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Aula 04

Professor: Vicente Camillo


Microeconomia
Analista (Área 3) – BACEN
Teoria e exercícios comentados
Prof. Vicente Camillo

Aula 03. Teoria da Produção: Custos

SUMÁRIO PÁGINA
1. CUSTOS: CONCEITOS INICIAIS 03

2.CURVAS DE CUSTO 06

3. RENDIMENTOS DE ESCALA E FUNÇÃO 13


CUSTO

4. CUSTOS NO LONGO PRAZO 15

5. ISOCUSTOS E MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS 18

6. EXERCÍCIOS E GABARITO 21

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1. CUSTOS: CONCEITOS INICIAIS

A intenção principal das firmas é maximizar o lucro. Como o


lucro é obtido a partir da diferença entre a receita e o custo de
produção, a firma pode maximizar o lucro através da maximização
da receita para um determinado custo, ou ao contrário, minimizar
o custo para uma dada receita.

As duas alternativas acima apresentadas funcionam na resolução


deste problema de maximização de lucros. O motivo é simples. Para
produzir, as firmas precisam incorrer em custos, pois precisam
contratar funcionários, alugar (ou comprar) instalações, investir nos
mais diversos bens de capital necessários para a produção, entre
outros. Tudo isso representa custos de produção que, considerando-
se uma empresa maximizadora de lucros, pode ser minimizado para
uma dada produção.

Antes de iniciar toda esta análise, é importante definirmos quais os


tipo de custos que uma firma incorre em sua produção:

 Custos Fixos  Os custos fixos são aqueles que independem


do nível de produção, tendo de serem pagos mesma que a empresa
não produza nada. Ou seja, a empresa possui custos fixos mesmo
que não produza nada. Eles geralmente refletem despesas
existentes desde que a firma comece a operar, como alugueis,
entre outros. É interessante notar que os custos fixos estão ligados
aos fatores fixos de produção, os quais existem apenas no curto
prazo. Assim, podemos afirmar que a existência de custos fixos se
justifica apenas se análise for de curto prazo. No longo prazo, todos
os custos são variáveis, pois todos os fatores de produção assim
também são.

Por fim, cabe comentar a existência de custos quase fixos. Como


afirmado acima, os custos fixos existem no curto prazo
independentemente da firma produzir: por exemplo, mesmo que ela

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não produza nada, o aluguel do espaço que ocupa deve ser pago. Já
os custos quase fixos são aqueles que precisam ser pagos quando a
empresa produz alguma coisa. A energia é um bom exemplo, pois
podemos assumir que a firma irá incorrer em custos de energia
apenas quando produzir alguma coisa. Atenção que, diferentemente
dos custos fixos, os custos quase fixos existem no longo prazo.

 Custos Variáveis  Como o nome já diz, são os custos que


variam à medida que a produção varia. Estão ligados aos fatores
variáveis de produção. Desta forma, podemos considerar que o
fator trabalho é variável no curto prazo, sendo que no longo prazo
tanto o capital, como o trabalho, são custos variáveis.

 Custos Irrecuperáveis  Os custos irrecuperáveis,


considerados uma espécie de custo fixo, são aquelas despesas para
as quais não há aproveitamento alternativo. Ou seja, a firma
incorre em custos irrecuperáveis quando promove dispêndios que
não podem ser utilizados em outra atividade, mas tão somente por
aquela que a empresa realiza. Enquanto, por exemplo, a compra de
um móvel é um custo fixo, as despesas com pintura de uma sala
comercial são custos irrecuperáveis, pois servem apenas por um
período àquela sala comercial.

Como já foi possível notar, os custos estão intrinsecamente ligados


aos fatores de produção. A contratação de mais trabalhadores, por
exemplo, exige o pagamento de salários, o que é considerado um
custo. Da mesma forma, a utilização de um imóvel exige o
pagamento de aluguel.

Se consideramos uma função de produção como a apresentada na


aula passada = ( , ), podemos analisar os custos como o preço
de empregar os fatores capital e trabalho na produção.

Assim, considerando que K represente a quantidade de capital, L a


quantidade de trabalho, r o preço do capital por unidade e w o

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preço do trabalho, podemos escrever a condição que queremos da
seguinte forma:

De modo que: = ( , )

Ou seja, a ideia é minimizar os custos, que consistem na soma dos


pagamentos feitos aos fatores capital e trabalho, considerando uma
determinada quantidade de produção Q.

Mais adiante voltaremos a este assunto, mas esta breve introdução


já é suficiente para continuarmos.

2. CURVAS DE CUSTO

As curvas de custo consistem na maneira gráfica de demonstrar a


função de custo da firma. Já vimos que os custos podem ser
expressos na forma de custos fixos e variáveis. Para facilitar,
podemos considerar os custos irrecuperáveis como fixos, até porque
eles realmente são custos fixos.

Em termos mais matemáticos, os custos fixos não dependem do


nível de produção, pelo que podemos representá-los como
uma constante:

Já os custos variáveis dependem do nível de produção Q, pelo que


podem ser sistematizados da forma que segue:

( ) = ( )

o índice (q) representa a quantidade produzida

Desta forma, o custo total pode assim ser expresso:

( ) = + ( )

Tendo esta ideia em mente, vamos analisar as curvas de custo


médio e custo marginal. Lembrando que a análise a seguir

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considera o curto prazo, o que é obvio, tendo em vista a existência
de custos fixos.

 Custo Médio

O custo médio mede o custo por unidade produzida. Para


encontrar o valor do custo médio, podemos utilizar a função de
custo total e dividi-la pela quantidade de produção. O resultado será
o custo por unidade produzida. Mais simples, impossível.

Aplicando este conceito à matemática, temos que:

( ) = + ( )

+
=

( ) = + ( )

Ou seja, o custo total é representado pela soma entre o custo fixo


médio (CFMe) e o custo variável médio (CVMe).

Separá-los é muito importante para a análise. Imagine o que ocorre


com o custo fixo médio quando a produção aumenta. À medida
que a firma produz mais e o custo fixo permanece no mesmo
valor, o custo fixo médio é reduzido.

Isso pode ser visto a partir de um simples gráfico:

CMe

A ideia faz todo sentido. Como o


custo fixo é FIXO, o aumento da
produção Q reduz o custo fixo
CFMe
médio, da maneira como está
representado no gráfico.

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Prosseguindo, o custo variável médio apresenta comportamento
contrário ao custo fixo médio. À medida que a produção
aumenta, o custo variável médio provavelmente irá
aumentar. Mas, por qual motivo?

Se a firma iniciar a produção do zero, o aumento de zero para 1


unidade produzida irá elevar o custo nesta mesma medida. Ou seja,
o custo variável médio será o custo médio desta 1 unidade
produzida. À medida que mais unidades são produzidas é de se
esperar que o custo variável médio aumente, pois a produção está
restringida por fatores fixos de produção, custos fixos e
rendimentos marginais decrescentes.

Assim, como a produtividade marginal do fator variável de produção


é decrescente, a produção se eleva cada vez menos à medida que
novos unidades do fator de produção são alocadas: isso representa
um aumento no custo variável médio.

Graficamente, ficamos com o seguinte:

CMe

Devido aos rendimentos marginais


decrescentes, à existência de
CVMe
fatores fixos e de custos fixos, o
custo variável médio aumenta à
medida que a produção se eleva.

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E para encontrar o gráfico do custo médio (CMe) basta unir os dois
gráficos. O custo médio é o seguinte:

CMe

A redução iniciar do custo médio


com o aumento da produção deve-
CMe
se ao custo fixo médio. O posterior
aumento, ao custo variável médio.

 Custo Marginal

O conceito “marginal” já não deve ser mais segredo neste ponto do


curso. Ele mede a variação de um parâmetro de interesse, dada a
variação de outro termo.

Aqui estamos interessados no custo. Assim, o custo marginal é a


variação no custo total dada uma variação na produção. E,
como já sabemos, no curto prazo apenas o fator trabalho pode se
modificar e, assim, variar a quantidade de produção. Dito de outro,
o custo marginal é resultado da mudança no custo variável, até
porque o custo fixo é constante.

O custo marginal mede uma taxa de variação, de forma que avalia


a variação no custo total dada uma variação na produção. E taxas
de variação podem ser encontradas pela aplicação da derivada.

Matematicamente, temos que:

+
= =

ou

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ou, ainda

( )=

Como citado, o custo marginal (CMg) mede o quanto varia o custo


total devido a uma variação na quantidade produzida. Isto pode ser
encontrado de dois modos. Primeiro, através de uma operação
matemática de diferença, em que se subtrai o custo após a variação
na produção pelo custo antes da variação, dividindo este resultado
+
pela variação na produção .

A forma mais simples é através da derivada. Simplesmente deve-se


derivar a função de custo total pela variável Q.

Vamos ver um exemplo. Imagine a seguinte função custo:


= + . A variação no custo total, dada uma variação
marginal na produção, é de quanto? Dito de outro modo, qual o
valor do custo marginal? Precisamos somente derivar, como segue
abaixo:

= +

= +

Portanto, este é o custo marginal.

Por fim, a última (e mais complicada) forma de analisar o custo


marginal é pela divisão entre o rendimento do fator trabalho (w) e a
produtividade marginal do trabalho (PMgL). Esta forma é mais difícil
de aparecer em concursos, mas o insight que oferece é importante:
o custo marginal por unidade extra de produção obtida é igual à
razão entre o salário para ao trabalhador e sua produtividade
marginal.

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 Custo Médio x Custo Marginal

Mais importante do que o conceito individual das formas de custo


que acabamos de apresentar, é saber como eles se relacionam e
como isto pode ser expresso graficamente.

Imagine que a firma está situada na faixa decrescente da curva de


custo médio. Como já sabemos, esta faixa é explicada pela
existência de custos fixos. Neste ponto, onde está a curva de custo
marginal? Certamente abaixo da curva de custo médio.

Mais uma vez, a razão disto é muito simples. Na faixa decrescente,


o custo médio é reduzido à medida que a produção cresce. Para isto
acontecer, é necessário que a produção adicional acrescente custos
inferiores à média. Ou seja, para a média cair, é necessário
adicionar custos inferiores à média: assim, o custo marginal é
inferior ao custo médio neste trecho.

O mesmo raciocínio aplica-se ao trecho crescente da curva de custo


médio. Para que a média aumente, os custos adicionais precisam
ser superior à média. Ou seja, neste ponto a curva de custo
marginal encontra-se acima da curva de custo médio.

Evidente que se antes a curva de custo marginal estava abaixo da


curva de custo médio e após encontra-se acima, elas precisaram se
cruzar. E isto acontece no ponto mínimo da curva de custo médio.
Isto é, a curva de custo marginal se encontra com a curva de
custo médio no ponto mínimo desta.

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Graficamente, as curvas se comportam como visto abaixo:

CMe
CMe
CMg

CVMe

Q
Podemos resumir a relação entre custo médio, custo variável médio
e custo marginal como segue abaixo:

 A curva de custo médio é decrescente no início, devido ao


custo fixo médio, mas depois se torna crescente, em vista do custo
variável médio

 Como observamos, o custo variável médio é crescente. Ele é


zero para produção de zero unidades, mas pode ter um trecho
decrescente.

 O custo marginal e o custo variável médio são os mesmos


para a primeira unidade produzida. O custo marginal não é igual ao
custo médio na primeira unidade produzida devido aos custos fixos.

 O custo marginal é igual ao custo variável médio mínimo e


custo médio mínimo. Ou seja, a curva de custo marginal cruza estas
duas curvas em seus ponto mínimo.

 Produção e Custos em 2 unidades

É muito comum as Bancas utilizarem em suas questões a hipótese


de produção em 2 unidades produtivos. Acabamos de analisar até
agora a produção em apenas 1 unidade produtiva. Mas, o que
ocorre se a firma decidir produzir em 2 unidades?

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Imagine que tenhamos 2 unidades produtivas, cada uma com sua
função de custo, que podemos chamar respectivamente de C1 e C2,
as quais desejam dividir a produção de determinado bem. De
acordo com nosso problema inicial, elas desejam produzir uma
determinada quantidade de produto com o menor custo possível.

É natural que, caso o custo de produção de uma das unidades é


superior ao custo da outra unidade, a melhor decisão será transferir
produção da unidade mais custosa para a outra menos custosa, de
modo que se torne mais barato produzir a mesma coisa.

Este insight pode se traduzido para a microeconomia na forma de


= . Ou seja, para que a firma maximize a produção total
com o menor custo possível (considerando as duas unidades
produtivas), ela deve produzir no ponto em que o custo marginal de
produção em cada unidade produtiva é igual.

Suponha que o custo marginal da unidade 1 é superior ao custo


marginal de produção da unidade 2 ( > ). Nesta situação,
uma variação positiva na produção em 1 é feita com custos maiores
do que em 2. A decisão óbvia da firma é produzir em 2, pois lá pode
variar positivamente a produção com custos menores. No entanto,
devido aos rendimentos marginais decrescentes, cada nova unidade
produzida em 2 será feita com custos marginais maiores, até o
ponto em que =

Desta forma, no ponto ótimo, a firma gera unidades extras


de produção com o mesmo custo marginal nas duas unidades
produtivas.

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3. RENDIMENTOS DE ESCALA E FUNÇÃO CUSTO

Relacionar os rendimentos de escala da produção e a função de


custo traz insights muitos bons no momento de resolver questões
de concursos.

Apenas lembrando os conceitos de rendimentos de escala:

 Rendimentos Crescentes de Escala  O aumento no


emprego dos fatores produtivos em determinada escala resulta em
aumento da produção em escala MAIS elevada. Por exemplo, se
elevarmos a quantidade de capital e trabalho em 10% e a produção
se elevar em 20%, há rendimentos crescentes de escala. A lógica é
a mesma aplicada aos rendimentos marginais crescentes, só que
aqui ocorre a variação de todos os fatores produtivos.

 Rendimentos Decrescentes de Escala  O aumento no


emprego dos fatores produtivos em determinada escala resulta em
aumento da produção em escala MENOS elevada. Por exemplo, se
elevarmos a quantidade de capital e trabalho em 10% e a produção
se elevar em 5%, há rendimentos decrescentes de escala.

 Rendimentos Constantes de Escala  O aumento no


emprego dos fatores produtivos em determinada escala resulta em
aumento da produção em na MESMA escala. Por exemplo, se
elevarmos a quantidade de capital e trabalho em 10% irá se elevar
também em 10%.

Bom, agora vamos relacionar à função de custo. Imagine que a


firma produz com rendimentos constantes de escala, ou seja, se
duplicar o quantidade de fatores de produção irá duplicar a
produção. Ao duplicar os fatores de produção, sendo que eles são
usados da maneira ótima, a firma irá dobrar também os custos, de
modo que para rendimentos constantes de escala os custos
aumentam na mesma escala da produção. Este conceito é

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importante, pois, para rendimentos constantes de escala, o custo
médio é constante para qualquer nível de produção.

Se considerarmos que a produção apresenta rendimentos


crescentes de escala, o custo irá se elevar em escala menor
que o produto: esta é a essência das produções com rendimentos
crescentes. Se a empresa decide dobrar a produção, ela irá fazer
isto com menos do dobro dos custos, pois, como os fatores de
produção apresentam rendimentos crescentes, eles não precisam
dobrar para que a produção se eleve em duas vezes. Assim, é
natural supor que o custo médio decresce à medida que a
produção aumenta. Ou seja, produzir cada vez mais torna a
produção mais viável.

E para rendimentos decrescentes ocorre o contrário. O aumento da


produção em 2 vezes, por exemplo, exige aumento em escala maior
dos fatores de produção e, consequentemente, aumento em escala
superior dos custos. Ou seja, a firma que opera com
rendimentos decrescentes de escala apresente custo médio
crescente.

Resumindo:

 Rendimentos Crescentes de Escala  Possibilitam o


aumento de produção em maior escala que o aumento dos fatores
de produção  O custo aumenta menos que a produção  O que
corresponde a custo médio decrescente

 Rendimentos Constantes de Escala  O aumento de


produção é feito na mesma escala que o aumento dos fatores de
produção  O custo aumenta na mesma proporção que a produção
 O que corresponde a custo médio constante

 Rendimentos Decrescentes de Escala  O aumento de


produção é feito em menor escala que o aumento dos fatores de

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produção  O custo aumenta proporção maior que a produção  O
que corresponde a custo médio crescente

4. CUSTOS NO LONGO PRAZO

Até o momento consideramos na análise dos custos apenas o curto


prazo. Como consequência, apenas o fator trabalho é variável, e os
demais (capital) são constantes.

A passagem para o longo prazo resulta na variabilidade de todos os


fatores de produção. Ou seja, tanto capital, quanto trabalho, podem
variar e se ajustar ao nível de produção desejado pela firma.

A primeira e importante questão sobre o longo prazo é que não


existem mais custos fixos. A firma pode decidir não produzir
nada e não incorrer em custos fixos: é sempre possível produzir
zero unidades a custo zero, isto é, é possível encerrar as atividades
da firma.

As Bancas costumam cobrar as curvas de custo médio e marginal


no longo prazo. E resolver este problema é muito simples!

Como no longo prazo os fatores de produção não são fixos e não há


custos fixos por definição, é de se esperar que os custos no longo
prazo se encontrem abaixo dos custos no curto prazo. Detalhe: isto
vale tanto para o custo médio quanto para o custo marginal.

Como no curto prazo não há a possibilidade de ajustar o fator


capital, de modo que o fator trabalho apresenta retornos
decrescentes de escala, mais produção é obtida com custos
marginais mais elevados. Já detalhamos isto anteriormente. E, no
longo prazo, isto não acontece. O ajuste entre capital e trabalho é
feito de uma maneira mais desejável, possibilitando à firma
produzir de uma maneira mais eficiente.

Podemos primeiramente avaliar o efeito disto comparando as curvas


de custo médio de curto e longo prazos:

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CMe CMeCP CMeCP

CMeCP
CMeCP

CMeCP CMeLP

As curvas “menores” representam o custo médio no curto prazo


(CMeCP). Como bem sabemos, a curva de custo médio apresenta
um setor decrescente, devido ao custo fixo médio, e outro
crescente, em função do custo variável médio. Aplicando esta ideia
a diferentes níveis de produção, representados pelas diferentes
curvas de custo médio no curto prazo, construímos a curva de custo
médio de longo prazo (CMeLP).

Ela pode ser considerada uma envoltória inferior das curvas de


custo médio de curto prazo, pois o custo médio de longo prazo é
inferior ao custo médio de curto prazo em qualquer nível de
produção.

A mesma ideia se aplica ao custo marginal de curto e longo prazo. A


curva de custo marginal de curto prazo “corta” a curva de custo
médio de curto prazo no ponto mínimo desta. Os motivos para isto
já sabemos.

Acontece a mesma coisa no longo prazo. Abaixo segue o mesmo


gráfico que acabou de ser apresentado, apenas com número
reduzido de curvas de curto para facilitar a visualização:

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CMe CMeCP

CMeCP
CMeLP

CMgCP

CMgCP
CMgLP

Ou seja, o custo marginal de longo prazo (CMgLP) é consistente


com as observações feitas ao custo marginal de curto prazo
(CMgCP).

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5. ISOCUSTOS E MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS

Por fim, para encerrar a aula, vamos retomar o problema da


minimização de custos. Relembrando, podemos considerar que K
representa a quantidade de capital, L a quantidade de trabalho, r o
preço do capital por unidade e w o preço do trabalho. A condição de
minimização de custos consiste em:

De modo que: = ( , )

Ou seja, a ideia é minimizar os custos, que consistem na soma dos


pagamentos feitos aos fatores capital e trabalho, considerando uma
determinada quantidade de produção Q.

A condição de minimização de custos envolve duas funções. Já


vimos na aula passada que a função de produção pode ser expressa
através de uma isoquanta, curva que representa as alocações de
fatores de produção que possibilitam a mesma quantidade
produzida. A isoquanta pode assumir vários formatos, mas o mais
comum é isoquanta que apresente taxa marginal de substituição
técnica decrescente (quanto mais temos de um fator de produção,
menor sua produtividade marginal e, consequentemente, mais
precisamos abrir mão do outro fato para obter a mesma quantidade
produzida).

Já a função de custo mostra que o custo total consiste na soma das


quantidades de fatores de produção (K e L) multiplicadas pelos
seus respectivos preços (r e w). Não há qualquer dificuldade aqui,
pois para obter o custo de qualquer coisa precisamos multiplicar a
quantidade que temos desta “coisa” pelo preço que pagamos por
ela. O custo de 10 unidades de chiclete cuja unidade custa R$ 10,00
é de R$ 100,00. A mesma lógica é aplicada à função de custo, mas
aqui considerados as quantidades de chiclete como sendo
quantidades de capital e trabalho.

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Vamos imaginar que desejamos descobrir as quantidades de fatores
produtivos que resolvem um certo custo. Ou seja:

= +

A expressão acima pode ser representada graficamente como uma


linha reta e nos indica que para cada valor de custo diferentes
combinações de capital e trabalho podem ser utilizadas:

K
As retas paralelas que representam
quantidades fixas de custo têm um nome
criativo: retas isocusto.
As retas mais à direita e acima
representam custos mais elevados, de
modo que a mesma quantidade de
C Retas Isocusto capital e trabalho podem ser combinadas
a um custo mais elevado.
B
Os pontos A, B e C representam esta
ideia. O ponto C é formado por uma
A combinação de capital e trabalho igual
ao ponto A, mas apresenta um custo
superior a A.
Agora, podemos voltar L
ao nosso problema de minimização de custos. Se queremos
obter o máximo de produção para um nível mínimo de custos, a
resolução do problema se torna algo simples. Precisamos da
isoquanta que representa uma maior produção (isoquanta mais à
direita) para uma isocusto que representa um menor custo
(isocusto mais à esquerda). Assim:

K A problema de minimização de custos é


resolvido no ponto A. Nele, temos a
tangência entre a isoquanta e a isocusto

No exemplo, há isoquantas que indicam


um nível superior de produção. Mas fazem
A
isso com custos também maiores. O único
ponto que apresenta o maior nível de
produção possível com o menor nível de
L custos é A
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No ponto onde a isoquanta tangencia a isocusto é satisfeita a
igualdade entre a TMST e a razão entra a remuneração dos fatores
(-w/r).
Assim, temos que:

O termo do lado esquerdo da expressão representa o custo


marginal do trabalho, assim como o lado direito o custo marginal do
capital. A igualdade entre ambos evidencia uma importante
condição de equilíbrio. Caso o custo marginal do trabalho for
superior que o custo marginal do capital, a firma pode contratar
mais capital e menos trabalho, melhorando a sua situação e
atingindo o ponto de custo mínimo para dada quantidade de
produção.

Bom, a parte teórica da aula é esta. Adiante segue uma lista de


exercícios resolvidos de diversas bancas, incluindo exercícios da
ANPEC.

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6. LISTA DE EXERCÍCIOS E GABARITO

01. CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área


IX/Consultor Legislativo/2014/
Considerando que os custos totais das fábricas I e II são
expressos, respectivamente, por CI(yI) = y12 + 2y1 + 4 e
CII(yII) = yII2 + 3 yII + 4, julgue o próximo item.

O custo médio mínimo da fábrica I é de 6/unidade.

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No ponto de custo médio mínimo, a curva de custo médio
intercepta a curva de custo marginal. Desta forma, Custo
Médio Mínimo = Custo Marginal.
Bom, basta encontrar o nível de produção através desta
igualdade acima representada e depois encontrar o custo
médio mínimo.
Custo Médio
CI(yI) = y12 + 2y1 + 4
( + + )
=

= + +

Custo Marginal
CI(yI) = y12 + 2y1 + 4

( + + )
=

= +
Igualando as expressões:

+ + = +

=
= ±
Como o nível de produção não pode ser negativo, y1 = 2. E,
este é o nível de produção que minimiza o custo médio.
Assim, basta substituí-lo na função de custo médio para
encontrar o custo médio mínimo:

= + +

= + +

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GABARITO: CERTO

02. CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área


IX/Consultor Legislativo/2014/
Considerando que os custos totais das fábricas I e II são
expressos, respectivamente, por CI(yI) = y12 + 2y1 + 4 e
CII(yII) = yII2 + 3 yII + 4, julgue o próximo item.

Para o caso da fábrica II, a curva de custo marginal


intercepta a curva de custo variável médio em yII = 2.

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Para saber o nível de produção em que as curvas de custo se
interceptam, basta igualá-las para descobrir o valor da
produção em que isto ocorre.
Então, primeiro iremos descobrir a função de custo médio e
depois a de custo marginal. Em seguida, basta igualar ambas
para saber qual o valor de produção possibilita que as duas
sejam iguais:
Custo Variável Médio
( ) = + +
+
=

= +
Custo Marginal
( ) = + +
( + + )
=

( ) = +
Igualando as funções:
+ = +
=
=
O ponto que isso ocorre é quando a produção é de 0
unidades. Ou seja, a curva de custo variável médio e a curva
de custo marginal não se interceptam quando a firma está
produzindo
GABARITO: ERRADO

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03. CESPE - Analista Legislativo (CAM DEP)/Área
IX/Consultor Legislativo/2014/
Considerando que os custos totais das fábricas I e II são
expressos, respectivamente, por CI(yI) = y12 + 2y1 + 4 e
CII(yII) = yII2 + 3 yII + 4, julgue o próximo item.

Na situação em que se produz y = yI + yII da maneira mais


barata possível, a curva de custo marginal das duas fábricas
juntas é Cma(y) = 2y + 5.

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Microeconomia
Analista (Área 3) – BACEN
Teoria e exercícios comentados
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A questão nos apresenta as funções de custo para as
fábricas I e II. No entanto, solicita o custo marginal ótimo
das fábricas em conjunto. Desta forma, é preciso somar as
funções de custo, considerando que y=yI+yII
( )= ( )+ ( )
= + + + + +
= + + + + +
= + +
( + + )
=

= +

GABARITO: ERRADO

04. CESGRANRIO - Supervisor de Pesquisas


(IBGE)/Geral/2014/
Uma empresa minimizadora de custo total tem duas
instalações fabris, I e II, com os respectivos custos totais de
produção (CTI e CTII) dados pelas expressões a seguir.
CTI = 1 + qI +2qI2
CTII = 50 + qII + qII2
Sejam qI e qII as quantidades produzidas em cada fábrica.
Considerando a produção total (qI + qII) da empresa igual a
6, qual é a produção da fábrica I?
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
e) 6

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Microeconomia
Analista (Área 3) – BACEN
Teoria e exercícios comentados
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Como sabemos, o interesse da firma é produzir o máximo
possível ao menor custo. Para atingir este objetivo, a firma
pode concentrar toda sua produção na fábrica I ou na fábrica
II, ou até produzir um pouco em cada fábrica.
A ideia desta questão é descobrir, então, a produção qu será
feita na fábrica I, considerando o menor custo possível. A
maneira mais simples de descobrir (e também a mais
indicada para concursos) é substituir a quantidade produzida
nas expressões de custo e descobrir qual retorna o menor
custo para a quantidade desejada.
Vejamos:
Produção de 6 unidades na fábrica I
( ) = + +
( ) = + + ×
( ) =
Produção de 6 unidades na fábrica II
( )= + +
( )= + +
=
É possível notar que produzir todas as 6 unidades na fábrica
I resulta em custo menor do que produzir todas as unidades
na fábrica II. Portanto, as 6 unidades são produzidas na
fábirca I.
GABARITO: LETRA E

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Analista (Área 3) – BACEN
Teoria e exercícios comentados
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05. FCC - Auditor (TCE-AM)/2015/
Instrução: Para responder à questão, considere a tabela, a
seguir, que apresenta o custo total e a receita total de uma
firma competitiva:

O custo marginal de produzir a sexta unidade será de


a) R$ 80,00.
b) R$ 10,00.
c) R$ 210,00.
d) R$ 60,00.
e) R$ 70,00.

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Microeconomia
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Teoria e exercícios comentados
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Questão direta.
O custo marginal é indicado pelo custo adicional da próxima
unidade produzida. Assim, o custo a mais em se produzir a
sexta unidade é representado pela diferença entre o custo
total da sexta unidade e o custo total da sexta unidade.
Desta forma:
Cmg = 210 – 150
Cmg = 60
GABARITO: LETRA D

06. FGV - Auditor Substituto (TCE-RJ)/2015/


Em relação à teoria das firmas, é correto afirmar que:
a) caso a receita esteja abaixo do custo total médio, a firma
deverá encerrar as suas atividades;
b) uma firma com custos marginais crescentes e receita
marginal decrescente terá dois pontos ótimos para
produção;
c) o ponto onde a curva de custo marginal intercepta a curva
de custo variável médio é o ponto de custo variável médio
máximo;
d) a diferença entre o custo marginal e o custo total médio é
o custo fixo médio;
e) uma firma minimiza seu custo total médio ao produzir
uma quantidade de bens que iguala seu custo total médio e
seu custo marginal.

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Microeconomia
Analista (Área 3) – BACEN
Teoria e exercícios comentados
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Vejamos as alternativas:
a) Incorreto. Esta alternativa apresenta a regra para a
continuidade da firma. No curto prazo, a firma deve encerrar
sua atividade caso a receita esteja abaixo do custo
VARIÁVEL médio. No longo prazo, como não há a
diferenciação entre custo fixo e variável, a firma deve
encerrar sua atividade caso a receita esteja abaixo do custo
médio. No entanto, como a questão não indicou qual o prazo
de análise, a alternativa está incorreta.
b) Incorreto. A resposta apropriada a este item está na
próxima aula (lá será oferecida a fundamentação completa).
Mas, a alternativa está incorreta pois há apenas 1 ponto
ótimo de produção.
c) Incorreto. Como vimos, é o ponto mínimo da curva de
custo variável médio.
d) Incorreto. Como foi apresentado, o custo total é igual ao
custo fixo mais o custo variável (CT = CF + CV). Da mesma
forma, o custo total médio é obtido pela soma entre custo
fixo médio e custo variável médio (CTMe = CFMe + CVMe).
Assim, o custo fixo médio é igual a diferença entre custo
total médio e custo variável médio (CFMe = CTMe – CVMe).
e) Correto. Esta é a regra do custo médio mínimo. Como
vimos nos gráficos que apresentam os custos, o custo médio
mínimo é obtido quando a curva de custo marginal
intercepta a curva de custo médio. A mesma regra vale para
encontrar o custo variável médio mínimo.
GABARITO: LETRA E

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07. FGV - Analista Judiciário (TJ RO)/Economista/2015
Você é o gerente de uma fábrica que produz móveis em
grande quantidade por meio de equipes de trabalhadores
que utilizam máquinas de montagem. A tecnologia pode ser
resumida pela função de produção, Q = 4 KL, em que Q é o
número de motores por semana, K é o número de máquinas
e L é o número de equipes de trabalho. Cada máquina é
alugada ao custo r = R$12.000 por semana e cada equipe
custa w = R$2.000 por semana. O custo dos móveis é dado
pelo custo das equipes e das máquinas mais R$30.000 de
custo fixo de aluguel por semana. Sua fábrica possui 10
máquinas de montagem e na semana é possível produzir 600
móveis.
O custo médio total dessa fábrica (CMeT) em uma semana é
igual a:
a) R$200;
b) R$250;
c) R$300;
d) R$350;
e) R$400.

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Microeconomia
Analista (Área 3) – BACEN
Teoria e exercícios comentados
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A questão pede o valor do custo médio desta fábrica. O custo
médio é obtido através da soma de todos os custos divididos
pela quantidade total produzida. Como a questão informa, “O
custo dos móveis é dado pelo custo das equipes e das
máquinas mais R$30.000 de custo fixo de aluguel por
semana.”. Adicionalmente, afirma que “cada máquina é
alugada ao custo r = R$12.000 por semana e cada equipe
custa w = R$2.000 por semana.”.
Inserindo estas informações na expressão de custos:
= + +
= . + . + .
= . + . × + .
= . + .
Como é possível notar, precisamos da quantidade de
trabalho empregada para determinar o valor do custo total e,
posteriormente, do custo médio. Podemos encontrar a
quantidade de trabalho pela função de produção.
Substituindo os valores fornecidos pela questão:
=
= ×
=
Substituindo na expressão de custo:
= . × + .
= .
Agora, para encontrar o custo médio, basta dividir o valor do
custo total pela quantidade produzida:

é =

.
é =

é =
GABARITO: LETRA C

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08. FGV - Analista Judiciário I (TJ AM)/Economia/2013/
Considerando as definições de custos totais, médios,
marginais, fixos e variáveis, em um contexto de curto prazo,
é correto afirmar que
a) o custo fixo médio é menor do que o custo variável médio.
b) o custo total é igual à soma do custo de produzir cada
unidade adicional do bem.
c) o custo total médio é sempre menor que o custo variável
médio.
d) o custo total médio cresce sempre que o custo marginal
for menor que o mesmo.
e) o custo fixo médio decresce com o nível de produção.

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Como a questão apresenta uma infinidade de conceitos,


vamos destrincha-los nas alternativas:

a) O custo fixo médio é obtido através da divisão entre o


custo fixo e a quantidade produzida. Devido ao caráter do
custo fixo (não variável com a mudança da quantidade
produzida), o aumento na produção provoca uma redução no
custo fixo médio. Já o custo variável, aquele que varia com a
mudança da quantidade produzida, possui trecho
descendente e depois trecho ascendente (ou seja, ao passo
que a produção aumenta, ele primeiro diminui, mas depois
aumenta). Deste modo, o custo fixo médio nem sempre é
menor do que o custo variável. Por exemplo, a primeira
unidade produzida apresenta custo fixo médio maior ao
custo variável médio, pois praticamente não há diluição de
custo fixo em relação à quantidade produzida (alto custo fixo
em relação à baixa quantidade produzida).
b) O custo total é a soma entre o custo fixo e o custo
variável, que representa o custo de produzir uma unidade
adicional de cada bem.
c) O custo total médio é obtido pela soma entre custos fixo
médio e custo variável médio. Assim, o custo total médio é
sempre maior que o custo variável médio, pois também
considera o valor do custo fixo médio.
d) O custo total médio possui um trecho descendente e outro
ascendente. Ou seja, ele é decrescente à medida que a
produção aumenta até um ponto de inflexão, quando passa a
ser crescente em relação ao aumento da produção. Este
ponto de inflexão ocorre quando o custo marginal passa a
ser superior ao custo médio. Isto pode ser visualizado pelo
seguinte gráfico:

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O custo marginal é igual ao custo variável médio mínimo e


custo médio mínimo. Ou seja, a curva de custo marginal
cruza estas duas curvas em seus ponto mínimo. Assim,
quando o custo marginal é crescente e maior que o custo
médio total, este é crescente
e) Correto! Como já afirmado, o custo fixo médio decresce
com o aumento da produção. A ideia é muito simples: o
aumento da produção não provoca variação do custo fixo e,
desta forma, o custo fixo médio é decrescente em relação ao
nível de produção.
GABARITO: LETRA E

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09. CESGRANRIO - Profissional Básico
(BNDES)/Economia/2013/
Uma empresa produz dois bens, I e II. Seu custo total (CT),
como função dos volumes de produção, é dado pela fórmula

CT (qI , qII) = a + bqI2 + cqII2,

na qual qI e qII são as quantidades produzidas dos dois


bens; a, b e c são parâmetros positivos com as unidades
adequadas.
Pelo exame da fórmula, conclui-se que, em todos os níveis
de produção de I e II, há
a) economias de escala na produção de I
b) economias de escala na produção de II
c) economias de escopo na produção de I e de II
d) deseconomias de escala na produção de I
e) deseconomias de escopo na produção de I e de II

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A questão informa que:
Custo Total = CT (qI , qII) = a + bqI2 + cqII2
a, b e c são maiores que zero
Primeiramente, não é possível afirmar que a firma possui
economias ou deseconomias de escala, pois isto só seria
possível se soubéssemos os valores dos parâmetros a, b e c.
Como sabemos que são maiores que zero, podem apresentar
tanto economias como deseconomias de escala, de acordo
com a variação do custo médio.
Se o custo médio fosse reduzido com o aumento de
produção, haveria economias de escala; caso aumentasse, se
estaria diante de uma produção com deseconomia de escala.
Portanto, o processo apresenta economias/deseconomias de
escopo.
Um processo de produção apresenta economias de escopo
quando o custo para se produzir dois bens conjuntamente é
menor que o custo para produzir estes bens individualmente.
Dito de outro modo, a produção á maior, utilizando a mesma
quantidade de fatores de produção, quando os bens são
produzidos conjuntamente, ao invés de individualmente.
Podemos verificar a existência (ou não) de economias de
escopo da seguinte forma:
, < + ( ) ==> a função ao lado apresenta a
ideia de que existem economias de escopo quando o custo
para se produzir os bens em conjunto (C(q1,q2)) é menor do
que o custo de produzi-los individualmente (C(q1) + C(q2)).
Substituindo a expressão de custos fornecida pela questão,
temos que:
, < + ( )
a + bqI2 + cqII2 < a + bqI2 + a + cqII2
a + bqI2 + cqII2 < 2a + bqI2 + cqII2

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A expressão indica que, de fato, produzir os dois bens em
conjunto é menos custoso do que produzi-los
individualmente, pois o parâmetro a é positivo. Portanto,
existem economias de escopo.
GABARITO: LETRA C

10. CESPE - Diplomata (Terceiro Secretário)/2009/


Para produzir Q unidades de certo bem, uma firma arca
sempre com um custo fixo (CF) de R$ 100, além de um custo
variável (CV) que depende da quantidade produzida, sendo
marginalmente crescente e assim definido: CV = 2 Q2.
Nessa situação hipotética, o custo médio total (CMT) da
firma na produção de 10 unidades é igual a
a) R$ 12.
b) R$ 20.
c) R$ 30.
d) R$ 50.
e) R$ 100.

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O custo médio total é igual ao custo total dividido pela
quantidade produzida: CMeT = CT/Q
Por sua vez, o custo total é igual à soma entre custo fixo e
custo vairável: CT = CF + CV
Utilizando os dados da questão, temos que:
CT = 100 + 2Q2
Substituindo Q por 10:
CMe = CT/Q
CMe = (100 + 2 x 102)/10
CMe = 30
GABARITO: LETRA C

11. CESPE - Analista do Ministério Público da


União/Perito/Economia/2010
Em um processo produtivo, empresas procuram se
comportar de maneira eficiente transformando fatores de
produção em produtos.
Com relação a esse assunto, julgue o item que se segue.

A distância vertical entre as curvas de custo total e de custo


variável é igual ao custo fixo.

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Exato!
De um modo geral, os custos para se produzir qualquer bem
se dividem em custos fixos e custos variáveis.
CT = CF + CV
A identidade acima pode ser representada graficamente.
Como os custos fixos são constantes, a distância entre os
custos variáveis e os custos fixos é exatamente o custo fixo.
Vale lembrar que a distância é uma constante.

GABARITO: CERTO

12. CESPE - Consultor do Executivo (SEFAZ ES)/Ciências


Econômicas/2008
A microeconomia constitui uma importante ferramenta para
analisar o comportamento dos agentes econômicos
individuais.

Acerca desse assunto, julgue o item.


Em determinado processo produtivo, a minimização dos
custos requer que os preços dos insumos sejam iguais aos
seus respectivos custos marginais.

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A minimização dos custos requer que o preço dos insumos
seja igual à sua produtividade marginal e situado na curva
de isocusto mais baixa.
Vamos explicar as duas condições:
 caso um dos fatores de produção apresente
produtividade marginal superior ao seu custo marginal
(preço por demandar mais 1 unidade do insumo), a demanda
por este fator torna-se economicamente interessante para a
firma. Aumentando sua utlização e, considerando o efeitos
dos rendimentos marginais decrescentes, a produtividade
marginal se reduzirá, até o ponto em que a produtividade
marginal é igual ao custo marginal do fator de produção.
 atendido o princípio acima, pode-se considerar que a
empresa opera eficientemente. No entanto, para minimizar
os custos, ela ainda deve operar no ponto em que a
isoquanta encontra a menor curva de isocusto, ou seja, a
produção obtida com o emprego de insumos (representada
por uma isoquanta) deve se encontrar com a curva de
isocusto mais baixa (há várias curvas de isocusto, no
entanto, a mais baixa representa o menor custo em se
empregar os insumos produtivos).
Segue abaixo a ilustração gráfica:

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Microeconomia
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Portanto, para se minimizar custos, a firma deve operar no
ponto em que a produtividade marginal do insumo seja igual
ao custo marginal do mesmo E no ponto em que a isoquanta
encontre a menor isocusto. No gráfico acima, este ponto está
situado em (X*1,X*2)
GABARITO: ERRADO

13. CESPE - Economista (CADE)/2014/


Uma empresa do setor alimentício, com fábricas no Brasil,
pretende adquirir outra empresa, uma concorrente
brasileira. Caso a organização opte por esse investimento,
espera-se, com a substituição das máquinas por outras de
tecnologia mais eficiente, aumentar a produção das duas
empresas combinadas. As características e qualidades dos
insumos, exceto máquinas, e dos produtos são as mesmas
para as duas empresas. O fluxo de caixa anual esperado para
esse investimento, durante os cinco anos seguintes à
aquisição, dependerá de fatores de risco, como a quantidade
de produtos demandada por hipermercados e o preço
cobrado por fornecedores.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue:

A possibilidade de aumento da produção das empresas


combinadas mostra que o custo de produção no curto prazo
é flexível.

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No curto prazo, os custos incorridos são fixos, pois eles são
incorridos independentemente da quantidade produzida pela
firma.
Os custos fixos são aqueles que independem do nível de
produção, tendo de serem pagos mesma que a empresa não
produza nada. Ou seja, a empresa possui custos fixos mesmo
que não produza nada. Eles geralmente refletem despesas
existentes desde que a firma comece a operar, como
alugueis, entre outros.
Considerando apenas o curto prazo, as despesas geradas
pela aquisição de novas máquinas são consideradas como
parte do custo fixo (não do custo flexível, variável), pois são
incorridas independentemente do quanto a firma produz.
GABARITO: ERRADO

14. CESPE - Economista (CADE)/2014/


Uma empresa do setor alimentício, com fábricas no Brasil,
pretende adquirir outra empresa, uma concorrente
brasileira. Caso a organização opte por esse investimento,
espera-se, com a substituição das máquinas por outras de
tecnologia mais eficiente, aumentar a produção das duas
empresas combinadas. As características e qualidades dos
insumos, exceto máquinas, e dos produtos são as mesmas
para as duas empresas. O fluxo de caixa anual esperado para
esse investimento, durante os cinco anos seguintes à
aquisição, dependerá de fatores de risco, como a quantidade
de produtos demandada por hipermercados e o preço
cobrado por fornecedores.
Com base nessas informações, julgue o item que se segue.
A despesa com a substituição de máquinas representa um
custo fixo no curto prazo para essa empresa.

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Os custos fixos são aqueles que independem do nível de


produção, tendo de serem pagos mesma que a empresa não
produza nada. Ou seja, a empresa possui custos fixos mesmo
que não produza nada. Eles geralmente refletem despesas
existentes desde que a firma comece a operar, como
alugueis, entre outros. É interessante notar que os custos
fixos estão ligados aos fatores fixos de produção, os quais
existem apenas no curto prazo. Assim, podemos afirmar que
a existência de custos fixos se justifica apenas se análise for
de curto prazo. No longo prazo, todos os custos são
variáveis, pois todos os fatores de produção assim também
são.
Agora, considere a suposição da questão. A aquisição de
novas máquinas, no curto prazo, é sim um custo fixo para a
firma. Independente da quantidade produzida pela empresa,
ela terá que incorrer na despesa de substituição das
máquinas. O conceito mudaria de figura se avaliássemos no
longo prazo, pois a contratação de mais capital elevaria a
quantidade produzida da firma, modificando a análise (este
custo seria variável).
GABARITO: CERTO

15. (CESPE-UnB - Consultor do Senado – Economia – Política


Econômica) A análise das estruturas de mercado, tanto
competitivas quanto não competitivas, é fundamental para o
entendimento da formação do sistema de preços. Com
relação a esse assunto, julgue os itens subsequentes.
Em uma indústria competitiva, caracterizada pela existência
de custos decrescentes, a curva de oferta de longo prazo é
negativamente inclinada.

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A existência de custos decrescentes possibilita à firma a
redução dos custos médios com o aumento da produção. A
firma situa-se na parte descendente da curva de custo
médio.
Como resultado, no longo prazo, o aumento na oferta é
acompanhado de redução na curva de custo marginal e,
portanto, no ponto de maximização de lucros da firma,
evidenciado curva de oferta negativamente inclinada.
GABARITO: CERTO

(ANPEC/2004/QUESTÃO 03/ADAPTADA) Em relação à


teoria da produção, analise as seguintes questões:

16. Uma firma opera com duas plantas cujos custos são

c1 ( y1 )  y1  45 e c 2 ( y2 )  3 y2  20 , respectivamente.
2 2
y1 e y2 são

as quantidades produzidas. Se y1 + y2 = 12, a produção da


segunda planta, y2 , será igual a 3.

O ponto de equilíbrio da firma com duas plantas industriais


ocorre quando o CMg de um planta é igual ao CMg da outra.
Precisamos encontrar os custos marginais, achar o ponto em
que se igualam substituir na função de produto dado pela
questão. Assim:

CMg1 = 2y1

CMg2 = 6y2

CMg1 = CMg2

y1 = 3y2

Se y1 + y2 = 12

3y2 + y2 = 12

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y2 = 3

GABARITO: CERTO

17. A função de custo de curto prazo de uma firma é c(y) =


3y+10 para y>0 e c(0) = 6, em que y é a quantidade
produzida. O custo quase-fixo da firma é igual a 10.

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Custo fixo é aquele presente no processo produtivo
independentemente da firma produzir ou não. O custo
quase-fixo é a parcela do custo fixo que incorre apenas
quando há produção. Para encontrá-lo é necessário deduzir o
custo fixo de C(0).

Custo Fixo: c(0) = 3y+10 = 10

Custo Quase-Fixo: 10 – 6 = 4

GABARITO: ERRADO

18. O custo total de uma firma é expresso por: 4 y 2  100 y  100

(y é a quantidade). Caso y = 25 unidades, o custo variável


médio será 200.

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O custo variável médio corresponde à razão da parcela
variável do custo pela quantidade produzida. Deste modo:

Parcela variável: 4y2 + 100y

CVM = 4y2 + 100y/y = 4y + 100

CVM (25) = 4 x 25 + 100 = 200

GABARITO: CERTO

19. (ANPEC/2005/QUESTÃO 06/) Considere um mercado em


concorrência perfeita, avalie as afirmativas:

No curto prazo, se o lucro econômico do produtor é positivo,


a produção se faz com custo marginal superior ao custo
médio.

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Sabemos que a curva de oferta é derivada da parte da curva
de custo marginal situada acima da curva de custo médio.
Caso a curva de custo marginal se situe acima da curva de
custo médio, a situação apresenta lucro econômico.

GABARITO: CERTO

(ANPEC/2008/QUESTÃO 06/ADAPTADA) De acordo com a


teoria dos custos de produção, julgue as afirmações:

20. O custo de oportunidade do uso de um recurso


econômico no longo prazo não precisa ser igual ao custo de
oportunidade de seu uso no curto prazo.

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A relação entre custos de curto e longo prazo envolve a
possibilidade de variação de todos os fatores no longo prazo,
e apenas do fator trabalho no curto prazo.

Desta maneira, a variação positiva na utilização do fator


trabalho no curto prazo reduz a produtividade marginal
deste fator, elevando o custo de utilização, assim como o
custo de oportunidade (passa a ser menos custoso trocar
trabalho por capital). No longo prazo, a possibilidade de
variação entre fatores, confere maior flexibilidade ao
processo produtivo e eficiência, além de e, em geral, menor
custo de oportunidade.

GABARITO: ERRADO

21. Custo de oportunidade é um conceito absoluto, e não


relativo.

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O custo de oportunidade é, por definição, relativo, pois mede
o custo em se escolher determinado fator de produção e
abrir mão de outro. Deste modo, ele pode ser representado
pela TMST, que é variável (relativa).

GABARITO: ERRADO

22. Se a função custo de uma empresa é C(qx , qy ) , em que


qx é a quantidade produzida de x e qy é a quantidade
produzida de y e se C(10,100) = 220,

C(0,100) = 160 e C(10,0) = 70, então a empresa não usufrui


de economias de escopo ao produzir 10 unidades de x e 100
unidades de y.

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Economia de escopo é a situação e que a produção de mais
de um bem na mesma produção é realizada com custos
inferiores em relação ao caso de produção individual destes
bens. Assim, a firma opera como economias de escopo
quando obtém vantagens na produção conjunta de mais de
um bem, ao invés da produção em separado.

EM notação matemática, podemos representar desta forma a


existência de economias de escopo:

C(q1, q2) < C(q1) + C(q2)

Assim, utilizando os dados da questão, temos que:

C(q1, q2) = 220

C(q1) = 70

C(q2) = 160

Assim:

220 < 160 + 70

Como o custo em se produzir as unidades em conjunto é


menor do que produzi-las individualmente, há economias de
escopo.

GABARITO: ERRADO

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QUESTÃO GABARITO

01 CERTO

02 ERRADO

03 ERRADO

04 E

05 D

06 E

07 C

08 E

09 C

10 C

11 CERTO

12 ERRADO

13 ERRADO

14 CERTO

15 CERTO

16 CERTO

17 ERRADO

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18 CERTO

19 CERTO

20 ERRADO

21 ERRADO

22 ERRADO

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