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• Dentre os sistemas estruturais estão: treliças planas, vigas treliçadas, treliças espaciais, blocos de alvenaria
estrutural, vigas, pilares, lajes, grelhas e cascas cilíndricas. Além dos sistemas estruturais, também se torna
importante compreender o comportamento de diferentes materiais estruturais, sendo os principais: o aço
estrutural, a madeira e o concreto armado.
• As lajes são elementos de placa, pois possuem duas dimensões predominantes a uma terceira (a
espessura). Já as vigas e os pilares são elementos de barra, que possuem uma dimensão predominante às
outras duas (dimensões de seção transversal);
• A diferença das vigas e dos pilares é que as vigas estão dispostas predominantemente na horizontal,
recebendo carga por metro de seu comprimento. Já os pilares, estão dispostos predominantemente na
vertical, recebendo cargas pontuais em sua seção transversal.
Primeiro tópico – critérios para o lançamento da estrutura
Estrutura
• Chama-se de lançamento da estrutura a alocação de elementos estruturais (lajes, vigas, pilares, etc...) em
um projeto de edificação, buscando soluções econômicas e tecnicamente viáveis, verificando seu impacto
com o projeto arquitetônico com relação à forma e estética.
• Devemos lembrar que não existe forma mais correta de se realizar o lançamento da estrutura. Se o mesmo
projeto for entregue para 10 profissionais diferentes, teremos 10 lançamentos distintos, sem que possamos
dizer que um deles é o “mais correto”. O que existem são orientações, critérios que devem ser seguidos
para facilitar a execução e reduzir os custos.
• O lançamento da estrutura de uma edificação de múltiplos pavimentos deve ser iniciado pelo pavimento
tipo por conta da repetição da estrutura nos vários andares. Em seguida, deve ser analisada a interferência
desses pilares com os pavimentos inferiores, como mezaninos, térreos e subsolos de garagem.
• Principalmente em edifícios altos devemos pensar em estruturas que permitam uma certa padronização de
formas e, se possível, todos os andares iguais ao teto tipo, permitindo assim o máximo reaproveitamento
de formas e padronização de barras de armaduras. Em edifícios comerciais esta padronização de formas
torna-se mais fácil que em prédios residenciais.
Primeiro tópico – critérios para o lançamento da estrutura
Estrutura
• No passado, costumava-se lançar vigas sob todas as paredes e assim as lajes ficavam menores. Nesta época,
os banheiros tinham grandes rebaixos e cozinhas, áreas e varandas tinham rebaixos que, apesar de
menores, também forçavam o posicionamento de vigas na região, havendo lajes em cotas distintas;
• Normalmente, devem-se dispor os pilares em linha, mantendo uma modulação, o que facilita a formação
de pórticos de contraventamento.
Primeiro tópico – critérios para o lançamento da estrutura
Estrutura
Estrutura
• Sempre que possível, o ideal é levar todos os pilares até a fundação, evitando a criação de tetos de
transição, que são aqueles com vigas altas, conhecidas como vigas de transição, que acabam por carregar a
estrutura e encarecer a sua construção;
• Se a construção da edificação for até o limite do terreno deve-se fugir da alocação de pilares nesta região,
evitando excentricidades em suas fundações e grandes escavações junto ao terreno vizinho.
Primeiro tópico – critérios para o lançamento da estrutura
Estrutura
• Quando os subsolos estão em níveis mais baixos que a água no terreno, a construção é ainda dispendiosa,
pois exige o rebaixamento do lençol d'água e ainda mais atenção quanto às construções vizinhas.
Primeiro tópico – critérios para o lançamento da estrutura
Estrutura
Terminal de ônibus sob o Museu do Louvre Terminal de ônibus sob o Museu do Louvre
Fonte: Roberto Lucas Junior (2012) Fonte: Roberto Lucas Junior (2012)
Primeiro tópico – critérios para o lançamento da estrutura
Estrutura
Como poderia ser o lançamento estrutural desse anteprojeto?
Segundo tópico – Planta de fôrmas
Plantas de Fôrma
• O desenho das fôrmas do Pavimento Tipo, em uma edificação em concreto armado, é composto por uma
planta da estrutura que sustenta aquele pavimento, isto é, o conjunto de pilares, vigas e lajes;
• Os desenhos apresentam os elementos estruturais por meio de suas dimensões e por sua localização nos
eixos da edificação;
• Sendo assim, são feitos cortes e fachadas para a perfeita definição dos elementos estruturais
representados;
• Normalmente, um desenho de formas é executado na escala 1:50 ou em outra escala com boa
representatividade, promovendo a clareza do desenho;
• Como o desenho é do Pavimento Tipo, usualmente este desenho é o mesmo utilizado para os outros
pavimentos.
Segundo tópico – Planta de fôrmas
• Pilares — são representados no desenho em um corte a 1,50 metros de altura, ou seja, representando a
seção transversal do pilar com as respectivas dimensões para o Pavimento Tipo;
• Geralmente, em uma edificação em concreto armado, costuma-se manter a mesma seção dos pilares até a
cobertura, pois a mudança de seção geraria custos com fôrmas e risco de excentricidades. Porém, quando
há mudança de seção transversal de um pavimento para o outro, se faz necessária a elaboração de várias
plantas de fôrmas com as indicações de dimensões e posicionamento;
• Também há pilares que têm início no pavimento representado e são interrompidos em outros, ou que são
interrompidos neste pavimento e têm início em outros pavimentos.
Segundo tópico – Planta de fôrmas
• Vigas — No desenho da Planta de Fôrmas, as vigas são representadas em planta, fornecendo informações
como as dimensões da seção transversal e seu comprimento;
• Detalhes construtivos adicionais devem ser representados através de cortes na própria planta;
• Na planta de fôrmas, as vigas são vistas de baixo para cima e são representadas no desenho com duas
linhas espaçadas com sua largura correta;
• As linhas são representativas quanto às arestas visíveis e invisíveis, onde geralmente as arestas visíveis são
representadas por linhas cheias e as invisíveis por linhas tracejadas.
Segundo tópico – Planta de fôrmas
• Lajes — As lajes na Planta de fôrmas são definidas após a representação dos pilares e das vigas em planta;
• Os rebaixos e as superelevações em lajes ocorrem em ocasiões em que o nível da laje não é o mesmo do
nível adotado para o desenho de formas, que corresponde, ao nível da maioria das lajes representadas no
desenho de fôrmas.
Segundo tópico – Planta de fôrmas
• Escadas — As escadas são acrescidas ao desenho de formas no pavimento ao qual elas serão inseridas;
• A escada é um detalhe tão primordial na Planta de Formas que um desenho deve ser feito, em folha
separada e em uma escala maior, com todos os detalhes técnicos da escada.
Exemplo:
Assinale as alternativas corretas e corrija as falsas
I. A planta ao lado possui 4 lajes,
sendo uma nervurada (L1), 6 vigas e
9 pilares.
II. A altura de cada laje é de 10 mm e
os pilares possuem geometria de
19cm x 35cm retangular.
III. As vigas V4, V5, e V6 possuem
mesma geometria e comprimentos.
IV. A Viga V1 possui comprimento de
540 cm, a Viga V2 possui
comprimento de 511,5cm.
V. A Laje L1 possui o mesmo nível da
Laje L2.
VI. As Vigas V5 e V6 possuem dois
tramos de aproximadamente
410cm.
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
• Como já visto, a armadura é composta por aço. O aço é uma liga metálica, feita essencialmente de ferro e
carbono, onde o ferro confere a resistência ao material, e o carbono, a dureza.
• O aço deve possuir a propriedade da ductilidade, reduzindo a chance de ruir quando é dobrado durante a
execução das armaduras; Em algumas obras, há casos da quebra de barras de aço que ocorrem quando o
dobramento é feito por meio de ferramentas manuais; Isto ocorre, em sua maioria, quando existe grande
variedade de bitolas na construção, para as quais, operários menos experientes não atentam para a
necessidade de substituir o diâmetro do pino de dobramento.
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
Comportamento do aço
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
• De acordo com esta classificação, as barras de aço são denominadas como CA 25, CA 40, CA 50 e
CA 60;
• Onde, por exemplo, a resistência característica (fyk) do aço CA 50 é equivalente a 500 Mpa.
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
• O concreto armado é dimensionado para tirar o máximo proveito das características do concreto e do aço;
• O concreto resiste bem aos esforços de compressão e não resiste bem aos esforços de tração, por outro
lado o aço resiste bem aos esforços de tração. Por isso, o aço é posicionado, dentro das peças estruturais,
onde os esforços de tração são predominantes;
• O aço posicionado para vencer esforços de tração devido ao momento fletor negativo é denominado
armadura negativa. Em outras palavras, a armadura negativa está posicionada nos elementos estruturais
de concreto armado para absorver os esforços provenientes do momento fletor negativo, que são
submetidos a um carregamento de flexão; também é a armadura responsável por controlar a fissuração
exagerada dos elementos estruturais que estão na proximidade dos apoios, na área superior das peças
estruturais;
• Por outro lado a armadura positiva é aquela posicionada para vencer esforços de tração devido ao
momento fletor positivo. Geralmente são mais robustas do que as armaduras negativas.
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
• Por este motivo, as vigas biapoiadas, geralmente submetidas a forças cortantes equidistantes dos apoios
recebem armaduras com barras longitudinais tracionadas e com estribos, para resistir aos esforços de
flexão e de cisalhamento, respectivamente;
• A armadura de cisalhamento também pode ser construída com estribos associados às barras longitudinais
curvadas, também conhecidas como barras dobradas;
Armadura de pele
• Define a NBR 6118 que, todas as barras da armadura devem ser ancoradas de modo que os esforços a
que estejam submetidas sejam integralmente transmitidos ao concreto, o que pode ser obtido
simplesmente pela aderência entre o concreto e a barra de aço, por meio de dispositivos mecânicos, ou
pela combinação de ambos;
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
• O comprimento da emenda deve ser suficiente para que os esforços consigam ser
transferidos de uma barra a outra, sem sobrecarregar a região, ou ainda, transferir
indevidamente esforços de tração para o concreto;
• A transferência da força de uma barra para outra numa emenda por transpasse ocorre
por meio de bielas inclinadas de compressão.
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
• Qual o comprimento da armadura
Armaduras de Vigas longitudinal positiva?
• Quantas barras de armadura de pele
essa viga precisa?
• Quais as dimensões da seção
transversal?
• Qual o valor do cobrimento dessa
viga?
• Qual o comprimento total da viga?
• Quantos estribos essa viga precisa?
• Essa viga está apoiada aonde?
• Qual o comprimento de ancoragem
da armadura longitudinal negativa?
• Existe necessidade de traspasse
nessa viga?
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
Armaduras de Vigas
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
Armaduras de Pilares
Terceiro tópico – Projeto de armaduras
Armaduras de Pilares
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝐴𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝐴𝑆
Você sabe dividir essa
área em barras?
PARA EXERCITAR
• O que é o lançamento estrutural? Qual a sua importância com relação ao projeto arquitetônico?
• Em uma edificação de múltiplos pavimentos, por onde devemos iniciar o lançamento estrutural? Por que?
• No lançamento da estrutura de uma edificação, as vigas necessariamente devem se localizar sob todas as
paredes? Explique
• Por que no lançamento dos pilares de uma edificação os pilares devem dispor-se de forma alinhada e mantendo
uma modulação?
• O que são vigas de transição? Por que devemos evitar o seu uso?
• Que cuidados devemos ter na alocação de pilares em divisas? Justifique cada um.
• Explique o que pode acontecer, em termos de carregamento, quando temos cargas excêntricas de pilares
chegando nas fundações.
PARA EXERCITAR
• O que pode acontecer caso, havendo necessidade de um subsolo em uma edificação, o nível desse subsolo
coincida com o nível do lençol freático? Ainda assim é possível executar o subsolo?
• Como os pilares são representados em uma planta de fôrmas? Como identificamos esses pilares e quais
informações devemos colocar?
• Explique o que representa em uma planta de fôrmas um “pilar que morre”, um “pilar que nasce”, e um “pilar que
passa”.
• Como as vigas são representadas em uma planta de fôrmas? Como identificamos essas vigas e quais informações
devemos colocar?
• Qual a forma que os aços para concreto armado são encontrados no mercado?
• O corte e dobra de armaduras pode ser feito em obra ou só na indústria? Se sim, explique quais os cuidados que
devemos ter ao fazer isso em obra.
• O que é Fyk? Qual a diferença entre Fyk e MPa? Qual a diferença entre Fyk e Fck?
• Em todas as lajes em concreto armado devemos colocar armaduras positivas e negativas? Explique.
• O que são armaduras de pele? Em qual situação devemos utiliza-las e qual a sua função?
• Qual a diferença entre ancoragem por aderência e ancoragem por barra dobrada?
• Em que situações é necessário fazer emendas por traspasse nas barras de aço?
• Como o esforço é transmitido em emendas? Por que devemos analisar esses esforços ao calcular o comprimento
da emenda?
Saiba mais
• Bibliografia complementar
Lajes e vigas:
conceitos e pré-dimensionamento.