏 2 → (a + b).(a – b)

Trinômio Quadrado Perfeito ou Quadrado Perfeito


Uma expressão algébrica pode ser identificada como trinômio quadrado perfeito sempre que resultar
do quadrado da soma ou diferença entre dois monômios.
Por exemplo, o trinômio x4 + 4x2 + 4 é quadrado perfeito, uma vez que corresponde a (x2 + 2)2.
São, portanto, trinômios quadrados perfeitos todas as expressões da forma a2 ± 2ab + b2, fatoráveis
nas formas seguintes:

a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
a2 - 2ab + b2 = (a - b)2

Trinômio Quadrado da Forma ax2 + bx + c


Supondo sejam x1 e x2 as raízes reais do trinômio, ax2 + bx + c (a ≠ 0), dizemos que:
ax2 + bx + c = a (x – x1)(x – x2)
Lembre-se de que as raízes de uma equação de segundo grau podem ser calculadas através da
−𝑏 ± √∆
fórmula de Bháskara: ( 𝑥 = , onde ∆ = b2 – 4ac)
2𝑎

Soma e Diferença de Cubos


Se efetuarmos o produto do binômio a + b pelo trinômio a² – ab + b², obtemos o seguinte
desenvolvimento:
(a + b) (a2 – ab + b2) = a3 – a2b + ab2 + a2b – ab2 + b3
(a + b)(a2 - ab + b2) = a3 + b3
Analogamente, se calcularmos o produto de a – b por a2 + ab + b2, obtemos a3 – b3.
O que acabamos de desenvolver foram produtos notáveis que nos permitem concluir que, para
fatorarmos uma soma ou diferença de cubos, basta-nos inverter o processo anteriormente demonstrado.
a3 + b3 = (a + b)(a2 - ab + b2)
a3 - b3 = (a - b)(a2 + ab + b2)

Cubo Perfeito
Dado pela fatoração abaixo:
(a + b)3 = a3 + 3a2b +3ab2 + b3
(a - b)3 = a3 - 3a2b +3ab2 - b3

Não podemos confundir o cubo da soma (a + b)3, com a soma de cubos a3 + b3.
Não podemos confundir o cubo da diferença (a - b)3, com a diferença entre cubos a3 - b3.

Questões

01. (ENEM) Calculando 934.2872 – 934.2862 temos como resultado:


(A) 1 868 573
(B) 1 975 441
(C) 2
(D) 1
(E) 10242

02. (PUC) Sendo x3 + 1 = (x + 1) (x2 + ax + b) para todo x real, os valores de a e b são, respectivamente:

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(A) -1 e -1
(B) 0 e 0
(C) 1 e 1
(D) 1 e -1
(E) -1 e 1

03. (F.Ibero-Americana) – O valor de A real, para que se tenha


𝐴. √3 = (2 + √3)3 − (2 − √3)3 é:
(A) 2
(B) 3
(C) 30
(D) √30
(E) √20

04. (FUVEST) A diferença entre o cubo da soma de dois números inteiros e a soma de seus cubos
pode ser:
(A) 4
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8

𝑎3 −𝑏3
05. (FEI) A fração , quando a= 93 e b= 92, é igual a:
𝑎2 +𝑎𝑏+𝑏 2
(A) 0
(B) 185
(C) 932 - 922
(D) 1
(E) 185/2

06. Dado que x = a + x-1, a expressão x2 + x-2 é igual a:


(A) a2 + 2
(B) 2a + 1
(C) a2 + 1
(D) 2a -1
(E) a2

07. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Dos números que aparecem nas
alternativas, o que mais se aproxima do valor da expressão (0,6192 – 0,5992)x0,75 é:
(A) 0,0018.
(B) 0,015.
(C) 0,018.
(D) 0,15.
(E) 0,18

08. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) Simplificando a expressão,


1 1

𝑎3 𝑏3
(a² b + ab²). 1 1

𝑎2 𝑏2
Obtemos:
(A) a + b.
(B) a² + b².
(C) ab.
(D) a² + ab + b².
(E) b – a.

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09. (TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC) Indagado sobre o
número de processos que havia arquivado certo dia, um Técnico Judiciário, que gostava muito de
Matemática, respondeu:
O número de processos que arquivei é igual a 12,252 - 10,252.
Chamando X o total de processos que ele arquivou, então é correto afirmar que:
(A) X < 20.
(B) 20 < X < 30.
(C) 30 < X < 38.
(D) 38 < X < 42.
(E) X > 42.

Respostas

01. Resposta: A.
Temos 934 2872 = (934 286 +1)2 = 934 2862 + 2. 934 286 + 12
Montando a expressão: 934 2862 + 2. 934 286 + 12 - 934 2862 →
1 868 573 + 1 = 1 868 573

02. Resposta: E.
Como a forma fatorada de x3 + 1 = (x + 1).(x2 – x + 1), pelo enunciando temos :
(x + 1) (x2 + ax + b) = (x + 1).(x2 – x + 1); simplificando teremos
x2 + ax + b = x2 – x + 1, comparando cada termo temos:
x2 = x2; ax = -x, logo a = - 1; b = 1

03. Resposta: C.
Vamos aplicar a fatoração:
A. √3 = 23 + 3.22.√3 + 3.2. (√3 )2 + (√3) 3 –(23 - 3.22.√3 + 3.2. (√3 )2 -(√3) 3
A. √3 = 8 + 12 √3 +18 + 3 √3 - 8 + 12 √3 -18 +3 √3
A. √3 = 24√3 + 6√3 → A. √3 = 30 √3 → A= 30

04. Resposta: C.
Cubo da soma (a + b)3 e soma dos cubos a3 + b3, a diferença é:
a3 + 3a2b +3ab2 + b3 – (a3 + b3) → a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 - a3 - b3→ 3a2b + 3ab2→ 3ab(a + b);
Como temos dois números inteiros e fazendo a e b como 1:
3.11.(1 + 1) → 3.2 = 6

05. Resposta: D.
Utilizando a soma e a diferença de cubos temos que:
(𝑎−𝑏).(𝑎 2 +𝑎𝑏+𝑏2 )
a3 - b3 = (a - b).(a2 + ab + b2) → 𝑎 2 +𝑎𝑏+𝑏2
→ a - b, como a = 93 e b = 92; a – b = 93 – 92 = 1

06. Resposta: A.
x = a + x-1 → a = x - x-1, elevando ambos os membros ao quadrado temos:
a2 = (x - x-1)2 → a2 = x2 - 2.x.x-1 + x-2 → x2 + x-2 = a2 + 2

07. Resposta: C.
Da fatoração temos a regra a2 – b2 = (a + b).(a – b) (diferença de dois quadrados), então se a = 0,619
e b = 0,599, temos:
(0,6192 – 0,5992)x0,75 → (0,619 + 0,599).(0,619 – 0,599)x0,75 → 1,218 x 0,02 x 0,75 → 0,01827

08. Resposta: D.

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09. Resposta: E.
Nesta questão utilizaremos a diferença de dois quadrados:
𝑎2 − 𝑏 2 = (𝑎 + 𝑏)(𝑎 − 𝑏).
x = 12,252 – 10,252
x = (12,25 + 10,25)(12,25 – 10,25)
x = 22,5.2
x = 45

PRODUTOS NOTÁVEIS

Os produtos notáveis obedecem a leis especiais de formação e, por isso, não são efetuados pelas
regras normais da multiplicação de polinômios. Apresentam-se em grande número e dão origem a um
conjunto de identidades de grande aplicação.
Considere a e b, expressões em R, representando polinômios quaisquer, apresentamos a seguir os
produtos notáveis.

- Quadrado da Soma de Dois Termos: sendo a o primeiro termo e b o segundo termo, é igual ao
quadrado do primeiro, mais duas vezes o primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo.

(a + b)2 = (a + b) (a + b) = a2 + 2ab + b2
(a + b)2 = a2 + 2ab + b2

- Quadrado da Diferença de Dois Termos: sendo a o primeiro termo e b o segundo termo, é igual ao
quadrado do primeiro, menos duas vezes o primeiro pelo segundo, mais o quadrado do segundo.

(a - b)2 = (a - b) (a - b) = a2 - 2ab + b2
(a - b)2 = a2 - 2ab + b2

- Produto da Soma pela Diferença de Dois Termos: sendo a o primeiro termo e b o segundo termo,
é igual ao quadrado do primeiro menos o quadrado do segundo.

(a + b).(a – b) = a2 – ab + ab - b2
(a + b).(a – b) = a2 – b2

- Cubo da Soma de Dois Termos: sendo a o primeiro termo e b o segundo termo, é igual ao cubo do
primeiro, mais três vezes o quadrado do primeiro pelo segundo, mais três vezes o primeiro pelo quadrado
do segundo, mais o cubo do segundo.

(a + b)3 = (a + b) (a + b)2 = (a + b) (a2 + 2ab + b2)


(a + b)3 = a3 + 2a2b + ab2 + a2b + 2ab2 + b3
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3

- Cubo da Diferença de Dois Termos: sendo a o primeiro termo e b o segundo termo, é igual ao cubo
do primeiro, menos três vezes o quadrado do primeiro pelo segundo, mais três vezes o primeiro pelo
quadrado do segundo, menos o cubo do segundo termo.

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(a - b)3 = (a - b) (a2 - 2ab + b2)
(a - b)3 = a3 + 2a2b + ab2 - a2b + 2ab2 - b3
(a - b)3 = a3 - 3a2b + 3ab2 - b3

- Quadrado da soma de três termos: sendo a o primeiro termo e b o segundo termo, é igual ao
quadrado do primeiro, mais o quadrado do segundo, mais o quadrado do terceiro, mais duas vezes o
primeiro pelo segundo, mais duas vezes o primeiro pelo terceiro, mais duas vezes o segundo pelo terceiro.

(a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 + 2ab + 2ac + 2bc

Questões

01. (MP/SP – Auxiliar de Promotoria III – Motorista – ZAMBINI) A forma fatorada da expressão 8y³
+ 125 é:
(A) (2y – 5) . (2y² + 25 – 10y)
(B) (2y + 5) . (2y² + 25 – 10y)
(C) (2y + 5) . (4y² – 25 + 10y)
(D) (2y + 5) . (4y² + 25 – 10y)

02. Desenvolva:
2𝑥
a) (( 3 )+4y³)²
b) (2x+3y)3

03. Resolva os seguintes termos:


a) (x4 + (1/x2))3
b) ((2x/3) + (4y/5)) . ((2x/3) - (4y/5)

04. Efetue as multiplicações:


a) (x-2) (x-3)
b) (x+5) (x-4)

05. Simplifique as expressões:


a) (x + y)2 – x2 – y2
b) (x + 2) (x - 7) + (x – 5) (x + 3)

06. Resolva tal expressão:


a) (a – 3)²
b) (x – 3y)²
c) (2a – 5)²

07. Desenvolva:
a) (x + 2) (x – 2)
b) (2x – 5y) (2x + 5y)

08. Resolva a expressão: (x/2 + y/3) (x/2 – y/3).

09. Calcule os seguintes termos:


a) (3 + 4)²
b) (5 + 4)²

10. Utilize a regra do produto notável para resolver os seguintes cálculos:


a) (x + 2)²
b) (4x + 4)²
c) (a + 4b)²

Respostas

01. Resposta: D.

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Temos a soma de dois cubos. Que é dada por:
a3 + b3 = (a + b)(a2 - ab + b2)
Observe que:
8 = 2³
125 = 5³
Logo a = 2y e b = 5
Aplicando a fórmula temos:
(2y)³ + (5)³ = (2y + 5). ((2y)² - 2y.5 + 5²) → (2y + 5).(4y² - 10y + 25)
Reordenando conforme as alternativas temos:
(2y + 5).(4y² + 25 - 10y)
2x
02. a → (( ) + 4y3)2 =
3
2x 2 2x
( 3 ) + 2 .( 3 ).4y3 + (4y3)2 =
4 16
(9)x2 + ( 3 )xy3 + 16y6

b → (2x+3y)3 =
(2x)3 + 3 .(2x)2. 3y + 3 . 2x .(3y)2 + (3y)3 =
8x 3+ 36x2y + 54xy2 + 27y3

03. a → (x4 + (1/x2))3 =


(x4)3 + 3 . (x4)2 . (1/x2) + 3 . x4 . (1/x2)2 + (1/x2)3 =
x12 + 3x6 + 3 + (1/x6)

b → (2x/3) + (4y/5)) . ((2x/3) - (4y/5)) =


(2x/3)2 - (4y/5)2 =
(4/9)x2 - (16/25)y2

04. a → (x-2) (x-3) =


x2 + ((-2) + (-3)) x + (-2) . (-3) =
x2 – 5x + 6

b → (x+5) (x-4) =
x2 + (5 + (-4)) x + 5 . (-4) =
x2 + x – 20

05. a → (x + y)2 – x2 – y2 =
x2 + 2xy + y2 – x2 – y2 =
2xy

b → (x + 2) (x – 7) + (x – 5) (x + 3) =
x2 + (2 + (-7)) x + 2 . (-7) + x2 + (-5 + 3) x + 3 . (-5) =
x2 – 5x – 14 + x2 – 2x – 15 =
2x2 – 7x – 29

06. a → a² - 2 . a . 3 + 3²
a² - 6a + 9

b → (x)² - 2 . x . 3y + (3y)²
x² - 6xy + 9y²

c → (2a) ² + 2 . 2a.(-5) - 5²
4a ² - 20a – 25

07. a → (x + 2) (x – 2)
x² - 2² =
x² – 4

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b → (2x – 5y) (2x + 5y)
(2x) ² - (5y) ² =
4x² - 25y²

08. Resposta: x²/4 - y²/9.


(x/2 + y/3) (x/2 – y/3)
(x/2)² - (y/3)²
x²/4 - y²/9

09. Resposta: Nesse caso, podemos resolver de duas maneiras:


a → (3 + 4)² = 7² = 49
(3 + 4)² = 3² + 2 . 3 . 4 + 4² = 9 + 24 + 16 = 49

b → Podemos também resolver de duas maneiras:


(5 + 4)² = 9² = 81
(5 + 4)² = 5² + 2 . 5 . 4 + 4² = 25 + 40 + 16 = 81

10. a → x² + 2 . x . 2 + 2²
x² + 4x + 4

b → (4x)² + 2 . 4x . 4 + 4²
16x² + 32x + 16

c → (a)² + 2 . a . 4b + 4b²
a² + 8b + 16b²

6. EQUAÇÕES ALGÉBRICAS: definição, raiz, multiplicidade e número de raízes;


transformações aditiva e multiplicativa; equações recíprocas; relação entre
coeficientes e raízes. Raízes reais e complexas.

EQUAÇÕES POLINOMIAIS OU ALGÉBRICAS

Denominamos equação polinomial ou equação algébrica toda equação que pode ser escrita na forma
p(x)=0, em que p(x)=anxn + an-1xn-1 + na-2xn-2 + an-3xn-3 + ... +a2x2 + a1x + a0 é um polinômio de grau n, com
n≥1 e an≠0.
O grau e as raízes de uma equação polinomial p(x)=0 são, respectivamente, iguais ao grau e às raízes
do polinômio p(x). O conjunto solução será o conjunto de todas as suas raízes.

Exemplos
a) x² - 4x + 4 = 0
grau: 2
Raízes: -2 e 2.
Conjunto solução: S = {-2; 2}

b) 3x – 6 = 0
Grau: 1
Raiz: 2
Conjunto solução: S = {2}

c) 3x³ + 8x² - 15x + 4 = 0


Grau: 3
Raízes: -4, 1/3 e 1
Conjunto solução: S = {-4, 1/3, 1}

MULTIPLICIDADE DE UMA RAIZ

Podemos decompor a equação polinomial 2x6 + 14x5 + 12x4 - 68x3 - 38x2 + 150x - 72=0 da seguinte
maneira:

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2( x -1)( x -1)( x -1)( x +3)(x +3)( x + 4) = 0 ⇒ 2( x - 1)3 (x + 3)2 (x + 4)= 0

Temos que as raízes dessa equação são: 1, 1, 1, -3, -3 e -4.

Dizemos que: a raiz 1 tem multiplicidade 3 ou que 1 é raiz tripla da equação; a raiz -3 tem multiplicidade
2 ou que -3 é raiz dupla da equação; a raiz -4 tem rnultiplicidade 1 ou que -4 é raiz simples da equação.

Note que a multiplicidade de cada raiz da equação corresponde ao expoente do fator que contém essa
raiz. Por exemplo, a raiz -3 tem multiplicidade 2, e o expoente do fator que a contém é igual a 2. Como a
raiz -3 tem multiplicidade 2, a equação inicial é divisível por (x + 3) e (x + 3)², porém não é divisível por (x
+ 3)³, por exemplo.

DICA: A quantidade de vezes que um número aparece como raiz de uma equação polinomial
indica a multiplicidade dessa raiz.

Exemplos
a) x2 -10x+25= 0 ⇒ (x-5)(x-5)= 0 ⇒ (x – 5)² =0
Como há dois fatores (x-5), dizemos que a raiz 5 tem multiplicidade 2.

b) x7 -11x6 +48x5 -100x4 +80x3 +48x2 -128x + 64=0


⇒ (x - 2)( x - 2)( x - 2)( x - 2)( x - 2)( x - 2)( x + 1) = 0
⇒ (x - 2)6 . (x + 1) = 0
Como há seis fatores (x - 2), dizemos que a raiz 2 tem multiplicidade 6, e como há um fator (x + 1),
dizemos que a raiz -1 é simples.

RAÍZES COMPLEXAS

A seguir está enunciado um teorema que trata das raízes complexas não reais de uma equação
polinomial de coeficientes reais, ou seja, das raízes complexas da forma z=a+bi, com a∈IR e b∈IR*.
Se o número complexo z e a+bi, com a∈IR e b∈IR*, é raiz de uma equação polinomial com coeficientes
reais, então o conjugado de z, dado por 𝑧̅ =a-bi, também é raiz dessa equação.

Como consequência desse teorema, temos:

Se uma equação polinomial de coeficientes reais possui uma raiz complexa não real z de multiplicidade
m, então 𝑧̅ (conjugado de z) também é uma raiz complexa não real de multiplicidade m dessa equação.

Uma equação polinomial de coeficientes reais possui um número par de raízes complexas não reais.
Portanto, caso o grau de uma equação polinomial de coeficientes reais seja ímpar, essa equação
necessariamente possui um número ímpar de raízes reais.

Exemplos

01. Qual é o grau mínimo de uma equação polinomial de coeficientes reais que possui 2 como raiz
simples, 2 + i como raiz dupla e 1 – i como raiz tripla.
(A) 6
(B) 9
(C) 10
(D) 11
(E) 12

Resolução
Como a equação polinomial possui coeficientes reais, o conjugado de cada raiz complexa não real
também é raiz da equação. Logo:
2 é raiz
2 + i é raiz dupla, então 2 – i também é raiz dupla
1 – i é raiz tripla, então 1 + i também é raiz tripla.
Portanto, a equação polinomial possui no mínimo 1 + 2 + 2 + 3 + 3 = 11 raízes, ou seja, o grau mínimo
da equação é 11, logo alternativa D.

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02. Qual é o conjunto solução da equação x4 - 7x3 + 10x2 + 26x – 60 = 0, sabendo que 3+i é uma das
raízes da equação.
(A) S = {3 + i, 3 - i,-2, 3}
(B) S = {3 + i, 3 - i}
(C) S = {3 + i,-2, 3}
(D) S = {3 + i, 3 - i,-3, 2}
(E) S = {3 + i, 3 - i, 0, -1}

Resolução
Como a equação tem coeficientes reais e 3 + i é uma raiz, então 3 - i também é raiz, então podemos
escrever:
(x –(3 + i)) . (x – (3 – i)) = (x – 3 – i) . (x – 3 + i) = x² - 3x +ix - 3x +9 – 3i – ix + 3i – i² = x² - 6x + 9 + 1 =
x² - 6x + 10, portanto para encontrar as outras raízes basta dividirmos o polinômio x4 - 7x3 + 10x2 + 26x
– 60 por x² - 6x + 10, ou seja:

x4 - 7x3 + 10x2 + 26x – 60 = (x² - 6x + 10) . q(x)


e assim as raízes de q(x) = x² - x – 6 serão:
-2 e 3.
Portanto a solução da equação x4 - 7x3 + 10x2 + 26x – 60 = 0 será:
S = {3 + i, 3 - i,-2, 3}, alternativa A.
Referência
Souza, Joamir. Garcia, Jacqueline. Contato Matemática. Volmule 3. 1ªed. FTD. 2016. PNLD 2018.

Questões

01. (IF/BA – Professor de Matemática - INSTITUTO AOPC) Para que a equação x5 - 2x4 + 4x3 - 11x2
+ 9x + (m - 3) tenha pelo menos uma raiz real compreendida entre 0 e 2, devemos ter
(A) m > 2 ou m < - 2.
(B) - 2 < m < 2.
(C) m > 3 ou m < - 3.
(D) - 3 < m < 3.
(E) m múltiplo de 3.

02. (IF/BA – Professor de Matemática - INSTITUTO AOPC) A equação x3 - 147x + 686 = 0 tem por
raízes os números m e n, sendo m raiz dupla e n = - 2 m. Nessas condições, o valor de (m + n) é
(A) 7.
(B) -7 .
(C) -7 ou 7.
(D) 7 - i.
(E) -7 + i.

03. (PREF. de FORTALEZA – Matemática – PREF. de FORTALEZA) Considere a expressão E =


n.(n + 1) . (2n + 1), onde n é um número inteiro. A única afirmativa falsa é:
(A) a expressão E é divisível por 2 para todo n ≥ 1.
(B) a expressão E é divisível por 3 para todo n ≥ 1.
(C) a expressão E é divisível por 2 e por 3 para todo n ≥ 1.
(D) a expressão E é divisível por 5 para todo n ≥ 2.

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Respostas

01. Resposta: D.
Para que uma raiz real esteja entre 0 e 2 basta tomarmos com ponto de partida que; f(0)<0 e f(2)>0,
para assim saber que entre 0 e 2 teremos uma raiz, a partir daí descobrir os possíveis valores de m para
que isto ocorra.
f(0) = 05-2.04+4.03 – 11.02 + 9.0+ (m-3) < 0
m–3<0
m<3

f(2) = 25 – 2.24 + 4.23 – 11.22 + 9.2+ (m-3)>0


32 – 32 + 32 – 44 + 18 + m – 3 >0
- 47 + 50 + m > 0
m>-3
Assim
-3 < m < 3.

02. Resposta: B.
Produto das raízes, utilizando uma fórmula é dada por:
Sendo o polinômio do 3º grau podemos ter:
ax³ + bx² + cx + d = 0
x1 . x2 . x3= -d/a , temos

m . m . n = -686/1 , como n = -2m teremos

m² . (-2m) = -681

-2m³3 = -681

m³ = 681/2

m³ = 343
3
m = √343

m = 7 , logo as raízes são, 7, 7 e -14 , portanto m + n = 7 - 14 = - 7

03. Resposta: D.
Vamos testar para alguns valores de n:

para n = 1 ; f(1) = 6
para n = 2 ; f(2) = 30
para n = 3 ; f(3) = 84 Não é múltiplo de 5
Assim f(n) não é divisível por 5 para todo n ≥ 2

EQUAÇÕES RECÍPROCAS

Equação Polinomial Recíproca, ou simplesmente “Equação recíproca”, é aquela que, se possui “a”
como raiz, então seu recíproco 1/a também será raiz da equação.

Por exemplo, a equação polinomial que tem as raízes {2, 1/2, 2/3, 3/2} é uma equação recíproca do
quarto grau. Pois o recíproco de 2 é 1/2 e o recíproco de 2/3 é 3/2.

Os casos em que temos as raízes a = 1 ou a = -1. É fácil constatar que o recíproco de 1 é o próprio 1
e de -1 é o próprio -1. Portanto, para uma equação, que tenha 1 ou -1 como raiz, ser recíproca não precisa
ter, necessariamente, estas raízes duplas. Por exemplo, a equação que tem raízes {1, ¾, 4/3} é uma
equação recíproca do terceiro grau, pois estão presentes todas raízes juntamente com suas recíprocas
(no caso do 1 é ele mesmo). É o caso também da equação do quinto grau que tem as raízes {-1, 3 ,1/3, -
5/7, -7/5}.

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Observação: Como “1” e “-1” são as únicas raízes de uma equação recíproca que não precisam vir
acompanhadas de outra (“em pares”), podemos concluir que, se temos uma equação recíproca de grau
ímpar, com certeza 1 ou -1 será raiz desta equação.

Uma propriedade importantíssima de equações recíprocas, é a disposição dos seus coeficientes


quando ordenados segundo as potências decrescentes da variável. Por exemplo, vamos montar a
equação que possui as raízes {2, ½, 2/3, 3/2}:

1 2 3
(𝑥 − 2). (𝑥 − ) . (𝑥 − ) . (𝑥 − ) = 0
2 3 2

Efetuando os cálculos teremos:

Esta será a equação (1). Note que há uma simetria nos coeficientes desta equação que estão
equidistantes do centro (marcados com mesma cor na equação acima). Esta simetria irá ocorrer sempre
em equações recíprocas, salvo a situação descrita abaixo.
Vamos analisar mais uma equação, agora com as raízes {1, 2/3, 3/2}:

2 3
(𝑥 − 2). (𝑥 − ) . (𝑥 − ) = 0
3 2

Efetuando os cálculos, teremos:

Esta será a equação (2). Note que, novamente, há uma simetria nos coeficientes (marcados com
mesma cor na equação acima), mas agora esta simetria é oposta (sinal trocado). Este fato se dá devido
a presença da raiz 1. Equações recíprocas que possuem “1” como raiz terão coeficientes iguais mas com
sinais trocados, nos termos equidistantes. Só devo salientar que a raiz “1” deve aparecer com
multiplicidade ímpar, por exemplo, se tiver duas raízes iguais a “1”, a equação não possuirá a simetria
mostrada em (2). Este tipo de equação (simetria oposta) damos o nome de Equação Polinomial Recíproca
de 2a Espécie, e à equação (1) damos o nome de Equação Polinomial Recíproca de 1a Espécie.
Estes dois tipos de simetria irão ocorrer sempre, em equações polinomiais recíprocas. Sendo assim,
podemos definir Equações Polinomiais Recíprocas de uma maneira mais usual para nós:

Chamamos uma equação de RECÍPROCA se e somente se os coeficientes das parcelas


equidistantes dos extremos, forem iguais ou opostos (sinais trocados), quando ordenados
segundo as potências decrescentes da variável.

Quando os coeficientes forem iguais, teremos uma equação polinomial recíproca de 1ª espécie e,
quando opostos, teremos uma equação polinomial recíproca de 2ª espécie.
Veja exemplos:

Recíprocas 1° Espécie

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Genericamente falando, podemos escrever as recíprocas de primeira espécie como sendo:

Estas equações podem ter quaisquer que sejam os coeficientes, desde que obedeçam à simetria das
Recíprocas.
Em cima deste tópico (Equações Recíprocas de 1aEspécie), podemos analisar um fato um tanto quanto
curioso. Vamos substituir o “x” da equação genérica por “-1” e calcular:

Vamos arbitrar que o grau da equação (“n”), é um número ÍMPAR. Sendo assim:

Cancelando os termos opostos, o resultado desta equação é ZERO. Ou seja:

TODA EQUAÇÃO POLINOMIAL RECÍPROCA DE PRIMEIRA ESPÉCIE COM GRAU ÍMPAR TERÁ
COMO RAIZ O VALOR “-1”.

E quando o grau for PAR, nada podemos afirmar diretamente.

Recíprocas 2° Espécie
Vamos pegar uma equação recíproca de primeira espécie, que não tenha as raízes “1” nem “-1”, ou
seja, de grau PAR (“n” par):

Agora vamos incluir nela a raiz “1”, ou seja, vamos multiplicar toda a equação pelo fator (x – 1).

Efetuando a propriedade distributiva:

Efetuando as contas com os termos que possuem mesmo grau, teremos:

Note que, exatamente como vimos na página inicial, os coeficientes equidistantes dos extremos
(grifados com a mesma cor) são opostos (iguais em módulo mas com sinal trocado). Isto nos prova que
o fator (x – 1) “transforma” uma equação recíproca de primeira espécie em uma de segunda espécie.
Aliás, só será recíproca de segunda espécie a equação que tiver a raiz “1”, caso contrário não há
maneira de conseguirmos a simetria oposta nos coeficientes.
E, se a equação (1) fosse multiplicada por (x – 1) novamente? Faça o exercício e veja você mesmo. A
equação volta a ser de primeira espécie. E então, quando multiplicarmos de novo por (x – 1) voltará a ser
de segunda espécie, e assim sucessivamente. Com este raciocínio, podemos concluir:

TODA EQUAÇÃO POLINOMIAL RECÍPROCA DE SEGUNDA ESPÉCIE POSSUI A RAIZ “1” COM
MULTIPLICIDADE ÍMPAR.

Em cima desta conclusão, podemos pensar mais um pouquinho. Já que as equações recíprocas de
segunda espécie SEMPRE terão a raiz “1” com multiplicidade ímpar (mais as raízes “em pares” recíprocas
umas das outras), a única possibilidade de termos uma recíproca de segunda espécie com grau par é

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incluindo um acompanhante para a raiz que está sozinha (a raiz “1”), para formar o par. Ou seja, a única
possibilidade é incluir a raiz “-1”:

TODA EQUAÇÃO POLINOMIAL RECÍPROCA DE SEGUNDA ESPÉCIE COM GRAU PAR TERÁ
AS RAÍZES “1” E “-1”.

Existe mais uma característica das recíprocas de 2a espécie com grau par. Para vê-la, vamos pegar
uma equação genérica de 2aespécie de grau ímpar e incluir a raiz “-1”, ou seja, multiplicar por (x + 1) para
termos uma equação recíproca de 2a espécie de grau par genérica:

Onde “n” é um número ímpar e M é o coeficiente dos termos centrais do desenvolvimento.

Multiplicando por (x + 1):

Esta é uma equação genérica da recíproca de segunda espécie com grau par. Note que o termo central
será anulado (M – M = 0). Esta é a última característica deste tipo de equação, o termo médio é nulo.

TODA EQUAÇÃO RECÍPROCA DE SEGUNDA ESPÉCIE COM GRAU PAR DEVE TER,
OBRIGATORIAMENTE, O TERMO MÉDIO DE SEU DESENVOLVIMENTO NULO.

Exemplos:
5x4 – 3x3 + 3x – 5 = 0
6x8 + 3x7 – 91x6 + x5 – x3 + 91x2 – 3x – 6 = 0

Se esta propriedade não estiver presente na equação, não será uma recíproca.
11x4 – 8x3 + 5x2 + 8x – 11 = 0 → Não é uma equação recíproca pois, sendo par e de segunda
espécie, deveria ter o termo médio nulo.
Referência
tutorbrasil.com.br

Questões

01. Dado que P(x)=2x2−5x+2, com P(2)=0 Quais são as soluções da equação P(x)=0?
(A) ½ e 2.
(B) 1 e 2.
(C) ½ e 1.
(D) 2 e 0.
(E) 0 e 1.

02. As raízes da equação 7x2−7=0 serão?


(A) 1 é raiz dupla.
(B) -7 e 0.
(C) -7 e 7.
(D) 7 e 0.
(E) -1 e 1.

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Respostas

01. Resposta: A.
A equação P(x)=0 é recíproca de primeira ordem:
Foi dado que P(2)=0, logo 2 é solução da equação P(x)=0. O teorema nos garante que o recíproco
de 2 é também solução, ou seja ½.
Assim, as soluções de P(x)=0 são 2 e ½.
S={2, ½}

02. Resposta: E.
Assim, são soluções de 7x2−7=0 os números 1 e −1. Como é uma equação de grau 2 e devemos ter
exatamente 2 soluções, logo:
S={1,−1}

7. COMBINATÓRIA: problemas de contagem; arranjos, permutações e


combinações simples; binômio de Newton. Probabilidade e espaços amostrais;
probabilidade condicional e eventos independentes.

ANÁLISE COMBINATÓRIA

A Análise Combinatória é a parte da Matemática que desenvolve meios para trabalharmos com
problemas de contagem, sendo eles:
- Princípio Fundamental da Contagem (PFC);
- Fatorial de um número natural;
- Tipos de Agrupamentos Simples (Arranjo, permutação e combinação);
- Tipos de Agrupamentos com Repetição (Arranjo, permutação e combinação).

A Análise Combinatória é o suporte da Teoria das Probabilidades, e de vital importância para as


ciências aplicadas, como a Medicina, a Engenharia, a Estatística entre outras.

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM-PFC (PRINCÍPIO MULTIPLICATIVO)

O princípio multiplicativo ou fundamental da contagem constitui a ferramenta básica para resolver


problemas de contagem sem que seja necessário enumerar seus elementos, através das possibilidades
dadas. É uma das técnicas mais utilizadas para contagem, mas também dependendo da questão pode
se tornar trabalhosa.

Exemplos

1) Imagine que, na cantina de sua escola, existem cinco opções de suco de frutas: pêssego, maçã,
morango, caju e mamão. Você deseja escolher apenas um desses sucos, mas deverá decidir também se
o suco será produzido com água ou leite. Escolhendo apenas uma das frutas e apenas um dos
acompanhamentos, de quantas maneiras poderá pedir o suco?

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2) Para ir da sua casa (cidade A) até a casa do seu amigo Pedro (que mora na cidade C) João precisa
pegar duas conduções: A1 ou A2 ou A3 que saem da sua cidade até a B e B1 ou B2 que o leva até o
destino final C. Vamos montar o diagrama da árvore para avaliarmos todas as possibilidades:

De forma resumida, e rápida podemos também montar através do princípio multiplicativo o número de
possibilidades:

3) De sua casa ao trabalho, Sílvia pode ir a pé, de ônibus ou de metrô. Do trabalho à faculdade, ela
pode ir de ônibus, metrô, trem ou pegar uma carona com um colega.
De quantos modos distintos Sílvia pode, no mesmo dia, ir de casa ao trabalho e de lá para a faculdade?
Vejamos, o trajeto é a junção de duas etapas:

1º) Casa → Trabalho: ao qual temos 3 possibilidades


2º) Trabalho → Faculdade: 4 possibilidades.
Multiplicando todas as possibilidades (pelo PFC), teremos: 3 x 4 = 12.
No total Sílvia tem 12 maneiras de fazer o trajeto casa – trabalho – faculdade.

DEFINIÇÃO do PFC: Se um evento que chamaremos de E1


puder ocorrer de a maneiras e um outro evento que chamaremos
de E2 puder ocorrer de b maneiras e E1 for independente de E2,
assim a quantidade de maneiras distintas de os dois eventos
ocorrerem simultaneamente será dado por axb, isto é, a
quantidade de maneiras de a ocorrer, multiplicado pela
quantidade de maneiras de b ocorrer.

FATORIAL DE UM NÚMERO NATURAL

É comum aparecerem produtos de fatores naturais sucessivos em problemas de análise combinatória,


tais como: 3. 2 . 1 ou 5. 4 . 3 . 2 . 1, por isso surgiu a necessidade de simplificarmos este tipo de notação,
facilitando os cálculos combinatórios. Assim, produtos em que os fatores chegam sucessivamente até a
unidade são chamados fatoriais.
Matematicamente:
Dado um número natural n, sendo n є N e n ≥ 2, temos:

n! = n. (n – 1 ). (n – 2). ... . 1

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Onde:
n! é o produto de todos os números naturais de 1 até n (lê-se: “n fatorial”)
Por convenção temos que:

0! = 1
1! = 1

Exemplos
1) De quantas maneiras podemos organizar 8 alunos em uma fila.
Observe que vamos utilizar a mesma quantidade de alunos na fila nas mais variadas posições:

Temos que 8! = 8.7.6.5.4.3.2.1 = 40320

9!
2) Dado , qual o valor dessa fração?
5!

Observe que o denominador é menor que o numerador, então para que possamos resolver vamos
levar o numerador até o valor do denominador e simplificarmos:

9! 9.8.7.6.5!
= = 3024
5! 5!

TIPOS DE AGRUPAMENTO

Os agrupamentos que não possuem elementos repetidos, são chamamos de agrupamentos


simples. Dentre eles, temos aqueles onde a ordem é importante e os que a ordem não é importante.
Vamos ver detalhadamente cada um deles.

- Arranjo simples: agrupamentos simples de n elementos distintos tomados(agrupados) p a p. Aqui a


ordem dos seus elementos é importante, é o que diferencia.

Exemplos
1) Dados o conjunto S formado pelos números S= {1,2,3,4,5,6} quantos números de 3 algarismos
podemos formar com este conjunto?

Observe que 123 é diferente de 321 e assim sucessivamente, logo é um Arranjo.

Se fossemos montar todos os números levaríamos muito tempo, para facilitar os cálculos vamos utilizar
a fórmula do arranjo.
Pela definição temos: A n,p (Lê-se: arranjo de n elementos tomados p a p).
Então:

𝒏!
𝑨𝒏, 𝒑 =
(𝒏 − 𝒑)!

Utilizando a fórmula:

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Onde n = 6 e p = 3
n! 6! 6! 6.5.4.3!
An, p = → A6,3 = = = = 120
(n − p)! (6 − 3)! 3! 3!

Então podemos formar com o conjunto S, 120 números com 3 algarismos.

2) Uma escola possui 18 professores. Entre eles, serão escolhidos: um diretor, um vice-diretor e um
coordenador pedagógico. Quantas as possibilidades de escolha?
n = 18 (professores)
p = 3 (cargos de diretor, vice-diretor e coordenador pedagógico)

n! 18! 18! 18.17.16.15!


An, p = → A18,3 = = = = 4896 grupos
(n − p)! (18 − 3)! 15! 15!

- Permutação simples: sequência ordenada de n elementos distintos (arranjo), ao qual utilizamos


todos os elementos disponíveis, diferenciando entre eles apenas a ordem. A permutação simples é um
caso particular do arranjo simples.
É muito comum vermos a utilização de permutações em anagramas (alterações da sequência das
letras de uma palavra).
Pn! = n!

Exemplos
1) Quantos anagramas podemos formar com a palavra CALO?

Utilizando a fórmula da permutação temos:


n = 4 (letras)
P4! = 4! = 4 . 3 . 2 . 1! = 24 . 1! (como sabemos 1! = 1) → 24 . 1 = 24 anagramas

2) Utilizando a palavra acima, quantos são os anagramas que começam com a letra L?

P3! = 3! = 3 . 2 . 1! = 6 anagramas que começam com a letra L.

- Combinação simples: agrupamento de n elementos distintos, tomados p a p, sendo p ≤ n. O que


diferencia a combinação do arranjo é que a ordem dos elementos não é importante.
Vemos muito o conceito de combinação quando queremos montar uma comitiva, ou quando temos
também de quantas maneiras podemos cumprimentar um grupo ou comitiva, entre outros.

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Exemplos
1) Uma escola tem 7 professores de Matemática. Quatro deles deverão representar a escola em um
congresso. Quantos grupos de 4 professores são possíveis?

Observe que sendo 7 professores, se invertermos um deles de posição não alteramos o grupo
formado, os grupos formados são equivalentes. Para o exemplo acima temos ainda as seguintes
possibilidades que podemos considerar sendo como grupo equivalentes.
P1, P2, P4, P3 – P2, P1, P3, P4 – P3, P1, P2, P4 – P2, P4, P3, P4 – P4, P3, P1, P2 ...

Com isso percebemos que a ordem não é importante!

Vamos então utilizar a fórmula para agilizar nossos cálculos:

𝑨𝒏, 𝒑 𝒏!
𝑪𝒏, 𝒑 = → 𝑪𝒏, 𝒑 =
𝒑! (𝒏 − 𝒑)! 𝒑!

Aqui dividimos novamente por p, para desconsiderar todas as sequências repetidas (P1, P2, P3, P4 =
P4, P2, P1, P3= P3, P2, P4, P1=...).
Aplicando a fórmula:
n! 7! 7! 7.6.5.4! 210 210
Cn, p = → C7,4 = = = = = = 35 grupos de professores
(n − p)! p! (7 − 4)! 4! 3! 4! 3! 4! 3.2.1 6

2) Considerando dez pontos sobre uma circunferência, quantas cordas podem ser construídas com
extremidades em dois desses pontos?

Uma corda fica determinada quando escolhemos dois


pontos entre os dez.
Escolher (A,D) é o mesmo que escolher (D,A), então
sabemos que se trata de uma combinação.
Aqui temos então a combinação de 10 elementos tomados
2 a 2.
n! 10! 10! 10.9.8! 90
C10,2 = = = = = =
(n − p)! p! (10 − 2)! 2! 8! 2! 8! 2! 2
45 cordas

AGRUPAMENTOS COM REPETIÇÃO

Existem casos em que os elementos de um conjunto repetem-se para formar novos subconjuntos.
Nestes casos, devemos usar fórmulas de agrupamentos com repetição. Assim, teremos:
A) arranjo com repetição;
B) permutação com repetição;
C) combinação com repetição.

Vejamos:

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a) Arranjo com repetição: ou arranjo completo, é um grupo de p elementos de um dado conjunto,
com n elementos distintos, onde a mudança de ordem determina grupos diferentes, podendo porém ter
elementos repetidos.
Indicamos por AR n,p

No arranjo com repetição, temos todos os elementos do conjunto à disposição a cada escolha, por
isso, pelo Princípio Fundamental da Contagem, temos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑

Exemplo
Quantas chapas de automóvel compostas de 2 letras nas duas primeiras posições, seguidas por 4
algarismos nas demais posições (sendo 26 letras do nosso alfabeto e sendo os algarismos do sistema
decimal) podem ser formadas?

O número de pares de letras que poderá ser utilizado é:

Pois podemos repetir eles. Aplicando a fórmula de Arranjo com repetição temos:
𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟐𝟔, 𝟐 = 𝟐𝟔𝟐 = 𝟔𝟕𝟔

Para a quantidade de números temos (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9 – 10 algarismos):

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎. 𝟎𝟎𝟎

Assim o número de chapas que podemos ter é dado pela multiplicação dos valores achados:
676 . 10 000 = 6 760 000 possibilidades de placas.

Observação: Caso não pudesse ser utilizada a placa com a sequência de zeros, ou seja, com 4 zeros
teríamos:

𝑨𝑹 𝒏, 𝒑 = 𝒏𝒑 → 𝑨𝑹 𝟏𝟎, 𝟒 = 𝟔𝟕𝟔. 𝟏𝟎𝟒 − 𝟏𝟎𝟒 = 𝟏𝟎𝟒 . (𝟔𝟕𝟔 − 𝟏)

b) Permutação com repetição: a diferença entre arranjo e permutação é que esta faz uso de todos
os elementos do conjunto. Na permutação com repetição, como o próprio nome indica, as repetições são
permitidas e podemos estabelecer uma fórmula que relacione o número de elementos, n, e as vezes em
que o mesmo elemento aparece.

𝒏!
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = …
𝜶! 𝜷! 𝜸!

Com α + β + γ + ... ≤ n

Exemplo
Quantos são os anagramas da palavra ARARA?

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n=5
α = 3 (temos 3 vezes a letra A)
β = 2 (temos 2 vezes a letra R)

Equacionando temos:
𝒏! 𝟓! 𝟓. 𝟒. 𝟑! 𝟓. 𝟒 𝟐𝟎
𝑷𝒏(∝,𝜷,𝜸,… ) = … → 𝒑𝟓(𝟑,𝟐) = = = = = 𝟏𝟎 𝒂𝒏𝒂𝒈𝒓𝒂𝒎𝒂𝒔
𝜶! 𝜷! 𝜸! 𝟑! 𝟐! 𝟑! 𝟐! 𝟐. 𝟏 𝟐

B.1) Permutação circular: a permutação circular com repetição pode ser generalizada através da
seguinte forma:

𝑷𝒄𝒏 = (𝒏 − 𝟏)!

Vejamos o exemplo como chegar na fórmula, para aplicação.


- De quantas maneiras 5 meninas que brincam de roda podem formá-la?
Fazendo um esquema, observamos que são posições iguais:

O total de posições é 5! e cada 5 representa uma só permutação circular. Assim, o total de permutações
circulares será dado por:
5! 5.4!
𝑃𝑐 5 = = = 4! = 4.3.2.1 = 24
5 5

C) Combinação com repetição: dado um conjunto com n elementos distintos, chama-se combinação
com repetição, classe p (ou combinação completa p a p) dos n elementos desse conjunto, a todo grupo
formado por p elementos, distintos ou não, em qualquer ordem.

𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑

Exemplo
Em uma combinação com repetição classe 2 do conjunto {a, b, c}, quantas combinações obtemos?
Ilustrando temos:

Utilizando a fórmula da combinação com repetição, verificamos o mesmo resultado sem necessidade
de enumerar todas as possibilidades:
n=3ep=2
𝟒! 𝟒! 𝟒. 𝟑. 𝟐! 𝟏𝟐
𝑪𝑹𝒏, 𝒑 = 𝑪 𝒏 + 𝒑 − 𝟏, 𝒑 → 𝑪𝑹 𝟑 + 𝟐 − 𝟏, 𝟐 → 𝑪𝑹𝟒, 𝟐 = = = = =𝟔
(𝟒
𝟐! − 𝟐)! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐! 𝟐

Referências
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
BOSQUILHA, Alessandra - Minimanual compacto de matemática: teoria e prática: ensino médio / Alessandra Bosquilha, Marlene Lima Pires Corrêa, Tânia
Cristina Neto G. Viveiro. -- 2. ed. rev. -- São Paulo: Rideel, 2003.

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Questões

01. (Pref. Chapecó/SC – Engenheiro de Trânsito – IOBV) Em um restaurante os clientes têm a sua
disposição, 6 tipos de carnes, 4 tipos de cereais, 4 tipos de sobremesas e 5 tipos de sucos. Se o cliente
quiser pedir 1 tipo carne, 1 tipo de cereal, 1 tipo de sobremesa e 1 tipo de suco, então o número de opções
diferentes com que ele poderia fazer o seu pedido, é:
(A) 19
(B) 480
(C) 420
(D) 90

02. (Pref. Rio de Janeiro/RJ – Agente de Administração – Pref. do Rio de Janeiro) Seja N a
quantidade máxima de números inteiros de quatro algarismos distintos, maiores do que 4000, que podem
ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6.
O valor de N é:
(A) 120
(B) 240
(C) 360
(D) 480

03. (CRQ 2ª Região/MG – Auxiliar Administrativo – FUNDEP) Com 12 fiscais, deve-se fazer um
grupo de trabalho com 3 deles. Como esse grupo deverá ter um coordenador, que pode ser qualquer um
deles, o número de maneiras distintas possíveis de se fazer esse grupo é:
(A) 4
(B) 660
(C) 1 320
(D) 3 960

04. (BNDES – Técnico Administrativo – CESGRANRIO) Uma empresa de propaganda pretende


criar panfletos coloridos para divulgar certo produto. O papel pode ser laranja, azul, preto, amarelo,
vermelho ou roxo, enquanto o texto é escrito no panfleto em preto, vermelho ou branco.
De quantos modos distintos é possível escolher uma cor para o fundo e uma cor para o texto se, por
uma questão de contraste, as cores do fundo e do texto não podem ser iguais?
(A) 13
(B) 14
(C) 16
(D) 17
(E) 18

05. (TCE/BA – Analista de Controle Externo – FGV) Um heptaminó é um jogo formado por diversas
peças com as seguintes características:
• Cada peça contém dois números do conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5,6, 7}.
• Todas as peças são diferentes.
• Escolhidos dois números (iguais ou diferentes) do conjunto acima, existe uma, e apenas uma, peça
formada por esses números.
A figura a seguir mostra exemplos de peças do heptaminó.

O número de peças do heptaminó é


(A) 36.
(B) 40.
(C) 45.
(D) 49.
(E) 56.

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06. (SANEAR – Fiscal - FUNCAB) Os números dos segredos de um determinado modelo de cadeado
são compostos por quatro algarismos do conjunto C = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9}.
O número máximo de segredos distintos, desse modelo de cadeado, que começam com um algarismo
ímpar e terminam com um algarismo par, é:
(A) 1.120
(B) 1.750
(C) 2.255
(D) 2.475
(E) 2.500

07. (PM/SP – Cabo – CETRO) Uma lei de certo país determinou que as placas das viaturas de polícia
deveriam ter 3 algarismos seguidos de 4 letras do alfabeto grego (24 letras). Sendo assim, o número de
placas diferentes será igual a
(A) 175.760.000.
(B) 183.617.280.
(C) 331.776.000.
(D) 358.800.000.

08. (TJ/RS – Técnico Judiciário - FAURGS) O Tribunal de Justiça está utilizando um código de leitura
de barras composto por 5 barras para identificar os pertences de uma determinada seção de trabalho. As
barras podem ser pretas ou brancas. Se não pode haver código com todas as barras da mesma cor, o
número de códigos diferentes que se pode obter é de
(A) 10.
(B) 30.
(C) 50.
(D) 150.
(E) 250.

09. (SEED/SP – Agente de Organização Escolar – VUNESP) Um restaurante possui pratos principais
e individuais. Cinco dos pratos são com peixe, 4 com carne vermelha, 3 com frango, e 4 apenas com
vegetais. Alberto, Bianca e Carolina pretendem fazer um pedido com três pratos principais individuais,
um para cada. Alberto não come carne vermelha nem frango, Bianca só come vegetais, e Carolina só
não come vegetais. O total de pedidos diferentes que podem ser feitos atendendo as restrições
alimentares dos três é igual a
(A) 384.
(B) 392.
(C) 396.
(D) 416.
(E)432.

10. (PREF. JUNDIAI/SP – Eletricista – MAKIYAMA) Dentre os nove competidores de um campeonato


municipal de esportes radicais, somente os quatro primeiros colocados participaram do campeonato
estadual. Sendo assim, quantas combinações são possíveis de serem formadas com quatro desses nove
competidores?
(A) 126
(B)120
(C) 224
(D) 212
(E) 156

11. (PREF. LAGOA DA CONFUSÃO/TO – Orientador Social – IDECAN) Renato é mais velho que
Jorge de forma que a razão entre o número de anagramas de seus nomes representa a diferença entre
suas idades. Se Jorge tem 20 anos, a idade de Renato é
(A) 24.
(B) 25.
(C) 26.
(D) 27.
(E) 28.

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12. (PREF. NEPOMUCENO/MG – Técnico em Segurança do Trabalho – CONSULPLAN) Numa
sala há 3 ventiladores de teto e 4 lâmpadas, todos com interruptores independentes. De quantas maneiras
é possível ventilar e iluminar essa sala mantendo, pelo menos, 2 ventiladores ligados e 3 lâmpadas
acesas?
(A) 12.
(B) 18.
(C) 20.
(D) 24.
(E) 36.

13. (CREA/PR – Agente Administrativo– FUNDATEC) A fim de vistoriar a obra de um estádio de


futebol para a copa de 2014, um órgão público organizou uma comissão composta por 4 pessoas, sendo
um engenheiro e 3 técnicos.
Sabendo-se que em seu quadro de funcionários o órgão dispõe de 3 engenheiros e de 9 técnicos,
pode-se afirmar que a referida comissão poderá ser formada de _____ maneiras diferentes.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna do trecho acima.
(A) 252
(B) 250
(C) 243
(D) 127
(E) 81

14. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – Música – EXÉRCITO BRASILEIRO) Colocando-se


em ordem alfabética os anagramas da palavra FUZIL, que posição ocupará o anagrama ZILUF.
(A) 103
(B) 104
(C) 105
(D) 106
(E) 107

15. (CODEMIG – Analista de Administração – Gestão de Concursos) Oito amigos encontraram-se


em uma festa. Se cada um dos amigos trocar um aperto de mão com cada um dos outros, quantos apertos
de mão serão trocados?
(A) 22.
(B) 25.
(C) 27.
(D) 28.

Respostas

01. Resposta: B.
A questão trata-se de princípio fundamental da contagem, logo vamos enumerar todas as
possibilidades de fazermos o pedido:
6 x 4 x 4 x 5 = 480 maneiras.

02. Resposta: C.
Pelo enunciado precisa ser um número maior que 4000, logo para o primeiro algarismo só podemos
usar os números 4,5 e 6 (3 possibilidades). Como se trata de números distintos para o segundo algarismo
poderemos usar os números (0,1,2,3 e também 4,5 e 6 dependo da primeira casa) logo teremos 7 – 1 =
6 possibilidades. Para o terceiro algarismos teremos 5 possibilidades e para o último, o quarto algarismo,
teremos 4 possibilidades, montando temos:

Basta multiplicarmos todas as possibilidades: 3 x 6 x 5 x 4 = 360.


Logo N é 360.

03. Resposta: B.

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Esta questão trata-se de Combinação, pela fórmula temos:
n!
Cn, p =
(n − p)! p!

Onde n = 12 e p = 3
n! 12! 12! 12.11.10.9! 1320 1320
Cn, p = → C12,3 = = = = = = 220
(n − p)! p! (12 − 3)! 3! 9! 3! 9! 3! 3.2.1 6

Como cada um deles pode ser o coordenado, e no grupo tem 3 pessoas, logo temos 220 x 3 = 660.

04. Resposta: C.
__
6.3=18
Tirando as possibilidades de papel e texto iguais:
P P e V V=2 possibilidades
18-2=16 possiblidades

05. Resposta: A.
Teremos 8 peças com números iguais.

Depois, cada número com um diferente


7+6+5+4+3+2+1
8+7+6+5+4+3+2+1=36

06. Resposta: E.
O primeiro algarismo tem 5 possibilidades: 1,3,5,7,9
Os dois do meio tem 10 possibilidades, pois pode repetir os números
E o último tem 5: 0,2,4,6,8
_ _ _ _
5.10.10.5=2500

07. Resposta: C.
Algarismos possíveis: 0,1,2,3,4,5,6,7,8,9=10 algarismos
_ _ _ _ _ _ _
101010  242424 24=331.776.000

08. Resposta: B.
_____
22222=32 possibilidades se pudesse ser qualquer uma das cores
Mas, temos que tirar código todo preto e todo branco.
32-2=30

09. Resposta: E.
Para Alberto:5+4=9
Para Bianca:4
Para Carolina: 12
___
9.4.12=432

10. Resposta: A.
1001.

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C_9,4 = 9! / 5!4! = (9∙8∙7∙6∙5!) / (5!∙24) = 126

11. Resposta: C.
Anagramas de RENATO
______
6.5.4.3.2.1=720
Anagramas de JORGE
_____
5.4.3.2.1=120
720
Razão dos anagramas: =6
120
Se Jorge tem 20 anos, Renato tem 20+6=26 anos

12. Resposta: C.
1ª possibilidade:2 ventiladores e 3 lâmpadas
3!
𝐶3,2 = =3
1!2!

4!
𝐶4,3 = 1!3! = 4

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,3 = 3 ∙ 4 = 12

2ª possibilidade:2 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,2 = 1!2! = 3

4!
𝐶4,4 = =1
0!4!

𝐶3,2 ∙ 𝐶4,4 = 3 ∙ 1 = 3

3ª possibilidade:3 ventiladores e 3 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = 0!3! = 1

4!
𝐶4,3 = =4
1!3!
𝐶3,3 ∙ 𝐶4,3 = 1 ∙ 4 = 4

4ª possibilidade:3 ventiladores e 4 lâmpadas


3!
𝐶3,3 = =1
0!3!

4!
𝐶4,4 = 0!4! = 1

𝐶3,3 ∙ 𝐶4,4 = 1 ∙ 1 = 1
Somando as possibilidades: 12 + 3 + 4 + 1 = 20

13. Resposta: A.
Engenheiros
3!
𝐶3,1 = =3
2! 1!

Técnicos
9! 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6!
𝐶9,3 = = = 84
3! 6! 6 ∙ 6!

3 . 84 = 252 maneiras

14. Resposta: D.

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F _ _ _ _ P4 = 4!
I _ _ _ _ P4 = 4!
L _ _ _ _p4 = 4!
U_ _ _ _P4 = 4!
ZF_ _ _P3 = 3!
ZIF_ _P2 = 2!
ZILFU-1
ZILUF
4 . 4! + 3! + 2! + 1 = 105
Portanto, ZILUF está na 106 posição.

15. Resposta: D.
A primeira pessoa apertará a mão de 7
A Segunda, de 6, e assim por diante.
Portanto, haverá: 7+6+5+4+3+2+1=28

PROBABILIDADE

A teoria das probabilidades surgiu no século XVI, com o estudo dos jogos de azar, tais como jogos de
cartas e roleta. Atualmente ela está intimamente relacionada com a Estatística e com diversos ramos do
conhecimento.

Definições:
A teoria da probabilidade é o ramo da Matemática que cria e desenvolve modelos matemáticos para
estudar os experimentos aleatórios. Alguns elementos são necessários para efetuarmos os cálculos
probabilísticos.
- Experimentos aleatórios: fenômenos que apresentam resultados imprevisíveis quando repetidos,
mesmo que as condições sejam semelhantes.

Exemplos:
a) lançamento de 3 moedas e a observação das suas faces voltadas para cima
b) jogar 2 dados e observar o número das suas faces
c) abrir 1 livro ao acaso e observar o número das suas faces.

- Espaço amostral: conjunto de todos os resultados possíveis de ocorrer em um determinado


experimento aleatório. Indicamos esse conjunto por uma letra maiúscula: U, S, A, Ω ... variando de acordo
com a bibliografia estudada.

Exemplo:
a) quando lançamos 3 moedas e observamos suas faces voltadas para cima, sendo as faces da moeda
cara (c) e coroa (k), o espaço amostral deste experimento é:
S = {(c,c,c); (c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}, onde o número de elementos do
espaço amostral n(A) = 8

- Evento: é qualquer subconjunto de um espaço amostral (S); muitas vezes um evento pode ser
caracterizado por um fato. Indicamos pela letra E.

Exemplo:
a) no lançamento de 3 moedas:
E1→ aparecer faces iguais
E1 = {(c,c,c);(k,k,k)}
O número de elementos deste evento E1 é n(E1) = 2

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E2→ aparecer coroa em pelo menos 1 face
E2 = {(c,c,k); (c,k,k); (c,k,c); (k,k,k,); (k,c,k); (k,c,c); (k,k,c)}
Logo n(E2) = 7

Veremos agora alguns eventos particulares:


- Evento certo: que possui os mesmos elementos do espaço amostral (todo conjunto é subconjunto
de si mesmo); E = S.
E: a soma dos resultados nos 2 dados ser menor ou igual a 12.

- Evento impossível: evento igual ao conjunto vazio.


E: o número de uma das faces de um dado comum ser 7.
E: Ø

- Evento simples: evento que possui um único elemento.


E: a soma do resultado de dois dados ser igual a 12.
E: {(6,6)}

- Evento complementar: se E é um evento do espaço amostral S, o evento complementar de E


indicado por C tal que C = S – E. Ou seja, o evento complementar é quando E não ocorre.
E1: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser menor ou igual a 2.
E2: o primeiro número, no lançamento de 2 dados, ser maior que 2.
S: espaço amostral é dado na tabela abaixo:

E: {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3) (2,4), (2,5), (2,6)}
Como, C = S – E
C = {(3,1), (3,2), (3,3), (3,4), (3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4),
(5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

- Eventos mutuamente exclusivos: dois ou mais eventos são mutuamente exclusivos quando a
ocorrência de um deles implica a não ocorrência do outro. Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então: A ∩ B = Ø.
Sejam os eventos:
A: quando lançamos um dado, o número na face voltada para cima é par.
A = {2,4,6}
B: quando lançamos um dado, o número da face voltada para cima é divisível por 5.
B = {5}
Os eventos A e B são mutuamente exclusivos, pois A ∩ B = Ø.

Probabilidade em espaços equiprováveis


Considerando um espaço amostral S, não vazio, e um evento E, sendo E ⊂ S, a probabilidade de
ocorrer o evento E é o número real P (E), tal que:

𝐧(𝐄)
𝐏(𝐄) =
𝐧(𝐒)

Sendo 0 ≤ P(E) ≤ 1 e S um conjunto equiprovável, ou seja, todos os elementos têm a mesma


“chance de acontecer.
Onde:
n(E) = número de elementos do evento E.

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n(S) = número de elementos do espaço amostral S.

Exemplo:
Lançando-se um dado, a probabilidade de sair um número ímpar na face voltada para cima é obtida
da seguinte forma:
S = {1, 2, 3, 4, 5, 6} n(S) = 6
E = {1, 3, 5} n(E) = 3

n(E) 3 1
P(E) = = = = 0,5 𝑜𝑢 50%
n(S) 6 2

Probabilidade da união de dois eventos


Vamos considerar A e B dois eventos contidos em um mesmo espaço amostral A, o número de
elementos da reunião de A com B é igual ao número de elementos do evento A somado ao número de
elementos do evento B, subtraindo o número de elementos da intersecção de A com B.

Sendo n(S) o número de elementos do espaço amostral, vamos dividir os dois membros da equação
por n(S) a fim de obter a probabilidade P (A U B).
𝑛(𝐴 ∪ 𝐵) 𝑛(𝐴) 𝑛(𝐵) 𝑛(𝐴 ∩ 𝐵)
= + −
𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆) 𝑛(𝑆)

P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)

Para eventos mutuamente exclusivos, onde A ∩ B = Ø, a equação será:

P (A U B) = P(A) + P(B)

Exemplo:
A probabilidade de que a população atual de um país seja de 110 milhões ou mais é de 95%. A
probabilidade de ser 110 milhões ou menos é de 8%. Calcule a probabilidade de ser 110 milhões.
Sendo P(A) a probabilidade de ser 110 milhões ou mais: P(A) = 95% = 0,95
Sendo P(B) a probabilidade de ser 110 milhões ou menos: P(B) = 8% = 0,08
P (A ∩ B) = a probabilidade de ser 110 milhões: P (A ∩ B) = ?
P (A U B) = 100% = 1
Utilizando a regra da união de dois eventos, temos:
P (A U B) = P(A) + P(B) – P (A ∩ B)
1 = 0,95 + 0,08 - P (A ∩ B)

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P (A ∩ B) = 0,95 + 0,08 - 1
P (A ∩ B) = 0,03 = 3%

Probabilidade condicional
Vamos considerar os eventos A e B de um espaço amostral S, definimos como probabilidade
𝐴
condicional do evento A, tendo ocorrido o evento B e indicado por P(A | B) ou 𝑃 (𝐵), a razão:

𝒏(𝑨 ∩ 𝑩) 𝑷(𝑨 ∩ 𝑩)
𝑷(𝑨|𝑩) = =
𝒏(𝑩) 𝑷(𝑩)

Lemos P (A | B) como: a probabilidade de A “dado que” ou “sabendo que” a probabilidade de B.


Exemplo:
No lançamento de 2 dados, observando as faces de cima, para calcular a probabilidade de sair o
número 5 no primeiro dado, sabendo que a soma dos 2 números é maior que 7.
Montando temos:
S = {(1,1), (1,2), (1,3), (1,4), (1,5), (1,6), (2,1), (2,2), (2,3), (2,4), (2,5), (2,6), (3,1), (3,2), (3,3), (3,4),
(3,5), (3,6), (4,1), (4,2), (4,3), (4,4), (4,5), (4,6), (5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,1), (6,2), (6,3), (6,4),
(6,5), (6,6)}
Evento A: o número 5 no primeiro dado.
A = {(5,1), (5,2), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}

Evento B: a soma dos dois números é maior que 7.


B = {(2,6), (3,5), (3,6), (4,4), (4,5), (4,6), (5,3), (5,4), (5,5), (5,6), (6,2), (6,3), (6,4), (6,5), (6,6)}

A ∩ B = {(5,3), (5,4), (5,5), (5,6)}


P (A ∩ B) = 4/36
P(B) = 15/36
Logo:
4
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) 36 4 36 4
𝑃(𝐴|𝐵) = = = . =
𝑃(𝐵) 15 36 15 15
36

Probabilidade de dois eventos simultâneos (ou sucessivos)


A probabilidade de ocorrer P (A ∩ B) é igual ao produto de um deles pela probabilidade do outro em
relação ao primeiro. Isto significa que, para se avaliar a probabilidade de ocorrem dois eventos
simultâneos (ou sucessivos), que é P (A ∩ B), é preciso multiplicar a probabilidade de ocorrer um deles
P(B) pela probabilidade de ocorrer o outro, sabendo que o primeiro já ocorreu P (A | B).
Sendo:
𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁)
𝐏(𝐀|𝐁) = 𝐨𝐮 𝐏(𝐁|𝐀) =
𝐏(𝐁) 𝐏(𝐀)

- Eventos independentes: dois eventos A e B de um espaço amostral S são independentes quando


P(A|B) = P(A) ou P(B|A) = P(B). Sendo os eventos A e B independentes, temos:

P (A ∩ B) = P(A). P(B)

Exemplo:
Lançando-se simultaneamente um dado e uma moeda, determine a probabilidade de se obter 3 ou 5
na dado e cara na moeda.
Sendo, c = coroa e k = cara.

S = {(1,c), (1,k), (2,c), (2,k), (3,c), (3,k), (4,c), (4,k), (5,c), (5,k), (6,c), (6,k)}
Evento A: 3 ou 5 no dado
A = {(3,c), (3,k), (5,c), (5,k)}
4 1
𝑃(𝐴) = =
12 3

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Evento B: cara na moeda
B = {(1,k), (2,k), (3,k), (4,k), (5,k), (6,k)}
6 1
𝑃(𝐵) = =
12 2

Os eventos são independentes, pois o fato de ocorrer o evento A não modifica a probabilidade de
ocorrer o evento B. Com isso temos:
P (A ∩ B) = P(A). P(B)
1 1 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = . =
3 2 6

Observamos que A ∩ B = {(3,k), (5,k)} e a P (A ∩ B) poder ser calculada também por:


𝑛(𝐴 ∩ 𝐵) 2 1
𝑃(𝐴 ∩ 𝐵) = = =
𝑛(𝑆) 12 6
No entanto nem sempre chegar ao n(A ∩ B) nem sempre é fácil dependendo do nosso espaço
amostral.

Lei Binomial de probabilidade


Vamos considerar um experimento que se repete n número de vezes. Em cada um deles temos:
P(E) = p, que chamamos de probabilidade de ocorrer o evento E com sucesso.
P(𝐸̅ ) = 1 – p, probabilidade de ocorrer o evento E com insucesso (fracasso).

A probabilidade do evento E ocorrer k vezes, das n que o experimento se repete é dado por uma lei
binomial.

A probabilidade de ocorrer k vezes o evento E e (n - k) vezes o evento 𝐸̅ é o produto: pk . (1 – p)n - k

As k vezes do evento E e as (n – k) vezes do evento 𝐸̅ podem ocupar qualquer ordem. Então,


precisamos considerar uma permutação de n elementos dos quais há repetição de k elementos e de (n –
k) elementos, em outras palavras isso significa:
𝑛!
𝑃𝑛 [𝑘,(𝑛−𝑘)] = 𝑘.(𝑛−𝑘)! = (𝑛𝑘), logo a probabilidade de ocorrer k vezes o evento E no n experimentos é
dada:
𝒏
𝒑 = ( ) . 𝒑𝒌 . 𝒒𝒏−𝒌
𝒌

A lei binomial deve ser aplicada nas seguintes condições:

- O experimento deve ser repetido nas mesmas condições as n vezes.


- Em cada experimento devem ocorrer os eventos E e 𝐸̅ .
- A probabilidade do E deve ser constante em todas as n vezes.
- Cada experimento é independente dos demais.

Exemplo:
Lançando-se uma moeda 4 vezes, qual a probabilidade de ocorrência 3 caras?
Está implícito que ocorrerem 3 caras deve ocorrer uma coroa. Umas das possíveis situações, que
satisfaz o problema, pode ser:

. 120
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Temos que:
n=4
k=3
1 1
̅̅̅ = 1 −
𝑃(𝐸) = , 𝑃(𝐸)
2 2

Logo a probabilidade de que essa situação ocorra é dada por:


1 3 1 1
(2) . (1 − 2) , como essa não é a única situação de ocorre 3 caras e 1 coroa. Vejamos:

1 3 1 1
Podemos também resolver da seguinte forma: (43) maneiras de ocorrer o produto (2) . (1 − 2) ,
portanto:
4 1 3 1 1 1 1 1
𝑃(𝐸) = ( ) . ( ) . (1 − ) = 4. . =
3 2 2 8 2 4
Referências
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD
IEZZI, Gelson – Matemática – Volume Único
BUCCHI, Paulo – Curso prático de Matemática – Volume 2 – 1ª edição - Editora Moderna

Questões

01. (ENEM - CESGRANRIO) Em uma escola, a probabilidade de um aluno compreender e falar inglês
é de 30%. Três alunos dessa escola, que estão em fase final de seleção de intercâmbio, aguardam, em
uma sala, serem chamados para uma entrevista. Mas, ao invés de chamá-los um a um, o entrevistador
entra na sala e faz, oralmente, uma pergunta em inglês que pode ser respondida por qualquer um dos
alunos.
A probabilidade de o entrevistador ser entendido e ter sua pergunta oralmente respondida em inglês é
(A) 23,7%
(B) 30,0%
(C) 44,1%
(D) 65,7%
(E) 90,0%

02. (ENEM - CESGRANRIO) Uma competição esportiva envolveu 20 equipes com 10 atletas cada.
Uma denúncia à organização dizia que um dos atletas havia utilizado substância proibida.
Os organizadores, então, decidiram fazer um exame antidoping. Foram propostos três modos
diferentes para escolher os atletas que irão realizá-lo:
Modo I: sortear três atletas dentre todos os participantes;
Modo II: sortear primeiro uma das equipes e, desta, sortear três atletas;
Modo III: sortear primeiro três equipes e, então, sortear um atleta de cada uma dessas três equipes.
Considere que todos os atletas têm igual probabilidade de serem sorteados e que P(I), P(II) e P(III)
sejam as probabilidades de o atleta que utilizou a substância proibida seja um dos escolhidos para o
exame no caso do sorteio ser feito pelo modo I, II ou III. Comparando-se essas probabilidades, obtém-se
(A) P(I) < P(III) < P(II)
(B) P(II) < P(I) < P(III)
(C) P(I) < P(II) = P(III)
(D) P(I) = P(II) < P(III)
(E) P(I) = P(II) = P(III)

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03. (ENEM - CESGRANRIO) Em uma central de atendimento, cem pessoas receberam senhas
numeradas de 1 até 100. Uma das senhas é sorteada ao acaso.
Qual é a probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20?
(A) 1/100
(B) 19/100
(C) 20/100
(D) 21/100
(E) 80/100

04. (Pref. Niterói – Agente Fazendário – FGV) O quadro a seguir mostra a distribuição das idades
dos funcionários de certa repartição pública:

Escolhendo ao acaso um desses funcionários, a probabilidade de que ele tenha mais de 40 anos é:
(A) 30%;
(B) 35%;
(C) 40%;
(D) 45%;
(E) 55%.

05. (Pref. Niterói – Fiscal de Posturas – FGV) Uma urna contém apenas bolas brancas e bolas pretas.
São vinte bolas ao todo e a probabilidade de uma bola retirada aleatoriamente da urna ser branca é 1/5.
Duas bolas são retiradas da urna sucessivamente e sem reposição.
A probabilidade de as duas bolas retiradas serem pretas é:
(A) 16/25;
(B) 16/19;
(C) 12/19;
(D) 4/5;
(E) 3/5.

06. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV) Um tabuleiro de damas tem 32 quadradinhos pretos e 32
quadradinhos brancos.

Um desses 64 quadradinhos é sorteado ao acaso.


A probabilidade de que o quadradinho sorteado seja um quadradinho preto da borda do tabuleiro é:
(A) ½;
(B) ¼;
(C) 1/8;
(D) 9/16;
(E) 7/32.

07. (Pref. Jucás/CE – Professor de Matemática – INSTITUTO NEO EXITUS) Fernanda organizou
um sorteio de amigo secreto entre suas amigas. Para isso, escreveu em pedaços de papel o nome de
cada uma das 10 pessoas (incluindo seu próprio nome) que participariam desse sorteio e colocou dentro
de um saco. Fernanda, como organizadora, foi a primeira a retirar um nome de dentro do saco. A
probabilidade de Fernanda retirar seu próprio nome é:
(A) 3/5.
(B) 2/10.
(C) 1/10.
(D) ½.
(E) 2/3.

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08. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Uma loja
de eletrodoméstico tem uma venda mensal de sessenta ventiladores. Sabe-se que, desse total, seis
apresentam algum tipo de problema nos primeiros seis meses e precisam ser levados para o conserto
em um serviço autorizado.
Um cliente comprou dois ventiladores. A probabilidade de que ambos não apresentem problemas nos
seis primeiros meses é de aproximadamente:
(A) 90%
(B) 81%
(C) 54%
(D) 11%
(E) 89%

09. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) Em uma
caixa estão acondicionados uma dúzia e meia de ovos. Sabe-se, porém, que três deles estão impróprios
para o consumo.
Se forem escolhidos dois ovos ao acaso, qual a probabilidade de ambos estarem estragados?
(A) 2/153
(B) 1/9
(C) 1/51
(D) 1/3
(E) 4/3

10. (Corpo de Bombeiros Militar/MT – Oficial Bombeiro Militar – COVEST – UNEMAT) O jogo da
memória é um clássico jogo formado por peças que apresentam uma figura em um dos lados. Cada figura
se repete em duas peças diferentes. Para começar o jogo, as peças são postas com a figura voltada para
baixo, para que não possam ser vistas. Cada participante deve, na sua vez, virar duas peças e deixar que
todos as vejam. Caso as figuras sejam iguais, o participante deve recolher consigo esse par e jogar
novamente. Se forem peças diferentes, estas devem ser viradas novamente e a vez deve ser passada ao
participante seguinte. Ganha o jogo quem tiver descoberto mais pares, quando todos eles tiverem sido
recolhidos.
Fonte:<http:// www.wikipedia.org/wiki/Jogo_de_memoria>. Acesso em: 13.mar.2014.

Suponha que o jogo possua 2n cartas, sendo n pares distintos. Qual é a probabilidade de, na primeira
tentativa, o jogador virar corretamente um par igual?
1
(A) 2𝑛−1

1
(B) 𝑛

1
(C) 2𝑛

1
(D) 𝑛−1

1
(E) 𝑛+1

Respostas

01. Resposta: D.
A probabilidade de nenhum dos três alunos responder à pergunta feita pelo entrevistador é
0,70 . 0,70 . 0,70 = 0,343 = 34,3%
Portanto, a possibilidade dele ser entendido é de: 100% – 34 ,3% = 65,7%

02. Resposta: E.
Em 20 equipes com 10 atletas, temos um total de 200 atletas, dos quais apenas um havia utilizado
substância proibida.
A probabilidade desse atleta ser um dos escolhidos pelo:
Modo I é

. 123
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1 199 198 3
𝑃(𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ =
200 199 198 200

Modo II é
1 1 9 8 3
𝑃(𝐼𝐼) = ∙3∙ ∙ ∙ =
20 10 9 8 200

Modo III é
1 19 18 1 10 10 3
𝑃(𝐼𝐼𝐼) = 3 ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ =
20 19 18 10 10 10 200

A equipe dele pode ser a primeira, a segunda ou a terceira a ser sorteada e a probabilidade dele ser o
sorteado na equipe é 1/10
P(I)=P(II)=P(III)

03. Resposta: C.
A probabilidade de a senha sorteada ser um número de 1 a 20 é 20/100, pois são 20 números entre
100.

04. Resposta: D.
O espaço amostral é a soma de todos os funcionário:
2 + 8 + 12 + 14 + 4 = 40
O número de funcionário que tem mais de 40 anos é: 14 + 4 = 18
Logo a probabilidade é:
18
𝑃(𝐸) = = 0,45 = 45%
40

05. Resposta: C.
B = bolas brancas
T = bolas pretas
Total 20 bolas = S (espaço amostral)
P(B) = 1/5
𝑛(𝐵) 1 𝑛(𝐵) 20
𝑃(𝐵) = → = → 𝑛(𝐵) = =4
𝑛(𝑆) 5 20 5

Logo 20 – 4 = 16 bolas pretas


𝑛(𝑇) 16 4
𝑃(𝑇1) = = =
𝑛(𝑆) 20 5

Como não há reposição a probabilidade da 2º bola ser preta é:

𝑛(𝑇) 15
𝑃(𝑇2) = =
𝑛(𝑆) 19

Como os eventos são independentes multiplicamos as probabilidades:


4 15 60 12
. = =
5 19 95 19

06. Resposta: E.
Como são 14 quadrinhos pretos na borda e 64 quadradinhos no total, logo a probabilidade será de:
14 7
𝑃(𝐸) = =
64 32

07. Resposta: C.
𝑟𝑒𝑡𝑖𝑟𝑎𝑑𝑜
A probabilidade é calculada por 𝑃 = 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
1
Assim, 𝑃 =
10

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08. Resposta: B.
6 / 60 = 0,1 = 10% de ter problema
Assim, se 10% tem problemas, então 90% não apresentam problemas.
90 90 8100
𝑃= .
100 100
= 10000
= 81%

09. Resposta: C.
3 2 6 1
𝑃= . = = (: 6 / 6)
18 17 306 51

10. Resposta: A.
Como a primeira carta pode ser qualquer uma, as chances são certas (1). Após, a segunda carta
precisa ser igual à primeira, e só há 1 igual. Assim:
1 1 1
𝑃= 1
. 2𝑛−1 = 2𝑛−1

8. MATRIZES: operações, propriedades, inversa. Determinantes e propriedades.


Matriz associada a um sistema de equações lineares; resolução e discussão de
sistemas lineares.

MATRIZES

Em jornais, revistas e na internet vemos frequentemente informações numéricas organizadas em


tabelas, colunas e linhas. Exemplos:

Em matemática essas tabelas são exemplos de matrizes. O crescente uso dos computadores tem
feito com que a teoria das matrizes seja cada vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia,
Matemática, Física, dentre outras.

Definição
Seja m e n números naturais não nulos. Uma matriz do tipo m x n, é uma tabela de m.n números reais
dispostos em m linhas e n colunas. Exemplo:

. 125
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Um elemento qualquer dessa matriz será representado pelo símbolo: aij, no qual o índice i refere-se à
linha, o índice j refere-se à coluna em que se encontram tais elementos. As linhas são enumeradas de
cima para baixo e as colunas, da esquerda para direita.

Exemplo

Representamos uma matriz colocando seus elementos (números) entre parêntese ou colchetes ou
também (menos utilizado) duas barras verticais à esquerda e direita.

Exemplos
1
𝐴 = (5 −1 ) é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 1 𝑥 3
2
7 −2
𝐵=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 2
3 4

√5 1/3 1
𝐶=‖ 7 2 −5‖ é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 3 𝑥 3
−4 1/5 2

−1 5 8
𝐷=[ ] é 𝑢𝑚𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2 𝑥 3
−1 2 −3

Exemplo
Escrever a matriz A = (aij)2 x 3, em que aij = i – j
A matriz é do tipo 2 x 3 (duas linhas e três colunas), podemos representa-la por:

. 126
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Matrizes Especiais
Algumas matrizes recebem nomes especiais. Vejamos:

- Matriz Linha: é uma matriz formada por uma única linha.

Exemplo
𝐴 = [1 7 −5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 1𝑥3
- Matriz coluna: é uma matriz formada por uma única coluna.

Exemplo
1
𝐵 = [−5] , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑙𝑢𝑛𝑎 3𝑥1
7

- Matriz nula: é matriz que possui todos os elementos iguais a zero.

Exemplo
0 0
𝐶 = (0 0) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑛𝑢𝑙𝑎 3𝑥2
0 0

- Matriz quadrada: é a matriz que possui o número de linhas igual ao número de colunas. Podemos,
neste caso, chamar de matriz quadrada de ordem n.

Exemplo
3 2
𝐷=( ) , 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 2𝑥2 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 2.
−4 1

A diagonal principal de D é formada pelos elementos cujo índice é igual ao índice da coluna (a11 e a22).
A outra diagonal recebe o nome de diagonal secundária de D.

- Matriz identidade: é a matriz quadrada em que cada elemento da diagonal principal é igual a 1, e os
demais têm o valor 0. Representamos a matriz identidade pela seguinte notação: In.

Exemplos

Também podemos definir uma matriz identidade da seguinte forma:

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𝑎𝑖𝑗 = 1, 𝑠𝑒 𝑖 = 𝑗
𝐼𝑛 = [𝑎𝑖𝑗 ]𝑛 𝑥 𝑛 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 {
𝑎𝑖𝑗 = 0, 𝑠𝑒 𝑖 ≠ 𝑗

- Matriz transposta: é a matriz onde as linhas são ordenadamente iguais a colunas desta mesma
matriz e vice e versa. Ou seja:
Dada uma matriz A de ordem m x n, chama-se matriz transposta de A, indicada por At, a matriz cuja a
ordem é n x m, sendo as suas linhas ordenadamente iguais às colunas da matriz A.

Exemplo

2 −1 2 7
𝐴=[ ] , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐴𝑡 = [ ]
7 10 − 10

Observe que:
- a 1ª linha da matriz A é igual à 1ª coluna da matriz At.
- a 2ª linha da matriz A é igual a 2ª coluna da matriz At.

Generalizando, temos:

- Matriz oposta: é a matriz obtida a partir de A, trocando-se o sinal de todos os seus elementos.
Representamos por -A tal que A + (-A) = O, em que O é a matriz nula do tipo m x n.

Exemplo

- Matriz simétrica: é uma matriz quadrada cujo At = A; ou ainda aij = aji

Exemplo

- Matriz antissimétrica: é uma matriz quadrada cujo At = - A; ou ainda aij = - aij.

Exemplo

. 128
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Classificação de acordo com os elementos da matriz

- Real: se todos os seus elementos são reais.

Exemplo
1 −5
𝐴= [ ]
3 2

- Imaginária: se pelo menos um dos seus elementos é complexo.

Exemplo
1 −5
𝐵= [ ]
3 𝑖

- Triangular superior: é uma matriz quadrada em que os elementos abaixo da diagonal principal são
nulos.

Exemplo

- Triangular inferior: é uma matriz quadrada em que os elementos acima da diagonal principal são
nulos.

Exemplo

Igualdade de matrizes
Dizemos que duas matrizes A e B, de mesma ordem, são iguais (A = B) se, e somente se, os seus
elementos de mesma posição forem iguais, ou seja:
A = [aij] m x n e B = [bij] p x q

Sendo A = B, temos:
m=pen=q

. 129
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Operações com matrizes

- Adição: a soma de duas matrizes A e B de mesma ordem é matriz também de mesma ordem, obtida
com a adição dos elementos de mesma posição das matrizes A e B.

Exemplo

Propriedades: considerando as matrizes de mesma ordem, algumas propriedades são válidas:


Comutativa: A + B = B + A
Associativa: A + (B + C) = (A + B) + C
Elemento simétrico: A + (-A) = 0
Elemento neutro: A + 0 = A

- Subtração: a diferença entre duas matrizes A e B, de mesma ordem, é a matriz obtida pela adição
da matriz A com a oposta da matriz B, ou seja:

Exemplo

- Multiplicação de um número real por uma matriz: o produto de um número real k por uma matriz
A, é dado pela multiplicação de cada elemento da matriz A por esse número real k.

. 130
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Exemplo

- Multiplicação de matrizes: para multiplicarmos duas matrizes A e B só é possível mediante a uma


condição e uma técnica mais elaborada. Vejamos:

Condição: o número de COLUNAS da A (primeira) têm que ser igual ao número de LINHAS de B
(segunda).

Logo a ordem da matriz resultante é a LINHA de A e a COLUNA DE B.

Técnica: Multiplicamos o 1º elemento da LINHA 1 de A pelo 1º elemento da primeira COLUNA de B,


depois o 2º elemento da LINHA 1 de A pelo 2º elemento da primeira COLUNA de B e somamos esse
produto. Fazemos isso sucessivamente, até termos efetuado a multiplicação de todos os termos.
Exemplo

A matriz C é o resultado da multiplicação de A por B.

Propriedades da multiplicação: admite-se as seguintes propriedades


Associativa: (A.B). C = A.(B.C)
Distributiva: (A + B). C = A. C + B. C e C. (A + B) = C. A + C. B

Observação: a propriedade comutativa NÂO é válida na multiplicação de matrizes, pois geralmente


A.B ≠ B.A

Matriz Inversa
Dizemos que uma matriz é inversa A–1 (toda matriz quadrada de ordem n), se e somente se, A.A-1 = In
e A-1.A = In ou seja:
𝐴 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑑𝑎𝑑𝑎.
𝑨. 𝑨−𝟏 = 𝑨−𝟏 . 𝑨 = 𝑰𝒏 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 { 𝐴−1 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝐴.
𝐼𝑛 é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑠𝑚𝑎 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝐴.

Exemplos
1
8 −2 −1
1) A matriz 𝐵 = [ ] é inversa da matriz 𝐴 = [23 ] , pois:
3 −1 −4
2

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2 5 1 2
2) Vamos verificar se a matriz 𝐴 = ( ) 𝑒𝐵=( ) , são inversas entre si:
1 3 1 1

Portanto elas, não são inversas entre si.

2 1
3) Dada a matriz 𝐴 = [ ], determine a inversa, A-¹.
3 2
𝑎 𝑏
Vamos então montar a matriz 𝐴−1 = [ ] , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 𝐴. 𝐴−1 = 𝐼𝑛
𝑐 𝑑

2 1 𝑎 𝑏 1 0 2𝑎 + 𝑐 2𝑏 + 𝑑 1 0
[ ].[ ]=[ ]→[ ]=[ ]
3 2 𝑐 𝑑 0 1 3𝑎 + 2𝑐 3𝑏 + 2𝑑 0 1

Fazendo as igualdades temos:


2𝑎 + 𝑐 = 1 2𝑏 + 𝑑 = 0
{ {
3𝑎 + 2𝑐 = 0 3𝑏 + 2𝑑 = 1

Resolvendo os sistemas temos: a = 2; b = -1; c = -3 e d = 2


Então a matriz inversa da matriz A é:
2 −1
𝐴−1 = [ ]
−3 2
Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
FILHO, Begnino Barreto; SILVA,Claudio Xavier da – Matemática – Volume Único - FTD

Questões

01. (Pref. de Rio de Janeiro/RJ – Prof. Ensino Fund. – Matemática- Pref. de Rio de Janeiro-
RJ) Considere as matrizes A e B, a seguir.

O elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna da matriz produto BA vale:
(A) 9
(B) 0
(C) – 9
(D) – 11

02. (BRDE – Analista de Sistemas-Suporte – FUNDATEC) Considere as seguintes matrizes:


2 3
2 3 2 1 0
𝐴=[ ] , 𝐵 = [4 5] 𝑒 𝐶 = [ ], a solução de C x B + A é:
4 6 4 6 7
6 6
(A) Não tem solução, pois as matrizes são de ordem diferentes.

10 14
(B) [ ]
78 90
2 3
(C) [ ]
4 5
6 6
(D) [ ]
20 36
8 11
(E) [ ]
74 84

03. (PM/SE – Soldado 3ª Classe – FUNCAB) A matriz abaixo registra as ocorrências policiais em uma
das regiões da cidade durante uma semana.

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Sendo M=(aij)3x7 com cada elemento aij representando o número de ocorrência no turno i do dia j da
semana.
O número total de ocorrências no 2º turno do 2º dia, somando como 3º turno do 6º dia e com o 1º turno
do 7º dia será:
(A) 61
(B) 59
(C) 58
(D) 60
(E) 62

04. (CPTM – ANALISTA DE COMUNICAÇÃO JÚNIOR – MAKIYAMA) Para que a soma de uma
𝑎 𝑏
matriz 𝐴 = [ ] e sua respectiva matriz transposta At em uma matriz identidade, são condições a serem
𝑐 𝑑
cumpridas:
(A) a=0 e d=0
(B) c=1 e b=1
(C) a=1/c e b=1/d
(D) a²-b²=1 e c²-d²=1
(E) b=-c e a=d=1/2

05. (CPTM – ALMOXARIFE – MAKIYAMA) Assinale a alternativa que apresente o resultado da


multiplicação das matrizes A e B abaixo:

2 1 0 4 −2
𝐴=( ) ∙𝐵 =( )
3 −1 1 −3 5

−1 −5 1
(A) ( )
1 15 11
1 5 1
(B) ( )
−1 15 − 11

1 5 −1
(C) ( )
1 −15 11

1 5 1
(D) ( )
1 15 11
−1 5 − 1
(E) ( )
1 15 − 11

06. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) Considere a seguinte sentença envolvendo matrizes:

6 𝑦 1 −3 7 7
( )+( )=( )
7 2 8 5 15 7

Diante do exposto, assinale a alternativa que apresenta o valor de y que torna a sentença verdadeira.
(A) 4.
(B) 6.
(C) 8.
(D) 10.

Respostas

01. Resposta: D.
Como as matrizes são quadradas de mesma ordem, podemos então multiplica-las:

. 133
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5 −2 0 1 2 −2
𝐵. 𝐴 = [−1 2 4] . [−1 3 0 ]→
−3 −2 1 2 1 3

5.1 + (−2). (−1) + 0.2 5.2 + (−2). 3 + 0.1 5. (−2) + (−2). 0 + 0.3 7 4 −10
[ −1.1 + 2. (−1) + 4.2 −1.2 + 2.3 + 4.1 −1. (−2) + 2.0 + 4.3 ] = [5 8 14 ]
−3.1 + (−2). (−1) + 1.2 −3.2 + (−2). 3 + 1.1 −3. (−2) + (−2). 0 + 1.3 1 −11 9
Logo o elemento que ocupa a terceira linha e a segunda coluna é o -11.

02. Resposta: B.
Vamos ver se é possível multiplicar as matrizes.
C(2x3) e B(3x2), como o número de colunas de C é igual ao número de colunas de B, logo é possível
multiplicar, o resultado será uma matriz 2x2(linha de C e coluna de B):
2 3
2 1 0 2.2 + 1.4 + 0.6 2.3 + 1.5 + 0.6 8 11
𝐶 𝑥𝐵 = [ ] . [ 4 5] → [ ]=[ ]
4 6 7 4.2 + 6.4 + 7.6 4.3 + 6.5 + 7.6 74 84
6 6

Agora vamos somar a matriz A(2x2) a matriz resultante da multiplicação que também tem a mesma
ordem:
8 11 8 11 2 3 8 + 2 11 + 3 10 14
[ ]+𝐴 = [ ]+[ ]→[ ]=[ ]
74 84 74 84 4 6 74 + 4 84 + 6 78 90

03. Resposta: E.
Turno i –linha da matriz
Turno j- coluna da matriz
2º turno do 2º dia – a22=18
3º turno do 6º dia-a36=25
1º turno do 7º dia-a17=19
Somando:18+25+19=62

04. Resposta: E.
𝑎 𝑏 𝑎 𝑐 2𝑎 𝑏+𝑐 1 0
𝐴 + 𝐴𝑡 = [ ]+[ ]=[ ]=[ ]
𝑐 𝑑 𝑏 𝑑 𝑏+𝑐 2𝑑 0 1
2a =1 → a =1/2 → b + c = 0 → b = -c
2d=1
D=1/2

05. Resposta: B.

2∙0+1∙1 2 ∙ 4 + 1 ∙ (−3 ) 2 ∙ (−2) + 1 ∙ 5


𝐴∙𝐵 =( )
3 ∙ 0 + (−1) ∙ 1 3 ∙ 4 + (−1) ∙ (−3) 3 ∙ (−2) + (−1) ∙ 5

1 5 1
𝐴∙𝐵 =( )
−1 15 − 11

06. Resposta: D.
6+1=7 𝑦−3=7
( )
7 + 8 = 15 2 + 5 = 7
y=10

DETERMINANTES

Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como
Leibniz e Seki Shinsuke Kowa, que procuravam uma fórmula para determinar as soluções de um “Sistema
linear”.
Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada A, um único número real que denominamos
determinante de A e que indicamos por det A ou colocamos os elementos da matriz A entre duas barras
verticais, como no exemplo abaixo:

. 134
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Definições

Determinante de uma Matriz de Ordem 1


Seja a matriz quadrada de ordem 1: A = [a11]
Chamamos determinante dessa matriz o número:
det A = [ a11] = a11

Exemplos
- A = [-2] → det A = - 2
- B = [5] → det B = 5
- C=[0] → det C=0

Determinante de uma Matriz de ordem 2


Seja a matriz quadrada de ordem 2:

Chamamos de determinante dessa matriz o número:

Para facilitar a memorização desse número, podemos dizer que o determinante é a diferença entre o
produto dos elementos da diagonal principal e o produto dos elementos da diagonal secundária.
Esquematicamente:

Exemplos

Determinante de uma Matriz de Ordem 3


Seja a matriz quadrada de ordem 3:

Chamamos determinante dessa matriz o número:

. 135
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 +
-a12 a21 a33 - a32 a23 a11

Para memorizarmos a definição de determinante de ordem 3, usamos a regra prática denominada


Regra de Sarrus:

- Repetimos a 1º e a 2º colunas às direita da matriz.

a11 a12 a13 a11 a12


a21 a22 a23 a21 a22
a31 a32 a33 a31 a32

- Multiplicando os termos entre si, seguindo os traços em diagonal e associando o sinal indicado dos
produtos, temos:

detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a13 a21 a32 - a13 a22 a31
- a11 a23 a32 - a12 a21 a33

Observação: A regra de Sarrus também pode ser utilizada repetindo a 1º e 2º linhas, ao invés de
repetirmos a 1º e 2º colunas.

Determinantes – Propriedades - I

Apresentamos, a seguir, algumas propriedades que visam a simplificar o cálculo dos determinantes:

Propriedade 1: O determinante de uma matriz A é igual ao de sua transposta At.

Exemplo

Propriedade 2: Se B é a matriz que se obtém de uma matriz quadrada A, quando trocamos entre si a
posição de duas filas paralelas, então:
detB = - detA

Exemplo

. 136
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
B foi obtida trocando-se a 1º pela 2º linha de A.
detA = ad - bc
debt = bc - ad = - (ad - bc) = - detA

Assim,
detB = - detA

Consequência da Propriedade 2: Uma matriz A que possui duas filas paralelas “iguais” tem
determinante igual a zero.

Justificativa: A matriz que obtemos de A, quando trocamos entre si as duas filas (linha ou coluna
“iguais”, é igual a A. Assim, de acordo com a propriedade 2, escrevemos que detA = -detA

Assim: detA = 0

Propriedade 3: Sendo B uma matriz que obtemos de uma matriz quadrada A, quando multiplicamos
uma de sua filas (linha ou coluna) por uma constante k, então detB = k.detA

Consequência da Propriedade 3: Ao calcularmos um determinante, podemos “colocar em evidência”


um “fator comum” de uma fila (linha ou coluna).

Exemplo

- Sendo A uma matriz quadrada de ordem n, a matriz k. A é obtida multiplicando todos os elementos
de A por k, então:

det(k.A) = kn.detA

Exemplo

Assim:
det(k.A) = k3.detA

Propriedade 4: Se A, B e C são matrizes quadradas de mesma ordem, tais que os elementos


correspondentes de A, B e C são iguais entre si, exceto os de uma fila, em que os elementos de C são
iguais às somas dos seus elementos correspondentes de A e B, então.

detC = detA + detB

. 137
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Exemplos:

 Propriedades dos Determinantes

- Propriedades 5 (Teorema de Jacobi)

O determinante não se altera, quando adicionamos uma fila qualquer com outra fila paralela
multiplicada por um número.

Exemplo:

abc
Considere o determinante detA= d e f
g hi

Somando a 3ª coluna com a 1ª multiplicada por m, teremos:

Exemplo:

Vamos calcular o determinante D abaixo.

D = 8 + 0 + 0 – 60 – 0 – 0 = -52

Em seguida, vamos multiplicar a 1ª coluna por 2, somar com a 3ª coluna e calcular:

. 138
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
D1 = 48 + 0 + 0 – 100 – 0 – 0 = -52

Observe que D1=D, de acordo com a propriedade.

- Consequência

Quando uma fila de um determinante é igual à soma de múltiplos de filas paralelas (combinação
linear de filas paralelas), o determinante é igual a zero.
Exemplo:

1 2 8
Seja D= 3 2 12
4  1 05

Observe que cada elemento de 3ª coluna é igual à 1ª coluna multiplicada por 2 somada com a 2ª
coluna multiplicada por 3.

8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6
12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6
5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0
Use a regra de Sarrus e verifique.

- Propriedade 6 (Teorema de Binet)

Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem, então:


det(A.B) = detA . detB

Exemplo:

1 2 
A=    detA=3
 0 3
 4 3
B=    detB=-2
2 1
8 5 
A.B=    det(A.B)=-6
 6 3

Logo, det(AB)=detA. detB

Consequências: Sendo A uma matriz quadrada e n  N*, temos:


det(Na) = (detA)n

Sendo A uma matriz inversível, temos:


1
detA-1=
det A

Justificativa: Seja A matriz inversível.


A-1.A=I

. 139
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
det(A-1.A) = det I
detA-1.detA = det I
1
detA-1=
det A

Uma vez que det I=1, onde i é a matriz identidade.

 Determinantes – Teorema de Laplace

- Menor complementar e Cofator

Dada uma matriz quadrada A=(aij)nxn (n  2), chamamos menor complementar do elemento aij e
indicamos por Mij o determinante da matriz quadrada de ordem n-1, que se obtém suprimindo a linha i e
a coluna j da matriz A.
Exemplo:

1 2 3

Sendo A= 4 1 0  , temos:

2 1 2
1 0
M11= =2
1 2
4 0
M12= =8
2 2
4 1
M13= =2
2 1

Chamamos cofator do elemento aij e indicamos com Aij o número (-1)i+j.Mij, em que Mij é o menor
complementar de aij.

Exemplo:

 3 1 4
 
Sendo A 2 1 3 , temos:
 
 1 3 0

1+1 2
13
A11=(-1) .M11=(-1) . =-9
3 0
2 3
A12=(-1)1+2.M12=(-1)3. =-3
1 0
3 1
A33=(-1)3+3.M33=(-1)6. =5
2 1

Dada uma matriz A=(aij)nxm, com n  2, chamamos matriz cofator de A a matriz cujos elementos são os
cofatores dos elementos de A; indicamos a matriz cofator por cof A. A transposta da matriz cofator de A
é chamada de matriz adjunta de A, que indicamos por adj. A.

Exemplo:

. 140
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
 1 3 2
 
Sendo A= 1 0  1 , temos:
 
 4 2 1 

0 1
A11=(-1)1+1. =2
2 1

1 1
A12=(-1)1+2. =-5
4 1
1 0
A13=(-1)1+3. =2
4 2

3 2
A21=(-1)2+1. =1
2 1

1 2
A22=(-1)2+2. =-7
4 1

1 3
A23=(-1)2+3. =10
4 2
3 2
A31=(-1)3+1. =-3
0 1

1 2
A32=(-1)3+2. =3
1 1
1 3
A33=(-1)3+3. =-3
1 0

Assim:
 2 5 2  2 1 3
  
cof A= 1  7 10 e adj A=  5  7 3
  
 3 3  3   2 10  3

 Determinante de uma Matriz de Ordem n

-Definição
Vimos até aqui a definição de determinante para matrizes quadradas de ordem 1, 2 e 3.

Seja A uma matriz quadrada de ordem n.

Então:

- Para n = 1
A=[a11]  det A=a11

- Para n  2:

. 141
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
a11 a12 .... a1n 
a 
21 a 22 ... a 2 n 
n
A=   det A   a1 j . A1 j
.......................  j 1
 
an1 an 2 ... ann 

ou seja:
detA = a11.A11+a12.A12+…+a1n.A1n

Então, o determinante de uma matriz quadrada de ordem n, n  2 é a soma dos produtos dos
elementos da primeira linha da matriz pelos respectivos cofatores.

Exemplos:
a11 a12 
Sendo A=   , temos:
a21 a22 
detA = a11.A11 + a12.A12, onde:
A11 = (-1)1+1.|a22| = a22
A12 = (-1)1+2.|a21| = a21

Assim:
detA = a11.a22 + a12.(-a21)

detA = a11.a22 - a21.a12

Nota: Observamos que esse valor coincide com a definição vista anteriormente.
 3 0 0 0
 1 2 3 2 
- Sendo A=  , temos:
 23 5 4 3
 
 9 3 0 2

detA = 3.A11 + 0. A12  0. A13  0. A14




zero

 2 3 2
A11 = (-1)1+1. 1 4 3 =-11
 
3 0 2 
Assim:

detA = 3.(-11)  det A=-


33
Nota: Observamos que quanto mais “zeros” aparecerem na primeira linha, mais o cálculo é facilitado.

- Teorema de Laplace

Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n  2, seu determinante é a soma dos produtos dos
elementos de uma fila (linha ou coluna) qualquer pelos respectivos cofatores.

Exemplo:

. 142
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
5 0 1 2
3 2 1 0 
Sendo A= 
4 1 0 0
 
3  2 2 0

Devemos escolher a 4ª coluna para a aplicação do teorema de Laplace, pois, neste caso, teremos que
calcular apenas um cofator.

Assim:
detA = 2.A14 + 0.A24 + 0.A34 + 0.A44

3 2 1
A14=(-1)1+4 4 1 0  =+21
 
3  2 2 
detA = 2 . 21 = 42

Observações Importantes: No cálculo do determinante de uma matriz de ordem n, recaímos em


determinantes de matrizes de ordem n-1, e no cálculo destes, recaímos em determinantes de ordem n-2,
e assim sucessivamente, até recairmos em determinantes de matrizes de ordem 3, que calculamos com
a regra de Sarrus, por exemplo.
- O cálculo de um determinante fica mais simples, quando escolhemos uma fila com a maior quantidade
de zeros.
- A aplicação sucessiva e conveniente do teorema de Jacobi pode facilitar o cálculo do determinante
pelo teorema de Laplace.

Exemplo:
 1 2 3 1
 0 1 2 1 
Calcule det A sendo A= 
 2 3 1 2
 
 3 4 6 3

A 1ª coluna ou 2ª linha tem a maior quantidade de zeros. Nos dois casos, se aplicarmos o teorema de
Laplace, calcularemos ainda três cofatores.
Para facilitar, vamos “fazer aparecer zero” em A31=-2 e A41=3 multiplicando a 1ª linha por 2 e somando
com a 3ª e multiplicando a 1ª linha por -3 e somando com a 4ª linha; fazendo isso, teremos:

 1 2 3 1
 0 1 2 1 
A= 
 0 7 7 4
 
 0  2  3 0

Agora, aplicamos o teorema de Laplace na 1ª coluna:

 1 2 1   1 2 1
detA=1.(-1) .  7
1+1
7 4  =  7 7 4 

  2  3 0   2  3 0

Aplicamos a regra de Sarrus,

. 143
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
det A = (0 – 16 – 21) - ( - 14 + 12 + 0)
detA = 0 – 16 – 21 + 14 – 12 – 0 = -49 + 14
detA = -35

- Uma aplicação do Teorema de Laplace

Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é o produto dos elementos da diagonal principal;
podemos verificar isso desenvolvendo o determinante de A através da 1ª coluna, se ela for triangular
superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular superior, e através da 1ª linha, se ela for triangular
inferior.
Assim:

1ª. A é triangular superior

a11 a12 a13 .... a1n 


0 a22 a23 ... a2 n 

A= 0 0 a33 ... a3n 
 
 ... ... ... ... ... 
 0 0 ... ann 
 0

detA=a11.a22.a33. …
.ann
2ª. A é triangular inferior

a11 a12 a13 .... a1n 


 
a21 a22 0 ... a2 n 
A= a31 a32 a33 ... a3n 
 
 ... ... ... ... ... 
a an 3 ... ann 
 n1 an 2

detA=a11.a22.a33. …
.ann
1 0 0  0
 0 1 0  0 

In=  0 0 1  0
 
    
 0 0 0  1

detIn=1

- Determinante de Vandermonde e Regra de Chió


Uma determinante de ordem n  2 é chamada determinante de Vandermonde ou determinante das
potências se, e somente se, na 1ª linha (coluna) os elementos forem todos iguais a 1; na 2ª, números
quaisquer; na 3ª, os seus quadrados; na 4ª, os seus cubos e assim sucessivamente.

. 144
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Exemplos:
- Determinante de Vandermonde de ordem 3

1 1 1
a b c
a2 b2 c2

- Determinante de Vandermonde de ordem 4

1 1 1 1
a b c d
a2 b2 c2 d 2
a 3 b3 c3 d 3

Os elementos da 2ª linha são denominados elementos característicos.

- Propriedade

Um determinante de Vandermonde é igual ao produto de todas as diferenças que se obtêm subtraindo-


se de cada um dos elementos característicos os elementos precedentes, independente da ordem do
determinante.

Exemplo:

Calcule o determinante:

1 2 4
detA= 1 4 16
1 7 49

Sabemos que detA = detAt, então:

1 1 1
t
detA = 2 4 7
1 16 49

Que é um determinante de Vandermonde de ordem 3, então:


detA = (4 – 2).(7 – 2).(7 – 4)=2 . 5 . 3 = 30

Questões

01. (COBRA Tecnologia S-A (BB) - Analista Administrativo - ESPP) O valor de b para que o
𝑏
𝑥
determinante da matriz [ 2 ] seja igual a 8, em que x e y são as coordenadas da solução do sistema
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
{ , é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8

(A) 2.
(B) –2.
(C) 4.
(D) –1.

. 145
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
1 𝑥
02. (PM/SP – SARGENTO CFS – CETRO) É correto afirmar que o determinante | |é igual a zero
−2 4
para x igual a
(A) 1.
(B) 2.
(C) -2.
(D) -1.

03. (CGU – ADMINISTRATIVA – ESAF) Calcule o determinante da matriz:


𝑐𝑜𝑠 𝑥 𝑠𝑒𝑛 𝑥
( )
𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥

(A) 1
(B) 0
(C) cos 2x
(D) sen 2x
(E) sen x/2

04. (PREF. ARARAQUARA/SP – AGENTE DA ADMINISTRAÇÃO DOS SERVIÇOS DE


2, 𝑠𝑒 𝑖 > 𝑗
SANEAMENTO – CETRO) Dada a matriz 𝐴 = (𝑎𝑖𝑗 )3𝑥3 , onde 𝑎𝑖𝑗 = { , assinale a alternativa que
−1, 𝑠𝑒 𝑖 ≤ 𝑗
apresenta o valor do determinante de A é
(A) -9.
(B) -8.
(C) 0.
(D) 4.

05. (COBRA TECNOLOGIA – TÉCNICO DE OPERAÇÕES – DOCUMENTOS/QUALIDADE - ESPP)


𝑏
𝑥 2
O valor de b para que o determinante da matriz [ ] seja igual a 8, em que x e y são as coordenadas
2 𝑦
𝑥 + 2𝑦 = 7
da solução do sistema { é igual a:
2𝑥 + 𝑦 = 8
(A) 2.
(B) -2.
(C) 4.
(C) -1.

06. (SEAP /PR – PROFESSOR DE MATEMÁTICA – PUC/PR) As planilhas eletrônicas facilitaram


vários procedimentos em muitas áreas, sejam acadêmicas ou profissionais. Na matemática, para obter o
determinante de uma matriz quadrada, com um simples comando, uma planilha fornece rapidamente esse
valor. Em uma planilha eletrônica, temos os valores armazenados em suas células:

Para obter o determinante de uma matriz utiliza-se o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:D4)” e essa


planilha fornece o valor do determinante:

. 146
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Se em uma outra planilha forem armazenados os valores representados a seguir,

ao acionar o comando “=MATRIZ.DETERM(A1:C3)” o valor do determinante é:


(A) 1512
(B) 7
(C) 4104
(D) 2376
(E) 8424

07. (TRANSPETRO – ENGENHEIRO JÚNIOR – AUTOMAÇÃO – CESGRANRIO) Um sistema


dinâmico, utilizado para controle de uma rede automatizada, forneceu dados processados ao longo do
tempo e que permitiram a construção do quadro abaixo.

1 3 2 0
3 1 0 2
2 3 0 1
0 2 1 3

A partir dos dados assinalados, mantendo-se a mesma disposição, construiu-se uma matriz M. O valor
do determinante associado à matriz M é
(A) 42
(B) 44
(C) 46
(D) 48
(E) 50

Respostas

01. Resposta: B.

𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8
- 3y = - 6
y=2
x = 7 - 2y
x=7–4=3

𝑏
|3 2 | = 8
2 2
6–b=8
B=-2

02. Resposta: C.
D = 4 - (-2x)
0 = 4 + 2x
x=-2

03. Resposta: C.

. 147
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
det = cos²x - sen²x
det = cos(2x)

04. Resposta: A.
−1 −1 −1
𝐴 = ( 2 −1 −1 )
2 2 −1
−1 −1 −1
𝐷𝑒𝑡 𝐴 = | 2 −1 −1|
2 2 −1

detA = - 1 – 4 + 2 - (2 + 2 + 2) = - 9

05. Resposta: B.

𝑥 + 2𝑦 = 7 (𝑥 − 2)
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

−2𝑥 − 4𝑦 = −14
{
2𝑥 + 𝑦 = 8

Somando as equações:
- 3y = - 6
y=2
x=7–4=3
𝑏
3
𝐷𝑒𝑡 = | 2|
2 2

6–b=8
b=-2

06. Resposta: A.

A.B=I

1 0 1 𝑎 𝑏 𝑐 1 0 0
( 2 1 0 )∙( 𝑑 𝑒 𝑓 )=( 0 1 0 )
0 1 1 𝑔 ℎ 𝑖 0 0 1

𝑎+𝑔 𝑏+ℎ 𝑐+𝑖 1 0 0


( 2𝑎 + 2𝑑 2𝑏 + 𝑒 2𝑐 + 𝑓 ) = ( 0 1 0 )
𝑑+𝑔 𝑒+ℎ 𝑓+ 𝑖 0 0 1

Como queremos saber o elemento da segunda linha e terceira coluna(f):

𝑐+𝑖 =0
{ +𝑓 =0
2𝑐
𝑓+𝑖 =1

Da primeira equação temos:


c=-i
substituindo na terceira:
f-c=1

2𝑐 + 𝑓 = 0(𝑥 − 1)
{
𝑓−𝑐 =1

. 148
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
−2𝑐 − 𝑓 = 0
{
𝑓−𝑐 =1

Somando as equações:
-3c=1
C=-1/3
f=2/3

07. Resposta: D.
1 3 2 0
𝑀 = ( 3 1 0 2)
2 3 0 1
0 2 1 3

Como é uma matriz 4x4 vamos achar o determinante através do teorema de Laplace. Para isso
precisamos, calcular os cofatores. Dica: pela fileira que possua mais zero. O cofator é dado pela fórmula:
𝐶𝑖𝑗 = (−1)𝑖+𝑗 ∙ 𝐷. Para o determinante é usado os números que sobraram tirando a linha e a coluna.
3 1 2
𝐶13 = (−1)4 ∙ | 2 3 1 |
0 2 3

𝐶13 = 27 + 8 − 6 − 6 = 23
A13=2.23=46

1 3 0
𝐶43 = (−1)7 | 3 1 2 |
2 3 1

𝐶43 = −(1 + 12 − 6 − 9) = 2
A43=1.2=2
D = 46 + 2 = 48

SISTEMAS LINEARES

Um Sistema de Equações Lineares é um conjunto ou uma coleção de equações com as quais é


possível resolver tudo de uma só vez. Sistemas Lineares são úteis para todos os campos da matemática
aplicada, em particular, quando se trata de modelar e resolver numericamente problemas de diversas
áreas. Nas engenharias, na física, na biologia, na química e na economia, por exemplo, é muito comum
a modelagem de situações por meio de sistemas lineares.

Definição
Toda equação do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn = b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e x1, x2,
x3,.., xn são as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3..., an são chamados de coeficientes e b é o termo independente.

Observamos também que todos os expoentes de todas as variáveis são sempre iguais a 1.

Solução de uma equação linear


Na equação 4x – y = 2, o par ordenado (3,10) é uma solução, pois ao substituirmos esses valores na
equação obtemos uma igualdade.
4 . 3 – 10 → 12 – 10 = 2

Já o par (3,0) não é a solução, pois 4.3 – 0 = 2 → 12 ≠ 2

Sistema Linear

. 149
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Um conjunto de m equações lineares na variáveis x1,x2, ..., xn é dito sistema linear de m equações e n
variáveis.

Dessa forma temos:


2𝑥 − 3𝑦 = 5
𝑎) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 2 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
𝑥+𝑦=4

𝑥−𝑦+𝑧 = 2
𝑏) { é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 2 𝑒𝑞𝑢𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒 3 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠
−3𝑥 + 4𝑦 = 1

𝑐){𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 − 𝑤 = 0 é 𝑢𝑚 𝑠𝑖𝑠𝑡𝑒𝑚𝑎 𝑐𝑜𝑚 1 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑒 4 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑖𝑠

Matrizes associadas a um sistema


Podemos associar a um sistema linear 2 matrizes (completas e incompletas) cujos elementos são os
coeficientes das equações que formam o sistema.

Exemplo:
4𝑥 + 3𝑦 = 1
𝑎) {
2𝑥 − 5𝑦 = −2

Temos que:
4 3 4 3 1
𝐴=( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑖𝑛𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎 𝑒 𝐵 = ( ) é 𝑎 𝑚𝑎𝑡𝑟𝑖𝑧 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑙𝑒𝑡𝑎.
2 −5 2 −5 −2

Solução de um sistema
Dizemos que a1,a2,...,an é a solução de um sistema linear de n variáveis quando é solução de cada
uma das equações do sistema.

Exemplo:
A tripla ordenada (-1,-2,3) é solução do sistema:
3𝑥 − 𝑦 + 𝑧 = 2
{ 𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = 2

1º equação → 3.(-1) – (-2) + 3 = -3 + 2 + 3 = 2 (V)


2º equação → -1 -2.(-2) – 3 = -1 + 4 – 3 = 0 (V)
3º equação → 2.(-1) + (-2) + 2.3 = -2 – 2 + 6 = 2 (V)

Classificação de um sistema linear


Um sistema linear é classificado de acordo com seu números de soluções.

Exemplos:
2𝑥 − 𝑦 = −1
A) O par ordenado (1,3) é a única solução do sistema {
7𝑥 − 3𝑦 = −2
Temos que o sistema é possível e determinado (SPD)

. 150
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
3𝑥 − 3𝑦 + 3𝑧 = 3
B) O sistema { apresenta infinitas soluções, como por exemplo (0,1,2), (1,0,0),(2,-1,-
𝑥−𝑦+𝑧 =1
2). Dizemos que o sistema é possível e indeterminado (SPI)

𝑥−𝑦+𝑧 =4
C) O sistema {−4𝑥 + 2𝑦 − 𝑧 = 0 não apresenta nenhuma solução, pois a primeira e a terceira
𝑥−𝑦+𝑧 =2
equações não podem satisfeitas ao mesmo tempo. Dizemos que o sistema é impossível (SI).

Sistemas escalonados
Considerando um sistema linear S no qual, em cada equação, existe pelo menos um coeficiente não
nulo.
Dizemos que S está na forma escalonada (ou é escalonado) se o número de coeficientes nulos, antes
do 1º coeficiente não nulo, aumenta de equação para equação.

Exemplos de sistemas escalonados:

Observe que o 1º sistema temos uma redução de números de coeficientes nulos: da 1ª para a 2ª
equação temos 1 e da 1ª para a 3ª temos 2; logo dizemos que ele é escalonado.

- Resolução de um sistema na forma escalonado


Temos dois tipos de sistemas escalonados.

1º) Número de equações igual ao número de variáveis

Vamos partir da última equação, onde obtemos o valor de z. Substituindo esse valor na segunda
equação obtemos y. Por fim, substituímos y e z na primeira equação, obtendo x.
Assim temos:
-2z = 8 → z = -4
y + z = -2 → y – 4 = -2 → y = 2
3x + 7y + 5z = -3 → 3x + 7.2 + 5.(-4) = -3 →3x + 14 – 20 = -3 →3x = -3 + 6 →3x = 3 → x = 1

Logo a solução para o sistema é (1,2,-4).


O sistema tem uma única solução logo é SPD.

2º) Número de equações menor que o número de variáveis.

𝑥 − 𝑦 + 3𝑧 = 5
{
𝑦+𝑧 =2

Sabemos que não é possível determinar x,y e z de maneira única, pois há três variáveis e apenas duas
“informações” sobre as mesmas. A solução se dará em função de uma de suas variáveis, que será
chamada de variável livre do sistema.
Vamos ao passo a passo:

1º passo → a variável que não aparecer no início de nenhuma das equações do sistema será
convencionada como variável livre, neste caso, a única variável livre é z.

2º passo → transpomos a variável livre z para o 2º membro em cada equação e obtemos:

. 151
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
𝑥 − 𝑦 = 5 − 3𝑧
{
𝑦 =2−𝑧

3º passo → para obtermos x como função de z, substituímos y = 2 – z, na equação:


x - (2 – z) = 5 – 3z → x = 7 – 4z

Assim, toda tripla ordenada da forma (7 – 4z, 2 – z, z), sendo z ϵ R, é solução do sistema. Para cada
valor real que atribuirmos a z, chegaremos a uma solução do sistema.

Este tipo de sistema é dado por infinitas soluções, por isso chamamos de SPI.

Sistemas equivalentes e escalonamento


Dizemos que dois sistemas lineares, S1 e S2, são equivalentes quando a solução de S1 também é
solução de S2.
Dado um sistema linear qualquer, nosso objetivo é transforma-lo em outro equivalente, pois como
vimos é fácil resolver um sistema de forma escalonada. Para isso, vamos aprender duas propriedades
que nos permitirá construir sistemas equivalentes.

1ª Propriedade: quando multiplicamos por k, k ϵ R*, os membros de


uma equação qualquer de um sistema linear S, obtemos um novo
sistema S’ equivalente a S.
𝑥−𝑦 =4
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (3, −1)
2𝑥 + 3𝑦 = 3

Multiplicando-se a 1ª equação de S por 3, por exemplo, obtemos:


3𝑥 − 3𝑦 = 12
𝑆′ { , 𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 (3, −1)
6𝑥 + 9𝑦 = 9

2ª Propriedade: quando substituímos uma equação de um sistema


linear S pela soma, membro a membro, dele com outra, obtemos um
novo sistema S’, equivalente a S.
−𝑥 + 𝑦 = −2
𝑆{ , 𝑐𝑢𝑗𝑎 𝑠𝑜𝑙𝑢çã𝑜 é (5,3)
2𝑥 − 3𝑦 = 1

Substituindo a 2ª equação pela soma dela com a 1ª:


−𝑥 + 𝑦 = −2
−𝑥 + 𝑦 = −2 (2ª 𝑒𝑞.)+(1ª 𝑒𝑞.) 2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑆′ { ← (+)
2𝑥 − 3𝑦 = 1
𝑥 − 2𝑦 = −1

O par (5,3) é também solução de S’, pois a segunda também é


verificada:
x – 2y = 5 – 2. 3 = 5 – 6 = -1

Escalonamento de um sistema
Para escalonarmos um sistema linear qualquer vamos seguir o passo a passo abaixo:

1º passo: Escolhemos, para 1º equação, uma em que o coeficiente da 1ª incógnita seja não nulo. Se
possível, fazemos a escolha a fim de que esse coeficiente seja igual a -1 ou 1, pois os cálculos ficam, em
geral, mais simples.
2º passo: Anulamos o coeficiente da 1ª equação das demais equações, usando as propriedades 1 e
2.

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3º passo: Desprezamos a 1ª equação e aplicamos os 2 primeiros passos com as equações restantes.
4º passo: Desprezamos a 1ª e a 2ª equações e aplicamos os dois primeiros passos nas equações,
até o sistema ficar escalonado.

Vejamos um exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 6
−2𝑥 − 2𝑦 + 𝑧 = 1

Primeiramente precisamos anular os coeficientes de x na 2ª e na 3ª equação:

Deixando de lado a 1ª equação, vamos repetir o processo para a 2ª e a 3ª equação. Convém,


entretanto, dividir os coeficientes da 2ª equação por 3, a fim de facilitar o escalonamento:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4
−4𝑦 + 5𝑧 = 19

Que é equivalente a:
-Substituímos a 3ª equação pela soma
dela com a 2ª equação, multiplicada por 4:
−𝑥 + 𝑦 − 2𝑧 = −9
{ 𝑦 − 𝑧 = −4 4𝑦−4𝑧=−16
−4𝑦+5𝑧=19
𝑧=3
𝑧=3

O sistema obtido está escalonado é do tipo SPD.


A solução encontrada para o mesmo é (2,-1,3)

Observação: Quando, durante o escalonamento, encontramos duas equações com coeficientes


ordenadamente iguais ou proporcionais, podemos retirar uma delas do sistema.

Exemplo:

Escalone e resolva o sistema:


3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
{ 𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2

𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
{ 3𝑥 − 2𝑦 − 𝑧 = 0
8𝑥 − 6𝑦 + 2𝑧 = 2

. 153
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(-3) x (1ª eq.) + (2ª eq.):
-3x + 3y – 6z = -3
3x – 2y – z = 0
y – 7z = -3
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3
2𝑦 − 14𝑧 = −6
(-8) x (1eq.) + (3ª eq.)
-8x + 8y – 16z = -8
8x - 6y + 2z = 2
2y – 14z = -6

Deixamos a 1ª equação de lado e repetimos o processo para a 2ª e 3ª equação:


(-2) x (2ª eq.) + (3ª eq.)
𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 -2y + 14z = 6
{ 𝑦 − 7𝑧 = −3 2y – 14z = -6
0=0 0 =0

A 3ª equação pode ser retirada do sistema, pois, apesar de ser sempre verdadeira, não traz informação
sobre os valores das variáveis. Assim, obtemos os sistema escalonado:

𝑥 − 𝑦 + 2𝑧 = 1 (𝐼)
{ , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 − 7𝑧 = −3 (𝐼𝐼)

A variável livre do sistema é z, então temos:


(I) y = 7z – 3
(II) x – (7z – 3) + 2z = 1 → x = 5z – 2

Assim, S = [(5z – 2, 7z – 3, z); z ϵ R]

Sistemas homogêneos
Observe as equações lineares seguintes:

x – y + 2z = 0 4x – 2y + 5z = 0 -x1 – x2 – x3 = 0

O coeficiente independente de cada uma delas é igual a zero, então denominamos de equações
homogêneas.
Note que a tripla ordenada (0,0,0) é uma possível solução dessas equações, na qual chamamos de
solução nula, trivial ou imprópria.
Ao conjunto de equações homogêneas denominamos de sistemas homogêneos. Este tipo de sistema
é sempre possível, pois a solução nula satisfaz cada uma de suas equações.

Exemplo:
𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Escalonando o sistema {2𝑥 + 3𝑦 + 𝑧 = 0 , 𝑣𝑒𝑚:
5𝑥 + 7𝑦 + 𝑧 = 0

. 154
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𝑥+𝑦−𝑧 =0
{ 𝑦 + 3𝑧 = 0 ← (−2)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑦 + 6𝑧 = 0 ← (−5)𝑥(1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

Dividindo os coeficientes da 3ª equação por 2, notamos que ela ficará igual à 2ª equação e, portanto
poderá ser retirada do sistema.

𝑥+𝑦−𝑧 = 0
Assim, o sistema se reduz à forma escalonada { 𝑒 é 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
𝑦 + 3𝑧 = 0

Resolvendo-o teremos y = -3z e x = 4z. Se z = α, α ϵ R, segue a solução geral (4α,-3α, α).


Vamos ver algumas de suas soluções:
- α = 0 → (0,0,0): solução nula ou trivial.
- α = 1 → (4,-3,1)
- α = -2 → (-8,6,-2)

As soluções onde α = 1 e – 2 são próprias ou diferentes da trivial.

Regra de Cramer
𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideramos o sistema { . Suponhamos que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓
𝑎 𝑏
desse sistema é 𝑀 = ( ), cujo determinante é indicado por D = ad – bc.
𝑐 𝑑

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 =𝑒
Escalonando o sistema, obtemos: { (∗)
(𝑎𝑑 − 𝑏𝑐). 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)
Se substituirmos em M a 2ª coluna (dos coeficientes de y) pela coluna dos coeficientes independentes,
𝑎 𝑒
obteremos ( 𝑐 𝑓 ), cujo determinante é indicado por Dy = af – ce.
𝐷𝑦
Assim, em (*), na 2ª equação, obtemos D. y = Dy. Se D ≠ 0, segue que 𝑦 = .
𝐷

𝑒 𝑏
Substituindo esse valor de y na 1ª equação de (*) e considerando a matriz ( ), cujo determinante
𝑓 𝑑
𝐷𝑥
é indicado por Dx = ed – bf, obtemos 𝑥 = 𝐷 , D ≠ 0.

Resumindo:

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒 𝑎 𝑏
Um sistema { é possível e determinado quando 𝐷 = | | ≠ 0, e a solução desse sistema
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓 𝑐 𝑑
é dada por:

𝑫𝒙 𝑫𝒚
𝒙= 𝒆𝒚=
𝑫 𝑫

Estes resultados são conhecidos como Regra de Cramer e podem ser generalizados para um sistema
n x n (n equações e n incógnitas). Esta regra é um importante recurso na resolução de sistemas lineares
possíveis e determinados, especialmente quando o escalonamento se torna trabalhoso (por causa dos
coeficientes das equações) ou quando o sistema é literal.

Exemplo:
𝑥+𝑦+𝑧 =0
Vamos aplicar a Regra de Cramer para resolver os sistema {4𝑥 − 𝑦 − 5𝑧 = −6
2𝑥 + 𝑦 + 2𝑧 = −3

1 1 1
De início temos que |4 −1 −5| = −9 ≠ 0. Temos, dessa forma, SPD.
2 1 2

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0 1 1 𝐷𝑥 18
𝐷𝑥 = |−6 −1 −5| = 15 − 6 − 3 + 12 = 18; 𝑥 = = = −2
𝐷 −9
−3 1 2
1 0 1 𝐷𝑦 −27
𝐷𝑦 = |4 −6 −5| = −12 − 12 + 12 − 15 = −27; 𝑦 = = =3
𝐷 −9
2 −3 2
1 1 0 𝐷𝑧 9
𝐷𝑧 = |4 −1 −6| = 3 − 12 + 6 + 12 = 9; 𝑧 = = = −1
𝐷 −9
2 1 −3

Uma alternativa para encontrar o valor de z seria substituir x por -2 e y por 3 em qualquer uma das
equações do sistema.
Assim, S = {(-2,3-1)}.

Discussão de um sistema

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
Consideremos novamente o sistema { , cuja forma escalonada é:
𝑐𝑥 + 𝑑𝑦 = 𝑓

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 = 𝑒
{(𝑎𝑑
⏟ − 𝑏𝑐) . 𝑦 = (𝑎𝑓 − 𝑐𝑒)(∗)
𝐷

𝑎 𝑏
em que 𝐷 = | | é o determinante da matriz incompleta do sistema.
𝑐 𝑑

Como vimos, se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado e a solução pode ser obtida através da
Regra de Cramer.
Se D = 0, o 1º membro de (*) se anula. Dependendo do anulamento, ou não, do 2º membro de (*),
temos SPI ou SI.
Em geral, sendo D o determinante da matriz incompleta dos coeficientes de um sistema linear, temos:

D ≠ 0 → SPD
D = 0 → (SPI ou SI)

Esses resultados são válidos para qualquer sistema linear de n equações e n incógnitas, n ≥ 2. Temos
que discutir um sistema linear em função de um ou mais parâmetros significa dizer quais valores do(s)
parâmetro(s) temos SPD, SPI ou SI.
Exemplo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
Vamos discutir, em função de m, o sistema { 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2
2𝑥 + 3𝑦 + 𝑚𝑧 = 2

1 −2 3
Temos: 𝐷 = |3 1 1 | = 𝑚 − 4 + 27 − 6 − 3 + 6𝑚 − 7𝑚 + 14
2 3 𝑚

- Se 7m + 14 ≠ 0, isto é, se m ≠ - 2, temos SPD.


- Se 7m + 14 = 0, isto é, se m = -2, podemos ter SI ou SPI. Então vamos substituir m por -2 no sistema
e resolvê-lo:

𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0 𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
{ 3𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 ⟺ { 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−3)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (2ª 𝑒𝑞. )
2𝑥 + 3𝑦 − 2𝑧 = 2 7𝑦 − 8𝑧 = 2 ⟵ (−2)𝑥 (1ª 𝑒𝑞. ) + (3ª 𝑒𝑞. )

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𝑥 − 2𝑦 + 3𝑧 = 0
ou ainda { , 𝑞𝑢𝑒 é 𝑒𝑠𝑐𝑎𝑙𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑖𝑝𝑜 𝑆𝑃𝐼.
7𝑦 − 8𝑧 = 2

Assim:
m ≠ - 2 → SPD
m = -2 → SPI

Observações:
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0, é necessária para que tenhamos SPI, mas não é
suficiente (pois existe a possibilidade de se ter SI).
- Para um sistema homogêneo, a condição D = 0 é suficiente para que tenhamos SPI.

Questões

01. (MF – Analista de Finanças e Controle – ESAEF) Dado o sistema de equações lineares

é correto afirmar que:


(A) o sistema não possui solução.
(B) o sistema possui uma única solução.
(C) x= 1 e y = 2 é uma solução do sistema.
(D) o sistema é homogêneo.
(E) o sistema possui mais de uma solução.

2 x  3 y  5
02. Determinar m real, para que o sistema seja possível e determinado: 
 x  my  2

3x  y  z  5

03. Resolver e classificar o sistema: x  3 y  7
2 x  y  2 z  4

x  2 y  z  5

04. Determinar m real para que o sistema seja possível e determinado. 2 x  y  2 z  5
3x  y  mz  0

05. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação linear 6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p?

06. Escreva a solução genérica para a equação linear 5x - 2y + z = 14, sabendo que o terno ordenado
(𝛼, 𝛽, 𝛾) é solução.

07. Determine o valor de m de modo que o sistema de equações abaixo,


2x - my = 10
3x + 5y = 8, seja impossível.

08. Se os sistemas:
x + y = 1 ax – by = 5
S1: { e S2: {
x – 2y = −5 ay – bx = −1
São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a:
(A) 1
(B) 4
(C) 5
(D) 9
(E) 10
09. Resolva o seguinte sistema usando a regra de Cramer:

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x + 3y − 2z = 3
{ 2x − y + z = 12
4x + 3y − 5z = 6

2 x  y  7
10. Resolver o sistema  .
 x  5 y  2
11. (UNIOESTE – ANALISTA DE INFORMÁTICA – UNIOESTE) Considere o seguinte sistema de
equações lineares

3 3
𝑥 + 2𝑦 + 2 𝑧 = 2
( 2𝑥 + 𝑦 + 𝑧 = 2 )
2𝑥 + 4𝑦 + 3𝑧 = 3

Assinale a alternativa correta.


(A) O determinante da matriz dos coeficientes do sistema é um número estritamente positivo.
(B) O sistema possui uma única solução (1, 1, -1).
(C) O sistema possui infinitas soluções.
(D) O posto da matriz ampliada associada ao sistema é igual a 3.
(E) Os vetores linha (1, 2, 3/2) e (2, 4, 3) não são colineares.

12. (SEDUC/RJ - Professor – Matemática – CEPERJ) Sabendo-se que 2a + 3b + 4c = 17 e que 4a +


b - 2c = 9, o valor de a + b + c é:
(A) 3.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 7.

Respostas

01. Resposta: E.
Calculemos inicialmente D, Dx e Dy:

2 4
D  12  12  0
3 6

6 4
Dx   36  36  0
9 6

2 6
Dy   18 18  0
3 9

Como D = Dx = Dy = 0, o sistema é possível e indeterminado, logo possui mais de uma solução.

 3
02. Resposta: m  R / m   .
 2
Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0, em que:

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2 3
D  2m  3
1 m
3
Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠
2
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
 3
m  R / m  
 2

03. Resposta: S = {(1, 2, 4)}.


Calculemos inicialmente D, Dx, Dy e Dz

3 1 1

D1 3 0  18  0  1  6  0  2  25

2 1 2

5 1 1

Dx  7 3 0  30  0  7  12  0  14  25

2 1 2

3 5 1

Dy  1 7 0  42  0  4  14  0  10  50
242

3 1 5

Dz  1 3 7  36  14  5  30  21  4  100

2 1 4

Como D= -25 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:


Dx  25
Dy  50
x   1; y   2; z  Dz  100  4
D  25 D  25 D  25

Assim: S = {(1, 2, 4)} e o sistema são possíveis e determinados.

04. Resposta: m  R / m  3.


Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0.
Assim:

. 159
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1 2 1

D  2 1 2  m  12  2  3  2  4m

3 1 m
D = -5m + 15

Assim: -5m + 15 ≠ 0 → m ≠ 3
Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível e determinado, são dados pelos
elementos do conjunto:
m  R / m  3

05. Resposta: 14.


Teremos por simples substituição, observando que x = 2, y = 5 e z = p, 6 . 2 – 7 . 5 + 2 . p = 5.
Logo, 12 - 35 + 2p = 5.
Daí vem imediatamente que 2p = 28 e, portanto, p = 14.

06. Resposta: S = (1,3,15).


Podemos escrever: 5α - 2β + γ = 14. Daí, tiramos: γ = 14 - 5α + 2β. Portanto, a solução genérica será
o terno ordenado (α, β, 14 - 5α + 2β).
Observe que se arbitrando os valores para α e β, a terceira variável ficará determinada em função
desses valores.
Por exemplo, fazendo-se α = 1, β = 3, teremos:
γ = 14 - 5 α + 2 β = 14 – 5 . 1 + 2 . 3 = 15,
ou seja, o terno (1, 3, 15) é solução, e assim, sucessivamente.

Verificamos, pois que existem infinitas soluções para a equação linear dada, sendo o terno
ordenado (α, β, 14 - 5 α + 2 β) a solução genérica.

07. Resposta: m = -10/3.


Teremos, expressando x em função de m, na primeira equação:
x = (10 + my) / 2

Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:


3[(10+my) / 2] + 5y = 8

Multiplicando ambos os membros por 2, desenvolvendo e simplificando, vem:


3(10+my) + 10y = 16
30 + 3my + 10y = 16
(3m + 10)y = -14
y = -14 / (3m + 10)

Ora, para que não exista o valor de y e, em consequência não exista o valor de x, deveremos ter o
denominador igual a zero, já que, como sabemos, não existe divisão por zero.
Portanto, 3m + 10 = 0, de onde se conclui m = -10/3, para que o sistema seja impossível, ou seja, não
possua solução.

08. Resposta: E.
Como os sistemas são equivalentes, eles possuem a mesma solução. Vamos resolver o sistema:
S1: x + y = 1
x - 2y = -5
Subtraindo membro a membro, vem: x - x + y - (-2y) = 1 - (-5).
Logo, 3y = 6 \ y = 2.

Portanto, como x + y = 1, vem, substituindo: x + 2 = 1 \ x = -1.


O conjunto solução é, portanto S = {(-1, 2)}.
Como os sistemas são equivalentes, a solução acima é também solução do sistema S2.

. 160
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Logo, substituindo em S2 os valores de x e y encontrados para o sistema S1, vem:

a(-1) - b(2) = 5 → - a - 2b = 5
a(2) - b (-1) = -1 → 2 a + b = -1

Multiplicando ambos os membros da primeira equação por 2, fica:


-2 a - 4b = 10

Somando membro a membro esta equação obtida com a segunda equação, fica:
-3b = 9 \ b = - 3
Substituindo o valor encontrado para b na equação em vermelho acima (poderia ser também na outra
equação em azul), teremos:
2 a + (-3) = -1 \ a = 1.
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10.

09. Resposta: S = {(5, 2, 4)}.


Teremos:

Portanto, pela regra de Cramer, teremos:


x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5
x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2
x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4

Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5, 2, 4)}.

10. Resposta: S  3,1


2  1
A   det A  11
1 5 
 7  1
A1     det A1  33
 2 5 
2 7 
A2     det A2  11
1  2
det A1 33 det A2  11
x  3 y   1
det A 11 det A 11

11. Resposta: C.

. 161
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
3
1 2
𝐷 = |2 1 2 | = 3 + 12 + 4 − 3 − 4 − 12 = 0
1
2 4 3

O sistema pode ser SI (sistema impossível) ou SPI (sistema possível indeterminado)

Para ser SI Dx = 0 e SPI Dx  0


3 3
2 9 9
𝐷𝑥 = | 2 2 | = + 6 + 24 − − 6 − 12 = 12
2 1 1 2 2
3 4 3
Dx  0, portanto o sistema tem infinitas soluções.

12. Reposta: D.
(I) 2a + 3b + 4c = 17 x(-2)
(II) 4a + b – 2c = 9
Multiplicamos a primeira equação por – 2 e somamos com a segunda, cancelando a variável a:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) – 5b – 10c = - 25 : (- 5)
Então:
(I) 2a + 3b + 4c = 17
(II) b +2c = 5
Um sistema com três variáveis e duas equações é possível e indeterminado (tem infinitas soluções),
então fazendo a variável c = α (qualquer letra grega).
Substituímos c em (II):
b + 2α = 5
b = 5 - 2α
substituímos b e c em (I):
2a + 3(5 - 2α) + 4α = 17
2a + 15 - 6α + 4α = 17
2a = 17 – 15 + 6α - 4α
2a = 2 + 2α : (2)
a=1+α
Logo a solução do sistema é a = 1 + α. b = 5 - 2α e c = α, então:
a + b + c = 1 + α + 5 - 2α + α = 6

9. TRIGONOMETRIA: fórmulas de adição, subtração e bissecção de arcos;


funções trigonométricas: propriedades e relações principais; transformação de
soma de funções trigonométricas em produtos; equações e inequações
trigonométricas.

IDENTIDADES OU RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS FUNDAMENTAIS

Aqui aprenderemos relações que são fundamentais para a resolução de questões trigonométricas.

Relação I – sen2 x + cos2 x = 1, para todo x ϵ [0 , 2π[


Aplicando o teorema de Pitágoras ao triângulo OPP2, obtermos a fórmula acima.

. 162
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Exemplo:
Dado sen x = 1/3 , com π/2 < x < π , obter cos x.
Usando a relação fundamental, temos:
1 2 1 8 8 2√2
( ) + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 → 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 − = → 𝑐𝑜𝑠𝑥 = ±√ = ±
3 9 9 9 3
Como o intervalo esta compreendido π/2 < x < π, notamos que x está no 2º quadrante, e
2√2
consequentemente, cos x < 0. , assim teremos 𝑐𝑜𝑠𝑥 = − 3

𝒔𝒆𝒏 𝒙 𝝅
Relação II - 𝒕𝒈𝒙 = 𝐜𝐨𝐬 𝒙 , 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝟐 + 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁
O eixo (vertical) das tangentes é obtido ao se tangenciar, por uma reta, o ciclo no ponto A, origem da
contagem dos arcos.

 Valores Notáveis
𝝅
𝒕𝒈
𝟒
Pela relação fundamental II, temos:
𝜋 √2
𝜋 𝑠𝑒𝑛 4
𝑡𝑔 = = 2 =1
4 𝑐𝑜𝑠 𝜋 √2
4 2

Se observamos a figura ao lado, o quadrilátero formado


confirma o valor acima encontrado.
𝝅 𝝅
𝒕𝒈 𝒆 𝒕𝒈
𝟑 𝟔

Pela relação fundamental II, temos:


𝜋 √3
𝜋 𝑠𝑒𝑛 3
𝑡𝑔 = = 2 = √3
3 𝑐𝑜𝑠 𝜋 1
3 2
𝜋 1
𝜋 𝑠𝑒𝑛 6 2 = √3
𝑡𝑔 = =
6 𝑐𝑜𝑠 𝜋 √3 3
6 2

Exemplo:
3𝜋
Para calcular 𝑡𝑔 4 , devemos unir o centro à extremidade do arco, prolongando esse segmento até o eixo
das tangentes.

. 163
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Notando a congruência entre os três ângulos assinalados, concluímos que:
3𝜋 𝜋
𝑡𝑔 = −𝑡𝑔 = −1
4 4

Podemos resolver também pela relação fundamental II:


3𝜋 √2
3𝜋 𝑠𝑒𝑛 4
𝑡𝑔 = = 2 = −1
4 3𝜋 √2
𝑐𝑜𝑠 4 − 2

7𝜋 √2
7𝜋 𝑠𝑒𝑛 4 − 2
𝑡𝑔 = = = −1
4 7𝜋 √2
𝑐𝑜𝑠
4 2

OUTRAS IDENTIDADES OU RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS


𝒄𝒐𝒔 𝒙
Relação III - 𝒄𝒐𝒕𝒈𝒙 = 𝒔𝒆𝒏 𝒙
, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁

Assim como para a tangente para a cotangente também é necessário acoplar um eixo externo, porém ele
é feito no ponto B, que corresponde a π/2 radianos.

𝟏 𝝅
Relação IV – 𝐬𝐞𝐜 𝒙 = 𝒄𝒐𝒔𝒙
, 𝒑𝒂𝒓𝒂 𝒕𝒐𝒅𝒐 𝒙 ≠ 𝟐 + 𝒌𝝅, 𝒌 𝝐 𝒁

1
Relação V – cossec 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑥 ≠ 𝑘𝜋, 𝑘 𝜖 𝑍

Exemplos:

5𝜋 1 1
1) 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 = = = −√2
4 5𝜋 √2
𝑠𝑒𝑛 4 − 2

. 164
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5𝜋 1 1
2) 𝑠𝑒𝑐 = = =2
3 5𝜋 1
𝑐𝑜𝑠 3 2
5𝜋 √3
5𝜋 𝑐𝑜𝑠 6 − 2
3) 𝑐𝑜𝑡𝑔 = = = −√3
6 5𝜋 1
𝑠𝑒𝑛 6 2

Questões

π √5−1 𝜋
01. (SAMAE – CONTADOR – FUNTEF/PR) Considerando que sen 10 = 4
, o valor de 𝑐𝑜𝑠 10
é:
√10 + 2√5
(𝐴)
4
√10 − 2√5
(𝐵)
4
√12√5
(𝐶)
4
(D) -1/2
(E) 1/4

02. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB) Sendo cos x =1/2 com 0° < x < 90°, determine o valor da expressão
E = sen² x + tg² x.
(A) 9/4
(B) 11/4
(C) 13/4
(D) 15/4
(E) 17/4

03. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) O gráfico da função f(x) = cos²x –
sen²x + cos x, no intervalo [0,2π], intercepta o eixo das abscissas em três pontos distintos (a,0), (b,0) e
(c,0), sendo a < b < c. Nessas condições, a diferença (c − b) vale
(A) π /3
(B) 2π /3
(C) π
(D) π /6
(E) 5π /6

04. (COBRA TECNOLOGIA – TÉCNICO DE OPERAÇÕES – DOCUMENTOS/QUALIDADE - ESPP) O


valor da expressão sec(180º) +[ sen(-45º)]2 cossec(450º)+ cos2(315º) é igual a:
(A) 2
(B) -1
(C) 1
(D) 0

Respostas

01. Resposta: A.
Sen²x + cos²x = 1
2
√5 − 1
( ) + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
4
2
√5 − 1
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 − ( )
4
5 − 2√5 + 1
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 −
16
6 − 2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1 −
16

. 165
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
16 6 − 2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = −
16 16
10 − 2√5
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 =
16
√10 + 2√5
𝑐𝑜𝑠𝑥 =
4

02. Resposta: D.
Sen²x + cos²x = 1
1 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + ( ) = 1
2
2
1
𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 1 −
4
2
3
𝑠𝑒𝑛 𝑥 =
4
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ±
2
Como está no primeiro quadrante
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = +
2
2
√3 3
2 (2)
2 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥
2 √3 3 4 3 15
𝐸 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + =( ) + = + = +3 =
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 2 1 2 4 1 4 4
(2) 4
03. Resposta: B.
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = 1 − 𝑐𝑜𝑠²𝑥
Substituindo na função:
f(x) = cos²x - (1 - cos²x) + cosx
f(x)=cos²x + cos²x + cosx - 1
f(x)=2cos²x + cosx - 1
f(x)=0=2cos²x + cosx -1

∆= 1 + 8 = 9
−1±3
𝑐𝑜𝑠𝑥 = 4
−1+3 1
cos 𝑥 = 4
=2
−1−3
cos 𝑥 = = −1
4

5𝜋
𝑐= 3
𝑏=𝜋
5𝜋 2𝜋
𝑐−𝑏 = −𝜋 =
3 3

04. Resposta: D.
1
sec 180° = = −1
cos 180°
√2
𝑠𝑒𝑛(−45) = −𝑠𝑒𝑛 45 = −
2

. 166
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
1 1
𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 450° = = =1
𝑠𝑒𝑛450 𝑠𝑒𝑛90
360 – 315 = 45
√2
cos 315° = cos 45 =
2
Substituindo:
2 2
√2 √2 2 2
−1 + (− ) . 1 + ( ) = −1 + + = −1 + 1 = 0
2 2 4 4

TRANSFORMAÇÕES

Estaremos aqui obtendo fórmulas que possibilitem encontrar funções circulares da soma e diferença de
dois arcos, dobro (ou triplo) de arco e transformações em produto.

- Fórmulas de Adição e Subtração de Arcos


Observe a figura abaixo:
Considerando dois arcos, a e b, cos (a + b):

̂ e 𝑅𝐴𝑃
Os arcos 𝐴𝑃𝑄 ̂ possuem a mesma medida (a + b) e, consequentemente, as cordas ̅̅̅̅
𝐴𝑄 e ̅̅̅̅
𝑃𝑅 também
têm medidas iguais.
As coordenadas dos pontos acimas são:
A (1,0);
P (cos a, sen a);
Q (cos (a + b), sen (a + b) e
R (cosb, - sen b).

Aplicando as fórmulas da distância entre dois pontos chegamos a:

∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑎 + 𝑏) ≡ 𝑠𝑒𝑛 𝑎. cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑐𝑜𝑠 𝑎 ⇒ 𝑠𝑒𝑛 2𝑥 ≡ 2. 𝑠𝑒𝑛 𝑥. cos 𝑥


𝑎=𝑏=𝑥

∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑎 − 𝑏) ≡ 𝑠𝑒𝑛 𝑎. cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛 𝑏. cos 𝑎

∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑎 + 𝑏) ≡ cos 𝑎. cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑠𝑒𝑛 𝑎 ⇒ 𝑐𝑜𝑠 2𝑥 ≡ 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 − 𝑠𝑒𝑛2 𝑥


𝑎=𝑏=𝑥

∗ 𝑐𝑜𝑠(𝑎 − 𝑏) ≡ cos 𝑎. cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛 𝑏. 𝑠𝑒𝑛 𝑎

𝑡𝑔 𝑎 + 𝑡𝑔 𝑏 2. 𝑡𝑔 𝑥
∗ 𝑡𝑔(𝑎 + 𝑏) ≡ ⇒ 𝑡𝑔 2𝑥 ≡
1 − 𝑡𝑔 𝑎. 𝑡𝑔 𝑏 𝑎=𝑏=𝑥 1 − 𝑡𝑔2 𝑥

𝑡𝑔 𝑎 − 𝑡𝑔 𝑏
∗ 𝑡𝑔(𝑎 − 𝑏) ≡
1 + 𝑡𝑔 𝑎. 𝑡𝑔 𝑏

Exemplos:
1) sen 105º = sen (60º + 45º) = sen 60º . cos 45º + sen 45º . cos 60º

. 167
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
2) cos 135º = cos (90º + 45º) = cos 90º . cos 45º – sen 90º . sen 45º

3) Demonstre que cos (2π + x) = cos x.


cos (2π + x) = cos 2π . cos x – sen 2π . sen x = 1 . cos x – 0 . sen x = cos x

4) Utilizando as fórmulas da adição, desenvolva a expressão tg (π + x).

- Arcos Duplos
Utilizado quando as fórmulas do seno, cosseno e tangente do arco (a + b), fazemos b = a.

sen 2a = 2.sen a. cos a

cos 2a = cos2 a – sen2 a

𝟐𝒕𝒈 𝒂 𝝅
𝒕𝒈 𝟐𝒂 = (𝒂 ≠ + 𝒌𝝅)
𝟏 − 𝒕𝒈𝟐 𝒂 𝟒

Exemplos:
Observe o ciclo trigonométrico:

̂ que mede a.
Nele é mostrado um arco 𝐴𝑀

Vamos determinar:
1) sen 2a.
2) cos 2a.
3) O quadrante que está o arco que mede 2a.
4) sen 3a.

Resolvendo temos:
1) sen 2a.
Como sen 2a = 2.sen a. cos a e sabemos que sen a = 3/5 , com a no 2º quadrante, encontramos o cos
através de: sen2 a + cos2 a = 1  cos2 a = 1 – 9/25  cos2 a = 16/25, como sabemos que a pertence ao
2º quadrante, logo o seu cosseno é negativo: cos a = -4/5.
Com isso fazemos:
3 4 24
𝑠𝑒𝑛 2𝑎 = 2. . (− ) → 𝑠𝑒𝑛 2𝑎 = −
5 5 25

. 168
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
2) cos 2a.
Como cos 2a = cos2 a – sen2 a, teremos:
16 9 7
cos 2𝑎 = − → cos 2𝑎 =
25 25 25

3) O quadrante que está o arco que mede 2a.


Vamos analisar, como sen 2a < 0 e cos 2a >o , podemos concluir que o arco que mede 2ª tem extremidade
no 4º quadrante.

4) sen 3a.
Como sen 3a = sen (2a + a)  sen 3a = sen 2a . cos a + sen a . cos 2a 

24 4 3 7 117
𝑠𝑒𝑛 3𝑎 = (− ) . (− ) + ( ) . ( ) → 𝑠𝑒𝑛 3𝑎 =
25 5 5 25 125

- Arco Metade
Vamos achar valores que mede a/2, conhecendo os valores das funções trigonométricas do arco que
mede a.
Vamos determinar os valores partindo do cos a, partindo dele determinamos os valores de
𝑎 𝑎 𝑎
𝑠𝑒𝑛 2 , 𝑐𝑜𝑠 2 𝑒 𝑡𝑔 2 .

Para isso utilizaremos a seguinte fórmula: cos 2x = cos2 x – sen2 x

Vamos primeiramente ajusta-la ao nosso problema fazendo 2x = a  cos a = cos2 a/2 – sen2 a/2 (I)
Como temos que o cos2 a/2 = 1 – sen2 a/2:
𝑎 𝑎 𝑎 1 − cos 𝑎 𝒂 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 𝒂
cos 𝑎 = 1 − 𝑠𝑒𝑛2 → 2𝑠𝑒𝑛2 = 1 − cos 𝑎 → 𝑠𝑒𝑛2 = = 𝒔𝒆𝒏 = ±√
2 2 2 2 𝟐 𝟐

Se em (I) substituirmos sen2 a/2 por 1 – cos2 a/2


𝑎 𝑎 𝑎 1 + cos 𝑎 𝒂 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒂
cos 𝑎 = 𝑐𝑜𝑠 2 − (1 − 𝑐𝑜𝑠 2 ) → cos 𝑎 = 2𝑐𝑜𝑠 2 = → 𝒄𝒐𝒔 = ±√
2 2 2 2 𝟐 𝟐

E como:
𝑎
𝑎 𝑠𝑒𝑛 𝑎 𝜋
𝑡𝑔 2 = 2
𝑎 ( 𝑐𝑜𝑚 2
≠ 2 + 𝑘. 𝜋, 𝑘 𝜖 𝑍) , 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠:
𝐶𝑂𝑆
2

𝒂 𝟏 − 𝐜𝐨𝐬 𝒂
𝒕𝒈 = ±√
𝟐 𝟏 + 𝐜𝐨𝐬 𝒂

- Funções trigonométricas de arco que mede a, em função da tangente do arco metade.

. 169
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
- Transformação da soma em produto
As fórmulas abaixo relacionadas nos permitirão transformar somas em produtos.

𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 + 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝−𝑞 𝑝+𝑞
∗ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 − 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 + cos 𝑞 = 2. 𝑐𝑜𝑠 . 𝑐𝑜𝑠
2 2
𝑝+𝑞 𝑝−𝑞
∗ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 − cos 𝑞 = −2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑠𝑒𝑛
2 2

Exemplos:
Vamos transformar em produtos:
1) N = sen 4x + sen 6x
Vamos chamar 4x = p e 6x = q
Usando a primeira das fórmulas vistas, obtemos:
4𝑥 + 6𝑥 4𝑥 − 6𝑥
𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 . 𝑐𝑜𝑠 → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛(5𝑥). cos(−𝑥) → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 5𝑥. 𝑐𝑜𝑠 𝑥
2 2

2) N = 1 – sen 4x
𝜋
Vamos substituir 1 por sen π/2, obtemos: 𝑁 = 𝑠𝑒𝑛 − 𝑠𝑒𝑛 4𝑥
2
Onde: π/2 = p e 4x = q
𝜋 𝜋
− 4𝑥 + 4𝑥 𝜋 𝜋
𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 ( 2 ) . 𝑐𝑜𝑠 (2 ) → 𝑁 = 2. 𝑠𝑒𝑛 ( − 2𝑥) . 𝑐𝑜𝑠 ( + 2𝑥)
2 2 4 4

Referências
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
IEZZI, Gelson – Matemática Elementar – Volume 3 - Trigonometria

Questões

01. (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ/SC – FARMACÊUTICO – ALTERNATIVE CONCURSOS) O valor de


(sen 90º + cos 180º) é igual a:
(A) 0
(B) 3
(C) -1
(D) -2

02. (SANEAR – FISCAL - FUNCAB) Sendo cos x =1/2 com 0° < x < 90°, determine o valor da expressão
E = sen² x + tg² x.
(A) 9/4
(B) 11/4
(C) 13/4
(D) 15/4
(E) 17/4

. 170
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
03. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –
EXÉRCITO BRASILEIRO) A soma dos valores de m que satisfazem a ambas as igualdades
senx=(m+1)/m e cos x=(m+2)/m é
(A) 5
(B) 6
(C) 4
(D) -4
(E) -6

04. (PUC – SP) Se tg (x + y) = 33 e tg x = 3, então tg y é igual a:


(A) 0,2
(B) 0,3
(C) 0,4
(D) 0,5
(E) 0,6

Respostas

01. Resposta: A.
sen 90°=1
cos〖180°〗= -1
1+(-1)=0

02. Resposta: D.
Sen²x+cos²x=1
1 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + ( ) = 1
2
1
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 = 1 −
4
3
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 =
4
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = ±
2
Como está no primeiro quadrante
√3
𝑠𝑒𝑛𝑥 = +
2
2
√3 3
2 (2)
2 2
𝑠𝑒𝑛2 𝑥
2 √3 3 4 3 15
𝐸 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 + =( ) + = + = +3 =
2
𝑐𝑜𝑠 𝑥 2 1 2 4 1 4 4
(2) 4

03. Resposta: E.
𝑠𝑒𝑛2 𝑥 + 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1

𝑚+1 2 𝑚+2 2
( ) +( ) =1
𝑚 𝑚

𝑚2 + 2𝑚 + 1 𝑚2 + 4𝑚 + 4
+ −1=0
𝑚2 𝑚2

𝑚2 + 2𝑚 + 1 + 𝑚2 + 4𝑚 + 4 − 𝑚2 = 0
𝑚2 + 6𝑚 + 5 = 0

S = -b/a → S = -6/1 = -6

04. Resposta: B.
O cálculo da adição de arcos da tangente é dado por:

. 171
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
tg x + tg y
𝑡𝑔(𝑥 + 𝑦) =
1 – tg x . tg y

Sabendo que tg (x + y) = 33 e tg x = 3, temos:


3 + tg y
33 =
1 – 3 . tg y

33 – 99.tg y = 3 + tg y
100.tg y = 30
tg y = 30/100
tg y = 0,3

EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

Para que exista uma equação qualquer é preciso que tenha pelo menos uma incógnita e uma
igualdade.
Agora, para ser uma equação trigonométrica é preciso que, além de ter essas características gerais,
é preciso que a função trigonométrica seja a função de uma incógnita.
sen x = cos 2x
sen 2x – cos 4x = 0
4 . sen3 x – 3 . sen x = 0

São exemplos de equações trigonométricas, pois a incógnita pertence à função trigonométrica.


x2 + sen 30° . (x + 1) = 15
Esse é um exemplo de equação do segundo grau e não de uma equação trigonométrica, pois a
incógnita não pertence à função trigonométrica.

Grande parte das equações trigonométricas é escrita na forma de equações trigonométricas


elementares ou equações trigonométricas fundamentais, representadas da seguinte forma:
sen x = sen α
cos x = cos α
tg x = tg α

Cada uma dessas equações acima possui um tipo de solução, ou seja, de um conjunto de valores que
a incógnita deverá assumir em cada equação.

Resolução da 1ª equação fundamental


- sen x = sen α
Para que dois arcos x e α da primeira volta possuam o mesmo seno, é necessário que suas
extremidades estejam sobre uma única horizontal. Podemos dizer também que basta que suas
extremidades coincidam ou sejam simétricas em relação ao eixo dos senos.
Assim, os valores de x que resolvem a equação sen x = sen α (com α conhecido) são x = α ou x = π-
α. Veja a figura:

- cos x = cos α
Para que x e α possuam o mesmo cosseno, é necessário que suas extremidades coincidam ou sejam
simétricas em relação ao eixo dos cossenos, ou, em outras palavras, que ocupem no ciclo a mesma
vertical.

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Nessas condições, com α dado, os valores de x que resolvem a equação cos x = cos α são: x = a ou
x = 2π- α.

- tg x = tg α
Dois arcos possuem a mesma tangente quando são iguais ou diferem π radianos, ou seja, têm as
extremidades coincidentes ou simétricas em relação ao centro do ciclo.

Assim temos x = α ou x = α ±π como raízes da equação tg x = tg α

Solução geral de uma equação


Quando resolvemos uma equação considerando o conjunto universo mais amplo possível,
encontramos a sua solução geral. Essa solução é composta de todos os valores que podem ser atribuído
à incógnita de modo que a sentença se torne verdadeira.
Exemplo:
Ao resolver a equação sen x = ½ no conjunto dos reais ( U=R), fazemos:
𝜋 5𝜋
sen x = ½  sen x = sen π/6  ⌊𝑥 = + 2𝑘𝜋 𝑜𝑢 𝑥 = + 2𝑘𝜋, 𝑘 ∈ 𝑍
6 6
Obtendo todos os arcos x (por meio da expressão geral dos arcos x) que tornam verdadeira a sentença
sen x = ½

Portanto: S = { x ϵ R | x = π/6 + 2kπ ou x = 5π/6 + 2kπ, k ϵ Z)


Referências
IEZZI, Gelson - Matemática- Volume Único
http://www.mundoeducacao.com
www.brasilescola.com.br

Questões

01. (Bombeiros MG) As soluções da equação trigonométrica sem(2x) – 1/2 = 0, que estão na primeira
determinação são:
(A) x = π/12 ou x = 3π/24
(B) x = π/12 ou x = 5π/12
(C) x = π/6 ou x = 3π/12
(D) x = π/6 ou x = 5π/24

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02. (PC/ES - Perito Criminal Especial – CESPEUnB) Considerando a função f(x) = senx - √3 cosx,
em que o ângulo x é medido em graus, julgue o item seguinte:
f(x) = 0 para algum valor de x tal que 230º < x < 250º.
( ) Certo ( )Errado

03. (PREVIC - Técnico Administrativo – Básicos – CESPEUnB) Em um estudo da interação entre


caça e predador, tanto a quantidade de predador quanto a quantidade de caça foram modeladas por
funções periódicas do tempo. No início dos anos 2000, a quantidade de predadores em certa região, em
𝜋𝑡
milhares, era dada pela função P(t) = 5 + 2cos( )em que o tempo t é considerado em meses. A partir
12
dessa situação, julgue o item seguinte.
O gráfico abaixo corresponde à função: P (t), 0 ≤ t ≤ 35.

( )Certo ( )Errado
3
04. (UNIPAR) A soma de todas as raízes da equação 1−𝑐𝑜𝑠2 𝑥 = 4, no intervalo 0 ≤ x ≤ 2π, é igual a:
(A) 5π
(B) 4π
(C) 3π
(D) 2π
(E) π

05. (FGV) Estima-se que, em 2009, a receita mensal de um hotel tenha sido dada (em milhares de
𝜋𝑡
reais) por 𝑅(𝑡) = 3000 + 1500. 𝑐𝑜𝑠 ( 6 ), em que t = 1 representa o mês de janeiro, t = 2 o mês de fevereiro
e assim por diante. A receita de março foi inferior à de fevereiro em:
(A) R$ 850.000,00
(B) R$ 800.000,00
(C) R$ 700.000,00
(D) R$ 750.000,00
(E) R$ 650.000,00
Resposta

01. Resposta: B
Temos então: sem(2x) = 1/2
Os arcos cujo seno é 1/2 são π/6 e 5π/6.
Resolvendo:
2x = π/6
x = π/12
ou
2x = 5π/6
x = 5π/12

02. Resposta: Certo


Sendo 𝑓(𝑥) = 𝑠𝑒𝑛𝑥 − √3. 𝑐𝑜𝑠𝑥, então para f(x) = 0, temos:
𝑠𝑒𝑛𝑥 − √3. 𝑐𝑜𝑠𝑥 = 0

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
𝑠𝑒𝑛𝑥 = √3. 𝑐𝑜𝑠𝑥  (passar o 𝑐𝑜𝑠𝑥 dividindo para o 1° membro)
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑥
= √3  (das relações fundamentais temos que 𝑡𝑔𝑥 = )
𝑐𝑜𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
𝑡𝑔𝑥 = √3
Verificando no ciclo quais ângulos tem este valor de tangente:

x = 60° ou x = 240°

03. Resposta: Errado


πt
P(t) = 5 + 2. cos (12)
Se t = 0:
π.0
P(0) = 5 + 2. cos ( 12 )
P(0) = 5 + 2. cos0 , sabendo que cos0 = 1:
P(0) = 5 + 2.1
P(0) = 5 + 2 = 7

se t = 0  P = 7, temos o ponto de início do gráfico sendo (0, 7) e não (0, 5) como está no gráfico.

04. Resposta: B
3
=4
1−𝑐𝑜𝑠2 𝑥
3 = 4. (1 − 𝑐𝑜𝑠 2 𝑥)
3 = 4 − 4𝑐𝑜𝑠 2 𝑥
4𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 4 − 3
4𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 1
1
𝑐𝑜𝑠 2 𝑥 = 4
1
𝑐𝑜𝑠𝑥 = ±√4
1
𝑐𝑜𝑠𝑥 = ± 2

Os ângulos que tem cosseno igual a mais ou menos ½ são: π/3, 2π/3, 4π/3 e 5π/3.
𝜋 2𝜋 4𝜋 5𝜋
+ + + =
3 3 3 3
𝜋+2𝜋+4𝜋+5𝜋 12π
= 3
= 3
= 4𝜋

05. Resposta: D
𝜋 180°
Lembrando que 6 = 6 = 30°  R(t) = 3000 + 1500.cos(30°.t)
No mês de fevereiro: t = 2
R(2) = 3000 + 1500.cos(30°.2)
R(2) = 3000 + 1500. cos60°
R(2) = 3000 + 1500.1/2
R(2) = 3000 + 750 = 3.750

No mês de março: t = 3
R(3) = 3000 + 1500.cos(30°.3)

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R(3) = 3000 + 1500.cos90°
R(3) = 3000 + 1500.0
R(3) = 3.000

Logo, a receita em março foi menor em: 3.750 – 3.000 = 750.


No enunciado foi dito que a fórmulas está em milhares de reais, portanto, R$ 750.000,0

INEQUAÇÃO TRIGONOMÉTRICA

Inequação trigonométrica será onde teremos os sinais da desigualdades, e algum valor trigonométrico,
por exemplo:
Senx> -1
Cosx≤ 1
tgx≥-2

Vejamos os seis tipos de inequações trigonométricas fundamentais:

1° tipo) sen x > n (sen x ≥ n)


Seja n o seno de um arco y qualquer, tal que 0 ≤ n < 1. Se sen x > n, então todo x entre y e π – y é
solução da inequação, assim como podemos ver na parte destacada de azul na figura a seguir:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo sen x > n

A solução dessa inequação pode ser dada na primeira volta do ciclo trigonométrico como S = { x |
y < x < π – y}. Para estender essa solução para o conjunto dos reais, podemos afirmar que S = { x |
y + 2kπ < x < π – y + 2kπ, k } ou S = { x | y + 2kπ < x < (2k + 1)π – y, k }

2° tipo) sen x < n (sen x ≤ n)


Se sen x < n, então a solução é dada por dois intervalos. A figura a seguir representa essa situação:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo sen x < n

Na primeira volta do ciclo, a solução pode ser dada como S = { x | 0 ≤ x ≤ y ou π – y ≤ x ≤ 2π} .


No conjunto dos reais, podemos afirmar que S = { x | 2kπ ≤ x < y + 2kπ ou π – y + 2kπ ≤ x ≤ (k +
1).2π, k }.

3° tipo) cos x > n (cos x ≥ n)

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Seja n o cosseno de um arco y, tal que – 1 < n < 1. A solução deve ser dada a partir de dois intervalos: 0
≤ n < 1 ou – 1 < n ≤ 0. Veja a figura a seguir:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo cos x > n

Para que a solução dessa inequação esteja na primeira volta do ciclo trigonométrico, devemos
apresentar S = { x | 0 ≤ x < y ou 2π – y ≤ x < 2π }. Para estender essa solução para o conjunto
dos reais, podemos dizer que S = { x | 2kπ ≤ x < π + 2kπ ou 2π – y + 2kπ < x < (k + 1).2π,
k }.

4° tipo) cos x < n (cos x ≤ n)


Nesses casos, há apenas um intervalo e uma única solução. Observe a figura a seguir:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo cos x < n

Na primeira volta do ciclo, a solução é S = { x | y < x < 2π – y}. No conjunto dos reais, a solução
éS={x | y + 2kπ < x < 2π – y + 2kπ, k }.

5° tipo) tg x > n (tg x ≥ n)


Seja n a tangente de um arco y qualquer, tal que n > 0. Se tg x > n, há duas soluções como podemos
ver na figura:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo tg x > n

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A solução dessa inequação pode ser dada no conjunto dos reais como S = { x | y + 2kπ < x
π 3π
< /2 + 2kπ ou y + π + 2kπ < x < /2 + 2kπ}. Na primeira volta do ciclo, temos: S = { x |y<x
< π/2 ou y + π < x < 3π/2, k }.

6° tipo) tg x < n (tg x ≤ n)


Esse caso é semelhante ao anterior. Se n > 0, temos:

Representação da solução da inequação trigonométrica do tipo tg x < n

Na primeira volta do ciclo, temos como solução: S = { x | 0 ≤ x < y ou π/2 < x < y + π ou 3π/2 < x
< 2π}. No conjunto dos reais a solução é S = { x | kπ ≤ x < y + kπou π/2 + kπ < x < (k + 1).π,
k }.

Questões

Considere o intervalo [0;2π], para resolver as inequações em “x” nos exercícios 01 e 02

01. O conjunto solução da inequação 2cosx ≤ 1 é?


π 5π
(A) S = {x IR/ ≥ x ≥ }
3 3
π 5π
(B) S = {x IR/ 3 ≤ x ≤ 3 }
π 5π
(C) S = {x IR/ 6 ≤ x ≤ 6 }
π 5π
(D) S = {x IR/ 4 ≤ x ≤ 4 }
2π π
(E) S = {x IR/ 3 ≤ x ≤ 3 }

1
02. O conjunto solução da inequação senx ≥ é?
2
π 5π
(A) S = {x IR/ 3 ≤ x ≤ 3
}
5π π
(B) S = {x IR/ 4 ≤ x ≤ 4 }
π 5π
(C) S = {x IR/ 4 ≤ x ≤ 4 }
5π π
(D) S = {x IR/ 6 ≤ x ≤ 6 }
π 5π
(E) S = {x IR/ 6 ≤ x ≤ 6 }

Respostas

01. Resposta: B.
2cosx ≤ 1, então
1 1
cosx ≤ 2, se observarmos no círculo trigonométrico, nos ângulos notáveis, no 1 quadrante, cos60° = 2,
π 1 π 5π
portanto em radianos teremos cos3 = 2
, e no 4º quadrante será 2π - 3
= 3
, então a solução dessa
inequação será:

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π 5π
S = {x IR/ 3 ≤ x ≤ 3
}

02. Resposta: E.
1
senx ≥2
Observe que se imaginarmos o círculo trigonométrico, nos ângulos notáveis, no 1° quadrante,
1 π 1 π 5π
sen30°= 2, portanto em radianos teremos sen 6 = 2, e no 2° quadrante o correspondente de 6 será 6 ,
assim a inequação será da seguinte forma: para valores maiores que ½ no seno.

Assim a solução será:


π 5π
S = {x IR/ 6 ≤ x ≤ 6 }

FUNÇÃO TRIGONOMÉTRICA

No círculo trigonométrico temos arcos que realizam mais de uma volta, considerando que o intervalo
do círculo é [0, 2π], por exemplo, o arco dado pelo número real x = 5π/2, quando desmembrado temos:
x = 5π/2 = 4π/2 + π/2 = 2π + π/2. Note que o arco dá uma volta completa (2π = 2*180º = 360º), mais
um percurso de 1/4 de volta (π/2 = 180º/2 = 90º). Podemos associar o número x = 5π/2 ao ponto P da
figura, o qual é imagem também do número π/2. Existem outros infinitos números reais maiores que 2π
e que possuem a mesma imagem. Observe:

9π/2 = 2 voltas e 1/4 de volta


13π/2 = 3 voltas e 1/4 de volta
17π/2 = 4 voltas e 1/4 de volta

Podemos generalizar e escrever todos os arcos com essa característica na seguinte forma: π/2 + 2kπ,
onde k Є Z. E de uma forma geral abrangendo todos os arcos com mais de uma volta, x + 2kπ.
Estes arcos são representados no plano cartesiano através de funções circulares como: função seno,
função cosseno e função tangente.

Características da função seno


É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu seno, então f(x) = senx. O sinal da
função f(x) = senx é positivo no 1º e 2º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 3º e 4º quadrantes.
Observe:

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Gráfico da função f(x) = senx

Características da função cosseno


É uma função f : R → R que associa a cada número real x o seu cosseno, então f(x) = cosx. O sinal
da função f(x) = cosx é positivo no 1º e 4º quadrantes, e é negativo quando x pertence ao 2º e 3º
quadrantes. Observe:

Gráfico da função f(x) = cosx

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Características da função tangente
É uma função f : R → R que associa a cada número real x a sua tangente, então f(x) = tgx.
Para os ângulos de 90º, 270º e depois correspondentes a estes fora da primeira volta, a tangente deles
não existe!!!
Sinais da função tangente:
- Valores positivos nos quadrantes ímpares.
- Valores negativos nos quadrantes pares.
- Crescente em cada valor.

Gráfico da função tangente

Função trigonométrica inversa


As funções trigonométricas não são invertíveis em todo o seu domínio. Mas, para cada uma delas,
podemos restringir o domínio de forma conveniente e definir uma função inversa.

- A função inversa do seno, denotada por arcsen, é definida como:

- Gráfico do Domínio e Imagem do Arsec

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- A função inversa do cosseno, denotada por arccos, é definida como:

- Gráfico do Domínio e Imagem do Arccos

- A função inversa da tangente, denotada por arctan, é definida como:

. 182
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- Gráfico do Domínio e Imagem do Arctan

Referências
brasilescola.com
uff.br/webmat

Questões

01. (IFB – Professor de Matemática – IFB/2017) As funções senoides por serem periódicas são muito
utilizadas nos cálculos de movimentos de marés, movimentos de pêndulos, sinais de ondas sonoras e

luminosas, etc. A função representa o movimento de maré de uma localidade


na região norte do Brasil. Em relação à função dada, assinale as afirmações dadas a seguir
como VERDADEIRAS com (V) ou FALSAS com (F).
( ) É uma função periódica e seu período é 2π.

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
( ) Sua imagem é o intervalo [−1,1].
( ) O domínio é o conjunto dos números reais.
( ) É uma função periódica e seu período é π.
( ) Se anula em infinitos valores para x.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de cima para baixo.
(A) F, V, V, V, F
(B) F, F, V, V, V
(C) V, F, F, V, V
(D) F, V, F, V, V
(E) V, F, V, F, V

02. (IF/SC – Professor de Matemática – IF/SC) Dada a função f (x) = sen x - cos x, quantos zeros

tem a função no intervalo


(A) nenhum
(B) um
(C) dois
(D) três
(E) quatro

03. Qual o domínio e o conjunto imagem da função y = arcsen 4x?


(A) D = [-1/4, 1/4] e Im = [-pi /2, pi /2].
(B) D = [-1/2, 1/2] e Im = [-pi /4, pi /4].
(C) D = [-1/4, 1/4] e Im = [-pi /4, pi /4].
(D) D = [-1/2, 1/2] e Im = [-pi /6, pi /6].

04. Qual é o valor de y = tg(arcsen 2/3)?


3

5
(A) ( 3 )
(B) (1/2)
1

2
(C) ( )
5
5

3
(D) ( 5 )

05. Qual é o valor da equação 2*sen(3x) + 1 = 0?


(A) S = {x E R/x = π/3 + kπ/3 ou x = - π/3 + kπ/3, k E Z}
(B) S = {x E R/x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3, k E Z}
(C) S = {x E R/x = 7π/8 + kπ/3 ou x = - π/8 + kπ/3, k E Z}
(D) S = {x E R/x = 7π/18 + 2kπ/6 ou x = - π/18 + 2kπ/6, k E Z}

06. Qual é o conjunto solução da equação sen (5x) + sen (2x) = 0?


(A) x = π/ 6 + 2kπ/ 3, k E Z.
(B) x = π/ 6 + kπ/ 3, k E Z.
(C) x = π/ 3 + kπ/ 3, k E Z.
(D) x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z.

Respostas

01. Resposta: B.
O período de uma função y = a+b*sen(cx+d) é simplesmente 2pi/c, assim o período da função em
específico é pi. Logo a primeira afirmativa é FALSA.
A imagem da função pode ser encontrada considerando que toda função seno está entre -1 e 1. Veja:
-1 ≤ sen(2x+pi/2) ≤ 1

-3 ≤ 3sen(2x+pi/2) ≤ 3

-2 ≤ 1+3sen(2x+pi/2) ≤ 4

. 184
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Assim, Im(f(x)) = [-2, 4]. Ou seja, a segunda afirmação também é FALSA. Analisando as afirmações
só nos resta a alternativa B como resposta.

02. Resposta: D.

Observe que para a função dar zero, temos que ter senx = cosx, assim temos o ângulo de 45° e seus
correspondentes no 2°, 3° e 4° quadrantes, mas precisamos ficar atentos a alguns fatos:
- A função é no intervalo de 0 à 3pi, ou seja, uma volta e meia no círculo;
- os sinais de seno e cosseno variam de acordo com o quadrante:
1ºQ: senx = + e cosx = +
2°Q: senx = + e cosx = - (não serve pois o seno e cosseno devem ser iguais)
3ºQ: senx = - e cosx = -
4°Q: senx = - e cosx = + (não serve, pois o seno e cosseno devem ser iguais)

Então as soluções estão no 1° e 3° quadrantes, mas o intervalo é de uma volta e meia, assim passa
pelo primeiro quadrante 2 vezes e 1 vez pelo terceiro quadrante, portanto possui 3 soluções.

03. Resposta: A.

Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem:


Para x: -1 < 4x < 1, ou seja, -1/4 < x < 1/4. Portanto, Domínio = D = [-1/4, 1/4].Para y: Da definição
vista acima, deveremos ter -pi /2 < y < pi /2.
Resposta: D = [-1/4, 1/4] e Im = [-pi /2, pi /2].

04. Resposta: D.
Seja w = arcsen 2/3.
Podemos escrever senw = 2/3. Precisamos calcular o cosw. Vem: sen2w + cos2w = 1 (Relação
Fundamental da Trigonometria). Substituindo o valor de senw vem:
(2/3)2 + cos2w = 1 de onde conclui-se: cos2w = 1 – 4/9 = 5/9.
Logo:
cosw = ± √5 / 3. Mas como w = arcsen 2/3, sabemos que o arco w pode variar de –90º a +90º, intervalo
no qual o coseno é positivo. Logo: cosw = +√5 / 3.
Temos então: y = tg(arcsen 2/3) = tgw = senw / cosw = [(2/3) / (√5 / 3)] = 2/√5 / 3
Racionalizando o denominador, vem finalmente y = (√5 / 3)/ 5 que é o valor de y procurado.

05. Resposta: B.
Seja 2*sen(3x) + 1 = 0
A solução é 3x = 7π/6 rad, pois sen 7π/6 = - 1/2. Assim, temos: sen 3x = sen 7π/6
Então: 3x = 7π/6 + 2kπ ou 3x = - π/6 + 2kπ , k E R.
x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3
Concluímos que o conjunto solução é:
S = {x E R/x = 7π/18 + 2kπ/3 ou x = - π/18 + 2kπ/3, k E Z}

06. Resposta: D.
Observe que é possível transformar o 1º membro em um produto; além disso, o 2º membro é zero.
Assim sendo, lembrando que sen p + sen q = 2*sen p + q / 2* cos p - q / 2, temos:
2*sen 5x + 2x /2*cos 5x - 2x /2 = 0  sen 7x / 2*cos3x /2 = 0  sen 7x/ 2 = 0 ou cos 3x /2 = 0
Para sen 7x/ 2 = sen 0, temos: 7x/ 2 = kπ, k E Z. Portanto: 7x = 2kπ  x = 2kπ / 7, k E Z
Para cos 3x/ 2 = cos π/2, temos: 3x / 2 = π/ 2 + kπ, k E Z.
Então: 3x = π + 2kπ  x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z.
O conjunto solução é: S = {x E R/ x = π/3 + 2kπ/ 3 ou x = 2kπ/ 7, k E Z}
Obs.: esse mesmo problema poderia ser resolvido assim:
sen (5x) + sen (2x) = 0  sen (5x) = - sen (2x)
como: - sen (2x) = sen (- 2x) desse modo temos:
5x = - 2x + 2kπ ou 5x = π - (-2x) + 2kπ, k E Z, daí obtemos:
x = 2kπ/ 7 ou x = π/ 3 + 2kπ/ 3, k E Z

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
10. GEOMETRIA ANALÍTICA: coordenadas cartesianas; distância entre pontos;
equações da reta, paralelismo e perpendicularismo, ângulo entre retas, distância
de um ponto a uma reta; equação da circunferência, tangentes a uma
circunferência, intersecção de uma reta a uma circunferência; elementos
principais e equações da elipse, hipérbole e parábola; lugares geométricos e
interpretações de equações de 2° grau.

SISTEMA CARTESIANO ORTOGONAL (OU PLANO CARTESIANO)

René Descartes (1596-1650) rompeu com as tradições clássicas da Geometria grega e criou a
Geometria analítica.

Temos dois eixos orientados, um horizontal e outro vertical, perpendiculares entre si. O eixo horizontal
é chamado de “eixo das abscissas” e o eixo vertical e chamado de “eixo das ordenadas”.
Estes eixos dividem o plano em quatro partes chamadas de “quadrantes”.
O ponto O e chamado de ponto “Zero” ou “Ponto de Origem” do sistema.

- Propriedades do Sistema Cartesiano.


Sendo um ponto p(x, y), temos:

1) Se P ∈ ao 1° quadrante: x > 0 e y > 0


2) Se P ∈ ao 2° quadrante: x < 0 e y > 0
3) Se P ∈ ao 3° quadrante: x < 0 e y < 0
4) Se P ∈ ao 4° quadrante: x > 0 e y < 0
5) Se P ∈ ao eixo das abcissas: y = 0
6) Se P ∈ ao eixo das ordenadas: x = 0
7) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes ímpares (1° e 3° quadrantes): x = y
8) Se P ∈ à bissetriz dos quadrantes pares (2° e 4° quadrantes): x = - y

Ponto médio

Sendo A(xA, yA) e B(xB, yB) dois pontos do sistema cartesiano:

- se M(xM, yM) é ponto médio do


segmento ̅̅̅̅
AB, temos a fórmula do
ponto médio:

xA + xB
xM =
2
𝑦𝐴 + 𝑦𝐵
𝑦𝑀 =
2

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Distância entre dois pontos

- de acordo com o Teorema de


Pitágoras, temos a fórmula da
distância:

𝑑𝐴𝐵
= √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

Área do triângulo e condição de alinhamento de três pontos

Sejam os pontos A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC, yC) os três vértices de um triângulo ABC, para calcular a
área desse triângulo temos a fórmula:

|D|
xA yA 1
A= , onde D = |x B yB 1|
2
xC yC 1

E a condição para que os três estejam alinhados (mesma linha ou mesma reta) é que D = 0.

Questões

01. O ponto A(2m + 1, m + 7) pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares. Então, o valor de m é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

02. O ponto P(2 + p, 4p – 12) pertence ao eixo das abscissas, então:


(A) P(2 ,0)
(B) P(3, 0)
(C) P(- 5, 0)
(D) P(5, 0)
(E) P(- 2, 0)

03. O ponto médio entre A(4, - 1) e B(2, 5) é:


(A) M(- 3, 2)
(B) M(3, - 2)
(C) M(- 3, - 2)
(D) M(3, 2)
(E) M(1, 2)

04. Se M(4, 5) é ponto médio entre A(6, 1) e B. As coordenadas xB e yB, respectivamente, são iguais
a:
(A) 2 e 9
(B) 2 e 7
(C) 9 e 2
(D) 3 e 9
(E) 1 e 8

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05. Qual é a distância entre os pontos A(3, 1) e B(7, 4)?
(A) 5
(B) 25
(C) 4
(D) 16
(E) 0
06. Se a distância entre os pontos A(8, 2) e B(3, y) é igual a 5√2, sendo B é um ponto do 1° quadrante,
então o valor de y é:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 9

07. Quais são os possíveis valores de c para que os pontos (c, 3), (2, c) e (14, - 3) sejam colineares?
(A) 4 e 5
(B) 5 e – 6
(C) – 5 e 6
(D) – 4 e 5
(E) 6 e 5

08. A área de um triângulo que tem vértices nos ponto A(2, 1), B(4, 5) e C(0, 3), em unidades de área,
é igual a:
(A) 5
(B) 6
(C) 7
(D) 8
(E) 2

09. Se (m + 2n, m – 4) e (2 – m, 2n) representam o mesmo ponto do plano cartesiano, então mn é igual
a:
(A) 2
(B) 0
(C) – 2
(D) 1
(E) ½

Respostas

01. Resposta: B.
Se o ponto pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares temos que x = y.
x=y
2m + 1 = m + 7
2m – m = 7 – 1
m=6

02. Resposta: D.
Se P pertence ao eixo das abscissas y = 0.
y=0
4p – 12 = 0
4p = 12
p = 12/4
p=3

x=2+p
x=2+3
x=5
Logo: P(5, 0)

. 188
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03. Resposta: D.
x +x yA +yB
xM = A B e yM =
2 2

4+2 −1+5
xM = = 3 e yM = =2
2 2

04. Resposta: A.
xA +xB yA +yB
xM = yM =
2 2

6+xB 1+yB
4= 5=
2 2

6 + 𝑥𝐵 = 2.4 1 + 𝑦𝐵 = 2.5

𝑥𝐵 = 8 − 6 = 2 𝑦𝐵 = 10 − 1 = 9

05. Respostas: A.

𝑑𝐴𝐵 = √(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2

𝑑𝐴𝐵 = √(7 − 3)2 + (4 − 1)2 = √42 + 32 = √16 + 9 = √25 = 5

06. Resposta: C.
𝑑𝐴𝐵 = 5√2

√(𝑥𝐵 − 𝑥𝐴 )2 + (𝑦𝐵 − 𝑦𝐴 )2 = 5√2 (elevando os dois membros ao quadrado)

(3 − 8)2 + (𝑦 − 2)2 = 25.2


(−5)2 + (𝑦 − 2)2 = 50
25 + (𝑦 − 2)2 = 50
(y – 2)2 = 50 – 25
(y – 2)2 = 25
𝑦 − 2 = ±√25
𝑦 − 2 = ±5
y – 2 = 5 ou y – 2 = - 5
y = 5 + 2 ou y = - 5 + 2
y=7 ou y = - 3
como o ponto B está no 1° quadrante, y > 0  y = 7

07. Resposta: E.
Colineares (mesma linha) ou seja, os pontos dados devem estar alinhados. A condição para isto é que
D = 0.

𝑐 3 1
𝐷=|2 𝑐 1| = 0 (para resolver o determinante D, repetimos as 1ª e 2ª colunas)
14 −3 1

= 𝑐 2 + 42 − 6 − 14𝑐 + 3𝑐 − 6 =
= 𝑐 2 − 11𝑐 + 30

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Então: 𝐷 = 0  𝑐 2 − 11𝑐 + 30 = 0, equação do 2° grau em que a = 1, b = - 11 e c = 30 (lembrando
que o c que queremos determinar não é o mesmo c da equação).

∆= 𝑏 2 − 4. 𝑎. 𝑐
∆= (−11)2 − 4.1.30
∆= 121 − 120 = 1

−b±√∆
c=
2a

−(−11)±√1 11±1 11+1 12 11−1 10


c= = 𝑐= 2 = 2 =6 ou 𝑐 = = =5
2.1 2 2 2

08. Resposta: B.
|D|
A fórmula da área do triângulo é A = 2 .

= 10 + 0 + 12 – 0 – 6 – 4 = 22 – 10 = 12

|12|
A= =6
2
09. Resposta: E.
Do enunciado temos que (m + 2n, m – 4) = (2 – m, 2n), se esses dois pontos são iguais:
m + 2n = 2 – m (I) e m – 4 = 2n (II), substituindo (II) em (I), temos:
m+m–4=2–m
2m – 4 = 2 – m
2m + m = 2.+ 4
3m = 6
m=6:3
m = 2 (substituindo 2 em (II))
2 – 4 = 2n
- 2 = 2n
n=-2:2
n=-1
Logo: mn = 2-1 = ½ (expoente negativo, invertemos a base e o expoente fica positivo.

ESTUDO DA RETA

Inclinação de uma reta


Considere-se no Plano Cartesiano uma reta r. Chama-se inclinação de r à medida de um ângulo α que
r forma com o eixo x no sentido anti-horário, a partir do próprio eixo x.

Coeficiente angular da reta

. 190
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Definimos o coeficiente angular (ou declividade) da reta r o número m tal que 𝐦 = 𝐭𝐠𝛂.
Então, temos:

- se m = 0
a reta é paralela ao eixo x, isto é, α = 0°.

- se m > 0
temos um ângulo α, tal que 0° < α < 90°. O ângulo α é agudo.

- se m < 0
temos um ângulo α, tal que 90° < α < 180°. O ângulo α é obtuso.

- se m = ∄ (não existe)  a reta é perpendicular ao eixo x, isto é, α = 90°.

Sendo A e B dois pontos pertencentes a uma reta r, temos:

cateto aposto
No triângulo retângulo: tgα = , então temos que o coeficiente angular m
cateto adjacente
é:
y −y ∆𝐲
m = xB −xA  m = ∆𝐱
B A

Equação fundamental da reta


Considerando uma reta r e um ponto A(x0, y0) pertencente à reta. Tomamos outro ponto B(x, y) genérico
diferente de A. Com esses dois pontos pertencentes à reta r, podemos calcular o seu coeficiente angular.

. 191
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∆y m y−y
m = ∆x  1
= x−x0 , multiplicando em “cruz”:
0

y – yo = m(x – xo), fórmula da equação fundamental da reta.

Exemplos:
1- Uma reta tem inclinação de 60° em relação ao eixo x. Qual é o coeficiente angular desta reta?

Solução: m = tgα  m = tg60°  m = √3

2- Uma reta passa pelos pontos A(3, -1) e B(5, 8). Determinar o coeficiente angular dessa reta.

∆y y −y 8−(−1) 9
Solução: m = ∆x = xB −xA  m= 5−3
 m=2
B A

3- Uma reta passa pelo ponto A(2, 4) e tem coeficiente angular m = 5. Determinar a equação
fundamental dessa reta.

Solução: o ponto por onde a reta passa são os valores de xo e yo para substituir na fórmula, então:

y − yo = m. (x − xo )  y − 4 = 5. (x − 2) (esta é a equação fundamental da reta)

Equação geral da reta


Toda reta tem uma Equação Geral do tipo:

𝐚𝐱 + 𝐛𝐲 + 𝐜 = 𝟎 , onde a, b e c são os coeficientes da equação e podem ser qualquer número real,


com a condição de que a e b não sejam nulos ao mesmo tempo. Isto é se a = 0  b ≠ 0 e se b = 0  a
≠ 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0  a = 2, b = - 3 e c = 8
(s) – x + 10 = 0  a = - 1, b = 0 e c = 10
(t) 3y – 7 = 0  a = 0, b = 3 e c = - 7
(u) x + 5y = 0  a = 1, b = 5 e c = 0

−𝐚
Da equação geral da reta, temos uma nova fórmula para o coeficiente angular: 𝐦 = 𝐛

Equação reduzida da reta


Para determinar a equação reduzida da reta, basta “isolar” o y.

ax + by + c = 0

by = −ax − c

−ax c
y= b
−b

−a −c
Na equação reduzida da reta temos que b
é o coeficiente angular (m) da reta e b
é o coeficiente
linear (q) da reta. Então, a equação reduzida é da forma:

y = mx + q

O coeficiente linear q é o ponto em que a reta “corta” o eixo y.

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Observações:
I) A equação reduzida de uma reta fornece diretamente o coeficiente
angular e o coeficiente linear.
II) As retas de inclinação igual a 90° (reta vertical ao eixo x) não
possuem equação reduzida.

Bissetrizes dos ângulos de duas retas

A bissetriz de ângulos de
retas, nada mais é a que a
aplicação direta da fórmula
da distância de um ponto a
uma reta

Paralelismo e perpendicularismo
Considere-se no Plano Cartesiano duas reta r e s.

Se as retas são paralelas, o ângulo 𝛼 de inclinação em relação ao eixo x é o mesmo. Este ângulo nos
dá o valor do coeficiente angular da reta e, sendo mr e ms, respectivamente os coeficientes angulares de
r e s, temos:

1) Se r e s são paralelas: mr = ms

2) Se r e s são concorrentes: mr ≠ ms

3) Se r e s são perpendiculares: mr.ms = - 1

Observação: para que o produto de dois números seja igual a – 1, mr e ms devem


ser inversos e opostos.

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Distância entre ponto e reta
Seja uma reta (r) de equação geral ax + by + c = 0 e um ponto P(xo, yo):

Para calcular a distância d entre o ponto P e a reta r temos a seguinte fórmula:

|𝐚𝐱 𝐨 + 𝐛𝐲𝟎 + 𝐜|
𝐝𝐏,𝐫 =
√𝐚𝟐 + 𝐛 𝟐

Exemplo: Qual é a distância entre a reta (r) 3x + 4y – 1 = 0 e o ponto P(1, 2)?

Solução: temos uma equação de reta em que a = 3, b = 4 e c = - 1.

|3x+4y−1|
dP,r =  substituindo x = 1 e y = 2 (coordenadas do ponto P)
√32 +42

|3.1+4.2−1| |3+8−1| |10| 10


dP,r = = = = =2
√9+16 √25 5 5

Distância entre duas retas


Só existe distância entre duas retas r e s se elas forem paralelas. E, neste caso, os valores de a e b
na equação geral da reta são iguais ou proporcionais, sendo diferente somente o valor de c. Isto é:

(r) ax + by + c = 0 e (s) ax + by + c’ = 0.

Exemplos:
(r) 2x – 3y + 8 = 0 e (s) 2x – 3y – 7 = 0 são paralelas, pois a = 2 e b = - 3 nas duas equações.

(r) 3x + 2y – 10 = 0 e (s) 6x + 4y + 30 = 0 são paralelas, pois na reta r a = 3 e b = 2 e na reta s a = 6 e


b = 2 são proporcionais (o dobro). Se dividirmos por 2 os coeficientes a e b da reta (s) obtemos valores
iguais.
Então, para calcular a distância entre as retas r e s temos a seguinte fórmula:

|𝐜 − 𝐜′|
𝐝𝐫,𝐬 =
√𝐚𝟐 + 𝐛 𝟐

Exemplo 1: Calcular a distância entre as retas (r) 4x + 3y – 10 = 0 e (s) 4x + 3y + 5 = 0.

Solução: temos que a = 4 e b = 3 nas duas equações e somente o valor de c é diferente, então, c = -
10 e c’ = 5 (ou c = 5 e c’ = - 10).

|−10−5| |−15| 15 15
dr,s = = = = =3
√4 2 +32 √16+9 √25 5

Exemplo 2: Calcular a distância entre as retas (r) 3x – 2y + 8 = 0 e (s) 6x – 4y – 12 = 0.

Solução: primeiro temos que dividir a equação da reta (s) por dois para que a e b fiquem iguais nas
duas equações.
(s) 6x – 4y – 12 = 0 :(2)  3x – 2y – 6 = 0

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Logo, a = 3, b = - 2, c = 8 e c’ = - 6 (ou c = - 6 e c’ = 8)

|8−(−6)| |8+6| |14| 14


dr,s = = = = , neste caso temos que racionalizar o denominador multiplicando em
√32 +(−2)2 √9+4 √13 √13
cima e em embaixo por √13.

14 √13 14√13
dr,s = . =
√13 √13 13

Questões

01. (FGV-SP) A declividade do segmento de reta que passa pelos pontos A(0, 3) e B(3, 0) é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) 3
(E) 1/3

𝑘
02. (MACK-SP) Se os pontos (2, - 3), (4, 3) e (5, 2 ) estão numa mesma reta, então k é igual a:
(A) – 12
(B) – 6
(C) 6
(D) 12
(E) 18

03. (OSEC-SP) A equação da reta que passa pelo ponto A(- 3, 4) e cujo coeficiente angular é ½ é:
(A) x + 2y + 11 = 0
(B) x – y + 11 = 0
(C) 2x – y + 10 = 0
(D) x – 2y + 11 = 0
(E) nda

04. Uma reta forma com o eixo x um ângulo de 45°. O coeficiente angular dessa reta é:
(A) 1
(B) – 1
(C) 0
(D) √3
(E) – √3

05. (UEPA) O comandante de um barco resolveu acompanhar a procissão fluvial do Círio-2002,


fazendo o percurso em linha reta. Para tanto, fez uso do sistema de eixos cartesianos para melhor
orientação. O barco seguiu a direção que forma 45° com o sentido positivo do eixo x, passando pelo ponto
de coordenadas (3, 5). Este trajeto ficou bem definido através da equação:
(A) y = 2x – 1
(B) y = - 3x + 14
(C) y = x + 2
(D) y = - x + 8
(E) y = 3x – 4

06. A equação geral de uma reta é – 2x + 4y + 12 = 0. A equação geral dessa reta é:


(A) 𝑦 = 𝑥 − 3
𝑥
(B) 𝑦 = − 3
2
(C) 𝑦 = 𝑥 + 3
𝑥
(D) 𝑦 = 2 + 3
(E) 𝑦 = 2𝑥 + 3

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07. Considere a reta (r) de equação 2x – 3y + 7 = 0. O valor de a para que o ponto P(1, a) pertença a
esta reta é:
(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

08. (CESGRANRIO-RJ) As retas x + ay – 3 = 0 e 2x – y + 5 = 0 são paralelas se a vale:


(A) – 2
(B) – 0,5
(C) 0,5
(D) 2
(E) 8

09. Para qual valor de a as retas (r) ax – 2y + 3 = 0 e (s) 2x + y – 1 = 0 são perpendiculares?


(A) 1
(B) – 1
(C) 2
(D) – 2
(E) 0

10. Dada uma reta r de equação 3x + 4y + 15 = 0, a distância do ponto P(1, 3) à reta r é igual a:
(A) 4
(B) 5
(C) 6
(D) 7
(E) 8

11. Sabendo que o ponto P(a, 2a) pertence ao 1° quadrante e que a distância desse ponto até a reta
(r) 3x + 4y = 0 é igual a 22, o valor de a é:
(A) 11
(B) – 11
(C) – 10
(D) 10
(E) 20

Respostas

01. Resposta: B.
∆y
Como temos dois pontos, o coeficiente angular é dado por m = ∆x.
𝑦𝐵 −𝑦𝐴 0−3 −3
𝑚= 𝑥𝐵 −𝑥𝐴
 𝑚 = 3−0 = 3
=-1

02. Resposta: D.
𝑘
Chamando os pontos, respectivamente, de A(2, - 3), B(4, 3) e C(5, 2 ) e se esses três pontos estão
numa mesma reta, temos:
mAB = mBC (os coeficientes angulares de pontos que estão na mesma reta são iguais)
yB −yA yC −yB
=
xB −xA xC −xB

k
3−(−3) −3
4−2
= 5−4
2

k−6
6
2
= 1
2

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k−6
3= 2
k–6=6
k=6+6
k = 12

03. Resposta: D.
xo = - 3, yo = 4 e m = 1/2. Nesta questão as alternativas estão na forma de equação geral, então temos
que desenvolver a equação fundamental.
y – yo = m(x – xo)
1
y – 4 = 2.(x – (-3)) (passamos o 2 multiplicando o 1° membro da equação)
2.(y – 4) = 1(x + 3)
2y – 8 = x + 3
2y – 8 – x – 3 = 0
- x + 2y – 11 = 0 .(- 1)
x – 2y + 11 = 0

04. Resposta: A.
O coeficiente angular é dado por 𝑚 = 𝑡𝑔𝛼.
𝑚 = 𝑡𝑔45°  m = 1

05. Resposta: C.
xo = 3, yo = 5 e 𝑚 = 𝑡𝑔45° = 1. As alternativas estão na forma de equação reduzida, então:
y – yo = m(x – xo)
y – 5 = 1.(x – 3)
y–5=x–3
y=x–3+5
y=x+2

06. Resposta: B.
Dada a equação geral da reta, para determinar a reduzida basta isolar o y.
- 2x + 4y + 12 = 0
4y = 2x – 12 (passamos o 4 dividindo para o segundo membro separadamente cada termo)
2𝑥 12
𝑦= 4
− 4

𝑥
𝑦 = 2−3

07. Resposta: A.
No ponto P x = 1 e y = a, basta substituir esses valores na equação.
2x – 3y + 7 = 0
2.1 – 3.a + 7 = 0
2 – 3a + 7 = 0
- 3a = - 2 – 7
- 3a = - 9 x(-1)
3a = 9
a=9:3
a=3

08. Resposta: B.
−𝑎
Vamos denominar as retas de (r) x + ay – 3 = 0 e (s) 2x – y + 5 = 0 e utilizando a fórmula 𝑚 = 𝑏 para
calcular o coeficiente angular das retas.
−1
(r) a = 1 e b = a  𝑚𝑟 = 𝑎

−2
(s) a = 2 e b = - 1  𝑚𝑠 = −1 = 2

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para que r e s sejam paralelas: mr = ms

2a = - 1
−1
𝑎 = 2 = −0,5

09. Resposta: A.
Na reta (r)  a = a e b = - 2, na reta (s) a = 2 e b = 1
−𝑎 𝑎 −2
𝑚𝑟 = −2 = 2 e 𝑚𝑠 = 1
= −2

Retas perpendiculares: mr.ms = - 1

- a = - 1 x(-1)  a = 1

10. Resposta: C.
A reta r tem a = 3, b = 4 e c = 15
|3𝑥+4𝑦+15|
𝑑𝑃,𝑟 =  substituindo x = 1 e y = 3 (coordenadas do ponto P)
√𝑎 2 +𝑏2

|3.1+4.3+15| |3+12+15| |30| 30


𝑑𝑃,𝑟 = = = = =6
√32 +42 √9+16 √25 5

11. Resposta: D.
Na reta r (r) a = 3 e b = 4.

𝑑𝑃,𝑟 = 22
|3𝑥+4𝑦|
= 22 (substituindo x = a e y = 2a)
√𝑎 2 +𝑏2

|3.𝑎+4.2𝑎| |3𝑎+8𝑎| |11𝑎| |11𝑎|


= 22  = 22  = 22  = 22  |11𝑎| = 5.22
√32 +42 √9+16 √25 5

|11𝑎| = 110, então:

11a = 110 ou 11a = - 110


a = 110 : 11 a = - 110 : 11
a = 10 a = - 10

Como P pertence ao 1° quadrante, a > 0, portanto a = 10

ESTUDO DA CIRCUNFERÊNCIA

Os elementos principais de uma circunferência são o centro e o raio. Na geometria analítica o raio é
representado por r e o centro por C(a, b).

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Equação Reduzida de uma circunferência
Considerando uma circunferência de centro C e raio r; e sendo P(x, y) um ponto genérico dessa
circunferência, temos que a distância entre C e P é igual ao raio.

𝐝𝐂𝐏 = 𝐫
√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫
- elevamos os dois membros da equação acima ao
quadrado:
𝟐
(√(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 ) = 𝐫 𝟐
- então, temos a seguinte fórmula:
(𝐱 − 𝐚)𝟐 + (𝐲 − 𝐛)𝟐 = 𝐫 𝟐

Exemplo: Determinar a equação reduzida da circunferência que tem centro C(3, 2) e raio r = 5.

Resolução:
As coordenadas do centro são os valores de a e b para substituir na fórmula.
(𝑥 − 𝑎)2 + (𝑦 − 𝑏)2 = 𝑟 2
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 52
(x – 3)2 + (y – 2)2 = 25

Equação Geral de uma circunferência


Para se obter a equação geral de um circunferência basta fazer o desenvolvimento da equação
reduzida:

(x − a)2 + (y − b)2 = r 2
x 2 − 2ax + a2 + y 2 − 2by + b2 = r 2
𝐱 𝟐 + 𝐲 𝟐 − 𝟐𝐚𝐱 − 𝟐𝐛𝐲 + 𝐚𝟐 + 𝐛𝟐 − 𝐫 𝟐 = 𝟎

Observações:
- numa equação de
circunferência:
1) sempre começa por x2 + y2.....
2) não existe termo xy.
3) r > 0

Questões

01. Uma circunferência tem centro C(2, 4) e raio 5. A equação reduzida dessa circunferência é:
(A) (x – 2)2 + (y + 4)2 = 25
(B) (x + 2)2 + (y + 4)2 = 25
(C) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 5
(D) (x – 2)2 + (y – 4)2 = 25
(E) (x + 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. (VUNESP) A equação da circunferência, com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo ponto P(0,
3), é:
(A) x2 + (y – 3)2 = 0
(B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 4
(C) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 8
(D) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 16
(E) x2 + (y – 3)2 = 8

03. (CESGRANRIO-RJ) Uma equação da circunferência de centro C(- 3, 4) e que tangencia o eixo x
é:

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(A) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 16
(B) (x – 3)2 + (y – 4)2 = 9
(C) (x + 3)2 + (y + 4)2 = 16
(D) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 9
(E) (x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

04. Uma circunferência tem equação reduzida (x – 3)2 + (y – 5)2 = 49, o centro e o raio dessa
circunferência igual a:
(A) C(3, 5) e r = 7
(B) C(- 3, 5) e r = 7
(C) C(- 3, - 5) e r = 49
(D) C(3, - 5) e r = 7
(E) C(3, 5) e r = 49

05. Uma circunferência tem equação geral igual a x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, determinar o centro e o


raio dessa circunferência.
(A) C(2 ,1) e r = 6
(B) C(- 2 , - 1) e r = 6
(C) C(- 2 , - 1) e r = 36
(D) C(2 , - 1) e r = 6

Respostas

01. Resposta: D.
Temos C(2, 4), então a = 2 e b = 4; e raio r = 5.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 52
(x – 2)2 + (y – 4)2 = 25

02. Resposta: C.
Temos que C(2, 1), então a = 2 e b = 1. O raio não foi dado no enunciado.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2
(x – 2)2 + (y – 1)2 = r2 (como a circunferência passa pelo ponto P, basta substituir o x por 0 e o y por 3
para achar a raio.
(0 – 2)2 + (3 – 1)2 = r2
(- 2)2 + 22 = r2
4 + 4 = r2
r2 = 8
(x – 2)2 + (y – 1)2 = 8

03. Resposta: E.
Neste caso temos que fazer um gráfico para determinar o raio que não foi dado no enunciado. Porém
foi dito que a circunferência tangencia o eixo x.

Através do gráfico, podemos ver que o raio vale 4 (distância do centro ao ponto de tangência no eixo
x), então: a = - 3 e b = 4.
(x – a)2 + (y – b)2 = r2

(x – (-3))2 + (y – 4)2 = 42

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(x + 3)2 + (y – 4)2 = 16

04. Resposta: A.
Através da fórmula (x – a)2 + (y – b)2 = r2.

(x – 3)2 + (y – 5)2 = 49
a = 3 e b = 5  C(3, 5) e r 2 = 49  r = √49  r = 7

05. Resposta: D.
A equação geral é dada por x2 + y2 – 2ax – 2by + a2 + b2 – r2 = 0, para determinar o centro e o raio
temos:
x2 + y2 – 4x + 2y – 31 = 0, o coeficiente de x é – 4 e o coeficiente de y é 2, comparando com a fórmula,
temos que dividir estes coeficientes por – 2 para determinar o centro.

−4 2
C (−2 , −2)  (2, - 1)

Para determinar o raio temos que:


a2 + b2 – r2 = - 31
22 + (-1)2 + 31 = r2
4 + 1 + 31 = r2
r2 = 36
r = √36
r=6

POSIÇÕES RELATIVAS

- DE UM PONTO E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Um ponto pode ser:


- Interno;
- Externo ou
- Pertencer a uma dada circunferência de centro C e raio r.

Para conhecermos a posição de um ponto P em relação a uma circunferência basta calcularmos a sua
distância do ponto P ao centro da circunferência e compará-la com medida do raio.

d(P,C)=r(x-a)²+(y-b)²=r²
(x-a)²+(y-b)²-r²=0 (P)

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²>r²
(x-a)²+(y-b)²-r²>0 (P é externo a )

d(P,C)>r(x-a)²+(y-b)²<r²
(x-a)²+(y-b)²-r²<0 (P é interno a )

Assim o plano cartesiano fica dividido em três regiões:


- a região dos pontos pertencentes à circunferência representam as soluções de f(x,y) = 0
- a região dos pontos internos à circunferência representam as soluções de f(x,y) < 0

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- a região dos pontos externos à circunferência representam de f(x,y) > 0

Exemplo:
Determinar a posição dos pontos A(-2,3), B(-4,6) e C(4,2) em relação à circunferência de equação x2
+ y2 + 8x – 20 = 0.
Substituindo as coordenadas dos pontos A, B e C no 1º membro da equação da circunferência
obtemos:
A(-2,3)  x = -2 e y = 3
x2 + y2 + 8x – 20 = (-2)2 + 32 + 8.(-2) – 20 = -23 < 0
A é ponto interno.

B(-4,6)  x = -4 e y = 6
x2 + y2 + 8x – 20 = (-4)2 + 62 + 8.(-4) – 20 = 0
B pertence à circunferência.

C(4,2)  x = 4 e y = 2
x2 + y2 + 8x – 20 = 42 + 22 + 8 . 4 – 20 = 32 > 0

- DE UMA RETA E UMA CIRCUNFERÊNCIA

Uma reta l e uma circunferência λ podem ocupar as seguintes posições relativas:

l e λ são secantes

A reta l intercepta a
circunferência λ em 2 pontos,
e a distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
menor que o raio.

l e λ são tangentes

A reta l intercepta a
circunferência λ em único
ponto de tangência, e a
distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
igual ao raio.

l e λ são exteriores

A reta l não intercepta a


circunferência λ, e a
distância d entre a reta e o
centro da circunferência é
maior que o raio.

Resumindo
- Para determinarmos a posição relativa entre uma reta e uma circunferência, basta
comparar a distância d (entre a reta e o centro da circunferência) com o raio r.
d(C,l)<r – reta e circunferência secantes
d(C,l)=r – reta e circunferência tangentes
d(C,l)>r – reta e circunferência exteriores

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Com isso podemos achar também a posição relativa de uma reta e uma circunferência procurando os
pontos de intersecção da reta com a circunferência. Para isso resolvemos um sistema formado pelas
equações da reta:

𝑎𝑥 + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0
{ 2
𝑥 + 𝑦 2 + 𝛼𝑥 + 𝛽𝑦 + 𝛾 = 0

Com essa resolução caímos em um sistema de equações do 2º grau e através do discriminante (Δ)
encontramos as seguintes condições:

Para >0 a reta é secante à circunferência (2 pontos comuns)


Para =0 a reta é tangente à circunferência (1 ponto comuns)
Para <0 a reta é exterior à circunferência (nenhum ponto comum)

Exemplo:
1) Verifique a posição relativa entre a reta s: 3x + y – 13 = 0 e a circunferência de equação (x – 3)2 +
(y – 3)2 = 25.
Solução: Devemos calcular a distância entre o centro da circunferência e a reta s e comparar com a
medida do raio. Da equação da circunferência, obtemos:
x0 = 3 e y0 = 3 → O(3, 3)
r2 = 25 → r = 5
Vamos utilizar a fórmula da distância entre ponto e reta para calcular a distância entre O e s.

Da equação geral da reta, obtemos:


a = 3, b = 1 e c = – 13
Assim,

Como a distância entre o centro O e a reta s é menor que o raio, a reta s é secante à circunferência.

Questões
𝑥 𝑦
01. (ITA-SP) A distância entre os pontos de intersecção da reta 10 + 20 = 1 com a circunferência x² +
y² = 400 é:
(A) 16√5
(B) 4√5
(C) 3√3
(D) 4√3
(E) 5√7

02. (UFRS) O valor de k que transforma a equação x² + y² – 8x + 10y + k = 0 na equação de uma


circunferência de raio 7 é:
(A) –4
(B) –8
(C) 5
(D) 7
(E) –5

Respostas

01. Resposta: A.
Resolver o sistema de equações:

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Simplificando a 1ª equação:

Substituindo x na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² ¬– 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0
x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16

Para x = 0, temos:
y = 20 – 2x
y = 20 – 2*0
y = 20
(0; 20)

Para x = 16, temos:


y = 20 – 2x
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32
y = – 12
(16; –12)

Os pontos de intersecção são (0; 20) e (16; –12).


Determinando a distância entre os pontos:

02. Resposta: B.
x² + y² – 8x + 10y + k = 0
Encontrar a equação reduzida (completar os trinômios)
x² – 8x + y² + 10y = –k
x² – 8x + 16 + y² + 10y + 25 = – k + 16 + 25
(x – 4)² + (x + 5)² = –k + 41
Temos que o raio será dado por:
–k + 41 = 7²
–k = 49 – 41
–k = 8
k=-8

- ENTRE DUAS CIRCUNFERÊNCIAS


Duas circunferências distintas, podem ter dois, um ou nenhum ponto em comum.

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1. Circunferências tangentes.

a) Tangentes externas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem somente um ponto em comum e uma
exterior à outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das duas
circunferências seja equivalente à soma das medidas de seus raios.

dOC = r1 + r2

b) Tangentes internas
Duas circunferências são tangentes internas quando possuem apenas um ponto em comum e uma
esteja no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os dois centros seja
igual à diferença entre os dois raios.

dOC = r1 . r2

2. Circunferências externas.
Duas circunferências são consideradas externas quando não possuem pontos em comum. A condição
para que isso ocorra é que a distância entre os centros das circunferências deve ser maior que a soma
das medidas de seus raios.

dOC > r1 + r2
3. Circunferências secantes.
Duas circunferências são consideradas secantes quando possuem dois pontos em comum. A condição
para que isso aconteça é que a distância entre os centros das circunferências deve ser menor que a soma
das medidas de seus raios.

dOC < r1 + r2

4. Circunferências internas.
Duas circunferências são consideradas internas quando não possuem pontos em comum e uma está
localizada no interior da outra. A condição para que isso ocorra é que a distância entre os centros das
circunferências deve ser equivalente à diferença entre as medidas de seus raios.

dOC < r1 . r2

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5. Circunferências concêntricas.
Duas circunferências são consideradas concêntricas quando possuem o centro em comum. Nesse
caso, a distância entre os centro é nula.

dOC = 0
Exemplo:
1) Dadas as circunferências λ e σ, de equações:
λ: x2 + y2 = 9
σ: (x – 7)2 + y2 = 16
Verifique a posição relativa entre elas.

Para resolução do problema devemos saber as coordenadas do centro e a medida do raio de cada
uma das circunferências. Através da equação de cada uma podemos encontrar esses valores.
Como a equação de toda circunferência é da forma: (x – x0)2 + (y – y0)2 = r2, teremos:

Conhecidos os elementos de cada uma das circunferências, vamos calcular a distância entre os
centros, utilizando a fórmula da distância entre dois pontos.

Referências
IEZZI, Gelson – Matemática - Volume Único
GIOVANNI & BONJORNO – Matemática Completa – Volume 3 - FTD
brasilescola.com.br

Questões

01. (PUC-SP) O ponto P(3, b) pertence à circunferência de centro no ponto C(0, 3) e raio 5. Calcule o
valor da coordenada b.
(A) b pode ser -1 ou 7.
(B) b pode ser 0 ou 3.
(C) b pode ser 3 ou 5.
(D) b pode ser -1 ou - 7.
(E) b pode ser 1 ou 7.

02. (FEI-SP) Determine a equação da circunferência com centro no ponto C(2, 1) e que passa pelo
ponto A(1, 1).
(A) (x + 2)² + (y – 1)² = 1
(B) (x – 2)² + (y – 1)² = 1
(C) (x – 2)² + (y + 1)² = 1
(D) (x – 2)² + (y – 1)² = -1
(E) (x + 2)² + (y + 1)² = 1

03. (ITA-SP) Qual a distância entre os pontos de intersecção da reta com a circunferência x² + y² =
400?

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(A) 64√5
(B) 32√5
(C) 16√5
(D) 8√5
(E) 4√5
Respostas

01. Resposta: A.
A equação da circunferência que possui centro C(0, 3) e raio r = 5 é dada por:
(x – 0)² + (y – 3)² = 5² → x² + (y – 3)² = 25.
Sabendo que o ponto (3, b) pertence à circunferência, temos que:
3² + (b – 3)² = 25 → 9 + (b – 3)² = 25 → (b – 3)² = 25 – 9 → (b – 3)² = 16
b–3=4→b=4+3→b=7
b–3=–4→b=–4+3→b=–1
O valor da coordenada b pode ser –1 ou 7.

02. Resposta: B.
Sabendo que o ponto A(1 ,1) pertence à circunferência e que o centro possui coordenadas C(2, 1),
temos que a distância entre A e C é o raio da circunferência. Dessa forma temos que d(A, C) = r.

Se o raio da circunferência é igual a 1 e o centro é dado por (2, 1), temos que a equação da
circunferência é dada por: (x – 2)² + (y – 1)² = 1.

03. Resposta: C.
Vamos obter os pontos de intersecção da reta e da circunferência através da resolução do seguinte
sistema de equações:

Resolvendo o sistema por substituição:


2x + y = 20
y = 20 – 2x
Substituindo y na 2ª equação:
x² + y² = 400
x² + (20 – 2x)² = 400
x² + 400 – 80x + 4x² = 400
5x² – 80x + 400 – 400 = 0
5x² – 80x = 0
5x * (x – 16) = 0
5x = 0

x’ = 0
x – 16 = 0
x’’ = 16
Substituindo x = 0 e x = 16, na equação y = 20 – 2x:
x=0
y = 20 – 2 * 0
y = 20
S = {0, 20}

x = 16
y = 20 – 2 * 16
y = 20 – 32

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y = – 12
S = {16, –12}

Os pontos de intersecção são: {0, 20} e {16, –12}. Vamos agora estabelecer a distância entre eles:

A distância entre os pontos de intersecção da reta e da circunferência é igual a 16√5.

CÔNICAS

As cônicas – hipérbole, parábola, elipse e a circunferência, possuem todas elas, um aspecto singular:
podem ser obtidas através da interseção de um plano convenientemente escolhido com uma superfície
cônica, conforme mostrado na figura a seguir:

A circunferência é, na realidade, uma elipse perfeita, cuja excentricidade é nula. No caso da elipse já
sabemos que:

Excentricidade = e = c/a

Como é válido na elipse que a2 = b2 + c2, vem que:

𝑐 √𝑎2 − 𝑏 2
𝑒= =
𝑎 𝑎

Ora, como c < a, vem imediatamente que e < 1. Também, como a e c são distâncias e portanto,
positivas, vem que e > 0. Em resumo, no caso da elipse, a excentricidade é um número situado entre 0 e
1 ou seja:

0 < e < 1.

Observa-se que a elipse é tanto mais achatada quanto mais próximo da unidade estiver a sua
excentricidade.
Raciocinando opostamente, se o valor de c se aproxima de zero, os valores de a e de b tendem a
igualar-se e a elipse, no caso extremo de c = 0, (o que implica e = 0) transforma-se numa circunferência.
A circunferência é então, uma elipse de excentricidade nula.

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No caso da hipérbole, já sabemos que c2 = a2 + b2 e, portanto,

𝑐 √𝑎2 + 𝑏 2
𝑒= =
𝑎 𝑎

Neste caso, c > a, o que significa que a excentricidade de uma hipérbole é um número real maior do
que a unidade, ou seja e > 1.

Observe na fórmula acima que se as medidas a e b forem iguais, ou seja a = b, teremos uma hipérbole
equilátera, cuja excentricidade será igual a e = Ö 2, resultado obtido fazendo a = b na fórmula acima.

Resumindo, observe que, sendo e a excentricidade de uma cônica:

Cônica e
Circunferência 0
Elipse 0<e<1
Hipérbole e>1

Quanto à parábola, podemos dizer, que a sua excentricidade será igual a 1? Em a realidade, a
excentricidade da parábola é igual a 1; Vamos desenvolver este assunto a seguir:

Equação Geral das Cónicas (eq. de 2° grau em x e y): Ax2 + Bxy + Cy2 + Dx + Ey + F = 0, (1) com A,
B, C, D, E, F ∈ IR, sendo A, B e C não simultaneamente nulos.

- Se B2 − 4AC < 0, (1) é a equação de uma elipse.


- Se B2 − 4AC = 0, (1) é a equação de uma parábola.
- Se B2 − 4AC > 0, (1) é a equação de uma hipérbole.

Elipse: é o conjunto dos pontos do plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos (focos) é
constante e maior que a distância entre eles.

Equação Reduzida

Focos: (±c, 0), sendo c2 = a2 − b2


Eixo maior = 2a
Eixo menor = 2b
Distância focal =2c
Vértices: (±a, 0), (0,±b)

Equação Reduzida

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Focos: (0,±c), sendo c2 = b2 − a2
Eixo maior = 2b
Eixo menor = 2a
Distância focal =2c
Vértices: (±a, 0), (0,±b)

Equação Reduzida da Elipse centrada em (α, β):

Parábola: é o conjunto dos pontos do plano equidistantes de um ponto fixo (foco) e de uma reta
(diretriz), que não contém o ponto.

Equação Reduzida

y2 = 2px (p > 0)

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Equação Reduzida

y2 = −2px (p > 0)

Equação Reduzida

x2 = 2py (p > 0)

Equação Reduzida

x2 = −2py (p > 0)

Equação Reduzida da Parábola com vértice em (α, β):

(y − β)2 = 2p (x − α)

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(x − β)2 = 2p (y − α)

Hipérbole: é o conjunto dos pontos do plano tais que o módulo da diferença das distâncias a dois
pontos fixos (focos) é constante e menor que a distância entre eles.

Equação Reduzida

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Equação Reduzida

Equação Reduzida da Hipérbole centrada em (α, β):

Considere o seguinte problema geral:

Determinar o lugar geométrico dos pontos P(x, y) do plano cartesiano que satisfazem à condição PF =
e. Pd, onde F é um ponto fixo do plano denominado foco e d uma reta denominada diretriz, sendo e uma
constante real.

Veja a figura abaixo, para ilustrar o desenvolvimento do tema

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Temos então, pela condição dada, PF = e . Pd, onde e é uma constante real.
Usando a fórmula de distancia entre dois pontos, fica:
√(𝑥 − 𝑓)2 + (𝑦 − 0)2 = 𝑒. √(𝑥 − 𝑑)2 + (𝑦 − 𝑦)2

Quadrando e desenvolvendo ambos os membros da expressão acima, vem:


(x – f)2 + y2 = e2 .(x – d)2
x2 – 2.f.x + f2 + y2 = e2 (x2– 2.d.x + d2)
x2 – e2.x2 – 2.f.x + e2.2.d.x + y2 + f2– e2.d2 = 0
x2(1 – e2) + y2 + (2e2d – 2f)x + f2– e2.d2 = 0

Ou finalmente:
x2(1 – e2) + y2 + 2(e2d – f)x + f2 – e2d2 = 0

Fazendo e = 1 na igualdade acima, obteremos y2 + 2(d – f).x + f2 – d2 = 0

Fazendo d = - f, vem: y2 – 4fx = 0 ou y2 = 4fx, que é uma parábola da forma y2 = 2px, onde f = p/2,
conforme vimos no texto correspondente.
A constante e é denominada excentricidade.

Vê-se pois, que a excentricidade de uma parábola é igual a 1

Propriedades Refletoras
A elipse, a parábola e a hipérbole são curvas que possuem propriedades que as tornam importantes
em várias aplicações. Aqui vamos ocupar-nos apenas das chamadas propriedades de reflexão dessas
curvas, relacionadas com pontos especiais chamados focos.

O caso da elipse

A elipse é uma curva fechada para a qual existem dois pontos especiais, os focos. A propriedade de
reflexão da elipse é a seguinte: A partir de um dos focos tracemos um segmento de reta qualquer. Este
segmento encontra a elipse num ponto, e se a partir deste traçarmos outro segmento que faça com a
curva um ângulo igual ao do primeiro segmento, o segundo segmento passa pelo outro foco. (Nota: Os
ângulos com as curvas são os ângulos com as respectivas tangentes nos pontos em causa.)

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Esta propriedade faz com que a elipse tenha várias aplicações práticas. Uma aplicação óptica vê-se
no dispositivo de iluminação dos dentistas. Este consiste num espelho com a forma de um arco de elipse
e numa lâmpada que se coloca no foco mais próximo. A luz da lâmpada é concentrada pelo espelho no
outro foco, ajustando-se o dispositivo de forma a iluminar o ponto desejado.

Uma ilustração acústica da propriedade de reflexão da elipse pode encontrar-se em salas que têm a
forma de meio elipsoide (um elipsoide é um sólido que se obtém rodando uma elipse em torno do seu
eixo, isto é, da reta definida pelos dois focos). Se duas pessoas se colocarem nos focos e uma delas
falar, mesmo que seja baixo, a outra ouvirá perfeitamente, ainda que a sala seja grande e haja outros
ruídos. Existem salas deste tipo (às vezes chamadas “galerias de murmúrios”) em vários edifícios públicos
na Europa e nos Estados Unidos.

O caso da parábola
A parábola é uma curva com um foco. A propriedade de reflexão da parábola é a seguinte: A partir de
um ponto qualquer tracemos um segmento de reta paralelo ao eixo da parábola. Este segmento encontra
a parábola num ponto, e se a partir deste traçarmos outro segmento que faça com a curva um ângulo
igual ao do primeiro segmento, o segundo segmento passa pelo foco.

Esta propriedade faz com que a parábola tenha várias aplicações práticas. Um exemplo são as
vulgares antenas parabólicas, que concentram num aparelho receptor os sinais vindos de um satélite de
televisão.

Uma aplicação óptica são os faróis dos automóveis e das motocicletas, que são espelhados por dentro
e em que se coloca a lâmpada no foco.

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O caso da hipérbole
A hipérbole é uma curva com dois ramos e dois focos. A propriedade de reflexão da hipérbole é a
seguinte: A partir de um ponto qualquer tracemos um segmento de reta dirigido a um dos focos da
hipérbole. Este segmento encontra o correspondente ramo da hipérbole num ponto, e se a partir deste
traçarmos outro segmento que faça com a curva um ângulo igual ao do primeiro segmento, o segundo
segmento passa pelo outro foco.

Esta propriedade faz com que a hipérbole tenha várias aplicações práticas. Um exemplo de uma
aplicação óptica é o chamado telescópio de reflexão. É constituído basicamente por dois espelhos, um
maior, chamado primário, que é parabólico, e outro menor, que é hiperbólico. Os dois espelhos dispõem-
se de modo que os eixos da parábola e da hipérbole coincidam e que o foco da primeira coincida com um
dos da segunda.

Quando os raios de luz se refletem no espelho parabólico são dirigidos para o foco, pela propriedade
de reflexão da parábola. Como este também é foco da hipérbole, pela propriedade de reflexão desta os
raios de luz refletem-se no espelho hiperbólico e seguem em direção ao outro foco da hipérbole. Os raios
de luz passam através de um orifício no centro do espelho primário, atrás do qual está uma lente-ocular
que permite corrigir ligeiramente a trajetória da luz, que chega finalmente aos olhos do observador ou à
película fotográfica.
A vantagem deste tipo de telescópio reside no fato de ter um comprimento muito menor do que os
telescópios de refração (isto é, de lentes) com o mesmo poder de ampliação. Por exemplo, uma objetiva
fotográfica com 500 mm de distância focal é muito grande e pesada se for de refração, o que já não
acontece se for de reflexão, sendo pequena e manejável, o que pode ser vantajoso.

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Outro exemplo é o telescópio Hubble (em órbita desde 1990 a 600 km da Terra), que se baseia nestas
propriedades de reflexão. O seu espelho primário tem 2.4 metros de diâmetro. Como está fora da
atmosfera, as imagens que o telescópio Hubble recolhe do espaço são muito mais claras e rigorosas do
que as recebidas pelos telescópios utilizados no solo, pois os raios de luz não são absorvidos nem
distorcidos pela atmosfera. Um telescópio de refracção com o mesmo poder de ampliação do Hubble
seria tão grande e pesado que nenhum foguetão seria capaz de o pôr em órbita.

LUGAR GEOMÉTRICO

Ao conjunto de pontos que tem uma propriedade comum damos o nome de LUGAR GEOMÉTRICO
(LG), cuja definição é o conjunto de pontos que possui pelo menos uma propriedade comum e exclusiva.

Questões

01. Considere as equações apresentadas na coluna da esquerda e os nomes das curvas planas
descritas na coluna da direita. Associe a 2ª coluna com a 1ª coluna.

𝑥2 𝑦2 ( ) Elipse
(𝐼) + =1
4 3
𝑥 𝑦 ( ) Hipérbole
(𝐼𝐼) + = 1
4 9
𝑥2 𝑦 ( ) Reta
(𝐼𝐼𝐼) + = 1
4 9
𝑦2 𝑥2 ( ) Circunferência
(𝐼𝑉) − =1
3 4
2 2
𝑥 𝑦 ( ) Parábola
(𝑉) + =1
9 9

A associação que relaciona corretamente a equação ao tipo de curva plana na sequencia de cima para
baixo, é:
A) I, IV, II, V e III
B) I, V, III, IV e II
C) II, III, V, I e IV
D) III, II, IV, I e V
E) IV, II, V, I e III

02. A distância entre o centro da circunferência de equação x² + y² + 8x – 6y = 0 e o foco de


𝑥2 𝑦²
coordenadas positivas da elipse de equação 25 + 16 = 1 é:
(A) √58
(B) 2√29
(C) 2√14
(D) √8
(E) √28

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03. Qual é a equação da elipse que tem como eixo maior a distância entre as raízes da parábola de
equação y = x² - 25 e excentricidade e = 3/5.
𝑥2 𝑦2
(A) 25 + 16 = 1
𝑥2 𝑦2
(B) 16 + 25 = 1
𝑥2 𝑦2
(C) 25 + 9
=1
𝑥2 𝑦2
(D) + =1
9 25

04. Qual é a equação da parábola que passa pelo ponto P(0,10) e pelos focos da hipérbole de equação
9x² - 16y² = 144
−2
(A) 𝑦 = 5 𝑥 2 + 10
2
(B) 𝑦 = 𝑥 2 + 10
5
−2 2
(C) 𝑦 = 𝑥 − 10
5
2 2
(D) 𝑦 = 5
𝑥 − 10

05. Qual é a equação da reta que passa pelo ponto P(2,3) e é perpendicular à reta que passa pelo
centro da circunferência de equação x² + y² + 8x – 4y + 11 = 0 e pelo foco de coordenadas positivas da
hipérbole de equação x2/64 – y2/36 = 1 .
(A) 7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
(B) −7𝑥 + 𝑦 = −11
(C) 7𝑥 − 𝑦 = −11
(D) −7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
Respostas

01. Reposta: A.
Para determinar que tipo de curva cada equação representa devemos observar algumas
características das equações, observe:
Reta: x e y possuem expoentes iguais a 1, sendo que nem x, nem y podem estar no denominador,
nesse caso item (II)
Circunferência: o número que multiplica x² e y² é sempre o mesmo e temos uma soma de x² e y² nesse
caso o item (V)
Elipse: os números que multiplicam x² e y² são diferentes e temos uma soma de x² e y², item (I)
Hipérbole: temos uma subtração de x² e y², item (IV)
Parábola: temos só x² ou só y², item (III)

02. Resposta: A.

8 −6
C( , )
O centro C da circunferência é { −2 −2
𝐶(−4,3)

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
2 2 2
𝑁𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 {𝑎 = 25 𝑒 {𝑏 = 16 , 𝑙𝑜𝑔𝑜 {25 =2 16 + 𝑐 . 𝑂 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 é 𝐶(0,0).
𝑎=5 𝑏=4 𝑐 =9
𝑐=3

A elipse tem eixo maior sobre o eixo x, dessa forma o foco de coordenadas positivas é F(3,0).

𝑑𝐶𝐹 = √(−4 − 3)2 + (3 − 0)2


𝐴 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒 𝑜 𝑓𝑜𝑐𝑜 é: { 𝑑𝐶𝐹 = √49 + 9
𝑑𝐶𝐹 = √58 𝑢. 𝑐

03. Resposta: Resposta: A.

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𝑐
𝑦 = 𝑥 2 − 25 𝑒=
𝑎
2𝑎 = 10
𝑁𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 { 𝑥 = −5 , 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 { . 𝑈𝑠𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑒𝑥𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑠𝑎𝑏𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒: {𝑒 = 𝑐 = 3 , 𝑛𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒
𝑎=5 5 5
𝑥=5
𝑐=3

(𝑥−𝑥𝑐)2 (𝑦−𝑦𝑐)2
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 + =1
𝑎2 𝑏2
25 = 𝑏 2 + 9 , 𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒 é 𝐶(0,0)𝑒 𝑠𝑢𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 é: (𝑥−0)2 (𝑦−0)2
+ =1
𝑏 2 = 16 52 42
𝑥2 𝑦2
𝑏=4 + =1
{ { 25 16

04. Resposta: Resposta: A.


2
{𝑎 = 16 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
9𝑥 2 − 16𝑦 2 = 144(÷ 144)
Na hipérbole {
2
⟹ { 𝑎2 = 4 ⟹ { 𝑐 = 16 + 9 ∴ {𝐹1 (−5,0)
𝑥2 𝑦2 2 𝐹2 (5,0)
16

9
=1 {𝑏 = 9 𝑐 = 25
𝑏=3 𝑐=5
10 = 𝑎. 0 + 𝑏. 0 + 𝑐
𝑁𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, 𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑃(0,10) ∈ 𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 {
𝑐 = 10

Se a parábola passa pelos focos da hipérbole temos que:


Sendo y = ax2 + bx + 10, temos:
50𝑎 + 20 = 0
2
𝐹1 (−5,0) → 0 = 25𝑎 − 5𝑏 + 10 25. (− ) + 5𝑏 + 10 = 0
⟹ 2 5
𝐹2 (5,0) → 0 = 25𝑎 + 5𝑏 + 10 𝑎 = − ⟶ { −10 + 5𝑏 + 10 = 0
5
{ { 𝑏=0

−2
𝑦 = 𝑥 2 + 0𝑥 + 10
5
𝐷𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑝𝑎𝑟á𝑏𝑜𝑙𝑎 é: { −2
𝑦 = 𝑥 2 + 10
5

05. Resposta: Resposta: A.

P(2,3)
r: {
⊥s

2
{𝑎 = 64 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
𝑥2 𝑦2 2
𝐻𝑖𝑝é𝑟𝑏𝑜𝑙𝑒: {64 − 36 = 1 ⟹ { 𝑎2 = 8 ∴ {𝑐 = 2
64 + 36 → 𝐹(10,0)
{𝑏 = 36 𝑐 = 100
𝑏=6 𝑐 = 10

𝑥 2 + 𝑦 2 + 8𝑥 − 4𝑦 + 11 = 0
8 −4
𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎: { 𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 ( , )
−2 2
𝐶𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜(−4,2)

10 −4 𝑥 −10
| |=0
0 2 𝑦 0 𝑦 − 𝑦0 = 𝑚(𝑥 − 𝑥0 )
20 − 4𝑦 − 2𝑥 − 10𝑦 = 0 𝑃(2,3)
−1 𝑦 − 3 = 7. (𝑥 − 2)
𝑠: −2𝑥 − 14𝑦 + 20 = 0 , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎 𝑟 𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠: 𝑟 {𝑚𝑟 = 𝑚𝑠 ⟹ 𝑟: { 𝑦 − 3 = 7𝑥 − 14
−(−2) 𝑚𝑟 = 7
𝑚𝑠 = −14 7𝑥 − 𝑦 − 11 = 0
1
{ 𝑚𝑠=−
7

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11. GEOMETRIA PLANA: polígonos, circunferências e círculos; congruência de
figuras planas; semelhança de triângulos; relações métricas nos triângulos,
polígonos regulares e círculos; áreas de polígonos, círculos, coroas e setores
circulares.

POLÍGONOS

Um polígono é uma figura geométrica fechada, simples, formada por segmentos consecutivos e não
colineares.

Elementos de um polígono

Um polígono possui os seguintes elementos:

- Lados: cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: ̅̅̅̅
AB, ̅̅̅̅
BC, ̅̅̅̅ DE e ̅̅̅̅
CD, ̅̅̅̅ AE.

- Vértices: ponto de intersecção de dois lados consecutivos: A, B, C, D e E.

̅̅̅̅, AD
- Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: AC ̅̅̅̅, BD ̅̅̅̅ e BE
̅̅̅̅, CE ̅̅̅̅.

- Ângulos internos: ângulos formados por dois lados consecutivos (assinalados em azul na figura):
, , , , .

- Ângulos externos: ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo
(assinalados em vermelho na figura): , , , , .

Classificação: os polígonos são classificados de acordo com o número de lados, conforme a tabela
abaixo.

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Fórmulas: na relação de fórmulas abaixo temos a letra n que representa o número de lados ou de
ângulos ou de vértices de um polígono.
1 – Diagonais de um vértice: dv = n – 3.

(𝐧−𝟑).𝐧
2 - Total de diagonais: 𝐝 = .
𝟐
3 – Soma dos ângulos internos: Si = (n – 2).180°.

4 – Soma dos ângulos externos: para qualquer polígono o valor da soma dos ângulos externos é uma
constante, isto é, Se = 360°.

Polígonos Regulares: um polígono é chamado de regular quando tem todos os lados congruentes
(iguais) e todos os ângulos congruentes. Exemplo: o quadrado tem os 4 lados iguais e os 4 ângulos de
90°, por isso é um polígono regular. E para polígonos regulares temos as seguintes fórmulas, além das
quatro acima:

(𝐧−𝟐).𝟏𝟖𝟎° 𝐒𝐢
1 – Ângulo interno: 𝐚𝐢 = ou 𝐚𝐢 = .
𝐧 𝐧
𝟑𝟔𝟎° 𝐒𝐞
2 - Ângulo externo: 𝐚𝐞 = ou 𝐚𝐞 = .
𝐧 𝐧
Semelhança de Polígonos: Dois polígonos são semelhantes quando os ângulos correspondentes
são congruentes e os lados correspondentes são proporcionais.
Vejamos:

Fonte: http://www.somatematica.com.br

1) Os ângulos correspondentes são congruentes:

2) Os lados correspondentes (homólogos) são proporcionais:


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴
= = = 𝑜𝑢
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′
3,8 4 2,4 2
= = =
5,7 6 3,6 3

Podemos dizer que os polígonos são semelhantes. Mas a semelhança só


será válida se ambas condições existirem simultaneamente.

A razão entre dois lados correspondentes em polígonos semelhante denomina-se razão de


semelhança, ou seja:
𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝐶𝐷 𝐷𝐴 2
= = = = 𝑘 , 𝑜𝑛𝑑𝑒 𝑘 =
𝐴′𝐵′ 𝐵′𝐶′ 𝐶′𝐷′ 𝐷′𝐴′ 3

Outras figuras semelhantes (formas iguais e tamanhos diferentes):

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Fonte: http://www.somatematica.com.br

Questões

01. A soma dos ângulos internos de um heptágono é:


(A) 360°
(B) 540°
(C) 1400°
(D) 900°
(E) 180°

02. Qual é o número de diagonais de um icoságono?


(A) 20
(B) 70
(C) 160
(D) 170
(E) 200

03. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 80°
(B) 90°
(C) 100°
(D) 70°
(E) 50°

04. Um joalheiro recebe uma encomenda para uma joia poligonal. O comprador exige que o número
de diagonais seja igual ao número de lados. Sendo assim, o joalheiro deve produzir uma joia:
(A) Triangular
(B) Quadrangular
(C) Pentagonal
(D) Hexagonal
(E) Decagonal

05. Num polígono convexo, a soma dos ângulos internos é cinco vezes a soma dos ângulos externos.
O número de lados e diagonais desse polígono, respectivamente, são:
(A) 54 e 12
(B) 18 e 60
(C) 12 e 54
(D) 60 e 18
(E) 15 e 30

06. Cada um dos ângulos externos de um polígono regular mede 15°. Quantos lados tem esse
polígono?
(A) 20
(B) 24
(C) 26
(D) 30
(E) 32

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07. (PREF. de CERRITO/SC – Técnico em Enfermagem – IESES/2017) Um eneágono tem um de
seus lados com 125 cm, como todos os lados são iguais o seu perímetro será de:
(A) 625cm.
(B) 750cm.
(C) 1.500cm.
(D) 1.125 cm.
(E) 900 cm.

Respostas

01. Resposta: D.
Heptágono (7 lados) → n = 7
Si = (n – 2).180°
Si = (7 – 2).180°
Si = 5.180° = 900°

02. Resposta: D.
Icoságono (20 lados) → n = 20

(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2

(20−3).20
𝑑= = 17.10
2

d = 170

03. Resposta: A.
A soma dos ângulos internos do pentágono é:
Si = (n – 2).180º
Si = (5 – 2).180º
Si = 3.180º → Si = 540º
540º = x + 3x / 2 + x + 15º + 2x – 20º + x + 25º
540º = 5x + 3x / 2 + 20º
520º = 10x + 3x / 2
1040º = 13x
X = 1040º / 13 → x = 80º

04. Resposta: C.
Sendo d o números de diagonais e n o número de lados, devemos ter:
d=n

(𝑛−3).𝑛
2
= 𝑛 (passando o 2 multiplicando)

(n – 3).n = 2n
n–3=2
n=2+3
n = 5 → pentagonal

05. Resposta: C.
Do enunciado, temos:
Si = 5.Se
(n – 2).180º = 5.360°
(n – 2).180° = 1800°
1800
n–2=
180
n – 2 = 10
n = 10 + 2 = 12 lados

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(𝑛−3).𝑛
𝑑= 2

(12−3).12
𝑑= 2

d = 9.6 = 54 diagonais

06. Resposta: B.
Temos que ae = 15°

360°
𝑎𝑒 =
𝑛
360°
15° =
𝑛

15n = 360
n = 360 : 15
n = 24 lados

07. Resposta: D.
Um eneágono possui 9 lado, portanto 9x125 = 1.125cm.

POLÍGONOS REGULARES

Todo polígono regular pode ser inscrito em uma circunferência. E temos fórmulas para calcular o lado
e o apótema desse triângulo em função do raio da circunferência. Apótema e um segmento que sai do
centro das figuras regulares e divide o lado em duas partes iguais.

I) Triângulo Equilátero:

- Lado: l = r√3
r
- Apótema: a =
2

II) Quadrado:
- Lado: l = r√2
r√2
- Apótema: a =
2

III) Hexágono Regular

- Lado: l = r
r√3
- Apótema: a =
2

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Questões

01. O apótema de um hexágono regular inscrito numa circunferência de raio 8 cm, vale, em
centímetros:
(A) 4
(B) 4√3
(C) 8
(D) 8√2
(E) 12

02. O apótema de um triângulo equilátero inscrito em uma circunferência mede 10 cm, o raio dessa
circunferência é:
(A) 15 cm
(B) 10 cm
(C) 8 cm
(D) 20 cm
(E) 25 cm

03. O apótema de um quadrado mede 6 dm. A medida do raio da circunferência em que esse quadrado
está inscrito, em dm, vale:
(A) 4√2 dm
(B) 5√2 dm
(C) 6√2 dm
(D) 7√2 dm
(E) 8√2 dm

Respostas

01. Resposta: B.
Basta substituir r = 8 na fórmula do hexágono
𝑟√3 8√3
𝑎= 2
→𝑎 = 2
= 4√3 cm

02. Resposta: D.
Basta substituir a = 10 na fórmula do triangulo equilátero.
𝑟 𝑟
𝑎 = 2 → 10 = 2 → r = 2.10 → r = 20 cm

03. Resposta: C.
Sendo a = 6, temos:
𝑟√2
𝑎= 2

𝑟 √2
6= 2
→ 𝑟√2 = 2.6 → 𝑟√2 = 12 (√2 passa dividindo)
12
r= (temos que racionalizar, multiplicando em cima e em baixo por √2)
√2

12.√2 12√2
𝑟= →𝑟= → 𝑟 = 6√2 dm
√2.√2 2

RAZÃO ENTRE ÁREAS

- Razão entre áreas de dois triângulos semelhantes

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Vamos chamar de S1 a área do triângulo ABC = S1 e de S2 a do triângulo A’B’C’ = S2
𝑏1 ℎ1
Δ ABC ~ Δ A’B’C’ → 𝑏2 = ℎ2 = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)

𝑏.ℎ
Sabemos que a área do triângulo é dada por 𝑆 = 2

Aplicando as razões temos que:


𝑏1. ℎ1
𝑆1 𝑏1 ℎ1 𝑆1
= 2 = . = 𝑘. 𝑘 = 𝑘 2 → = 𝑘2
𝑆2 𝑏2. ℎ2 𝑏2 ℎ2 𝑆2
2

A razão entre as áreas de dois triângulos semelhantes


é igual ao quadrado da razão de semelhança.

- Razão entre áreas de dois polígonos semelhantes

Área de ABCDE ... MN = S1 Área de A’B’C’D’ ... M’N’ = S2

ABCDE ... MN = S1 ~ A’B’C’D’ ... M’N’ = S2 → ΔABC ~ ΔA’B’C’ e ΔACD ~ ΔAMN →


𝐴𝐵 𝐵𝐶 𝑀𝑁
= ′ ′ = ⋯ = ′ ′ = 𝑘 (𝑟𝑎𝑧ã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑚𝑒𝑙ℎ𝑎𝑛ç𝑎)
𝐴′𝐵′ 𝐵 𝐶 𝑀𝑁

Fazendo:

Área ΔABC = t1, Área ΔACD = t2, ..., Área ΔAMN = tn-2

Área ΔA’B’C’ = T1, Área ΔA’C’D’ = T2, ..., Área ΔA’M’N’ = Tn-2

Anteriormente vimos que:


𝑡𝑖
= 𝑘 2 → 𝑡𝑖 = 𝑘 2 𝑇𝑖 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 1,2,3, … , 𝑛 − 2
𝑇𝑖

Então:

𝑆1 𝑡1 + 𝑡2 + 𝑡3 + ⋯ + 𝑡𝑛−2 𝑆1
= → = 𝑘2
𝑆2 𝑇1 + 𝑇2 + 𝑇3 + ⋯ + 𝑇𝑛−2 𝑆2

A razão entre as áreas de dois polígonos semelhantes


é igual ao quadrado da razão de semelhança.

Observação: A propriedade acima é extensiva a quaisquer superfícies semelhantes e, por isso, vale

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A razão entre as áreas de duas superfícies semelhantes é igual ao
quadrado da razão de semelhança.

Referências
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da Matemática – Vol. 09 – Geometria Plana – 7ª edição – Editora Atual
www.somatematica.com.br

Questão

01. (TJ/RS – Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Considere um triângulo retângulo de catetos


medindo 3m e 5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro da área
do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2.
(C) 3√2 e 10√2.
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.

Resposta

01. Resposta: B.
A razão entre as Áreas =e igual ao quadrado da razão entre os lados.
O triângulo de catetos 3 e 5 possui área igual a 7,5. Já o outro triângulo possui o dobro de área,
conforme o enunciado. Assim sendo teremos:
A1/A2 = 7,5/15 = ½
½ = 3²/x²
X = 3√2
E A1/A2 = 7,5/15 = ½
½ = 5²/y²
Y= 5√2.

CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO

Circunferência: A circunferência é o lugar geométrico de todos os pontos de um plano que estão


localizados a uma mesma distância r de um ponto fixo denominado o centro da circunferência. Esta talvez
seja a curva mais importante no contexto das aplicações.

Círculo: (ou disco) é o conjunto de todos os pontos de um plano cuja distância a um ponto fixo O é
menor ou igual que uma distância r dada. Quando a distância é nula, o círculo se reduz a um ponto. O
círculo é a reunião da circunferência com o conjunto de pontos localizados dentro da mesma. No gráfico
acima, a circunferência é a linha de cor verde escuro que envolve a região verde claro, enquanto o círculo
é toda a região pintada de verde reunida com a circunferência.

Pontos interiores de um círculo e exteriores a um círculo

Pontos interiores: Os pontos interiores de um círculo são os pontos do círculo que não estão na
circunferência.

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Pontos exteriores: Os pontos exteriores a um círculo são os pontos localizados fora do círculo.

Raio, Corda e Diâmetro

Raio: Raio de uma circunferência (ou de um círculo) é um segmento de reta com uma extremidade no
centro da circunferência (ou do círculo) e a outra extremidade num ponto qualquer da circunferência. Na
figura abaixo, os segmentos de reta ̅̅̅̅
OA, ̅̅̅̅
OB e ̅̅̅̅
OC são raios.

Corda: Corda de uma circunferência é um segmento de reta cujas extremidades pertencem à


circunferência (ou seja, um segmento que une dois pontos de uma circunferência). Na figura abaixo, os
segmentos de reta AC̅̅̅̅ e DE
̅̅̅̅ são cordas.

Diâmetro: Diâmetro de uma circunferência (ou de um círculo) é uma corda que passa pelo centro da
circunferência. Observamos que o diâmetro é a maior corda da circunferência. Na figura abaixo, o
̅̅̅̅ é um diâmetro.
segmento de reta AC

Posições relativas de uma reta e uma circunferência

Reta secante: Uma reta é secante a uma circunferência se essa reta intercepta a circunferência em
dois pontos quaisquer, podemos dizer também que é a reta que contém uma corda.

Reta tangente: Uma reta tangente a uma circunferência é uma reta que intercepta a circunferência
em um único ponto P. Este ponto é conhecido como ponto de tangência ou ponto de contato. Na figura
ao lado, o ponto P é o ponto de tangência e a reta que passa pelos pontos E e F é uma reta tangente à
circunferência.

Reta externa (ou exterior): é uma reta que não tem ponto em comum com a circunferência. Na figura
abaixo a reta t é externa.

Propriedades das secantes e tangentes


Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B e se M é o ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM é perpendicular à reta
secante s.

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Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, intercepta a circunferência em dois pontos
distintos A e B, a perpendicular às retas que passam pelo centro O da circunferência, passa também pelo
ponto médio da corda AB.

Seja OP um raio de uma circunferência, onde O é o centro e P um ponto da circunferência. Toda reta
perpendicular ao raio OP é tangente à circunferência no ponto de tangência P.

Toda reta tangente a uma circunferência é perpendicular ao raio no ponto de tangência.

Posições relativas de duas circunferências

Reta tangente comum: Uma reta que é tangente a duas circunferências ao mesmo tempo é
denominada uma tangente comum. Há duas possíveis retas tangentes comuns: a interna e a externa.

Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferências no plano, esta reta separa o plano em
dois semiplanos. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão no mesmo semiplano,
temos uma reta tangente comum externa. Se os pontos de tangência, um em cada circunferência, estão
em semiplanos diferentes, temos uma reta tangente comum interna.

Circunferências internas: Uma circunferência C1 é interna a uma circunferência C2, se todos os


pontos do círculo C1 estão contidos no círculo C2. Uma circunferência é externa à outra se todos os seus
pontos são pontos externos à outra.

Circunferências concêntricas: Duas ou mais circunferências com o mesmo centro, mas com raios
diferentes são circunferências concêntricas.

Circunferências tangentes: Duas circunferências que estão no mesmo plano, são tangentes uma à
outra, se elas são tangentes à mesma reta no mesmo ponto de tangência.

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As circunferências são tangentes externas uma à outra se os seus centros estão em lados opostos da
reta tangente comum e elas são tangentes internas uma à outra se os seus centros estão do mesmo lado
da reta tangente comum.

Circunferências secantes: são aquelas que possuem somente dois pontos distintos em comum.

Segmentos tangentes: Se AP e BP são segmentos de reta tangentes à circunferência nos ponto A e


B, então esses segmentos AP e BP são congruentes.

ÂNGULOS (OU ARCOS) NA CIRCURFERÊNCIA

Ângulo central: é um ângulo cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Este ângulo
determina um arco na circunferência, e a medida do ângulo central e do arco são iguais.

̂ e sua medida é igual a esse arco.


O ângulo central determina na circunferência um arco 𝐴𝐵

̂
α = AB
Ângulo Inscrito: é um ângulo cujo vértice está sobre a circunferência.

̂ e sua medida é igual à metade do arco.


O ângulo inscrito determina na circunferência um arco 𝐴𝐵
̂
AB
α=
2

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Ângulo Excêntrico Interno: é formado por duas cordas da circunferência.

O ângulo excêntrico interno determina na circunferência dois arcos AB e CD e sua medida é igual à
metade da soma dos dois arcos.
̂ + CD
AB ̂
α=
2

Ângulo Excêntrico Externo: é formado por duas retas secantes à circunferência.

̂ e 𝐶𝐷
O ângulo excêntrico externo determina na circunferência dois arcos 𝐴𝐵 ̂ e sua medida é igual à
metade da diferença dos dois arcos.

̂ − CD
AB ̂
α=
2

Questões

01. O valor de x na figura abaixo é:

(A) 90°
(B) 92°
(C) 96°
(D) 98°
(E) 100°

02. Na figura abaixo, qual é o valor de y?

(A) 30°
(B) 45°
(C) 60°
(D) 35°
(E) 25°

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03. Na figura seguinte, a medida do ângulo x, em graus, é:

(A) 80°
(B) 82°
(C) 84°
(D) 86°
(E) 90°

04. A medida do arco x na figura abaixo é:

(A) 15°
(B) 20°
(C) 25°
(D) 30°
(E) 45°

05. Uma reta é tangente a uma circunferência quando:


(A) tem dois pontos em comum.
(B) tem três pontos em comum.
(C) não tem ponto em comum.
(D) tem um único ponto em comum.
(E) nda

Respostas

01. Resposta: B.
O ângulo dado na figura (46°) é um ângulo inscrito, portanto é igual à metade do arco x:
𝑥
46° =
2

x = 46°.2
x = 92°

02. Resposta: D.
O ângulo da figura é um ângulo excêntrico externo, portanto é igual à metade da diferença dos dois
arcos dados.
110°−40°
𝑦= 2

70°
𝑦= 2
= 35°

03. Resposta: C.
O ângulo x é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.

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108°+60°
𝑥= 2
168°
𝑥= 2
= 84°

04. Resposta: A.
O ângulo de 55 é um ângulo excêntrico interno, portanto é igual à metade da soma dos dois arcos.
95°+𝑥
55° = 2
55°. 2 = 95° + 𝑥
110° − 95° = 𝑥
𝑥 = 15°

05. Resposta: D.
Questão teórica

MEDIDAS DE ARCOS E ÂNGULOS

Arcos (e ângulos) na circunferência


Se forem tomados dois pontos A e B sobre uma circunferência, ela ficará dividida em duas partes
chamadas arcos. Estes dois pontos A e B são as extremidades dos arcos.

Usamos a seguinte representação: AB.


Observação: quando A e B são pontos coincidentes, um arco é chamado de nulo e o outro arco de
uma volta.

Unidades de medidas de arcos (e ângulos)


I) Grau: para medir ângulos a circunferência foi dividida em 360° partes iguais, e cada uma dessas
partes passou a ser chamada de 1 grau (1°).
1
1° = (𝑢𝑚 𝑡𝑟𝑒𝑧𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑠𝑠𝑒𝑛𝑡𝑎 𝑎𝑣𝑜𝑠) 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑟𝑐𝑢𝑛𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎.
360

- submúltiplos do grau
O grau tem dois submúltiplos (medidas menores que o grau). São o minuto e o segundo, de forma que:
1° = 60′ ou seja 1 minutos é igual a 1/60 do grau.
1’ = 60” ou seja 1 segundo é igual a 1/60 do minuto.

II) Radiano
A medida de um arco, em radianos, é a razão (divisão) entre o comprimento do arco e o raio da
circunferência sobre a qual está arco está determinado.

Sendo α o ângulo (ou arco), r o raio e l o comprimento do arco, temos:

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l
α=
r
O arco l terá seu comprimento máximo (ou maior) quando for igual ao comprimento total de uma
circunferência (C = 2πr – fórmula do comprimento da circunferência), ou seja lmáximo = C → lmax = 2πr.
Então, o valor máximo do ângulo α em radianos será:
2πr
α= ==> α = 2π rad
r
Observação: uma volta na circunferência é igual a 360° ou 2π rad.

Conversões
- graus para radianos: para converter grau para radianos usamos uma regra de três simples.

Exemplo:
Converter 150° para radianos.
180° π rad
150° x rad
180° π
150°
=x
180𝑥 = 150𝜋
150π
x = 180 (simplificando)

x= 6
rad

- radianos para graus: basta substituir o π por 180°.

Exemplo:

Converter rad para graus (ou podemos usar regra de três simples também).
2
3𝜋 3.180 540
= = = 270°
2 2 2

Questões

01. Um ângulo de 120° equivale a quantos radianos?


7𝜋
(A) 6 𝑟𝑎𝑑

5𝜋
(B) 6
𝑟𝑎𝑑

𝜋
(C) 6
𝑟𝑎𝑑

𝜋
(D) 3
𝑟𝑎𝑑

2𝜋
(E) 3
𝑟𝑎𝑑

5𝜋
02. Um ângulo de 4
rad equivale a quantos graus?
(A) 180°
(B) 210°
(C) 300°
(D) 270°
(E) 225°

03. (FUVEST) Quantos graus, mede aproximadamente, um arco de 0,105 rad? (usar π = 3,14)

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(A) 6°
(B) 5°
(C) 4°
(D) 3°
(E) 2°
Respostas

01. Resposta: E.
180° π rad
120° x rad
180° 𝜋
120°
=𝑥

180x = 120π
120𝜋
𝑥 = 180 (simplificando)
2𝜋
𝑥= 3
𝑟𝑎𝑑

02. Resposta: E.
5𝜋 5.180° 900°
4
= 4 = 4 = 225°

03. Resposta: A.
Neste caso, usamos regra de três:
180° π rad
x 0,105 rad
180° 𝜋
=
𝑥 0,105

π.x = 180°.0,105
3,14x = 18,9
x = 18,9 : 3,14 ≅ 6,01
x ≅ 6°

TRIÂNGULOS

Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que possui o menor número de lados. É o único
polígono que não tem diagonais. Todo triângulo possui alguns elementos e os principais são: vértices,
lados, ângulos, alturas, medianas e bissetrizes.

1. Vértices: A, B e C.
2. Lados: ̅̅̅̅
AB,BC̅̅̅̅ e ̅̅̅̅
AC.
3. Ângulos internos: a, b e c.

Altura: É um segmento de reta traçada a partir de um vértice de forma a encontrar o lado oposto ao
̅̅̅̅ é uma altura do triângulo.
vértice formando um ângulo reto. BH

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Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto médio do lado oposto. ̅̅̅̅
BM é uma mediana.

̂ está dividido ao meio


Bissetriz: É a semirreta que divide um ângulo em duas partes iguais. O ângulo B
e neste caso Ê = Ô.

̂, B
Ângulo Interno: Todo triângulo possui três ângulos internos, na figura são A ̂ e Ĉ

Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triângulo e pelo prolongamento do lado adjacente a
̂, E
este lado, na figura são D ̂ e F̂ (na cor em destaque).

Classificação
O triângulo pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto aos lados:

̅̅̅̅) = m(BC
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) = m(AC
̅̅̅̅) e os três ângulos
iguais.

̅̅̅̅) = m(AC
Triângulo Isósceles: Tem dois lados com medidas iguais, m(AB ̅̅̅̅) e dois ângulos iguais.

̅̅̅̅) ≠ m(AC
Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas diferentes, m(AB ̅̅̅̅) ≠ m(BC
̅̅̅̅) e os três
ângulos diferentes.

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2 - Quanto aos ângulos:

Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são agudos, isto é, as medidas dos ângulos são
menores do que 90º.

Triângulo Obtusângulo: Um ângulo interno é obtuso, isto é, possui um ângulo com medida maior do
que 90º.

Triângulo Retângulo: Possui um ângulo interno reto (90° graus).

Propriedade dos ângulos

1- Ângulos Internos: a soma dos três ângulos internos de qualquer triângulo é igual a 180°.

a + b + c = 180º

2- Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC onde as letras minúsculas representam os


ângulos internos e as respectivas letras maiúsculas os ângulos externos. Temos que em todo triângulo
cada ângulo externo é igual à soma de dois ângulos internos apostos.

̂ = b̂ + ĉ; B
A ̂ = â + ĉ e Ĉ = â + b̂

Semelhança de triângulos
Dois triângulos são semelhantes se tiverem, entre si, os lados correspondentes proporcionais e os
ângulos congruentes (iguais).

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Dados os triângulos acima, onde:
̅̅̅̅
AB BC ̅̅̅̅ AC
̅̅̅̅
= =
̅̅̅̅ EF
DE ̅̅̅̅ DF
̅̅̅̅

eÂ=D̂ ̂=E
B ̂ Ĉ = F̂, então os triângulos ABC e DEF
são semelhantes e escrevemos ABC~DEF.

Critérios de semelhança
1- Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem, entre si, dois ângulos correspondentes
congruentes iguais, então os triângulos são semelhantes.

̂=D
Nas figuras ao lado: A ̂ e Ĉ = F̂

então: ABC ~ DEF

2- Dois lados congruentes: Se dois triângulos tem dois lados correspondentes proporcionais e os
ângulos formados por esses lados também são congruentes, então os triângulos são semelhantes.

Nas figuras ao lado:


̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅BC 6 8
= → = =2
̅̅̅ ̅̅̅̅
̅EF FG 3 4
então: ABC ~ EFG

3- Três lados proporcionais: Se dois triângulos têm os três lados correspondentes proporcionais,
então os triângulos são semelhantes.

Nas figuras ao lado:


̅̅̅̅ 𝐴𝐵
𝐴𝐶 ̅̅̅̅ 𝐵𝐶
̅̅̅̅ 3 5 4
= = → = = =2
̅̅̅̅ ̅𝑆𝑇
̅̅̅̅ 𝑅𝑆
𝑅𝑇 ̅̅̅ 1,5 2,5 2

então: ABC ~ RST


Observação: temos três critérios de semelhança, porém o mais utilizado para resolução de exercícios,
isto é, para provar que dois triângulos são semelhantes, basta provar que eles tem dois ângulos
correspondentes congruentes (iguais).

Questões

01. (PC/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Com relação à semelhança de triângulos, analise as
afirmativas a seguir:
I. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os três ângulos ordenadamente
congruentes.
II. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os lados homólogos proporcionais.
III. Dois triângulos são semelhantes se, e se somente se, possuem os três ângulos ordenadamente
congruentes e os lados homólogos proporcionais.
Nessas condições, está correto o que se afirma em:
(A) I e II, apenas
(B) II e III, apenas
(C) I e III, apenas
(D) I, II e III
(E) II, apenas

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02. Na figura abaixo ̅̅̅̅
AB = ̅̅̅̅
AC, ̅̅̅̅
CB = ̅̅̅̅
CD, a medida do ângulo DĈB é:

(A) 34°
(B) 72°
(C) 36°
(D) 45°
(E) 30°

̂ C é reto. O valor em graus do ângulo CB


03. Na figura seguinte, o ângulo AD ̂D é igual a:

(A) 120°
(B) 110°
(C) 105°
(D) 100°
(E) 95°

04. Na figura abaixo, o triângulo ABC é retângulo em A, ADEF é um quadrado, AB = 1 e AC = 3. Quanto


mede o lado do quadrado?

(A) 0,70
(B) 0,75
(C) 0,80
(D) 0,85
(E) 0,90

05. Em uma cidade do interior, à noite, surgiu um objeto voador não identificado, em forma de disco,
que estacionou a aproximadamente 50 m do solo. Um helicóptero do Exército, situado a
aproximadamente 30 m acima do objeto iluminou-o com um holofote, conforme mostra a figura seguinte.
A sombra projetada pelo disco no solo tinha em torno de 16 m de diâmetro.

Sendo assim, pode-se concluir que a medida, em metros, do raio desse disco-voador é
aproximadamente:

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(A) 3
(B) 4
(C) 5
(D) 6
(E) 7

Respostas

01. Resposta: D.
Todas as afirmações estão corretas pois em todos os casos os triângulos são semelhantes.

02. Resposta: C.
Na figura dada, temos três triângulos: ABC, ACD e BCD. Do enunciado AB = AC, o triângulo ABC
tem dois lados iguais, então ele é isósceles e tem dois ângulos iguais:
AĈB = AB̂C = x. A soma dos três ângulos é igual a 180°.
36° + x + x = 180°
2x = 180° - 36°
2x = 144
x = 144 : 2
x = 72
Logo: AĈB = AB̂C = 72°
Também temos que CB = CD, o triângulo BCD é isósceles:
CB̂D = CD̂ B = 72°, sendo y o ângulo DĈB, a soma é igual a 180°.
72° + 72° + y = 180°
144° + y = 180°
y = 180° - 144°
y = 36º

03. Resposta: D.
̂ C = 90° (reto).
Na figura temos três triângulos. Do enunciado o ângulo AD
̂ ̂
O ângulo BDC = 30° → ADB = 60º.

O ângulo CB̂D (x) é ângulo externo do triângulo ABD, então:


x = 60º + 40° (propriedade do ângulo externo)
x = 100°

04. Resposta: B.
Sendo x o lado do quadrado:

Temos que provar que dois dos triângulos da figura são semelhantes.

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O ângulo BA ̂ C é reto, o ângulo CF̂E é reto e o ângulo AĈB é comum aos triângulos ABC e CEF, logo
estes dois triângulos são semelhantes. As medidas de seus lados correspondentes são proporcionais:
̅̅̅̅
AB ̅̅̅̅
AC
̅̅̅̅
EF
= ̅̅̅̅
CF
1 3
= (multiplicando em “cruz”)
x 3−x

3x = 1.(3 – x)
3x = 3 – x
3x + x = 3
4x = 3
x=¾
x = 0,75

05. Resposta: A.
Da figura dada, podemos observar os seguintes triângulos:

Os triângulos ABC e ADE são isósceles. A altura divide as bases em duas partes iguais. E esses dois
triângulos são semelhantes, pois os dois ângulos das bases de cada um são congruentes. Então:
̅̅̅̅
CG ̅̅̅̅
AG
̅̅̅̅
EF
= ̅̅̅̅
AF

8 80
=
r 30

8r = 8.3
r=3m

PONTOS NOTÁVEIS DO TRIÂNGULO

Em um triângulo qualquer nós temos alguns elementos chamados de cevianas. Estes elementos são:
- Altura: segmento que sai do vértice e forma um ângulo de 90° com o lado oposto a esse vértice.
- Mediana: segmento que sai do vértice e vai até o ponto médio do lado oposto a esse vértice, isto é,
divide o lado oposto em duas partes iguais.
- Bissetriz do ângulo interno: semirreta que divide o ângulo em duas partes iguais.
- Mediatriz: reta que passa pelo ponto médio do lado formando um ângulo de 90°

̅̅̅̅: altura relativa ao vértice A (ou ao lado BC


- AH ̅̅̅̅).
̅̅̅̅: bissetriz interna relativa ao vértice A.
- AS
- ̅̅̅̅̅
AM: mediana relativa do vértice A (ou al lado ̅̅̅̅BC)
- r: mediatriz relativa ao lado ̅̅̅̅
BC.

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E todo triângulo tem três desses elementos, isto é, o triângulo tem três alturas, três medianas, três
bissetrizes e três mediatrizes. Os pontos de intersecção desses elementos são chamados de pontos
notáveis do triângulo.

- Baricentro: é o ponto de intersecção das três medianas de um triângulo. É sempre um ponto interno.
E divide as medianas na razão de 2:1. É ponto de gravidade do triângulo.

- Incentro: é o ponto de intersecção das três bissetrizes de um triângulo. É sempre um ponto interno.
É o centro da circunferência circunscrita (está dentro do triângulo tangenciando seus três lados).

- Circuncentro: é o ponto de intersecção das três mediatrizes de um triângulo. É o centro da


circunferência circunscrita (está por fora do triângulo passando por seus três vértices). No triângulo
acutângulo o circuncentro é um ponto interno, no triângulo obtusângulo é um ponto externo e no triângulo
retângulo é o ponto médio da hipotenusa.

- Ortocentro: é o ponto de intersecção das três alturas de um triângulo. No triângulo acutângulo é um


ponto interno, no triângulo retângulo é o vértice do ângulo reto e no triângulo obtusângulo é um ponto
externo.

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Um triângulo cujos vértices são os “pés” das alturas de um outro triângulo chama-se triângulo órtico
do primeiro triângulo.

Observações:
1) Num triângulo isósceles (dois lados iguais) os quatro pontos notáveis são colineares (estão numa
alinhados).
2) Num triângulo equilátero (três lados iguais) os quatro pontos notáveis são coincidentes, isto é, um
só ponto já é o Baricentro, Incentro, Circuncentro e Ortocentro.
3) As iniciais dos quatro pontos formam a palavra BICO.

Questões

01. Assinale a afirmação falsa:


(A) Os pontos notáveis de um triângulo equilátero são coincidentes.
(B) O encentro de qualquer triângulo é sempre um ponto interno.
(C) O ortocentro de um triângulo retângulo é o vértice do ângulo reto.
(D) O circuncentro de um triângulo retângulo é o ponto médio da hipotenusa.
(E) O baricentro de qualquer triângulo é o ponto médio de cada mediana.

02. (UC-MG) Na figura, o triângulo ABC é equilátero e está circunscrito ao círculo de centro O e raio 2
̅̅̅̅ é altura do triângulo. Sendo E ponto de tangência, a medida de AE
cm. AD ̅̅̅̅, em centímetros, é:

(A) 2√3
(B) 2√5
(C) 3
(D) 5
(E) √26

03. Qual das afirmações a seguir é verdadeira?


(A) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e isto ocorre no triângulo acutângulo.
(B) O baricentro pode ser um ponto de um dos lados do triângulo e isto ocorre no triângulo escaleno.
(C) O baricentro pode ser um ponto exterior ao triângulo e isto ocorre no triângulo retângulo.
(D) O baricentro pode ser um ponto dos vértices do triângulo e isto ocorre no triângulo retângulo.
(E) O baricentro sempre será um ponto interior ao triângulo.

04. Na figura a seguir, H é o ortocentro do triângulo ABC, AĈH = 30° e BĈH = 40°. Determine as
medidas dos ângulos de vértices A e B.
(A) A = 30° e B = 50°
(B) A = 60° e B = 50°
(C) A = 40° e B = 50°
(D) A = 30° e B = 60°
(E) A = 50° e B = 60°

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05. O ponto de intersecção das três mediatrizes de um triângulo é o:
(A) Baricentro
(B) Incentro
(C) Circuncentro
(D) Ortocentro

Respostas

01. Resposta: E.
O baricentro divide as medianas na razão de 2 para 1, logo não é ponto médio.

02. Resposta: A.
Do enunciado temos que O é o circuncentro (centro da circunferência inscrita) então O também é
baricentro (no triângulo equilátero os 4 pontos notáveis são coincidentes), logo pela propriedade do
baricentro temos que ̅̅̅̅ AO é o dobro de ̅̅̅̅
OD. Se ̅̅̅̅
OD = 2 (raio da circunferência) → ̅̅̅̅
AO = 4 cm.
O ponto E é ponto de tangência, logo o raio traçado no ponto de tangência forma ângulo reto (90°) e
̅̅̅̅ = 2 cm. Portanto o triângulo AEO é retângulo, basta aplicar o Teorema de Pitágoras e sendo AE
OE ̅̅̅̅ = x:
̅̅̅̅)2 = (AE
(AO ̅̅̅̅)2 + (OE
̅̅̅̅)2
4 2 = x 2 + 22
16 − 4 = x 2
x 2 = 12
x = √12
x = 2√3 cm

03. Resposta: E.
O baricentro é sempre interno, pois as 3 medianas de um triângulo são segmentos internos.

04. Respostas: B.
Ortocentro é ponto de intersecção das alturas de um triângulo, então se prolongarmos o segmento CH
até a base formará um ângulo de 90° (reto). Formando dois triângulos retângulos ACD e BCD, de acordo
com a figura abaixo:

A soma do ângulos internos de um triângulo é igual a 180°.


No triângulo ACD: A + 90° + 30° = 180° → A = 180° - 90° - 30° = 60°
No triângulo BCD: B + 90° + 40° = 180° → B = 180° - 90° - 40° = 50°

05. Resposta: C.

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TEOREMA DE PITÁGORAS

Em todo triângulo retângulo, o maior lado é chamado de hipotenusa e os outros dois lados são os
catetos.

No exemplo ao lado:
- a é a hipotenusa.
- b e c são os catetos.

- “Em todo triângulo retângulo o quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos”.

a2 = b2 + c2

Exemplos

01. Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Matemática, escreveu um poema do qual extraímos
o fragmento abaixo:
Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma
Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do Ápice à Base: uma figura Ímpar; olhos romboides, boca
trapezoide, corpo retangular, seios esferoides.
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encontraram no Infinito.
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia Radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.” (Millôr Fernandes –
Trinta Anos de Mim Mesmo).
A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao Teorema de Pitágoras, deveria dar a
seguinte resposta:
(A) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(B) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipotenusa.”
(C) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(D) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da Hipotenusa.”
(E) Nenhuma das anteriores.

Resposta: D.

02. Um barco partiu de um ponto A e navegou 10 milhas para o oeste chegando a um ponto B, depois
5 milhas para o sul chegando a um ponto C, depois 13 milhas para o leste chagando a um ponto D e
finalmente 9 milhas para o norte chegando a um ponto E. Onde o barco parou relativamente ao ponto de
partida?
(A) 3 milhas a sudoeste.
(B) 3 milhas a sudeste.
(C) 4 milhas ao sul.
(D) 5 milhas ao norte.
(E) 5 milhas a nordeste.

Resposta:

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
x2 = 32 + 42
x2 = 9 + 16
x2 = 25
x = √25 = 5

03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 13 cm e um dos catetos mede 5 cm, qual é a medida
do outro cateto?
(A) 10
(B) 11
(C) 12
(D) 13
(E) 14

Resposta:

132 = x2 + 52
169 = x2 + 25
169 – 25 = x2
x2 = 144
x = √144 = 12 cm

04. A diagonal de um quadrado de lado l é igual a:


(A) 𝑙√2
(B) 𝑙√3
(C) 𝑙√5
(D) 𝑙√6
(E) Nenhuma das anteriores.

Resposta:

𝑑2 = 𝑙2 + 𝑙2
𝑑 2 = 2𝑙 2
𝑑 = √2𝑙 2
𝑑 = 𝑙√2

05. Durante um vendaval, um poste de iluminação de 9 m de altura quebrou-se em um ponto a certa


altura do solo. A parte do poste acima da fratura inclinou-se e sua extremidade superior encostou no solo
a uma distância de 3 m da base dele, conforme a figura abaixo. A que altura do solo se quebrou o poste?

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(A) 4 m
(B) 4,5 m
(C) 5 m
(D) 5,5 m
(E) 6 m

Resposta:

(9 – x)2 = x2 + 33
92 – 2.9.x + x2 = x2 + 9
81 – 18x = 9
81 – 9 = 18x
72 = 18x
72
x = 18
x=4m

Questões

01. (PREF. de JACUNDÁ/PA – Psicólogo – INAZ de PARÁ) Em fase treino, um maratonista parte de
um ponto inicial A percorrendo 2 km em linha reta até o ponto B, girando 90° para a esquerda e percorre
mais 1,5 km parando no ponto C. Se o maratonista percorresse em linha reta do ponto A até o ponto C,
percorreria:
(A) 3500 m
(B) 500 m
(C) 2500 m
(D) 3000 m
(E) 1800 m

02. (IBGE – Agente de Pesquisas e Mapeamento – CESGRANRIO) Na Figura a seguir, PQ mede 6


cm, QR mede 12 cm, RS mede 9 cm, e ST mede 4 cm.

A distância entre os pontos P e T, em cm, mede:


(A) 17
(B) 21
(C) 18
(D) 20
(E) 19

03. (UNIFESP – Técnico de Segurança do Trabalho – VUNESP) Um muro com 3,2 m de altura está
sendo escorado por uma barra de ferro, de comprimento AB, conforme mostra a figura.

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O comprimento, em metros, da barra de ferro
(A) 3,2.
(B) 3,0.
(C) 2,8.
(D) 2,6.
(E) 2,4.

04. (PREF. de MARILÂNDIA/ES – Auxiliar Administrativo – IDECAN) Tales desenhou um triângulo


retângulo com as seguintes medidas, todas dadas em centímetros.

Qual é o perímetro deste triângulo?


(A) 6 cm
(B) 9 cm
(C) 12 cm
(D) 15 cm
(E) 18 cm
Respostas

01. Resposta: C.
AC representa a hipotenusa do triângulo retângulo cujos catetos são 2Km = 2000 m e 1,5Km = 1500m.
AC² = 2² + 1,5²
AC² = 4 + 2,25
AC = 2,5Km = 2500 m.

02. Resposta: A.
Observe que PQ = 6 e RS= 9 e também são retas paralelas então podemos somar elas como se
puxasse a reta RS pra cima formando uma reta só. Total 15cm. Ortogonalmente a reta QR fecha um
triângulo retângulo com essa reta que fechamos juntando PQ e RS. Assim, ficamos com um triângulo
retângulo com catetos 15 e 8. Aplicando Pitágoras, teremos a medida da hipotenusa que é a reta PT =
17cm, que representa a distância ente P e T.

03. Resposta: B.
Observe que a altura do solo até o ponto B é dada por 3,2 -0,80 = 2,4m, agora basta utilizar o Teorema
de Pitágoras para resolvermos esta questão:
AB² = 1,8² + 2,4²
AB² = 3,24 + 5,76 = 9
AB = 3m.

04. Resposta: C.
Basta resolver pelo teorema de Pitágoras e depois resolver a equação que será formada.
(x+1)² = (x-1)² + x²
x² + 2x + 1 = x² - 2x +1 + x²
x²-4x = 0

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x(x-4) = 0
x = 0 (não convém utilizarmos pois o lado de um triângulo não pode ser nulo)
ou x – 4 = 0
x = 4.
Assim os lados são:
3, 4, 5, logo o perímetro será a soma de todos os lados: 3+ 4 + 5 = 12.

RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO

Na figura abaixo temos um triângulo retângulo cuja hipotenusa é a base e h é a altura relativa a essa
hipotenusa:

Sendo:
A= hipotenusa
b e c = catetos
h= altura
m e n = projeções do catetos
Por semelhança de triângulos temos quatro relações métricas válidas somente para triângulos
retângulos que são:

I) Teorema de Pitágoras: O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.
HIP2 = CAT2 + CAT2
a² = b² + c²

II) O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa pela projeção do cateto.


CAT2 = HIP.PROJ
c² = a.m
b² = a.n

III) O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos catetos.


ALT2 = PROJ.PROJ
h² = m.n

IV) O produto da hipotenusa pela altura é igual ao produto dos catetos.


HIP.ALT = CAT.CAT
a.h = b.c

Exemplo
A área de um triângulo retângulo é 12 dm2. Se um dos catetos é 2/3 do outro, calcule a medida da
hipotenusa desse triângulo.
2𝑥
Do enunciado se um cateto é x o outro é 3
, e em um triângulo retângulo para calcular a área, uma
𝑏.ℎ
cateto é a base e o outro é a altura, e a fórmula da área é 𝐴 = , então:
2
A = 12
2𝑥
𝑥.
2
3
= 12
2𝑥 2
6
= 12 → 2x2 = 12.6 → 2x2 = 72 → x2 = 72 : 2
x2 = 36 → 𝑥 = √36 = 6
2.6
Uma cateto mede 6 e o outro 3 = 4, pelo teorema de Pitágoras, sendo a a hipotenusa:
a2 = 62 + 42
a2 = 36 + 16
a2 = 52

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𝑎 = √52
𝑎 = √13.4
𝑎 = 2√13

Questões

01. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) A medida da altura relativa à


hipotenusa de um triângulo retângulo de catetos 6 cm e 8 cm é igual a:
(A) 2
(B) 4
(C) 4,8
(D) 6
(E) 10

02. (UEL) Pedrinho não sabia nadar e queria descobrir a medida da parte mais extensa (AC) da "Lagoa
Funda". Depois de muito pensar, colocou 3 estacas nas margens da lagoa, esticou cordas de A até B e
de B até C, conforme figura abaixo. Medindo essas cordas, obteve: AB = 24 m e BC = 18 m. Usando
seus conhecimentos matemáticos, Pedrinho concluiu que a parte mais extensa da lagoa mede:

(A) 30
(B) 28
(C) 26
(D) 35
(E) 42

03. Em um triângulo retângulo a hipotenusa mede 10 cm e um dos catetos mede 6 cm, pede-se
determinar as medidas do outro cateto, a altura e as projeções dos catetos.
(A) 24cm
(B) 8cm
(C) 64cm
(D) 16cm
(E) 6cm

04. Em um triângulo ABC, figura a seguir, as medianas que partem de A e de B são perpendiculares.
Se BC = 8 e AC = 6, o valor de AB é:

(A) 3 6
(B) 4 3
(C) 12 7
(D) 2 5
(E) 4 2

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05. Em um triângulo retângulo os catetos medem 6 cm e 8 cm. Determinar a medida da hipotenusa,
da altura e das projeções dos catetos desse triângulo.
(A) 12 cm, 5 cm, 3,6 cm e 6,4 cm
(B) 10 cm, 4,8 cm, 3,6 cm e 6,4 cm
(C) 10 cm, 5 cm, 3,6 cm e 7 cm
(D) 10 cm, 4,8 cm, 4 cm e 6,4 cm
(E) 15 cm, 4,8 cm, 3,6 cm e 6,4 cm

Respostas

01. Resposta: C.
Primeiramente devemos calcular o valor da hipotenusa deste triângulo, para posteriormente calcular
a altura (utilizando a relação ALT.HIP = CAT.CAT).
HIP² = CAT² + CAT²
X² = 6² + 8²
X² = 36 + 64 = 100
X = 10.
ALT.10 = 6.8
ALT = 48/10 = 4,8

02. Resposta: A.
Pelo teorema de Pitágoras:
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 242 + 182
̅̅̅̅ 2 = 576 + 324
𝐴𝐶
̅̅̅̅
𝐴𝐶 2 = 900
̅̅̅̅ = √900
𝐴𝐶
̅̅̅̅ = 30
𝐴𝐶

03. Resposta B.
Do enunciado um cateto mede 6 cm e a hipotenusa 10 cm, pelo teorema de Pitágoras:
102 = x2 + 62
100 = x2 + 36
100 – 36 = x2
x2 = 64
x = √64
x = 8 cm

04. Resposta: D.
Mediana divide o lado oposto em duas partes iguais.

Pelo teorema de Pitágoras:


x2 = (2a)2 + (2b)2
x2 = 4a2 + 4b2 (colocando o 4 em evidência)
x2 = 4.(a2 + b2) (I)

32 = (2a2) +b2
9 = 4a2 + b2 (II)

42 = a2 + (2b)2
16 = a2 + 4b2 (III)

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Somando, membro a membro, as equações (II) e (III):

5 = a2 + b2 (substituindo em (I)):
x2 = 4.5
x2 = 20
x = √20
x = 2√5

05. Respostas: B.
Utilizando as relações métricas, temos:

Teorema de Pitágoras:
a2 = 82 + 62
a2 = 64 + 36
a2 = 100
a = √100
a = 10 cm
HIP.ALT = CAT.CAT
10.h = 8.6
10h = 48 → h = 48 : 10 = 4,8 cm
CAT2 = HIP.PROJ
62 = 10.n
36 = 10 n
n = 36 : 10 = 3,6 cm
82 = 10.m
64 = 10m
m = 64 : 10 = 6,4 cm

RELAÇÕES MÉTRICAS EM UM TRIÂNGULO QUALQUER

1 - Lado oposto a um ângulo agudo do Triângulo.


Temos a seguinte relação: “Num triângulo qualquer, o quadrado da medida do lado a um ângulo agudo
é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados menos duas vezes o produto de um
desses lados pela medida da projeção do outro lado sobre ele”.

No triângulo da figura ao
lado: a2 = b2 + c2 - 2cm

2 - Lado oposto a um ângulo obtuso do Triângulo.


Temos a seguinte relação: “Num triângulo obtusângulo, o quadrado da medida do lado oposto ao
ângulo obtuso é igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados mais duas vezes o
produto de um desses lados pela medida da projeção do outro lado sobre ele”.

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No triângulo da figura ao lado:
a2 = b2 + c2 + 2cm

Natureza dos Triângulos


Quantos aos ângulos, um triângulo pode ser classificado em Acutângulo (tem os três ângulos agudos),
Obtusângulo (tem um ângulo obtuso) e Retângulo (tem um ângulo reto).
Sendo a, b e c os três lados de um triângulo e, a é o maior lado, temos:
I) a2 = b2 + c2  o triângulo é retângulo (Teorema de Pitágoras).

II) a2 < b2 + c2  o triângulo é acutângulo.

III) a2 > b2 + c2 o triângulo é obtusângulo.

Questões

01. Na figura abaixo, o valor de x é:

(A)10
(B)11
(C)12
(D)13
(E)14

02. O valor de x na figura seguinte é:

(A)10,775
(B)10
(C)11,775
(D)11
(E)12

03. O valor de x na figura abaixo é:

(A)14√2
(B)15√2
(C)16√2
(D)17√2
(E)18√2

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04. Qual é o valor de x na figura dada?

(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4
(E) 5

05. Um triângulo tem lados medindo 10 cm, 4 cm e 9 cm. Esse triângulo é:


(A) Isósceles
(B) Equilátero
(C) Acutângulo
(D) Retângulo
(E) Obtusângulo

06. Os lados de um triângulo são iguais a 13, 5 e 12. Esse triângulo é:


(A) Isósceles
(B) Acutângulo
(C) Equilátero
(D) Retângulo
(E) Obtusângulo

Respostas

01. Resposta: C.
x2 = 82 + 102 – 2.8.1,25
x2 = 64 + 100 – 20
x2 = 144
x = √144
x = 12

02. Resposta: A.
152 = 202 + 162 – 2.20.x
115 = 400 + 256 – 40x
40x = 656 – 225
40x = 431
x = 431 : 40
x = 10,775

03. Resposta: B.
x2 = 122 + 92 + 2.12.9,375
x2 = 144 + 81 + 225
x2 = 450
x = √450 (dividindo 450 por 2 obtemos 225 que tem raiz exata e é 15)
x = √225.2
x = 15√2

04. Resposta: A.
72 = 42 + 52 + 2.4.x → 49 = 16 + 25 + 8x → 49 – 16 – 25 = 8x → 8x = 8 → x = 8 : 8 → x = 1

05. Resposta: E.
O maior lado do triângulo é 10 cm, então:
102 = 100
42 + 92 = 16 + 81 = 97

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100 > 97 → triângulo obtusângulo.

06. Resposta: D.
O maior lado do triângulo é 13, então:
132 = 169
52 + 122 = 25 + 144 = 169
169 = 169 → triângulo retângulo (Teorema de Pitágoras)

PERÍMETRO E ÁREA DAS FIGURAS PLANAS

Perímetro: é a soma de todos os lados de uma figura plana.


Exemplo:

Perímetro = 10 + 10 + 9 + 9 = 38 cm

Perímetros de algumas das figuras planas:

Área é a medida da superfície de uma figura plana.


A unidade básica de área é o m2 (metro quadrado), isto é, uma superfície correspondente a um
quadrado que tem 1 m de lado.

Fórmulas de área das principais figuras planas:

1) Retângulo
- sendo b a base e h a altura:

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2. Paralelogramo
- sendo b a base e h a altura:

3. Trapézio
- sendo B a base maior, b a base menor e h a altura:

4. Losango
- sendo D a diagonal maior e d a diagonal menor:

5. Quadrado
- sendo l o lado:

6. Triângulo: essa figura tem 6 fórmulas de área, dependendo dos dados do problema a ser resolvido.

I) sendo dados a base b e a altura h:

II) sendo dados as medidas dos três lados a, b e c:

III) sendo dados as medidas de dois lados e o ângulo formado entre eles:

IV) triângulo equilátero (tem os três lados iguais):

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V) circunferência inscrita:

VI) circunferência circunscrita:

Questões

01. A área de um quadrado cuja diagonal mede 2√7 cm é, em cm2, igual a:


(A) 12
(B) 13
(C) 14
(D) 15
(E) 16

02. (BDMG - Analista de Desenvolvimento – FUMARC) Corta-se um arame de 30 metros em duas


partes. Com cada uma das partes constrói-se um quadrado. Se S é a soma das áreas dos dois quadrados,
assim construídos, então o menor valor possível para S é obtido quando:
(A) o arame é cortado em duas partes iguais.
(B) uma parte é o dobro da outra.
(C) uma parte é o triplo da outra.
(D) uma parte mede 16 metros de comprimento.

03. (TJM-SP - Oficial de Justiça – VUNESP) Um grande terreno foi dividido em 6 lotes retangulares
congruentes, conforme mostra a figura, cujas dimensões indicadas estão em metros.

Sabendo-se que o perímetro do terreno original, delineado em negrito na figura, mede x + 285, conclui-
se que a área total desse terreno é, em m2, igual a:
(A) 2 400.
(B) 2 600.
(C) 2 800.
(D) 3000.
(E) 3 200.

04. (TRT/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária – FCC) Ultimamente tem havido muito
interesse no aproveitamento da energia solar para suprir outras fontes de energia. Isso fez com que, após
uma reforma, parte do teto de um salão de uma empresa fosse substituída por uma superfície retangular
totalmente revestida por células solares, todas feitas de um mesmo material. Considere que:
- células solares podem converter a energia solar em energia elétrica e que para cada centímetro
quadrado de célula solar que recebe diretamente a luz do sol é gerada 0,01 watt de potência elétrica;
- a superfície revestida pelas células solares tem 3,5m de largura por 8,4m de comprimento.

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Assim sendo, se a luz do sol incidir diretamente sobre tais células, a potência elétrica que elas serão
capazes de gerar em conjunto, em watts, é:
(A) 294000.
(B) 38200.
(C) 29400.
(D) 3820.
(E) 2940.

05. (CPTM - Médico do trabalho – MAKIYAMA) Um terreno retangular de perímetro 200m está à
venda em uma imobiliária. Sabe-se que sua largura tem 28m a menos que o seu comprimento. Se o metro
quadrado cobrado nesta região é de R$ 50,00, qual será o valor pago por este terreno?
(A) R$ 10.000,00.
(B) R$ 100.000,00.
(C) R$ 125.000,00.
(D) R$ 115.200,00.
(E) R$ 100.500,00.

06. Uma pessoa comprou 30 m2 de piso para colocar em uma sala retangular de 4 m de largura, porém,
ao medir novamente a sala, percebeu que havia comprado 3,6 m2 de piso a mais do que o necessário. O
perímetro dessa sala, em metros, é de:
(A) 21,2.
(B) 22,1.
(C) 23,4.
(D) 24,3.
(E) 25,6

07. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) A pipa, também conhecida como
papagaio ou quadrado, foi introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses no século XVI. Para
montar a pipa, representada na figura, foram utilizados uma vareta de 40 cm de comprimento, duas
varetas de 32 cm de comprimento, tesoura, papel de seda, cola e linha.
As varetas são fixadas conforme a figura, formando a estrutura da pipa. A linha é passada em todas
as pontas da estrutura, e o papel é colado de modo que a extremidade menor da estrutura da pipa fique
de fora.

Na figura, a superfície sombreada corresponde ao papel de seda que forma o corpo da pipa. A área
dessa superfície sombreada, em centímetros quadrados, é:
(A) 576.
(B) 704.
(C) 832.
(D) 1 150.
(E) 1 472.

08. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP) Para efeito decorativo, um arquiteto
dividiu o piso de rascunho um salão quadrado em 8 regiões com o formato de trapézios retângulos
congruentes (T), e 4 regiões quadradas congruentes (Q), conforme mostra a figura:

. 258
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Se a área de cada região com a forma de trapézio retângulo for igual a 24 m², então a área total
desse piso é, em m², igual a
(A) 324
(B) 400
(C) 225
(D) 256
(E) 196
Respostas

01.Resposta: C.
Sendo l o lado do quadrado e d a diagonal:

Utilizando o Teorema de Pitágoras:


d 2 = l2 + l2
2
(2√7) = 2l2
4.7 = 2l2
2l2 = 28
28
l2 = 2
A = 14 cm2

02. Resposta: A.
- um quadrado terá perímetro x
x
o lado será l = e o outro quadrado terá perímetro 30 – x
4
30−x
o lado será l1 = 4
, sabendo que a área de um quadrado é dada por S = l2, temos:
S = S1 + S2
S=l²+l1²
x 2 30−x 2
S = (4) + ( 4
)
x2 (30−x) 2
S= + , como temos o mesmo denominador 16:
16 16

x2 +302 −2.30.x+x2
S= 16
x2 +900−60x+x2
S=
16
2x2 60x 900
S= − + ,
16 16 16

sendo uma equação do 2º grau onde a = 2/16; b = -60/16 e c = 900/16 e o valor de x será o x do vértice
−b
que e dado pela fórmula: x = 2a , então:

. 259
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
−60 60
−( )
16
xv = 2 = 16
4
2. 16
16
60 16 60
xv = 16 . 4
= 4
= 15,

logo l = 15 e l1 = 30 – 15 = 15.

03. Resposta: D.
Observando a figura temos que cada retângulo tem lados medindo x e 0,8x:
Perímetro = x + 285
8.0,8x + 6x = x + 285
6,4x + 6x – x = 285
11,4x = 285
x = 285:11,4
x = 25
Sendo S a área do retângulo:
S= b.h
S= 0,8x.x
S = 0,8x2
Sendo St a área total da figura:
St = 6.0,8x2
St = 4,8.252
St = 4,8.625
St = 3000

04. Resposta: E.
Retângulo com as seguintes dimensões:
Largura: 3,5 m = 350 cm
Comprimento: 8,4 m = 840 cm
A = 840.350
A = 294.000 cm2
Potência = 294.000.0,01 = 2940

05. Resposta: D.
Comprimento: x
Largura: x – 28
Perímetro = 200
x + x + x – 28 + x – 28 = 200
4x – 56 = 200
4x = 200 + 56
x = 256 : 4
x = 64
Comprimento: 64
Largura: 64 – 28 = 36
Área: A = 64.36 = 2304 m2
Preço = 2304.50,00 = 115.200,00

06. Resposta: A.
Do enunciado temos que foram comprados 30 m2 de piso e que a sala tem 4 m de largura. Para saber
o perímetro temos que calcular o comprimento desta sala.
- houve uma sobra de 3,6 m2, então a área da sala é:
A = 30 – 3,6
A = 26,4 m2
- sendo x o comprimento:
x.4 = 26,4
x = 26,4 : 4
x = 6,6 m (este é o comprimento da sala)

- o perímetro (representado por 2p na geometria) é a soma dos 4 lados da sala:

. 260
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
2p = 4 + 4 + 6,6 + 6,6 = 21,2 m

07. Resposta: C.
A área procurada é igual a área de um triângulo mais a área de um retângulo.

A = AT + AR
32.20
A= 2
+ 16.32

A = 320 + 512 = 832

08. Resposta: D.

O destaque da figura corresponde a base maior do nosso trapézio, e podemos perceber que equivale
a 2x e a base menor x, portanto:
𝑏+𝐵
𝐴= ∙ℎ
2
𝑥 + 2𝑥
24 = ∙𝑥
2

48 = 3𝑥 2
X²=16
Substituindo: A total =4x 4x=16x²=1616=256 m²

ÁREA DO CIRCULO E SUAS PARTES

I- Círculo:
Quem primeiro descreveu a área de um círculo foi o matemático grego Arquimedes (287/212 a.C.), de
Siracusa, mais ou menos por volta do século II antes de Cristo. Ele concluiu que quanto mais lados tem
um polígono regular mais ele se aproxima de uma circunferência e o apótema (a) deste polígono tende
ao raio r. Assim, como a fórmula da área de um polígono regular é dada por A = p.a (onde p é
2𝜇𝑟
semiperímetro e a é o apótema), temos para a área do círculo 𝐴 = . 𝑟, então temos:
2

II- Coroa circular:


É uma região compreendida entre dois círculos concêntricos (tem o mesmo centro). A área da coroa
circular é igual a diferença entre as áreas do círculo maior e do círculo menor. A = 𝜋R2 – 𝜋r2, como temos
o 𝜋 como fator comum, podemos colocá-lo em evidência, então temos:

. 261
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III- Setor circular:
É uma região compreendida entre dois raios distintos de um círculo. O setor circular tem como
elementos principais o raio r, um ângulo central 𝛼 e o comprimento do arco l, então temos duas fórmulas:

IV- Segmento circular:


É uma região compreendida entre um círculo e uma corda (segmento que une dois pontos de uma
circunferência) deste círculo. Para calcular a área de um segmento circular temos que subtrair a área de
um triângulo da área de um setor circular, então temos:

Questões

01. (SEDUC/RJ – Professor – Matemática – CEPERJ) A figura abaixo mostra três círculos, cada
um com 10 cm de raio, tangentes entre si.

Considerando √3 ≅ 1,73 e 𝜋 ≅ 3,14, o valor da área sombreada, em cm2, é:


(A) 320.
(B) 330.
(C) 340.
(D) 350.
(E) 360.

02. (Câmara Municipal de Catas Altas/MG - Técnico em Contabilidade – FUMARC) A área de um


círculo, cuja circunferência tem comprimento 20𝜋 cm, é:
(A) 100𝜋 cm2.
(B) 80 𝜋 cm2.
(C) 160 𝜋 cm2.
(D) 400 𝜋 cm2.

03. (Petrobrás - Inspetor de Segurança - CESGRANRIO) Quatro tanques de armazenamento de


óleo, cilíndricos e iguais, estão instalados em uma área retangular de 24,8 m de comprimento por 20,0 m
de largura, como representados na figura abaixo.

. 262
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2
Se as bases dos quatro tanques ocupam da área retangular, qual é, em metros, o diâmetro da base
5
de cada tanque?
Dado: use 𝜋=3,1
(A) 2.
(B) 4.
(C) 6.
(D) 8.
(E) 16.

04. (Pref. Mogeiro/PB - Professor – Matemática – EXAMES) Na figura a seguir, OA = 10 cm, OB =


8 cm e AOB = 30°.

Qual, em cm², a área da superfície hachurada. Considere π = 3,14?


(A) 5,44 cm².
(B) 6,43 cm².
(C) 7,40 cm².
(D) 8,41 cm².
(E) 9,42 cm².

05. (U. F. de Uberlândia-MG) Uma indústria de embalagens fábrica, em sua linha de produção, discos
de papelão circulares conforme indicado na figura. Os discos são produzidos a partir de uma folha
quadrada de lado L cm. Preocupados com o desgaste indireto produzido na natureza pelo desperdício de
papel, a indústria estima que a área do papelão não aproveitado, em cada folha utilizada, é de (100 - 25π)
cm2.

Com base nas informações anteriores, é correto afirmar que o valor de L é:


(A) Primo
(B) Divisível por 3.
(C) Ímpar.
(D) Divisível por 5.

06. Na figura abaixo está representado um quadrado de lado 4 cm e um arco de circunferência com
centro no vértice do quadrado. Qual é a área da parte sombreada?

(A) 2(4 – π) cm2


(B) 4 – π cm2
(C) 4(4 – π) cm2
(D) 16 cm2
(E) 16π cm2

. 263
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
07. Calcular a área do segmento circular da figura abaixo, sendo r = 6 cm e o ângulo central do setor
igual a 60°:

(A) 6 π - 6√3 cm²


(B) 2. (2 π - 3√3) cm²
(C) 3. (4 π - 3√3) cm²
(D) 3. (1 π - 3√3) cm²
(E) 3. (2 π - 3√3) cm²

Respostas

01. Resposta: B.
Unindo os centros das três circunferências temos um triângulo equilátero de lado 2r ou seja l = 2.10 =
20 cm. Então a área a ser calculada será:

𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴 = 𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐 + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔 +
2
𝐴𝑐𝑖𝑟𝑐
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2
2
𝜋𝑟
𝐴= + 𝐴𝑡𝑟𝑖𝑎𝑛𝑔
2

𝜋𝑟 2 𝑙 2 √3
𝐴= +
2 4
(3,14 ∙ 102 ) 202 ∙ 1,73
𝐴= +
2 4
400 ∙ 1,73
𝐴 = 1,57 ∙ 100 +
4
𝐴 = 157 + 100 ∙ 1,73 = 157 + 173 = 330

02. Resposta: A.
A fórmula do comprimento de uma circunferência é C = 2π.r, Então:
C = 20π
2π.r = 20π
20π
r = 2π
r = 10 cm
A = π.r2 → A = π.102 → A = 100π cm2

03. Resposta: D.
Primeiro calculamos a área do retângulo (A = b.h)
Aret = 24,8.20
Aret = 496 m2
2
4.Acirc = 5.Aret

2
4.πr2 = 5.496

. 264
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
992
4.3,1.r2 =
5
12,4.r2 = 198,4
r2 = 198,4 : 12, 4 → r2 = 16 → r = 4
d = 2r =2.4 = 8

04. Resposta: E.
OA = 10 cm (R = raio da circunferência maior), OB = 8 cm (r = raio da circunferência menor). A área
hachurada é parte de uma coroa circular que é dada pela fórmula Acoroa = π(R2 – r2).
Acoroa = 3,14.(102 – 82)
Acoroa = 3,14.(100 – 64)
Acoroa = 3,14.36 = 113,04 cm2
- como o ângulo dado é 30°
360° : 30° = 12 partes iguais.
Ahachurada = 113,04 : 12 = 9,42 cm2

05. Resposta: D.
A área de papelão não aproveitado é igual a área do quadrado menos a área de 9 círculos. Sendo que
a área do quadrado é A = L2 e a área do círculo A = π.r2. O lado L do quadrado, pela figura dada, é igual
a 6 raios do círculo. Então:
6r = L → r = L/6
A = Aq – 9.Ac
100 - 25π = L² - 9 π r² (substituir o r)
𝐿 2 𝐿2 𝜋𝐿2
100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9𝜋. ( ) → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 − 9. 𝜋. → 100 − 25𝜋 = 𝐿2 −
6 36 4

Colocando em evidência o 100 no primeiro membro de e L² no segundo membro:


𝜋 𝜋
100. (1 − ) = 𝐿2 . (1 − ) → 100 = 𝐿2 → 𝐿 = √100 = 10
4 4

06. Resposta: C.
A área da região sombreada é igual a área do quadrado menos ¼ da área do círculo (setor com ângulo
de 90°).
𝐴𝑐í𝑟𝑐𝑢𝑙𝑜 𝜋. 𝑟 2 𝜋. 42
𝐴 = 𝐴𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 − → 𝐴 = 𝑙2 − → 𝐴 = 42 − → 𝐴 = 16 − 4𝜋
4 4 4

Colocando o 4 em evidência: A = 4(4 – π) cm²

07. Resposta: E.
Asegmento = Asetor - Atriângulo
Substituindo as fórmulas:
𝑎𝜋𝑟 2 𝑎. 𝑏. 𝑠𝑒𝑛𝑎 60°. 𝜋. 62 6.6. 𝑠𝑒𝑛60° 36𝜋 √3
𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − → 𝐴𝑠𝑒𝑔 = − 6.3.
360° 2 360° 2 6 2

Aseg = 6 π - 9√3 = 3. (2 π - 3√3) cm²

12. GEOMETRIA ESPACIAL: retas, planos e suas posições relativas no espaço;


poliedros regulares; prismas e pirâmides e respectivos troncos; cilindros, cones
e esferas; cálculo de áreas e volumes.

GEOMETRIA DE POSIÇÃO

A geometria de posição estuda os três entes primitivos da geometria: ponto, reta e plano no espaço.
Temos o estudo dos postulado, das posições relativas entre estes entes.
Na matemática nós temos afirmações que são chamadas de postulados e outras são chamadas de
teoremas.
Postulado: são afirmações que são aceitas sem demonstração. Isto é, sabemos que são
verdadeiras, porém não tem como ser demonstradas.

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Teorema: são afirmações que tem demonstração.

Estudo dos Postulados


Na Geometria de Posição, os postulados se dividem em quatro categorias:

I) Postulados da existência:

a) No espaço existem infinitos pontos, retas e planos. (este postulado também é chamado de
postulado fundamental da geometria de posição).

b) Numa reta e fora dela existem infinitos pontos.

c) Num plano e fora dele existem infinitos pontos e retas.

d) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

II) Postulados da determinação:

a) Dois pontos distintos determinam uma única reta. (Observe que a palavra distintos está
destacada, tem que ser distintos e não somente dois pontos).

b) Três pontos não colineares determinam um único plano. (Observe que as palavras não
colineares estão destacadas, tem que ser não colineares e não somente três pontos).

- como consequência deste postulado, temos também:

b.1) uma reta e um ponto fora dela determinam um único plano.


b.2) duas retas paralelas distintas determinam um único plano.
b.3) duas retas concorrentes determinam um único plano.

III) Postulado da inclusão.

- Se dois pontos distintos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

IV) Postulados da divisão.

a) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.

b) Uma reta divide um plano em dois semiplanos.

c) Um plano divide o espaço em dois semiespaços.

Estudo das posições relativas


Vamos estudar, agora, as posições relativas entre duas retas; entre dois planos e entre um plano e
uma reta.

I) Posições relativas entre duas retas.


𝑑𝑖𝑠𝑡𝑖𝑛𝑡𝑎𝑠
𝐶𝑜𝑝𝑙𝑎𝑛𝑎𝑟𝑒𝑠(𝑚𝑒𝑠𝑚𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜) ∶ {𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑎𝑠 {𝑐𝑜𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
𝑐𝑜𝑛𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠
Não coplanares: - Reversas

No esquema acima, temos:

a) Retas coplanares :estão no mesmo plano. Podem ser:

- Retas paralelas distintas: não tem nenhum ponto em comum.

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- Retas paralelas coincidentes: tem todos os pontos em comum. Temos duas retas, sendo uma
sobre a outra.

representamos por r ≡ s

- Retas concorrentes: tem um único ponto em comum.

Observação: duas retas concorrentes que formam entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
perpendiculares.

b) Retas não coplanares: não estão no mesmo plano. São:

- Retas Reversas: não tem ponto em comum.

Observação: duas retas reversas que “formam” entre si um ângulo reto (90°) são chamadas de
ortogonais.

Como podemos verificar, retas paralelas distintas e retas reversas não tem ponto em comum. Então
esta não é uma condição suficiente para diferenciar as posições, porém é uma condição necessária. Para
diferenciar paralelas distintas e reversas temos duas condições:
- Paralelas distintas não tem ponto em comum e estão no mesmo plano (coplanares).
- Reversas não tem ponto em comum e não estão no mesmo plano (não coplanares).

II) Posições relativas entre reta e plano.

a) Reta paralela ao plano: não tem nenhum ponto em comum com o plano. A intersecção da reta com
o plano é um conjunto vazio.

Observação: uma reta paralela a um plano é paralela com infinitas retas do plano, mas não a todas.

b) Reta contida no plano: tem todos os pontos em comum com o plano. Também obedece ao
postulado da Inclusão. A intersecção da reta com o plano é igual à própria reta.

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c) Reta secante (ou incidente) ao plano: tem um único ponto em comum com o plano. A intersecção
da reta com o plano é o ponto P.

III) Posições relativas entre dois planos


a) Planos paralelos: não tem nenhum ponto em comum. A intersecção entre os planos é um conjunto
vazio.
b) Planos coincidentes: tem todos os pontos em comum.
c) Planos secantes (ou incidentes): tem uma única reta em comum. A intersecção entre os planos
é uma reta. Podem ser oblíquos (formam entre si um ângulo diferente de 90°) ou podem ser
perpendiculares (formam entre si um ângulo de 90°).

Questões

01. Dadas as proposições:


I) Dois pontos distintos determinam uma única reta que os contém.
II) Três pontos distintos determinam um único plano que os contém.
III) Se dois pontos de uma reta pertencem a um plano, então a reta está contida no plano.

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É correto afirmar que:
(A) Todas são verdadeiras.
(B) Todas são falsas.
(C) Apenas I e II são falsas.
(D) Apenas II e III são falsas.
(E) Apenas I e III são falsas.

02. Assinale a alternativa verdadeira:


(A) Todas as afirmações podem ser demonstradas.
(B) Plano, por definição, é um conjunto de pontos.
(C) Ponto tem dimensão.
(D) Para se obter um plano basta obter 3 pontos distintos.
(E) Reta não tem definição.

03. Assinala a alternativa falsa:


(A) Duas retas não coplanares são reversas.
(B) Se uma reta não tem ponto em comum com um plano, ela é paralela a ele.
(C) Duas retas que tem ponto em comum são concorrentes.
(D) Dois planos sendo paralelos, toda reta que fura um fura o outro.
(E) Dois planos sendo paralelos, todo plano que intercepta um intercepta o outro.

04. Se a reta r é paralela ao plano α, então:


(A) Todas as retas de α são paralelas a r.
(B) Existem em α retas paralelas a r e retas reversas a r.
(C) Existem em α retas paralelas a r e retas perpendiculares a r.
(D) Todo plano que contém r intercepta α, segundo uma reta paralela a r
(E) Nenhuma das anteriores é verdadeira.

05. Complete a seguinte frase: “Duas retas que não tem pontos em comum são
________________________ ou ____________________________ .
(A) paralelas – reversas.
(B) paralelas distintas – reversas.
(C) paralelas distintas – perpendiculares.
(D) paralelas – perpendiculares.
(E) paralelas – concorrentes.

06. Conforme as sentenças a seguir complete com (V) para verdadeira e (F) para falsa:
( ) Ponto não tem definição.
( ) Dois planos que não tem pontos em comum são paralelos.
( ) Duas retas que são paralelas a um mesmo plano podem ser paralelas entre si.
( ) Teorema é sempre um Postulado.
A alternativa que mostra a ordem assinalada é a alternativa?
(A) V – V – V – V
(B) F – F – F – F
(C) V – F – F – V
(D) F – V – V – F
(E) V – V – V – F

07. Sejam r e s duas retas distintas, paralelas entre si, contidas em um plano α. A reta t, perpendicular
ao plano α, intercepta a reta r em A. As retas t e s são:
(A) Reversas e não ortogonais.
(B) Ortogonais.
(C) Paralelas entre si.
(D) Perpendiculares entre si.
(E) Coplanares.

08. Assinale a alternativa correta:

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(A) Se uma reta é paralela a dois planos, então esses planos são paralelos.
(B) Uma condição suficiente para que dois planos sejam paralelos é que duas retas de um sejam
paralelas ao outro.
(C) Se uma reta é perpendicular a duas retas distintas de um plano, então ela é perpendicular ao plano.
(D) Se duas retas quaisquer são paralelas a um plano, então elas são paralelas uma à outra.
(E) Um plano perpendicular a uma reta de um outro plano é perpendicular a este último plano.

09. Assinale a alternativa falsa:


(A) Dois pontos distintos determinam uma reta.
(B) Três pontos não colineares determinam um plano.
(C) Uma reta divide o espaço em dois semiespaços.
(D) Um ponto divide uma reta em duas semirretas.
(E) Entre dois pontos distintos, sempre existe um outro ponto.

Respostas

01. Resposta: D.

02. Resposta: E.

03. Resposta: C.

04. Resposta: B.

05. Resposta: B.

06. Respostas: E.

07. Resposta: B.

08. Resposta: E.

09. Resposta: C.

POLIEDROS

Diedros
Sendo dois planos secantes (planos que se cruzam) α e β, o espaço entre eles é chamado de diedro.
A medida de um diedro é feita em graus, dependendo do ângulo formado entre os planos.

Poliedros
São sólidos geométricos ou figuras geométricas espaciais formadas por três elementos básicos: faces,
arestas e vértices. Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos,
pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em comum. Veja alguns
exemplos:

. 270
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Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as arestas e os vértices
do poliedro.
Cada vértice pode ser a interseção de três ou mais arestas. Observando a figura abaixo temos que em
torno de cada um dos vértices forma-se um triedro.

Convexidade
Um poliedro é convexo se qualquer reta (não paralela a nenhuma de suas faces) o corta em, no
máximo, dois pontos. Ele não possuí “reentrâncias”. E caso contrário é dito não convexo.

Relação de Euler
Em todo poliedro convexo sendo V o número de vértices, A o número de arestas e F o número de
faces, valem as seguintes relações de Euler:

1) Poliedro Fechado: V – A + F = 2

2) Poliedro Aberto: V – A + F = 1

Observação: Para calcular o número de arestas de um poliedro temos que multiplicar o número de
faces F pelo número de lados de cada face n e dividir por dois. Quando temos mais de um tipo de face,
basta somar os resultados.
𝑛. 𝐹
𝐴=
2

Podemos verificar a relação de Euler para alguns poliedros não convexos. Assim dizemos:

Todo poliedro convexo é euleriano, mas nem todo poliedro euleriano é convexo.

Exemplos:
1) O número de faces de um poliedro convexo que possui exatamente oito ângulos triédricos é?
A cada 8 vértices do poliedro concorrem 3 arestas, assim o número de arestas é dado por
𝑛. 𝐹 3.8
𝐴= →𝐴= = 12
2 2

. 271
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Pela relação de Euler: V – A + F = 2 → 8 - 12 + F = 2 → F = 6 (o poliedro possui 6 faces). Assim o
poliedro com essas características é:

Soma dos ângulos poliédricos: as faces de um poliedro são polígonos. Sabemos que a soma das
medidas dos ângulos das faces de um poliedro convexo é dada por:
S = (v – 2).360º

Poliedros de Platão
São poliedros que satisfazem as seguintes condições:
- todas as faces têm o mesmo número n de arestas;
- todos os ângulos poliédricos têm o mesmo número m de arestas;
- for válida a relação de Euler (V – A + F = 2).

Exemplos:
1) O prisma quadrangular da figura a seguir é um poliedro de Platão.

Vejamos se ele atende as condições:


- todas as 6 faces são quadriláteros (n = 4);
- todos os ângulos são triédricos (m = 3);
- sendo V = 8, F = 6 e A = 12, temos: 8 – 12 + 6 = 14 -12 = 2

2) O prisma triangular da figura abaixo é poliedro de Platão?

As faces são 2 triangulares e 3 faces são quadrangulares, logo não é um poliedro de Platão, uma vez
que atende a uma das condições.

- Propriedade: existem exatamente cinco poliedros de Platão (pois atendem as 3 condições).


Determinados apenas pelos pares ordenados (m,n) como mostra a tabela abaixo.

m n A V F Poliedro
3 3 6 4 4 Tetraedro
3 4 12 8 6 Hexaedro
4 3 12 6 8 Octaedro
3 5 30 20 12 Dodecaedro
5 3 30 12 20 Icosaedro

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Poliedros Regulares
Um poliedro e dito regular quando:
- suas faces são polígonos regulares congruentes;
- seus ângulos poliédricos são congruentes;
Por essas condições e observações podemos afirmar que todos os poliedros de Platão são ditos
Poliedros Regulares.
Observação:

Todo poliedro regular é poliedro de Platão, mas nem todo poliedro de Platão é poliedro regular.

Por exemplo, uma caixa de bombom, como a da figura a seguir, é um poliedro de Platão (hexaedro),
mas não é um poliedro regular, pois as faces não são polígonos regulares e congruentes.

A figura se compara ao paralelepípedo que é um hexaedro, e é um poliedro de Platão, mas não é


considerado um poliedro regular:

- Não Poliedros

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Os sólidos acima são: Cilindro, Cone e Esfera, são considerados não planos pois possuem suas
superfícies curvas.
Cilindro: tem duas bases geometricamente iguais definidas por curvas fechadas em superfície lateral
curva.
Cone: tem uma só base definida por uma linha curva fechada e uma superfície lateral curva.
Esfera: é formada por uma única superfície curva.

- Planificações de alguns Sólidos Geométricos

Poliedro Planificação Elementos

- 4 faces triangulares
- 4 vértices
- 6 arestas

Tetraedro

- 6 faces quadrangulares
- 8 vértices
- 12 arestas

Hexaedro

- 8 faces triangulares
- 6 vértices
- 12 arestas

Octaedro

-12 faces pentagonais


- 20 vértices
- 30 arestas

Dodecaedro

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- 20 faces triangulares
- 12 vértices
- 30 arestas

Icosaedro

Referências
http://educacao.uol.com.br
http://www.uel.br/cce/mat/geometrica/php/gd_t/gd_19t.php
http://www.infoescola.com

Questões

01. (POLÍCIA CIENTÍFICA/PR – Perito Criminal – IFBC/2017) A alternativa que apresenta o número
total de faces, vértices e arestas de um tetraedro é:
(A) 4 faces triangulares, 5 vértices e 6 arestas
(B) 5 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas
(C) 4 faces triangulares, 4 vértices e 7 arestas
(D) 4 faces triangulares, 4 vértices e 6 arestas
(E) 4 faces triangulares, 4 vértices e 5 arestas

02. (ITA – SP) Considere um prisma regular em que a soma dos ângulos internos de todas as faces
é 7200°. O número de vértices deste prisma é igual a:
(A) 11
(B) 32
(C) 10
(D) 22
(E) 20

03. (CEFET – PR) Um poliedro convexo possui duas faces triangulares, duas quadrangulares e quatro
pentagonais. Logo a soma dos ângulos internos de todas as faces será:
(A) 3240°
(B) 3640°
(C) 3840°
(D) 4000°
(E) 4060°

04. Entre as alternativas abaixo, a relação de Euller para poliedros fechados é:


(A) V – A + F = 1
(B) V + A + F = 2
(C) V – A + F = 2
(D) V – A – F = 2
(E) V + F – 2 = 2

05. (Unitau) A soma dos ângulos das faces de um poliedro convexo vale 720°. Sabendo-se que o
número de faces vale 2/3 do número de arestas, pode-se dizer que o número de faces vale:
(A) 6.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 12.
(E) 9.

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Respostas

01. Resposta: D.
4 faces triangulares
- 4 vértices
- 6 arestas

02. Resposta: D.
Basta utilizar a fórmula da soma dos ângulos poliédricos.
S = (V – 2).360°
7200° = (V – 2).360° (passamos o 360° dividindo)
7200° : 360° = V – 2
20 = V – 2
V = 20 + 2
V = 22

03. Resposta: A.
Temos 2 faces triangulares, 2 faces quadrangulares e 4 faces pentagonais.
F=2+2+4
F=8
𝟐.𝟑+𝟐.𝟒+𝟒.𝟓 𝟔+𝟖+𝟐𝟎 𝟑𝟒
𝑨= = = = 𝟏𝟕
𝟐 𝟐 𝟐

V–A+F=2
V – 17 + 8 = 2
V = 2 + 17 – 8
V = 11
A soma é:
S = (v – 2).260°
S = (11 – 2).360°
S = 9.360°
S = 3240°

04. Resposta: C.

05. Resposta: B.
𝟐𝑨
Do enunciado temos S = 720° e que 𝑭 = .
𝟑
S = 720°
(V – 2).360° = 720°
V – 2 = 720° : 360°
V–2=2
V=2+2
V=4
V–A+F=2
𝟐𝑨
𝟒−𝑨+ = 𝟐 (o mmc é igual a 3)
𝟑

𝟏𝟐−𝟑𝑨+𝟐𝑨 𝟔
𝟑
=𝟑

- 3A + 2A = 6 – 12
-A=-6 x(- 1) multiplicando por -1
A=6

𝟐.𝟔 𝟏𝟐
Se A = 6  𝑭 = = =𝟒
𝟑 𝟑

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SÓLIDOS GEOMÉTRICOS

Sólidos Geométricos são figuras geométricas que possui três dimensões. Um sólido é limitado por
um ou mais planos. Os mais conhecidos são: prisma, pirâmide, cilindro, cone e esfera.

I) PRISMA: é um sólido geométrico que possui duas bases iguais e paralelas.

Elementos de um prisma:
a) Base: pode ser qualquer polígono.
b) Arestas da base: são os segmentos que formam as bases.
c) Face Lateral: é sempre um paralelogramo.
d) Arestas Laterais: são os segmentos que formam as faces laterais.
e) Vértice: ponto de intersecção (encontro) de arestas.
f) Altura: distância entre as duas bases.

Classificação:
Um prisma pode ser classificado de duas maneiras:

1- Quanto à base:
- Prisma triangular...........................................................a base é um triângulo.
- Prisma quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Prisma pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Prisma hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Prisma Reto: a aresta lateral forma com a base um ângulo reto (90°).
- Prisma Obliquo: a aresta lateral forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base
Como a base pode ser qualquer polígono não existe uma fórmula fixa. Se a base é um triângulo
calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado calculamos a área desse quadrado, e assim
por diante.
- Área Lateral:
Soma das áreas das faces laterais
- Área Total:
At=Al+2Ab
- Volume:
V = Abh

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Prismas especiais: temos dois prismas estudados a parte e que são chamados de prismas especiais,
que são:

a) Hexaedro (Paralelepípedo reto-retângulo): é um prisma que tem as seis faces retangulares.

Temos três dimensões: a= comprimento, b = largura e c = altura.

Fórmulas:
- Área Total: At = 2.(ab + ac + bc)

- Volume: V = a.b.c

- Diagonal: D = √a2 + b 2 + c 2

b) Hexaedro Regular (Cubo): é um prisma que tem as 6 faces quadradas.

As três dimensões de um cubo: comprimento, largura e altura são iguais.

Fórmulas:
- Área Total: At = 6.a2

- Volume: V = a3

- Diagonal: D = a√3

II) PIRÂMIDE: é um sólido geométrico que tem uma base e um vértice superior.

Elementos de uma pirâmide:

A pirâmide tem os mesmos elementos de um prisma: base, arestas da base, face lateral, arestas
laterais, vértice e altura. Além destes, ela também tem um apótema lateral e um apótema da base.
Na figura acima podemos ver que entre a altura, o apótema da base e o apótema lateral forma um
triângulo retângulo, então pelo Teorema de Pitágoras temos: ap2 = h2 + ab2.

Classificação:
Uma pirâmide pode ser classificado de duas maneiras:
1- Quanto à base:
- Pirâmide triangular...........................................................a base é um triângulo.

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
- Pirâmide quadrangular.....................................................a base é um quadrilátero.
- Pirâmide pentagonal........................................................a base é um pentágono.
- Pirâmide hexagonal.........................................................a base é um hexágono.
E, assim por diante.

2- Quanta à inclinação:
- Pirâmide Reta: tem o vértice superior na direção do centro da base.
- Pirâmide Obliqua: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da Base: 𝐴𝑏 = 𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑙í𝑔𝑜𝑛𝑜, como a base pode ser qualquer polígono não existe uma
fórmula fixa. Se a base é um triângulo calculamos a área desse triângulo; se a base é um quadrado
calculamos a área desse quadrado, e assim por diante.
- Área Lateral: 𝐴𝑙 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 á𝑟𝑒𝑎𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑎𝑐𝑒𝑠 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑖𝑠

- Área Total: At = Al + Ab
1
- Volume: 𝑉 = . 𝐴𝑏 . ℎ
3

- TRONCO DE PIRÂMIDE
O tronco de pirâmide é obtido ao se realizar uma secção transversal numa pirâmide, como mostra a
figura:

O tronco da pirâmide é a parte da figura que apresenta as arestas destacadas em vermelho.


É interessante observar que no tronco de pirâmide as arestas laterais são congruentes entre si; as
bases são polígonos regulares semelhantes; as faces laterais são trapézios isósceles, congruentes entre
si; e a altura de qualquer face lateral denomina-se apótema do tronco.

Cálculo das áreas do tronco de pirâmide.


Num tronco de pirâmide temos duas bases, base maior e base menor, e a área da superfície lateral.
De acordo com a base da pirâmide, teremos variações nessas áreas. Mas observe que na superfície
lateral sempre teremos trapézios isósceles, independente do formato da base da pirâmide. Por exemplo,
se a base da pirâmide for um hexágono regular, teremos seis trapézios isósceles na superfície lateral.
A área total do tronco de pirâmide é dada por:
St = Sl + SB + Sb
Onde:
St → é a área total
Sl → é a área da superfície lateral
SB → é a área da base maior

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Sb → é a área da base menor

Cálculo do volume do tronco de pirâmide.


A fórmula para o cálculo do volume do tronco de pirâmide é obtida fazendo a diferença entre o volume
de pirâmide maior e o volume da pirâmide obtida após a secção transversal que produziu o tronco.
Colocando em função de sua altura e das áreas de suas bases, o modelo matemático para o volume do
tronco é:

Onde,
V → é o volume do tronco
h → é a altura do tronco
SB → é a área da base maior
Sb → é a área da base menor

III) CILINDRO: é um sólido geométrico que tem duas bases iguais, paralelas e circulares.

Elementos de um cilindro:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre as duas bases.
d) Geratriz: são os segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral é formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cilindro é um círculo, ele só pode ser classificado de acordo com
a inclinação:
- Cilindro Reto: a geratriz forma com o plano da base um ângulo reto (90°).
- Cilindro Obliquo: a geratriz forma com a base um ângulo diferente de 90°.

Fórmulas:
- Área da Base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = 2.π.r.h

- Área Total: At = 2.π.r.(h + r) ou At = Al + 2.Ab

- Volume: V = π.r2.h ou V = Ab.h

Secção Meridiana de um cilindro: é um “corte” feito pelo centro do cilindro. O retângulo obtido através
desse corte é chamado de secção meridiana e tem como medidas 2r e h. Logo a área da secção meridiana
é dada pela fórmula: ASM = 2r.h.

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
Cilindro Equilátero: um cilindro é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um
quadrado, para isto temos que: h = 2r.

IV) CONE: é um sólido geométrico que tem uma base circular e vértice superior.

Elementos de um cone:
a) Base: é sempre um círculo.
b) Raio
c) Altura: distância entre o vértice superior e a base.
d) Geratriz: segmentos que formam a face lateral, isto é, a face lateral e formada por infinitas
geratrizes.

Classificação: como a base de um cone é um círculo, ele só tem classificação quanto à inclinação.
- Cone Reto: o vértice superior está na direção do centro da base.
- Cone Obliquo: o vértice superior esta deslocado em relação ao centro da base.

Fórmulas:
- Área da base: Ab = π.r2

- Área Lateral: Al = π.r.g

- Área total: At = π.r.(g + r) ou At = Al + Ab


1 1
- Volume: 𝑉 = 3 . 𝜋. 𝑟 2 . ℎ ou 𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
- Entre a geratriz, o raio e a altura temos um triângulo retângulo, então: g2 = h2 + r2.

Secção Meridiana: é um “corte” feito pelo centro do cone. O triângulo obtido através desse corte é
chamado de secção meridiana e tem como medidas, base é 2r e h. Logo a área da secção meridiana é
dada pela fórmula: ASM = r.h.

Cone Equilátero: um cone é chamado de equilátero quando a secção meridiana for um triângulo
equilátero, para isto temos que: g = 2r.

TRONCO DE CONE
Se um cone sofrer a intersecção de um plano paralelo à sua base circular, a uma determinada altura,
teremos a constituição de uma nova figura geométrica espacial denominada Tronco de Cone.

Elementos
- A base do cone é a base maior do tronco, e a seção transversal é a base menor;
- A distância entre os planos das bases é a altura do tronco.

Diferentemente do cone, o tronco de cone possui duas bases circulares em que uma delas é maior
que a outra, dessa forma, os cálculos envolvendo a área superficial e o volume do tronco envolverão a
medida dos dois raios. A geratriz, que é a medida da altura lateral do cone, também está presente na
composição do tronco de cone.
Não devemos confundir a medida da altura do tronco de cone com a medida da altura de sua lateral
(geratriz), pois são elementos distintos. A altura do cone forma com as bases um ângulo de 90º. No caso
da geratriz os ângulos formados são um agudo e um obtuso.

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Área da Superfície e Volume

Onde:
h = altura
g = geratriz

Exemplo:
Os raios das bases de um tronco de cone são 6 m e 4 m. A altura referente a esse tronco é de 10 m.
Determine o volume desse tronco de cone. Lembre-se que π = 3,14.

V) ESFERA

Elementos da esfera
- Eixo: é um eixo imaginário, passando pelo centro da esfera.
- Polos: ponto de intersecção do eixo com a superfície da esfera.
- Paralelos: são “cortes” feitos na esfera, determinando círculos.
- Equador: “corte” feito pelo centro da esfera, determinando, assim, o maior círculo possível.

Fórmulas

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- na figura acima podemos ver que o raio de um paralelo (r), a distância do centro ao paralelo ao centro
da esfera (d) e o raio da esfera (R) formam um triângulo retângulo. Então, podemos aplicar o Teorema
de Pitágoras: R2 = r2 + d2.
- Área: A = 4.π.R2
4
- Volume: V = 3 . π. R3

Fuso Esférico:

Fórmula da área do fuso:


𝛼. 𝜋. 𝑅 2
𝐴𝑓𝑢𝑠𝑜 =
90°

Cunha Esférica:

Fórmula do volume da cunha:


𝛼. 𝜋. 𝑅 3
𝑉𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎 =
270°
Referências
IEZZI, Gelson – Matemática Volume Único
DOLCE, Osvaldo; POMPEO, José Nicolau – Fundamentos da matemática elementar – Vol 10 – Geometria Espacial, Posição e Métrica – 5ª edição – Atual
Editora
www.brasilescola.com.br

Questões

01. (IPSM – Analista de gestão Municipal – VUNESP/2018) Um tanque em formato de prisma reto
retangular, cujas dimensões são 3,5 m, 1,2 m e 0,8 m, está completamente cheio de água. Durante 3
horas e 15 minutos, há a vazão de 12 litros por minuto de água para fora do tanque. Lembre-se de que 1
m3 é equivalente a 1000 litros. Após esse tempo, o número de litros de água que ainda permanecem no
tanque é igual a
(A) 980.
(B) 1020.
(C) 1460.
(D) 1580.
(E) 1610.

02. (UFSM – Auxiliar em Administração – UFSM/2017) O número de furtos a bancos tem crescido
muito nos últimos anos. Em um desses furtos, criminosos levaram 20 barras de ouro com dimensões
dadas, em centímetros, pela figura a seguir.

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Se a densidade do ouro é de aproximadamente 19g/cm³, aproximadamente quantos quilogramas de
ouro foram furtados?
(A) 0,456
(B) 9,120
(C) 24,000
(D) 45,600
(E) 91,200

03. (DEMAE – Técnico em Informática – CS-UFG/2017) Em um canteiro de obra, para calcular o


volume de areia contida na caçamba de um caminhão, mede-se a altura da areia em cinco pontos
estratégicos (indicados por M), a largura (L) e o comprimento (C) da base da caçamba, conforme ilustra
a figura a seguir.

O volume de areia na caçamba do caminhão é dado pelo produto da área da base da caçamba pela
média aritmética das alturas da areia. Considere um caminhão carregado com 13,25 m³ de areia. A largura
de sua caçamba é 2,4 m e o comprimento, 5,8 m. Assim, a média aritmética das alturas da areia na
caçamba, em metros, é, aproximadamente, de:

(A) 9,5
(B) 2,3
(C) 0,95
(D) 0,23

04. Dado o cilindro equilátero, sabendo que seu raio é igual a 5 cm, a área lateral desse cilindro, em
cm2, é:
(A) 90π
(B) 100π
(C) 80π
(D) 110π
(E) 120π

05. Um prisma hexagonal regular tem aresta da base igual a 4 cm e altura 12 cm. O volume desse
prisma é:
(A) 288√3 cm3
(B) 144√3 cm3
(C) 200√3 cm3
(D) 100√3 cm3
(E) 300√3 cm3

. 285
1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
06. Um cubo tem aresta igual a 3 m, a área total e o volume desse cubo são, respectivamente, iguais
a:
(A) 27 m2 e 54 m3
(B) 9 m2 e 18 m3
(C) 54 m2 e 27 m3
(D) 10 m2 e 20 m3

07. Uma pirâmide triangular regular tem aresta da base igual a 8 cm e altura 15 cm. O volume dessa
pirâmide, em cm3, é igual a:
(A) 60
(B) 60√3
(C) 80
(D) 80√3
(E) 90√3

08. (Pref. SEARA/SC – Adjunto Administrativo – IOPLAN) Um reservatório vertical de água com a
forma de um cilindro circular reto com diâmetro de 6 metros e profundidade de 10 metros tem a
capacidade aproximada de, admitindo-se π=3,14:
(A) 282,60 litros.
(B) 28.260 litros.
(C) 282.600,00 litros.
(D) 28.600,00 litros.

09. Um cone equilátero tem raio igual a 8 cm. A altura desse cone, em cm, é:
(A) 6√3
(B) 6√2
(C) 8√2
(D) 8√3
(E) 8

10. (ESCOLA DE SARGENTO DAS ARMAS – COMBATENTE/LOGÍSTICA – TÉCNICA/AVIAÇÃO –


EXÉRCITO BRASILEIRO) O volume de um tronco de pirâmide de 4 dm de altura e cujas áreas das bases
são iguais a 36 dm² e 144 dm² vale:
(A) 330 cm³
(B) 720 dm³
(C) 330 m³
(D) 360 dm³
(E) 336 dm³

Respostas

01. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume do paralelepípedo, depois a quantidade de água que vaza
para poder descobrir quanto de agua ainda resta, basta subtrair o volume pela quantidade de água que
vazou.
V= a . b . c
V= 3,5 . 1,2 . 0,8
V= 3,36 m³
1 m³__________ 1000 LITROS
3,36__________ x
x= 3.360 L

Aqui precisamos descobrir quanto vazou de água


3 H 15 MIN = 3*60 +15 = 180 +15= 195 MIN
12L ----------- 1 MIN
y ----------- 195 MIN
y= 195 . 12
y= 2.340 L

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1457521 E-book gerado especialmente para ECENILSON DIAS BARBOZA
x-y = 3.360 - 2.340= 1020 LITROS

02. Resposta: B.
Primeiro devemos encontrar o volume de 1 das barras e depois basta multiplicar por 20, logo:
V = 8x3x1 = 24cm³
24x19 = 456 g (pois ele possui 19g por cada cm³)
456 x 20 (foram furtadas) = 9120g, devemos lembrar que 1 kg equivale à 1000g.
9120/1000 = 9,120kg.

03. Resposta: C.
Como ele quer saber a média aritmética das alturas basta substituirmos na fórmula:
V=M.L.C
13,25 = M . 2,4 . 5,8 =
13,92M = 13,25
M = 13,25/13,92
M = 0,95m

04. Resposta: B.
Em um cilindro equilátero temos que h = 2r e do enunciado r = 5 cm.
h = 2r → h = 2.5 = 10 cm
Al = 2.π.r.h
Al = 2.π.5.10 → Al = 100π

05. Resposta: A.
O volume de um prisma é dado pela fórmula V = Ab.h, do enunciado temos que a aresta da base é a
= 4 cm e a altura h = 12 cm.
A área da base desse prisma é igual a área de um hexágono regular
6.𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

6.42 √3 6.16√3
𝐴𝑏 =  𝐴𝑏 =  𝐴𝑏 = 6.4√3  𝐴𝑏 = 24√3 cm2
4 4

V = 24√3.12
V = 288√3 cm3

06. Resposta: C.
Do enunciado, o cubo tem aresta a = 3 m.
At = 6.a2 V = a3
At = 6.32 V = 33
At = 6.9 V = 27 m3
2
At = 54 m

07. Resposta: D.
𝑙 2 √3
Do enunciado a base é um triângulo equilátero. E a fórmula da área do triângulo equilátero é 𝐴 = 4
.
A aresta da base é a = 8 cm e h = 15 cm.

Cálculo da área da base:


𝑎 2 √3
𝐴𝑏 = 4

82 √3 64√3
𝐴𝑏 = 4
= 4

𝐴𝑏 = 16√3

Cálculo do volume:
1
𝑉 = 3 . 𝐴𝑏 . ℎ

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1
𝑉 = 3 . 16√3. 15

𝑉 = 16√3. 5

𝑉 = 80√3

08. Resposta: C.
Pelo enunciado sabemos a altura (h) = 10 m e o Diâmetro da base = 6 m, logo o Raio (R) = 3m.
O volume é Ab.h , onde Ab = π .R² → Ab = 3,14. (3)² → Ab = 28,26
V = Ab. H → V = 28,26. 10 = 282,6 m³
Como o resultado é expresso em litros, sabemos que 1 m³ = 1000 l, Logo 282,26 m³ = x litros
282,26. 1000 = 282 600 litros

09. Resposta: D.
Em um cone equilátero temos que g = 2r. Do enunciado o raio é 8 cm, então a geratriz é g = 2.8 = 16
cm.
g2 = h2 + r2
162 = h2 + 82
256 = h2 + 64
256 – 64 = h2
h2 = 192
h = √192
h = √26 . 3
h = 23√3
h = 8√3 cm

10. Resposta: E.
ℎ𝑡
𝑉 = (𝐴𝐵 + √𝐴𝐵 ∙ 𝐴𝑏 + 𝐴𝑏 )
3

AB=144 dm²
Ab=36 dm²

4 4 4
𝑉 = (144 + √144 ∙ 36 + 36) = (144 + 72 + 36) = 252 = 336 𝑑𝑚3
3 3 3

13. CÁLCULO. Limites, derivada e integral.

LIMITE

A definição de limite é utilizada no intuito de expor o comportamento de uma função nos momentos de
aproximação de determinados valores. O limite de uma função possui grande importância no cálculo
diferencial e em outros ramos da análise matemática, definindo derivadas e continuidade de funções.

Dizemos que uma função f(x) tem um limite A quando x → a (→: tende), isto é,
lim 𝑓(𝑥) = 𝐴
𝑥→𝑎

se, tendendo x para o seu limite, de qualquer maneira, sem atingir o valor a, o módulo de f(x) – A se torna
e permanece menor que qualquer valor positivo, predeterminado, por menor que seja.

Teoremas

1 – O limite da soma de duas ou mais funções de mesma variável deve ser igual à soma dos seus
limites.

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2 – O limite do produto de duas ou mais funções de mesma variável deve ser igual a multiplicação de
seus limites.

3 – O limite do quociente de duas ou mais funções de mesma variável deve ser igual à divisão de seus
limites, ressaltando que o limite do divisor seja diferente de zero.

4 – O limite da raiz positiva de uma função é igual à mesma raiz do limite da função, lembrando que
esta raiz precisa ser real.
Devemos ter atenção em não supor que lim 𝑓(𝑥) = 𝑓(𝑎), pois lim 𝑓(𝑥) depende do comportamento de
𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
f(x) para os valores de x próximos, mas diferentes de a, enquanto f(a) é o valor da função em x = a.

Determinando o limite de uma função:


𝑥−4 𝑥−4 1 1
lim 𝑥 2−𝑥−12 = lim (𝑥−4)(𝑥+3) = lim 𝑥+3 = lim 7 = 1/7
𝑥→4 𝑥→4 𝑥→4 𝑥→4
𝑥−3 𝑥−3 1 1
lim 𝑥 2−9 = lim (𝑥+3)(𝑥−3) = lim 𝑥+3 = lim 6 = 1/6
𝑥→3 𝑥→3 𝑥→3 𝑥→3

Propriedades dos Limites:

1ª) lim [𝑓(𝑥) ± 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ± lim 𝑔(𝑥)


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
O limite da soma é a soma dos limites.
O limite da diferença é a diferença dos limites.
Exemplo:

lim [𝑥² ± 3𝑥³] = lim 𝑥² + lim 3𝑥³ = 1 + 3 = 4


𝑥→1 𝑥→1 𝑥→1

2ª) lim [𝑓(𝑥) ∙ 𝑔(𝑥)] = lim 𝑓(𝑥) ∙ lim 𝑔(𝑥)


𝑥→𝑎 𝑥→𝑎 𝑥→𝑎
O limite do produto é o produto dos limites.
Exemplo:
lim [3𝑥³ ∙ cos 𝑥] = lim 3𝑥³ ∙ lim cos 𝑥 = 3𝜋 3 ∙ (−1) = −3𝜋³
𝑥→𝜋 𝑥→𝜋 𝑥→𝜋

𝑓(𝑥) lim 𝑓(𝑥)


3ª) lim = 𝑥→𝑎
𝑥→𝑎 𝑔(𝑥) lim 𝑔(𝑥)
𝑥→𝑎
O limite do quociente é o quociente dos limites desde que o denominador não seja zero.
Exemplo:
cos 𝑥 lim cos 𝑥 𝑐𝑜𝑠0 1
lim 𝑥 2 +1 = 𝑥→0
lim 𝑥 2 +1
= 02 +1 = 1 = 1
𝑥→0 𝑥→0

4ª)
Exemplo:

5ª)
Exemplo:

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6ª)
Exemplo:

7ª)
Exemplo:

8ª)
Exemplo:

Limites Laterais
Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita, escrevemos:

Esse limite é chamado de limite lateral à direita de a.


Se x se aproxima de a através de valores menores que a ou pela sua esquerda, escrevemos:

Esse limite é chamado de limite lateral à esquerda de a.


O limite de f(x) para x a existe se, e somente se, os limites laterais à direita a esquerda são iguais,
ou sejas:

Se

Se

Continuidade
Dizemos que uma função f(x) é contínua num ponto a do seu domínio se as seguintes condições
são satisfeitas:

Propriedade das Funções contínuas


Se f(x) e g(x)são contínuas em x = a, então:
 f(x) g(x) é contínua em a;
 f(x) . g(x) é contínua em a;

 é contínua em a .

- Teorema de Bolzano-Cauchy (ou teorema do valor intermediário)


Seja f uma função real de variável real contínua no intervalo fechado [a,b].
Se f(a) ≤ s ≤ f(b) então existe pelo menos um c ϵ [a,b] tal que f(c) = s.

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Caso particular: usa-se para provar que uma função tem zeros.

Seja f uma função contínua no intervalo fechado [a,b].


Se f(a) x f(b) < 0 então a função tem pelo menos um zero em ]a,b[.

Notas:

- Sempre que se resolva um exercício e se utilize o Teorema é necessário mencionar a


continuidade;
- O Teorema apenas confirma que uma função tem zeros. Não se pode usar para provar
que a função não tem zeros, mesmo que f(a) x f(b) > 0.

Exemplo

f(a) x f(b) < 0 e f(x) não tem zeros em ]a,b[

Este exemplo não contradiz o Teorema de Bolzano


porque f não é contínua em [a,b].

Exercícios exemplificativos:

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DERIVADAS

A derivada de uma função y = f(x) num ponto x = x0, é igual ao valor da tangente trigonométrica do
ângulo formado pela tangente geométrica à curva representativa de
y=f(x), no ponto x = x0, ou seja, a derivada é o coeficiente angular da reta tangente ao gráfico da função
no ponto x0.
A derivada de uma função y = f(x), pode ser representada também pelos símbolos:
y' , dy/dx ou f ' (x).
A derivada de uma função f(x) no ponto x0 é dada por:

Regras de derivação

Grupo I
1. A derivada de uma constante é zero.
(c)’ = 0

2. A derivada de x em relação a x é um.


(x)’ = 1

3. As constantes de ser colocadas para o lado de fora do sinal de derivação.


(a.u)’ = a.u’

4. Derivada da potência.
(un)’ = n un-1. u’

5. A derivada da soma (subtração) é igual à soma (subtração) das derivadas.


(u + v)’ = u’ + v’

6. Derivada do produto.
(u.v)’ = u’. v + u.v’
(r.s.t...z)' = r'.s.t...z + r.s'.t...z +...+ r.s.t...z'

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7. Derivada da divisão.
(u/v)’ = (u’.v – u.v’) / v2

Grupo II
8. ( eu )’ = eu.u'
9. (ln u)’ = u' / u
10. (sen u)’ = cos u.u’
11. (cos u)’ = - sen u.u’
12. (tan u)’ = sec2u.u’

Grupo III
13. (au)’ = au . ln a . u’
14. (loga u)’ = u’(x) / u ln a
15. (cot u)’ = - csc2 u u’
16. (sec u)’ = sec u tan u u’
17. (csc u)’ = - csc u cot u u’
18. (sen-1u)’ = u’ / (1- u2)1/2
19. (cos-1u)’ = - u’ / (1 - u)2 )1/2
20. (tan-1u)’ = u’ / (1 + u2)
21. (cot-1u)’ = - u’ / (1 + u2)
22. (sec-1u)’ = u’ / |u|.(u2 – 1)1/2
23. (csc-1u)’ = - u’ / |u|.(f(x)2 – 1)1/2

Grupo IV - Hiperbólicas
24. (senh u)’ = cosh u.u'
25. (cosh u)’ = senh u.u'
26. (tanh u)’ = sech2u.u'
27. (coth u)’ = - csch2 u . u’
28. (sech u)’ = - sech u tanh u . u’
29. (csch u)’ = - csch u coth u . u’
30. (senh-1u)’ = u’ / (1 + u2 )1/2
31. (cosh-1u)’ = u’ / (u2 -1)1/2
32. (tanh-1u)’ = u’ / (1- u2)
33. (coth u)’ = - u’ / (u2 -1)
34. Dx |u| = ( u Dx u) ) / |u|

Regra da Cadeia
A derivada de g(u(x)) é a derivada da função externa calculada na função interna, vezes a derivada da
função interna.
Dxv(u(x)) = Duv(u).Dxu(x)

Valores de Máximo e Mínimo


A partir do sinal da derivada de Segunda ordem de uma função f, além da concavidade, podem-se
obter pontos de máximo ou mínimos, relativos a um certo intervalo desta função. Sendo o gráfico a seguir
de uma função qualquer, tem-se:

x1= abscissa de um ponto de máximo local.


x2= abscissa de um ponto de mínimo local.

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x3= abscissa de um ponto de máximo local.
As retas tangentes r1, r2 e r3 nos pontos de abscissas x1, x2 e x3, respectivamente, são paralelas ao
eixo x, logo, a derivada de f anula-se para x1, x2 e x3, ou seja, f’(x1) = f’(x2) = f’(x3) = 0.
Observação:
Nos pontos de mínimo ou máximo relativo, a derivada primeira anula–se.

Teste da derivada de 2.ª ordem


A fim de verificar se um ponto, que anula a derivada primeira de uma função, representa um ponto de
máximo ou mínimo local, faz-se o teste da derivada de segunda ordem, ou seja:
a) deriva-se a função;
b) iguala-se a derivada primeira a zero;
c) Seja a função duas vezes diferenciável no intervalo aberto I.
(i) se f(x) (segunda derivada) >0 para todo x em I(intervalo), então o gráfico de f possui
concavidade para cima em I
(ii) se f(x) <0 para todo x em I, então o gráfico de f possui concavidade para baixo em I.

Teste da segunda derivada para extremos relativos


Seja a função f diferenciável no intervalo aberto I e suponha que c seja um ponto em I, tal que f (x)
(primeira derivada) = 0 e f (x) (segunda derivada) exista.
(i) se f (c) >0, então f possui um mínimo relativo em c.
(ii) se f (c) < 0, então f possui um máximo relativo em c.

Pode ser escrito de outra forma:

Teste da Derivada segunda


Suponha que f (2 derivada) seja contínua na proximidade de c.
(i) se f (c) =0 e f (c) >0, então f tem um mínimo local em c.
(ii) se f (c) = 0 e f (c) <0, então f tem um máximo local em c.

Regra L’ Hôpital
Aqui será trabalhado somente com a ideia intuitiva, não explorando definições que, provavelmente,
causariam muita confusão e distanciariam do objetivo.
Porém, no estudo dos limites de uma função há casos em que nos deparamos com indeterminações
do tipo:

Nesses casos recorremos a diversos casos de fatoração para tentarmos driblar a indeterminação,
como por exemplo:

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No entanto há situações em que não é possível utilizar nenhum desses artifícios. Para esses casos
utilizamos as regras de L´Hopital, que podem ser muito bem trabalhadas no ensino médio, sempre com
a finalidade de facilitar a intepretação do comportamento das funções e a construção de gráficos.

A primeira regra de L’Hôpital diz que

Conhecendo as duas propriedades, fica mais fácil o cálculo dos limites que aparecem nas
indeterminações citadas anteriormente. Deixe bem claro aos alunos que essas propriedades só podem
ser utilizadas se as hipóteses forem satisfeitas.

Exemplo

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Referências
www.somatematica.com.br
www.brasilescola.com
www.colegioweb.com.br
http://www.matematiques.com.br

Questões

01. (IF/BA – Professor de Matemática – AOCP/2016) O valor de a para que a

função f definida por seja contínua é:


(A) 1.
(B) 0.
(C) um número real pertencente ao intervalo ]-1, 1[.
(D) -1.
(E) qualquer número real positivo.

02. ( IF/BA – Professor de Matemática – AOCP/2016) Sejam f e g funções duas vezes derivável,
f ' (1 ) = 2, f " (1) = 4, g(0) = 1, g'(0) = 2, g"(0) = 8. O valor da derivada segunda da função
composta (fog) no ponto 0 (zero) é:
(A) 0.
(B) 8.
(C) 16.
(D) 32.
(E) 64.

03. (IF/BA – Professor de Matemática – AOCP/2016) Considere a função f definida

por . O(s) valor(es) de c pertencente(s) ao intervalo [-1,4], tal(is)

que é (são):
(A) -1 ou 11.
(B) 1 ou -11.
(C) 5/2.
(D) -1.
(E) 1.

Respostas

01. Resposta: A.
Como a questão pede o valor de a então teremos que encontrar o ponto x=0.
𝑠𝑒𝑛𝑥
Assim calcularemos o limite de x tendendo a 0 de f(x) = 𝑥 .
𝑠𝑒𝑛𝑥
Então lim , como temos uma indeterminação do tipo 0/0, aplicaremos a regra de L’Hôpital.
𝑥→0 𝑥
𝑠𝑒𝑛𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑥
Assim, lim 𝑥 = lim 1 = 1, portanto o valor de a é 1.
𝑥→0 𝑥→0

02. Resposta: D.

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Q = f(g(x))
Q'= f'(g(x))g'(x) (Pela regra da cadeia)
Q"= f''(g(x))g'(x)g'(x) + f'(g(x))g''(x) (Pela regra do produto)
Q"(0) = f''(1).2.2+f'(1).8
Q"(0) =4.2.2+2.8 = 32

03. Resposta E.
𝑥 2 −3𝑥−4
f(x) 𝑥+5
42 −3.4−4
f(4) = =0
4+5
(−1)2 −3.(−1)−4
f(-1) = −1+5
=0
f’(c) é a derivada de f no ponto c, Calculemos f’(x).
(2x – 3).(𝑥+5)−(𝑥 2 −3𝑥−4).(1) 2𝑥 2 +7𝑥−15−𝑥 2 +3𝑥+4 𝑥 2 +10𝑥−11
f’(x) = (𝑥+5)²
= (𝑥+5)²
= (𝑥+5)²
𝑐 2 +10𝑐−11 0−0
Assim, f’(c) = (𝑐+5)²
= 5
c² +10c -11=0
Logo resolvendo essa equação do 2º grau, c’ = 1 e c” = -11(fora do intervalo)
Portanto a única solução é c’ = 1. Alternativa E.

INTEGRAL

- Integrais Imediatas
Sabemos que a derivada é um dos conceitos mais importantes do Cálculo. Outro conceito também
muito importante é o de Integral. Existe uma estreita relação entre estas duas ideias. Assim, nesta seção,
será introduzida a ideia de integral, mostrando sua relação com a derivada.
Se a função F(x) é primitiva da função f (x), a expressão F(x) + C é chamada integral indefinida
da função (fx) e é denotada por:

Lê-se Integral indefinida de f(x) em relação a x ou simplesmente integral de f(x) em relação a x.

Dada definição de integral indefinida, temos as seguintes observações:

Vejamos os exemplos:

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- Propriedades da integral indefinida

Sejam f(x) e g(x) funções definidas no mesmo domínio e k uma constante real. Então:

Algumas integrais imediatas

- Integral por Partes


𝑑 𝑢𝑑𝑣 𝑣𝑑𝑢
Pelo produto de derivadas, como vimos anteriormente:𝑑𝑥 (𝑢𝑣) = 𝑑𝑥 + 𝑑𝑥 , de uma forma mais fácil
A derivada do produto pode ser escrita 1ª vezes a derivada da segunda +segunda vezes derivada da
primeira
(𝑢𝑣)′ = 𝑢𝑣 ′ + 𝑣𝑢′

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Assim, para a integral:

∫(𝑢𝑣)′𝑑𝑥 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑢′𝑣 𝑑𝑥
De forma mais simplificada poderemos escrever 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

Exemplo:
∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − ∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥

∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥𝑒 𝑥 − ∫ 2𝑒 𝑥 𝑑𝑥

∫ 2𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥
Voltando:

∫ 𝑥 2 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − (2𝑥𝑒 𝑥 − 2𝑒 𝑥 ) = 𝑥 2 𝑒 𝑥 − 2𝑥𝑒 𝑥 + 2𝑒 𝑥 = 𝑒 𝑥 (𝑥 2 − 2𝑥 + 2)

- Integral por Substituição ou Mudança e Variável

Devemos mudar algumas variáveis para facilitar a integral


Exemplo
2
∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥
Vamos chamar y=x² e dy=2xdx

Substituindo na integral

𝑒 𝑦 𝑑𝑦 1 𝑦
∫ = 𝑒 +𝑐
2 2

Integral definida

Se f é uma função de x, então a sua integral definida é uma integral restrita à valores em um intervalo
específico, digamos, a ≤ x ≤ b. O resultado é um número que depende apenas de a e b, e não de x.
Vejamos a definição:

Referências
Curso de Graduação em Administração a Distância
http://wwwp.fc.unesp.br/~arbalbo/arquivos/integraldefinida.pdf

Questões

01. (IF-BA – Professor de Matemática – INSTITUTO AOCP/2016) A integral ∫ 𝑥𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 tem como
resultado:
(A) –xcos(x) + sen(x) + c
(B) xcos(x) - sen(x) + c
𝑥2
(C) − 2
cos(x) +c
𝑥2
(D) 2 cos(x) + c
(E) –cos(X) + c

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02. (TRANSPETRO – Engenheiro Júnior – CESGRANRIO) A figura abaixo mostra o gráfico da
função Y = 1 + x2.

A área hachureada, abaixo da curva da função e entre as abscissas 1 e 2, é igual a:


(A) 3
(B) 7/3
(C) 8/3
(D) 10/3
(E) 11/3

Respostas

01) Resposta: A.
Para resolver esta questão devemos utilizar integral por partes. 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

Seja 𝑢. 𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢

𝑢=𝑥
𝑑𝑢 = 𝑑𝑥
𝑑𝑣 = 𝑠𝑒𝑛𝑥
𝑣 = −𝑐𝑜𝑠𝑥
x.(-cos(x)) - ∫ − cos(𝑥) 𝑑𝑥
-xcos(x) + sen(x) + c

02. Resposta: D.
2
∫ 1 + 𝑥 2 𝑑𝑥
1
𝑥3 23 13 8 1 7 10
𝑥+ 3
𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 [1,2], 𝑎𝑠𝑠𝑖𝑚 2 + 3
− (1 + 3 ) = 2 + 3 − 1 − 3 = 1 + 3 = 3

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