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Calvin and Hobbes

Ética e Deontologia

João Noronha
2003-2004
Programa da disciplina

z Para que é que isto serve?


z Ética vs Deontologia
z Ética vs Moral
z Deontologia vs Moral
z Códigos Deontológicos
z Casos Práticos
Ética

z ciência da moral; moral;


z disciplina filosófica que tem por objecto de
estudo os julgamentos de valor na medida em
que estes se relacionam com a distinção entre
o bem e o mal.
(http://www.priberam.pt/dlpo)
Moral
z conjunto de costumes e opiniões que um indivíduo ou
um grupo de indivíduos possuem relativamente ao
comportamento;
z conjunto de regras de comportamento consideradas
como universalmente válidas;
z parte da filosofia que trata dos costumes e dos
deveres do homem para com o seu semelhante e para
consigo;
z ética;
z teoria ou tratado sobre o bem e o mal;
z lição, conceito que se extrai de uma obra, de um facto,
etc.;
Ética vs. Moral
z Moral
– Conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida
comum justa e harmoniosa
– Conjunto de princípios, valores e normas de comportamento
que tendem a regular as relações entre os indivíduos, ou entre
estes e a sociedade.
z Ética
– Reflexão sobre os fundamentos da moral
– Fundamento das obrigações e do dever
– Reflexão sobre a natureza do Bem e do Mal
– Definição dos princípios de uma vida conforme à sabedoria
filosófica
– Justificação das acções humanas com pretensão a serem
tidas como boas ou justas
Ética vs. Moral

“Moral” é o conjunto das condutas e normas que


tu, eu e alguns dos que nos rodeiam
costumamos aceitar como válidas; “ética” é a
reflexão sobre o porquê de as considerarmos
válidas, bem como a comparação com as
outras “morais”, assumidas por pessoas
diferentes.
(Savater, Fernando. Ética para um jovem. Editorial Presença)
Deontologia

z teoria do dever no que respeita à moral;


z conjunto de deveres que impõe a certos
profissionais o cumprimento da sua função,
como por exemplo a deontologia dos médicos
ou a dos jornalistas.
http://www.priberam.pt/dlpo
Código Deontológico dos Engenheiros

z Capítulo III – Deveres decorrentes do exercício


da actividade profissional
– Art. 86 - Deveres do engenheiro para com a
comunidade
– Art. 87 - Deveres do engenheiro para com a
entidade empregadora e para com o cliente
– Art. 88 - Deveres do engenheiro no exercício da
profissão
– Art. 89 - Dos deveres recíprocos dos engenheiros
Artigo 86 - Deveres do Engenheiro com a
Comunidade

1. É dever fundamental do engenheiro possuir uma boa


preparação, de modo a desempenhar com
competência as suas funções e contribuir para o
progresso da engenharia e da sua melhor aplicação
ao serviço da Humanidade.
2. O engenheiro deve defender o ambiente e os
recursos naturais.
3. O engenheiro deve garantir a segurança do pessoal
executante, dos utentes e do público em geral.
Artigo 86 - Deveres do Engenheiro com a
Comunidade

4. O engenheiro deve opor-se à utilização fraudulenta,


ou contrária ao bem comum, do seu trabalho.

5. O engenheiro deve procurar as melhores soluções


técnicas, ponderando a economia e a qualidade da
produção ou das obras que projectar, dirigir ou
organizar.
Artigo 87 - Deveres do engenheiro para com a
entidade empregadora e para com o cliente

1. O engenheiro deve contribuir para a realização dos


objectivos económico-sociais das organizações em
que se integre, promovendo o aumento da
produtividade, a melhoria da qualidade dos
produtos e das condições de trabalho com o justo
tratamento das pessoas.

2. O engenheiro deve prestar os seus serviços com


diligência e pontualidade de modo a não
prejudicar o cliente nem terceiros nunca
abandonando, sem justificação os trabalhos que lhe
forem confiados ou os cargos que desempenhar.
Artigo 87 - Deveres do engenheiro para com a
entidade empregadora e para com o cliente

3. O engenheiro não deve divulgar nem utilizar


segredos profissionais ou informações, em
especial as científicas a técnicas obtidas
confidencialmente no exercício das suas funções,
salvo se, em consciência, considerar poderem estar
em sério risco exigências do bem comum.

4. O engenheiro só deve pagar-se pelos serviços que


tenha efectivamente prestado e tendo em atenção
o seu justo valor.
Artigo 87 - Deveres do engenheiro para com a
entidade empregadora e para com o cliente

5. O engenheiro deve recusar a sua colaboração em


trabalhos cujo pagamento esteja subordinado à
confirmação de uma conclusão predeterminada.
embora esta circunstância possa influir na fixação da
remuneração.

6. O engenheiro deve recusar compensações de mais


de um interessado no seu trabalho quando possa
haver conflitos de interesses ou não haja o
consentimento de qualquer das partes.
Artigo 88 - Deveres do engenheiro no
exercício da profissão

1. O engenheiro, na sua actividade associativa


profissional, deve pugnar pelo prestígio da
profissão e impor-se pelo valor da sua colaboração
e por uma conduta irrepreensível, usando sempre de
boa fé, lealdade e isenção, quer actuando
individualmente, quer colectivamente.

2. O engenheiro deve opor-se a qualquer


concorrência desleal.

3. O engenheiro deve usar da maior sobriedade nos


anúncios profissionais que fizer ou autorizar.
Artigo 88 - Deveres do engenheiro no
exercício da profissão

4. O engenheiro não deve aceitar trabalhos ou


exercer funções que ultrapassem a sua
competência ou exijam mais tempo do que aquele
de que disponha.

5. O engenheiro só deve assinar pareceres, projectos


ou outros trabalhos profissionais de que seja autor
ou colaborador.

6. O engenheiro deve emitir os seus pareceres


profissionais com objectividade e isenção.
Artigo 88 - Deveres do engenheiro no
exercício da profissão

7. O engenheiro deve, no exercício de funções


públicas, na empresa e nos trabalhos ou
serviços em que desempenhar a sua
actividade, actuar com a maior correcção, de
forma a obstar a discriminações ou
desconsiderações.

8. O engenheiro deve recusar a sua colaboração


em trabalhos sobre os quais tenha de se
pronunciar no exercício de diferentes funções
ou que impliquem situações ambíguas.
Artigo 89 - Dos deveres recíprocos dos
engenheiros

1. O engenheiro deve avaliar com objectividade


o trabalho dos seus colaboradores,
contribuindo para a sua valorização e
promoção profissionais.

2. O engenheiro apenas deve reivindicar o direito


de autor quando a originalidade e a
importância relativas da sua contribuição o
justifiquem, exercendo esse direito com
respeito pela propriedade intelectual de
outrem e com as limitações impostas pelo
bem comum.
Artigo 89 - Dos deveres recíprocos dos
engenheiros

3. O engenheiro deve prestar aos colegas,


desde que solicitada, toda a colaboração
possível.

4. O engenheiro não deve prejudicar a


reputação profissional ou as actividades
profissionais de colegas, nem deixar que
sejam menosprezados os seus trabalhos,
devendo quando necessário, apreciá-los com
elevação a sempre com salvaguarda da
dignidade da classe.
Artigo 89 - Dos deveres recíprocos dos
engenheiros

5. O engenheiro deve recusar substituir outro


engenheiro, só o fazendo quando as razões
dessa substituição forem correctas e dando ao
colega a necessária satisfação.
IFST Code of Professional Conduct

z Institute of Food Science and Technology (UK)


z Todos os membros assinam as regras de
conduta ao aderir
z 2 partes
– 12 princípios “éticos”
– 8 Guias de conduta profissional
z http://www.ifst.org/code.htm
IFST Princípios Éticos

1. to promote the aims of the Institute;


2. so to conduct himself or herself as to reflect
credit upon the profession;
3. to use all proper means to maintain the
standards of the profession and to extend its
usefulness and sphere of influence;
4. to respect any confidence gained in his or her
professional capacity;
IFST Princípios Éticos
5. when making statements or recommendations in a
professional capacity to do so objectively and fairly;
6. to take legitimate steps through proper channels to
ensure (or assist in ensuring) the wholesomeness of
any food with which he or she is concerned;
7. to avoid unwarranted statements that reflect upon the
character or integrity of other members of the
profession;
8. to recognise his or her responsibility for the
professional guidance of subordinates under his or
her immediate control;
IFST Princípios Éticos
9. to recognise his or her responsibility towards the
environment;
10. to recognise his or her responsibility towards students;
11. to recognise his or her responsibility to maintain and
enhance professional competence by continuing
updating and improving his or her knowledge and
proficiency in its application;
12. to support fellow members who may find themselves
in difficulties on account of their adherence to this
Code and the Institute in its efforts to protect them.
The Professional Conduct Guidelines

Guideline No. 1 Wholesomeness of Food


Guideline No. 2 Relations with the Media
Guideline No. 3 Confidentiality of Information
Guideline No. 4 Conflicts Involving Professional Ethics
Guideline No. 5 Duties Towards Subordinates
Guideline No. 6 Scientific Issues and Food Promotion
Guideline No. 7 Responsibilities Towards Students
Guideline No. 8 Responsibilities Towards the
Environment
Appendix: Matters of Personal Conscience
Técnicas para resolução de
problemas Éticos

z Adaptado de Fleddermann,2003. C.
Engineering Ethics
Técnicas para resolução de
problemas Éticos

z Análise de Questões

z Método da linha

z Fluxograma
Análise de Questões/Problemas

z Factuais

z Conceptuais

z Morais
Questões Factuais

z O que sabemos sobre o problema?


z Quais são os factos?
z Os “factos” podem ser controversos!
– Aborto – quando começa a vida?
– Aquecimento global – Qual o efeito do CO2?
– OGM
z Investigar os factos controversos de modo a atingir a
uma “verdade”
– Uma “verdade” aceite por todos pode ser difícil de atingir
– A investigação ajuda à clarificação da situação e pode levar a
consenso
Questões Conceptuais

z Qual o significado ou aplicabilidade de uma ideia?


– Uma oferta por parte de um fornecedor é uma tentativa de
suborno ou um presente aceitável?
– O facto de aceitarmos a oferta pode influenciar uma decisão
futura?
z Podem ser controversas
– Tentar chegar a acordo sobre o significado dos termos e
conceitos
– Análise aprofundada dos conceitos pode ajudar a clarificar as
questões e permitir chegar a acordo
Questões morais

z Após resolver as questões factuais e


conceptuais ficamos com a questão moral

z Qual o princípio moral aplicável à situação?


Método da linha

z Aplicável em situações que não apresentam


dificuldades maior do ponto de vista moral

z Mas em que subsistem dúvidas sobre quais os


princípios éticos aplicáveis – o que fazer na
prática?
Método da Linha

z Paradigma Positivo
– Solução moralmente inatacável
z Paradigma Negativo
– Solução moralmente inaceitável

PN PP
Problema
z Foi posto à consideração que a empresa onde trabalhamos
despeje um composto de perigosidade reduzida num lago.
z Uma cidade vizinha utiliza o lago para o abastecimento de água
potável.
z As nossas projecções mostram que se despejarmos o composto a
sua concentração no lago não ultrapassará as 5 ppm.
z Legalmente a concentração do composto em água destinada ao
consumo humano deverá ser inferior a 10 ppm.
z A 5 ppm não são esperados problemas de saúde pública e o
consumidor não notará a presença do composto.
Paradigmas

z Paradigma positivo
– A água de consumo deve ser limpa e segura

z Paradigma negativo
– Despejar o composto no lago para níveis
prejudiciais para a população
Alguns exemplos hipotéticos
1- A empresa despeja o composto. A 5 ppm o composto é inócuo, mas a
água fica com um sabor estranho
2- O composto é eliminado na captação com os sistemas de tratamento
existentes
3- O composto pode ser eliminado na captação com novo equipamento a ser
pago pela empresa
4 - O composto pode ser eliminado na captação com novo equipamento a
ser pago pela câmara municipal (pelo contribuinte)
5- Em raras ocasiões o composto pode causar tonturas que passam após
uma a duas horas
6- A 5 ppm algumas pessoa podem ter sintomas bastante graves, mas
passam após uma semana, e não existe efeito a longo prazo
7. Pode ser instalado equipamento na fábrica que reduza as emissões do
composto para uma concentração no lago de 1 ppm
Inserir os exemplos na linha…

1- A empresa despeja o composto. A 5 ppm o composto


é inócuo, mas a água fica com um sabor estranho

PN PP
1
Inserir os exemplos na linha…

2- O composto é eliminado na captação com os sistemas


de tratamento existentes

PN PP
1 2
Inserir os exemplos na linha…

3- O composto pode ser eliminado na captação com novo


equipamento a ser pago pela empresa

PN PP
1 23
Inserir os exemplos na linha…
4- O composto pode ser eliminado na captação com novo
equipamento a ser pago pela câmara municipal (pelo
contribuinte)

PN PP
4 1 23
Inserir os exemplos na linha…
5- Em raras ocasiões o composto pode causar tonturas
que passam após uma a duas horas

PN PP
5 4 1 23
Inserir os exemplos na linha…
6- A 5 ppm algumas pessoa podem ter sintomas bastante
graves, mas passam após uma semana, e não existe
efeito a longo prazo

PN PP
6 5 4 1 23
Inserir os exemplos na linha…

7- Pode ser instalado equipamento na fábrica que reduza


as emissões do composto para uma concentração no
lago de 1 ppm

PN PP
6 5 4 1 7 23
Colocar o problema na linha…
z Despejar um composto de perigosidade reduzida num
lago.
z Água utilizada para abastecimento público
z Concentração no lago não ultrapassará as 5 ppm.
z Máximo legal 10 ppm
z 5 ppm não há problemas de saúde pública e o
consumidor não notará a presença do composto.

PN PP
6 5 4 1 P 7 23
Problemas do método da linha
z Se usado inadequadamente pode levar a soluções
incorrectas
– Podemos usar o método de modo a mostrar que uma solução
obviamente incorrecta é correcta…
z Tem de ser usada com honestidade e objectividade
z A escolha dos paradigmas e das hipótese alternativas
é da escolha do sujeito
z Conclusões erradas se
– Paradigmas incorrectos
– Colocação desonesta dos exemplos na linha
– Colocação desonesta do problema entre os vários exemplos
Fluxograma

Construir uma nova fábrica

Construir a
A legislação Sim
fábrica
existente protege
o ambiente? respeitando a
legislação Construir
a fabrica
Não
Sim

A solução é Não
Construir a fabrica Definir padrões que Abandonar o
economicamente
e assumir os riscos respeitem o ambiente Viável? projecto
Fluxograma
z Permite visualizar as opções e ter uma ideia rápida
das consequências das decisões
z Para um dado problema há mais do que um
fluxograma possível
– Diferentes fluxogramas poderão enfatizar aspectos diferentes
do problema
z Honestidade e objectividade são fundamentais
z É necessário ser criativo
z Estar preparado para obter uma resposta negativa e
ter de abandonar o projecto

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