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Tecidos Esqueléticos: designação genérica dos tecidos que estão associados ao corpo
humano (esqueleto).
- Tecido Nervoso
- Tecido Epitelial
- Suporte
- Movimento
- Protecção
- Hematopoiese
Ossada ≠ Esqueleto
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Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Comissão de Curso 2010-2016 * Ano Lectivo 2010/2011
> O esqueleto axial surge primeiro durante o desenvolvimento do ser humano, “brotando”
deste o esqueleto apendicular numa fase posterior.
> Ossos Longos – Exemplos: Fémur, Tíbia, Perónio, Rádio, Cúbito, Falanges
Metacarpos e Metatarsos
> Ossos Chatos – Exemplos: Costelas, Esterno, Ossos Parietal, Temporal, Frontal e
Occipital
> Todos os ossos têm características próprias, denominadas acidentes anatómicos, que podem
ser:
> Na maior parte dos casos, os espaços existentes nos ossos estão preenchidos por medula
óssea; nalguns casos (a excepção), estes espaços estão preenchidos por ar, pelo que passam a
ser chamados ossos pneumáticos. Os ossos pneumáticos são sempre ossos irregulares e,
devido à sua estrutura, não podem ser sujeitos a grandes pressões.
> Na generalidade dos ossos, e no início da vida, os espaços existentes nos ossos contêm no
seu interior medula óssea vermelha (hematopoiética), que com o passar dos anos vai sendo
progressivamente substituída por medula óssea amarela (adiposa). No entanto, a base do
crânio, as vértebras, o esterno e as cristas ilíacas apresentam sempre medula óssea vermelha.
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Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Comissão de Curso 2010-2016 * Ano Lectivo 2010/2011
> O osso vivo está revestido externamente (excepto em zonas articulares e de inserção de
tendões) por uma membrana de tecido conjuntivo, o periósseo. Esta membrana é fibrosa e
algo elástica, e os ossos dependem dela para sobreviver, uma vez que na sua parte mais
profunda possui células osteogénicas (produtoras de osso), e que a irrigação sanguínea dos
ossos é muitas vezes feita através do periósseo.
> Dentro do osso existe uma membrana semelhante ao periósseo, mas que é mais fina/menos
espessa – endósteo.
> Os ossos curtos e os ossos irregulares são muito parecidos, uma vez que em ambos os tipos
de ossos a camada de osso compacto é fina, sendo o interior do osso completamente
preenchido com tecido trabecular; a forma de vascularização e ossificação destes ossos é
também semelhante.
> As trabéculas ósseas nunca estão dispostas aleatoriamente; estão ordenadas segundo
trajectórias preferenciais, o que é importante para a distribuição das forças ao longo do osso.
> Os ossos chatos (como, por exemplo, o osso parietal) são compostos por duas densas
camadas de osso compacto (tábuas), separadas por uma camada de osso trabecular.
Ossos Longos
- Epífises: Extremidades distal e proximal (a proximal é mais espessa que a distal, mas
ambas são mais espessas que a diáfise).
- Diáfise: “corpo” do osso (aproximadamente cilíndrica).
- Metáfise: é a zona de transição entre diáfise e epífise, onde o diâmetro da diáfise vai
aumentando até atingir o diâmetro da epífise; é o local onde existem discos epifísiários que
permitem o crescimento do osso (com o tempo solidificam e deixa de se verificar crescimento
ósseo).
- A camada externa de osso compacto é mais espessa na diáfise do que nas epífises.
- Na diáfise, além de algumas trabéculas, existe um espaço – cavidade medular – onde
se encontra a medula óssea.
- As epífises têm muito mais osso trabecular do que osso compacto: novamente as
trabéculas estão dispersas segundo trajectórias preferenciais, para que o peso se distribua
pela superfície distal do osso para que haja uma transição do peso mais uniforme para o osso
seguinte --- Teoria Trajectorial da Disposição das Lamelas Ósseas.
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Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Comissão de Curso 2010-2016 * Ano Lectivo 2010/2011
> Histologicamente, todo o osso compacto ou esponjoso é osso lamelar, isto é, constituído por
lamelas ósseas concêntricas, formando cilindros ordenados dispostos paralelamente uns aos
outros e cujos eixos estão orientados na mesma direcção que o eixo do osso.
> A cada estrutura cilíndrica damos o nome de osteão ou sistema de Havers. Cada osteão toma
como centro o canal central do osteão ou sistema de Havers, que é por onde passam os vasos
sanguíneos e terminais nervosos, importantes para a manutenção da estrutura óssea.
> O osteão, em regra, não excede as 30 lamelas, uma vez que a partir deste número a
espessura do osteão torna difícil que as lamelas mais periféricas sejam nutridas
convenientemente (por difusão) a partir do canal central do osteão, pelo que as lamelas mais
afastadas degeneram ou nem se chegam a formar por falta de nutrição.
> Uma vez que os cilindros não se adaptam perfeitamente uns aos outros (sobram espaços),
existem lamelas intersticiais que vêm preencher os espaços entre os osteões.
> Na parte periférica do osso compacto e numa parte um pouco mais interna existem lamelas
que dão a volta ao osso – lamelas circunferenciais.
> No osso esponjoso, as lamelas podem estar também dispostas em camadas concêntricas mas
sem anel central ou, no caso de as estruturas serem mais finas, podem estar esticadas; estas
lamelas não necessitam de vasos sanguíneos pois são nutridas pelo endósteo (por difusão).
> Em todos os ossos longos existe um orifício denominado buraco nutritivo, por onde passam
uma veia (de maior calibre) e uma artéria (de menor calibre) para dentro do osso até à
cavidade medular, de onde partem para irrigar todo o endósteo e a parte interna da camada
cortical do osso, em sentido centrífugo. Apenas a parte periférica da camada cortical do osso é
irrigada centriptamente, pois é irrigada pelos vasos que vêm do periósseo.
> Numa fase inicial da vida, as metáfises são muito vascularizadas e irrigadas por sangue para
promover o desenvolvimento e crescimento ósseo.
> Existe uma divisão – linha epifisária – que separa os vasos sanguíneos que irrigam a epífise
dos vasos sanguíneos que irrigam as metáfises, uma vez que as epífises necessitam de ter os
seus próprios vasos sanguíneos.
> Se se analisar ao microscópio óptico uma porção de osso compacto ou osso trabecular,
poderemos ver uma matriz de tecido conjuntivo ósseo ossificada onde se encontram uma
grande variedade de células.
> Osso entrançado – não é osso lamelar; é osso imaturo feito apressadamente (é o que se
forma primeiro). É mais irregular, não tem forma lamelar, estando as fibras de colagénio
desorganizadas e os cristais de hidroxiapatite desarranjados. É um osso que estando
calcificado é mais rígido que os tendões e tecidos musculares, mas mais frágil que ossos
lamelares. Os osteoclastos e osteoblastos, ao actuarem no osso entrançado, transformam-no
em osso lamelar.
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Osso
Matriz Células
Sais de Osteóide
Colagénio Sais de Cálcio
Fósforo (4)
(1) Células multi-nucleadas, removem detritos e ossos estragados; células derivadas da linha
hemolinfopoiética.
(2) São muito diferenciadas, estão dentro da estrutura óssea; não produzem nada, mas são
muito importantes para o osso, pois se um osteócito morrer a matriz que o rodeia degenera;
tem a função de perceber as variações hormonais, de iões que existem em circulação.
(3) Produzem osso, ajudam a precipitar os sais e criam material orgânico; ficam “metidas”
naquilo que produziram.
(4) Matriz óssea antes de calcificada; é produzida pelos osteoblastos.