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LIBRAS

LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS

Profª. Aldenisa Peixôto


2016.1
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Profª. Aldenisa Peixoto
CADERNO DO ALUNO

Apresentação

Está publicação tem como objetivo divulgar a LIBRAS - Língua Brasileira de


Sinais em todos os ambientes sociais, tornando conhecida a identidade e a cultura
surda, visto que sua língua é uma das línguas faladas no Brasil obtendo o
reconhecimento oficial do governo brasileiro pela Lei 10.436/2002.
Este material constitui-se em um artigo prático com textos, exercícios e
ilustrações que inclui as características, fatos e conquistas da comunidade surda; o
projeto trata dos aspectos culturais e legais quanto à vida dos surdos enquanto
minoria linguística em uma sociedade majoritária e muitas vezes ouvintista 1.
Divulgamos aqui a LIBRAS como verdadeiramente ela deve ser vista, como uma
língua oficial com características linguísticas, tais como: gramática, fonemas,
morfologia e flexões próprias, que a tornam objeto de amplo estudo e pesquisa.
Ressaltamos ainda, a LIBRAS como uma língua espaço – visual independente de
qualquer língua oral em sua concepção linguística.
Nosso sincero desejo que por meio desta possamos derrubar alguns mitos e
preconceitos referidos aos surdos e sua condição de brasileiros usuários de outra
língua.

Bons Estudos!

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Termo utilizado pela comunidade Surda para descrever o pensamento de superioridade da identidade
ouvinte sobre o surdo.

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EQUIPE DE ORGANIZAÇÃO

Autora: Francisca Aldenisa Peixoto da Silva

Concepção da metodologia de ensino: Profª. Mestranda: Francisca Aldenisa Peixoto

da Silva (Ouvinte).

Redação: Profª. Francisca Aldenisa Peixoto da Silva

Revisão: Marcus Weydson Pinheiro (Surdo)

Colaboração: Marlúcia Andrade Cavalcante (Surda)

Elaboração de exercícios: Profª. Aldenisa Peixoto

Desenhos: Aldenisa Peixoto

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“DICA DO ALUNO”

Prezados alunos,

Vamos seguir os princípios gerais que nortearão o ensino/aprendizagem desta língua:

 Evitar falar ou conversar durante as aulas;


 Evitar usar o celular ou qualquer outro aparelho dessa natureza em sala;
 Usar a escrita ou expressões corporais para se expressar principalmente com o
professor;
 Não ter receio de errar em nenhum momento;
 Despertar a atenção e memória visuais;
 Sempre fixar o olhar na face do emissor da mensagem;
 Atentar-se para tudo que está acontecendo durante a aula.

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LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.


Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira
de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de
comunicação e expressão, em que o sistema lingüístico de natureza visual-motora,
com estrutura gramatical própria, constituem um sistema lingüístico de transmissão de
idéias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e
difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e de
utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 3º As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de
assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais, municipais
e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de Educação
Especial, de Fonoaudióloga e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do
ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros
Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. A Língua Brasileira de Sinais - Libra não poderá substituir a
modalidade escrita da língua portuguesa.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 24 de abril de 2002.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Paulo Renato Souza


Texto publicado no D.O.U. de 25.4.2002

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Língua Brasileira de Sinais – LIBRA
Antes de se falar especificamente da LIBRAS, cabe um retorno à origem das
línguas de sinais, seus registros históricos, para que possa entender como, de certa
forma, o ensino das línguas de sinais em escolas determinou o desenvolvimento dessas
línguas. A seguir, após esse panorama sobre a origem e evolução das línguas de sinais,
a Libras será tratada no que diz respeito a sua origem específica, a sua regulamentação
como língua oficial dos surdos brasileiros e á razão pela qual ostenta o título de língua
natural.
Por ser até pouco tempo uma língua ágrafa, não há registro da origem das
línguas de sinais, mas, possivelmente, ela se desenvolveu na mesma época que a
língua oral. Diz à lenda que surdos eram adorados no Egito, como se fosse deuses,
porque serviam de mediadores entre os Faraós e os deuses, já que eram tidos como
seres místicos. As primeiras referências aos surdos aparecem na época da lei Hebraica.
Na China, os surdos eram lançados ao mar; os gauleses os sacrificavam aos deuses
Teutates; em Esparta, eram lançados do alto dos rochedos. Na Grécia, os surdos eram
encarados como deficientes intelectuais e muitas vezes eram condenados a morte. Os
romanos viam os surdos como seres imperfeitos, e assim lançavam as crianças surdas
no rio.
Desse relato, já é possível compreender que a historia da evolução das línguas
de sinais, inclusive da LIBRAS, foi marcada pela intervenção autoritária e muito por
desconhecimento.
A LIBRAS teve sua origem na Língua de Sinais Francesa por influência de
Hernest Huet, surdo francês, que chegou ao Brasil em 1856, a convite de D. Pedro II,
para fundar a primeira escola para meninos surdos, o Instituto Nacional de Educação
de Surdos (INES), que foi inaugurado no dia 26 de setembro de 1857, o qual recebeu o
nome de Imperial Instituto de Surdos-Mudos, com o propósito de desenvolver a
educação dos surdos brasileiros. Hernest, o professor surdo, negociava a criação do
Instituto de Surdos através de cartas com o imperador D. Pedro II, as quais encontram
– se no Museu Imperial de Petrópolis (RJ). Aconteceu com a LIBRAS um processo de
colonização de língua, tal como se deu entre o português para os brasileiros quando

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os portugueses vieram colonizar o Brasil, se deparam com uma série de línguas


indígenas, e mais especificamente uma língua geral, usada para negociações entre as
diferentes tribos. Ao longo dos anos, por uma série de fatores que não cabe explicar
neste momento, o português de Portugal foi se mesclado a essa língua geral e,
posteriormente, recebeu influências de outras línguas como o italiano, o francês e o
árabe, resultado no português que hoje se fala no Brasil, o qual difere em muitos
aspectos da língua que lhe deu origem. Portanto, quando Huet chegou ao Brasil os
surdos já deviam possuir um sistema de comunicação, que se mesclou à língua
francesa de sinais, originando a Língua Brasileira de Sinais, a qual também difere em
muitos aspectos da língua que lhe deu origem.
Como visto, a LIBRAS tem uma história de evolução ao longo dos anos, como
qualquer língua natural. Assim como as línguas orais, as línguas de sinais nascem para
suprir as necessidades de comunicação. A diferença reside no canal de recepção e nos
meios de produção, pois, devido à impossibilidade de ouvirem uma língua falada, os
surdos desenvolvem a habilidade linguística de outra maneira, fazendo uso do espaço
e da visão. Então, uma língua de natureza espaço-visual não se configura como uma
barreira perceptual no processo de aquisição dos surdos, já que essa é a língua natural
dos surdos. Todavia, nem sempre essa condição de língua natural foi aceita em relação
às línguas de sinais. Não há muito tempo, a língua de sinais era vista apenas como
gestos, mímicas, um sistema de comunicação inferior, pobre, sem gramática, cujo
único proveito era expressar conceitos concretos. Essa visão só começou a ser
superada a partir da década de 1960, com a publicação, nos Estados Unidos, do
primeiro trabalho conhecido sobre línguas de sinais, por William Stokoe.
As discussões de Stokoe (1960, apud QUADROS; KARNOPP, 2004) para a língua
americana de sinais foram tomadas como ponto de partida para o estudo de outras
línguas de sinais, como a LIBRAS. As discussões empreendidas pelo autor começam a
descrição da modalidade da língua, destacando que suas propriedades internas
correspondem a critérios colocados por universais.
Nesse sentido, linguísticos e que a distinção está em sua forma de produção e
recepção: “*...+ as investigações mostram que as línguas de sinais, sob o ponto de vista
linguístico, são completas, complexas e possuem uma abstrata estruturação em todos
os níveis de análise” (QUADROS; KARNOPP, 2004, p. 36-37). A partir daí, as
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comunidades surdas, por sua vez, viram nos estudos linguísticos das línguas de sinais
um argumento científico, entre tantos outros de ordem diversa, mas de igual
importância, para lhes requerer o reconhecimento legal. O Brasil é um dos países que
já oficializou a língua de sinais de seu país – a LIBRAS – como língua própria dos surdos
brasileiros. Segundo a legislação vigente, desde abril de 2002, a Libras constitui um
sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidade de
pessoas surdas do Brasil, nas quais há uma forma de comunicação e expressão, de
natureza viso-motora, com estrutura gramatical própria. A oficialização da LIBRAS foi
de extrema importância, e ainda é, para a luta por políticas públicas de educação
bilíngue para surdos, com a presença de professores sinalizadores e/ou intérpretes em
sala de aula. O reconhecimento legal, no entanto, não significa que a Libras deva parar
de ser estudada em suas características linguísticas. Afinal, conhecer bem a natureza
linguística da Libras é condição necessária para o seu ensino.

NOMENCLATURAS UTILIZADAS NA ÁREA DA SURDEZ

A pessoa que tem surdez


Várias são as nomenclaturas utilizadas para nomeação. Mas, de fato,
como podemos nos referir?

 Surda? Pessoa surda? Deficiente auditiva?


 Pessoa com deficiência auditiva? Pessoa com baixa audição?
 Portadora de deficiência auditiva?
 Pessoa portadora de deficiência auditiva?
 Portadora de surdez? Pessoa portadora de surdez?

Primeiramente não devemos nos reportar ao termo PORTADOR (A) para nos
referir a esta pessoa como substantivo ou adjetivo de portar alguma coisa. Ter uma
deficiência não significa que ela a porte.

Tanto o substantivo portador quanto o verbo portar não se aplicam à condição


inata ou adquirida da pessoa surda. O termo adequado e considerado pela
comunidade surda é “Surdo” ou “Pessoa Surda”.

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Surdez ou deficiência auditiva

É muito comum atualmente, e isto é de conhecimento de diversas pessoas, que


alguns surdos não gostam de ser considerados deficientes auditivos e algumas pessoas
com deficiência auditiva não gostam de ser consideradas surdas. Também existem
pessoas surdas ou com deficiência auditiva que são indiferentes quanto a serem
consideradas surdas ou deficientes auditivas.

A língua de sinais

Quais são os termos corretos?

 Linguagem de sinais?
 Linguagem Brasileira de Sinais?
 Língua de sinais? Língua dos sinais?
 Língua Brasileira de Sinais?
 Língua de Sinais Brasileira? Língua de sinais brasileira?
 LIBRAS? LSB?

A língua de sinais, para início de conversa, é uma língua e não uma linguagem.
Por isso, não devemos utilizar os termos “linguagem de sinais” e sim “Língua Brasileira
de Sinais”. Língua define um povo, como o povo brasileiro. Linguagem pode ter vários
sentidos: linguagem visual, dos animais, corporal, musical etc.

O alfabeto manual x datilologia

O alfabeto manual de Libras são formas de mãos que representam as letras do


alfabeto. A datilologia é a soletração de uma palavra usando o alfabeto manual.
Do mesmo modo que algumas línguas orais possuem alfabetos diferentes,
como é o caso da língua japonesa e chinesa, nas línguas de sinais, as formas de mãos
para a formação do alfabeto manual também variam de país para país.
A datilologia é mais usada para expressar nome de pessoas, localidades e
outras palavras que não possuem um sinal específico. Uma pessoa que não é surda
pode usar a datilologia quando ela não sabe o sinal correspondente do que quer falar

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com outra pessoa surda e para que o surdo entenda do que se trata, devemos soletrar
usando o alfabeto manual. Veja abaixo, exemplos da datilologia e soletração dos
sinais:
DATILOLOGIA SOLETRAÇÃO
N-U-N-C-A NUNCA
A-Z-U-L AZUL
P-A-Z PAZ
M-A-R-Ç-O MARÇO
M-A-I-O MAIO
L-I-X-O LIXO
V-A-I VAI
A-Ç-O AÇO
L-I-N-D-O LINDO
V-O-V-O VOVO
A-R AR
C-A-R-O CARO
R-I-O RIO
V-I-U VIU

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Alfabeto Manual

Nomes e sinal pessoal

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Quando nascemos, nossos pais escolhem nosso nome. O nome pessoal de cada
pessoa não pode ser mudado, a não ser em determinados casos permitidos pela
legislação nacional. Para as pessoas ouvintes, identificamos as pessoas pelo nome e
até memorizamos a voz das pessoas quando, por exemplo, se fala ao telefone. No caso
dos surdos, eles conseguem identificar as pessoas visualmente, memorizando suas
características físicas, mas, é difícil para eles identificar o nome de uma pessoa pela
leitura labial, afinal existem milhares de pessoas com os mesmos nomes.
Para suprir essa necessidade, a comunidade surda instituiu o Sinal Pessoal, ou
seja, é nome em Libras. Esse sinal normalmente é escolhido de acordo com as
características da pessoa ou por seu jeito de ser. O sinal pode ser dado por uma pessoa
surda ou escolhido pelo próprio usuário. Mas, uma vez batizado, esse sinal não poderá
ser modificado, visto que, como o sinal tem aspectos pessoais, é muito difícil encontrar
pessoa, sejam surdas ou ouvintes, com sinais iguais.

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Aldenisa Peixoto, Marlúcia Andrade e Marcus Weydson

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Agora vamos para prática da Libras!

SINAL NOME DIFÍCIL FÁCIL

SEMPRE BREVE RÁPIDO RECEBER

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NÚMEROS CARDINAIS

QUANTIDADE

REGRAS PARA QUANTIDADES:


• A) As quantidades 1 a 4 são sinalizadas com os dedos indicador (1); indicador e
médio (2); indicador,médio,anelar (3) e indicador,médio,anelar e mínimo (4)
virados para cima.
• B) As quantidades 5 a 10 são sinalizadas com a mesma configuração de mão
utilizada para os números cardinais.

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2. A ORGANIZAÇÃO FONOLÓGICA DA LIBRAS

Desde o seu surgimento, a linguística se ocupa do estudo de línguas orais. As


teorias, análise e descrição por ela fornecidas são resultado da observação de línguas
orais. Apenas muito recentemente, a partir de 1960, com o trabalho de William Stokoe
sobre a língua de sinais americana (ASL), os estudos linguísticos voltaram seu olhar às
línguas visuais. A princípio, tentou-se usar nomenclaturas diferentes no estudo das
línguas de sinais, que não remetessem ao conhecimento já produzido para as línguas
orais. Mas essa tentativa foi frustrada, pois desnecessária. Logo os linguistas se deram
conta que, por se tratarem de línguas naturais como as orais, às línguas de sinais
podiam ser analisadas por meio dos instrumentos de estudos criados pela Linguística
até então. É possível dizer que som e imagem são recursos representacionais de que se
valem línguas orais e visuais para comunicar, codificar mensagens. Da mesma forma
como as línguas orais podem ser decompostas em vários níveis, desde os com
significado até o nível em que não há significado, as línguas de sinais também podem.
Assim, por exemplo, a língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais formulam
mensagens complexas por meio do arranjo de palavras em frases. As palavras são
formuladas por meio dos morfemas, os quais se originam da combinação de fonemas.
Estes são considerados as menores unidades da língua, mas desprovidas de sentidos,
os responsável pela sofisticação de qualquer língua natural, uma vez que eles, mesmo
finitos possibilitam a criação infinita de outras estruturas. Essas unidades menores,
sem significado isoladamente, os fonemas, são encontrados na LIBRAS, a medida que
essa língua forma um número infinito de sinais a partir de cinco elementos, portanto,
finito: os parâmetros para formação dos sinais.
A seguir, serão apresentadas, detalhadamente, as propriedades de cada
parâmetro em língua de sinais brasileira, isto é, propriedades de configurações de
mão, movimento, locações, orientação de mão e dos aspectos não manuais dessa
língua.
Os articuladores primários das línguas de sinais são as mãos, que se
movimentam no espaço em frente ao corpo e articulam sinais em determinadas
locações nesse espaço. Um sinal pode ser articulado com uma ou duas mãos. Um
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mesmo sinal pode ser articulado tanto com a mão direita como a mão esquerda; tal
mudança não é distintiva.
OS PARÂMETROS FONOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
(QUADROS & KARNOPP, 2004.)

L
CM
M

Configuração de mão (CM) – Este é o primeiro dos parâmetros, dentre os


articuladores primários. São compostos por as diversas formas que a(s) mão(s)
toma(m) na realização de um sinal. Caracteriza-se quanto a: a) extensão - lugar e
número de dedos estendidos; b) contração - mãos fechadas ou compactadas; c)
contato e/ou divergência dos dedos.
As CM podem variar quanto ao uso das mãos para a realização do sinal,
apresentando: a) uma só mão configurada (Fig. 03); b) mão configurada sobre a outra
que serve de apoio, tendo sua própria configuração (Fig. 04); c) duas mãos
configuradas de forma espelhada (Fig. 05).

(Fig. 03) (Fig. 04) (Fig. 05)

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Movimento da mão (M): para que seja realizado é preciso haver um objeto (o
sinal) e um espaço (realização do sinal). O movimento pode ser analisado levando-se
em conta: a) o tipo: refere-se às variações do movimento das mãos, pulsos e
antebraços, ao movimento interno dos pulsos ou das mãos e ao movimento dos
dedos; b) a direção: pode ser unidirecional, bidirecional ou multidirecional; c) a
maneira: descreve a qualidade, tensão e a velocidade; d) a frequência: indica se os
movimentos são simples ou repetidos.

(Fig. 06) (Fig. 07) (Fig. 08)


Locação da mão (L) ou ponto de articulação (PA): refere-se ao local do corpo
do sinalizador em que o sinal é realizado. Esse espaço é limitado e vai desde o topo da
cabeça (Fig. 10) até a cintura (Fig. 11), sendo que alguns são mais precisos, tais como
embaixo do nariz (Fig. 12) e outros mais abrangentes, como à frente do tórax. Em
situações em que o sinal é realizado sem uma localização determinada, este PA é
chamado de “espaço neutro”, como no sinal TRABALHAR (Fig. 08), que é sinalizado em
frente ao tronco, mas não há um lugar certo para a sua produção.

(Fig.10) (Fig. 11) (Fig. 12) (Fig. 08)

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Orientação da mão (Or): trata-se da direção para onde a palma da mão está
voltada no momento da produção do sinal. A mão do sinalizador pode está
posicionada (Fig. 13): (plano y) para cima e para baixo; (plano z) para dentro do corpo
e para fora do corpo; (plano x) de lado virada para dentro do corpo (contralateral) e de
lado, virada para fora do corpo (ipsilateral).

Z .
(Fig. 13)

Expressões Não-manuais (ENM): constituem-se por movimentos elaborados


na articulação da cabeça (lateralização direita/esquerda, inclinação frente/trás), da
face (sobrancelhas, olhos, bochechas, língua, lábios, nariz) ou do tronco (inclinação
frente/trás, balanceamento dos ombros). Podem apresentar marcas de construções: a)
sintáticas: sentenças interrogativas sim/não, interrogativas QU-, orações relativas,
topicalizações e concordância e foco; b) lexicais: referência específica, referência
pronominal, partícula negativa, advérbio, grau ou aspecto. Normalmente, as ENM vêm
associadas ao uso de sinais manuais, mas também podem ser realizados sem eles.
Uma das tarefas de um investigador de uma determinada língua de sinais é
identificar as configurações de mão, as locações e os movimentos que têm um caráter
distintivo. Isso poder ser feito comparando-se pares de sinais que contrastam
minimamente, um método utilizado na análise tradicional de fones distintivos das
línguas naturais.
O valor contrastivo dos parâmetros fonológicos, o contraste de apenas um dos
parâmetros altera o significado dos sinais.

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Pares mínimos na língua de sinais brasileira


Sinais que se opõem quanto à configuração de mão

PROMOTOR ADVOGADO

Sinais que se opõem quanto ao movimento

COMO? PRA QUE?

Sinais que se opõem quanto à locação

APRENDER SÁBADO

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Sinais que se opõem quanto à Expressão Não-manual

HOJE AGORA

A fonologia das línguas de sinais, portanto, trata das suas unidades mínimas,
desde o aspecto físico da percepção e da produção, independentemente da sua
função, até o estudo da estrutura e da organização dos constituintes fonológicos
formados a partir dos parâmetros, de forma a regularizar e estabelecer padrões de
combinação na formação dos sinais com seus significado.

As Marcações Não-manuais (mnms)


As expressões não-manuais têm, basicamente, “dois papeis nas línguas de
sinais: marcação de construções sintáticas e diferenciação de itens lexicais” (QUADROS
& KARNOPP, 2004. p. 60).
Na LSB, os marcadores não-manuais se comportam de forma a acompanham os
sinais manuais, e, de maneira geral, se apresentam na face do sinalizante. “A
sinalização também e acompanhada pela posição da cabeça “não neutra”, por
movimentos da cabeça e movimentos do corpo.” (LIDDEL, 1980 apud QUADROS &
KARNOPP, 2004, p. 132). É possível encontrar, também, expressões não-manuais de
direção do olhar para evidenciar concordância gramatical; de movimento de cabeça,
frequentemente atreladas às construções com foco; e as marcações de negação e de
interrogação, identificadas pela inclinação ou pelo movimento da cabeça, podendo,
ainda, estar associadas aos movimentos das sobrancelhas e as formas da boca e das
linhas de expressão na face.

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Um sinal pode mudar completamente seu significado dependendo da


expressão facial utilizada.

Expressões faciais Afetivas- São aqueles que expressam na face sentimentos


como: alegria, tristeza, raiva, medo, angústia, dor ou podem denotar dúvida, surpresa,
concordância, desacordo etc. Essas expressões podem ser manipuladas e são bastante
flexíveis. Em alguns casos, são caricaturas da realidade (ex: quando se expressa algo
querendo significar outra coisa) e o seu uso pode acontecer independentemente da
sinalização. Quando simultâneas a produção dos sinais, podem ser identificadas pelo
contexto. Entretanto, quando há sobreposição, a sua identificação só é possível
através de análises mais profundas dos comportamentos dos músculos faciais, com
programas específicos e recursos especializados.

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TRISTE ALEGRE RAIVA

Expressões Faciais Gramaticais Sentenciais: ligadas a sentença que


podem ser:
Interrogativas:

COMO? O QUE? POR QUÊ?

Afirmativas ou Negativas:

SIM NÃO

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Exclamativas:

BOM! BEM!

AS SAUDAÇÕES E OS CUMPRIMENTOS

É comum as pessoas se saudarem em encontros formais e informais. Isto é um


ritual que acontece em qualquer sociedade seja utilizando línguas orais como de sinais.
Nas línguas de sinais, existem diversos sinais para saudar e também cumprimentar as
pessoas.

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OS PRONOMES

Na libras, existe um sistema pronominal que representa as pessoas do discurso,


não havendo marcação de gênero.
Quando o pronome está representando o singular, o sinal utilizado é o mesmo
para todas as pessoas, o que vai diferenciá-los é a orientação da mão.
Os modos existentes dos pronomes são as formas:
 SINGULAR, DUAL (mão no formato do numeral 2);
 TRIAL (mão no formato do numeral 3);
 QUATRIAL (mão no formato do numeral 4);
 PLURAL (fazer o sinal de grupo ou com a mão em configuração
e “D” fazendo um semicírculo à frente do sinalizador, apontando
para as 2ªs ou 3ªs pessoas do discurso)

Há também a possibilidade de omissão da 1ª pessoa do discurso como


acontece na língua portuguesa. Neste caso, a compreensão entre as pessoas que estão
interagindo será através do contexto.

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PESSOAIS
Na 1ª pessoa do SINGULAR: EU - apontar para o peito do emissor
(pessoa que fala)

Na 2ª pessoa do SINGULAR: você – Apontar para o interlocutor (pessoa


com quem se fala).

POSSESSIVOS
Os pronomes possessivos também não possuem marcação de GÊNERO e estão
relacionados às pessoas do discurso, não à coisa possuída.
Para a 1ª pessoa: ME@, podemos usar duas configurações: mão aberta, dedos
fechados e batendo levemente no peito e outra – mão em P com dedo medo batendo
no peito (ME@ - PRÓPRIO).

ME@ SE@
Exemplos: 1
 EU – ME@ GAT@ / ME@ FILH@
 VOCÊ – TE@ CADERNO / TE@ NET@

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INTERROGATIVOS
Os pronomes: QUE e QUEM – são usados no início da frase. Já ONDE e
QUEM – se for usado no sentido de QUEM-É ou DE QUEM É - são usados no
final da frase.

Exemplos 2:
 QUEM NASCER BRASIL?
 QUEM FAZER ISSO?
 PESSOA, QUEM-É? Quem é esta pessoa?
 CADERNO DE-QUEM-É? De quem é este caderno

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OS ADVÉRBIOS DE TEMPO
Por não haver formas de flexão verbal na Libras, fica entendido que o verbo fica
no infinitivo. O tempo é marcado pelos advérbios de tempo que indicam quando a
ação aconteceu
PRESENTE

PASSADO

FUTURO

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PRONOMES OU EXPRESSÕES INTERROGATIVAS


Os pronomes ou expressões interrogativas sempre são seguidos de uma
expressão facial que irá indicar que a frase está na forma interrogativa.
– QUANDO e D-I-A
QUANDO passado
AMIG@ VIAJAR JOÃO PESSOA QUANDO-PASSADO?
QUANDO futuro
EL@ PASSEAR CAMPINA GRANDE QUANDO-FUTURO?
D-I-A
EU ESTUDAR LIBRAS CASA SU@. VOCÊ PODER D-I-A?
Que-Horas e Quantas - Horas
Em Libras usamos dois sinais para horas. Observe abaixo:

Exemplos 3:
 CURSO COMEÇAR QUE-HORA LÁ
 VOCÊ ACORDAR QUE HORA?
 ASSISTIR TV QUANTAS-HORAS DIA?
 CAMINHAR ESCOLA ATÉ MINHA CASA QUANTAS-HORAS

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OS ADJETIVOS

Anotações:

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DIAS DA SEMANA

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CALENDÁRIO – MESES

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HORÁRIO

Prática da Libras
 Exercício:
1. Observe a professora apresentando as sentenças e preencha os espaços:
a. ______________________________________________________
b. ______________________________________________________
c. ______________________________________________________
d. ______________________________________________________
e. ______________________________________________________
2. Datilologia.
1. ________________ 6. ________________
2. ________________ 7. ________________
3. ________________ 8. ________________
4. ________________ 9. ________________
5. ________________ 10. ________________

3. Anote os nomes de localizações ou lugares públicos:

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OBJETOS ESCOLARES

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APRENDER

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VERBOS RELACIONADOS AOS OBJETOS ESCOLARES

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Prática na Libras:

DIÁLOGO: “O ENCONTRO”

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DIÁLOGO: “O ENCONTRO”
(Contextualizado)

a. OI, TUDO BEM? SAUDADE, EU [NUNCA-MAIS]


b. [VER-VOCÊ]. VOCÊ SAÚDE BEM? OI, TUDO BEM! VERDADE, [FAZ-TEMPO]
SUMIDO. EU, SAÚDE BEM.
a. QUE BOM! AMANHÃ, EU APRESENTAR MEU PAI. VOCÊ QUERER CONHECER?
b. SIM, EU QUERER CONHECER SEU PAI. ELE TRABALHAR [O-QUE]?
a. TRABALHAR PROFESSOR LIBRAS.
b. LIBRAS? EU NÃO CONHECER. [O QUE É ISSO]?
a. É LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS. LÍNGUA NATURAL. PRÓPRIA GRAMÁTICA.
COMUNICAR [COM SINAIS]. MUITO IMPORTANTE.
b. LEGAL! SEU PAI É SURDO?
a. SIM, SURDO. VOCÊ APROVEITAR CONHECER MEU PAI.
b. COM CERTEZA! EU QUERER CONHECER E APRENDER COMUNICAR LIBRAS.

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PROFISSÕES

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LÍNGUA DE SINAIS: A LÍNGUA NATURAL DA COMUNIDADE SURDA

Rego (1995), Góes (1996) e Goldfeld (2001), baseando-se nos estudos de Vygotsky
afirmam que a linguagem humana é entendida como um sistema de signos sociais que são
observados na medida em que o indivíduo vai interagindo com o outro, aprendendo a usar a
linguagem para expressar ideias, pensamentos e intenções verbais ou não-verbais. É pela
linguagem que o indivíduo irá estabelecer relações interpessoais, para possibilitar um meio de
comunicação que deve ser compreendida pelo grupo social. Neste processo de comunicação,
os homens organizaram uma língua que para Saussure (1975, p.70) trata-se da “*...+ parte
social da linguagem externa ao indivíduo, que por si só, não pode nem criá-la, ela não existe
senão em virtude duma espécie de contrato estabelecido entre os membros da comunidade
*...+”.
Complementando Fernandes (1993) afirma ser a língua o principal instrumento de
interação social do indivíduo com os membros da comunidade, mas também a define como
meio de expressão e de comunicação pelos mesmos, que por sua vez são analisados por um
conjunto acústico representada pela imagem sonora chamada de significante, a um elemento
visual, chamada de significado.

Partindo destes pressupostos, afirmamos que a Língua de Sinais trata-se da língua


própria do surdo, pois permite a comunicação e compreensão da realidade pelo surdo da
mesma forma que essas habilidades são possibilitadas aos ouvintes pelas línguas orais.

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 . Crenças sobre a natureza da língua de sinais

Segundo Brito (1993) e Brasil (1998), a Língua de Sinais é classificada como uma língua
materna das comunidades surdas, porque pelo canal visual espacial os surdos conseguem
naturalmente comunicar-se entre si e receber a herança cultural das comunidades surdas.
Trata-se de uma língua, segundo Quadros (1997), porque ela possui estruturas gramaticais
próprias que são atribuídos em níveis linguístico fonológicos, sintáticos, morfológicos e
semânticos como qualquer outra língua, possibilitando o desenvolvimento cognitivo da pessoa
surda que favorece seu acesso aos conceitos e aos conhecimentos existentes na sociedade
ouvinte.

Nesse sentido, vale ressaltar que, surgem muitos mitos a respeito da Língua de Sinais
como demonstra o quadro abaixo:

QUADRO : MITOS E VERDADES SOBRE A LÍNGUA DE SINAIS

MITO VERDADE

A Língua de Sinais é uma mistura de mímica e A língua de Sinais é uma língua com todas as
gestos naturais. características gramaticais, tal como as línguas
orais.

A Língua de sinais é igual em qualquer lugar. A língua de sinais não é universal, cada país
tem a sua. E além de cada estado apresentar
variação linguística no uso do sinal, alguns
surdos empregam variantes regionais.

A Língua de sinais é pobre e não transmite A língua de sinais é completa e pode


ideias abstratas. transmitir sentimentos, ideias, ou seja,
qualquer conceito; ela não pode ser
comparada à gramática da Língua

Portuguesa, pois são diferentes.

A Língua de sinais é língua oral portuguesa A LIBRAS não tem nenhuma relação com a
em forma de sinais, isto é, o português Língua portuguesa: são duas línguas distintas
sinalizado. com características e formação lingüísticas
próprias.

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Fragmentos da história da educação e da vida familiar dos surdos mostram a forte


rejeição e desconfiança que os ouvintes têm em relação à língua de sinais. Numa atmosfera de
opressão e discriminação, não se poderia esperar outra coisa para os surdos senão uma vida
relegada ao ostracismo e à solidão. Quando incluídos, os surdos ficam submetidos a existir e a
se construir numa língua oral alheia a sua condição de escuta.

Diante de tanto sofrimento e descaso com a língua de sinais no decorrer da história, os


surdos têm desenvolvido um sentimento de posse e de elevada valorização de sua língua. Esse
comportamento é absolutamente aceitável, pois, como disse anteriormente, foram raros os
momentos e foram poucas as pessoas ouvintes com as quais os surdos puderam contar como
aliados durante boa parte de sua história. A língua de sinais, portanto, passou a ser um objeto
de muito valor, e para finalizar com uma expressão de Bourdieu (1992), um “capital cultural”
do e para o povo surdo.

 AQUISIÇÃO DE LÍNGUAS DE SINAIS COMO PRIMEIRA LÍNGUA

Segundo Quadros (1997, p.70) o processo de aquisição da Língua de Sinais é


semelhante ao processo de aquisição da língua oral pelos ouvintes, no que se refere às fases
deste processo. A aquisição da Língua de Sinais ocorre de acordo com a autora em quatro
estágios, sendo estes: pré-linguístico, estágio de um sinal, estágio das primeiras combinações,
e estágio das múltiplas combinações.

Conforme os estudos realizados por Petitto e Marantette (1991 apud QUADROS, 1997)
no período pré-linguístico (do nascimento até um ano de vida), verifica-se que um bebê que
nasce surdo balbucia como um de audição normal, mas suas emissões começam a desaparecer
à medida que não tem acesso à estimulação auditiva externa, fator de máxima importância
para a aquisição da linguagem oral. Tanto o bebê surdo quando o ouvinte desenvolve o
balbucio oral e manual. Com o tempo, o bebê surdo vai deixando o balbucio oral e o ouvinte
vai abandonando o balbucio manual.

A semelhança encontrada nas duas formas de balbuciar, tanto do bebê ouvinte e do


bebê surdo, sugere que há no ser humano uma capacidade linguística que se resume na
aquisição da linguagem, como por exemplo, cita-se que o bebê ouvinte tem a capacidade
linguística em oral auditiva pela fala, e o surdo na capacidade espaço visual pelos sinais.

No estágio de um sinal, Quadros (1997), afirma que é iniciada por volta dos 12 meses
até por volta dos dois anos. Observa-se no início deste período tanto a criança surda quanto à

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ouvinte, deixa de indicar objetos e pessoas pelo uso da apontação. A criança surda começa a
visualizá-la como elemento do sistema gramatical da Língua. É neste estágio que ela inicia as
primeiras produções, na Língua de Sinais, assim como a criança ouvinte começa a pronunciar
as primeiras palavras.

Já no estágio das primeiras combinações, que inicia - se por volta dos dois anos de
idade, verifica-se o estabelecimento da ordem das palavras que é utilizada nas relações
gramaticais. Por exemplo, a criança surda a partir desse estágio, começa a ordenar palavras
para estabelecer relações gramaticais como SV (sujeito-verbo), VO (verbo - objeto) ou no SVO
(sujeito - verbo - objeto).

Para Meier (1980 apud QUADROS, 1997) nem todos os verbos da Língua de Sinais
podem ser marcados nas relações gramaticais de uma sentença, razão da qual a maioria dos
verbos são indicados no próprio corpo, é por isso que na Língua de Sinais a criança surda deve
adquirir duas estratégias para marcar as relações gramaticais, uma é a incorporação dos
indicadores que está na concordância verbal e que depende diretamente do sistema
pronominal.

As dificuldades encontradas são as mesmas que a criança ouvinte encontra na Língua


Oral. Seria mais obvio pensar que para a criança surda a aquisição do sistema pronominal seria
mais fácil já que os pronomes, EU e TU na Língua de Sinais são identificados através da
indicação a si mesmo e ao outro respectivamente. Porém a criança surda também acaba
cometendo erros, pois ao estar referindo a si mesma aponta para outra pessoa e isso prova
que a compreensão de pronomes não é obvio dentro do sistema linguísticos da Língua de
Sinais e que a apontação é anulada diante das múltiplas funções linguísticas que ele apresenta.

EU TU

O estágio das múltiplas combinações, por sua vez tem como característica uma
ampliação do vocabulário nas crianças surdas e ouvintes por volta dos dois anos e meio - três

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anos. Neste estágio, a criança surda comete os mesmos erros gramaticais na Língua de Sinais
que a criança ouvinte comete na Língua Oral, como exemplo é o caso da flexão verbal –
Exemplo: eu gosti (língua oral) fala do ouvinte que será representada da mesma forma na
Língua de Sinais.

Quadros (1997, p. 80) diz que a Língua de Sinais é a língua natural da criança surda,
filho de pais surdos, pelo fato do processo de aquisição da língua ocorrer de forma natural
como acontece com as crianças ouvintes na aquisição da língua oral, pela interação com o
meio social. Já as crianças surdas, filhos de pais ouvintes não adquirem a L1 (Língua de Sinais)
espontaneamente, pois os pais ao dirigirem ao filho (a) surdo usam algum de tipo de
gesticulação para suprir a necessidade da criança surda. Para adquirir a L1, este segundo grupo
precisaria conviver com adultos surdos.

A Língua de Sinais é, portanto, a língua natural dos surdos e é capaz de oferecer–lhes


as mesmas condições de aprendizagem que a língua oral propicia aos ouvintes.

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TILS
(TRADUTORES E INTÉRPRETES DA LIBRAS)

A primeira coisa a se considerar no estudo da tradução e interpretação da


Libras é que se trata de um campo ainda muito pouco explorado, por razões variadas,
estando entre as principais: a Língua Brasileira de Sinais ter sido reconhecida apenas
recentemente; tratar-se de uma língua desconhecida e usada por uma minoria; o fato
de que a área dos estudos da tradução, na condição de campo disciplinar, é ainda
muito nova.
De modo geral, tanto aqui como em outros países, a formação de tradutores e
intérpretes da língua de sinais está vinculada à prática de atividades voluntárias, que,
com o decorrer do tempo e com o avanço das conquistas sociais do surdo, foram
sendo valorizadas em sua condição de atividade trabalhista. Nesse sentido, a luta do
surdo por espaços nas esferas sociais,como na educação, no campo trabalho, na saúde
etc., e, principalmente, pelo reconhecimento de sua língua como segunda língua de
fato e da qual ele poderia se valer nos espaços sociais conquistados, deflagrou a
necessidade pelo tradutor e intérprete de língua de sinais, por uma questão de
acessibilidade, que uma ponte fosse estabelecida.
Presença de intérpretes de língua de sinais em trabalhos religiosos iniciados por
volta dos anos 80.
 Em 1988, realizou-se o I Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais
organizado pela FENEIS que propiciou, pela primeira vez, o intercâmbio entre
alguns intérpretes do Brasil e a avaliação sobre a ética do profissional
intérprete.
 Em 1992, realizou-se o II Encontro Nacional de Intérpretes de Língua de Sinais,
também organizado pela FENEIS que promoveu o intercâmbio entre as

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diferentes experiências dos intérpretes no país, discussões e votação do


regimento interno do Departamento Nacional de Intérpretes fundado
mediante a aprovação do mesmo.
 De 1993 a 1994, realizaram-se alguns encontros estaduais.
 A partir dos anos 90, foram estabelecidas unidades de intérpretes ligados aos
escritório regional da FENEIS.
 No dia 24 de abril de 2002, foi homologada a lei federal que reconhece a língua
brasileira de sinais como língua oficial das comunidades surdas brasileiras. Tal
lei representa um passo fundamental no processo de reconhecimento e
formação do profissional intérprete da língua de sinais no Brasil, bem como, a
abertura de várias oportunidades no mercado de trabalho que são respaldadas
pela questão legal.

PERFIL E COMPETÊNCIA DO TILS

 O primeiro requisito para um candidato a TILS é o pleno domínio da


Libras, bem como da sua própria língua materna.
 Além do domínio das línguas envolvidas no processo de tradução e
interpretação, o profissional precisa ter qualificação específica para
atuar como tal. Isso significa ter domínio dos processos, dos
modelos, das estratégias e técnicas de tradução e interpretação. 0
profissional intérprete também deve ter formação específica na
área de sua atuação.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS Página 48


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Qual o papel do
intérprete?

Realizar a interpretação da língua falada para a língua sinalizada e vice-versa


observando os seguintes preceitos éticos:
 a) confiabilidade (sigilo profissional);
 b) imparcialidade (o intérprete deve ser neutro e não interferir com opiniões
próprias);
 c) discrição (o intérprete deve estabelecer limites no seu envolvimento durante
a atuação);
 d) distância profissional (o profissional intérprete e sua vida pessoal são
separados);
 e) fidelidade (a interpretação deve ser fiel, o intérprete não pode alterar a
informação por querer ajudar ou ter opiniões a respeito de algum assunto, o
objetivo da interpretação é passar o que realmente foi dito).
o
 Art. 1 Esta Lei regulamenta o exercício
da profissão de Tradutor e Intérprete da
Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. LEI Nº 12.319, DE
o 1º DE SETEMBRO
 Art. 4 A formação profissional do
tradutor e intérprete de Libras - Língua DE 2010.
Portuguesa, em nível médio, deve ser
realizada por meio de:

 I - cursos de educação profissional


reconhecidos pelo Sistema que os
credenciou;
 II - cursos de extensão universitária; e
 III - cursos de formação continuada
promovidos por instituições de ensino
superior e instituições credenciadas por
Secretarias de Educação.
 Parágrafo único. A formação de tradutor  Áreas de atuação
e intérprete de Libras pode ser realizada Intérprete no contexto social;
por organizações da sociedade civil No contexto educacional;
representativas da comunidade surda, No Contexto da saúde;
desde que o certificado seja convalidado Na Educação Especial, na Educação Básica regular e
por uma das instituições referidas no
no Ensino Superior;
Intérprete na área jurídica;
inciso III.
Intérprete religioso.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS Página 49


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CADERNO DO ALUNO Oi! Olha eu aqui
novamente com atividades
de ficção para vocês!

PARTE I – COMPREENSÃO DA LIBRAS


1. Observe o professor fazer a datilologia e escreva corretamente abaixo:

A) B)

C) D)

E) F)

G) H)

2. Observe o professor fazer os números ou quantidades e os sinais em Libras, escreva corretamente


abaixo:

A) B)

C) D)

E) F)

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PARTE II – CONHECIMENTO TEÓRICO


3. Você lembra qual é número da legislação da LIBRAS e a data que foi aprovada?

A) ( ) LEI 10.426, de 14 de abril de 2002

B) ( ) LEI 10.436, de 24 de abril de 2002

C) ( ) LEI 10.416, de 24 de abril de 2002

D) ( ) LEI 10.346, de 14 de abril de 2002

4. Segundo a linguista brasileira e pesquisadora na gramática da LIBRAS, Ferreira Brito, a Língua de


sinais possui um sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria,
constituem um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades surdas do
Brasil. Você deve saber que atribui-se às Línguas de Sinais o status de língua, porque elas também são
compostas pelos níveis linguísticos:

A) ( ) O fonológico, o morfológico, o sintático e o semântico.

B) ( ) A configuração de mão, o movimento, o ponto de articulação e a expressão facial.

C) ( ) A fonológico, o morfológico, a configuração de mão e o movimento

D) ( ) Os níveis linguísticos da Língua Portuguesa são iguais da Língua Brasileira de Sinais

5. No ano de 1960, segundo o linguista americano William Stokoe destacou os princípios básicos dos
parâmetros da Língua de Sinais. Qual a alternativa que apresenta esses princípios? (01)

A) ( ) configuração de mão, movimento, ponto de articulação ou locação, expressão facial e corporal,


orientação de mão

B) ( ) configuração de mão, movimento, ponto de articulação ou locação e orientação de mão.

C) ( ) configuração de mão, movimento e locação.

D) ( ) fonológico, morfológico, sintático, semântico e pragmático.

6. Para a pessoa surda possui uma acessibilidade, além do intérprete de Língua de Sinais, se constitui
através da utilização de recursos tecnológicos adaptados, tais como:

A) ( ) sinalização visual-luminosa (campainhas) e aparelhos com alarme vibratório

B) ( ) programas de televisão sem legendas (closed caption) e janelas com interpretação em Língua de
Sinais

C) ( ) celular sem envio de mensagens de texto e central de intermediação surdo-ouvinte

D) ( ) Alerta luminoso para choro de bebê não precisa pois é obrigatório acompanhar com os pais
ouvintes.

7. Defina a “Língua de Sinais”. Marque a alternativa correta.

A) ( ) A língua de sinais é mímica e os sinais foram constatadas “invenções”.

Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS Página 51


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B) ( ) A língua de sinais é única universal utilizada por todas as pessoas surdas do mundo inteiro.

C) ( ) A língua de sinais não é universal. Cada país tem sua própria língua. Exemplos: ASL (Língua
Americana de Sinais), LGP (Língua Gestual Portugal), LGF (Língua Gestual Francês), etc..

D) ( ) A Língua de sinais é uma expressão de ideias, palavras ou sentimentos através de gestos


expressivos que acompanham ou substituem a fala do mundo.

8. Vamos falar sobre a história da educação de surdos no Brasil que teve início por volta de 1855,
quando o imperador Dom Pedro II trouxe ao país o professor francês surdo Ernest Huet, com o objetivo
de iniciar um trabalho com surdos, ele baseava-se no método francês, portanto, com a utilização da
língua de sinais e a escrita. Qual ano foi fundado o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, hoje chamado
de Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro. Marque a única alternativa
correta:

A) ( ) No dia 24 de setembro de 1855.

B) ( ) No dia 26 de setembro de 1857.

C) ( ) No dia 24 de abril de 2002.

D) ( ) No dia 26 de setembro de 1856.

9. Marque com um X a afirmativa que está correta:

O contexto educacional é a grande área de atuação do intérprete devido ao fato de que?

A) ( ) Os intérpretes preferem esse contexto pela segurança financeira que lhes passa.

B) ( ) Os intérpretes reconhecem a importância de servirem à educação do surdo.

C) ( ) As escolas reconhecem a necessidade de instruir o surdo em sua língua natural.

D) ( ) A presença do TILS em sala de aula é um direito do aluno surdo garantido por lei.

10. Qual o principal PERFIL E COMPETÊNCIA DO TILS?

A) ( )O pleno domínio da Libras, bem como da sua própria língua materna.

B) ( ) O domínio da língua portuguesa na modalidade escrita.

C) ( ) Compreender que existe variação linguística e cada língua tem sua estrutura.

D) ( ) Utilizar perfeitamente a configuração de mão no diálogo sinalizado.

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Referências Bibliográficas

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Brasileiros. Petrópolis: Editora Arara Azul, 2011.

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QUADROS, Ronice Muller de & KARNOPP, Lodenir. Língua de sinais


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CAPOVILLA, F. C.; RAPHAEL, W. D. e cols. Dicionário enciclopédico


ilustrado trilíngue da língua brasileira de sinais brasileira. 2. ed. São Paulo:
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QUADROS, R. M. de. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem.


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SACKS, Oliver. Vendo Vozes: Uma jornada pelo mundo dos surdos. São
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________ Atualidade da Educação Bilíngüe para Surdos. Interfaces entre


pedagogia e lingüística. Volume II Porto Alegre: Editora Mediação, 1999

FERNANDES, Eulália (org). Surdez e Bilingüismo. Porto Alegre: Editora


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QUADROS, Ronice Muller. Estudos Surdos III. Petrópolis: Editora Arara Azul,
2008. (distribuição gratuita em: http://editora-arara-azul.com.br/estudos3.pdf)

FELIPE, Tanya; MONTEIRO, Myrna. Libras em Contexto: curso básico. Rio


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GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em


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