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Tema: Penas Alternativas de Prisão

Introdução

Ao falar de pena de prisão estamos perante a um acto de restringir certas liberdades


fundamentais de um indivíduo. A pena de prisão é uma forma de educar uma pessoa que
voluntariamente ou não lesou outra pessoa na sociedade.

Os Estados e Organizações Internacionais ao verem que existem crimes leves menos


prisão adoptaram as Penas Alternativas de Prisão, que são aquelas em que um
individuo possa pagar por seus crimes em liberdade (fora da cadeia). Isso foi
proclamada pelas Nações Unidas como forma de diminuir a superlotação das
penitenciárias e juntar criminosos de diferentes penas.

Este trabalho tem como objectivo falar das Penas Alternativas de Prisão, no entanto, irei
focar muito mais no nosso país para deixar o leitor com conhecimentos básicos sobre
esse tipo de penas
Fundamentação Teórica

Pena

A expressão “pena” originada do vocábulo alemão “pein”, derivado do latim “poena”,


traduzindo-se por dor, castigo, suplício, martírio. O termo latino, por sua vez, origina-se
do grego “poiné”, com dupla significação: retribuição destinada à compensação de um
dano, ou ainda, “ponos” que significa punição, humilhação e sofrimento. No contexto
de teoria geral do delito, pena é uma espécie do género sanção penal, que é estabelecida
ante a violação de uma norma jurídica que prevê determinada conduta como ilícito
penal (Sá, 2013, p.4).

Penas Alternativas de Prisão


A Organização das Nações Unidas, na década de 70, passou a recomendar a adopção de
formas penais não privativas de liberdade, que fossem cumpridas na comunidade, até
que, em 14/12/90, reunida em Assembleia Geral, a ONU aprovou a Resolução 45/110
que estabeleceu as Regras Mínimas das Nações Unidas para Elaboração de Medidas
Não Privativas de Liberdade, chamadas a partir de então de “Regras de Tóquio”
(Azevedo, 2009).

Segundo a autora, naquele documento, entre as sugestões apresentadas aos países


membros, recomendava-se a adopção de medidas e penas alternativas à prisão, tais
como a restrição de direitos, indemnização a vítima e compensação do dano causado,
prestação de serviços em favor da comunidade, suspensão condicional da pena e do
processo.

Sá (2013) sugere que as alternativas penais, por serem formas de punição, mais
adequadas aos crimes de média ou pequena gravidade, não deixam de ser punitivas e,
portanto, devem ter uma carga de reprovação ética da conduta do infractor.

Portanto, devem ser consideradas como manifestação do poder estatal na vida do


indivíduo e da comunidade, pois implicam em restrições de direitos e de liberdades em
determinados horários, supervisão e mesmo intromissão externa no ritmo de vida e
muitas vezes na intimidade do indivíduo, quer por aparatos electrónicos, como por
visitas domiciliares, por exemplo, e, por diversos outros modos.

Definição de conceito
Trata-se de outra modalidade de pena que vem como uma alternativa a pena restritiva de
liberdade, podendo ser entendida como pena restritiva de direito.
Segundo Pereira (2004) penas alternativas nada mais são do que medidas alternativas ou
alternativas penais que não impliquem em perda da liberdade da pessoa. O princípio
básico das penas alternativas consiste no fato de que a punição não deva afectar a
liberdade da pessoa, ou seja, é uma medida não privativa de liberdade, mas restritiva de
direitos.
Para Azevedo (2009) deve-se estar atento às afirmações que apresentam alternativas
penais como resposta eficaz aos problemas de superlotação dos presídios e à diminuição
do custo da execução da pena. Isso porque a aplicação das alternativas à prisão não
reduz a população prisional, tampouco diminui os custos na execução penal, eis que se
constata a ampliação do número de pessoas submetidas ao controle penal através das
alternativas penais (…)

Portanto, Pereira salienta que o objectivo é de impedir que o condenado por crime de
menor potencial ofensivo seja levado a prisão, tendo contacto com criminosos
condenados por crimes graves o que fatalmente o levará a reincidência, ofensa a sua
dignidade, etc., afastando-o mais da possibilidade de se ressocializar, quando o
objectivo do cárcere deveria justamente ser o oposto (2004, p.9).

Medidas alternativas à pena de prisão


São medidas tomadas pela Justiça Penal, em que a pessoa que comete um delito se
presta a determinadas condições e/ou obrigações, sem que isso acarrete a pena privativa
de liberdade.
No Código Penal moçambicano, esses pressupostos da aplicação alternativa de penas de
prisão são definidos na Lei nr.35/2014, que revoga o Código Penal de 1886.
Portanto, no seu artigo 88, a lei estabelece as medidas alternativas à pena de prisão de
seguinte modo:

1. São medidas alternativas à pena de prisão:


a) A transacção penal;
b) A suspensão provisória do processo.
2. As medidas alternativas à pena de prisão são obrigatoriamente aplicadas às infracções
puníveis com pena de prisão os pressupostos gerais de aplicação estabelecidos no n.º 1
do artigo 102.
Aplicação de Penas alternativas à pena de prisão

As Penas Alternativas estão voltadas aos crimes de menor potencial ofensivo,


justamente, aos autores de delitos de menor gravidade. E é justamente por esse fato, que
estão voltadas às medidas que não venham a ferir a liberdade da pessoa (Pereira, 2004).
Existem varias formas de aplicação de penas alternativas, variando de país para país,
por exemplo, em Moçambique, citando o Código Penal revogado em 2014 no seu artigo
89, as penas alternativas podem ser as seguintes:
1. São penas alternativas à pena de prisão:
a) A prestação de trabalho socialmente útil;
b) A prestação pecuniária ou em espécie;
c) A perda de bens ou valores;
d) A multa;
e) A interdição temporária de direitos.
2. As penas alternativas à pena de prisão são obrigatoriamente impostas ao condenado
nos casos em que a conduta criminosa seja punível com pena superior a dois e até ao
limite máximo de oito anos, verificados os pressupostos gerais de aplicação
estabelecidos no artigo 102.
3. As penas alternativas substituem a pena de prisão, obstando à sua efectivação.

Incompatibilidade de aplicação de penas alternativas à prisão

Portanto, não são aplicadas as penas alternativas segundo o Código Penal em citação,
prescrito no artigo 103, sob seguintes modos:
1.É proibida a aplicação das medidas e das penas alternativas sempre que o agente tiver
praticado algum dos seguintes crimes:
a) Homicídio voluntário, seja consumado, tentado ou frustrado;
b) Violação sexual;
c) Rapto ou tráfico de pessoas;
d) Tráfico de estupefacientes ou de substâncias psicotrópicas;
e) Terrorismo ou outro tipo de criminalidade organizada ou associação criminosa;
f) Cometidos com o uso de arma de fogo ou com violência ou ameaça graves
contra as pessoas;
g) Cometidos contra criança, incapaz, idoso ou mulher grávida;
h) De acidente de viação de que resulte morte, praticada com excesso de
velocidade, em estado de embriaguez ou sob efeito de substância estupefaciente
ou psicotrópica.

2. É, igualmente, proibida a aplicação das medidas ou penas alternativas à pena de


prisão nos casos em que o agente:
a) Tendo sido submetido a privação da liberdade, mesmo preventivamente, se
tenha subtraído ao seu cumprimento;
b) Tiver beneficiado nos três anos anteriores, da aplicação de pena de interdição
temporária de direitos ou multa pela via da transacção penal.
Conclusão

A introdução das penas alternativas, como foi visto é uma forma de diminuir a
superlotação das penitenciárias bem como de deixar em liberdade condicional dos
criminosos de menor porte, isto é aqueles que cometeram penas leves e ou médias.
As penas alternativas não significam a não punição do infractor, mas sim que este possa
pagar por seus crimes fora da cadeia, podendo no entanto, pagar uma multa por praticar
actividades comunitárias como forma alternativa de pagar a sua o seu crime.

Pode-se dizer que é uma boa forma de punir esses tipos de infractores ao invés de juntá-
los com os criminosos de grande calibre senão possam ser induzidos a praticarem mais
crimes que possam ser fatais.
Referências bibliográficas

AZEVEDO, M. L. de. (2009). Alternativas à pena de prisão e ministério público. In


LIVIANU, R., cood. Justiça, cidadania e democracia [online]. Rio de Janeiro: Centro
Edelstein de Pesquisa Social, pp. 181-192. ISBN 978-85-7982-013-7.

Lei n.º 35/2014 de 31 de Dezembro, Lei da revisão do Código Penal

PEREIRA F. (2004). DAS PENAS ALTERNATIVAS (Monografia Científica),


Curitiba-Brasil. Recuperável pelo seguinte endereço:
https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/handle/1884/47686/M407.pdf?
sequence=1&isAllowed=y

SÁ, R. M. (2013). O CARÁTER PUNITIVO DAS PENAS ALTERNATIVAS. Revista


Científica Semana Acadêmica. Fortaleza, ano MMXII, Nº. 000010,Disponível em:
https://semanaacademica.org.br/artigo/o-carater-punitivo-das-penas-alternativas. Acessa
do em: 05/05/2020.

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