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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

CAMPUS POÇOS DE CALDAS


ENGENHARIA CIVIL

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL I

MATERIAIS INOVADORES NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Patrick Vilela Abadia

Prof.Luiz Antonio dos Reis

Poços de Caldas
Outubro– 2018
Introdução

O presente trabalho tem como objetivo apresentar pesquisas que mostram materiais
inovadores que podem ser incorporados na construção civil, trazendo desde
melhorias estruturais e ecológicas a inovações estéticas.

Painel cimentício 3D pode ser solução para proteger casas contra desastres
naturais

A fabricante de materiais Re-Structure Group começou a usar um novo painel


sanduíche cimentício nos Estados Unidos para ajudar a proteger as casas durante
desastres naturais. De acordo com a CNBC, o material já vem sendo usado em
outras partes do mundo, mas agora está sendo testado nos Estados Unidos.
Projetados para produção em massa, os painéis são à prova de fogo, resistentes a
abalos sísmicos - incluindo qualquer terremoto registrado na história da humanidade
- e são resistentes a furacões. O material é fabricado como um sistema de
construção sustentável e resiliente que visa reformular o mercado imobiliário norte-
americano.
Re-Structure Group está fabricando o painel estrutural 3D com espuma retardadora
de fogo entre duas faces de malha em arame. Estas duas faces são conectadas
com fios de reforço que passam pela espuma e o painel é envolvido em concreto.
Ken Calligar, CEO da RSG 3-D, disse: "Os estudiosos afirmarão que 77% das casas
construídas nos Estados Unidos estão sob risco extremo de algum tipo de desastre
natural. Na Costa Leste existem furacões, no Centro-Oeste tornados, as montanhas
rochosas e o Oeste convivem com incêndios e eventos sísmicos. Nosso sistema é
resistente a tudo isso."

Como o relatório menciona, o ano passado foi o mais custoso em desastres


climáticos nos EUA, com mais de US $ 300 bilhões gastos em indenizações, de
acordo com a NOAA. Embora o material não seja novo fora dos Estados Unidos, a
fabricação em larga escala tem sido uma questão de longa data. Recentemente,
uma empresa na Áustria chamada EVG criou máquinas para montar os painéis,
reduzindo os custos de fabricação. O RSG 3-D está trazendo o material para
os Estados Unidos como uma forma de demonstrar seu potencial para produção em
massa no contexto de códigos de construção e custos de mão de obra qualificada.

Madeira translúcida? Conheça o novo material desenvolvido pelo KTH

Um grupo de pesquisadores do KTH Royal Institute of Technology de Estocolmo,


desenvolveu recentemente o Optically Transparent Wood (TW), um novo material
que impactará significantemente o tipo de madeira com o qual pensamos nossos
projetos de arquitetura. Publicado na revista da American Chemical Society
-Biomacromolecules-, trata-se de um processo que elimina quimicamente
a Lignina da madeira, transformando sua coloração natural numa tonalidade branca.
O substrato poroso resultante é impregnado com um polímero transparente,
igualando as propriedades ópticas de ambos

Lars Berglund, professor do Wallenberg Wood Science Center de KTH, afirma que


os painéis translúcidos resultantes desse processo químico poderão ser instalados
não somente em janelas e fachadas para deixar transpassar a iluminação natural do
sol nos ambientes internos sem comprometer a privacidade dos usuários, como
também serão eficazes para serem aplicados em grandes coberturas com painéis
solares.
"Quando se elimina a Lignina da madeira, ela passa a apresentar uma tonalidade
esbranquiçada, mas como a madeira não possui propriedades naturais que lhe
confira transparência, se obtém esse efeito através do trabalho em nanoescala",
explica Berglund.
As propriedades ópticas do projeto -financiado por Knut y Alice Wallenberg
Foundation- são "sintonizáveis" ao alterar a fração do volume de celulose. 

Estudantes espanhóis criam material que pode substituir o ar-condicionado

Aparelhos de climatização são comuns em muitas ambientes domésticos e de


trabalho. Estes equipamentos e dispositivos, que ajudam a amenizar o desconforto
das altas temperaturas, são responsáveis por grande parte do consumo de energia
elétrica e contribuírem para a chamada “pegada de carbono”, que consiste
na quantidade de CO2 produzida diariamente por cada pessoa.

Pensando nisso, estudantes do Institute of Advanced Architecture of Catalunya


(IAAC), na Espanha, criaram um protótipo de parede que visa resfriar o ambiente
sem a necessidade destes aparelhos elétricos.

O material recebeu o nome de Hydroceramics (hidrocerâmica) e é composto de


bolhas de hidrogel que são capazes de reter até 400 vezes o seu volume em água.
Devido a esta propriedade, as esferas absorvem a água e, em dias quentes,
evaporam, resfriando o ambiente.
Basta um dia de chuva para que a bolinhas sejam reabastecidas e fiquem prontas
para reiniciar o processo, dispensando energia elétrica e garantindo um uso limpo e
sustentável. Veja no vídeo a seguir como a ideia funciona.

Pesquisadores do RMIT desenvolvem tijolo feito com bitucas de cigarro

O lixo de alguns é o material construtivo de outros. Pesquisadores do Royal


Melbourne Institute of Technology (RMIT University)  desenvolveram uma técnica
para fazer tijolos a partir de uma dos descartes mais comuns do mundo: bitucas de
cigarro. Liderada pelo Dr. Abbas Mohajerani, a equipe descobriu que produzir tijolos
de argila com apenas 1 porcento de sua massa oriunda de bitucas de cigarro
poderia equilibrar a poluição causada pela produção anual de cigarros e, ao mesmo
tempo,  produzir tijolos mais leves e eficientes. 
Lidar com o descarte de cigarros é um dos maiores dilemas ambientais do mundo:
bilhões de cigarros são queimados anualmente, resultando em milhões de toneladas
de lixo tóxico -  contendo metais como arsênio, cromo, níquel e cádmio - liberados
no solo e cursos fluviais. 

Segundo o Dr. Mohajerani, "cerca de 6 trilhões de cigarros são produzidos todos os


anos, gerando 1,2 milhões de toneladas de bitucas de cigarro. Estas cifras devem
aumentar em mais de 50% até 2025, sobretudo devido ao aumento da população
mundial."

A solução? Misturar as bitucas de cigarro na argila dos tijolos antes da queima. Além
de benefícios ambientais, a equipe de  Mohajerani  descobriu que acrescentar
bitucas reduz o consumo de energia necessário para o processo de queima em até
58%. Os tijolos prontos mantém as mesmas propriedades estruturais dos tijolos
normais, mas são mais leves e tê melhores características de isolamento. O
processo de queima também mantém os poluentes dentro dos tijolos, impedindo
que se espalhem pelo meio ambiente. 

Os tijolos prontos mantém as mesmas propriedades estruturais dos tijolos normais,


mas são mais leves e tê melhores características de isolamento. O processo de
queima também mantém os poluentes dentro dos tijolos, impedindo  que se
espalhem pelo meio ambiente. 

Northwestern University desenvolve concreto para construir em Marte

"T
udo o que precisamos agora é uma nova geração de arquitetos marcianos para
projetar edifícios feitos de concreto marciano que serão estruturas adequadas para
humanos viverem e trabalharem", conclui o MIT Technology Review sobre um novo
tipo de concreto pensado para ser usado em Marte.
Desenvolvido por cientistas liderados por Lin Wan da Northwestern University, este
"concreto marciano" é apenas um dos muitos desenvolvimentos científicos que
serão necessários para realizar o objetivo de levar humanos - e eventualmente
colonizar - o planeta vermelho. 

Considerando que quando finalmente colonizarmos Marte a água será um dos


nossos recursos mais preciosos e escassos, a equipe da Northwestern University
buscou uma alternativa para a tradicional mistura de cimento usada para fazer
concreto. Eles se detiveram em uma tecnologia que está em desenvolvimento desde
os anos 1970: concreto à base de enxofre.

.
O material é feito ao aquecer o enxofre até cerca de 240 °C, misturá-lo com um
agregado e, então, deixá-lo resfriar - todavia, este processo se mostrou problemático
na terra, já que o enxofre acaba retraindo ao resfriar, criando cavidades e tensões
internas que enfraquecem o material. Lin Wan e sua equipe, no entanto,
descobriram que com um agregado que emula o solo de Marte é possível produzir
um concreto duas vezes e meia mais resistente que o mínimo exigido pelas normas
construtivas na terra.
Eles também descobriram que a mistura, composta por 50% de solo marciano com
um agregado de dimensão máxima de 1 milímetro, resistiria à atmosfera menos
densa de Marte.
Além disso, reaquecer o enxofre à temperatura  de 240°C faria com que ele
derretesse, o que significa que o concreto é completamente reciclável.

Em outubro passado a NASA premiou com US$25 mil Cloud AO e SEArch,


vencedores do concurso Mars Habitat. Ninguém imaginava que eles seriam os
primeiros de uma onda de equipes investigando práticas em Marte, grupos que
estão sendo equipados com as ferramentas para realizar uma boa arquitetura em
um planeta distante.

Bioconcreto: o concreto capaz de regenerar suas próprias rachaduras

Mais uma novidade para a construção civil: pesquisadores da Universidade de


Tecnologia de Delft, na Holanda, desenvolveram um material chamado de
bioconcreto, capaz de regenerar suas próprias rachaduras. E como isso foi
possível?

A resposta está na própria natureza. A bactéria bacillus pseudofirmus, encontrada


em lagos congelados na Rússia, é capaz de produzir calcário. Quando incorporadas
à mistura de concreto, essas bactérias produzem carbonato de cálcio e são capazes
de selar as fissuras existentes, poupando mão-de-obra e gastos com manutenção
na construção civil.

De acordo com o coordenador do projeto, Henk Jonkers, foi difícil encontrar a


bactéria ideal para isso. Mas a Bacillus pseudofirmus é resistente a ambientes hostis
e é capaz de sobreviver por mais de 200 anos nos edifícios, permanecendo em
estado latente até ser estimulada a iniciar o trabalho de restauração do concreto.

Como funciona

Quando colocada no concreto, as bactérias só ficam ativas quando entram em


contato com água e oxigênio — exatamente o que acontece quando uma fissura
começa a se formar. Em apenas algumas semanas, as bactérias se multiplicam,
produzem carbonato de cálcio e as fissuras se fecham.

Para a produção do bioconcreto, são utilizados 2 aditivos: os esporos do bacillus e


nutrientes de lactato de cálcio, que são adicionados separadamente em grãos de
argila expandida. Quando as fissuras começam a surgir, as bactérias eclodem, se
alimentam do lactato e, através de reações químicas, o calcário é formado.

Aplicação do bioconcreto

O material inovador já está sendo testado em algumas construções — no sul da


Holanda, por exemplo, uma construção foi erguida com o bioconcreto e deve ser
monitorada pelos pesquisadores com intervalos de dois anos.

O próximo desafio da tecnologia é a aceitação pelo mercado. De acordo com o


portal Guardian, enquanto o metro cúbico de concreto tradicional custa cerca de R$
260, o preço do novo material passaria dos R$ 360. No entanto, é importante ter em
mente as vantagens da aplicação e da economia com os gastos de manutenção e
reparo a longo prazo.
Referências:

. Painel cimentício 3D pode ser solução para proteger casas contra desastres
naturais

https://www.archdaily.com.br/br/902794/painel-cimenticio-3d-pode-ser-solucao-para-
proteger-casas-contra-desastres-naturais

. Madeira translúcida? Conheça o novo material desenvolvido pelo KTH

https://www.archdaily.com.br/br/785419/madeira-translucida-conheca-o-novo-
material-desenvolvido-pelo-kth

. Estudantes espanhóis criam material que pode substituir o ar-condicionado

https://www.archdaily.com.br/br/775696/estudantes-espanhois-criam-material-que-
pode-substituir-o-ar-condicionado

. Pesquisadores do RMIT desenvolvem tijolo feito com bitucas de cigarro

https://www.archdaily.com.br/br/789549/rmit-researchers-develop-a-lighter-better-
brick-made-with-cigarette-butts

. Northwestern University desenvolve concreto para construir em Marte

https://www.archdaily.com.br/br/780279/seria-este-o-concreto-usado-para-construir-
em-marte

. Bioconcreto: o concreto capaz de regenerar suas próprias rachaduras

https://constructapp.io/pt/bioconcreto-o-concreto-capaz-de-regenerar-suas-proprias-
rachaduras/

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