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Áreas de polı́gonos

MA13 - Unidade 12

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
Área de um quadrado

Unidade de área
A unidade de área é o quadrado de lado 1.

Área de um quadrado qualquer


O livro texto, Tópicos de Matemática Elementar, nas páginas 234
a 236 mostra que:
A área de um quadrado de lado a é igual a a2 .

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos slide 2/10


Área de um retângulo

Seja a área de um retângulo de base x e altura y.

y
x

i) A área do retângulo é proporcional a x. De fato, quando a


base dobra, a área dobra, quando a base triplica, a área
triplica, e assim por diante.

y
x x x

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos slide 3/10


ii) A área do retângulo também é proporcional a y . De fato,
quando a altura dobra, a área dobra, quando a altura triplica,
a área triplica, e assim por diante.

y
x
Vamos usar agora o Teorema Fundamental da Proporcionalidade
que diz o seguinte:
Seja y = f (x) uma função crescente tal que f (nx) = nf (x) para
todo n natural. Então f (cx) = cf (x) para todo c real positivo.

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos slide 4/10


No nosso caso, a área do retângulo é proporcional tanto à base
quanto à altura. Então,

A(x, y ) = A(x · 1, y ) = xA(1, y ) = xA(1, y · 1) = xyA(1, 1) = xy

Assim a área de um retângulo é o produto da base pela altura


quaisquer que sejam as medidas dos seus lados.
Naturalmente que, para todo número a real positivo, área do um
quadrado de lado a é igual a a2 .

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Área do paralelogramo
A área do paralelogramo é o produto da base pela altura.
Veja um paralelogramo de base a e altura h. Foi construı́do um
retângulo circunscrito de base a + x e altura h.
x a

a x
A área S do paralelogramo é igual à área do retângulo subtraı́da
das áreas dos dois triângulos vazios. Os dois triângulos vazios
formam um retângulo de base x e altura h. Então,
S = (a + x)h − xh = ah + xh − xh = ah
Assim,
S = ah
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Área do triângulo

A área do triângulo é a metade produto da base pela altura.


b

a
O triângulo é a metade do paralelogramo de mesma base e mesma
altura. A área do triângulo de base a e altura h é
ah
s=
2

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Área do trapézio
x y
b

a
O trapézio tem bases a e b, e altura h.
Considere o retângulo circunscrito ao trapézio como mostra a
figura. Sua área é:

xh yh 2ah − xh − yh (a + a − x − y )h (a + b)h
S = ah − − = = =
2 2 2 2 2
(a + b)h
S =
2

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Área do triângulo - 2
Uma outra forma de calcular a área do triângulo ABC é
1
S = bc sen A.
2
C
b

b h

b b
D b

A c B

Traçando a altura CD temos que CD = h = b sen A. Portanto, a


área do triângulo é:
AB · CD 1 1
S= = · c · b · sen A = bc sen A
2 2 2

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Área do polı́gono regular convexo
Imagine um polı́gono regular convexo com n lados inscrito em uma
circunferência de raio R.
Divida o polı́gono em triângulos a partir do centro:
b

b b

b b

O b

b b

b b


Cada ângulo central mede . A área do polı́gono é a soma dos n
n
triângulos. Logo,
1 2π
S = n· · R · R · sen
2 n
R2 2π
S = n sen
2 n
PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos slide 10/10
Áreas de polı́gonos - II
MA13 - Unidade 12

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
Propriedades do triângulo

P1 – Dois triângulos de mesma base e mesma altura têm


mesma área.

A A′ s
b b

b b

r
B C

Na figura acima, se r k s então (ABC ) = (A0 BC ).

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos - II slide 2/8


P2 – Se dois triângulos têm mesma altura então a razão a
razão entre as áreas é igual à razão entre duas bases.
A
b

b b b

B P C

(APB) PB
Na figura acima, = .
(APC ) PC

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P3 – Uma mediana de um triângulo divide o triângulo em dois
outros de mesma área.
A
b

× C
b

×
b
M
B

Na figura acima, (AMB) = (AMC ).

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Problema 1
O triângulo ABC da figura abaixo tem área 36, O lado BC está
dividido em 4 partes iguais e o lado AC está dividido em 3 partes
iguais.

A
b

b
D

b b b b b

B E F C

Determine a área do triângulo DEF .

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos - II slide 5/8


Solução:
Observe a figura abaixo e conclua que (DBC ) = 24.
A
b

b
D

b b b b b

B E F C

Observe a figura a seguir e conclua que (DEF ) = 6.


A
b

b
D

b b b b b

B E F C

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos - II slide 6/8


Problema 2

O triângulo ABC tem área S. Traçando as medianas BE e CD


determine as áreas das quatro regiões em que o triângulo ficou
dividido.

b
A

D
b b
E
G
b

b b

B C

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos - II slide 7/8


Solução:
b
A

D b b
E
G b

b b

B C

Uma mediana divide o triângulo em dois outros de mesma área.


Então (BCD) = S2 .
GD
Como G é o baricentro então CD = 13 .
(BGD)
Assim (BCD) = 13 , ou seja, (BGD) = 1 S
3 · 2 = S6 .
S S
Logo, (BCG ) = (BCD) − (BGD) = 2 − 6 = S3 .
5
Os outros resultados são imediatos: (CEG ) = 6 e (ADGE ) = S3 .

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos - II slide 8/8


Áreas de polı́gonos – Aplicações - I
MA13 - Unidade 13

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
A Fórmula de Heron

A fórmula de Heron calcula a área S do triângulo ABC em função


dos lados a, b e c.
Seja p o semiperı́metro do triângulo. A área do triângulo é
p
S = p(p − a)(p − b)(p − c)

A demonstração pode ser vista na página 345 do livro Tópicos de


Matemática Elementar vol. 2.

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - I slide 2/8


Exemplo

Calcular a área do triângulo de lados 5, 6, e 7.


Solução:
5+6+7
O semiperı́metro do triângulo é p = = 9.
2
√ √
A fórmula de Heron dá para a área S = 9 · 4 · 3 · 2 = 6 6.
A utilização da fórmula é muito simples.

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - I slide 3/8


O Raio da circunferência inscrita
Em relação ao triângulo ABC , I é o incentro, r é o raio da
circunferência inscrita, 2p é o perı́metro e S é a sua área. A
relação entre esses elementos é:

S = pr
A
b

b
I

r
b b b

B C

Para demonstrar observe que S = (BIC ) + (CIA) + (AIC ).

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - I slide 4/8


O Raio da circunferência circunscrita
Em relação ao triângulo ABC , O é o circuncentro, R é o raio da
circunferência circunscrita, a, b e c são os lados e S é a sua área.
A relação entre esses elementos é:
abc = 4RS
Os triângulos ADB e ACE são seme- A
b

lhantes. Então,
c h
=
2R b
ou c R b
bc = 2R · h h b
O

Multiplicando por a dos dois lados,


R
abc = 2R · ah b b b

C
B D
Como ah = 2S, b

abc = 4RS . E
PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - I slide 5/8
O Teorema da bissetriz interna
Usando propriedades de área obtemos outra demonstração para o
teorema da bissetriz interna de um triângulo. “A bissetriz interna
divide o lado oposto em partes proporcionais aos lados adjacentes.”
A
b

b F
E b

b b b

B D C

Para demonstrar observe na figura acima que D equidista dos


lados AB e AC e, portanto, DE = DF . Lembre ainda que a razão
entre as áreas dos triângulos ADB e ADC é igual a razão entre
DB e DC como vimos no resumo anterior.
1
DB (ADB) · AB · DE AB
= = 21 =
DC (ADC ) 2 · AC · DF
AC
PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - I slide 6/8
A fórmula do arco duplo
Na figura abaixo, o triângulo OAB é isósceles com OA = OB = 1.
A altura OM é também mediana e seja θ = ∠MOA = ∠MOB.
b
B

O b
θ b
M
θ

1
b

A
Calcularemos a área do triângulo OAB de duas formas:
1 1
· OA · OB · sen ∠AOB = · AB · OM
2 2
Como OA = OB = 1, MA = MB = sen θ, OM = cos θ e
∠AOB = 2θ, ficamos com
sen 2θ = 2sen θ cos θ
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Áreas de polı́gonos – Aplicações - II
MA13 - Unidade 13

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
A circunferência exinscrita
Em um triângulo, circunferência exinscrita é uma circunferência
tangente a um dos lados e tangente aos prolongamentos dos
outros dois.

C b

b
Ia
b

ra

b b b

A B

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 2/9


Na figura considere AB = c, BC = a, AC = b e (ABC ) = S.
O ponto Ia é o exincentro relativo ao lado a. A circunferência
tangente a BC e aos prolongamentos de AB e AC é a
circunferência exinscrita relativa ao lado a.
O raio dessa circunferência é represen-
b

tado por ra . C b

A relação que permite calcular o raio Ia b

da circunferência exinscrita relativa ao ra


b

lado a é
b b b

A B
S = ra (p − a)

Para demonstrar observe que


S = (ABC ) = (ABIa ) + (ACIa ) − (BCIa ).
Obs:
Todo triângulo possui três circunferências exinscritas.
As relações análogas são S = rb (p − b) e S = rc (p − c).
PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 3/9
As três circunferências exinscritas
Veja um triângulo com as circunferências inscrita e exinscritas.

b b

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 4/9


Teorema
Sejam IA , IB e IC os exincentros relativos aos vértices A, B e C do
triângulo ABC , respectivamente. Então, o incentro do triângulo ABC
é o ortocentro do triângulo IA IB IC .
Para demonstrar use o fato que em cada vértice de um triângulo, a
bissetriz externa é perpendicular à bissetriz interna.

b b

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 5/9


Teorema
OA OC
Na figura a seguir tem-se que AB = CD . Mostre que AC e BD são
paralelas.
O
b

b C
A b

B b

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 6/9


Demonstração:
Vamos usar a propriedade P2 da aula 12-2: Se dois triângulos têm
mesma altura então a razão entre as áreas é igual à razão entre
duas bases.
OA (OAC ) OC (OAC )
= e =
AB (ACB) AD (ACD)
OA OC
Como AB = CD então (ACB) = (ACD).
O
Assim, os triângulos ACB e ACD b

possuem mesma base AC e possuem


mesma área. b C
Logo possuem mesma altura em A b

relação a essa base, ou seja, B e D D


possuem mesma distância à reta AC . B b

Logo, as retas AC e BD são paralelas.

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 7/9


Problema

Prove que a soma das distâncias de um ponto interior a um


triângulo equilátero aos lados é constante.

PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 8/9


Solução:
Veja o triângulo equilátero ABC de lado a e altura h com um
ponto P interior. Sejam x, y e z as distâncias de P aos lados do
triângulo.
C
b

a b a
b
z y
b
P
x
b b b

A a B
Temos (APB) + (BPC ) + (CPA) = (ABC ). Então,
ax ay az ah
= + =
2 2 2 2
ou seja, x +y +z =h
PROFMAT - SBM Áreas de polı́gonos – Aplicações - II slide 9/9
Área do cı́rculo
MA13 - Unidade 14

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
O número π

Podemos definir o número π de diversas formas:


a) O número π é a razão entre o comprimento de uma
circunferência e seu diâmetro.
C
π=
D

b b

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 2/9


b) O número π é o comprimento de uma semicircunferência de
raio 1.

b b b

b b

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 3/9


c) O número π é a área de um cı́rculo de raio 1.

Adotaremos aqui a primeira definição.


A razão entre o comprimento C e o diâmetro D de uma
circunferência é sempre a mesma para todas as circunferências.
Isso decorre do fato que suas circunferências quaisquer são sempre
semelhantes.

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 4/9


O comprimento da circunferência

C
A razão D entre o comprimento C e o diâmetro D de uma
circunferência é um número irracional, aproximadamente igual a
3, 141592 que representamos por π.
Sendo r o raio da circunferência, temos
C
= π ⇒ C = 2πr
2r

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 5/9


Área de um polı́gono regular inscrito em uma circunferência

Um polı́gono de n lados está inscrito em uma circunferência de


centro O e raio r . Um dos lados é AB = cn e o apótema do
polı́gono é OM = an .

A área Sn desse polı́gono regular é igual a n vezes a área do


triângulo OAB.
cn · an 1
Sn = n · = (ncn )an
2 2
Na relação acima, o termo ncn é o perı́metro Pn do polı́gono.
Assim, 1
Sn = pn an
2
PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 6/9
Área do cı́rculo
A área do cı́rculo é o número real cujas aproximações por falta são
as áreas dos polı́gonos regulares nele inscritos.
Observe, nas figuras abaixo, pedaços de quatro polı́gonos regulares
mostrando aproximações para a área do cı́rculo.

Polı́gono de 20 lados. Sua


área é 98,363% da área do
cı́rculo circunscrito.

Polı́gono de 80 lados. Sua


área é 99,897% da área do
cı́rculo circunscrito.

Polı́gono de 200 lados. Sua


área é 99,984% da área do
cı́rculo circunscrito.

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 7/9


Seja S a área do cı́rculo de raio r .
A área Sn do polı́gono regular inscrito na circunferência de
raio r é Sn = 12 pn an .
Façamos agora n → ∞.
O perı́metro do polı́gono tenderá ao comprimento da
circunferência e o apótema tenderá ao raio da circunferência.

Sn → S pn → 2πr an → r

Assim,
1
S= · 2πr · r
2
ou seja,
S = πr 2

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 8/9


Área do setor circular
Em uma cı́rculo de raio r seja S a área de um setor de ângulo
central θ.

A área do setor é diretamente proporcional ao ângulo central θ.


Assim, S = kθ.
Para descobrir k observe que quando θ = 2π radianos temos
S = πr 2 .
2
Assim, πr 2 = k · 2π, ou seja, k = r2 .
θr 2
A área do setor de ângulo central θ em radianos é S = .
2
PROFMAT - SBM Área do cı́rculo slide 9/9
Área do cı́rculo – II
MA13 - Unidade 14

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
A Área do segmento circular
Em uma circunferência de centro O e raio r qualquer corda AB
divide o cı́rculo em dois segmentos circulares. O menor deles está
assinalado na figura ao abaixo.

Sendo θ o ângulo central AOB a área S do menor dos dois


segmentos circulares é a diferença entre a área do setor AOB e a
área do triângulo AOB.
θr 2 1 r2
S= − r · r · sen θ, ou seja, S = (θ − sen θ).
2 2 2

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo – II slide 2/8


Cálculo de π
Seja pn o perı́metro do polı́gono regular de n lados inscrito em
uma circunferência de raio r . O comprimento dessa circunferência
é C = 2πr .
Fazendo n → ∞ então pn tende a C .
b
b
b

b
b

b
b

b
b
b

b
b

b
b

b
b
b

O comprimento da circunferência de raio r é o número real cujas


aproximações por falta são os perı́metros dos polı́gonos regulares
inscritos.
PROFMAT - SBM Área do cı́rculo – II slide 3/8
Duplicação do número de lados
Seja AB = cn o lado do polı́gono regular de n lados inscrito na
circunferência de raio r . O ponto médio do arco AB é C . Assim,
AC = c2n ou seja, AC é o lado do polı́gono regular de 2n lados
inscrito na mesma circunferência.

A b

C b b b b
D
M O

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo – II slide 4/8


2
No triângulo ACD, retângulo em  q AC −CM · CD.
A temos
2
2 = (r − OM) · 2r = 2r r −
Assim, c2n r 2 − c4n ou seja,
r  
p
c2n = r 2r − 4r 2 − cn2
O lado√do quadrado inscrito na circunferência de raio r é
c4 = r 2. Assim, a partir da relação acima, podemos obter os
lados dos polı́gonos regulares de, 8, 16, 32, 64, ..., lados,
duplicando sucessivamente o número de lados.
Considerando a partir de agora a circunferência de raio r = 1
temos os seguintes resultados: r
√ √ √
p q p q p
c8 = 2 − 2, c16 = 2 − 2 + 2, c32 = 2 − 2 + 2 + 2,...
r

q p
O resultado geral é c2n+1 = 2 − 2 + 2 + 2 + · · · com n
radicais.
PROFMAT - SBM Área do cı́rculo – II slide 5/8
Perı́metros dos polı́gonos e o comprimento da circunferência

O perı́metro do polı́gono de gênero 2n+1 é p2n+1 = 2n+1 · c2n+1 .


Quando n → ∞ o perı́metro do polı́gono tende a 2π, que é o
comprimento da circunferência de raio 1.
Assim, aproximações para π podem ser calculadas por
s r

q
n
π≈2 2− 2 + 2 + 2 + ···

com n radicais.

PROFMAT - SBM Área do cı́rculo – II slide 6/8


Use a calculadora
Como usar a calculadora para obter uma aproximação de π?
Vamos mostrar como fazer no caso n = 3. Neste exemplo,
estaremos ainda com um polı́gono de gênero 23+1 = 24 = 16.
A aproximação de π que vamos obter ainda será razoavelmente
distante do valor que conhecemos.
r

q
π1 = 23 2 − 2 + 2

A conta é feita da direita para a esquerda (de dentro para fora).


Digite:

Você pode agora, aumentar o valor de n e obter aproximações


melhores. Entretanto, você vai reparar que, a partir de certo valor
de n a sua calculadora vai começar a dar valores ruins. Você pode
imaginar por que?
PROFMAT - SBM Área do cı́rculo – II slide 7/8
Introdução à Geometria Espacial
MA13 - Unidade 15

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
Axiomas

A1 – Dados dois pontos do espaço existe uma única reta que os


contém.

b r
b B
A

r = AB

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 2/12


A2 – Dados três pontos não colineares do espaço existe um único
plano que os contêm.

π b
b
C
A
b

Π = pl(A, B, C )

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 3/12


A3 – Se uma reta possui dois de seus pontos em um plano ela está
contida no plano.

π r
b
b

A B

A, B ∈ Π ⇒ r = AB ⊂ Π

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 4/12


A4 – Se dois planos possuem um ponto em comum, então
possuem pelo menos uma reta em comum.

α
r
Pb

α 6= β, P ∈ α, P ∈ β ⇒ α ∩ β = r

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 5/12


Determinação do plano

Um plano fica determinado por:

a) Três pontos não colineares. (A2)

b) Uma reta e um ponto fora dela.

c) Duas retas concorrentes.

d) Duas retas paralelas.

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 6/12


Posições relativas entre reta e plano

a) A reta está contida no plano.


b) A reta é secante ao plano.
c) A reta é paralela ao plano.

r ⊂Π s

π b

s ∩ Π = {P} P
r

tkΠ

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 7/12


Posições relativas entre duas retas

Duas retas distintas no espaço podem ser:


a) Concorrentes.
b) Paralelas.
c) Reversas.

A P
b

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 8/12


Ângulo entre reversas

O ângulo entre duas reversas é o ângulo entre duas concorrentes


paralelas a cada uma delas.

P b
θ
r′
r

Na figura acima, r e s são reversas.


Por um ponto P de s foi traçada r 0 k r .
O ângulo entre r 0 e s é, por definição, o ângulo entre r e s.

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 9/12


Retas ortogonais

Se as retas r e s do espaço formam ângulo de 90o dizemos que


r e s são ortogonais.

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 10/12


Posições relativas entre dois planos

a) Paralelos.
b) Secantes.

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 11/12


Ângulo entre dois semiplanos
O ângulo entre dois semiplanos é o ângulo formado por duas
semirretas com origem em um ponto da interseção deles, cada uma
contida em um semiplano e, ambas perpendiculares à interseção
dos semiplanos.

b θ
r

Na figura acima, se θ = 90o os semiplanos são perpendiculares.

PROFMAT - SBM Introdução à Geometria Espacial slide 12/12


Paralelismo
MA13 - Unidade 16

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
Reta paralela a plano

Seja r uma reta e α um plano. São três as possı́veis posições


relativas.

Interseção de r e α Posição relativa de r e α


a própria reta r r contida em α
um único ponto r secante a α
vazia r paralela a α

PROFMAT - SBM Paralelismo slide 2/8


Seja α um plano, s uma reta contida em α e P um ponto
exterior a α.
Seja β o plano que contém s e P.
Pelo V postulado de Euclides existe uma e apenas uma reta r
paralela a s passando por P.

β
P r
b

s
α

A reta r está contida em β e como r não encontra s (que está


contida em α) então também não encontra α.
Logo, r é paralela a α.
PROFMAT - SBM Paralelismo slide 3/8
Teorema 1
A reta r não está contida no α. Se r é paralela a uma reta do plano
α então r é paralela a α.
Hipótese: r 6⊂ α, r k s ⊂ α. Tese: r k α.
Demonstração: Seja β o plano que contém r e s. Assim,
α ∩ β = s.
Imagine, por absurdo, que r encontre α em um ponto P.
b

β P
r

α s

Como P ∈ r e P ∈ α então P está na interseção de r e α, ou seja,


P ∈ s o que é absurdo, pois r e s são paralelas.
Logo, r é paralela a α.
PROFMAT - SBM Paralelismo slide 4/8
Teorema 2
Dois planos são secantes. Se uma reta de um deles é paralela ao
outro então ela é paralela à interseção.
Hipótese: α ∩ β = s, r ⊂ β e r k α. Tese: r k s.
Demonstração:
β r

α s

Considere como na figura α ∩ β = s, r ⊂ β e r k α.


Suponha, por absurdo, que r e s são sejam paralelas. Então existe
um ponto P tal que P ∈ r e P ∈ s.
Como P ∈ s ⊂ α então P ∈ α, o que é absurdo porque r e α são
paralelos por hipótese.
Logo, r e s são paralelas.
PROFMAT - SBM Paralelismo slide 5/8
Planos paralelos

Construção:
São dados um plano α e um ponto P fora dele.
Considere em α duas retas concorrentes r e s.
Trace por P a reta r 0 k r e a reta s 0 k s.
Seja β o plano que contém r 0 e a reta s 0 .

P
b

β r′ s′

α r
s

PROFMAT - SBM Paralelismo slide 6/8


Teorema 3

Os planos α e β e da construção acima são paralelos.


Demonstração:
Imagine que os planos α e β não sejam paralelos. Então eles
possuem uma reta em comum. Seja t = α ∩ β.

P
b

β r′ s′

t
α r
s

PROFMAT - SBM Paralelismo slide 7/8


Continuação
P
b

β r′ s′
t
α r
s

Como r 0 é paralela a r que está contida em α então, pelo teorema


1, r 0 é paralela a α.
Como s 0 é paralela a s que está contida em α então, pelo teorema
1, s 0 é paralela a α.
r 0 está contida em β e é paralela a α. Pelo teorema 2, r 0 é
paralela a t.
s 0 está contida em β e é paralela a α. Pelo teorema 2, s 0 é
paralela a t.
Mas r 0 e s 0 são concorrentes e não podem ser ambas paralelas a t.
Absurdo.
Logo, t não existe e os planos α e β são paralelos.
PROFMAT - SBM Paralelismo slide 8/8
Teorema de Tales, construção de sólidos
MA13 - Unidade 16

Eduardo Wagner

PROFMAT - SBM
Teorema de Tales para planos paralelos
Um feixe de planos paralelos determina sobre duas secantes quaisquer
segmentos proporcionais.
r r′ Na figura ao lado, r e r 0 são secantes
aos planos paralelos α, β e γ.
A α
A′ Uma reta vermelha, paralela a r 0 , e
b
b

passando por A, corta β e γ nos pon-


b B tos B1 e C1 , respectivamente.
B1
β Observe que AA0 B 0 B1 e B1 B 0 C 0 C1
b
b
B′
são paralelogramos.
Assim, AB1 = A0 B 0 e B1 C1 = B 0 C 0 .
No triângulo ACC1 temos BC AB
= BAB 1
1 C1
.
b
C
γ Logo,
A0 B 0
b

C1 b
C′ AB
= 0 0.
BC BC

PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 2/9


Construção do prisma
Seja A1 A2 A3 . . . An um polı́gono contido no plano α e seja B1 um
ponto não pertencente a α. Trace o segmento A1 B1 e os
segmentos A2 B2 , A3 B3 , . . . An Bn , todos congruentes e paralelos a
A1 B1 . O polı́gono B1 B2 B3 . . . Bn está contido em um plano
paralelo a α e é congruente com A1 A2 A3 . . . An . Os quadriláteros
A1 A2 B2 B1 , A2 A3 B3 B2 , . . . An A1 B1 Bn são paralelogramos.

B1 b

b b

B2 B3 A reunião dos dois polı́gonos e dos


b b

n paralelogramos consecutivos é um
prisma de gênero n. Os segmentos
são as arestas do prisma, os polı́gonos
b
são as bases e os paralelogramos são
A1 b b
as faces laterais do prisma.
b b

A2 A3

PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 3/9


Construção da pirâmide
Seja A1 A2 A3 . . . An um polı́gono contido no plano α e seja V um
ponto não pertencente a α. Trace os segmentos
VA1 , VA2 , VA3 , . . . , VAn .
V
b

b b

A1
b b

A2 A3

A reunião do polı́gono A1 A2 A3 . . . An com os n triângulos


VA1 A2 , VA2 A3 , . . . , VAn A1 é uma pirâmide de gênero n. Os
segmentos são as arestas da pirâmide, o polı́gono é a base e os
triângulos são as faces laterais da pirâmide.
PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 4/9
O paralelepı́pedo

Paralelepı́pedo é o prisma cuja base é um paralelogramo


b

PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 5/9


Exemplo 1
ABCD-EFGH é um paralelepı́pedo. Qual é a interseção dos planos
(ACG ) e (BFH)?
H b

P b
b
G
E b

D b

b
b
C
A Q
b

B
O vértice E pertence ao plano (ACG ) porque ACGE é um paralelogramo.
O vértice D pertence ao plano (BFH) porque BFHD é um paralelogramo.
O ponto P, interseção dos segmentos EG e HF , pertence a ambos os planos.
O ponto Q, interseção dos segmentos AC e DB, pertence a ambos os planos.
A interseção dos planos (ACG ) e (BFH) é a reta PQ que passa nos centros
dos paralelogramos ACGE e BFHD.
PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 6/9
Exemplo 2
ABCD-EFGH é um paralelepı́pedo. Mostre que os planos (AFH) e
(GDB) são paralelos. H b

b
G
E b

D b

C
b

A b

B
Os segmentos DH e BF são congruentes e paralelos. Logo, BFHD é um par-
alelogramo e, portanto, FH é paralelo a BD. Então FH é paralela ao plano
(GDB), pois é paralela a uma reta desse plano.
Os segmentos AD e FG são congruentes e paralelos (pois ambos são congru-
entes e paralelos a EH). Logo, AFGD é um paralelogramo e, portanto, AF é
paralelo a DG . Então AF é paralela ao plano (GDB), pois é paralela a uma
reta desse plano.
Como AF e FH são paralelas ao plano (GDB) então os planos (AFH) e (GDB)
são paralelos.
PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 7/9
Exemplo 3

A figura a seguir mostra um paralelepı́pedo e os pontos M, N e P,


cada um em uma aresta. Desenhar a seção no paralelepı́pedo
produzida pelo plano MNP.
b

b
P b

b
b

b
b
M
N

PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 8/9


Solução:
b

b
Q b

P b
b
R
b

b
b

b
Y
b
b
b M
b
N
X

No plano da base a reta MN determinou os pontos X e Y nos


prolongamentos das duas outras arestas da base.
No plano da face lateral esquerda a reta XP determinou o ponto Q
na aresta do fundo.
No plano da face lateral do fundo, a reta QY determinou o ponto
R na aresta lateral direita.
A seção é o pentágono MNPQR.

PROFMAT - SBM Teorema de Tales, construção de sólidos slide 9/9

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