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Caro estudante:
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Cel: 844266925
O comportamento das partículas ou de corpos que interactuam pode ser descrito por
meio de leis universais. Nestas aparece sempre uma grandeza, chamada força de
interacção, expressa em função de grandezas características das partículas ou dos corpos
interactuantes, como sejam a massa gravitacional (de que depende a força gravitacional)
ou a carga eléctrica (de que depende a força electromagnética).
O movimento de uma partícula é o resultado directo das suas interacções - forças, com
outras partículas que a rodeiam.
O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreendê-lo, pode-se basear em efeitos
causados por ela, como a aceleração e a deformação que os corpos sofrem.
Da Dinâmica, temos três leis em que todo o estudo do movimento pode ser resumido.
Essas leis são conhecidas como as leis de Newton:
Para melhor percepção das leis de Newton, é necessário conhecer alguns conceitos
físicos muito importantes, como força e equilíbrio dos corpos.
Observe a sua situação nesse exacto momento: provavelmente você está sentado em
uma cadeira lendo esse texto. Nesse momento existem forças agindo sobre você: elas
vêm da cadeira, do chão e de algum outro objecto em que esteja encostado. Observe
que, mesmo com a existência dessas forças, você continua parado. Isso ocorre porque
elas estão se cancelando. Podemos dizer, portanto, que você se encontra em equilíbrio.
Força ( F ) é uma grandeza vectorial; pois, é toda causa capaz de alterar o estado de
repouso ou de movimento de um corpo, ou ainda, causar lhe deformação.
Chamamos de força o resultado de uma interacção entre duas partículas; força fraca,
força forte (força nuclear), força electromagnética e força gravitacional. São estas forças
da natureza que colocam o universo em movimento.
A primeira lei de Newton trata dos corpos em equilíbrio e pode ser enunciada da
seguinte forma: Existem sistemas de referência, em relação aos quais, um corpo em
repouso continua em repouso, e em movimento continua em movimento, se a resultante
das forças que actuam sobre o corpo for nula. Ou ainda:
Neste caso, o objecto adquire aceleração somente se a resultante das forças que actuam
sobre ele é diferente de zero:
6
FR F1 F2 F3 F4 F5 F6 0 FR Fi 0
i 1
A força resultante é a soma vectorial de todas as forças agindo sobre o objecto. A força
externa é a causa da aceleração de um corpo. Pois, se a resultante das forças que
actuam sobre um corpo for nula (igual a zero), então a aceleração do corpo é igual a
zero e a sua velocidade permanece constante.
n
sev 0 Re pouso equilibrio estático.
Verifique que, quando: FR Fi 0
i 1 sev 0 MRU equilibrio dinâmico.
Como foi dito anteriormente, um objecto em movimento pode ser observado de vários e
diferentes sistemas de referencias. A 1ª lei de Newton, também conhecida como lei de
Inércia, define um tipo especial de sistemas de referências chamados sistemas de
referência inerciais (SRI).
Por consequência, todos os SRI são equivalentes e, sob o ponto de vista dinâmico,
repouso e movimento rectinlineo e uniforme, são equivalentes.
Ao exercermos uma força sobre um objecto, verifique que quanto menor for a massa,
maior será a aceleração obtida. Aplicando a mesma força sobre um camião ou ainda,
sobre um brinquedo resultará em acelerações visivelmente diferentes.
n
1 dv d (m.v ) dp
a~ F e a~ logo: FR Fi m.a m. , onde: p m.v é o
m i 1 dt dt dt
momento linear ou quantidade de movimento da partícula.
A equacao acima a três projecções ao longo de cada um dos eixos ox, oy e oz, será:
A Terceira lei de Newton ou Princípio da Acção e Reacção diz que a força representa a
interacção física entre dois corpos distintos ou partes distintas de um corpo. Se um
corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B simultaneamente exerce uma força
de mesma magnitude no corpo A - ambas as forças possuindo mesma direcção, contudo
sentidos contrários.
De forma simples: a força é a expressão física da interacção entre dois corpos físicos: há
sempre um par de forças a agir num par de objectos, e não há força solitária sem a sua
contra-parte. As forças na natureza aparecem sempre aos pares e cada par é conhecido
como um par acção - reacção.
2. QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Esta lei conforme acima apresentada tem validade geral, contudo, para sistemas onde a
massa é uma constante, esta grandeza pode ser retirada da derivada, o que resulta na
dv
conhecida expressão muito difundida no ensino médio: F m m.a , onde F é a
dt
força resultante aplicada; m é a massa (constante) do corpo e a é a aceleração do corpo.
Quantidade de movimento ( p ) é uma grandeza vectorial e possui, portanto, intensidade,
direcção e sentido. p m.v ou Q m.v
O impulso I ocorre quando uma força F age em um intervalo de tempo Δt, e é dado
t
por: I F .t , ou seja: I F .t (Impulso da força constante).
t0
Já que força corresponde à derivada do momento no tempo, não é difícil mostrar que:
I p , Trata - se do teorema do impulso.
O impulso obtido por uma força variável é dado pelo gráfico F(t) abaixo:
t
A área sob gráfico dado é o impulso, ou seja: I F .t
t0
3. CLASSES DE FORÇAS
Quanto ao modo como são exercidas, as forças podem ser divididas em duas classes:
forças de contácto e forças de campo.
São forças que existem quando duas superfícies entram em contácto. Quando
empurramos um bloco contra uma parede, há forças de contácto entre o bloco e a
parede. Analogamente aparecem forças de contácto entre uma mesa e um corpo
apoiado sobre ela.
São forças que os corpos exercem mutuamente, ainda que estejam distantes uns dos
outros. A terra atrai corpos que estão próximos à sua superfície, exercendo neles forças
de campo. É possível verificar experimentalmente que corpos electrizados, como o
bastão e uma pequena esfera, exercem mutuamente forças de campo.
4. TIPOS DE FORÇAS
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como: p m.g ou em
módulo: p m.g
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a
gravidade variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de
força peso, que é o kilograma - força, que por definição é:
Quando um corpo está em movimento, sob acção exclusiva do seu peso p , ele adquire
uma aceleração de gravidade g . Sendo m a massa do corpo, a equação fundamental da
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dinâmica FR m.a transforma-se em p m.g , pois, a resultante FR é o peso p e a
aceleração a g , como mostra a figura:
O peso tem a direcção vertical e sentido de cima para baixo. A aceleração de gravidade
g tem a mesma direcção e sentido de p .
As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que puxa cada objecto
para baixo e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra e também
por deixar a Lua e os satélites artificiais em órbita. É a chamada força gravitacional.
Essa força representa uma interacção existente entre a Terra e os objectos que estão
sobre ela.
A força atractiva exercida pela terra sobre um objecto chama-se força de gravidade
( Fg ) . Esta força é orientada para o centro da terra e é dada pela equação: Fg m.g .
Força de elasticidade é a força que surge durante a deformação do corpo e que está
orientada contrariamente ao deslocamento das partículas verificado durante a
deformação.
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar
ou comprimir, dependendo do sentido da força aplicada).
Fel ~ x , logo: Fel k .x , ou seja: Fel k .( x x0 )
A lei de Hooke afirma que a força de elasticidade que surge no caso da deformação de
um corpo (mola) é proporcional ao alongamento do corpo (mola) e está orientada no
sentido contrário à direcção do deslocamento das partículas do corpo provocado pela
sua deformação.
Da 3ª lei de Newton sabemos que para cada acção há sempre uma reacção igual e
directamente oposta. Como sabe, quando um corpo está apoiado sobre uma superfície,
ele exerce sobre esta, uma força que é chamada acção do corpo. Por isso, de acordo
com a 3ª lei de Newton, a superfície de apoio deve exercer sobre o corpo, uma força
com o mesmo valor mas de sentido contrário. Esta força é chamada força normal ou
reacção normal.
Força Normal (N ) é a força de reacção que uma determinada superfície exerce sobre o
corpo que nela se encontra apoiado. Esta força é sempre perpendicular à superfície de
apoio, e tem sempre sentido contrário à acção do peso do corpo.
A força normal, em módulo é dada por: N m.g .
4.5.Força de Tensão
Força de tensão ou tensão (T ) é a força de reacção de um fio quando está sujeito à acção
de uma força externa.
Quando suspendemos um corpo num fio, este estica-se. Isto deve-se a força que o corpo
exerce sobre o fio. E mais uma vez, o fio deve reagir com uma força igual à exercida
pelo corpo, mas de sentido contrário.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela
nunca será totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará
parando.
Se opõe ao movimento;
Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito); ou seja,
depende do estado do polimento e lubrificação da superfície.
É proporcional à força normal de cada corpo;
Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao
meio.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação: Fat .N , onde μ é o coeficiente de
atrito (grandeza adimensional). N m.g .
N P , então, pela 2ª lei de Newton, temos: FR F Fat
Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é
necessário que se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já
está se movimentando.
Isto acontece porque existem dois tipos de atrito: atrito estático e o dinâmico.
5.1. Atrito Estático
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o
movimento de um corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força de atrito deve ser maior que a força
aplicada, neste caso, é usada no cálculo um coeficiente de atrito estático: e .
Então: Faest e .N
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este
entrará em movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é
utilizado o coeficiente de atrito cinético ( C ).
FC C .N
Comparando a equação geral da força de atrito com a força de atrito estático e dinâmico,
temos que para um corpo que está em repouso a força de atrito é variável até μN, ou
seja, até a eminência do movimento. E para um corpo que está em movimento tem-se
que a força de atrito é constante e igual a μN.
As leis de Newton foram testadas por experimentos e observações por mais de 200
anos, e elas não são precisas, são pelo menos uma excelente aproximação quando
restritas à escalas de dimensão e velocidades encontradas no nosso cotidiano. As leis do
movimento, a lei da gravitação universal e as técnicas matemáticas atreladas provêm
num primeiro momento uma boa explicação para quase todos os fenómenos físicos
observados no dia-a-dia de uma pessoa normal. Do chute em uma bola à construção de
casas e edifícios, do vôo de aviões ao lançamento de satélites, as leis de Newton caem
como uma luva.
Um foguete para entrar em órbita aplica uma constante acção de forças, sobre o ar
atmosférico, e em reacção à esta força o foguete é impulsionado para cima. Note que
quando já em órbita o foguete só necessita de propulsão para alterar sua rota, pois como
prevê a 1º Lei de Newton o corpo irá permanecer em movimento, para mudar sua rota
no espaço o foguete aplica uma força para o lado oposto que necessita ir, e pela 3ª Lei
de Newton é direccionado para o outro lado.
Muitas outras situações do nosso dia-a-dia descrevem não só a terceira lei de Newton,
mas como também as demais leis da física. Fica a critério do aluno observar fenómenos
do nosso quotidiano e descrever as aplicações das leis de Newton.
Exemplo: Dois Corpos a A e B são interligados por um fio leve, flexível e inextensível.
As massas de A e B são, respectivamente iguais a 20kg e 30kg; a aceleração de
gravidade é de 10m/s2 e o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície é μ = 0,40.
Determine:
Um movimento curvilíneo consiste numa trajectória que descreve uma linha curva. A
trajectória dos movimentos curvilíneos pode ser: circular, por exemplo um ponto de um
disco descreve uma circunferência. A bala disparada por um canhão descreve uma
O movimento curvilíneo é identificado como o verdadeiro movimento de uma partícula, visto que as
restrições unidimensionais não mais são evidenciadas. O movimento não é mais vinculado.
Em geral as grandezas físicas envolvidas terão suas características plenas:
Velocidade, aceleração e força.
Igualmente surge a possibilidade de termos o movimento curvilíneo como sendo o
somatório de mais de um tipo de movimento unidimensional.
Geralmente na Natureza, o movimento de uma partícula será descrito por uma trajectória
parabólica, como é característica do movimento curvilíneo sob acção da força
gravitacional terrestre, e aqueles movimentos descrevendo trajectórias circulares estando sujeitos
à acção da força centrípeta, que não é uma força externa, no sentido convencional, mas
é uma característica do movimento curvilíneo.
Quando um corpo efectua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é
responsável pela mudança da direcção do movimento, a qual chamamos aceleração
centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª
Lei de Newton, calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para
o centro da trajectória circular.
A esta força damos o nome de Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia
executar um movimento circular.
v2 v2
Sabendo que: ac ou ac w 2 .R Então: Fc m.ac m m.w 2 .R
R R
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A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direcção
perpendicular à trajectória.
O vector momento angular L de um ponto material de massa m em relação ao ponto O
(a origem do referencial escolhido, por exemplo), é definido como o produto externo
entre o vector posição r do ponto e o vector quantidade de movimento p desse ponto:
L r p , tomando a definição de velocidade angular: w r v
Como vimos, L e w têm o mesmo sentido e direcção, a equação anterior pode ser escrita
na sua forma vectorial: L m.r 2 .w , que é um vector colinear com w mas que contém
informação adicional sobre a massa do corpo e a distância à qual o corpo se encontra do
centro da trajectória circular. O momento angular é a quantidade física que mais
informação fornece sobre a rotação de um corpo ou sistema de corpos.
6. Um bloco de massa m = 2kg é puxado uniformemente para cima por uma força F =
19,2N, ao longo de um plano inclinado que forma um ângulo de 45° com a
horizontal. Considere g 10m / s 2 e sen cos 0,71.
a) Represente e identifique as forças do sistema.
b) Com que aceleração o corpo sobe o plano inclinado? Justifique.
c) Determine o coeficiente de atrito entre o corpo e o plano inclinado.
8. Duas massas são ligadas por uma corda leve que passa pela gola duma roldana sem
atrito e de massa desprezível. Se no plano inclinado o atrito é desprezível e se
m1=2,00kg, m2=6,00kg e φ = 55°, determine:
a) A aceleração do sistema.
b) A força tensora na corda.
c) A velocidade de cada corpo 2,00s após serem libertos a partir do repouso.
9. Um bloco de 9,0kg de massa está suspenso e ligado a um outro bloco de massa igual
a 5,0kg, através duma corda inextensível e de massa desprezível que passa pela gola
duma roldana de massa desprezível. O bloco de 5,0kg desliza sobre uma mesa. Se o
coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a mesa for de 0,200, determine:
a) A aceleração do sistema.
b) A força tensora que surge na corda.
10. Sobre uma partícula de 8,0kg, movendo-se a 25m/s, passa a actuar uma força
constante de intensidade 2.102N durante 3,0s no mesmo sentido do movimento.
Determine a quantidade de movimento desta partícula após o término da acção da
força.