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“Make love not CO2”.

Níveis de comunicação
empresarial sobre temas de interesse público
Gisela Gonçalves
Universidade da Beira Interior
gisela@ubi.pt

Índice ambiciona-se encontrar um fundamento para


a comunicação da reputação empresarial.
1 Introdução 1
2 Micro nível: o contexto organizacio- Palavras-chave: Responsabilidade So-
nal 2 cial Empresarial, Comunicação da RSE,
3 Meso nível: o contexto dos stakehol- stakeholders, Renova.
der 5
4 Macro Nível: o contexto social e me-
diático 8
5 Uma conclusão responsável 10 1 Introdução
6 Bibliografia 11 A responsabilidade social das empresas, de-
finida no Livro Verde da Comissão Euro-
peia como “um conceito segundo o qual as
empresas decidem, numa base voluntária,
Resumo contribuir para uma sociedade mais justa e
para um ambiente mais limpo” está hoje no
Os profissionais de comunicação são cada centro da atenção dos meios de comunica-
vez mais desafiados a integrarem nas suas ção e ocupa investigadores das mais variadas
estratégias comunicacionais, de forma áreas. As empresas que apostam numa pos-
credível e criativa, mensagens centradas tura de gestão responsável necessitam do su-
na responsabilidade empresarial. A partir porte de vários subsistemas organizacionais.
da teoria das relações públicas e da co- A gestão da qualidade, as finanças ou os re-
municação organizacional analisam-se os cursos humanos têm sido alvos de estudo das
diferentes níveis contextuais que condicio- ciências empresariais, enquanto que a pers-
nam a comunicação de valores sociais ou pectiva comunicacional, permite uma análise
ambientais. Através do estudo da identidade na esfera do marketing, da publicidade, das
organizacional e da relação com os diferen- relações públicas ou da comunicação organi-
tes stakeholder, primários e secundários, zacional.
2 Gisela Gonçalves

Os profissionais de comunicação, no mente mediado pelos meios de comunicação


âmago das políticas de responsabilidade em- social sobre a agenda do interesse público
presarial, são cada vez mais desafiados a in- será abordado no macro nível.
tegrarem nas suas estratégias comunicacio-
nais, de forma credível e criativa, mensagens
2 Micro nível: o contexto
fundamentadas em valores sociais ou ambi-
entais. É o caso do curioso slogan “Make organizacional
love not CO2”, retirado da campanha publi- O grau de atenção que uma empresa dedica
citária da RenovaGreen, um produto 100% aos temas sociais e ambientais está, obvia-
reciclado, e que é aqui utilizado como mote mente, dependente do próprio sector de ne-
para a reflexão sobre o tema da comunicação gócio em que opera. As empresas que per-
centrada em mensagens éticas e de interesse tencem às indústrias normalmente denomi-
público. No entanto, não se pode esquecer nadas de “alto risco” desde cedo se viram
que a comunicação sobre temas de interesse obrigadas a assumir responsabilidade pelo
público é fortemente condicionada pelo defi- impacto social e ecológico dos seus negó-
cit de legitimação social que as empresas en- cios. Não é por acaso que os case-studies
frentam nas sociedades contemporâneas. O de gestão de crise incidem sobre indústrias
elevado grau de desconfiança dos consumi- do ramo petrolífero (caso Brent Sparr, 1995),
dores frente a produtos, iniciativas ou cam- químico (caso Bhopal, 1984), farmacêutico
panhas publicitárias “verdes” ou sociais são (caso Tylenol, 1982) ou de energia nuclear
algumas das manifestações mais visíveis. (caso Chernobyl, 1986). Mas foi sobretudo
Assim, a questão de investigação subja- a partir da década de 90, com a quebra dos
cente a este artigo pode ser colocada da se- valores de confiança dos cidadãos no mundo
guinte forma: “Quais os principais contextos empresarial, que o comportamento social-
que levam as organizações a comunicar cada mente responsável passou a estar no centro
vez mais sobre temas de interesse público?”. das preocupações de todas as empresas. As
A resposta, que será fundamentada na teoria razões do fenómeno são certamente comple-
das relações públicas e na teoria da comuni- xas, mas têm sido maioritariamente atribuí-
cação organizacional, é desenvolvida numa das aos processos de globalização da eco-
divisão ternária dos diferentes níveis contex- nomia e ao capitalismo exacerbado (escân-
tuais do fenómeno. Na 1a parte, analisa-se dalo Enron, despedimentos massivos, polui-
o micro nível ou contexto interno da orga- ção, etc). Simultaneamente, livros-denúncia
nização, em relação à identidade organiza- como o No Logo de Naomi Klein (2000) le-
cional, à “corporate culture” e à comunica- varam as empresas a tomar consciência, defi-
ção corporativa. De seguida, a 2a parte ou nitivamente, de que enfrentavam um elevado
meso nível de reflexão irá centrar-se no papel deficit de legitimação social com consequên-
que os diferentes stakeholder desempenham cias avassaladoras para a própria sobrevivên-
nas estratégias de responsabilidade empresa- cia.
rial, tanto a nível interno como externo. Por Neste contexto de crescente vulnerabili-
fim, e em linha com a abordagem sistémica dade, a gestão estratégica de uma empresa
das organizações, o contexto social especial-

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não pode ser separada da visão de respon- tado de Mecenato uma vez que toda a produ-
sabilidade social do responsável máximo da ção artística da campanha foi encomendada
empresa. O papel do presidente é incontor- ao famoso fotógrafo François Rousseau que
nável quando se coloca a questão do porquê optou pelo cenário de uma favela no Rio de
desenvolver estratégias de responsabilidade Janeiro. Posteriormente, as fotografias origi-
social empresarial (RSE), uma vez que, por naram um livro cujos direitos de autor serão
detrás de muitas opções de gestão há uma canalizados para uma ONG a trabalhar na lo-
visão ética do mundo, alicerçada em va- cal.2
lores e princípios pessoais. É esta figura No entanto, e não pretendendo psicana-
de poder que, em ultima análise, determina lizar a Renova, qualquer empresa que fo-
se a responsabilidade do negócio é apenas mente uma imagem responsável, seja através
criar valor para os accionistas (ver Fried- de campanhas publicitárias ou no desenvol-
man, 1970), ou também criar valor para os vimento de parcerias com ONG’s, está con-
vários stakeholder (ver Freeman 1984) ou denada a levantar questões acerca da sua ver-
para a sociedade como um todo (ver Car- dadeira intenção e objectivo. Porque além
roll&Buckholtz, 2005). Sem dúvida, uma de haver alguma hipocrisia empresarial é in-
polémica interpretação que há muito se de- dubitável, como reforça o investigador por-
senrola no seio da discussão ética empresa- tuguês A. Rego (2006: 297), que nem sem-
rial. pre existe a consciência de que as acções so-
A campanha publicitária internacional da cialmente responsáveis só o são verdadeira-
Renova 2005/2006 intitulada “Amor Causa” mente se estiverem impregnadas de um ca-
permite ilustrar a questão da visão pessoal pital de sustentabilidade. O mesmo se pode
sobre RSE, como sobressai na leitura da en- dizer em relação ao incremento de Códigos
trevista do Presidente da Renova, Paulo Pe- éticos e de conduta adoptados pelas mais
reira da Silva: variadíssimas organizações. Uma “código-
mania” (Waddock 2004) que torna difícil
Eu desejo inscrever a Renova, como marca e distinguir quais os códigos que resultam de
empresa, numa perspectiva ética. O texto das motivações genuínas ou aqueles que funci-
Bem-Aventuranças é um texto universal pe- onam apenas como veículos cosméticos de
los valores humanistas que defende: respeito, imagem. Portanto, a questão que sobressai
atenção para com os outros, humildade e ale-
neste Micro nível do contexto organizacional
gria, por oposição a uma sociedade virada
é, no fundo, sobre reputação empresarial.
para o consumo (in Revista Photo, Nov.05).
Os conceitos de imagem e reputação em-
Nesta campanha, centrada em cenários presarial têm sido largamente desenvolvidos
bíblicos, a presença da marca Renova por investigadores da área da gestão, das
restringe-se ao logótipo, não havendo qual- relações públicas, da comunicação corpo-
quer referência a produtos, mas apenas a va- à proibição de afixação de publicidade exterior em
lores emocionais, de cariz fortemente religi- França.
2
oso.1 Este projecto também pode ser cono- Para mais informações sobre a campanha
consultar: http://www.amorcausa.com/ (acedido em
1 14.01.08)
O pendor religioso da campanha levou mesmo

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rativa ou da psicossociologia das organiza- profissional, a família e os tempos livres, a


ções. Em comum sobressai a atenção dada igualdade de oportunidades; cultiva a saúde
ao fenómeno da identidade organizacional. e segurança no local de trabalho e promove
No entanto, a multiplicidade de aproxima- o voluntariado empresarial. Já uma cultura
ções produziu uma verdadeira “torre de Ba- de responsabilidade ambiental estará subja-
bel” (Hatch & Schultz 2000) que dificulta cente a uma gestão eficaz dos impactos am-
a apreensão do conceito. Hatch e Schultz bientais, dos recursos naturais e que é visível
(2000, 13) subscrevem a opinião de Balmer nas práticas de desenvolvimento sustentado.
(1995) que subdivide as diferentes teorias so- (Livro Verde 2001, alínea 2.1.1)
bre identidade organizacional em: (1) Escola A investigação do fenómeno da identidade
visual (Olins 1995, Argenti 2006) que foca organizacional tem também fortes raízes nos
a atenção nas manifestações visuais e tangí- estudos comunicacionais. São vários os au-
veis da organização que permitem a identifi- tores que se dedicam a perceber de que forma
cação da empresa através do design (logó- determinadas características da organização
tipo, sinalética, uniformes, entre outros) e, (identidade real) podem ser projectadas atra-
(2) Escola estratégica (Van Riel 1995, Fom- vés da publicidade (Aaker & Meyers 1991,
brun 1996) que enfatiza a visão, missão e Kapferer 1994, Rossiter & Percy 1998, Kel-
filosofia da organização enquanto parte do ler and Aaker 1998) e das relações públi-
processo estratégico de gestão da imagem e cas (Grunig & Hunt 1984, Grunig 1992) de
reputação da empresa. forma a produzir uma determinada imagem
Na tipologia apresentada por Van Riel e (identidade percepcionada). Muitos dos seus
Fombrun (2007, 63) podem-se identificar trabalhos descrevem a construção de progra-
três aproximações principais ao conceito de mas comunicacionais fundados à volta de
identidade organizacional, que têm raízes no uma “personalidade corporativa” (Villafane
design, na cultura e na comunicação. De 1999) e da comunicação de uma “história
facto, são vários os investigadores, sobre- corporativa eficaz” (van Riel 2000, Larsen
tudo na área da psicossociologia e compor- 2000). No entanto, essa comunicação só será
tamento organizacional que vêem para além efectiva, como Van Riel (2007, 33) realça,
da “Logomotion” (Wathen 1986), ao descre- se estiver fundamentada numa comunicação
verem a identidade organizacional através do honesta e transparente.
conceito de “Cultura corporativa”. Em sen- Ora, este tipo de comunicação é caracte-
tido lato, como Hatch (2000, 25) esclarece, a rístico do modelo ideal de comunicação in-
cultura corporativa diz respeito a todos os as- troduzido por Grunig e Hunt, no clássico
pectos da vida organizacional do quotidiano, de relações públicas, Managing Public Re-
onde significado, valores e crenças partilha- lations (1984). A principal pressuposição
das são expressos e comunicados no compor- do modelo simétrico bidireccional defendido
tamento de todos os membros de uma orga- por Grunig e Hunt é que a comunicação con-
nização. Assim, uma cultura de responsabili- duz à compreensão mútua. Logo, qualquer
dade social enfatiza, como esclarece o Livro processo comunicativo deve favorecer uma
Verde da RSE, a aprendizagem e formação maior participação dos públicos para com-
ao longo da vida, o equilíbrio entre a vida provar se a visão que os públicos têm da

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organização é próxima da realidade e, em der ou públicos com diferentes interesses e


que medida evolui o entendimento entre am- objectivos. Os conceitos de stakeholder e
bas as partes (especialmente, através de pro- de público são muitas vezes utilizados como
gramas de comunicação interpessoal). Mas sinónimos. Na aproximação clássica sta-
mais do que procurar que o público conheça keholder é definido como: “any individual
a realidade da organização pretende-se que or group who can affect or is affected by
participe, através do diálogo, na constru- the actions, decisions and policies, practi-
ção dessa mesma realidade (Grunig & Hunt ces or goals of the organization” (Freeman
1989, Cap. 2). Neste contexto, pode-se per- 1984: 25). Muitas tipologias interessantes
ceber e aceitar mais facilmente que uma or- têm sido propostas desde então, sendo a de
ganização opte por desenvolver estratégias Clarkson uma das mais citadas e consensual.
empresariais responsáveis e também, que de- Clarkson (1995) distingue “primary and se-
seje comunicar sobre elas. condary stakeholder”. Os stakeholder pri-
Em síntese, pode-se defender que todas as mários são aqueles sem os quais a empresa
perspectivas referidas sobre identidade orga- não pode sobreviver (accionistas, investido-
nizacional, enquanto conceito da esfera do res, colaboradores, fornecedores, consumi-
emissor, são importantes e se sobrepõem ao dores, comunidade envolvente), os stakehol-
acoplarem manifestações de design, cultura der secundários são aqueles que influenciam
e comunicação corporativa que transmitem ou são influenciáveis pela empresa mas que
uma determinada personalidade corporativa. não são essenciais para a sua sobrevivência
No conjunto, apontam para que a imagem (mass media, grupos de interesse) (Clarkson,
projectada por uma empresa, enquanto con- 1995: 106-107).
ceito da esfera do receptor, possa ser de- Numa perspectiva de comunicação estra-
finida como o resultado de uma interpreta- tégica o mapeamento dos stakeholder é ex-
ção dos diferentes traços da identidade or- tremamente importante, na medida em que
ganizacional, quer resultem do processo de aponta para os principais públicos-alvo de
identificação interno por parte dos colabo- uma organização. A “Teoria situacional dos
radores, quer externo, por parte de todos os públicos” de Grunig e Hunt (1984, cap.7),
outros diferentes stakeholder. Consequente- em especial, impôs-se no estudo dos públi-
mente, só a “cristalização” dessa imagem no cos por permitir limitar o número de sta-
tempo irá conduzir, obrigatoriamente, à cri- keholder a um número muito mais operaci-
ação de uma determinada reputação empre- onal. Segundo Grunig e Hunt, muitos dos
sarial (Villafane, 2004: 31-32), seja ela de indivíduos ou grupos que estão dentro da ca-
responsabilidade social empresarial ou não. tegoria de stakeholder são passivos ou laten-
tes. Porque só quando há o reconhecimento
da existência de problemas e de constrangi-
3 Meso nível: o contexto dos
mentos na relação com a organização esses
stakeholder stakeholder alteram o seu nível de envolvi-
O meio envolvente de qualquer organização mento passando ao estado de públicos ac-
é composto por vários grupos de stakehol- tivos. Assim, se se identificar antecipada-
mente quais os públicos que se podem tornar

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activos será maior a probabilidade de conse- que dizem que fazem” (Waddok, 2004: 11-
guir gerir eficazmente o relacionamento com 12). Por isso mesmo, possibilitam estraté-
esses mesmos públicos. gias publicitárias centradas em provas éti-
Qualquer organização para sobreviver tem cas e transparentes que enfatizam a imagem
necessariamente de conseguir adaptar-se às de responsabilidade empresarial (ver Gon-
expectativas dos seus diferentes stakeholder çalves, 2004).
ou “públicos primários” a operar no meso ní- A Renova, por exemplo, obteve o rótulo
vel (os “públicos secundários” serão alvo de ecológico europeu (Eco-label) 4 com a linha
reflexão no capítulo seguinte). No contexto 100% reciclado RenovaGreen, o primeiro da
da RSE os stakeholder que têm maior pro- Península Ibérica atribuído a produtos tis-
babilidade de se transformarem em públicos sue. O seu ideal ecológico é comunicado
activos são (1) os clientes ou consumidores, na publicidade, no próprio site e nas mensa-
(2) os parceiros de negócios, (3) os investi- gens institucionais, como sobressai das pa-
dores e (4) a própria concorrência. lavras do Director de Marketing da Renova:
(1) Segundo vários estudos os consumido- “Nesta ‘eco-ideia Renova’ está garantido um
res não tomam necessariamente em conside- preço competitivo para os produtos green, de
ração, nas suas decisões de compra, se o pro- forma a que o consumidor possa, de livre
duto é amigo do ambiente ou fabricado por vontade e sem condicionamento de preço,
uma empresa socialmente responsável (Au- optar por ter uma ‘atitude ambiental mais
ger et al. 2003; Mori 2000). No entanto, é responsável’. . . os consumidores poderão es-
cada vez maior o número de empresas que colher livremente ‘se querem ter uma atitude
vêem na RSE e na inovação de produtos sus- responsável para como o meio ambiente’
tentáveis vantagens competitivas, viabilizá- ou não”. (Semanário Económico, 29.06.07:
veis num nicho de negócio em claro cres- p.24).
cimento, o do “ethical consumer” (Harrison (2) Um número crescente de empresas tem
2005). O aumento de empresas e produtos vindo a desenvolver guias de conduta para
certificados de acordo com normas interna- toda a cadeia de negócio (fornecedores, reta-
cionais de responsabilidade social e ambien- lhistas, distribuidores, subcontratantes, etc.)
tal é outra evidência concreta desta tendên- subscrevendo a importância de todos os par-
cia.3 As certificações permitem avaliar em ceiros de negócio seguirem padrões éticos,
que grau as empresas “fazem realmente o sociais e ambientais comuns (Livro Verde,
3
2001: ponto 48). Em Portugal, segundo o
A Certificação de Empresas chegou a Portugal
no início da década de 90, inicialmente apenas no nal no sector dos cafés e também na comunicação da
âmbito da Qualidade. A certificação ambiental (ISO RSE. (ver Gonçalves, 2004)
14001) e a certificação social (Social Accountability - 4
A consulta ao site www.eco-label.com realizada
SA 8000) entraram no país no final dos anos 90. A em Janeiro de 2008, revelou 285 produtos à venda em
Novadelta foi a primeira empresa portuguesa a obter Portugal que ostentam o rótulo ecológico europeu, fa-
a certificação de responsabilidade social SA 8000, em bricados por 48 empresas. Apenas 14 deles são fabri-
Dezembro de 2002. Esta empresa é reconhecida in- cados em Portugal pelas seguintes empresas: “Rob-
ternacionalmente pelo seu trabalho em prol da imple- bialac”, “Dyrup” e “Hempel”, nas tintas de interior;
mentação de práticas de sustentabilidade em Timor- “Natura Pura Ibérica”, no sector têxtil e “Renova” nos
Leste, sendo considerada um case-study internacio- produtos tissue.

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estudo da Inforpress junto de 123 empre- se pode deixar de reparar no mimetismo de


sas, a maioria (58%) afirma exigir requisi- algumas iniciativas empresariais no âmbito
tos éticos aos seus fornecedores que se con- da RSE. Cada vez mais empresas reconhe-
cretizam na adopção de um código ético cem que os relatórios de performance econó-
(40%) e outros compromissos escritos (In- mica não satisfazem as necessidades de in-
forpress, 2004). No exemplo específico da formação de todos os stakeholder. Daí que
Renova, como se pode ler no próprio site, a optem por apresentar os indicadores de com-
sua politica de gestão responsável foi alar- paração social através da publicação de re-
gada aos fornecedores, só aceitando contra- latórios de responsabilidade social, também
tos com aqueles que se localizam num raio designados de relatórios de sustentabilidade
de 400 km da fábrica de Torres Novas e, exi- ou de cidadania corporativa. Para que esses
gindo garantias de que o transporte dos pro- relatórios sejam transparentes e credíveis, a
dutos obedece a regras de sustentabilidade.5 Global Reporting Initiative, uma network de
(3) Os fundos éticos, que supõem um in- experts baseada em Amesterdão, tem vindo
vestimento socialmente consciente e respon- a desenvolver linhas de orientação que per-
sável, normalmente na promoção do desen- mitem padronizar os formatos usados pelas
volvimento sustentável da economia, são a varias empresas, comparar os respectivos de-
face mais visível de um público fundamen- sempenhos e avaliar mais claramente o per-
tal para qualquer organização: o investidor. curso de uma empresa ao longo dos anos.6
O número de fundos de investimento “ver- Outra tendência comum é a participação
des e éticos” têm vindo a crescer substanci- voluntária das empresas em auditorias soci-
almente nos últimos anos sob o olhar do sec- ais. “Best place to work”, “Prémio igualdade
tor financeiro, como é o caso do Dow Jones é qualidade”, “Ser PME Responsável”, “Em-
Sustainability Group Índex e do FTSE4Good presa mais familiarmente responsável” são
Index. De acordo com a investigação desen- alguns dos rankings a funcionar em Portugal
volvida pelo SiRi Group (2005, 8) em 2005 que decorrem do desenvolvimento de políti-
estavam activos na Europa 375 fundos, com cas de RSE.7 Logicamente, tal como as cer-
um crescimento anual de cerca de 6%. Portu- tificações sociais ou ambientais, também os
gal, ao contrário do que sucede noutros paí- prémios são um valor acrescentado a intro-
ses da UE, aparece nos últimos lugares do duzir nas estratégias de comunicação, tanto
ranking europeu. Segundo um estudo da OI- a nível interno como externo.
KOS (2004) junto da banca portuguesa ape- 6
Para mais informações sobre a Global Repor-
nas 3 instituições comercializam este tipo de ting Initiative: http://www.globalreporting.org/Home
fundos. Também no estudo Inforpress já re- (acedido em 15.01.08)
7
ferido, apenas 11% dos inquiridos considera Para mais informações sobre rankings e prémios
sociais consultar Rego et al (2004, 316-328).
a ideia interessante (Inforpress, 2004).
(4) No mercado concorrencial actual não
5
A Declaração Ambiental da Renova
pode ser lida no próprio site da empresa:
http://renova.ficheirospt.com/doc/dec_amb2005.pdf
(acedido em 15.01.08)

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8 Gisela Gonçalves

4 Macro Nível: o contexto social dos grupos de pressão, da comunidade local,


e mediático dos mass media, ou simplesmente, da legis-
lação, a provocar o interesse pelo tema. De
O Conselho Europeu de Lisboa, realizado facto, além de vasta, a legislação relacionada
em Março de 2000, ficou na história da com RSE tem vindo a evoluir. No entanto,
RSE europeia por lançar pela 1a vez o apelo como Rego realça citando Mulligam (1993),
à responsabilidade empresarial. Desde en- “A lei afirma, sobretudo, o que os cidadão
tão, a discussão sobre o tema tem vindo a não podem fazer – mas menos o que devem
desenvolver-se junto dos mais diversos orga- fazer. (. . . ) Consequentemente, as empresas
nismos da sociedade. Discursos sobre o tema podem actuar no quadro da lei mas mesmo
têm-se multiplicado em declarações, pactos, assim, actuar perversamente”. (Rego, 2004:
acordos, grupos de trabalho e publicações, 26-27)
de entre os quais sobressai o Global Com- O largo espectro de grupos de interesse
pact (ONU, 1999), o Livro Verde (União (em especial associações empresariais, líde-
Europeia 2001) e os Princípios do Equador res empresariais e ONG’s) em conjunto com
(2003).8 Além de proporcionarem pautas os mass media têm poder para influenciar
para medir, avaliar e gerir os riscos sociais tanto o discurso público sobre RSE como
e ambientais das políticas empresariais, stes as próprias opções estratégicas das organi-
documentos apresentam em comum o facto zações. Apesar de não estarem envolvidos
de oferecerem uma visão unitária, global e directamente em transacções com a organi-
integradora da responsabilidade social e am- zação, estes stakeholder ou “públicos secun-
biental e também, do papel incontornável de dários”, não são menos importantes, pois
toda sociedade nesta questão. quando activos têm a capacidade de mobili-
No macro contexo sociopolítico, o dis- zar a opinião pública a favor ou contra a per-
curso público sobre responsabilidade social formance empresarial ou política. Um poder
e ambiental tem afectado as opções empresa- que é visível sobretudo em situação de crise,
riais de duas formas principais. Por um lado, como demonstrou o caso do “recall” do Ty-
as empresas podem adoptar uma postura pró- lenol pela Johnson & Johnson (favorável) e
activa, envolvendo-se activamente no tema o derrame do Prestige (desfavorável).
do desenvolvimento sustentável e da respon- As instituições da sociedade civil orga-
sabilidade social através da adesão a inicia- nizada, designadamente as associações em-
tivas de NGO’s, comunidade locais, univer- presariais, quer sejam de iniciativa nacional
sidades ou outras organizações da sociedade quer pertençam a redes internacionais têm
civil. Por outro lado, também podem op- um papel central na discussão da temática
tar por uma postura meramente defensiva ou da responsabilidade empresarial. O Grupo
reactiva. Neste caso, vão ser as iniciativas de Reflexão e Apoio à Cidadania Empre-
8
Estes documentos podem ser consulta- sarial (GRACE), a Associação Portuguesa
dos em linha: http://www.unglobalcompact.org/; de Ética Empresarial (APEE), a Associação
http://euramis.net/eur-lex/pt/com/gpr/2001/com2001 Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE)
_0366pt01.pdf; www.equator-principles.com /docu- são algumas das associações de iniciativa de
ments/Equator_Principles.pdf (acedido em 15.01.08)
empresários portugueses que comungam da

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preocupação com a ética empresarial9 En- empresariais de Archie B. Carrol (1991).


tre as associações sem fins lucrativos com Muitas empresas optam pela “cause related
alinhamento internacional sobressai o Con- marketing”, uma estratégia de incentivo à
selho Empresarial para o Desenvolvimento compra de produtos ou serviços centrada
Sustentável (BSCD Portugal), a versão por- no argumento publicitário da doação a uma
tuguesa do WBCSD e a Associação Portu- causa social. Outras apostam na “Promoção
guesa para a responsabilidade Social das de causas” ou “Marketing Social Corpo-
Empresas (RSE Portugal) que pertence à rativo”, na terminologia de Kotler & Lee
CSR Europe. 10 (1991), que consiste no suporte a determi-
As organizações não-governamentais nadas causas sociais através de patrocínios a
(ONG’s) são outro “público secundário” iniciativas comunicacionais que aumentam o
com um papel importante no contexto da reconhecimento do problema ou que apelam
RSE, na medida em que representam um à alteração de comportamentos.
vasto leque de interesses e preocupações Na maior parte das vezes, tanto as causas
tais como, protecção ambiental, direitos sociais como as ONG’s seleccionadas para
humanos ou questões ligadas ao consumi- as estratégias de RSE são de grande inte-
dor. Daí que sejam um público privilegiado resse mediático, quer seja devido à sua ac-
para apontar falhas na responsabilidade tualidade ou à notoriedade do tema e actores
empresarial assim como, para impulsionar o envolvidos. As próprias empresas de comu-
desenvolvimento de parcerias. Uma empresa nicação acompanham o fenómeno ao promo-
tem hoje muitas formas de agir enquanto boa verem iniciativas sociais (veja-se, por exem-
cidadã que vão além da filantropia referida plo, o clássico Natal dos Hospitais na RTP
na clássica pirâmide das responsabilidades ou a Sic Esperança) ou mesmo ambientais
9
(o caso Visão Verde, uma revista uma ár-
Mais informações sobre estas associa-
ções podem ser consultadas nos respectivos vore). O retorno de notoriedade da marca
sites: http://www.grace.pt/novo/default.htm; ou da empresa provocado pela publicity às
http://www.apee.pt/; http://www.ver.pt/ACEGE/ boas práticas empresariais provoca, natural-
(acedido em 15.01.08). mente, interpretações inversas. As empresas
10
O World Business Council for Sustainable De-
vêem a noticiabilidade dos temas sociais ou
velopment (WBCSD) é uma associação sem fins
lucrativos constituída por cerca de 190 empresas ambientais apenas como mais uma compo-
que se assume como a organização líder mundial nente legítima da sua estratégia de RSE, si-
na abordagem empresarial das temáticas do desen- milar à desenvolvida para qualquer estratégia
volvimento sustentável. (in http://www.wbcsd.org/). comercial. Já para os mais cépticos, a noti-
A CSR Europe foi lançada em 1996 por inicia-
ciabilidade da RSE é considerada mais uma
tiva do ex-Presidente da Comissão Europeia Jac-
ques Delors, é constituída por cerca de 70 mul- prova da instrumentalização das boas prá-
tinacionais e conta com 25 organizações parceiras ticas empresariais, subordinadas ao objec-
de índole nacional, como o caso da RSE Portugal. tivo último da reputação No caso da Renova
(in http://www.csreurope.org/) Para mais informações Green, pode-se observar a sua noticiabili-
sobre os representantes portugueses consultar os si-
tes das associações: http://www.bcsdportugal.org/ e
dade como um caso positivo, uma vez que
http://www.rseportugal.eu/ (acedido em 15.01.08). protagonizou o programa “Minuto Verde” da
Quercus, uma rubrica do “Bom Dia Portu-

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gal” da RTP1, que destacou a gama ecoló- sociais e ecológicos desenvolveu-se uma
gica da Renova como a escolha acertada em análise dos principais contextos em que uma
termos ambientais e serviu de exemplo para política de responsabilidade empresarial tem
a divulgação do Rótulo Ecológico da União lugar a partir da distinção entre área contex-
Europeia.11 tual de micro nível (organizacional), meso ní-
Os mass media ocupam, de facto, um lu- vel (stakeholder externos) e macro nível (so-
gar privilegiado na discussão sobre RSE que cial e mediático). Os três níveis são repre-
é contextualizada no macro nível. O olhar sentados na Figura 1, através de linhas des-
dos mass media sobre a responsabilidade contínuas, para ilustrar a sua permeabilidade
empresarial tem sido normalmente debatido e impacto mútuo:
pela negativa, como prova a elevada notici- - Micro nível: No nível organizacional
abilidade do caso Enron/Andersen em 2002 constitui-se uma identidade organizacional
ou do desastre do Prestige na Galiza, em que é definida por uma cultura e filosofia
2003. Também no estudo “A Percepção da de responsabilidade empresarial (institucio-
responsabilidade social em Portugal” reali- nalizada no Código Ético) comum a todos
zado pela Sair da Casca em 2004, a mai- os colaboradores. Esta personalidade corpo-
oria dos jornalistas afirma que os escânda- rativa conduz a uma postura de comunica-
los são mais susceptíveis de se tornar notí- ção transparente com todos os diferentes sta-
cia do que as boas praticas empresariais na keholder internos (auditorias internas, volun-
medida em que o interesse do público se tariado empresarial) e externos (relatórios de
centra mais no lado negativo da sua actua- sustentabilidade, certificações sociais e am-
ção. No entanto, não se pode deixar de ob- bientais).
servar o aumento de notícias sobre o tema - Meso nível: A comunicação da responsa-
na imprensa portuguesa, especialmente, em bilidade empresarial com os diferentes públi-
revistas ou suplementos especializados (Im- cos externos é enfatizada através de estraté-
pactus, Exame, Marketeer, Semanário eco- gias publicitárias de âmbito comercial, espe-
nómico, e muitos outros). É indubitável que cialmente vocacionada para os consumido-
quando a imprensa coloca as boas práticas res, e de âmbito institucional, direccionada
empresariais na sua pauta editorial, além de para a sociedade em geral e por isso mesmo,
participar na construção da imagem pública transversal a todos os públicos. A comunica-
das empresas intervenientes, também contri- ção com os diferentes públicos tem o poder
bui fortemente para a formação da opinião de produzir diferentes imagens sobre produ-
pública sobre RSE. tos, marcas, e especialmente, sobre a respon-
sabilidade social e ecológica da própria em-
presa.
5 Uma conclusão responsável
- Macro nível: A parceria com organismos
Na tentativa de encontrar um enquadramento da sociedade civil, como ONG’s e associa-
para a comunicação corporativa sobre temas ções empresariais reforça a identidade orga-
11
nizacional na projecção de uma imagem de
Filme disponível em: http://www.renovaonline.
net/Renovaonline2/ro1new.php?ID=3446&lang=PT responsabilidade empresarial, endossada por
entidades externas à empresa. O campo me-

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Níveis de comunicação empresarial sobre temas de interesse público 11

diático tem a capacidade de reflectir a ima- acompanhe a discussão sócio-política sobre


gem dos stakeholder sobre as práticas em- responsabilidade empresarial. Porque só as-
presariais e de produzir uma imagem pública sim, a comunicação da responsabilidade em-
da organização, contribuindo assim para a presarial poderá ambicionar provocar uma
constituição de um ethos organizacional12 . reputação empresarial responsável que vá
Quando positivo, esse ethos será fundador de além do mero slogan publicitário.
uma reputação ética.
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Esta análise contextual aponta caminhos
para se desenvolver uma análise mais apro- CARROLL, Archie B. (1991), “The py-
fundada da reputação empresarial centrada ramid of corporate social responsibi-
na comunicação da responsabilidade empre- lity: toward the moral management
sarial, tanto a nível teórico como empírico. of organizational stakeholder - balan-
Uma comunicação da responsabilidade so- cing economic, legal, and social respon-
cial ou ambiental que, quer seja vocacionada sibilities”, Business Horizons (Julho-
para os públicos internos ou externos, deve Agosto), p.42.
estar sempre fundamentada numa persona-
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