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Universidade Estadual de Campinas

A Técnica Orquestral de Erich Korngold na Música


Cinematográfica

Bolsista: Victor Mateus e Santos RA:148143


Orientador: Prof. Dr. Carlos Fernando Fiorini
Instituto de Artes da Unicamp (Campinas-SP)

Introdução

Durante toda a história da Música, era natural que os Compositores escrevessem suas
peças em função da instrumentação disponível na época. Podemos notar que, no Classicismo,
as peças eram compostas para um número pequeno de instrumentos, onde podemos
encontrar peças que no geral utilizam no máximo uma dupla de cada instrumento de madeira,
um par de cada instrumento de metal (excluindo a Tuba, que não era usual na época), a
Percussão que era bem restrita (onde normalmente encontramos o uso dos Timpanos + 2
Instrumentos que podiam ser: Caixa Clara, Triângulo, Pratos, Gran Cassa...), e as Cordas, que
não eram utilizadas em grande número (sendo um dos motivos, as articulações e ornamentos
bastante utilizados na época que necessitariam de um numero pequeno de cordas para soar
claro e preciso).
Após o Classicismo, no período Romântico, com a entrada de novos instrumentos e a
necessidade da busca por novas sonoridades, a Orquestra aumentou de tamanho, sendo
necessário também, por exemplo, aumentar a quantidade de músicos de cordas para que
pudesse dar equilíbrio sonoro na Orquestra como um todo. E no período pós-romântico, no
século XX, tendo a disposição uma gama ampla de instrumentos, muitos compositores
mantiveram essa concepção de grande Orquestra para escrever suas Obras, buscando explorar
o máximo de cada instrumento estabelecido como parte de uma Orquestra Moderna.

Materiais e Métodos
Para esta pesquisa, foram utilizadas algumas partituras de Korngold datadas de 1908 a
1919 e algumas partituras de obras compostas para o cinema. Para a observação de possíveis
influencias de Korngold em obras da música cinematográfica da atualidade, também foram
analisadas algumas peças do renomado compositor John Williams.
Além das partituras, esta pesquisa também se pautou em alguns livros e materiais,
estes descritos na bibliografia ao final deste relatório. As obras selecionadas foram analisadas
em alguns aspectos que considero ser primordiais para o entendimento sobre a técnica de
escrita orquestral de Erich Korngold: primeiramente, foi coletada a instrumentação utilizada
em cada uma das obras escritas por Korngold durante toda a sua vida e, com este material,
seguiu-se a observação da base instrumental utilizada pelo compositor para a construção de
suas obras orquestrais, considerando a instrumentação de uso mais recorrente. Partindo das
obras escolhidas para a análise, foi levantado a tessitura de cada instrumento em cada uma
das obras, bem como a observação das regiões de escrita mais utilizadas e, iniciando pela
primeira obra orquestral de Korngold, "Der Schneemann", foi feito uma analise técnica das
obras anteriores ao período cinematográfico selecionadas, onde foi observado a técnica de
escrita individual de cada instrumento e suas funções dentro das obras, bem como o uso de
combinações instrumentais (incluindo relações intervalares) para compreender o resultado
sonoro orquestral característico do Compositor desde sua essência. Em seguida foi feito a
mesma análise nas obras cinematográficas, mas também levando em consideração as
possíveis mudanças de escrita instrumental e de orquestração observadas em relação às obras
anteriores, dando maior foco na técnica consolidada nestas obras cinematográficas. E por
último, coletados os resultados da análise feita, foi observado na escrita de algumas obras de
John Williams possíveis influencias da orquestração de Korngold.

Resultados
Instrumentação e Tessitura Geral dos Instrumentos Utilizados
Na questão da Instrumentação utilizada por Korngold em suas peças anteriores ao
período cinematográfico, é de se notar que ele geralmente opta por uma formação específica
onde se faz necessário de dois a três instrumentos de cada uma das madeiras (incluindo o uso
do Piccolo, Corne Inglês, Clarone e Contrafagote).
Em relação ao grupo dos metais, utiliza um padrão de 4 Trompas na maioria de suas
peças, pelo menos 2 Trompetes (passou a utilizar 3 a partir de “Schauspiel Overture”) e ainda
sim em alguns casos utiliza um Trompete Baixo (sendo este, atípico em Obras Orquestrais).
Utiliza também pelo menos 3 Trombones (sendo possivelmente o terceiro, um Trombone
Baixo) e incorporou a Tuba em sua Orquestração a partir de sua Obra “Schauspiel – Overture”.
Em relação à Percussão, nota-se que Korngold utiliza um grande número de
instrumentos, sendo geralmente utilizados no mínimo 4 tipos diferentes (onde os Tímpanos
estão presentes todas as vezes), e que em algumas Obras chegam a ter até 11 instrumentos de
Percussão, como é o caso da Obra “Baby- Serenade”, escrita em 1928. Quanto aos
Instrumentistas, a escrita de Korngold para a percussão exige um Timpanista e até 3
percussionistas para tocarem as linhas dos outros instrumentos de percussão.
Entre os Instrumentos de Percussão, além dos Timpanos, Korngold demonstra também uma
preferência pelo Triangulo, Pratos, Caixa Clara (Snare Drum) e Glockenspiel, que estão
inseridos em quase todas as suas Obras Orquestrais, e utilizados desde sua primeira Obra, “Der
Scheemann”.
A Harpa também é utilizada na maior parte de suas Obras, e nota-se que é parte de
sua identidade musical. Em duas de suas Obras observadas, ele utiliza 2 Harpas, onde
percebe-se sua necessidade devido ao grande número de Instrumentos presentes.
As cordas obedecem o padrão Orquestral estabelecido desde o Classicismo: Violinos I e
II, Violas, Cellos e Contrabaixos. Mas é importante lembrar que as Obras de Erich Korngold
foram pensadas para serem realizadas com um numero grande de músicos de cordas, assim
como as Obras de outros compositores do século XX. Esta afirmação é comprovada por
algumas especificações feitas pelo próprio Compositor em algumas de suas Obras, como é o
caso de sua “Symphonic Serenade, op. 39”, composta em 1947 (no final de sua Vida), onde ele
especifica o uso de 16 Violinos I, 16 Violinos II, 12 Violas, 12 Cellos e 8 Contrabaixos . Outra de
suas Obras em que temos a quantidade de instrumentistas de cordas especificada é a
“Abertura Sinfônica, op.13”, composta em 1919, onde ele também separa os Violinos entre I, II
e III, e as Violas e Cellos entre I e II (o que não é comum), ficando assim: 14 Violinos I, 8
Violinos II, 8 Violinos III, 6 Violas I, 6 Violas II, 6 Cellos I, 6 Cellos II e 8 Contrabaixos.
É interessante observar que as duas peças aqui citadas são de épocas diferentes de sua
Vida, sendo uma composta em sua juventude (1919) e a outra ao final de sua Vida (1947), e
ambas destacam o grande numero de instrumentos de cordas idealizado por Korngold, que
sugere que, no geral, suas outras Obras compostas durante a vida também foram pensadas
para um grande numero de instrumentistas de cordas.
Em algumas Obras específicas, Korngold ainda faz o uso de instrumentos não
convencionais para a Orquestra, como o Saxofone e o Banjo. Mas este detalhe mostra como o
Compositor explorava o campo da Música buscando sonoridades únicas para suas Obras.
Sobre a tessitura instrumental utilizada por Korngold, através da coleta da tessitura de
todas as Obras analisadas (tanto as do período cinematográfico quanto às anteriores), como
também na observação das regiões de escrita mais utilizadas em cada instrumento, pôde-se
concluir que, primeiramente, no geral não houveram mudanças na tessitura utilizada pelo
Compositor entre suas primeiras obras orquestrais e suas obras cinematográficas, o que
contribui para que a sonoridade de suas obras tenham sempre a mesma personalidade
(independentemente da configuração de forma estrutural). O mesmo resultado se encontra na
região de maior uso de cada instrumento, apenas ressaltando que no caso das Flautas e
Violinos I, o uso no extremo agudo é um pouco mais frequente nas obras cinematográficas.
No geral, a análise da tessitura utilizada por Korngold revela sua tendência por
explorar os extremos de muitos dos instrumentos, extraindo as mais diversas sonoridades ao
navegar pelas regiões possíveis de execução de cada instrumento, principalmente por algumas
regiões atípicas para alguns deles.
De acordo com todos os dados coletados, segue abaixo uma média da tessitura
utilizada em cada instrumento (a esquerda) e a média da região de maior uso nas obras (a
direita).
OBS: A escolha dos Clarinetes (em Lá ou Sib) e os Trompetes (em Sib ou Dó) variam de acordo
com cada obra, onde a escolha do Compositor provavelmente é feita de acordo com a
tonalidade em que a obra se encontra.

O Uso dos Violinos como característica marcante do Compositor


Ao apreciarmos uma Obra de Erich Korngold, podemos rapidamente perceber que a
sonoridade resultante da escrita do Compositor é muito singular, principalmente quando
falamos da presença da melodia.
Um dos aspectos mais recorrentes observados na análise das Obras de Korngold (tanto
as Obras pré-hollywoodianas como as cinematográficas) é a escrita combinada dos Violinos I e
II, onde pôde-se concluir que o uso de certos intervalos entre os dois grupos de Violinos é o
principal fator da personalidade tão marcante da sonoridade concebida por Korngold.
Como mostrado anteriormente, Korngold demonstra uma grande preferência do uso
dos Violinos I no extremo-agudo, e a escrita nesta região abre espaço para que os Violinos II
enriqueçam a melodia com o uso de intervalos de 4ª, 5ª e 6ª, onde esses intervalos são
referentes às notas componentes do acorde, que Korngold forma em conjunto com a nota da
melodia nos Violinos I. Para isso, os Violinos II são frequentemente usados em divisi.
Nas primeiras Obras de Korngold, foi observado um uso maior dos Violinos
trabalhando em 8ª entre si (embora em alguns casos o Compositor já utilizava os Violinos II
com intervalos menores em relação aos primeiros), enquanto que as Flautas eram
encarregadas de completar as notas do acorde junto com a nota da melodia nos Violinos I. O
uso das Flautas em conjunto com os Violinos I é constante durante toda a Obra de Erich
Korngold, principalmente para reforçar a melodia dos Violinos. O uso das Flautas ganha maior
destaque no dobramento da melodia dos Violinos nas Obras cinematográficas, em decorrência
da escrita na região muito aguda dos Violinos, onde há a necessidade de dobramento das
Flautas para uma maior projeção.
Em todas as Obras escritas por Korngold, nota-se que os Violinos são utilizados
predominantemente na condução da melodia, onde podemos observar que é característica do
Compositor explorar os Violinos I geralmente numa região muito aguda, região esta que tem
menos projeção sonora que a região intermediária do instrumento. Devido a isso, podemos
encontrar constantemente outros instrumentos (ou grupos instrumentais) dobrando a melodia
dos Violinos I, e o Compositor demonstra uma preferência maior pelas Flautas para esta tarefa
de potencializar a projeção da melodia. Vale ressaltar que o uso das Flautas como dobramento
de melodia dos Violinos não é uma inovação de Korngold, pois podemos encontrar esta
característica em obras de muitos outros compositores anteriores a ele. A sonoridade das
Flautas combinam e se misturam muito bem com os Violinos, especialmente quando estas
estão escritas na região de início das linhas suplementares (onde também começam a ganhar
maior brilho e projeção).
Quanto às obras do período cinematográfico, também podemos encontrar a melodia
dos Violinos I com dobramento dos Violinos II uma 8ª abaixo e, ainda em alguns trechos, com
acréscimo das Violas e Cellos em suas respectivas 8ªs (nesse caso, o uso das Flautas como
apoio dos Violinos é dispensado).
O uso dos Violinos II uma 8ª abaixo dos primeiros trazem um resultado sonoro de
bastante destaque, em que a melodia ganha projeção e brilho. Mas existem outras
combinações de intervalos utilizados por Korngold que são bastante eficientes, como o uso dos
Violinos II uma 4ª abaixo (esta sendo a nota mais aguda dos Violinos II, também podendo ser
acompanhado de um divisi onde a nota inferior, geralmente uma 3ª, completa a tríade com a
nota da melodia nos Violinos I), e esta 4ª resulta em uma sonoridade mais aberta na melodia,
destacando-se de toda a orquestra.
Ainda sobre o uso dos Violinos, nas primeiras obras do Compositor e principalmente
nas composições para cinema, conclui-se que os Violinos são a principal e mais recorrente
escolha de Korngold para a condução da melodia, onde pode-se dizer que houve a
predominância dos Violinos em pelo menos 65% da escrita em cada uma das obras analisadas.
Mas é importante ressaltar que, nas obras cinematográficas, também encontramos sessões
em que a melodia é conduzida pelos Metais, principalmente nas sessões iniciais (geralmente
escritos em FF). Por vezes nestes trechos podemos encontrar o acompanhamento dos Violinos,
mas devido à dinâmica e potência sonora dos Metais, são eles quem predominam
sonoramente enquanto os Violinos funcionam como uma espécie de sustentação. Geralmente
nesses trechos iniciais, Korngold divide a melodia do Tema em duas partes, sendo a primeira
mais impactante (apresentada nos Metais), e a segunda mais branda (apresentada nas
Cordas).
Outra característica marcante na sonoridade das obras cinematográficas de Korngold
(e ainda nas obras anteriores) é o uso do vibratto com bastante expressividade que, embora
não seja tão explicitamente indicado na partitura, é algo bastante observado nas gravações
das obras feitas na época em que os filmes foram lançados. Embora a indicação de
expressividade dos Violinos seja apenas pela a escrita de um "expressivo" na partitura, há
outra característica normalmente utilizada em trechos expressivos que Korngold indica
precisamente em sua escrita: o glissando. Esta técnica geralmente é reservada para os Violinos
I, sempre em movimentos ascendentes e em direção à região mais aguda do instrumento.
(King's Row, pag.32 - Exemplo de glissando na escrita de Korngold como característica de
expressividade em sua obra)

(King's Row, pag.35 - Ainda na mesma obra, na re-exposição do Tema na sessão final, um
exemplo da indicação de glissando no na segunda parte do Tema - conduzida pelos Violinos.
Aqui também podemos observar o uso dos Violinos II em cordas duplas completando o acorde
com as notas oitavadas dos Violinos I, trazendo ainda mais a característica sonora de Korngold)
(The Sea Hawk, pag. 21 - Exemplo de uso dos Violinos)

(King's Row, pag.23 - Violinos I e II separados em dois pentagramas por naipe. Aqui podemos
observar os Violinos I em divisi de 8ª e 4ª entre si, com o complemento dos Violinos II)

(Der Schneemann, pag.1 - Podemos observar já na primeira obra orquestral de Korngold os


Violinos I fazendo a melodia enquanto que os Violinos II se movimentam em cordas duplas de
maneira a completar o acorde junto com a nota da melodia. Aqui Korngold já começa a
imprimir sua personalidade sonora através de sua escrita orquestral)

O Uso dos Metais nas Obras Cinematográficas


Ao observar as primeiras obras orquestrais de Korngold, nota-se que o uso dos
Trompetes e Trombones é bastante econômico limitando-se a trechos específicos, geralmente
para dar volume sonoro e harmônico. Os trompetes, ma maioria das vezes, são utilizados
fazendo intervalo de 3ªs entre si. Quanto aos três Trombones, nota-se que o primeiro e o
segundo trabalham juntos em intervalos de 6ªs e 4ªs, enquanto que o Trombone III
provavelmente era pensado como uma Tuba, principalmente quando observamos sua função
em relação ao Trombone II: os dois são quase sempre escritos com intervalos de 5ª, 6ª ou 8ª
entre si, o que é característica típica de tratamento da Tuba em relação ao Trombone mais
grave em Obras de outros compositores. É importante ressaltar que o uso de 5ªs e 8ªs entre
Trombone Baixo (ou Tuba) e 2º Trombone resulta em um ganho muito grande de corpo
sonoro e presença numa obra, principalmente se a nota mais grave for a fundamental do
acorde, sendo este fato fisicamente explicado por questões de série harmônica.
Ao passar para as obras cinematográficas, os Trompetes, Trombones e Tuba (esta
agora sempre parte da instrumentação utilizada pelo Compositor) ganham um destaque muito
maior em relação às obras anteriores, geralmente trabalhando na apresentação do Tema logo
na sessão inicial das peças, sendo frequentemente escritos em conjunto como um grande
bloco sonoro e harmônico.
Korngold atribui aos Metais uma característica enérgica, iniciando suas obras com uma
grande explosão de força sonora, onde os Metais abrem a melodia escritos em FF, extraindo
desses instrumentos um timbre mais estridente e metalizado (resultado da dinâmica em FF).
Também podemos destacar, sobre o pensamento de escrita do Compositor, a alternância que
ele faz entre os Metais e Cordas, explorando exatamente o contraste do timbre enérgico e
metálico dos Metais com a delicadeza do timbre dos Violinos, enriquecendo o Tema
apresentado.
Em relação às Trompas, nota-se um avanço significativo no seu uso quando
comparamos as primeiras peças orquestrais de Korngold com as do período cinematográfico e
final de sua vida. Em Der Scheemann por exemplo (sua primeira obra orquestral), as Trompas
possuem função exclusivamente de compor a harmonia, sendo muito importantes para unir
cada grupo de instrumentos como um todo. Na maior parte da peça, Korngold aproveita as 4
Trompas colocando notas individuais para cada uma, enriquecendo a sonoridade da música. E
quando o uso é mais contrito, opta por utilizar as Trompas I e II somente, ao invés de escrever
uma linha única para elas, e uma outra nota para a terceira e quarta. Isso deve-se ao timbre
idealizado pelo compositor, e também pelo fato de que, ao utilizá-las sem dobramento, facilita
a afinação entre elas (ainda mais quando não há a necessidade de se usar as 4 Trompas).
Ao observar as obras do período cinematográfico, nota-se a escrita das Trompas muito
melhor trabalhadas, onde Korngold demonstra ter um capricho muito grande na escrita das
Trompas durante todas as peças. Diferentemente das obras anteriores, aqui as Trompas
também são exploradas na condução da melodia, onde geralmente são acompanhadas pelos
outros instrumentos da família dos Metais, e escritas em dinâmicas F e FF. Já em outras
sessões, Korngold explora sua sonoridade de forma delicada, sempre como uma forma de
condução harmônica, mas principalmente destacando-as como uma contra-melodia (nestes
momentos, sempre dialogando com os Violinos), onde o Compositor as coloca de maneira
expressiva e ressaltando as finalizações.
Em relação à escrita das Trompas entre si, nota-se que Korngold procura explorar
sempre as 4 Trompas com notas individuais entre si (tendo poucos trechos escritos a 2). No
geral, a Trompa I tende a fazer uma 8ª acima da Trompa IV, principalmente quando a Trompa I
é escrita com notas no extremo agudo do instrumento (a escrita da Trompa no extremo agudo
é moderada, como apontado na análise da tessitura geral em sua orquestração). A Trompa I
também é geralmente escrita em intervalos de 3ª e 4ª em relação à Trompa III, e intervalos
maiores em relação à Trompa II (geralmente de 5ª e 6ª). É importante esclarecer que, em
geral, na Orquestração de Korngold as Trompas I e II são escritas no mesmo pentagrama, e as
Trompas III e IV no pentagrama inferior (ao contrário do que é utilizado principalmente na
Orquestração de Obras atuais: Trompas I e III, e Trompas II e IV juntas).
A Tuba foi acrescentada na terceira obra orquestral escrita por Korngold (Schauspiel
Overture), onde sua escrita se assemelha muito a do Trombone Baixo nas peças anteriores. Em
todas as obras de Korngold, pôde-se observar que a escrita da Tuba é diretamente relacionada
com os Timpanos e Contrabaixos, onde os Timpanos e Tuba geralmente são tocados em
uníssono ou 8ª, e os Contrabaixos são geralmente tocados em uníssono ou em intervalo de 5ª
com a Tuba. Além disso, esses três instrumentos frequentemente caminham juntos também
na escrita rítmica.

O uso dos Instrumentos de Percussão


Nas obras de Korngold o uso da percussão é bastante variado, contendo sempre os
tímpanos e geralmente mais dois percussionistas, embora esta formação não seja estabelecida
pelo Compositor. Por exemplo, em sua composição para o filme "Captain Blood" (a primeira
obra do compositor para a industria cinematográfica), o uso da percussão se restringe
somente aos Timpanos.
Quanto ao uso dos Tímpanos, pôde-se observar que sua escrita é sempre interligada
aos instrumentos graves da família dos Metais, principalmente em relação à Tuba, onde é
comum encontrar trechos inteiros em que os Tímpanos fazem dobramento direto das notas
escritas na Tuba. Em alguns casos também há o dobramento com os Contrabaixos, mas neste
caso provavelmente Korngold pensou primeiramente na união dos Contrabaixos com a Tuba, e
os Tímpanos entraram como um auxílio de marcação.
Outro instrumento percussivo bastante utilizado nas obras cinematográficas são os
pratos e o prato suspenso. No geral, Korngold utiliza o prato (ou os pratos) no início de suas
obras para dar brilho e abertura sonora para a apresentação do Tema. Outro uso muito
comum (e muito importante) dos pratos é nas passagens de sessão e principalmente nas
mudanças abruptas de fórmula de compasso, tonalidade e andamento, onde geralmente são
acompanhados do prato suspenso fazendo rulo, que mascara e suaviza essas mudanças
abruptas. A eficiência do uso dos pratos para estas finalidades demonstrou ser bastante
positiva principalmente para suavizar as mudanças rápidas de tonalidade, devido à gama
enorme de frequências desprendidas do rulo do prato, que mascaram a mudança de
tonalidade.

O Tamanho da Orquestra para as Obras de Korngold


Com a chegada do século XX e a expansão do número de instrumentos na Orquestra,
naturalmente as obras compostas a partir deste período já eram concebidas para uma
orquestra maior se comparada às obras dos séculos anteriores.
Nas obras de Korngold, nota-se que houve uma evolução na sua técnica de escrita se
compararmos sua primeira obra orquestral com as outras analisadas. Essa evolução
provavelmente foi o que o levou a incluir alguns outros Instrumentos Sinfônicos que ainda não
eram utilizados na sua primeira obra, que são o Clarone, Contrafagote, Tuba e uma segunda
Harpa. Mas, logo na sua Obra Sinfonietta (escrita em 1912, ainda em sua juventude), Korngold
já havia estabelecido a Instrumentação base para suas Obras posteriores e até mesmo as
Obras Cinematográficas: 2 Flautas e 1 Piccolo (ou uma 3ª Flauta), 2 Oboés, 2 Clarinetes,
Clarone, 2 Fagotes, Contrafagote - 4 Trompas, 3 Trompetes, 3 Trombones, Tuba - Timpanos e
Percussão (geralmente, Triangulo, Glockenspiel) - 2 Harpas, Celesta, Piano (este somente nas
Obras Cinematográficas, e geralmente alternando com a Celesta) - Cordas.
Ao observar sua escrita para as Cordas desde o início de sua carreira, pude concluir
que todas as Obras Orquestrais de Korngold devem ser executadas preferencialmente por uma
Orquestra com grande número de instrumentistas de Cordas. Esta afirmação é comprovada
por algumas constatações de escrita e tratamento das Cordas em suas Obras, especialmente
no uso constante de divisi e separação das Violas e Cellos em dois grupos, onde principalmente
os Cellos I tem um uso completamente independente dos Cellos II, o que provavelmente seria
necessário um numero grande de instrumentistas para equilibrar a sonoridade.
Apesar da maior parte de suas Obras não haver especificações sobre o número ideal,
pude encontrar informações em algumas delas, como é o caso de sua “Symphonic Serenade,
op. 39”, composta em 1947 (no final de sua Vida), onde ele especifica o uso de 16 Violinos I, 16
Violinos II, 12 Violas, 12 Cellos e 8 Contrabaixos . Outra de suas Obras em que temos a
quantidade de instrumentistas de cordas especificada é a “Abertura Sinfônica, op.13”,
composta em 1919, onde ele também separa os Violinos entre I, II e III, e as Violas e Cellos
entre I e II (o que não é comum), ficando assim: 14 Violinos I, 8 Violinos II, 8 Violinos III, 6
Violas I, 6 Violas II, 6 Cellos I, 6 Cellos II e 8 Contrabaixos. Com esses dados, pode-se observar
que as duas peças aqui citadas são de épocas diferentes de sua tragetória, sendo uma
composta em sua juventude (1919) e a outra ao final de sua Vida (1947), e ambas destacam o
grande numero de instrumentos de cordas idealizado por Korngold. Levando em consideração
que a Instrumentação geral utilizada nestas obras é a mesma que ele utiliza na maioria de suas
composições orquestrais, é certo dizer que provavelmente todas as suas obras orquestrais
compostas durante a vida também foram pensadas para um grande numero de
instrumentistas de cordas.
Com relação às Obras Cinematográficas, foco principal desta pesquisa, além de possuir
a mesma configuração Instrumental das Obras descritas anteriormente, também destaco esta
afirmação sobre o tamanho Orquestral devido ao equilíbrio sonoro que a escrita de Korngold
sugere, isto é: podemos observar alguns aspectos, como o uso constante dos Violinos na
condução da melodia na região extremo-aguda, ao mesmo tempo que há a presença massiva
dos Metais em FF (sugerindo a necessidade de um grande número de Violinistas para poder
dar volume sonoro ao naipe). Também o uso bastante frequente de divisi nas Violas, onde
Korngold inclusive separa a escrita deste Instrumento em dois pentagramas diferentes, o que
demanda um grande número de instrumentistas a fim de equilibrar a sonoridade com o
restante das Cordas.
Há casos em que podemos encontrar também indicações de numero um pouco menor,
como na abertura da obra cinematográfica "The Adventures of Robin Hood", onde Korngold
sugere o uso de 12 Violinos I, 8 Violinos II, 6 Violas, 6 Cellos e 4 Contrabaixos, porém é
importante observar que nesta obra em particular, Korngold faz pouco uso dos instrumentos
do grupo dos Metais, e o grupo das Madeiras é pouco utilizado em conjunto, o que não torna
necessário um número maior de instrumentistas de Cordas.

A Orquestração na Ótica Macro e Uso das Dinâmicas


Analisando as obras de Erich Korngold em seu planejamento orquestral, foi observado
que ele organiza estrategicamente os instrumentos de forma a trazer grande impacto sonoro
(geralmente no início das obras), e leveza em outros trechos. Esse resultado é alavancado
pelas dinâmicas que são indicadas com precisão em todas as obras, mas principalmente pela
disposição dos instrumentos em sua escrita: nota-se que as obras de Korngold possuem
contrastes entre trechos em tutti e outros com número reduzido de instrumentos. Essa técnica
orquestral (também utilizada por outros compositores, mas que passou a ser explorada com
maior contraste na música cinematográfica) utiliza uma quantidade grande de instrumentos
para trazer impacto sonoro, tanto em questão de volume quanto na riqueza de timbre, para
que então após isso a densidade instrumental se dissolva gradativamente ou abruptamente,
apresentando uma outra sonoridade, agora mais delicada, leve e simples.
Ao diminuir a densidade instrumental, a obra geralmente desperta a expectativa de
um retorno à sonoridade apresentada anteriormente, prendendo a atenção de quem a escuta.
Nestes momentos, Korngold faz uso da dinâmica para imprimir maior expressividade,
geralmente conduzindo a melodia nos Violinos, enquanto que a harmonia é sustentada nas
demais cordas, tendo apoio sutil de alguns instrumentos das Madeiras e em alguns trechos,
das Trompas.

As semelhanças na Orquestração das Obras de John Williams


Esta pesquisa se compete apenas na observação de semelhanças e diferenças na
escrita orquestral, não levando em consideração as técnicas composicionais dos dois
compositores.
Ao analisar várias das obras do renomado compositor John Williams, e
desconsiderando as características composicionais (que são particulares de cada compositor),
pôde-se observar que a escrita instrumental e orquestral das obras John Williams possuem
algumas similaridades com as de Erich Korngold. Essas similaridades são encontradas em maior
parte nas obras de John Williams datadas da década de 70 e 80, haja visto que as obras
posteriores a este período passam a adquirir alguns outros traços na orquestração.
Certamente um dos aspectos mais relevantes seja o conceito da escrita e da função
empregada aos instrumentos de Cordas, e alguns gestos de escrita atribuídos às Madeiras
(principalmente em relação às Flautas). Assim como nas obras de Korngold, podemos observar
o uso constante dos Violinos I e II em 8ª, sendo também os Violinos I escritos na região mais
aguda do instrumento. Nota-se também alguns trechos com uso dos Violinos II em notas
duplas ou divisi completando tríades com a nota nos Violinos I, mas no caso de John Williams,
esta técnica é utilizada criteriosamente em alguns pontos específicos da obra, onde o
Compositor explora este tipo de sonoridade para trazer uma grande expressividade na
melodia. Em alguns casos como em "The Raider's March", esta técnica é utilizada nos Violinos
em todos os momentos em que estes estão conduzindo a melodia, remetendo claramente ao
mesmo tipo de sonoridade que encontramos nas obras de Korngold. Mas vale ressaltar que,
nesta obra em questão, a melodia é conduzida nos Metais em quase toda a peça.
Sobre o tratamento orquestral para a condução melódica, pôde-se observar no geral
uma mesma configuração nas obras de John Williams em relação às de Korngold. Por exemplo,
em "Star Wars - Main Title" o Tema é inicialmente dividido em duas partes, onde há o uso dos
Metais na abertura e sessão inicial para trazer grande impacto sonoro e ao mesmo tempo
apresentar a primeira parte do Tema (enquanto as Cordas servem de sustentação harmônica),
e a segunda parte do Tema em contraste com a primeira, é apresentado nos Violinos enquanto
que os Trompetes, Trombones e Tuba ficam em pausa. Aqui vale ressaltar que, nas obras de
John Williams, os Violinos I e II são utilizados constantemente em uníssono, geralmente
fazendo 8ª com as Violas e somente fazendo 8ª entre si quando os Violinos I são escritos na
região mais aguda do Instrumento (embora o uso em 8ªs também seja frequente em muitas
das obras de John Williams, haja visto que a orquestração de suas peças incluem bastante os
Violinos I na região mais aguda do Instrumento.
A escrita das Flautas e das demais Madeiras também trazem semelhanças significativas
com a escrita de Korngold. Além de observar as Flautas trabalhando na condução da melodia,
pôde-se notar também alguns gestos de escrita iguais aos utilizados nas obras
cinematográficas de Korngold presentes nas obras de John Williams, como sequências rapidas
de notas em movimento ascendente entre as frases melódicas, observadas em "Flying Theme"
(do filme E.T. - O Extra-Terrestre) e em outras peças. As demais Madeiras também seguem a
mesma idéia de escrita das obras de Korngold, tendo funções de dobramento (normalmente
na melodia), construção harmônica, e como forma de enriquecer a sonoridade através de
intervalos de 6ª, 5ª e 3ª em relação às Flautas e Violinos (quando estes estão conduzindo a
melodia).
Nas obras de John Williams, pôde-se observar que o uso dos Metais na condução da
melodia é mais recorrente do que na orquestração de Erich Korngold, embora o tratamento
dos Metais entre si é bastante parecido, ou seja, podemos encontrar por exemplo a Tuba
geralmente fazendo dobramento com os Contrabaixos e até mesmo com o auxilio dos
Timpanos como forma de marcação das notas. Também foi observado que a escrita dos
Trompetes e Trombones enquanto condutores da melodia (onde há uma riqueza harmônica
dentro do grupo instrumental) também é muito semelhante com a escrita de Korngold, bem
como o uso destes mesmos instrumentos enquanto sustentação harmônica, onde são escritos
com notas mais longas e dinâmicas menos intensas.
Em relação às Trompas, a orquestração das obras de John Williams revela uma atenção
muito maior para esse instrumento no uso da condução melódica, mas que também se
assemelha muito a Korngold no tratamento instrumental dado para as sessões em que as
Trompas são utilizadas para a construção harmônica, trazendo o mesmo aspecto sonoro de
presença harmônica que encontramos nas obras de Korngold. Na orquestração de ambos os
compositores, as quatro Trompas são utilizadas constantemente em quase toda a obra.
A instrumentação utilizada nas obras de John Williams é basicamente a mesma de
Korngold, com a diferença de que John Williams não faz uso do Clarone e nem de uma
segunda Harpa (como é utilizado nas obras de Korngold), mas é característico das obras de
John Williams uma Harpa, Piano e Celesta. No caso dele, há também o uso do Contrafagote em
algumas das obras (instrumento este bastante encontrado na orquestração de Korngold, mas
não existente em nenhuma das obras cinematográficas analisadas). Na orquestração das obras
de John Williams, a Harpa também é escrita de maneira a trazer movimento, enquanto que o
Piano em alguns casos recebe um tratamento um pouco diferente das obras de Korngold,
tendo até mesmo maior número de trocas para a Celesta durante as peças.

Discussão e Conclusão
Diante da análise feita nas obras de Korngold, conclui-se que há um conjunto de
elementos na técnica orquestral do Compositor importantes para a construção da
personalidade sonora presente em suas obras. A análise instrumental e orquestral das obras
de Korngold, seguindo cronologicamente por suas primeiras obras até as composições para
Cinema, mostra que muitas das diferenças encontradas nos dois extremos são parte de sua
evolução como compositor, bem como o enriquecimento de sua técnica para imprimir uma
personalidade própria à sonoridade da orquestra.
Nota-se claramente que a combinação de intervalos específicos entre notas (descritos
nesta pesquisa) e a combinação de alguns instrumentos são dois dos grandes fatores que
resultam na sonoridade marcante das obras de Korngold. Mas, possivelmente a principal
característica de sua escrita é a região em que os instrumentos são escritos, principalmente
quando falamos dos Violinos em sua região mais aguda (com a expressividade na execução
indicada na obra), o que também leva o Compositor a inserir alguns outros instrumentos como
auxílio dos Violinos quando estes estão conduzindo a melodia, caracterizando ainda mais a
sonoridade de suas composições.
Erich Korngold foi precursor na arte de compor para o Cinema, transformando a
indústria cinematográfica ao estabelecer um modelo de trilha sonora que é utilizado até os
dias de hoje. Sua técnica de escrita deixou possíveis traços na escrita orquestral de outros
compositores cinematográficos da atualidade (neste caso, não é possível afirmar que houve
uma influência direta, mas há evidências de semelhanças significativas). Mas ainda que não se
possa afirmar que algumas obras como as de John Williams tenham a orquestração de
Korngold como referência, esta pesquisa observou algumas semelhanças importantes que
aproxima a escrita orquestral das obras dos dois compositores, embora cada um tenha sua
própria personalidade composicional.

Referências Bibliográficas
BARROS, G; GERLING, C. Análise Schenkeriana e performance. Opus, Goiânia. 2007.

CORRÊA, A. O Sentido da análise musical. Opus. 2006.

CADWALLADER, A. Analysis of tonal music: A Schenkerian Approach. New York: Oxford


University Press. 2007.

SCHOENBERG, A. Fundamentos da composição musical. Tradução de Eduardo Seincman. São


Paulo: EDUSP, 1991.

STAINES, J. The Rough Guide to Classical Music. 2010, p285-288.

STANLEY, Sadie & GROVE, George: The new Grove Dictionary of Music and Musicians.

CARROLL, Brendan G. The Last Prodigy. A Biography of Erich Wolfgang Korngold.

BURLINGAME, J. "Erich Wolfgang Korngold: A Retrospective". 1 video de (9 min).

THOMAS, T. Korngold: Vienna to Hollywood, Turner Entertainment (1996).

WINTERS, BEN. Erich Wolfgang Korngold's the adventures of Robin Wood: a film score guide.
c2007.

DANIELS, D. Daniels Orchestral Music.


Perspectivas de Continuidade e Outras Atividades de Interesse
Esta pesquisa despertou meu interesse para outros aspectos das obras de Erich
Korngold, como por exemplo o processo composicional e principalmente sobre a escrita
harmônica em suas peças. Tenho muito interesse em continuar a pesquisa sobre a Música de
Korngold também analisando suas obras por estes outros pontos de vista.
Esta pesquisa foi focada na obra de Korngold, mas o pouco que pude analisar
comparativamente as obras de John Williams, me interessei imensamente em poder analisar
mais a fundo a técnica orquestral deste outro grande compositor, com maior atenção em
todos os aspectos possíveis. John Williams é considerado um dos maiores (senão o maior)
compositor de trilhas sonoras do mundo, e poder ter uma maior compreensão de sua escrita é
algo que enriqueceria imensamente meu conhecimento sobre esta área do mundo musical a
qual me desperta tanta atenção.
Todo o processo desta pesquisa também despertou em mim a grande perspectiva de
um futuro Mestrado, que pretendo iniciar o mais breve possível. Gostaria de continuar nos
temas de Orquestração e Música Cinematográfica, podendo focar também na arte da regência
em processos de sincronia das obras com a cena para qual elas foram escritas.

Agradecimentos
Agradeço primeiramente ao meu Orientador, Prof. Dr. Carlos Fiorini, pela confiança e
apoio na elaboração desta pesquisa, e por todo o conhecimento e clareza que me
proporcionou durante todos os anos da minha graduação, abrindo toda a minha visão no
mundo da Música.
Também agradeço à Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, por todas as
ferramentas que me proporcionou na vida acadêmica, me permitindo uma imersão na Música
em suas mais variadas formas.

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