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ENTREVISTA COM A MARIA HELENA FRANCISCO PAULA – 1

Função: Faz parte da equipa dos assuntos sociais e relações patrióticas das forças
armadas.
Maria Helena Francisco Paula: Nós trabalhamos e estamos ligados a ramos sociais e
civil.
Somos militares mas estamos constantemente a trabalhar com a população.
Faço parte da Rede REMSECAO, sou ponto focal desta organização na província leste
do país concretamente na cidade de Bafatá.

Maria, levando em consideração que a missão de paz das Nações Unidas está no
país há mais de vinte anos, portanto, falando da parte das forças armadas e
também da REMSECAO gostaríamos de saber como tem sido a vossa relação com
a referida missão e que balanço a senhora faz da sua estada durante esses anos na
Guiné-Bissau?

«Muito ótima! Temos boa relação, e todos os trabalhos que levamos a cabo em conjunto
correram muito bem sobretudo no capítulo das formações. Por isso lamentamos o facto
do mandato da missão ter terminado. Essa missão ajudou muita gente, as formações
dadas têm contribuído de que maneira na mudança de mentalidade que tínhamos, agora
estamos bem formados em todos os ramos».

Falando de Bafatá, enquanto REMSECAO, que tipos de apoio receberam da parte


da missão, como canalizaram-nos e que efeitos tiveram?
«Apoios que recebemos são no domínio de formação dos formadores. Recebemos a
formação e depois formamos também outras pessoas e que acreditamos estarem bem
formadas, pois em cada sector temos o nosso ponto focal com o qual trabalhamos».

Tendo em conta o nosso contexto sociocultural, quais as dificuldades que


enfrentam enquanto mulheres para poderem alcançar os vossos objetivos?
«As dificuldades são imensas, em primeiro lugar, situa a dificuldade dos meios
financeiros. Pois, para se trabalhar no campo com as mulheres, criando grupo de
trabalhos socias das mulheres, é indispensável a presença da pessoa no terreno e
também dos meios de transporte para o efeito, facto que nos tem criado muitas
dificuldades nas nossas deslocações e no estabelecimento de contactos permanentes
com os sectores. Para se dar uma formação é preciso dispor-se de recursos financeiros e
logísticos que as vezes são suportadas com as quotizações feitas por nós para fazer face
a situação».
Como é que tem sido a relação entre os militares e cidadãos depois de terem
recebido formação por parte da missão das Nações Unidas?
«A relação tem sido muito boa, porque as formações dadas pelo UNIOGBIS permitiu-
nos criar uma relação mais próxima entre os civis e militares. Prova disso é que hoje em
dia, é difícil um militar envolver-se em conflito com um civil porque estamos numa
convivência muito forte.
Se promovermos qualquer evento e endereçarmos-lhes convites eles participam. Hoje
podemos falar de uma sociedade de irmandade entre civis e militares, estamos como
dois irmãos…»

Sabia que as forças armadas têm estado a trabalhar com as Nações Unidas no
domínio da reforma no setor da defesa e segurança, como é que tem sido a
evolução desse processo, está a avançar ou nem por isso?

«Este processo começa a avançar mas depois para devido aos problemas que
acreditamos encontrarem-se lá em cima…há muita gente que quer reformar-se tal como
eu que fui à tropa desde 1982 e que estou mesmo a precisar de descansar e dar lugar aos
nossos “filhos” com os quais estamos juntos nas forças armadas. Para isso, precisamos
de um governo porque as coisas em determinados momentos parecem estar a caminhar
mas de repente param, e assim sucessivamente. Esperamos que o próximo presidente a
ser eleito venha a trabalhar com o governo com vista a levar a cabo o processo da
reforma».

ENTREVISTA COM A MARIA HELENA FRANCISCO PAULA – 2


Como é do seu conhecimento, a segunda volta das eleições presidências foi
marcada para o dia 29 de Dezembro, o que sugeria que amissão a fizesse antes e
depois das eleições visto que a missão considera que o país já se encontra na
situação em que pode andar com os seus próprios pés?

«Onde tínhamos medo em princípio foi nas eleições legislativas mas graças a Deus tudo
correu bem. Nas presidenciais também a primeira volta correu bem e penso que a
segunda volta não vai ser exceção e tudo vai correr bem.
Queremos que a missão presencie e continue a ajudar-nos nos trabalhos. Que pelo
menos observassem daqui ao término das eleições, como é que as pessoas vão votar e
como estaremos depois do processo eleitoral porque mais vale prevenir que remediar.
Da minha parte sugeria que permanecessem cá até a posse do governo e do Presidente
da República, daí sim podem partir».
Se houver um Presidente eleito o que acha devia ser o foco do UNIOGBIS na
Guiné-Bissau?
«Nós o que queremos mais é que ajudem no processo da reforma em todos os ramos e
não apenas os militares, que seja criado mínimas condições que permitam as pessoas
com a idade de reforma poderem ir para as suas casas descansar».

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