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FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ

O PAPEL DO NEUROPSICOPEDAGOGO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES

CURITIBA
2017
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SÃO BRAZ

O PAPEL DO NEUROPSICOPEDAGOGO NAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES

Trabalho entregue à Faculdade de Educação São


Braz, como requisito legal para convalidação de
competências, para obtenção de certificado de Pós
Graduação Educacional, do curso de
Neuropsicopedagogia, conforme Norma Regimental
Interna e Art. 47, inciso 2, da LDB 9394/96.

Orientador (A):

CURITIBA
2017
RESUMO

O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem como base artigos, livros e
pesquisas na internet. O objetivo principal deste estudo é demonstrar o papel do neuropsicopedagogo
nas escolas, e mostrar como trabalhar as possíveis causas das dificuldades de aprendizagem dos
alunos. O trabalho do neuropsicopedagogo com o aluno que tem dificuldade de aprendizagem ou
processo que se pode chamar de não aprendizagem, ou seja, responsável pelo fracasso escolar, é
necessário que tenha um conhecimento sobre as questões, esclarecendo o problema e a dificuldade
de aprendizagem. O processo da aprendizagem poderá ocorrer com um trabalho voltado para a
causa da dificuldade de aprendizagem. Para que o neuropsicopedagogo inicie o seu trabalho, haverá
necessidade de realizar um levantamento das queixas, sintomas, desempenho escolar e
relacionamento comportamental desses alunos que irá avaliar. De início uma conversa com os pais a
partir das queixas apresentadas pelos professores. Nesta proposta o neuropsicopedagogo terá que
estabelecer uma conexão com a neurociência para se ter um aprofundamento do trabalho. O trabalho
do neuropsicopedagogo nas instituições escolares é de suma importância para a comunidade
escolar. Pois este profissional tem clareza pedagógica sobre questões educativas e a capacidade de
interferir e estabelecer novas alternativas para o encaminhamento do processo educativo, procurando
compreender e analisar a aprendizagem de cada um. Desta forma abrangendo todos os educandos
com dificuldade deaprendizagem, auxiliando e reestruturando a forma de aprender.

Palavras-chave: Aprendizagem. Educação. Neurociências. Neuropsicopedagogia.


1 INTRODUÇÃO

Apesar de os professores estarem cada vez se especializando mais para


desenvolver um trabalho de qualidade com seus educando, ainda é frequente a
ocorrência de dificuldades no processo de construção da escrita. Muitas vezes,
essas podem ser solucionadas ao serem proporcionadas experiências diversificadas
de escrita às crianças.
Dessa forma, destaca-se a importância de o professor propor atividades
diversificadas que auxiliem o aluno a superar suas dificuldades e proporcionem
prazer em aprender a escrever. Isso porque, na educação, trabalha-se com seres
humanos, únicos em seu modo de aprender. Assim, não há uma prática pedagógica
específica que possa ensinar a todos da mesma forma e no mesmo tempo.
Sendo assim, faz-se necessário buscar atividades que possam ser propostas
pelo professor para auxiliar alunos que estão apresentando dificuldades no processo
de construção da escrita.
O profissional de neuropsicopedagogia pode atuar junto à Educação,
facilitando o entendimento das dificuldades de aprendizagem, fornecendo
mecanismos adequados para solução dos problemas encontrados, isto é,
funcionando como mediadora na relação dos sujeitos necessitados.
O neuropsicopedadgogo deve conhecer os diagnósticos para que ele mesmo
prepare estratégias de intervenções. Sua necessidade nos processos de inclusão
dos alunos com dificuldades de aprendizagem. Sendo sua atuação no cenário
educacional relativamente nova tem se mostrado fundamental. Pois é através deste
profissional que dificuldades são superadas e/ou adaptadas para que o indivíduo
desfrute o máximo possível do que a aprendizagem, de modo geral, possa lhe
proporcionar. Porque, não se pode permitir que os cromossomos ou dificuldades
determinassem o que o indivíduo será ao longo de sua vida, impondo-lhe uma vida
de restrições ao aprendizado. O encéfalo é surpreendente e capaz de se adaptar as
mais diversas situações.
O cérebro é o comando do corpo, e o desenvolvimento desses comandos,
depende dos estímulos ambientais que irão moldar as atitudes, os conhecimentos e
o modo de vida do individuo.
2 O NEUROPSICOPEDAGOGIA E A APRENDIZAGEM

2.1 Os Desafios da Neurociência

A Neurociência ou, Neurociências, compostas de Neurociência molecular,


Neurociência celular, Neurociência Sistêmica, Neurociência comportamental e
Neurociência cognitiva de acordo com Lent (2001, p. 4), têm apresentado grandes
descobertas tanto no modus operandi da aprendizagem quanto em propostas para
incremento dessa aprendizagem.
Por aprendizagem significativa, entende-se aquilo que provoca profunda
modificação no indivíduo. Ela é penetrante, e não se limita a um aumento de
conhecimento, mas abrange todas as parcelas de sua existência.
O neuropsicopedagogo está preparado cientificamente e em constante
aprendizado para lidar com as diversas queixas e casos apresentados. Pois o
mesmo não vai encontrar informações e técnicas pré-formuladas sobre sua atuação.
Ele deve conhecer os diagnósticos para que ele mesmo prepare estratégias de
intervenções. Sua necessidade nos processos de inclusão dos alunos com
dificuldades de aprendizagem. Sendo sua atuação no cenário educacional
relativamente nova tem se mostrado fundamental. Pois é através deste profissional
que dificuldades são superadas e/ou adaptadas para que o indivíduo desfrute o
máximo possível do que a aprendizagem, de modo geral, possa lhe proporcionar.
Porque, não se pode permitir que os cromossomos ou dificuldades determinassem o
que o indivíduo será ao longo de sua vida, impondo-lhe uma vida de restrições ao
aprendizado. O encéfalo é surpreendente e capaz de se adaptar as mais diversas
situações.
As pesquisas na área da neurociência não podem servir de receita para
mostrar aos educadores como se ensina, mas sim agregarem seus conhecimentos
teóricos e práticos a esses estudos que ainda não se encerraram.

A neurociência oferece um grande potencial para nortear a pesquisa


educacional e futura aplicação em sala de aula. [...] faz-se necessário
construir pontes entre a neurociência e a prática educacional. Há forte
indicação de que a neurociência cognitiva está bem colocada para fazer
esta ligação de saberes. Políticas educacionais devem ser planejadas
através da alfabetização em neurociência, como forma de envolver o público
em geral além dos educadores. É preciso aprofundar o estudo de ambientes
educativos não tradicionais, que privilegiem oportunidades para que os
alunos desenvolvam entendimento, e que possam construir significado a
partir de aplicações no mundo real. (BARTOSZECK, 2006, p.4)

Segundo Rezende (2006, p.120) “preconiza o aprender por meio da prática,


não só a fazer, mas a compreender e depois explicar como e porque age desta ou
daquela maneira diante de determinada situação problema”.
A aprendizagem não é um ato isolado mais um processo interligado que
trabalha com a estrutura mental daquele que aprende gerando uma grande
transformação, essa, por conseguinte altera a conduta do individuo tornando-o
melhor. O ato ou a vontade de aprender é uma das características essenciais do
psíquico humano, pois somente ele possui este caráter ou intenção de aprender. O
indivíduo por se constituir como um processo dinâmico está sempre em mutação,
procurando informações, criando e buscando novos métodos na tentativa de
aprimorar novos horizontes.
Segundo Fermino et al (1994, p.57), "Evidências sugerem que um grande
número de alunos possui características que requerem atenção educacional
diferenciada".
Entende-se a importância deste profissional na área de educação e sua
necessidade nos processos de inclusão dos alunos com dificuldades de
aprendizagem. Sendo sua atuação no cenário educacional relativamente nova tem
se mostrado fundamental. Pois é através deste profissional que dificuldades são
superadas e/ou adaptadas para que o indivíduo desfrute o máximo possível do que
a aprendizagem, de modo geral, possa lhe proporcionar. Porque, não se pode
permitir que os cromossomos ou dificuldades determinassem o que o indivíduo será
ao longo de sua vida, impondo-lhe uma vida de restrições ao aprendizado. O
encéfalo é surpreendente e capaz de se adaptar as mais diversas situações.
O professor com conhecimento de neurociências é mais consciente em
relação às limitações e potencialidades dos alunos e sabe como aproveitá-las de
modo positivo.
Os problemas de aprendizagem podem estar relacionados à estrutura e
funcionamento da própria escola. Portanto, o olhar observador do psicopedagogo
deve atentar para esta possibilidade.
Segundo Morais (1995) a criança com transtornos de aprendizagem tem uma
linha desigual em seu desenvolvimento; seus problemas de aprendizagem não são
causados por pobreza ambiental; os problemas não são devidos a atraso mental ou
transtornos emocionais.
As metodologias usadas em sala devem atender às determinações de um
planejamento previamente elaborado, valendo-se de estratégias que façam com que
o aluno se interesse pelos conteúdos ministrados, evitando que a escola passe a ser
um castigo para o aluno.
Ainda para Morais (1995, p. 7), “a razão principal de fracasso parece ser,
mesmo em línguas com a maior parte da ortografia regular ou transparente, a
dificuldade apresentada por certas crianças na descoberta do fonema, peça principal
para a compreensão do princípio alfabético da escrita”.
Consciente de seu papel no processo de ensino/aprendizagem, o educador
pode realizar um trabalho de ação pedagógica com enfoque no desenvolvimento e
construção de gestos, sons, imagens, fala e escrita, cuja prática pedagógica se
apresente em forma de propostas de jogos de linguagem.

2.2 Neuropsicopedagogo na Instituição Escolar

A prática pedagógica acontecerá a partir de um diagnóstico realizado pelo


próprio professor diante da realidade e convivência no contexto escolar buscando
ampliar uma visão holística dentro de uma abordagem transformadora tendo como
elo o foco da psicopedagogia que todos podem aprender.
Diante disso, é de suma importância de entender que qualquer dificuldade
encontrada nos alunos necessitará de um auxílio de profissionais especializados. No
entanto é fundamental o trabalho diário, a intervenção de um professor
instrumentalizado, atualizado, preparado, respaldado e consciente de sua
responsabilidade, disposto a dividir e colaborar para a superação de tais dificuldades
fazendo um trabalho em equipe visando o melhor em prol dos seus alunos. Nestas
condições torna-se evidente a necessidade de conhecer as diferentes dificuldades e
os especialistas que podem colaborar, dentre eles destaca-se a presença do
psicopedagogo e sua contribuição no trabalho preventivo dentro desta prática
pedagógica.
O processo de aprendizagem estabelece uma conexão com o individuo em
busca de uma ligação na área.
Cabe a um neuropsicopedagogo estar em busca constante dos
conhecimentos sobre as anomalias neurológicas, psiquiátricas de distúrbios
existentes, para desenvolver um trabalho de acompanhamento pedagógico,
emocional e cognitivo as pessoas que apresentam transtornos de
aprendizagem. E como foco, compreender o funcionamento do sistema
nervoso integrando suas diversas funções (movimento, sensação, emoção,
pensamento) sendo, portanto, um dos profissionais que ajuda a estimular
novas “sinapses”, mecanismo que se dá na região do contato próximo entre
a extremidade do axônio de um neurônio e a superfície de outras células,
essas células podem ser tanto outros neurônios como células sensoriais,
musculares e glandulares, as terminações de um axônio pode estabelecer
muitas sinapses simultâneas através desse mecanismo acontecerá o
verdadeiro processo de aprendizagem do aluno. (FOSSI E GUARESCHI,
2004, p.15)

A prática dos conteúdos é outro ponto de partida que é contra os princípios


da neurociência, dentro dessa abordagem que é a aprendizagem do aluno e não ao
conteúdo aplicado. Nessa perspectiva a informação aos profissionais deve ter
acesso aos conhecimentos ligados a neurociências, ou seja, o surgimento de novos
cursos para que os profissionais se atualizem.
O trabalho do neuropsicopedagogo nas instituições escolares é de suma
importância para a comunidade escolar. Pois este profissional tem clareza
pedagógica sobre questões educativas e a capacidade de interferir e estabelecer
novas alternativas para o encaminhamento do processo educativo, procurando
compreender e analisar a aprendizagem de cada um. Desta forma abrangendo
todos os educandos com dificuldade de aprendizagem, auxiliando e reestruturando a
forma de aprender. O trabalho do neuropsicopedagogo deve ser planejado para que
a intervenção ocorra de duas formas, uma voltada para a detecção de sintomas e
outra sobre as causas e sintomas, todas pautadas em anotações com: o sujeito, a
família e a escola. (BRANDÃO, 2004)
O neuropsicopedagogo compreende qual região do cérebro foi afetada para
depois oferecer propostas de intervenções e medidas para favorecimento da
aprendizagem. Ele busca novos caminhos, novas rotas neuronais. Este profissional
é o quem tem licença pedagógica, liberdade de atuação no ambiente escolar
(respeitando as políticas e normas), a fim de desvendar novas formas para que o
aprendizado aconteça. Ele analisa de forma global todas as vertentes do processo
educativo, propondo alterações na rotina, ambiente, estrutura, metodologia para o
desenvolvimento de todos os educandos com dificuldades, a fim de oferecer
reformulações na forma de aprender e ensinar; revolucionando o processo de ensino
aprendizagem fazendo assim o desenvolvimento e estimulo de novas sinapses.
(BRANDÃO, 2004)
A neuropsicopedagogia é capaz de auxiliar todas as pessoas no processo
ensino aprendizagem, que de acordo com Brandão (2004, p.99) “uma das definições
correntes indica que a aprendizagem corresponde a aquisição de novos
conhecimentos do meio e, como resultado desta experiência, ocorre a modificação
do comportamento, enquanto que a memória é a retenção deste conhecimento”; e é
capaz de auxiliar adequadamente aqueles com características cognitivas e
emocionais diferentes porque ela estuda a estrutura e função cerebral. Considera a
anatomia e a fisiologia do cérebro que aprende, considerando o sujeito cerebral. Ela
entende a forma como o cérebro recebe, seleciona, transforma, memoriza, arquiva,
processa e elabora todas as sensações captadas pelas diversas percepções
sensoriais para somente depois adaptar as metodologias e técnicas de educação.

Cabe ao neuropsicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo


de aprendizagem, assim favorecendo, promovendo e orientando-o. Tudo
isso necessita de profissionais capacitados que saibam direcionar o
caminho de cada individuo Tão importante quanto observar e avaliar, o
neuropsicopedagogo precisa saber intervir com ações positivas que
possibilitem o avanço cognitivo do indivíduo. Essas ações variam de cada
caso, pois os déficits cognitivos também variam. Ensinar é
fundamentalmente deixa aprender, ou deixar ser o que se possa, pois cada
um aprende conforme o horizonte de suas possibilidades. Por isso a
importância deste profissional está preparada cientificamente e em
constante, respeitando sempre a individualidade de cada um. (BRANDÃO,
2004, p.35)

Assim, entende-se a importância deste profissional na área de educação e


sua necessidade nos processos de inclusão dos alunos com dificuldades de
aprendizagem. Sendo sua atuação no cenário educacional relativamente nova tem
se mostrado fundamental. Pois é através deste profissional que dificuldades são
superadas e/ou adaptadas para que o indivíduo desfrute o máximo possível do que
a aprendizagem, de modo geral, possa lhe proporcionar. Porque, não se pode
permitir que os cromossomos ou dificuldades determinassem o que o indivíduo será
ao longo de sua vida, impondo-lhe uma vida de restrições ao aprendizado. O
encéfalo é surpreendente e capaz de se adaptar as mais diversas situações.
O professor com conhecimento de neurociências é mais consciente em
relação às limitações e potencialidades dos alunos e sabe como aproveitá-las de
modo positivo.
Os problemas de aprendizagem podem estar relacionados à estrutura e
funcionamento da própria escola. Portanto, o olhar observador do psicopedagogo
deve atentar para esta possibilidade.
Segundo Morais (1995) a criança com transtornos de aprendizagem tem uma
linha desigual em seu desenvolvimento; seus problemas de aprendizagem não são
causados por pobreza ambiental; os problemas não são devidos a atraso mental ou
transtornos emocionais. O que se pode observar, de modo geral, em alunos com
dificuldades de aprendizagem inclui problemas mais localizados nos campos da
conduta e da aprendizagem, através da literatura, de modo geral, em alunos com
dificuldades de aprendizagem inclui problemas mais localizados nos campos da
conduta e da aprendizagem, dos seguintes tipos:
Hiperatividade ou hipoatividade,
Dificuldade de coordenação,
Problemas em seriações,
Inversão de números,
Irregularidades na lecto-escrita,
Disgrafia,
Dificuldades de fixação,
Inversão de letras e sociabilidade,
Agressividade e dislexia.
Para Bossa (2007, p.22) durante esse processo de intervenção, o profissional
não abandona o olhar interpretativo que caracteriza a prática pedagógica. A Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB - 9.394/96) estabelece que aos docentes cabe
a função de participar ativamente da elaboração e consecução das metas,
estratégias e objetivos para o bom desempenho do ensino escolar. Como
consequência, a Lei de Diretrizes e Bases vem confirmar o envolvimento dos
docentes para as ações da escola. Neste sentido, a intervenção psicopedagógica
contribui para detectar os ajustes necessários para promover as mudanças no
âmbito escolar.
Ao estabelecer e orientar suas práticas para o fortalecimento do trabalho, a
escola pode construir o seu conceito de qualidade de ensino e adequar melhor a sua
função às necessidades da comunidade. Não há dúvida de que a participação de
todos contribui para uma ação mais efetiva, objetivando uma organização coletiva
para se chegar à competência do fazer pedagógico.
Cabe ressaltar que ninguém trabalho sozinho, o neuropsicopedagogo não é o
único responsável pela aprendizagem escolar. A escola é uma organização
política, que tem a função social de educar para a emancipação. Para isto, é
necessário que ela se estruture e que trabalhe em conjunto. Pensar a escola sob a
ótica da psicopedagogia engloba aspectos referentes ao ponto de vista de quem
aprende e de quem ensina.
Cada indivíduo possui uma maneira para aprender, isto é um jeito todo
especial para aprender, cabendo então, ao psicopedagogo melhorar as condições
de aprendizagem comprometendo-se na minimização de problemas e ampliando o
intercâmbio de conhecimentos com outras áreas.
Dentre os diferentes recursos que a criança utiliza na alfabetização destacam-
se a imitação, o faz de conta, a oposição, a linguagem e apropriação de imagem
corporal. As diferentes linguagens que ela usa estão em sintonia com o seu próprio
espaço vivido.
O processo de aprendizagem estabelece uma conexão com o individuo em
busca de uma ligação na área.
É preciso ressignificar o conceito de aprendizagem e observar a peculiaridade
de cada criança já que mesmo as ditas “normais” apresentam oscilações da mesma
forma que as crianças portadoras de necessidades especiais.

Aos professores é importante a descrição detalhada de como se amplia e se


aprofunda o conhecimento em uma dada criança, porque a intervenção
pedagógica, por mais generalizada que seja, recai sobre um aluno
específico, ou seja, em caso individualizado. A maioria dos professores, no
entanto, não sabe disso e pensa que as turmas homogêneas de alunos
garantem o desenvolvimento de um bom trabalho, revelando a crença de
que, ao ensinar um mesmo conteúdo para todos os alunos, estes assimilam
num mesmo nível e numa mesma proporção o que lhes foi transmitido.
(MANTOAN, 1999, p.19)

Crianças que não conseguem aprender são estigmatizadas e este


preconceito deve ser superado. Na maioria das vezes, a escola se isenta do
comprometimento e atribui toda responsabilidade à família e ao profissional de
saúde especializado.
Relvas (2011) enfatizam que, embora, o conhecimento sobre o cérebro não
seja satisfatório, é conveniente que os profissionais envolvidos com a educação
compreendam e aceitem que existem anormalidades que geram déficits cognitivos
de graus variados.
Para a criança, o ato de aprender deve começar a partir de uma compreensão
muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes
mesmo de conhecer ou ler a palavra. A psicologia da aprendizagem estuda o
comportamento das pessoas como aprendizes. É facilmente compreensível que
antes do professor se engajar na tarefa de ensinar, ele deve ter um conhecimento
profundo do assunto que se propõe a ensinar.
Lima (1999, p. 13), lembra de que a aprendizagem quer dizer aprendizado,
que é um ato de tomar conhecimento de algo e reter na memória, graças ao estudo,
à observação, à experiência segundo o autor, desde que se inventou a escola, o
aprendizado é conseguido através de prémio ou castigo, ou seja, em vez de se
provocar o interesse no educando estratégias didáticas usasse castigo, ameaça e
outros mecanismos. Apesar dos esforços, alguns professores ainda encontram
dificuldades em descobrir a maneira para transformar a sala de aula em algo
prazeroso, tornando a aprendizagem agradável para os educandos. Esses
professores trazem, para a sala de aula, receitas prontas, aulas teóricas, as quais
também não ajudam a desenvolver a personalidade, mas, sim aprende muito com a
prática, com a resolução das suas dificuldades.
Cabe ressaltar que se pode observar que, apesar de indivíduos apresentarem
uma mesma anomalia, na unidade escolar, por exemplo, o desempenho de cada um
vai depender mais de sua vivência fora da unidade escolar, do que do desempenho
acadêmico propriamente dito, independente do esforço do profissional.
Surge então, a necessidade de o professor intervir para mediar à construção
do conhecimento através do lúdico, mostrando que a aprendizagem é ativa,
dinâmica e continua, ou seja, uma experiência basicamente social, que tem a
capacidade de conectar o indivíduo com sua cultura e o meio social mais amplo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

É importante ressaltar que há um longo caminho para a Psicopedagogia


percorrer, porém sua busca deve fundamentar-se em melhorias para a
aprendizagem. O desafio, então, é a atualização permanente dos novos rumos da
educação. Precisa-se pensar que tipo de sociedade se quer formar, mas ainda, que
tipo de cidadão se quer formar.
A intervenção neuropsicopedagógica pode diagnosticar falhas, desvios,
excessos e outros fatores que serão analisados e tratados posteriormente. Isso
requer um olhar diferenciado para a percepção do grande empecilho existente. O
desejo de melhorar o ensino da escola pública e consequentemente o futuro do país
deve ultrapassar quaisquer outros objetivos. Para isto, é importante que o
psicopedagogo busque conhecer a escola em que trabalha, bem como a realidade
dos educandos. Ele tem sempre que estar atento às necessidades destes alunos e
buscar, junto com a equipe escolar, melhorias significativas para a implementação
de uma educação de qualidade.
O fracasso escolar pode ser superado na medida em que todos trabalharem
em prol disso, inclusive os governantes, que têm o dever de lançar políticas públicas
que viabilizem oportunidades de crescimento para seu povo, começando pela
educação, que é à base de tudo.
Se o objeto de estudo da neuropsicopedagogia é a aprendizagem, nada mais
natural do que ensinar aos alunos as maneiras de reivindicar seus direitos. Um povo
que tem conhecimento é um povo que sabe lutar pelo o que quer que consiga
construir a sua aprendizagem e a usa como instrumento pra uma educação
libertadora.
Se há a pretensão de realmente aplicar qualquer modelo diferenciado ao
padrão vigente, é imprescindível que em cada escola tenha um psicopedagogo que
saiba articular, entre os demais profissionais da escola, uma rede de saberes, onde
todos envolvidos dessa sociedade sejam parceiros e corresponsáveis para estas
transformações.
Espera-se que estes anseios não sejam considerados utópicos e que a
esperança e a vontade de vencer prevaleçam na mente e no coração de todos os
educadores brasileiros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSSA, N. A Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto


Alegre: Artes Médicas sul, 1994.

BARTOSZECK, A. B. Neurociência na educação. Revista Eletrônica Faculdades


Integradas Espírita, v. 1, p. 1-6, 2006.

BRANDÃO, M. L: As bases biológicas do comportamento: introdução à


neurociência. São Paulo, Editora Pedagógica e Universitária, 2004.

FERMINO, F. S; BORUCHOVITH, E; DIEHL, T. L. F. Dificuldades de


aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001.

FOSSI, L.B; GUARESCHI, N.M. de F:A psicologia hospitalar e as equipes


multidisciplinares.Rev.SBPH,v 7,nº 1,Rio de Janeiro, Jun, 2004.

LENT, R. Cem Bilhões de Neurônios: Conceitos Fundamentais de


Neurociência. São Paulo, Editora Atheneu, 2001.

LIMA, L.M.S. Motivação em sala de aula: A mola propulsora da aprendizagem.


Petrópolis: Vozes. 1999.

MANTOAN, M. T. E. Novos cenários de compreensão da aprendizagem.


Educação em Foco, Juiz de Fora, v. 4, n. 2, p. 13-25, 1999.

MORAIS A. M. P. Uma Abordagem Psicopedagógica. 7. ed. São Paulo: Edicon,


2006.

RELVAS, M. P., Neurociência e educação – Potencialidades dos gêneros


humanos na sala de aula. pp.33-39/97-101, Wak Editora, Rio de Janeiro, 2011.

REZENDE, A. Galperin: implicações educacionais da teoria de formação das ações


mentais por estágios. 2006. Disponível em
<http://www.scielo.br/pdf/es/v27n97/a07v2797.pdf>.
Acesso em 13 mares 2018.

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