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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Instituto de Ciências Sociais


Licenciatura em Ciências Sociais
Disciplina: Estágio Supervisionado CApuerj I
Professor: Walace Ferreira
Aluno: Anderson Ribeiro da Silva

Resenha acerca do texto "O papel dos Colégios de Aplicação na formação dos
professores" da Dra Daniela Motta de Oliveira

A autora inicia o referido texto exaltando a importância dos Colégios de Aplicação


para o fortalecimento do tripé ensino/pesquisa/extensão, sustentáculo da prática acadêmica. A
professora Daniela frisa em sua introdução que os Colégios, ao serem convertidos em espaço
para as atividades de campo relativas aos estágios de licenciatura dos cursos de graduação das
instituições de ensino superior (IES), o que ela considera ser a vocação inicial dos Colégios
de Aplicação, estas instituições fomentam autonomia e importância política para aperfeiçoar
a relação, antes embrionária com o IES vinculado, assim como o aprofundamento da
extensão da abordagem a outros públicos.

A partir de uma referência que a autora toma, no caso o Ginásio de Aplicação João XXIII, da
Faculdade de Filosofia e Letras da UFJF – a qual a professora era diretora até escrever este artigo –
ela ratifica a importância da proximidade com os IES, por conta do intercâmbio imediato com o
âmbito da pesquisa, o que se daria não apenas como concepção de campo para as graduações
ampliarem suas práticas de iniciação à docência, mas ao qualificar o próprio quadro docente do
Colégio, que ascende à titulações de mestres e doutores, dois grandes fatores para o exercício da
autonomia das instituições frente à comunidade e ao próprio IES.

Seguindo a leitura do artigo, Daniela trata do dilema do ensino "contemporâneo" 1, onde o


aprofundamento das distâncias entre a teoria e a prática, por meio da assunção de mecanismos
tecnológicos de formalização e referência modelar do conhecimento afetaria o aspecto mútuo da

1
As aspas sob o termo são inseridas pela própria autora, aparentemente, com o intuito crítico de questionar a
justificativa da separação de teoria e prática docente.
aprendizagem. Aqui se faz uma crítica em tom construtivo ao uso colateral ou até mesmo integral do
método do Ensino à Distância (EaD). Segundo a autora, o abismo entre teoria e prática pedagógica
pode ser aprofundada quando da fixação imagética do educador na condição de mero repassador do
conhecimento. Ela fala em '[...]“pulverizar a autoridade de tal professor a ponto dela se rearticular na
forma do autoritarismo imagético que arrefece o desenvolvimento das representações e, portanto, do
raciocínio crítico”[...]' (ZUIN apud DE OLIVEIRA, 2011, pg. 97)

Entendendo que, por mais que não se possa ignorar a conveniência e o emprego indispensável
das TIC's e do EaD como parte de uma estratégia de promoção ao acesso amplo à formação superior,
é necessário também reconhecer que mesmo essas ferramentas de ampliação do acesso ao
conhecimento não podem ser sumariamente consideradas ferramentas primariamente qualificadas
para a dinamização da prática pedagógica. Entretanto, a própria autora reconhece o momento em que
se situa a educação pública, dentro da conjuntura capitalista contemporânea. Com a flexibilização do
emprego e das oportunidades, este seria também um rumo incontornável que a educação teria de
seguir.

A partir destas constatações ela faz a defesa dos Colégios de Aplicação em função da
excelência da prática pedagógica e da manutenção do já citado tripé. Aqui ela sustenta os CAp's
sobretudo no que concerne aos estágios curriculares, expondo alguns pontos importantes sobre a
concepção destes espaços para a iniciação à docência. Além de espaço de execução da prática
profissional de docência, o que é um ponto inalienável, ela também cita a importância dos estágios
para a articulação do currículo do curso com a prática acadêmica, provendo a partir desta
oportunidade vivenciada no estágio experiências que podem contribuir contigencialmente para as
formulações curriculares.

Além destes dois tocantes, Daniela também sublinha a necessidade da articulação entre os
diversos níveis de ensino, aonde os Colégios de Aplicações surgem como grandes protagonistas ao
servirem de terreno fértil para o referido exercício. E ela aproveita o meandro para enveredar em um
quarto tocante, que remonta à questão inicial da teoria e da prática, dimensões que, em sua avaliação,
precisam estar em um ambiente que se assegure a conexão entre elas, tanto na prática, quanto na
produção deste conhecimento, pois o ato de ensinar também pode ser convertido em produção de
conhecimento.

Por fim, a professora lembra que a educação se situa historicamente dentro do dispositivo
crítico, no âmbito das disputas das sociedades, neste caso, promovendo uma discussão acerca das
agendas neoliberais, que dispensam o projeto social, auferindo importância supervalorizada ao
mercado. Aqui ela inscreve a missão dos professores dentro do âmbito do capitalisimo
contemporâneo:
Sendo assim, não nos parece inconveniente lembrar que a educação é
um processo dinâmico, dialético e contraditório, que se insere no
âmbito das disputas que ocorrem na sociedade. Sem dúvida, é preciso
lembrar que os professores e a escola estão inseridos na realidade
concreta e histórica, onde essas disputas tomam forma real e se
entrecruzam com os projetos pessoais e existenciais dos professores.

Ela finaliza fazendo um balanço quantitativo e qualitativo do Ginásio de Aplicação


João XXIII, extraindo do resultado o arcabouço para a sua constatação, onde os Colégios de
Aplicação são a representação máxima, não apenas de ensino de excelência, mas de
compromisso com a prática acadêmica e com o fomento contínuo dos currículos, a observar
apenas a necessidade de aprofundar permanentemente a relação dos Colégios com as
unidades acadêmicas, com o intuito de tornar a relação com as licenciaturas duradoura.

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