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ESTUDO DE CASO
ITABIRITO
2019
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
ESTUDO DE CASO
ITABIRITO
2019
INTRODUÇÃO
O presente estudo tem por objetivo analisar a decisão proferida pelo Tribunal
Regional do Trabalho do Rio de Janeiro acerca do movimento paredista dos rodoviários do
Rio de Janeiro no ano de 2014. Ocorre, que a época a greve foi organizada sem a
concordância e atuação do sindicato responsável pela categoria – o Sintraturb, Sindicato dos
Motoristas e Colaboradores de Ônibus do Município do Rio. Na referida audiência foi
suscitado pelos representantes do sindicato patronal – Rio Ônibus – a falta de legitimidade do
grupo grevista. Fato é que devido ao enfraquecimento dos sindicatos cada dia se torna mais
comum que entidades não sindicalizadas promovam o direito de greve vinculadas a
determinadas categorias profissionais o que extrapola os limites de exercício do referido
direito, e vão de encontro com o ordenamento jurídico que o regulamenta. A proposta do
presente estudo é enquadrar a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho do Rio de
Janeiro no ordenamento jurídico, destacando não só a (i)legalidade do movimento grevista,
através do cumprimento (ou não) dos aspectos formais para a instauração do referido
movimento, como também, proceder a análise da decisão emanada pelo órgão julgador. Para
tanto faz-se necessário desenvolver os contornos relacionados ao direito de greve, bem como
seus conceitos, aspectos formais, definições e sobretudo seus limites, o que será feito no
tópico seguinte.
DESENVOLVIMENTO
Note que o mesmo artigo que positiva o direito de greve com total autonomia aos
trabalhadores, únicos aptos a decidir sobre os interesses pleiteados e o momento de exercício,
traz uma limitação a seu exercício, relacionada aos serviços ou atividades essenciais.
Nesse sentido, para regulamentar o exercício do direito fundamental de greve,
evitando que o interesse de uma classe profissional ponha em risco os interesses da
coletividade, foi editada a Lei 7.783, de 28 de junho de 1989, que dispõe sobre os limites e
formalidades para que o exercício de greve não seja considerado como abusivo.
Konrad Saraiva Mota e Fábio Moreira Santos, acerca da Lei de Greve mencionam:
A citada Lei também estabeleceu uma série de requisitos para o exercício do direito
de greve, tais como: exigência de prévia negociação coletiva frustrada e
impossibilidade da via arbitral (artigo 3º); observância dos direitos e deveres de
grevistas e empregadores (artigos 6º e 7º); existência de atividades essenciais cuja
prestação não pode sofrer interrupção total (artigo 10); e necessidade de
comunicação prévia da paralisação (artigo 13). No tocante à participação dos
sindicatos, o artigo 4º da Lei nº 7.783 de 19896 deixou claro competir às referidas
entidades de classe, na forma estabelecida pelo estatuto (§1º), a convocação de
assembleia geral para deliberação quanto à paralisação. Somente na falta de
sindicato representativo da categoria é que o rigor legal permite a formação da
comissão de trabalhadores para capitanear o movimento grevista,
responsabilizando-se pelas futuras negociações (§2º). (MOTA, SANTOS, 2020, p. 9)
CONCLUSÃO
BRASIL. Presidência da República. Lei Federal nº 7.783: promulgada 28 de junho de 1989. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 29 jun. 1989. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7783.htm. Acesso
em: 22 abr. 2020.
MOTA, Konrad. SANTOS, Fábio. Greve sem sindicato: Limites e possibilidades do movimento espontâneo
de resistência coletiva. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=f869d4accedf2bf6.
Acesso em: 22 abr. 2020.
RIBEIRO, Igor. Breves considerações acerca do dissídio coletivo no direito processual trabalhista. In:
Âmbito Jurídico. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-127/breves-consideracoes-acerca-
do-dissidio-coletivo-no-direito-processual-trabalhista/. Acesso em 25 abr. 2020.
SILVA, José. O histórico direito de greve até a constituição de 1988. In: Conteúdo Jurídico. 04/06/2018.
Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/consulta/artigos/51806/o-historico-do-direito-de-greve-ate-
a-constituicao-de-1988. Acesso em 22/04/2020.