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Desperta, tu que dormes

- Jonas
INTRODUÇÃO

No romance O homem com a máscara de ferro, de Alexandre Dumas, o príncipe


Felipe sofre na prisão enquanto seu irmão gêmeo, Luís XIV, ocupa o trono da
França. Felipe é obrigado a usar uma máscara de ferro que esconde sua
identidade. O livro de Jonas também nos fala de um homem que perdeu sua
identidade, mas por razões diferentes. Jonas, o profeta, foge da presença do
Senhor para evitar a ordem de Deus para pregar na odiada cidade de Nínive. Ao
embarcar num navio para a distante cidade de Társis, Jonas espera poder se
esconder no porão. Na história de Dumas, o príncipe Felipe é descoberto e
levado ao trono da França pelos três mosqueteiros; no caso de Jonas, é a mão
soberana de Deus que revela a identidade do profeta, desafiando-o a retomar
seu chamado como profeta do Senhor.

I – QUANDO O MUNDO SE DESESPERA.

Fugindo do Senhor, Jonas comprou sua passagem para a viagem a Társis.


Quando o navio se afastou do porto, seu plano de escapar de Deus parecia ser
um sucesso. Mas Jonas ignorou a persistência soberana do Senhor. Jonas 1.4
nos diz: “Mas o Senhor lançou sobre o mar um forte vento, e fez-se no mar uma
grande tempestade, e o navio estava a ponto de se despedaçar “.

1. Orando sob circunstâncias extremas


É normal um passageiro ficar com medo diante de uma tempestade no mar,
mas marinheiros estão acostumados a ventos violentos e ondas grandes. A
preocupação dos marinheiros mostra que essa tempestade era terrível e que
representava uma ameaça séria ao navio e às suas vidas: “Então, os
marinheiros, cheios de medo, clamavam cada um ao seu deus” (Jn 1.5). Esses
marinheiros são um exemplo da tendência natural do homem de se lembrar de
Deus apenas sob circunstâncias extremas. Podem não existir ateus nas
trincheiras, mas, no fim da batalha, a maioria desses convertidos “sob o fogo
cerrado do inimigo” retorna para a descrença. Isso explica muitas das
provações desse mundo: em sua misericórdia, Deus tenta chamar a atenção
dos homens. Calvino observa: “É difícil uma religião surgir no mundo quando
Deus nos deixa em condições tranquilas. O medo nos compele, mesmo contra a
nossa vontade, a vir a Deus”. Essa tendência aponta para um dos aspectos em
que os cristãos verdadeiros se distinguem do restante da humanidade. O
cristão possui uma fé que resiste a todos os temporais. O espírito de oração
verdadeiro não é invocado apenas no meio do terror, mas surge diariamente de
nosso relacionamento amoroso com o Deus que viemos a conhecer e no qual
confiamos.

2. Perdendo tudo para ganhar a vida.


Os marinheiros fizeram mais do que apenas orar. Devemos sempre combinar
nossas orações com o trabalho que nos foi dado, e nesse sentido os marinheiros
devem nos servir como exemplo: “… lançavam ao mar a carga que estava no
navio, para o aliviarem do peso dela” (Jn 1.5). Era, provavelmente, muita carga
que eles lançaram ao mar. O propósito desses navios era transportar bens de
um lugár para outro; portanto, os marinheiros estavam jogando fora não só
suas posses, mas também seu lucro. Isso revela o relacionamento entre nossa
vida e nossos bens, uma diferença que tendemos a esquecer com facilidade. A
carga representava o sucesso de muito trabalho e esperanças de riquezas
futuras. Mas, com sua vida em risco, os marinheiros não hesitaram e jogaram
fora suas posses para aumentar um pouco a sua chance de se salvar. Isso vale
igualmente para aqueles que possuem muito, quanto para aqueles que têm
pouco. O rei Ricardo III da Inglaterra exclamou em meio à sua derrota na
batalha: “Meu reino por um cavalo!”. Qualquer um de nós também abriria mão
de posse ou dinheiro para salvar a vida. E, mais do que isso, as posses não
definem nem mesmo a qualidade de nossa vida. Jesus disse: “… a vida de um
homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lc 12.15).
Inúmeras pessoas têm refletido sobre essa verdade após a ocorrência de uma
tragédia. Uma certa pessoa contou seu retorno para sua casa demolida após
ser atingida pelo mar de lama da quebra da Barragem de Brumadinho em MG.
Olhando para a casa demolida e os móveis esmagados e para as fotografias
espalhadas, ele percebeu que eram apenas objetos; o que importava era sua
vida. Como é grande a tolice com que acumulamos abundância material, em
busca do prazer passageiro de roupas, móveis e brinquedos novos, enquanto
dedicamos tão pouco esforço às questões da alma.

3. Perdendo tudo, mas não abrindo mão do pecado.


As ações dos marinheiros aterrorizados revelam também a superficialidade com
que a maioria das pessoas vê seus problemas. Eles revelam como
frequentemente e superficialmente tratamos nossos pecados. A raiz do
problema aqui não era o peso da carga, nem mesmo a violência da
tempestade. Homens pensam nesses termos, focando sua atenção em
circunstâncias e suas soluções mais evidentes, mesmo que sejam
custosas, mas não tem a mesma disposição para fazer o que realmente deve
ser feito.  O problema do navio a caminho de Társis era o pecado que se
escondia em seu porão. Nossos verdadeiros problemas estão escondidos nos
baús lacrados, dos porões do nosso coração. Semelhantemente, os problemas
da humanidade resultam da culpa e da miséria provocadas pelo pecado. Assim
como os marinheiros na tempestade,   ESTAMOS INTEIRAMENTE DISPOSTOS   a
procurar a ajuda de Deus para afastar o perigo.   MAS RARAMENTE TEMOS A
MESMA DISPOSIÇÃO  para buscá-lo para que nossos pecados sejam
removidos. Lançamos ao mar os bens e a carga, mas a tempestade continua a
nos castigar, porque o pecado continua a dominar o coração daqueles que se
encontram a bordo do navio da vida. Nada pesa tanto quanto o fardo do
pecado. O problema é que amamos mais o pecado, do que a nossa própria
vida.

Quando se vive no pecado, estamos dispostos a ter todo tipo de perda, menos
lidar com os nossos pecados. Um alcoólatra, ou qualquer outro viciado; é capaz
de jogar no mar, o emprego, os bens, a família, mas não quer lidar com a
idolatria do vício. Uma pessoa amargurada, tenta aliviar a carga jogando no
mar, o peso do relacionamento que causou a dor, para evitar o confronto e o
perdão. Tem ouvido as pessoas dizerem tenho vontade de sumir, de acabar
com minha vida, menos a disposição de mudar de vida, de se humilhar e ser
transformada. Estamos dispostos a fazer qualquer coisa, menos tratar o pecado
escondido no porão do nosso coração.

 
 II – QUANDO MUNDO ORA.

O exemplo dos marinheiros na tempestade nos serve como lição sobre a


religião natural. Mostra que homens não regenerados estão cientes de Deus.

1. A universalidade da oração.
A natureza manifesta Deus claramente, especialmente no poder de grandes
fenômenos como furacões e tempestades violentas. Os marinheiros, a maioria
deles devia ser fenícia, entenderam instintivamente que um poder divino
pessoal estava por trás da tempestade. A razão pela qual essa natureza revela
a existência de Deus é que Deus a criou para este propósito. Paulo diz: “… o
que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes
manifestou” (Rm 1.19). Além do mais, a “UNIVERSALIDADE DA ORAÇÃO” no
meio de tempestades mostra que o homem sabe que Deus é capaz de ajudar e
que, solicitado de modo apropriado, ele também está disposto a ajudar. Mas a
religião natural possui um limite fatal, demonstrado também pelos marinheiros.
Apesar de saberem que Deus existe, eles não conhecem Deus. “… clamavam
cada um ao seu deus” (Jn 1.5) é outra maneira de dizer que cada marinheiro
clamou para qualquer deus que acreditava poder ajudar. Eram como os
atenienses do tempo de Paulo que não só produziram ídolos para cada deus de
sua imaginação, mas também tentaram se garantir com um ídolo “para o deus
desconhecido” (At 17.23). Sua atitude se revela no pedido do capitão do navio a
Jonas: “Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se lembre de
nós, para que não pereçamos” (Jn 1.6).  O que ele quis dizer era, em outras
palavras: “Talvez você conheça um deus que pode nos ajudar. Então, tente!”.
Isso mostra que a multidão de deuses falsos adorados no nosso mundo existe
por causa da ignorância do único Deus verdadeiro. O núcleo da idolatria é o
problema trágico de que, apesar de saber que Deus existe, o homem não o
conhece.

2. A abordagem da oração.
Uma segunda limitação se mostra em sua abordagem à oração. Assim como
não sabem a quem devem orar, os homens naturais também não sabem sob
quais termos suas orações podem ser respondidas. “Eles não sabem se seus
gritos suscitarão qualquer resposta; eles repetem suas orações, mas não sabem
se elas se perdem no ar ou se realmente chegam a Deus”. São esses os dois
grandes problemas da humanidade que apenas o cristianismo pode resolver. A
revelação natural, por meio da manifestação de que existe um Deus, não nos
diz quem ele é. É por isso que Deus nos deu sua revelação especial por meio da
Bíblia. Deus, tendo se revelado por meio dos profetas e dos apóstolos, nos deu
sua revelação última por meio de seu Filho, Jesus Cristo (veja Hb 1.2). Quando
aprendemos sobre Jesus na Bíblia e quando o Espírito Santo imprime sua
verdade em nosso coração, recebemos um conhecimento pessoal de Deus.
Jesus disse: “Quem me vê a mim vê o Pai” (Jo 14.9). Paulo escreve que Jesus “…
é a imagem do Deus invisível” (Cl 1.15). Aquele que crê em Cristo conhece,
portanto, o Deus ao qual ora, pois sua salvação envolve um relacionamento
pessoal com o Pai celestial. E mais: o cristão conhece os termos sob os quais
ele espera que suas orações sejam ouvidas. Visto que o Filho de Deus morreu
por nossos pecados, o cristão que ora em nome de Jesus sabe que,
reconciliando-se com Deus Pai, suas orações são recebidas por Deus como
orações de um filho amado. Orando em nome de Cristo, dizemos: “Pai nosso,
que estás no céu” (Mt 6.9).

III. QUANDO A IGREJA DORME.


Foi precisamente para transmitir esse conhecimento aos pecadores que Deus
chamou Jonas para pregar na grande e má cidade de Nínive. Agora, no navio a
caminho de Társis, Jonas era o único que podia dizer aos marinheiros o que eles
precisavam saber. O problema é que, enquanto os pagãos estavam ORANDO,
Jonas estava DORMINDO: “Jonas, porém, havia descido ao porão e se deitado; e
dormia profundamente” (Jn 1.5).

Uma situação surpreendente, em vista da violência da tempestade. É difícil


explicar como, em meio a essa tempestade, Jonas conseguia dormir no porão.
Mas, vejamos: 

1. Uma falsa segurança.


Talvez o estresse e a ansiedade de sua fuga de Deus haviam deixado o profeta
exausto. Lá no porão do navio, ele, de alguma forma, conseguiu continuar
dormindo a despeito da tempestade violenta. Não importa como o expliquemos,
o sono de Jonas é notável naquilo que diz sobre seu estado espiritual.
Acreditando que havia escapado da presença de Deus, Jonas não estava ciente
do perigo que se aproximava. Ele dormia o sono daquele que se convenceu de
que estava seguro, quando, na verdade, se encontrava em grande perigo.
Quantos de nós iguais a ele existem? Quantos crentes acreditam estar a salvo
em sua rebelião ou seus pecados. A vida parece boa, seus negócios parecem
seguros e tudo parece prosperar. Mas, enquanto isso, a tempestade se
aproxima. Na verdade, os cristãos podem ser os mais presunçosos nesse
sentido, pois conhecem a bondade de Deus. Apesar de estarem alimentando
pecados ou negligenciando obrigações espirituais essenciais, eles continuam
complacentes consigo mesmos. “Deus me perdoará”, pensam, “porque é isso
que Deus faz”. É verdade que a Bíblia revela um Deus paciente e perdoador.
Mas a experiência de Jonas nos lembra de que a santidade de Deus exige que
os incrédulos PRESTEM CONTAS de seus pecados e que seu povo se
ARREPENDA de seus pecados. O escritor de Hebreus afirma: “… o Senhor
corrige a quem ama e açoita a todo filho a quein recebe” (Hb 12.6).

2. Uma falsa sensação de paz.


O fato de que podemos desfrutar um estado espiritual de paz nada diz sobre a
nossa situação verdadeira diante de Deus. Jonas tinha muita paz. Ele estava
dormindo feito um bebê. Ao mesmo tempo em que ele estava fugindo de Deus,
ele estava em paz. Mas, no momento escolhido por Deus, a terrível tempestade
atacou seu navio. Assim como Jonas em seu navio, muitas pessoas hoje em dia
— cristãos e não cristãos — acreditam estar a salvo da jurisdição de Deus
simplesmente porque se mantêm afastadas da igreja. Mas Deus age tanto no
mundo como na igreja, tanto no mar como em terra firme.

IV – QUANDO A IGREJA PÕE EM PERIGO O MUNDO.

Jonas também fornece uma imagem do relacionamento entre a igreja e o


mundo. Por que os marinheiros estavam em tamanho perigo? Não foi por causa
de seus pecados, mas por causa do pecado do profeta! Semelhantemente, a
condição do mundo em qualquer era pode ser remetida à condição da igreja.

1. Quando a igreja obedece, o mundo vai bem.


Quando a igreja está desperta e ativa, exercendo suas obrigações de santidade,
oração e testemunho do evangelho, as coisas vão bem para o mundo. Dessa
forma, podemos REMETER OS AVANÇOS do mundo na qualidade de vida — por
meio da ciência, da medicina, da literatura, do direito ou da ciência política — à
influência do povo de Deus. Um exemplo é o Grande Reavivamento no século
18 na Inglaterra e na América do Norte, durante o qual grande parte da
sociedade se converteu a Cristo. Muitos historiadores atribuem esse
reavivamento à estabilidade da Inglaterra numa era de revoluções e os valores
cívicos, que viabilizou a democracia norte-americana que influenciou muitos
outros países. Pela graça comum de Deus, algumas sociedades floresceram
durante algum tempo independentemente da religião verdadeira (veja o Egito,
a China ou os maias). Mas sempre que as pegadas dos discípulos cristãos
marcaram a terra, isso causou uma melhora em termos de paz, prosperidade e
bem-estar.

2. Quando a igreja desobedece, o mundo está em perigo.


Quando a igreja negligência a Deus, a oração e a Palavra, principalmente o
abandono da lealdade a Cristo, prenuncia nuvens de escuridão e tempestade
sobre o mundo. Um exemplo é a Alemanha dos séculos 19 e 20. No século 19, a
erudição alemã atacou os FUNDAMENTOS BÍBLICOS DA FÉ CRISTÃ. Isso gerou
uma igreja altamente nacionalista, quase totalmente despida do
evangelho. Nesse vácuo espiritual, Adolf Hitler foi capaz de instituir o padrão
nazista e mergulhar o mundo numa guerra.  O nazismo foi gerado no porão da
frieza da igreja.Tragicamente, as décadas recentes demonstram um estado de
declínio semelhante na Europa e na América do Norte, e no Brasil, cujos
resultados devemos aguardar com grande temor. Em todos esses casos, a
situação pode em geral ser remetida aos fracassos da igreja cristã. Assim como
a fuga de Jonas, esse processo começa com a rejeição da Palavra de Deus. E
assim como Jonas no navio com rumo a Társis, cristãos que se desviam da “sã
doutrina” também procuram se refugiar nas descobertas da ciência, nas modas
do mundo acadêmico secular e nas ondas da cultura em voga, em vez de se
firmarem na rocha sólida da Bíblia. O resultado são problemas não só para a
igreja, mas para toda a sociedade.  Isso acontece também num nível individual.
Invariavelmente você trará problemas para a vida de outros e para a sua
própria vida se você caminhar na direção oposta à vontade de Deus. Um
Evangelista cristão observou que aqueles que exercem ministério em prisões
descobriram que o livro de Jonas provoca fortes reações entre os prisioneiros.
“Eles sabem que estão fugindo de Deus. Eles sabem o que significa machucar
outras pessoas, especialmente aqueles que eles amam, quando vão contra a
vontade de Deus.”‘

COMPARE JONAS AO APÓSTOLO PAULO NUMA SITUAÇÃO SEMELHANTE. Atos 27


relata que o navio de Paulo foi assaltado por uma tempestade tão violenta que
a tripulação jogou toda a carga no mar (v. 13-20). Mas, enquanto Jonas
negligenciou sua obrigação de se levantar, orar e pregar aos outros, Paulo se
apressou para cumprir todas essas tarefas. O apóstolo se posicionou diante dos
marinheiros e lhes transmitiu o conselho de Deus. Em decorrência disso, os
marinheiros alcançaram a praia com segurança, apesar da destruição de sua
embarcação (At 27.21-44). Tanto no caso de Jonas como no caso de Paulo, foi a
conduta de fiéis que determinou o destino de toda a tripulação do navio. Isso
lança luz sobre a tragédia do nosso próprio tempo, pois — como Jonas no porão
do navio — grande parte da igreja se encontra adormecida no mundo. Vemos
isso na negligência da oração, na falta de interesse pela verdadeira teologia
bíblica, pela falta de modéstia e da disciplina bíblica. Vemos isso na
superficialidade com que tantos cristãos praticam a adoração e na falta de
preocupação com o testemunho do evangelho para o mundo a nossa
volta.  Podemos resumir a condição do sono com quatro observações.
(a) A igreja adormecida não está ciente de sua condição. Pessoas
adormecidas recuperam sua consciência apenas quando acordam. O sono é um
estado de inconsciência. Enquanto dormimos não temos noção de nada que
acontece a nossa volta.

(b) A igreja adormecida é extravagante. As pessoas adormecidas muitas


vezes fazem coisas em seus sonhos que elas jamais fariam no estado acordado.
As pessoas dizem: “Eu tive esse sonho totalmente selvagem na noite passada”.
A igreja adormecida também se entrega a condutas completamente
extravagantes e incompatíveis com a santidade exigida pela Bíblia.

(c) A igreja adormecida não gosta de ser acordada. Pessoas adormecidas


não gostam de despertador. É por isso que aqueles que tentam despertar a
igreja são tantas vezes desdenhados e desprezados, assim como os profetas
eram apedrejados no Israel da Antiguidade. Ninguém gosta de ser acordado
pelo toque do despertador. Os crentes indolentes não gostam de ser
confrontados.

(d) A igreja adormecida não está vigilante na oração. Como mostra Jonas,
uma pessoa adormecida não ora nem prega a Palavra de Deus.  A falta de
oração é um sinal específico de uma igreja adormecida. A vida de oração da
igreja e sua respiração. Como Jonas no navio, esses cristãos se sentem
desconfortáveis quando alguém se aproxima e pede uma oração. É por isso que
uma tempestade enviada por Deus para nos despertar a orar é sempre uma
grande misericórdia. Foi a graça que enviou a tempestade de Jonas. Deus
poderia ter deixado Jonas dormir até Társis, para assim encerrar sua rebelião de
forma bem-sucedida, mas em sua graça Deus não o deixou
escapar. Semelhantemente, a Bíblia revela que fomes, guerras, depressões
econômicas e perseguições resultam não só do estado adormecido da igreja no
mundo. Mas servem muitas vezes também como remédio de Deus para acordar
seu povo. É por isso que, enquanto o mundo e a igreja se concentra em jogar
sua carga no mar ou em encontrar outra maneira de sobreviver, os cristãos
deveriam responder à tempestade de Deus sondando seu próprio pecado. É o
pecado que incapacita nosso testemunho e nosso trabalho. É o pecado que
provoca a mão repreendedora de Deus.  Portanto, sejamos rápidos no
arrependimento e procuremos a misericórdia do nosso Deus gracioso. Apenas
assim a igreja pode ser uma fonte de salvação para o mundo.

V – QUANDO O MUNDO PREGA PARA A IGREJA.

O livro de Jonas é repleto de ironias, e uma delas é o capitão pagão do navio


gritando para acordar o profeta. Alguém já disse que no século passado a igreja
apontava o dedo para o mundo e clamava: arrepende-se de seus pecados e
mude de vida. Agora o mundo aponta o dedo para a igreja e clama: arrepende-
se e viva conforme você prega. Afinal de contas, Jonas estava ali porque ele
havia recusado o chamado de Deus de ir e clamar ao povo pagão de Nínive.
Agora, em sua rebelião, é a voz de um incrédulo que clama para acordá-
lo: “Chegou-se a ele o mestre do navio e lhe disse: Que se passa contigo?
Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o teu deus; talvez, assim, esse deus se
lembre de nós, para que não pereçamos” (Jn 1.6).  Vamos ver o que acontece
quando o mundo prega para a Igreja.
1 – Uma repreensão merecida. Aos olhos do capitão, Jonas representava um
caso notável de sacrilégio, dormindo numa hora em que todos deviam estar
clamando a Deus! Jonas representava um ESPETÁCULO CHOCANTE DE FALTA
DE PIEDADE, apesar de ser, na verdade, um santo profeta do Senhor. O mundo
não aceita o pecado na vida da igreja. O mundo acredita que o cristão de ser
aquilo que ele apresenta ser. Cristãos tendem a acreditar que REPREENSÕES
DO MUNDO são motivadas por malícia, quando o “mundo se assusta e com todo
direito” diante da conduta pecaminosa daqueles que alegam conhecer Deus.
Muitos cristãos de hoje merecem ser repreendidos de forma semelhante pelo
mundo. A nossa presença incentiva a paz e o bem-estar? Aqueles que se
chamam pelo nome de Cristo estão vivendo de forma consistente com o nosso
credo? O mundo tem todo direito de esperar isso de nós. Estamos permitindo
muitas vezes que uma oportunidade valiosa passe sem a aproveitarmos? Nós
estamos tendo o cuidado, irmãos, em tempos de provação, adversidade,
pobreza, ansiedade ou luto, DE MOSTRAR AO MUNDO como a graça de Deus,
como a fé em Jesus, como a comunhão com o Espírito podem bastar para
manter sua alma em perfeita paz e perfeita paciência?

2 – Uma repreensão necessária. Em meio às tempestades da vida, o mundo


precisa muito das orações do povo de Deus. Quando funcionários de uma
empresa perdem seus empregos, os cristãos deveriam estar ativos no
ministério de oração pelos demitidos. Em tempos de guerra, os cristãos
deveriam orar por paz. Quando uma família sofre uma tragédia, os vizinhos
cristãos deveriam estar ali para ajudar e orar. O mundo espera e precisa disso
com todo direito. O mundo não sabe como orar, mas sabe que nós sabemos!
Como profeta, Jonas sabia como conseguir a ajuda de Deus, por isso o capitão o
repreendeu: “Que se passa contigo? Agarrado no sono? Levanta-te, invoca o
teu deus!”. O mundo repreende ou deveria repreender os cristãos de hoje da
mesma forma. O mundo é capaz de alcançar muito por conta própria. Ele
consegue acumular riquezas terrenas e adquirir estilos de vida agradáveis.

Pela graça comum de Deus, o mundo consegue resolver problemas econômicos


e esboçar planos políticos. Mesmo nestes assuntos o mundo precisa da “oração
da igreja” para assuntos seculares. Mas existem coisas para as quais o mundo
precisa urgentemente do testemunho adequado da igreja. O mundo não
conhece Deus. O mundo não conhece a verdade dos caminhos de Deus. O
mundo não sabe como encontrar a salvação do céu. É para isso que a igreja
existe no mundo. Como é grande a lamentação quando a igreja adormecida se
torna igual ao mundo! Ouçamos então esse chamado urgente e, da mesma
forma que Jonas foi repreendido, levantemo-nos diante do mundo. Falemos ao
mundo sobre Deus. Oremos a Deus em nome do mundo e ensinemos o mundo
a orar. Proclamemos o evangelho de Cristo, o único caminho pelo qual o mundo
pecaminoso pode encontrar a bênção do Deus celestial.

VI – O SENHOR DA TEMPESTADE

Ao concluirmos esta exposição sobre o Jonas adormecido no navio, devemos


nos lembrar de outro profeta — na verdade, do Senhor dos profetas —que
também dormia num barco castigado pelos ventos de uma tempestade. Os
Evangelhos nos contam que Jesus estava no barco com seus discípulos,
atravessando o Mar da Galileia. Os discípulos o acordaram, gritando: “Senhor,
salva-nos! Perecemos!” (Mt 8.25). Jesus estava dormindo não em rebelião
contra Deus, mas na profunda paz de seu poder soberano. Então,
diferentemente de Jonas, que não parece ter se levantado nem orado, Jesus se
levantou. Marcos 4.39 diz: “E ele, despertando, repreendeu o vento e disse ao
mar: Acalma-te, emudece! O vento se aquietou, e fez-se grande
bonança”. Jesus fez o que ninguém podia fazer, nem mesmo um profeta como
Jonas. Jesus pôde acalmar a tempestade por causa de seu poder divino e
soberano. Jesus pode acalmar também a tempestade da ira de Deus causa-da
pelos nossos pecados.  O pecado de Jonas havia causado a tempestade de
Jonas, e é de forma semelhante que nosso pecado causa a ira de Deus. Foi por
isso que Jesus morreu na cruz, pagando a penalidade merecida pelos nossos
pecados e conquistando para nós a paz eterna com Deus. Você quer saber o
que os marinheiros não entendiam? Você quer saber como orar para conseguir
a ajuda e a salvação de Deus? A resposta é orar em nome de Jesus, por meio da
fé no derramamento de seu sangue por nossos pecados. Deus fez de Jesus o
caminho para a salvação. João escreve: “… a todos quantos o receberam, deu-
lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu
nome” (Jo 1.12). Como filhos de Deus por meio da fé em Jesus, o Senhor das
tempestades, podemos saber que nossas orações são ouvidas e que Deus está
do nosso lado.

CONCLUSÃO

Se entendermos isso e viermos a Deus por meio da fé em Cristo, então


devemos atender ao CLAMOR DO MUNDO E DA BÍBLIA À IGREJA. Sejamos ativos
na adoração, na oração, no serviço e no testemunho do evangelho. Paulo
exorta: “… andai como filhos da luz […] provando sempre o que é agradável ao
Senhor […]: Desperta, ó tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo
te iluminará” (Ef 5.8,10,14).

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