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17 CONTRADIÇÕES E O FIM DO CAPITALISMO

Contradição no livro: duas forças aparentemente opostas estão presentes em determinada


situação

Objetivo: isolar e analisar as contradições do capital

Processo de alienação da classe trabalhadora – vem da burguesia que diz que a educação não
pode ser crítica, reflexiva e não pode dar liberdade de pensamento – aceitar a exploração da
mais-valia.

1840 – burguesia industrial – educação que ensina a ler, escrever e a fazer contas mas sem
pensar – para não se rebelar

Brasil – 2019 – extinção de lei trabalhistas – negociação : patrão x empregado (não existe)

Neoliberalismo – vai atacar classe trabalhadora – para obter mais lucro

Trabalhar a des-alienação dentro dos próprios bairros – acorda a população

PARTE 1 – Contradições fundamentais – capitalismo não funciona sem essas contradições do


capital - contradições podem produzir crises gerais

PARTE 2 – Contradições mutáveis –

Contradição 1 – Valor de uso e valor de troca


1. É a questão do imóvel. Imóvel é feito para morar [valor de uso] e
não para negociar [valor de troca].

Contradição 2 – O valor social do trabalho e sua representação pelo


dinheiro
2. Dinheiro é mecanismo de troca. É a régua de mensuração de
todas as mercadorias.
3. O que gera valor é a criação social que só o trabalho pode
ofertar.

Contradição 3 – Propriedade privada e Estado capitalista


1. Apropriação é diferente de propriedade privada.
2. Apropriação – relação exclusiva [de exclusão] entre o usuário e
o que está sendo usado. Exemplo: Aluguel de um apartamento.
3. Propriedade privada – direito de posse exclusivo de uma coisa
ou um processo, que seja usado ativamente, ou não. Exemplo:
Dono de um imóvel.
4. Estado capitalista – o individuo tem direito à propriedade
privada. Mas o Estado se arroga de direito, dependendo da
situação extraordinária, até mesmo de tomar esse imóvel
coercitivamente – dependendo da regra do jogo do Estado
capitalista.
5. O Estado capitalista tem o monopólio de tudo; portanto, neste
sentido, não há propriedade privada.
6. Para o marxismo, a propriedade privada é tão sagrada que todo
mundo deveria ter onde morar, além de ser um bem inalienável,
ou seja, ninguém poderia vender nem alugar. Mas isso é utopia.
7. Você é dono da propriedade desde que não infrinja nenhuma
regra – regras essas que às vezes são feitas para o Estado
pilhar a propriedade privada. Exemplo: minha casa, minha vida.
Embora um programa social, se o cidadão não pagar pelo bem
terá o seu imóvel espoliado e morará na rua. Não existe almoço
grátis no Estado capitalista.
8. O Estado domina outros tipos de propriedade privada. Se uma
pessoa é dona da sua terra, ela pode fazer o que quiser com
ela, certo? Errado. O Estado criará leis para dominar a
propriedade privada perante todos os demais. Exemplo: uso de
solo [há lugares que se pode abrir negócio e há lugares que
não].
9. A propriedade privada só pode ser adquirida com dinheiro. O
Estado controla o dinheiro. Logo, você não é dono da
propriedade privada. Exemplo: hipoteca.

Contradição 4 – Apropriação privada e riqueza comum


1. Apropriação privada = roubo, pilhagem, fraude e traição.
Exemplo: ouro e prata foram roubados das Américas para
satisfazer a Europa.
2. Os poderosos roubam e pilham civilizações inteiras, delimitam
as suas terras em frações e depois oferecem essa terra aos
cidadãos que não possuem lar como produto, ao dizer que ao
adquirir aquilo teria “propriedade privada”. Esse é a lógica
capitalista, todo mundo vivendo em casa apertada.
3. Riqueza comum = terra. Deus não fez Adão e Eva ao dar-lhes
um registro de imóvel do mundo todo para fazer cartório de
títulos, para vender em frações essas terras, para a nova
humanidade que estaria por vir.
4. Essa pilhagem sem lógica de terra é desarranjo de poder; que
só aumenta com o capital.

Contradição 5 – Capital e trabalho


1. Capital x trabalho
2. O Capitalismo expulsa pessoas das terras e depois vendem
essas terras como propriedade.
3. Quando o trabalhador consegue obter poder contra o capital, o
capital chantageia com demissões, desinvestimentos, para criar
forçosamente desemprego e colocar o trabalhador na berlinda.
4. Os trabalhadores ganham salários. Mas perdem esse salário
com custos de vida como: contratar serviços de saúde, tarifas de
bancos, saneamento básico e por aí vai.

Contradição 6 – Capital como processo ou como coisa?


1. O capital pode ser um processo porque faz parte da condição
humana. Mas também é coisa porque é artificial. Exemplo:
rentismo.
2. Capital fixo [máquina e equipamento] com propósito de
produção artesanal = processo. Como produção em escala de
mais-valia é coisa.
3. Capital circulante [dinheiro] como somente troca de mercadorias
é processo. Mas moeda como especulação é coisa.

Contradição 7 – A unidade contraditória entre produção e realização


1. O capital produz riqueza para os capitalistas e realiza a
desigualdade para os trabalhistas.
2. O aumento de natalidade de família pobre é uma produção
social de reserva industrial para o capitalista. Com a oferta de
mão de obra aumentada, esse descompasso gera mais pobreza.
3. Mais valor = produção
4. A ideia é saber se a produção gerará realização. Ou seja, se o
que os trabalhadores produzem viram poder de compra
compatível com a sua produção.
5. O capital precariza o trabalho porque, como o trabalhador tem
que trabalhar pra sobreviver, isso faz com que a produção seja
alta e o custo baixo para contratar o trabalhador – poder de
barganha –, ao passo que o trabalhador sofre com arrocho.
6. Outra forma de acabar com o custo-benefício
produção/realização do trabalhador se dão mediante alugueis e
outros custos de sobrevida [de sobrevivência social].

Contradição 8 – Tecnologia, trabalho e descartabilidade humana


1. A tecnologia gerará monopólios e patentes.
2. Guerras e ameaças de guerra estão ligadas à tecnologia [quem
faz investimento em tecnologia uma hora ou outra tem que testar
o investimento].
3. Os robôs não ficam doentes, não pedem aumento, não são
inconstantes entre produtivo e improdutivo. O homem está
sendo descartado pelo robô.
4. Após a descartabilidade humana, o Estado agora dá esmola
como bolsas para que o povo necessitado sobreviva
temporariamente.
5. Mas esse humano descartado também pode ameaçar a
reprodução do próprio capital. Se na parte de redução de custo
a robótica é boa [curva da oferta], na parte do consumo é
problema [curva da demanda].
6. É por isso que as teorias de redução populacional estão
crescendo. Não há necessidade de tanta mão-de-obra para
gerar elevado capital – a robótica se encarrega disso.
Contradição 9 – Divisão do trabalho
1. Há divisão técnica e social do trabalho.
2. A divisão técnica do trabalho é aquela que qualquer um pode
executar – Exemplo: limpar chão.
3. A divisão social do trabalho é aquela que tem aprimoramento de
especialista – Exemplo: exercício da medicina ou
desenvolvimento de software.
4. O trabalho já foi dividido por gênero no passado. Os mais
“fáceis” iam para as mulheres porque o preconceito dizia que
mulher era incapaz.
5. A divisão técnica é algo mais pontual geograficamente. Já a
divisão social pode ser global.
6. Trabalhos sujos e ofertados a imigrantes são mal remunerados.
7. Já trabalhos de tecnologia na Ásia possuem status.
8. O trabalho como produto de concorrência.
9. Antes dessa divisão havia o sistema de guildas e o monopólio
do artesão.
10. Mas a guilda criava o status. Exemplo: maçons.
11. A riqueza das nações de Adam Smith, com a questão de divisão
do trabalho, ajudou a tornar o operário um trabalhador mal
qualificado – faz parte do todo, mas não sabe de nada.
12. Com isso, o trabalhador, por ser descartável por só ter
conhecimento raso e especifico, fez o trabalhador deixar de ser
orgulhoso [ter orgulho de ser trabalhador].
13. O capital gerou a desqualificação do trabalhador.
14. O trabalho especializado é crucial [dividido em uma capacidade
em uma coisa só].
15. A vantagem comparativa de David Ricardo também criou divisão
de trabalho, mas em questão geográfica global: um país não
pode cultivar uma cultura, em acordo comercial, para cultivar
outra cultura para fazer a troca. Vantagem comparativa é
desigualdade global.
16. Mas nem tudo é ruim. Se num passado distante perder a safra
significaria fome, hoje há a compensação ao buscar negociação
em outras regiões. Além, é claro, de a tecnologia tornar o
desastre da perda de safra bem menor do que num passado não
muito distante.
17. Com o aumento da desigualdade social global, além da desigual
divisão de trabalho social em locais específicos, tal fenômeno
está fazendo que regiões mais primitivas tornem os
trabalhadores mais alienáveis pela dependência.

Contradição 10 – Monopólio e competição: centralização e


descentralização
1. Poder excessivo de mídia social impacta na soberania entre
países, além de criar alienação de povos inteiros diante
aglomerações globais.
2. A crise de 2008, ao imprimir dinheiro à revelia para salvar
empresa falida, centralizou ainda mais o capital para meia-dúzia
de megaempresários.
3. Joseph Stiglitz já profetizava: há duas maneiras de enriquecer:
1) criando riqueza; 2) tirando riqueza dos outros.
4. Empresas monopolistas estavam por trás das ditaduras militares
da América do Sul [isso a gente já sabe por vivência].
5. O Estado cria a centralização [monopólio] e a descentralização
[concorrência].
6. Duas padarias a uma distância de trezentos metros uma da
outra é algo que pode sugerir uma intensa concorrência, mas, se
existe um rio caudaloso entre elas, cada um dos padeiros terá o
poder de monopólio de um lado do rio. O poder de monopólio
acaba se o rei constrói uma ponte sobre o rio, mas é
restabelecido se um senhor local impõe um pedágio abusivo à
travessia da ponte, ou se o rio se torna fronteira politica e passa
a ser cobrado um imposto alto para o comércio de pão entre
uma margem e outra. [...] foi assim que surgiram as taxas
alfandegárias.
7. A medicina é uma área muito monopolista. Mas o turismo
médico quebra o monopólio entre nações. Todavia, o que
preocupa a medicina é o avanço da tecnologia de inteligência
artificial.
8. A mão pesada estatal faz tornar concreta e visível a “mão
invisível” de Adam Smith.
9. A China compreendeu a tese de Smith de que um Estado
primeiro tem que vir centralizador e acumulador de riqueza para
ofertar, quando rico, a descentralização de liberdade de
mercado. Primeiro fica rico por centralização; depois distribui
renda.

Contradição 11 – Desenvolvimentos geográficos desiguais e produção de


espaço.
1. O que destruiu Detroit não foi só a crise, mas as mudanças de
outras montadoras para Tennessee e Alabama que tinham
trabalhadores que aceitavam trabalhar por salários menores. A
concorrência geográfica produz precarização.
2. Investimentos grandiosos sempre terão como foco as cidades
que possuem maiores populações e infraestruturas, em que
poderão entregar a produção e escoar a produtividade.
3. O capitalista move o seu capital [máquinas e equipamentos]
quando possível. Exemplo: uma empresa de confecção pode
levar todo o seu maquinário para qualquer lugar do mundo. O
mesmo não acontece com uma mina ou uma siderúrgica.
4. O capitalista é parasitário, usa o espaço geográfico de uma
região até o seu esgotamento e depois disso sai sem dar
satisfação, nem ligando para a questão social. Exemplo: Detroit.
5. Esse uso até o esgotamento, seja físico ou espacial, como
processo evolutivo é chamado de “destruição criativa” sobre a
terra [entenda aqui não só terra agricultável, mas a terra de
cidades também].
6. Esse regime predatório atrai migrante [que quando o mercado
está aquecido e atraído, ninguém liga para aumento
populacional por migração]. A empresa sai de tal região por
esgotamento e deixa os migrantes a ver navios. E aí a culpa
recai, quando há desigualdade que gera violência em dada
região, nos migrantes.
7. Vendo essa modulação constante, Adam Smith sugeriu que os
Estados liberassem de uma vez as forças de capital e livre
mercado. Ou seja, se não pode com o “inimigo”, então que se
uma.
8. O mercado desregulado traz caos. Para conter o caos, o Estado
se arroga de criar burocracias. Essas burocracias atravessam a
linha imaginária da fronteira, obrigando a criar blocos
econômicos [BRICS] e geográficos [união europeia]. Isso cria
produção de espaço físico ou espacial.
9. O Estado junto com o mercado financeiro faz o “capitalismo
abutre” de um lado e estimula práticas canibais [concorrências]
de outra. É nesse ponto em que o capitalismo artificial, quando
gera crise, contamina o mundo real, acabando com o capital
social da região afetada pela crise.
10. Mas o capitalismo sempre foge da crise porque, em qualquer
momento de problema econômico, o capitalismo chantageia a
sociedade e precariza o trabalho para não ter prejuízo – ou
reduzir tais prejuízos.
11. O mundo anticapitalista deve entender que o capitalismo está
sempre mutável, criando até mesmo artificialidades [mercado
financeiro] para se proteger porque o Estado dá salvaguarda.
12. A solução para sair deste sistema predatório se dá pelo mundo
tornar-se anticapitalista e fazer só organizações econômicas
regionais.
Contradição 12 – Disparidade de renda e riqueza
1. No mundo pós-muro de Berlim, os países, até mesmo aos
socialistas, tiveram uma ascensão gigantesca de novos
bilionários como a própria Rússia, por exemplo.
2. A concentração de riqueza faz a desigualdade social.
3. Como nem todos possuem acesso ao bolo da grana, então essa
disparidade gera não só desigualdade como disparidade na
renda.
4. Como o capitalismo cria uma distribuição desigual de renda,
com o problema não resolvido até mesmo de desemprego, tal
desajuste vira algo benéfico para o capitalismo porque gera um
exército industrial de reserva.
5. O desempregado fica na mão do capitalista porque não tem
onde correr.
6. Além disso, o capitalismo também pode contar com a reserva
latente, que é o trabalhador do campo que pode ser adaptado
para virar assalariado. Então a reserva é grande para o
capitalista manter o poderio sobre o trabalhador.
7. Os desempregados ganham a vida como podem nas favelas.
Essa sobrevivência estabelece um custo de vida mais baixo do
que o do capitalismo formal. E também vira parâmetro para o
capitalista determinar a desutilidade marginal [o mínimo que o
trabalhador aceita para trabalhar].
8. Para corrigir tal problema, o Estado criou o workfare, uma
espécie de assistencialismo alternativo ao walfare estate. Para
conseguir a assistência, o individuo deve cumprir certos
requisitos como possuir experiência profissional e ter realizado
trabalhos voluntários para entrar no beneficio.
9. O capitalismo, historicamente, se libertou dos proprietários das
terras, que conseguiam renda de maneira primitiva, mas o
capitalismo do século XXI agora avança em direção ao rentismo
de plutocracia, magnatas de mídia, financista entre outros, que
sugam o capital industrial produtivo.
10. Agora, se todo mundo viver de renda, ninguém produzirá nada
de fato, portanto impossível. O resultado deste desarranjo é
crise.
11. A desigualdade, portanto, é essencial para o capitalismo. E
reduzir a desigualdade afeta a reprodução do capital. Ou seja, o
capitalista quer a desigualdade social para manter-se no poder
econômico.

Contradição 13 – Reprodução Social


1. Antigamente a reprodução social se dava por uma vivência mais
primitiva, com trabalhos braçais e ganhos para a sobrevivência.
A partir do momento que há a evolução e bem-estar social, a
reprodução social muda para outros objetivos como trabalho em
campo de conhecimento e nas áreas do saber.
2. Mas como essa nova reprodução, baseada no consumo, não é
sustentável, a dinâmica provoca o endividamento – para o
individuo se adequar ao padrão de reprodução social vigente.
3. Ou seja, a artificialidade que vai desde marcas e patentes até
rentismo de especulação financeira faz com que a reprodução
social contemporânea seja inalcançável, frustrando o bem-estar
de qualidade de vida desta nova era.
4. A reprodução social ainda é determinante pelas mulheres.
5. Se no passado feudal a mulher tinha filho como um
investimento, que ajudaria com a renda na casa para trabalhar
com a família [mais uma mão para ajudar no sistema feudal], a
liberdade da era atual faz o filho ser somente custo, pois a
criança em fase adolescente não pode trabalhar, e se trabalhar
os seus ganhos vão para si. Enquanto que o filho na fase adulta
tende a deixar os pais.
6. A reprodução social é a questão da previdência. Se no passado
o idoso ficava a cargo da família, hoje o aposentado fica a cargo
do Estado, onerando ainda mais o custo social, criando crises
por causa de tal evolução.
7. Mas há avanços também na reprodução social. O exemplo são
as “soccer moms” que se ajudam para não onerar tanto o gasto
familiar no fim do mês.
8. Se nos tempos primitivos o Estado não atacava tanto a
organização familiar, hoje o Estado quer abarcar tudo. Mas esse
mesmo Estado não tem condição de pagar por todos os
serviços, mesmo tributando pesado os seus cidadãos, porque o
Estado é incompetente e criador de crise.
9. E veja só a loucura: a reprodução social primitiva foi retirada da
sociedade, ao ser abarcado pelo Estado e pelo capital, ao passo
que o Estado falido não consegue entregar este novo bem-estar
social inserido pelo... Capitalismo!
10. Se o ocidente critica a escravidão das crianças de Índia e
Paquistão trabalharem para fazer bolas para os ocidentais,
esses mesmos ocidentais compram essa bola para o seu filho
chutar. Hipócritas.
11. Se a reprodução social no começo da revolução industrial era
dinamizada pelo “homo faber”, hoje o ser humano com o seu
esgotamento de modelo do capital virou o “homo prodigus”,
aquele que desperdiça.
12. Então a reprodução social de hoje se dá no esgotamento sem
conscientização de muitos processos de produção, criando
fadiga no individuo laboral e no desgaste da natureza em ter que
prover essa dinâmica surreal.
13. A reprodução social, também, muito bem aceita pelo tal “sonho
americano”, em que tinha como justificativa que era algo natural
e normal à ascensão social, tal condição está dando sinais de
término.  A estagnação social da classe média é regra nessas
épocas em que a desigualdade social entre rico e pobre
aumenta, mas que mantem uma classe media em status quo.
14. Alguns antropólogos sugerem até mesmo a volta da vida
selvagem indígena para contrapor essa nova era de reprodução
social contemporânea, pois entendem que este padrão social
está matando como um veneno que envenena devagar a
sociedade ocidental. Voltar a ser índio não é o ideal, mas pode
servir como contraponto teórico.
15. Se na época do segundo império da França tinha como lema:
“conquiste as mulheres”, hoje o capitalismo tem como slogan:
“conquiste as crianças”, reduzindo a escalada de moralidade
social do capital perante o mundo.
16. Quanto à reforma agrária, para destinar terra aos sem terras, tal
atitude, mesmo que bem implantada, será revogada porque a
tendência do capitalismo é a espoliação. Ou seja, dá terra hoje;
e amanha, porque esse desafortunado perderá a terra por não
conseguir pagar imposto, ficará novamente sem terra. Por isso
que terra só tem valor de uso.

Contradição 14 – Liberdade e Dominação


1. Marx e Ayn Rand eram parecidos na questão da busca pela
liberdade. A única diferença é que Marx queria alcançar essa
liberdade por meio de associações [coletivos] enquanto que Ayn
Rand queria por meio do egoísmo individual.

2. O capitalismo tem como pilar a meritocracia. Mas, como se


sabe, nem todos saem à disputa com as mesmas condições.
Esse descompasso faz o capitalista que já está no topo estar
sempre no topo, o que gera a dominação do sistema perante a
sociedade devido à impossibilidade da mutação social.
3. Se por um lado o capitalismo filosofa sobre a liberdade; por
outro, ela impede pela dominação que essa liberdade se
concretize. É o grilhão da dominação por manter-se no poder.
4. O EUA, por exemplo, berço da liberdade, controla tudo para que
os cidadãos sejam livres, pois este controle total é algo
imperativo para a luta contra o terror. Talvez essa guerra contra
o terror seja só um espantalho para que a dominação seja feita
sem que o cidadão se dê conta disso.
5. É no estilo George Orwell que o capitalismo fala em liberdade
para manter domínio: guerra é paz; liberdade é escravidão;
ignorância é força.
6. Na França, o terror da revolução serviu para pelo menos tentar
implantar a liberdade, a fraternidade e a igualdade. Hoje, a
França morre por ser um governo burocratizado e esclerosado,
apoiado num aparelho de repressão policial.
7. O capitalismo faz a liberdade e a dominação, embora paradoxal,
caminharem juntas. No discurso e na aparência o capitalismo
parece libertar os povos, mas na prática os megaempresários
dominam tudo, cada vez mais, por causa da arbitrariedade
estatal em favor do grande capital.
8. O laissez-faire das ideias do Estado liberal do século XVIII é
utopia porque a dominação da fusão Estado e Capital impede
que isso aconteça.
9. O partido republicano no EUA pode muito bem cortar auxilio-
alimentação para a população, no mesmo momento em que dá
subsídios para o agronegócio. Para acabar com o auxilio-
alimentação, a defesa se dá que o cidadão deve prover o seu
próprio sustento. Mas para o grande agricultor, o republicano diz
que o agricultor pode não ter condição de prover sustento – nem
para si, nem para todos.
10. A liberdade capitalista cria uma escravidão social. O individuo
fica dependente do patrão mais próximo do seu raio social. Os
trabalhadores são livres, ironicamente como argumentou Marx,
para vender a força de trabalho para a própria sobrevivência.
11. O capitalismo só sobrevive também se tiver a ideia de defesa de
propriedade privada. Alegando propriedade privada, bancos
tomam casas dos mutuários. E o mesmo acontece ao inverso,
caso esse mesmo banco tenha problema e tenha que ser
socorrido porque é grande demais pra falir.
12. Para Amartya Sem, liberdade é “oportunidade substantiva”
[acesso a bens materiais e serviços]. Pois, sem tais acessos, por
mais que a pessoa seja livre, ela estará privada de tudo.
13. Mas o homem trocaria a oportunidade substantiva por uma
alienação do seu próprio destino. Ou seja, com medo de não ter
acessos de necessidade básica, o homem aceita ser escravo do
sistema capitalista.
14. Os ricos se sentem culpados e começam a fazer filantropia. Mas
logo se dão conta que filantropia é lavagem de consciência, o
que permite que os ricos tentem dormir melhor à noite. Esse
peso na consciência, por si só, mostra que alguma coisa está
errada.

Contradição 15 – Crescimento exponencial infinito


1. O crescimento exponencial infinito se dá mais da artificialidade
de acúmulos de dividas, pelo desarranjo Estado-Capital, que
permite que haja crédito em excesso, muito mais até o que o
capitalismo anárquico poderia auferir.
2. No capitalismo anárquico e primitivo, qualquer erro de
investimento vira dívida, com fechamento do capital, além de
outras complicações [matar porque não pagou]. Então, por
causa do amparo do Estado ao fazer leis, o capitalismo com o
desarranjo da dívida torna o crescimento exponencial possível
[amparado pela divida].
3. O crescimento exponencial é tão absurdo que dá para criticá-lo
por anedota: “certa vez, um rei indiano quis recompensar o
inventor do jogo de xadrez. O inventor pediu o equivalente a um
grão de arroz no primeiro quadrado do tabuleiro e que a quantia
dobrasse de quadrado em quadrado até cobrir todo o tabuleiro.
O rei concordou de imediato, porque o preço parecia baixo. O
problema é que, ao chegar ao vigésimo primeiro quadrado, eram
necessários mais de um milhão de grãos e, depois do
quadragésimo primeiro quadrado [mais de trilhão de grãos], não
havia mais arroz no mundo para dar conta dos quadrados
restantes”.
4. Outro fator que faz parecer que o crescimento exponencial
pareça algo possível se dá pelo fato do crescimento
populacional avançado. Mas esse aumento tem limite de
expandir; embora a expansão de dinheiro, não.
5. A forma mais fácil do capital crescer sem limites está na inflação
[impressão de dinheiro sem lastro à revelia]. E não precisa dizer
que hiperinflação no final deixa o rico mais rico e o pobre mais
pobre [é questão de empirismo].
6. A privatização de serviços estatais como saneamento básico,
água, luz, habitação, entre outros, deu folego para o capitalismo
expandir e, com isso, falsear a ideia de que o crescimento
exponencial faz sentido. Mas e quando não houver nada para
privatizar, como o capitalismo encontrará outra saída para
acertar as contas à sociedade?
7. Como há algumas privatizações que não deram certo, a
sociedade pressiona para que haja a reversão dos serviços
estatais ofertados ao Estado, voltando a ser algo estatal.
8. O capital, para manter-se sempre em expansão, cria produtos
descartáveis com obsolescência programada para manter o
ritmo de consumo elevado.
9. Para conseguir o objetivo de manter a aceleração de circulação
de mercadoria e serviços, o capital investe em propaganda para
o cidadão querer algo que não precisa ou que nem mesmo é útil,
mas que seja comprado sem parar, só por causa do fetiche de
possuir algo.
10. Nesta loucura de expansão, é notório que mais pessoas entram
também para fazer compra, mas também venda, de produtos ou
serviços. Neste quadro, cria-se o fenômeno prossumidor [aquele
que é consumidor e comprador ao mesmo tempo].
11. Com a ameaça do prossumidor, o capital faz mais ainda fusão
com o Estado e fecha ainda mais o mercado, por causa da
ameaça constante de novos entrantes.
12. Com todo esse fetichismo em curso, o cidadão comporta-se de
forma espetacularizada, o que Guy Debord já tinha previsto no
seu livro sociedade do espetáculo.
13. O aumento de dinheiro em circulação cria bolhas. Quem cria a
bolha entra em crise quando ela estoura, mas é salvo pelo
Estado. Deste modo, ao ser salva, repete a dose, criando nova
bolha. E o ciclo de bolhas vão surgindo até que o crescimento
exponencial chega a um limite. Quando esse limite não chega,
quem paga a conta é o pobre com hiperinflação.
14. Deste modo, o que cresce vertiginosamente é a classe de
rentista parasitário que acha que criará riqueza só por colocar
dinheiro em um lugar [o milagroso fundo] e esperar que isso
renda os lucros.

Contradição 16 – A relação do capital com a natureza.


1. Ao contrário do que se imaginava, o capitalismo salvou a
natureza ao invés de destruí-la.
2. Malthus acreditava que o crescimento populacional faria com
que os recursos escassos da natureza fossem extintos, criando
colapso no mundo. O fato é que ocorreu o contrário, o
capitalismo, ao fazer do alimento um negócio, somado com
investimento em tecnologia e inovação, fez com que a natureza
fosse otimizada para atender o homem, ao ainda conseguir
preservar a natureza deste colapso imaginado anteriormente por
Malthus.
3. Mas mesmo com esse cenário, o fato é que a natureza está
dependente do capitalismo, ao invés de ser preservada pelo
homem por conscientização. Ou seja, se o capitalismo deixa de
operar em uma região, muito provavelmente a natureza poderá
sentir os efeitos porque não dá lucro.
4. A natureza virou mais um instrumento para o capitalista fazer
lucro. Mas como o capitalismo não é perfeito, ele também
provoca desastre ambiental. Mas para conter este problema o
capitalismo aceita ser regrado, ao criar a regra de carbono.
5. Como tudo é lucro, até mesmo uma planta em pé ou um animal
vivo, fazendo do homem um ser somente expectador de tudo,
até mesmo da natureza, tal falta de concretude torna o ser
humano perdido, o que faz esse ser ter problemas psicológicos
até o ponto de ter que usar Prozac para sobreviver. A alma fica
esvaziada. O homem torna-se inútil. A isso é chamado de
Geração Prozac.
6. Com essa dependência em que só se salva o que dá lucro, o ser
humano fica dependente de tudo: desde água potável até
alimento agricultável.
7. Essa ilusão de que o capitalismo é bom porque resolve tudo cria
aquilo que é chamado de greenwashing – em que se disfarça
um projeto com fins lucrativos como um projeto para melhorar o
bem-estar das pessoas.
8. Alguns até acreditam que o Al Gore - para conter a emissão de
carbono -, que hoje virou grande fonte de ganho com
especulação, foi feito por querer para chegar neste resultado; e
não salvar o planeta, como em tese deveria ser.
9. O capital lucra na defesa; mas também lucra na catástrofe
ambiental.
10. Proteger a natureza também pode ser fachada para grandes
donos de terras terem o monopólio de riquezas naturais, que
vão desde uma floresta intocada até um rio correndo na
propriedade privada, sendo impossível acesso das demais
pessoas.
11. Com a dinâmica de vida sendo construído na base de frequência
de rádio de equipamentos de mídia, com agrotóxicos nos
alimentos, além de uma rotina exaustiva, o capitalismo aumenta
o índice de câncer na sociedade.
12. A África, como era uma região menos desenvolvida, por isso
com menos propensão de esforço capitalista, chegou a ser
cogitada como o depósito de lixo da Europa porque ela já era
sub-poluída.
13. O Dust Bowl [10 anos de seca], por causa do uso irregular do
solo para plantação, fez com que o EUA tivesse que criar leis
mais rígidas, indo contra a propriedade privada, para conter este
mal.
14. O capitalismo causa poluições sonoras, visuais e até poluição do
ar em escala nunca antes vista, como, por exemplo, as
provocadas pelas siderúrgicas no EUA e na China.
15. Até a Margaret Thatcher – formada em química -, no Protocolo
de Montreal, aderiu ao movimento ambientalista por saber da
nocividade do capitalismo sob a natureza. Hoje não há Margaret
Thatcher para salvar.
16. Mas o capitalismo trás eficiência. Tanto é que a escala de
produção de alimentos atende hoje uma escala de crescimento
populacional sem problemas.

Contradição 17 – A revolta da natureza humana: Alienação Universal


1. Em o enigma do capital, “eu conclui”: O capitalismo nunca vai
cair por si próprio. Terá de ser empurrado. A Acumulação do
capital nunca vai cessar. Terá de ser interrompida. A classe
capitalista nunca vai entregar voluntariamente seu poder. Terá
de ser despossuída.
2. Alienação tem vários significados: no termo jurídico, alienação
significa transferir a propriedade para outra pessoa; como
relação social, aliena-se lealdade e confiança; como termo
psicológico, alienação significa se isolar do mundo.
3. O capitalismo, conforme avançou durante o tempo, expurgou o
centrismo politico-ideológico, que funcionava como escudo de
defesa para o capital contra ideologias mais extremistas. Hoje, o
capital defende-se de “instituições” do Estado, sem levar
prejuízo social algum.
4. O ser humano será cada vez mais alienado porque quanto mais
o dinheiro é produzido, mais o ser humano consome
irracionalmente.
5. O individuo, então, troca a sua liberdade pela luta interminável
para participar da disputa mercadológica, em que cada qual
espera vencer. E a partir do momento que se aceita jogar o jogo,
tal cidadão já está alienado perante o capital, portanto, já é
escravo do sistema.
6. O capitalismo consegue humanizar tudo, até mesmo robôs em
películas cinematográficas, como, por exemplo, Wall-E e Sonmi-
451 [Cloud Atlas]. Enquanto isso se desumaniza o homem sob a
ideia de mérito, que é verniz para a sociedade aceitar a
desigualdade social como novo normal.
7. Assim como a eficiência do trabalho torna o serviço desprendido
mais fácil e até por reduzir esforço e horas dedicação, na parte
oposta cria-se o estado de crise existencial, porque o
trabalhador acha que não está trabalhando e isso cria um
desgaste mental de inutilidade.
8. O capitalismo rompeu a barreira de necessidades e desejos.
Tudo que é supérfluo vira algo indispensável para o bem-estar
humano, do individuo consumidor daquele momento.
9. Isso cria uma sociedade abastada, mas parasitária, que quer
manter esse sistema econômico de criar dinheiro do nada para
satisfazer os interesses de tal classe.
10. A classe parasitária já foi analisada no livro Teoria da classe
ociosa, de Thorstein Veblen. No entanto, é sabido que se tal
classe não existisse espontaneamente, ela seria criada
artificialmente.
11. Como a rotina do consumo e da sociedade do espetáculo
pressiona atitudes e ações, embora a tecnologia sirva para
reduzir até mesmo a carga horária, por causa de problemas de
consumo, quanto mais a tecnologia avança, paradoxalmente,
mais o homem trabalha para manter o padrão de vida artificial.
12. Esse fenômeno cria os bens compensatórios, que são bens
inúteis que são desejados justamente por serem inúteis por
causa da sua futilidade – a pessoa tem porque pode comprar a
bugiganga. Ostentação pela quantidade.
13. Com essa pressão social, os estratos sociais não remunerados
devem ser assalariados para rodar essa roda de consumo. Mas
esse salário deve ser ajustado para o mínimo, para que esse ser
busque a ilusão de perspectiva de obter mais salário para
buscar mais inutilidade de mercado.
14. É como se a pessoa não fosse usuária de droga, os amigos
pressionassem essa pessoas a usar droga até viciar. Aí a
pessoa quer mais droga, não possui dinheiro para sustentar o
vício, caindo em degradação total. Essa é a relação: consumo x
poder de compra.
15. O capitalismo faz mais ou menos isso quando tem uma infinita
gama de mercadorias, mas o salário não dá pra nada.
16. As pessoas com essa lógica social têm cada vez menos tempo
para lazer porque tem que trabalhar para comprar aquilo que
não gosta. Isso é análogo ao filme: “Clube da Luta”.
17. Se no Estado primitivo os cidadãos viviam com a roupa do dia-
dia-dia e tinham só poucas peças como a roupa para ir pra
missa; hoje, com o individuo tendo que atuar em diversos papeis
sociais, usa-se muita indumentária, muito perfume, muito
penduricalho que faz a pessoa ser escrava destes utensílios,
bem como dos eletrodomésticos que deveriam facilitar a vida
[porque o individuo tem que lavar uma grande quantidade de
roupa a cada final de semana]. A mesma coisa acontece com
comida [mais comida, mais geladeira, batedeira, liquidificador,
etc.]. Ou seja, vira escravo dos eletrodomésticos porque tem que
desempenhar um papel social.
18. A tecnologia de mídias sociais pode servir em dois casos: 1)
Para uso de uma juventude educada e excluída para fazer
ativismo político; 2) para perder tempo simplesmente com
futilidade.
19. E-mails, trocas de mensagem, distrações de vídeos geram a
improdutividade dentro da produtividade capitalista, ao ocupar o
tempo somente entre produzir para o capitalismo, com os
momentos de vacância sendo desperdiçados com distrações
que são usados para o individuo ser escravo do capitalismo. O
homem alienado não se aprofunda e tende a virar o homem-
massa.
20. O Estado, ao ser um mero instrumento do capital, está
excedendo seus poderes e por isso deve ser combatido.
21. O Estado absolutista e totalitário dos séculos XVI e XVII teve
que se adaptar ao novo padrão burguês, mas isso gerou uma
ideologia burguesa de laissez-faire que é impossível de realizar.
O liberal até fala aquilo que a classe média quer ouvir, mas o
discurso é impossível de se realizar.

Conclusão – Perspectivas de um futuro feliz, mas controverso: a


promessa do humanismo revolucionário
a. O que fará oposição ao capitalismo será o humanismo.
b. Mas não o humanismo de Nietzsche do super-homem, nem o
renascentista de Erasmo, o humanismo será a altruísta, que não
se motiva por bem material, porque só quer saber do bem-estar
de todos. É questão moral.
c. Assim como muitos humanistas lutaram contra opressão, sejam
líderes políticos ou religiosos que bateram de frente contra a
tirania, a salvação da humanidade ao capitalismo virá destas
colisões evolutivas que são inevitáveis.
d. Como a moralidade burguesa capitalista é piegas e ineficaz, há
também a possibilidade do contraponto vir pelo “humanitarismo
insipido”, de Frantz Fenon.
e. O humanismo de Althusser recusa a ideia que exista uma
“essência” humana imutável, o qual se pode acreditar que é
possível haver uma nova modelagem de ser humano sem que
seja pelo modelo egoísta e opressor.
f. Voltando a Fenon, a justificativa de humanitarismo se dá na
questão inevitável da libertação construída pelos termos
nacionalistas.
g. Assim como os colonos salvaram-se dos colonizadores, o
capitalismo que é algo imperial pode cair sob a ideologia
nacionalista. Ao se fechar, o capitalismo perde a sua dinâmica
mundial, deixando de ser o coronel do mundo.
h. Os irmãos Koch podem facilmente fazer doações caridosas em
uma universidade, ao passo que investe em movimentações
políticas que fazem cortes no auxílio-alimentação, além de negar
assistência social universal. Os capitalistas também trabalham
com dialética.
i. Papa Francisco já criticou a globalização, ao chamar de
globalização da indiferença, Fenon conclama a massa europeia
para deixar de ser a “bela adormecida” no bosque.
j. Gramsci declarou que o humanismo não visa à resolução pacífica
das contradições, mas que as ações humanistas são as próprias
contradições.
k. Ou seja, o que acabará com o capitalismo serão as suas próprias
contradições.

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