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magnéticas
Escrito por Infosolda. Posted in Ensaios não Destrutivos e Mecânicos
Características
O ensaio por partículas magnéticas consiste em submeter uma peça, ou parte dela, a
um campo magnético. Na região magnetizada da peça, as descontinuidades existentes,
ou seja, a falta de continuidade das propriedades magnéticas do material, irão causar um
campo de fuga do fluxo magnético. A aplicação das partículas ferromagnéticas provoca
a aglomeração destas nos campos de fuga, uma vez que serão por eles atraídas devido
ao surgimento de pólos magnéticos. A aglomeração indicará o contorno do campo de
fuga, fornecendo a visualização do formato e da extensão da descontinuidade.
Aplicação
Partículas magnéticas
O meio no qual a partícula é aplicada denomina-se via ou veículo. A via pode ser
seca ou úmida.
via seca
As partículas para via seca, como o próprio nome indica, são aquelas aplicadas a
seco. Neste caso é comum dizer que o veículo que sustenta a partícula até a sua
acomodação é o ar. Na aplicação por via seca usam-se aplicadores de pó manuais ou
bombas aspersoras que pulverizam as partículas na região do ensaio, na forma de jato de
pó.
As partículas para via seca devem ser guardadas em lugar seco e ventilado para não
se aglomerarem. É muito importante que sejam de granulometria adequada para serem
aplicadas uniformemente sobre a região a ser inspecionada.
Comparando o método por via úmida com o método para via seca, percebe-se que as
partículas para via seca são mais sensíveis na detecção de descontinuidades próximas à
superfície, mas não são mais sensíveis para pequenas descontinuidades superficiais.
Também, para uma mesma área ou região examinada, o consumo é maior. Por outro
lado, é possível a reutilização das partículas, caso estejam isentas de contaminação e o
local de trabalho permita.
via úmida
Deve-se ressaltar que neste método de ensaio as partículas que estão em dispersão,
mesmo na presença do campo magnético, têm maior mobilidade do que na via seca, e
podem percorrer maiores distâncias enquanto se acomodam ou até serem aprisionadas
por um campo de fuga. Além disso, quando em superfícies inclinadas ou verticais,
requerem menor esforço para remoção do excesso.
O método por via úmida exige uma constante agitação da suspensão para garantir a
homogeneidade das partículas na região de exame. Essa agitação é automática nas
máquinas estacionárias. Na aplicação manual, o próprio inspetor deverá fazê-la,
agitando o aplicador antes de cada etapa de aplicação.
verificação da concentração
Partículas para aplicação por via seca são encontradas nas cores branca, cinza,
amarela, vermelha e preta. As partículas para via úmida são encontradas nas cores preta,
vermelha e fluorescente. As fluorescentes podem, de acordo com o fabricante,
apresentar-se nas cores amarelo-esverdeada ou alaranjada.
Magnetização
Para realizar um ensaio por partículas magnéticas é imprescindível que a peça seja
magnetizada. O processo de magnetização é gerado por uma corrente elétrica que tanto
pode passar por dentro da peça, que faz parte do circuito elétrico do equipamento de
magnetização, quanto por fora dela, por meio de uma bobina. As fontes de corrente
elétrica utilizadas na magnetização são a corrente contínua, a corrente alternada e a
corrente alternada retificada.
correntes elétricas
A corrente contínua (CC) é obtida somente através de baterias, o que na prática não
é aplicável em processos industriais.
geração de magnetização
O processo de magnetização pode ser obtido por meio de indução de campo
magnético ou por passagem de corrente elétrica. A indução de campo acontece quando
o campo magnético gerado na peça é induzido externamente; já na passagem de
corrente elétrica, a peça em inspeção isto é, a corrente de magnetização circula pela
própria peça.
A indução por campo magnético pode ser feita segundo três métodos: magnetização
longitudinal, circular e multidirecional, utilizando três tipos de equipamento: bobina,
yoke ou ioque e condutor central.
O método longitudinal também pode utilizar o yoke, que produz magnetização pela
indução em campo magnético, gerado por um eletroímã, em forma de U invertido,
apoiado na peça a ser examinada. Pelo eletroímã circula a corrente elétrica alternada ou
contínua. É gerado na peça um campo magnético paralelo à linha imaginária que une as
duas pernas do yoke.
segundo normas, o campo magnético formado na área útil deve estar entre 77 e
65A/cm
A magnetização circular, que tanto pode ser por indução quanto por passagem de
corrente elétrica através da peça, é um método em que as linhas de força geradoras do
campo magnético circulam através da peça em circuito fechado, sem fa2er uma ponte
através do ar. É usado para a detecção de descontinuidades longitudinais.
Em geral estes valores constam de tabelas disponíveis nas normas técnicas de inspeção
aplicáveis ao produto ensaiado.
vantagens
As vantagens do método de magnetização multidirecional são a facilidade de
inspeção de componentes seriados onde se reduz substancialmente o tempo de inspeção;
a economia de partículas magnéticas; cada peça ou componente é manuseado apenas
uma vez; menor possibilidade de erros por parte do inspetor, uma vez que é possível
observar ao mesmo tempo, tanto as descontinuidades longitudinais quanto as
transversais; menor tempo de execução.
desvantagens
Uma peça com magnetismo residual poderá interferir nos processos futuros de
usinagem, pois o magnetismo da peça induzirá a magnetização das ferramentas de corte
afetando o acabamento da peça. A retenção de limalhas e partículas contribui para a
perda do fio de corte da ferramenta.
desmagnetização
Alguns materiais, devido a suas propriedades magnéticas, são capazes de reter parte
do magnetismo após a interrupção da força magnetizaste. Conforme a aplicação
subsequente desses materiais, o magnetismo residual ou remanescente poderá criar
problemas, sendo necessária a desmagnetização da peça. As razões para desmagnetizar
uma peça são interferência nos processos de usinagem, soldagem e instrumentos de
medição.
A aplicação do ensaio deve obedecera uma sequencia básica que se compõe das
seguintes etapas: limpeza da superfície; seleção do equipamento para magnetização e
seleção das partículas ferromagnéticas; planejamento do ensaio; magnetização da peça;
aplicação das partículas; eliminação do excesso de partículas da superfície; observação
das indicações e avaliação e registro dos resultados.
preparação da superfície
A limpeza da superfície depende do tipo de peça, tamanho e quantidade. Os
métodos de limpeza são jato de areia ou granalha, escova de aço, solvente, panos secos
ou umedecidos em solventes, limpeza química, vapor desengraxante e esmerilhamento.
As escovas de aço, que tanto podem ser rotativas como manuais, são mais utilizadas
na preparação de peças soldadas.
varredura da peça
A deposição das partículas ferromagnéticas deve ser feita de forma que toda a área
de interesse seja coberta, seja por via seca ou úmida.
A remoção do excesso de partículas sobre a superfície deve ser feita de modo a não
eliminar as indicações que se formam. Se as partículas forem por via seca, um leve
sopro deve ser aplicado. Se as partículas forem por via úmida, o próprio veículo
promove a remoção do excesso de partículas.
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