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BASE DE DADOS SOBRE AS MULHERES INDÍGENAS ENVOLVIDAS


EM CONFLITOS ENTRE POVOS INDÍGENAS E COLONOS NO
NORDESTE COLONIAL: NATIVAS ENVOLVIDAS EM GUERRAS,
CATIVADAS OU UTILIZADAS NESTE CONTEXTO DE CONFLITOS
PARA UM FIM OU TRABALHO ESPECÍFICO CUJO DOCUMENTO
DÁ INDÍCIO CLARO DE QUAL SERIA.
[IMPORTANTE: VER E INCLUIR REFERÊNCIA DA PÁG 05]

Arquivo Histórico Ultramarino - AHU (Lisboa). Códice 256. Registros de Consultas para o
Brasil.

Ficha 40 e 202 – 24/04/1683 – Carta do rei ao gov. de PE . sobre o que representou o padre
João Duarte do Sacramento prepósito da Congregação do Oratório de Santo Amaro desta cap.
sobre o fruto espiritual que faziam no gentio do sertão e ser conveniente que pessoa alguma
tirasse nem conduzisse índios nem tapuias sem licença dos padres missionários, os quais não
poderão dar nenhum tapuias, senão por tempo determinado, conforme as necessidades dos
moradores sendo eles obrigados a entregá-los as aldeias donde pertencerem e a lhes ensinarem
as orações e pagarem o seu trabalho e que mandando os capitães mores daquelas capitanias,
particularmente do CE fazer gente às aldeias para meu serviço mandariam a ordem aos padres
missionários para darem à execução e que nenhuma pessoa mandasse nem levasse vinho ou
aguardente às aldeias para contratar com os índios pelas grandes ofensas de Deus e ruínas que
causam proibindo-se juntamente aos soldados da cap. do CE não levassem as índias por
força para os seus quartéis para fiarem algodão para suas redes. Ordena que os
soldados da cap. do CE não levem mais as ditas índias e que entreguem o fiado para as
suas redes aos religiosos para eles mandarem fazer o serviço, cobrando por este. AHU
Cd 256 f 47v/48

Arquivo Histórico Ultramarino - AHU (Lisboa). Códice 257. Registros de Consultas para o
Brasil.

Ficha 50 – 13/01/1699 – carta do rei ao gov. de PE – sobre o mau-trato que dão os soldados e
os moradores aos padres missionários e especialmente o caso que sucedera de arrancar um
punhal um soldado para ofender ao padre Marcelino Gomes, por se não consentir tirar uma
índia de sua aldeia que se crê provavelmente para fins ilícitos. Ordena examinar essa
matéria, informada segundo bispo de PE pela junta das missões. AHU Cd 257 f 07
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Ficha 51 – 13/01/1699 – Carta do rei ao gov. de PE. Sobre o que escreve o bispo de PE pela
junta das missões “sobre haverem tirado de uma aldeia junto ao Piauí uns soldados, umas
índias, em que entrara a filha de um principal, sendo postas da sua mão para usarem
mal delas.” Manda investigar o caso e punir os culpados. AHU Cd 257 f 7 e 7v.

Ficha 41 – 05/09/1699 – carta do rei ao gov. de PE. Sobre dar conta de esperardes pela muda
dos soldados que assistem no presídio do CE que cometeram o delito de tirarem umas
índias da aldeia Piagui para usarem mal delas. AHU Cd 257 f 18

Ficha 18 – 31/01/1701 – Carta do rei ao gov. de PE. Sobre sucesso que houve na aldeia de
Ararobá de querer um curraleiro fazer força a uma índia donzela. AHU Cd 257 f 68

Ficha 90 – 19/12/1701 – Carta do rei a D. Sebastião Pinheiro Camarão. Queixa do cap. mor
da PB não consentir ao sargento-mor que mandastes aquela capitania tirasse índios das aldeias
de sua jurisdição para o que se há de situar no sertão do salitre. E pareceu-me dizer que como
a sua jurisdição não se podia estender à PB para tirar delas os 50 casais que insinuais, o
cap.mor suposta uma ordem antiga que há naquela capitania para não se poderem apartar dela
os que estão ali aldeados, obrou bem em não os mandar quando vos lho pedistes, e
especialmente quando naquela cap. são tão necessários, e se considera serem em muito menor
número dos que podem haver nas aldeias e sertões de sua cap. de PE. Ordena que dela
mandeis os 80 casais de índios para as terras do salitre que havia ordenado. AHU Cd 257
f 87v

Ficha 02 e 102– 08/05/1703 - Carta do rei para o governador dos índios de Pernambuco.
Sobre agradecer o envio de 80 casais de índios das aldeias para se aldearem e servirem
nas minas do salitre. AHU Cd. 257 f. 119v

Ficha 140 – 13/09/1709 – Carta da rainha para o desembargador Cristóvão Soares Reimão.
Sobre se acharem, na capitania do Ceará, diversos moradores com índias furtadas a seus
maridos sem as quererem largar e sobre o capitão-mor impedir os índios de trabalhar sem
licença sua. AHU Cd. Cd 257 f 260

Ficha 150 – 03/04/1712 – (ligada à ficha que se segue, de número 464) Carta do rei ao gov. de
PE – sobre a alteração em que se acham os tapuias do rancho do chamado do Caboré Assú da
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nação Jandoim pelo excesso que cometeram alguns moços moradores da ribeira do Açu
contra uns poucos que se achavam no dito rancho, com a ausência dos mais, matando muita
gente que já se contavam cinqüenta e duas pessoas, entre brancos e escravos e todo o gado e
cavalos. Ordena procurar por todo o bom modo pacificar o dito gentio e se não possais reduzir
por meio de suavidade lhes dareis guerra. Obs. Carta para o cap.mor do RG sobre o mesmo na
mesma data. AHU Cd 257 f 341.

BNL – Biblioteca Nacional de Lisboa – PBA – Coleção Pombalina. Códice 115 – Brasil.
Governo de Pernambuco – 1712-1715. Livro de Assentos da Junta das Missões, Cartas
Ordinárias, Ordens e Bandos Que Se Escreveram em Pernambuco no Tempo do Governador
Félix José Machado – 1712-1715.

Ficha 464 – 05/09/1712 – Assento da Junta das Missões. Nesta junta foi proposto se foi justa
a guerra que se fez ao gentio da nação Jandoim, Caboré e Capela e se estavam legitimamente
cativos todos os que foram aprisionados sem embargo das dúvidas que se propuseram em
razão de algumas vexações e injustiças que haviam feito, a um rancho do dito tapuia,
cativando-lhe o mulherio que levaram para as minas , por cuja causa se uniram os ditos
tapuias agregando-se-lhe os da Capela com o receio da mesma injúria, em vingança delas
fizeram as ditas hostilidades. Apurou-se na junta que se devia tirar devassa do caso. Votaram
também que de nenhuma maneira convinha ficarem na terra e que deveriam ser os tapuias
alimentados pela fazenda real. BNL PBA Cd 115 p. 35.

Ficha 481 – 18/12/1711 – (Liga-se à ficha 483, ao caso da tapuia Dona Catherina, que não
pode, por ser mulher, trabalhar nos serviços da fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá)
portaria para se pagar aos índios das duas aldeias do Siri e Aratagoí. Prov. da Fazenda Real de
Itamaracá ordene almoxarife dela pague índios das ditas aldeias que estão trabalhando no
entulho e terrapleno da fortaleza Santa Cruz de Itamaracá, sessenta réis por dia a cada um.
BNL PBA Cd 115 p. 22

Ficha 470 – 04/02/1714 - Termo de assento da Junta das missões – Leram-se as cartas do
Revdo padre João Guedes e D. Felipe Pinheiro Camarão sobre se tirarem as índias das
casas dos moradores do CE, pelas gravíssimas ofensas a Deus que com elas se faziam, e
por que as sujeitaram como escravas sendo libertas . Assentou-se que se tirassem todas as
índias que estivessem na casa dos homens solteiros e ainda nas casadas , em tais casas,
tudo na forma das ordens de S.M. Leu-se a carta do cap.mor do RG em que declara os
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inconvenientes que há para se agregarem as aldeias da Estiva, Catú e do Cunhaú como se lhe
tinha ordenado em virtude da junta de 03/04/1713, cujos inconvenientes são: estarem há
muitos anos naquelas aldeias, andarem em campanha, e ser lhes preciso primeiro irem plantar
as suas lavouras. E assentou-se fossem logo os índios fazer a sua seara na aldeia e terras do
Cunhaú por ser agora o tempo de plantar. BNL PBA Cd 115 p. 49/49v

Ficha 475 – 29/11/1714 – (Ligada à ficha 470, ao caso das índias levadas de suas aldeias para
com elas fazerem-se “gravíssimas ofensas a Deus”) Termo de assento da junta das missões.
Leu-se carta do cap.mor do CE em que responde à ordem da junta de 04/02/1714 em que se
ordenava que se tirassem as índias das casas dos moradores pelas ofensas de Deus que
com elas se faziam, principalmente a dos homens solteiros, e ainda algumas dos casados
que usassem mal delas e respondeu que ficava dando execução à sobredita ordem: mas
que tinha vindo no conhecimento de que a maior parte dos índios fundavam seus
interesses na entrega destas índias, aos moradores, e que procuravam tirar tais filhas
aos a quem assim hão dado, pelo que deles receberam para as entregarem [tos] de que
tirassem notas utilidades, e que de lhes não fazerem esta entrega faziam queixas para o
conseguirem melhor o seu negócio como se tinha visto muitas vezes. Diz mais que
entrara naquela capitania o ajudante de tenente D. Felipe Pinheiro Camarão que a ela
foi de socorro começara a dominar as aldeias dela, e que mandara tirar algumas índias
das casas dos brancos, que as tinham com o pretexto de as entregarem seus pais para as
casarem e que vencidas as suas conveniências tornara a entregar algumas aos próprios
moradores com quem antes viviam ilicitamente, e que outros, com algumas mais que
tirara das aldeias por mais formosas levara em sua companhia para a campanha onde as
tinha ignorando-se a necessidade que houvera para o fazer, mas que tendo notícia que se
compreendessem na resolução da junta... faça recolher para as suas aldeias. E assentou-
se que sem embargo deste aviso, suposto que os moradores usavam mal das índias, em
ofensa de Deus, e em prejuízo da quietação pública, e dos índios, que faziam repetidas
queixas destas desordens. E que se recolhessem todas as índias às suas aldeias, e que
delas se não tirassem sem ordem do cap.mor daquela capitania, e intervenção dos
missionários sobre as casas dos moradores para onde onde houverem de ir assistir, em
conveniência das ditas índias como é estilo naquelas partes,; e queixando-se os
missionários ao cap.mor de que algumas pessoas tiram das aldeias as índias, sem
consentimento seu, e ainda os mesmos índios; o cap.mor mande prender por tempo de
dois meses aos que incorrerem nesta desobediência . O Ex.mo Sr gov. conformando-se com
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o assento da junta só discrepou em que se procedesse a prisão, achando-se a índia em casa de


tal pessoa, que a houver tirado, ou em outra qualquer onde estiver posta por sua conta; e
conformou-se o bispo nesta parte com o parecer do Sr. General. Leu-se uma carta do cap.mor
do RG em resposta da ordem que se lhe mandou em virtude da resolução da junta de
21/04/1714 para que respondesse sobre se a aldeia de Cunhaú estava sujeita à sua jurisdição, e
que tivesse entendido que devia ser assim, respondeu que aqueles índios estiveram sempre
sujeitos aos capitães mores: mas que como esta aldeia era limitada, poucas vezes se valiam
deles. BNL PBA Cd 115 f 60/61

Ficha 509 – 15/12/1714 – (Ligada à ficha 470 e 475) Ordem que foi ao cap.mor do CE
para fazer recolher todas as índias às suas aldeias tirando-as das casas dos que as
tiverem. BNL PBA Cd 115 f .329

Ficha 483 – 27/02/1713 – Portaria que foi ao prov. da Fazenda Real para assistir à tapuia
Dona Catherina com o seu sustento. Porquanto fazendo-se guerra ao gentio da nação
Jandoim e Caboré se cativaram muitos de uma outra nação e se ajustou não ser
conveniente o ficarem na cap. do RG os prisioneiros, nem ainda na terra por não
tornarem a maquinar contra os brancos e fazendo-se junta das missões para se saber se
foi justa ou não esta guerra ficou indeterminada a matéria em que se tirava devassa, e se
assentou que aos tapuias que tinham vindo por prisioneiros assistisse a fazenda real com
o seu sustento até ser julgada a causa e porque os ditos se remeteram para a fortaleza de
Itamaracá para com o trabalho daquela fortificação ganharem o seu sustento e se acha
na cadeia da cidade de Olinda a tapuia Dona Catherina que por ser mulher não pode
assistir no mesmo trabalho. Ordeno ao prov. da fazenda real mande assistir a dita tapuia
com o sustento necessário até ser determinado o seu cativeiro. BNL PBA Cd 115 f 127

Arquivo Histórico Ultramarino - AHU (Lisboa). Documentos Avulsos - Piauí.

Ficha 428 – 03/01/1774 – Carta de João Pereira Caldas ao gov. do PI. Em carta de 15/05/1773
informou o estado do estabelecimento do gentio Acoroá que fugira. Relata que em novembro
foi visitar a aldeia e achou 327 pessoas. Além do pároco mandou expedir para ela mestre
para escola de rapazes, mestra para as raparigas, e uma mulher que ensina a tecer e fiar
às índias. AHU PI d a 1774.01.03
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OBSERVAÇÃO IMPORTANTE (RESULTADO DA DECLARAÇÃO DA PROIBIÇÃO


DA ESCRAVIZAÇÃO DE INDÍGENAS DECLARADA EM 1755):

Ficha 613 – 29/05/1758 – CCU. Sobre V. M resolver em 02/07/1756 que as presas do gentio
da nação Timbira se achavam legitimamente feitas, assim como as do Acroá e Guegue.
Ordena também que os moradores devessem concorrer com um donativo regulado para a
guerra. Ressalta que com a resolução de S.M. de 06/06/1755 declarando a liberdade de todos
os índios prejudicou a organização da guerra pois o maior incentivo era a utilidade dos cativos
como escravos ou para os venderem. O governador do Maranhão propõe então que os
moradores contribuam com seis ou sete mil réis e em troca utilizem o trabalho dos índios por
oito ou dez anos. Anexo: Carta do Gov. do MA ao gov. do PI em 13/02/1759 sobre a consulta
acima. O gov. do MA não concorda com a forma proposta de se fazer a guerra. Propõe que os
prisioneiros sejam enviados para as povoações mais remotas donde lhes será sumamente
dificultoso fugir para suas terras. ANTT maço 313 cx. 419.

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