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Universidade Católica de Moçambique-FAGRENM

Nome: Ambresala José César Rucique

Cadeira: Economia de Moçambique

Curso: Economia e Gestão

Ano: 4˚

Ficha de leitura

Referencias bibliográficas:

Mussa, Firoz (2020). Introdução à Economia de Moçambique-Aula 1. Cidade de Tete:


Universidade Católica de Moçambique-FAGRENM.

Resumo: No presente capítulo que tem como assunto principal a Introdução da Economia de
Moçambique, faz-se a caracterização da EM nos finais dos ano 60; Apresenta as principais
características da estrutura económica de Moçambique no princípios dos anos 70, a evolução
económica de Moçambique no período de experiencia socialista; Analise do comportamento da
EM no período de ajustamento estrutural e por fim as principais características da estrutura
económica de Moçambique nos princípios do século XXI.

A Economia de Moçambique caracteriza-se em três períodos:

• Economia baseada no capitalismo (no período colonial) - a exploração colonial era feita
por meio do roubo descarado das riquezas africanas, através da escravatura e do comércio.
• Economia baseada no modelo socialista (após a independência ate aos meados dos anos
90) - o Estado Moçambicano na época começou as nacionalizações, onde em muitos
casos, as grandes e modernas empresas industriais era total ou parcialmente do Estado.
• Economia de mercado (até actualmente) - Onde foi introduzido o programa de
ajustamento estrutural, um pacote que envolve o livre comércio, a desregulamentação e a
privatização.

Nos anos 60 contou com a intervenção do Estado colonial na EM que se caracterizou “pelo
aumento do investimento público; intensificação da política monetária expansiva; crescimento de
construção civil, habitação e infraestrutura; grande impulso na indústria de substituição de

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importação” (pág., 03), face ao crescimento acelerado da população colona. E ainda nos anos 60
foi caracterizado, por aumento dos custos de realização de grandes empreendimentos; perda da
rentabilidade dos agentes económicos e da eficiência da economia, com o seu foco nas principais
actividades, ou seja, a melhoramento das infraestruturas como exemplo infraestruturas ferroviárias
(linha férrea Beira – Moatize) para minimizar os efeitos da guerra.

Em consequência da guerra surgiam alguns sinais de crise na economia como o aumento da


inflação. Nem o aumento da inflação foi capaz de travar o crescimento da economia que cresceu
em média em cerca de 4.8%; que teve suporte do investimento público, pela política monetária
expansionista e o crescimento da população colona no país, e mencionar que as indústrias não
foram afectadas.

E a FRELIMO aplicou nas zonas libertadas modelos de organização que consistiam no “trabalho
colectivo em cooperativas de produção; o abastecimento rural e a comercialização dos excedentes
productivos no exterior com destaque para Tanzânia.” (pg. 04),

Segundo Dr. Firoz as principais características da estrutura económica de Moçambique no


princípio dos anos 70 foram:

• A maximização da extração de recursos através de formas de produção assente na


exploração de força de trabalho (escravatura, trabalho forçado, etc.);
• Crescimento de dependência de factores e de recursos externos;
• Poucas relações intersectoriais nos sectores económicos;
• Diferenças entre diversos sectores da economia (Moderna, tradicional, empresarial,
familiar, formal e informal) a nível das escalas productivas; da capacidade de
assalariamento; e das lógicas productivas;
• Pouca disponibilidade de capital e baixa capacidade de realização de investimento devido
ao nível de rendimento;
• Destaque da importância dos sectores do serviço (portos, transporte e turismo) na estrutura
productiva moçambicana devido as relações económicas regionais;
• O Estado era o principal agente económico, pois controlava o sector productivo (energia,
transportes e comunicações; comercialização rural e banca entre outros).

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O ano de 1972 foi o ano que Moçambique teve a sua balança de pagamentos positiva, sendo
Moçambique teve a sua balança de pagamentos sempre negativa. As relações comercias que
Moçambique tinha somava entre 60% e 70% das exportações e importações, com parceiros como
Portugal, a Africa do Sul, Inglaterra e EUA. Com a exportação de caju, algodão, açúcar, copra e
chá. E Moçambique importava equipamentos, metais, alimentos e têxteis. Nos anos 60 á 70 a
inflação que variava em média de 14%.

A evolução económica de Moçambique no período de experiência socialista

No período de 1975 e 1981 Moçambique viu a economia crescer num ritmo elevado, em cerca de
5 %. Neste período, a maioria dos indicadores económicos teve comportamentos positivos tais
como:

• A taxa de inflação do mercado oficial esteve controlada entre 1% e 2%;


• As contas publicas estiveram equilibradas;
• Contrariando o consumo publico, o consumo privado aumentou;
• As exportações cresceram, apesar de que as importações tivessem crescido mais
rapidamente, etc.

O modelo económico socialista aplicado em Moçambique tinha as seguintes opções de política


económica:

• O crescimento económico seria realizado com base no sector estatal (dominante e


determinante), e no sector cooperativo;
• O crescimento deveria assentar em elevados níveis de investimento, acrescido da
modernização (capital intensivo);
• A acumulação deveria realizar se principalmente no sector externo, através da gestão de
câmbios;
• A oferta monetária era um instrumento utilizado para cobrir as necessidades de pagamento
dos fluxos de bens e de serviços;
• O investimento do Estado concentrar-se-ia no sector estatal agrário, no sector indústria
pesada, e no sector externo;
• O sector externo seria gerido com base nas relações socialistas. (pág. 12)

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Neste modelo económico socialista destaca a importância do crescimento económico ser na base
do sector agrário e a indústria pesada, como forma de fazer crescer a economia e criar menos
dependência externa.

Comportamento da EM no período de ajustamento estrutural

O programa de reabilitação económica tinha como objectivo de realizar reformas económicas, que
preparassem Moçambique para receber financiamento externo e a alterar as alianças internacionais
e como objectivo central relançar a economia, sustendo a crise económica e a Paz em Moçambique.

A evolução da economia no período do ajustamento estrutural deu-se em dois períodos: 1987 e


1990 e de 1998 a 2000.

O PRE inverteu a tendência de declínio económico e no período entre 1987 e 1990 a economia
alcançou um crescimento médio de 5,5% e o período entre 1998 e 2000 a economia cresceu em
média em cerca de 5,4%.

O crescimento da economia nesses dois períodos anteriormente mencionados deve se:

• A liberalização dos mercados;


• A chegada massiva de ajuda internacional e a realização de projectos através das ONGs de
desenvolvimento;
• Apoio ao regresso dos refugiados e dos deslocados de guerra;
• O fim da guerra (entre a RENAMO e a FRELIMO);
• Clima favorável para a produção agrícola;
• A entrada de IDE no país (ex.: MOZAL) com influência importante no PIB e as
exportações. (pág. 14)

Os mercados e lojas começam a ter mais produtos produzidos que apenas existiam no mercado
paralelo, deu-se pela evolução da comercialização agrícola com a produção de milho, hortícolas
entre outros.

Apesar da melhoria na economia Moçambique ainda lidava desigualdade social, onde cerca de
38% da população vivia abaixo de $1 por dia.

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A inflação, que se encontrava em cerca de 139,7%, foi posteriormente reduzida para cerca de
10,3% depois de aproximadamente sete anos, para níveis relativamente aceitáveis.

1987 foi o ano que Moçambique teve o maior défice durante o período de ajustamento estrutural,
onde as contas publicas eram deficitárias devido aos gastos militares que representavam de 39% a
45% do orçamento das despesas, para cobrir o défice orçamentário os donativos eram elevados e
a divida publica só crescia.

No sector externo houve diminuição na importações e exportações, nas exportações devido a falta
eficácia na resposta por parte dos principais sectores exportadores tradicionais e pouca capacidade
competitiva da economia para as exportações, e as diminuições na importação foi pela
desvalorização do metical e das políticas restritivas internas. E com melhorias na taxa de cobertura
da balança comercial, mas com níveis muito baixos.

A balança de capitais tornou se positiva em consequência do Investimento Directo


Estrangeiro/Exterior (IDE) e sobretudo pela ajuda externa no financiamento da balança de
pagamentos.

No período de reabilitação económica mostrou a grande dependência de Moçambique da ajuda


externa, a divida nesse período teve um aumento e apesar de que tentaram negociar o perdão total
ou parcial da divida e do financiamento para pagamento do serviço da divida.

Os Programas de Ajustamento Estrutural surgem como forma de ajudar os países, com


financiamento e negociação da divida que visam a correção de desequilíbrios económicos na
maioria das vezes graves como a redução da inflação do défice público, mas foi no âmbito da crise
da divida dos finais dos anos 70, que dificultava o acesso aos recursos externos parte de países
devedores e países dependentes de importações.

Segundo as IBW, os PAEs têm como objectivo:

• O restabelecimento dos equilíbrios macroeconómicos como condição necessária para a


saída da crise e para o crescimento económico;
• A racionalização das economias, através de afectação e utilização eficiente dos recursos,
para torna-las competitivas e favorecer a sua integração no mercado internacional;

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• A introdução de transformações estruturais para garantir o crescimento estável a longo
prazo e evitar novos desequilíbrios. (pág. 21-22)

Ou seja, para a correção dos desequilíbrios estruturais macroeconómicos como a redução ou


eliminação dos défices da balança de pagamentos e dos orçamentos públicos, a intervenção do
Estado ao actuar como agente económico para garantir o uso eficiente dos recursos para fazer face
ao mercado internacional, a introdução de medidas na que transformaram estrutura da economia
para garantir um crescimento estável no longo prazo e relançar a economia sem desequilíbrios no
futuro.

As principais características da estrutura económica de Moçambique nos princípios do


século XXI eram as seguintes:

• Moçambique era dependente e subordinado ao exterior, ou seja, as medidas aplicadas eram


visando o interesse exterior, e má distribuição de rendimentos onde uma porção da
população beneficiavam-se;
• Desigualdade no desenvolvimento, na distribuição de renda, social e espacial ou socio-
espacial;
• Precariedade das infraestruturas (transportes, comunicações, rede comercial no meio rural,
infraestruturas produtivas na agricultura);
• Com percentagem elevada da população da vive abaixo da linha de pobreza, e o pais não
encontrou respostas para solucionar esse problema, ou seja, romper o ciclo da pobreza. A
poupança e produção nacional ainda é baixa, o investimento assente no financiamento
externo da balança de pagamentos;
• Os principais produtos primários que são exportados tem sofrido alterações para facilitar a
exportação deles;
• Existe bastante burocracia para por exemplo a criação de empresas e os aparelhos
administrativos estão sobrecarregados.

O baixo nível de rendimento per capita dificultou o desenvolvimento de Moçambique no século


XXI, a agricultura era o sector que mais produz e tem o maior número de pessoas empregadas,
mostra também que Moçambique é um pais exportador de matérias-primas que ainda depende da
ajuda exterior para financiamento do défice da balança de pagamentos, o défice da balança de

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pagamentos é permanente, por causa da desproporção entre o tecido produtivo padrões de
consumo, e esta firmada na cultura moçambicana a importância na formação e capacidade, tradição
e a experiencia em gestão.

Considerações finais

Os três períodos que caracterizaram a EM mostram que que moçambique sempre foi um pais que
dependia do financiamento externo para a balança de pagamento e assim criando uma forte
dependência do exterior, e também que tivemos um ano sem o saldo negativo na balança de
pagamento que foi o ano de 1972 ou seja podemos considerar o melhor ano económico de
Moçambique, mas para a população que sofria pela discriminação racial e a desigualdade que era
muito elevada naquela época.

E no período socialista de moçambique viu-se a EM a estabilizar-se com os maiores indicadores


com comportamentos positivos. Como a implementação PRE a EM conseguiu baixar os níveis da
inflação que rondavam os 139,7% em 1987 para 10,3% em 2000, Moçambique adotou políticas
que influenciaram como a liberação do mercado, o fim da guerra entra a RENAMO e FRELIMO
entre outras.

O que se na EM no principio do século XXI é a forte dependência do exterior, traduzida pela


necessidade de importar praticamente todos os bens de equipamento e uma parte muito
considerável dos bens de consumo destinados à satisfação das necessidades primárias, a forte
dependência do exterior, traduzida pela necessidade de exportar produtos primários ou com
pequeno grau de transformação industrial, cujas cotações eram e continuam a ser fortemente
dominadas pelos interesses do comprador. Falta políticas eficazes para combater o ciclo da pobreza
e a desigualdade social e espacial.

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