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Faculdade de Engenharia Agronómica e Florestal


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS GERAIS

CURSOS DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA AGRONÓMICA,


FLORESTAL E ZOOTÉCNICA

Cadeira: Física Geral

UNIDADE III: DINÂMICA DE MASSAS PONTUAIS

Mocuba, Abril de 2020

Física Geral – 2020 docente: Bruno Luís Nicoate


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Dinâmica de Massas Pontuais


Objectivos:
- Enunciar as leis de Newton.
– Diferenciar os diferentes tipos e classe de forças.
– Resolver exercícios qualita e quantitativos com base na aplicação das leis de
Newton.
- Definir sistemas de referência inerciais e não inerciais.

– Conhecer os conceitos do movimento Curvilíneo e Momento angular.

Caro estudante:

Leia outros manuais recomendados na bibliografia (do plano temático), e em caso de


dúvidas, consulte o docente:

email: brunonicoate01@gmail.com

Cel: 844266925

Física Geral – 2020 docente: Bruno Luís Nicoate


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UNIDADE III: DINÂMICA DE MASSAS PONTUAIS

1. Leis básicas da Dinâmica do Ponto Material

As observações experimentais revelam que, no universo, todos os corpos e todas


partículas se encontram associados, em virtude da existência, entre eles, de interacções.

O comportamento das partículas ou de corpos que interactuam pode ser descrito por
meio de leis universais. Nestas aparece sempre uma grandeza, chamada força de
interacção, expressa em função de grandezas características das partículas ou dos corpos
interactuantes, como sejam a massa gravitacional (de que depende a força gravitacional)
ou a carga eléctrica (de que depende a força electromagnética).

O movimento de uma partícula é o resultado directo das suas interacções - forças, com
outras partículas que a rodeiam.

O conceito de força é algo intuitivo, mas para compreendê-lo, pode-se basear em efeitos
causados por ela, como a aceleração e a deformação que os corpos sofrem.

Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda a nível matemático e físico, o estado de


movimento de um corpo e as alterações provocadas a esse estado pelas forças que
actuam sobre o corpo. A Dinâmica estuda o movimento dos corpos, relacionando-os às
forças que o produzem.

Da Dinâmica, temos três leis em que todo o estudo do movimento pode ser resumido.
Essas leis são conhecidas como as leis de Newton:

 Primeira lei de Newton - a lei da inércia.


 Segunda lei de Newton - o princípio fundamental da dinâmica
 Terceira lei de Newton - a lei da acção e reacção.

Para melhor percepção das leis de Newton, é necessário conhecer alguns conceitos
físicos muito importantes, como força e equilíbrio dos corpos.

Observe a sua situação nesse exacto momento: provavelmente você está sentado em
uma cadeira lendo esse texto. Nesse momento existem forças agindo sobre você: elas
vêm da cadeira, do chão e de algum outro objecto em que esteja encostado. Observe

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que, mesmo com a existência dessas forças, você continua parado. Isso ocorre porque
elas estão se cancelando. Podemos dizer, portanto, que você se encontra em equilíbrio.

O repouso não é a única situação de equilíbrio possível. Imagine-se de pé num móvel


em movimento: se ele acelerar, frear ou fizer uma curva, você pode acabar se
desequilibrando e caindo. Mas existe um caso que, mesmo com o móvel em
movimento, não haverá perigo nenhum de você cair. Isso acontecerá caso o móvel
execute um movimento rectilíneo e uniforme (em outras palavras, quando ele se
movimenta em linha recta e com velocidade constante). Nessa situação, podemos dizer
que o móvel está em equilíbrio.
Os dois casos exemplificados anteriormente ilustram situações de corpos em equilíbrio.
O primeiro mostra o equilíbrio dos corpos em repouso, que é conhecido como equilíbrio
estático. O segundo mostra o equilíbrio dos corpos em movimento, que é conhecido
como equilíbrio dinâmico. Nos dois casos temos algo em comum que define a situação
de equilíbrio, e esse algo em comum é o facto de que todas as forças que estão actuando
estarem se anulando. Portanto, o equilíbrio ocorre em toda a situação em que as forças
actuantes em determinado corpo se cancelam.


Força ( F ) é uma grandeza vectorial; pois, é toda causa capaz de alterar o estado de
repouso ou de movimento de um corpo, ou ainda, causar lhe deformação.

Chamamos de força o resultado de uma interacção entre duas partículas; força fraca,
força forte (força nuclear), força electromagnética e força gravitacional. São estas forças
da natureza que colocam o universo em movimento.

1.1. LEIS DE NEWTON

1ª Lei de Newton – Princípio de Inércia

A primeira lei de Newton trata dos corpos em equilíbrio e pode ser enunciada da
seguinte forma: Existem sistemas de referência, em relação aos quais, um corpo em
repouso continua em repouso, e em movimento continua em movimento, se a resultante
das forças que actuam sobre o corpo for nula. Ou ainda:

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 Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento rectilíneo


uniforme, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas
sobre ele.

Considere a figura abaixo:

Neste caso, o objecto adquire aceleração somente se a resultante das forças que actuam
sobre ele é diferente de zero:

        6 
FR  F1  F2  F3  F4  F5  F6  0  FR   Fi  0
i 1

A força resultante é a soma vectorial de todas as forças agindo sobre o objecto. A força
externa é a causa da aceleração de um corpo. Pois, se a resultante das forças que
actuam sobre um corpo for nula (igual a zero), então a aceleração do corpo é igual a
zero e a sua velocidade permanece constante.

 n 
sev  0  Re pouso  equilibrio estático.
Verifique que, quando: FR   Fi  0  
i 1 sev  0  MRU  equilibrio dinâmico.

A primeira lei postula a existência de pelo menos um referencial, chamado referencial


newtoniano ou inercial, relativo ao qual o movimento de uma partícula não submetida a
forças é descrito por uma velocidade (vectorial) constante.

Como foi dito anteriormente, um objecto em movimento pode ser observado de vários e
diferentes sistemas de referencias. A 1ª lei de Newton, também conhecida como lei de
Inércia, define um tipo especial de sistemas de referências chamados sistemas de
referência inerciais (SRI).

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Sistemas de referência inerciais são sistemas não acelerados. A terra é, por


aproximação, um sistema de referência inercial.

Observadores usando diferentes sistemas de referência inerciais, tirarão mesmas


conclusões sobre o movimento duma particula. Se um deles conclui que a particula se
move sem aceleração e, portanto a força resultante é nula, outro também chegará a essa
mesma conclusão.

Por consequência, todos os SRI são equivalentes e, sob o ponto de vista dinâmico,
repouso e movimento rectinlineo e uniforme, são equivalentes.

2ª Lei de Newton – Princípio Fundamental da Dinâmica

Ao exercermos uma força sobre um objecto, verifique que quanto menor for a massa,
maior será a aceleração obtida. Aplicando a mesma força sobre um camião ou ainda,
sobre um brinquedo resultará em acelerações visivelmente diferentes.

2ª Lei: A aceleração que um objecto adquire é directamente proporcional a força


resultante agindo sobre ele e inversamente proporcional a sua massa; tendo a mesma
direcção e sentido da força resultante.

  n    
  1  dv d (m.v ) dp  
a~ F e a~ logo: FR   Fi  m.a  m.   , onde: p  m.v é o
m i 1 dt dt dt
momento linear ou quantidade de movimento da partícula.

A equacao acima a três projecções ao longo de cada um dos eixos ox, oy e oz, será:

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3ª Lei de Newton – Princípio de Acção e reacção

A Terceira lei de Newton ou Princípio da Acção e Reacção diz que a força representa a
interacção física entre dois corpos distintos ou partes distintas de um corpo. Se um
corpo A exerce uma força em um corpo B, o corpo B simultaneamente exerce uma força
de mesma magnitude no corpo A - ambas as forças possuindo mesma direcção, contudo
sentidos contrários.

A toda acção há sempre uma reacção oposta e de igual intensidade: ou as


acções mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas
em sentidos opostos.

De forma simples: a força é a expressão física da interacção entre dois corpos físicos: há
sempre um par de forças a agir num par de objectos, e não há força solitária sem a sua
contra-parte. As forças na natureza aparecem sempre aos pares e cada par é conhecido
como um par acção - reacção.

2. QUANTIDADE DE MOVIMENTO

Da segunda lei de Newton, também chamada de princípio fundamental da dinâmica,


afirmamos que a força resultante em uma partícula é igual a razão do tempo de mudança
 
  dp d (mv )
do seu momento linear p em um sistema de referência inercial: p  
dt dt

Esta lei conforme acima apresentada tem validade geral, contudo, para sistemas onde a
massa é uma constante, esta grandeza pode ser retirada da derivada, o que resulta na
  
dv 
conhecida expressão muito difundida no ensino médio: F  m  m.a , onde F é a
dt

força resultante aplicada; m é a massa (constante) do corpo e a é a aceleração do corpo.

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A força resultante aplicada a um corpo produz uma aceleração a ela directamente



 F
proporcional, ou seja, a  .
m


Quantidade de movimento ( p ) é uma grandeza vectorial e possui, portanto, intensidade,
   
direcção e sentido. p  m.v ou Q  m.v

 
O impulso I ocorre quando uma força F age em um intervalo de tempo Δt, e é dado
 t   
por: I   F .t , ou seja: I  F .t (Impulso da força constante).
t0

Já que força corresponde à derivada do momento no tempo, não é difícil mostrar que:

 
I  p , Trata - se do teorema do impulso.

O impulso obtido por uma força variável é dado pelo gráfico F(t) abaixo:

 t 
A área sob gráfico dado é o impulso, ou seja: I   F .t
t0

3. CLASSES DE FORÇAS

Quanto ao modo como são exercidas, as forças podem ser divididas em duas classes:
forças de contácto e forças de campo.

3.1. Forças de Contácto

São forças que existem quando duas superfícies entram em contácto. Quando
empurramos um bloco contra uma parede, há forças de contácto entre o bloco e a
parede. Analogamente aparecem forças de contácto entre uma mesa e um corpo
apoiado sobre ela.

Exemplo: Força de atrito; força normal; etc.

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3.2. Forças de campo

São forças que os corpos exercem mutuamente, ainda que estejam distantes uns dos
outros. A terra atrai corpos que estão próximos à sua superfície, exercendo neles forças
de campo. É possível verificar experimentalmente que corpos electrizados, como o
bastão e uma pequena esfera, exercem mutuamente forças de campo.

Exemplo: Campo gravitacional da terra; campo eléctrico originado por corpos


electrizados; etc.

4. TIPOS DE FORÇAS

4.1. Força Peso

Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da


gravidade, que sempre actua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície.

Relacionando com a 2ª Lei de Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da


gravidade, quando aplicada a ele o principio fundamental da dinâmica poderemos dizer
 
que: F  m.g

 
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como: p  m.g ou em
módulo: p  m.g

O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a
gravidade variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.

A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.

Existe uma unidade muito utilizada pela indústria, principalmente quando tratamos de
força peso, que é o kilograma - força, que por definição é:

1kgf é o peso de um corpo de massa 1kg submetido a aceleração da gravidade de


9,8m/s².


Quando um corpo está em movimento, sob acção exclusiva do seu peso p , ele adquire

uma aceleração de gravidade g . Sendo m a massa do corpo, a equação fundamental da
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     
dinâmica FR  m.a transforma-se em p  m.g , pois, a resultante FR é o peso p e a
 
aceleração a  g , como mostra a figura:

O peso tem a direcção vertical e sentido de cima para baixo. A aceleração de gravidade
 
g tem a mesma direcção e sentido de p .

É importante distinguir cuidadosamente massa e peso. A massa é uma propriedade



invariante do corpo. Contudo, seu peso depende do valor local de g e varia, ainda que
pouco, de local para local na terra (pois, na superfície da terra, a aceleração de
gravidade aumenta do equador aos pólos).

4.2. Força de Gravidade

As coisas caem porque são atraídas pela Terra. Há uma força que puxa cada objecto
para baixo e que também é responsável por manter a atmosfera sobre a Terra e também
por deixar a Lua e os satélites artificiais em órbita. É a chamada força gravitacional.
Essa força representa uma interacção existente entre a Terra e os objectos que estão
sobre ela.

A força atractiva exercida pela terra sobre um objecto chama-se força de gravidade
  
( Fg ) . Esta força é orientada para o centro da terra e é dada pela equação: Fg  m.g .

A força de gravidade verifica-se sobre os corpos suspensos ou em queda; enquanto que


o peso verifica-se sobre uma superfície de sustentação ou de apoio.

A força de gravidade de um corpo não depende da velocidade do seu movimento


relativo, sendo proporcional à massa m do corpo.

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4.3. Força elástica

Força de elasticidade é a força que surge durante a deformação do corpo e que está
orientada contrariamente ao deslocamento das partículas verificado durante a
deformação.

Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de


repouso (sem acção de nenhuma força); como mostra a figura:


Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar
ou comprimir, dependendo do sentido da força aplicada).

Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703),


verificou que a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí
estabeleceu-se a seguinte lei, chamada Lei de Hooke:

  
Fel ~ x , logo: Fel  k .x , ou seja: Fel   k .( x  x0 )

Onde:F: intensidade da força aplicada (N); k: constante elástica da mola (N/m) e x é a


deformação da mola (m).

A lei de Hooke afirma que a força de elasticidade que surge no caso da deformação de
um corpo (mola) é proporcional ao alongamento do corpo (mola) e está orientada no
sentido contrário à direcção do deslocamento das partículas do corpo provocado pela
sua deformação.

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De acordo com a lei de Hooke, temos o gráfico:

A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de


fabricação da mola e de suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por
metro) mas também encontramos N/cm; kgf/m, etc.

4.4. Força Normal

Da 3ª lei de Newton sabemos que para cada acção há sempre uma reacção igual e
directamente oposta. Como sabe, quando um corpo está apoiado sobre uma superfície,
ele exerce sobre esta, uma força que é chamada acção do corpo. Por isso, de acordo
com a 3ª lei de Newton, a superfície de apoio deve exercer sobre o corpo, uma força
com o mesmo valor mas de sentido contrário. Esta força é chamada força normal ou
reacção normal.


Força Normal (N ) é a força de reacção que uma determinada superfície exerce sobre o
corpo que nela se encontra apoiado. Esta força é sempre perpendicular à superfície de
apoio, e tem sempre sentido contrário à acção do peso do corpo.

 
A força normal, em módulo é dada por: N  m.g .

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4.5.Força de Tensão


Força de tensão ou tensão (T ) é a força de reacção de um fio quando está sujeito à acção
de uma força externa.

Quando suspendemos um corpo num fio, este estica-se. Isto deve-se a força que o corpo
exerce sobre o fio. E mais uma vez, o fio deve reagir com uma força igual à exercida
pelo corpo, mas de sentido contrário.

4.6. Força de atrito

Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as


superfícies por onde este se deslocava, não exerciam nenhuma força contra o
movimento, ou seja, quando aplicada uma força, este se deslocaria sem parar.

Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela
nunca será totalmente livre de atrito.

Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará
parando.

É isto que caracteriza a força de atrito:

 Se opõe ao movimento;
 Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito); ou seja,
depende do estado do polimento e lubrificação da superfície.
 É proporcional à força normal de cada corpo;
 Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao
meio.

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A força de atrito é calculada pela seguinte relação: Fat  .N , onde μ é o coeficiente de
 
atrito (grandeza adimensional). N  m.g .

 
N  P , então, pela 2ª lei de Newton, temos: FR  F  Fat

5. TIPOS DE FORÇAS DE ATRITO NA SUPERFÍCIE DOS SÓLIDOS

Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é
necessário que se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já
está se movimentando.

Isto acontece porque existem dois tipos de atrito: atrito estático e o dinâmico.
5.1. Atrito Estático

É aquele que actua quando não há deslizamento dos corpos.

A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o
movimento de um corpo.

Quando um corpo não está em movimento a força de atrito deve ser maior que a força
aplicada, neste caso, é usada no cálculo um coeficiente de atrito estático:  e .

Então: Faest   e .N

5.2. Atrito Dinâmico ou Cinético

É aquele que actua quando há deslizamento dos corpos.

Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este
entrará em movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.

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A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é
utilizado o coeficiente de atrito cinético (  C ).

FC   C .N

A força de atrito dinâmico, é o atrito que aparece quando os corpos estão em


movimento, ou seja, ele é contrário à movimentação dos corpos. Por exemplo, quando
um carro está se locomovendo numa estrada e precisa frear o carro bruscamente, o carro
pára, no entanto esse facto só é possibilitado em razão da força de atrito, contrária ao
movimento do carro, existente entre os pneus e o asfalto.

Comparando a equação geral da força de atrito com a força de atrito estático e dinâmico,
temos que para um corpo que está em repouso a força de atrito é variável até μN, ou
seja, até a eminência do movimento. E para um corpo que está em movimento tem-se
que a força de atrito é constante e igual a μN.

Obs: existem superfícies de mesmo material onde o coeficiente de atrito cinético é


menor que o coeficiente de atrito estático. Isso ocorre porque a força de atrito cinético
varia conforme a velocidade do corpo.

6. APLICAÇÃO DAS LEIS DE NEWTON

As leis de Newton foram testadas por experimentos e observações por mais de 200
anos, e elas não são precisas, são pelo menos uma excelente aproximação quando
restritas à escalas de dimensão e velocidades encontradas no nosso cotidiano. As leis do
movimento, a lei da gravitação universal e as técnicas matemáticas atreladas provêm
num primeiro momento uma boa explicação para quase todos os fenómenos físicos
observados no dia-a-dia de uma pessoa normal. Do chute em uma bola à construção de
casas e edifícios, do vôo de aviões ao lançamento de satélites, as leis de Newton caem
como uma luva.

Um foguete para entrar em órbita aplica uma constante acção de forças, sobre o ar
atmosférico, e em reacção à esta força o foguete é impulsionado para cima. Note que
quando já em órbita o foguete só necessita de propulsão para alterar sua rota, pois como
prevê a 1º Lei de Newton o corpo irá permanecer em movimento, para mudar sua rota

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no espaço o foguete aplica uma força para o lado oposto que necessita ir, e pela 3ª Lei
de Newton é direccionado para o outro lado.

Muitas outras situações do nosso dia-a-dia descrevem não só a terceira lei de Newton,
mas como também as demais leis da física. Fica a critério do aluno observar fenómenos
do nosso quotidiano e descrever as aplicações das leis de Newton.

No nosso dia-à-dia encontramos objectos que se movem e outros que permanecem em


repouso. À primeira vista, parece que um corpo está em repouso quando não existem
forças actuando nele, e inicia o movimento quando uma força começa a actuar sobre si.

As leis de Newton também são usadas na resolução de exercícios qualita e


quantitativos. Para tal, devemos:

 Identificar a partícula em estudo.


 Identificar o conjunto de corpos que interactuam com o primeiro.
 Representar todas as forças que actuam sobre os corpos.
 Aplicar a 2ª lei de Newton para os corpos.
 Resolver usando conhecimentos matemáticos e interpretar o sentido físico do
resultado obtido.

Exemplo: Dois Corpos a A e B são interligados por um fio leve, flexível e inextensível.
As massas de A e B são, respectivamente iguais a 20kg e 30kg; a aceleração de
gravidade é de 10m/s2 e o coeficiente de atrito entre o corpo A e a superfície é μ = 0,40.
Determine:

7. MOVIMENTO CURVILÍNEO E MOMENTO ANGULAR

Um movimento curvilíneo consiste numa trajectória que descreve uma linha curva. A
trajectória dos movimentos curvilíneos pode ser: circular, por exemplo um ponto de um
disco descreve uma circunferência. A bala disparada por um canhão descreve uma

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trajectória parabólica. Elípticas, por exemplo os planetas do Sistema Solar descrevem


elipses em volta do Sol.
Numa trajectória curvilínea, o vector velocidade possui direcção tangente à trajectória
em cada ponto e o sentido é o do movimento.

O movimento curvilíneo é identificado como o verdadeiro movimento de uma partícula, visto que as
restrições unidimensionais não mais são evidenciadas. O movimento não é mais vinculado.
Em geral as grandezas físicas envolvidas terão suas características plenas:
Velocidade, aceleração e força.
Igualmente surge a possibilidade de termos o movimento curvilíneo como sendo o
somatório de mais de um tipo de movimento unidimensional.
Geralmente na Natureza, o movimento de uma partícula será descrito por uma trajectória
parabólica, como é característica do movimento curvilíneo sob acção da força
gravitacional terrestre, e aqueles movimentos descrevendo trajectórias circulares estando sujeitos
à acção da força centrípeta, que não é uma força externa, no sentido convencional, mas
é uma característica do movimento curvilíneo.

7.1. FORÇA CENTRÍPETA

Quando um corpo efectua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é
responsável pela mudança da direcção do movimento, a qual chamamos aceleração
centrípeta, assim como visto no MCU.

Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª
Lei de Newton, calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para
o centro da trajectória circular.

A esta força damos o nome de Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia
executar um movimento circular.

Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração


centrípeta é constante, logo, a força centrípeta também é constante.

v2 v2
Sabendo que: ac  ou ac  w 2 .R Então: Fc  m.ac  m  m.w 2 .R
R R
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A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direcção
perpendicular à trajectória.

Observe os exemplos abaixo:

7.2. MOMENTO ANGULAR


O vector momento angular L de um ponto material de massa m em relação ao ponto O
(a origem do referencial escolhido, por exemplo), é definido como o produto externo
 
entre o vector posição r do ponto e o vector quantidade de movimento p desse ponto:

     
L  r  p , tomando a definição de velocidade angular: w  r  v

Vemos que o momento angular é representado por um vector de mesmo sentido e



direcção que o vector velocidade angular w .

O momento angular é portanto um vector perpendicular ao plano de rotação


 
determinado por r e p .

Definindo a origem do referencial como o centro da circunferência para o caso do


movimento circular (vimos que movimentos curvilíneos podem ser aproximados
localmente por um movimento circular podendo também ser aplicadas estas
      
considerações), os vectores r e p são perpendiculares e, como p  m.v e v  w r ,

temos que: L  L  m. r . w . r   m.r.v  m.r 2 .w
  

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 
Como vimos, L e w têm o mesmo sentido e direcção, a equação anterior pode ser escrita
  
na sua forma vectorial: L  m.r 2 .w , que é um vector colinear com w mas que contém
informação adicional sobre a massa do corpo e a distância à qual o corpo se encontra do
centro da trajectória circular. O momento angular é a quantidade física que mais
informação fornece sobre a rotação de um corpo ou sistema de corpos.

AULA PRÁTICA III TEMA: DINÂMICA DE MASSAS PONTUAIS



1. Uma força F aplicada a um corpo de massa m1, produz uma aceleração de 3,0m/s2.
A mesma força, aplicada a um 2º corpo de massa m2 produz uma aceleração de
1,00m/s2.
m1
a) Qual é o valor da razão ?
m2
b) Se m1 e m2 forem ligados, encontre a aceleração do sistema sob a acção da força

F.

2. Um objecto de 4,00kg de massa, tem a velocidade de (3,00i )m / s em um dado
instante. Oito segundos depois, a sua velocidade aumentou para
 
(8,00i  10,0 j )m / s. Assumindo que o objecto foi submetido a uma força total
constante, determine:
a) As projecções da força sobre os eixos.
b) O módulo da força.

3. Dois corpos A e B, de massas respectivamente iguais a 2kg e 3kg estão apoiados


numa superfície horizontal perfeitamente lisa. A força horizontal de intensidade F =
10N constante é aplicada no bloco A. Determine:
a) A aceleração adquirida pelo conjunto.
b) A intensidade da força que A aplica em B.

4. Um corpo de massa m encontra-se em movimento rectilíneo e uniforme, sobre uma


superfície horizontal sem atrito, com velocidade de 20m/s. Num dado instante passa
a agir uma força horizontal na direcção do movimento, que faz o corpo parar em
10s. Determine:
a) A massa m do corpo.

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b) A velocidade do corpo no instante 5,0s.


c) A velocidade do corpo no instante 15,0s.
d) O impulso total aplicado ao corpo entre os instantes 5,0s e 15,0s.

5. No arranjo experimental da figura os fios e a polia têm massas desprezíveis. O fio é


inextensível e passa sem atrito pela polia. Adopte g = 10m/s2. Determine:
a) A aceleração dos corpos?
 
b) As tracções T1 e T2 .

6. Um bloco de massa m = 2kg é puxado uniformemente para cima por uma força F =
19,2N, ao longo de um plano inclinado que forma um ângulo de 45° com a
horizontal. Considere g  10m / s 2 e sen  cos  0,71.
a) Represente e identifique as forças do sistema.
b) Com que aceleração o corpo sobe o plano inclinado? Justifique.
c) Determine o coeficiente de atrito entre o corpo e o plano inclinado.

7. Ao corpo A de massa 2kg em repouso sobre um plano horizontal, aplica-se uma



força F . O coeficiente de atrito estático entre o corpo e o plano é de 0,25.
( sen  0,6 e cos  0,8).

a) Represente as forças aplicadas no corpo.



b) Determine o valor máximo que pode ter F sem que o corpo A se movimente
sobre o plano.

Física Geral – 2020 docente: Bruno Luís Nicoate


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8. Duas massas são ligadas por uma corda leve que passa pela gola duma roldana sem
atrito e de massa desprezível. Se no plano inclinado o atrito é desprezível e se
m1=2,00kg, m2=6,00kg e φ = 55°, determine:
a) A aceleração do sistema.
b) A força tensora na corda.
c) A velocidade de cada corpo 2,00s após serem libertos a partir do repouso.

9. Um bloco de 9,0kg de massa está suspenso e ligado a um outro bloco de massa igual
a 5,0kg, através duma corda inextensível e de massa desprezível que passa pela gola
duma roldana de massa desprezível. O bloco de 5,0kg desliza sobre uma mesa. Se o
coeficiente de atrito cinético entre o bloco e a mesa for de 0,200, determine:
a) A aceleração do sistema.
b) A força tensora que surge na corda.

10. Sobre uma partícula de 8,0kg, movendo-se a 25m/s, passa a actuar uma força
constante de intensidade 2.102N durante 3,0s no mesmo sentido do movimento.
Determine a quantidade de movimento desta partícula após o término da acção da
força.

Física Geral – 2020 docente: Bruno Luís Nicoate

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