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EDITAL DE LEILÃO NO 006/2008-ANEEL

ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

ANEXO 6F
LOTE F

SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 kV

CARACTERÍSTICAS
E
REQUISITOS TÉCNICOS BÁSICOS
DAS
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO

VOL. IV - Fl. 442 de 615


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ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

ÍNDICE
1  REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES .............................................................. 445 
1.1  INTRODUÇÃO ..............................................................................................................................445 
1.1.1  DESCRIÇÃO GERAL ......................................................................................................................445 
1.1.2  CONFIGURAÇÃO BÁSICA ...............................................................................................................447 
1.1.3  DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS ...................................................................................................448 
1.1.4  REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................448 
1.1.5  REQUISITOS TÉCNICOS ESPECIAIS ASSOCIADOS AO SECCIONAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO SANTO
ÂNGELO – SÃO BORJA 2............................................................................................................................449 
1.2  TRECHOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO RESULTANTES DO SECCIONAMENTO DA LT 230
KV SANTO ÂNGELO – SÃO BORJA 2 .....................................................................................................450 
1.2.1  REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................450 
1.2.2  CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS .......................................................................................450 
1.3  SUBESTAÇÕES - SE....................................................................................................................451 
1.3.1  REQUISITOS GERAIS ....................................................................................................................451 
1.3.2  REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS .................................................................................................453 
1.4  REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO ......................................................459 
1.4.1  DEFINIÇÕES BÁSICAS ...................................................................................................................459 
1.4.2  REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES 460 
1.4.3  REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO ..............................................................................................460 
1.4.4  SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO .......................................................................462 
1.4.5  SISTEMA DE PROTEÇÃO DE AUTOTRANSFORMADORES OU TRANSFORMADORES ................................466 
1.4.6  SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS ..................................................................................469 
1.4.7  SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR ......................................................................470 
1.4.8  SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO. ...........................................470 
1.4.9  SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO .............................................................................................471 
1.5  SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE ..............................................................................474 
1.5.1  INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................474 
1.5.2  REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES ..........................................474 
1.5.3  REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO
477 
1.5.4  REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ......................................................................482 
1.5.5  ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS...............................................................................486 
1.5.6  ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO489 
1.5.7  REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES)
COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO.................................................................................................489 
1.5.8  AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE .........490 
1.5.9  REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE .491 
1.6  REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ...................494 
1.6.1  REQUISITOS GERAIS .....................................................................................................................494 

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ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

1.6.2  REQUISITOS FUNCIONAIS ..............................................................................................................494 


1.6.3  REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS AGENTES .......................495 
1.6.4  REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ..................................................................495 
1.7  REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES ........................................499 
1.7.1  REQUISITOS GERAIS .....................................................................................................................499 
1.7.2  REQUISITOS TÉCNICOS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA A TELEPROTEÇÃO ..........................................501 
1.7.3  REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ ..................................................................502 
1.7.4  REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS ..............................................................504 
1.8  DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESSE
ANEXO TÉCNICO ......................................................................................................................................506 
1.8.1  TENSÃO OPERATIVA .....................................................................................................................506 
1.8.2  CRITÉRIOS PARA AS CONDIÇÕES DE MANOBRA ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO ...................507 
1.8.3  CRITÉRIOS PARA MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES DE
ATERRAMENTO ..........................................................................................................................................511 
1.8.4  CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES SOB CONDIÇÕES DE MANOBRA ..........511 
1.8.5  ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES .....................................513 
2  DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO ............................ 514 
2.1  ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO.....................................................................514 
2.1.1  RELATÓRIOS ...............................................................................................................................514 
2.2  RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES
EXISTENTES .............................................................................................................................................514 
2.3  DOCUMENTOS DE SUBESTAÇÕES ...........................................................................................514 
2.3.1  SUBESTAÇÃO MISSÕES ................................................................................................................514 
3  MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO.......................................................................... 515 
3.1  GERAL ..........................................................................................................................................515 
3.2  DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL .................................................................................................515 
4  DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ................................................... 516 
4.1  ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA ..................................................................................516 
4.2  PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES ..................................................................................516 
4.3  PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO ...................................................................516 
4.3.1  RELATÓRIO TÉCNICO ....................................................................................................................516 
4.3.2  NORMAS E DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS. ...................................................................................517 
4.4  PROJETO BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES: ........................................................................518 
4.5  PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO: .....................................................................................518 
5  CRONOGRAMA .............................................................................................................. 519 
5.1  CRONOGRAMA FÍSICO DOS TRECHOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (TABELA A) .........520 
5.2  CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B)........................................................521 

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ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

1 REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES


1.1 INTRODUÇÃO
1.1.1 DESCRIÇÃO GERAL
A subestação Missões possui atualmente um único transformador 230/69 kV – 50 MVA, o qual atende
às cargas do sistema de distribuição da RGE, estando conectada em “pingo” (tap) na LT 230 kV
Santo Ângelo – São Borja 2.

Para adequação da subestação aos Procedimentos de Rede do ONS e para viabilizar a conexão da
usina Hidro Elétrica Passo São João, foi recomendada a ampliação da subestação com instalação de
2 (dois) transformadores trifásicos 230/69 kV de 50 MVA cada e complementação do seccionamento
da Linha de Transmissão Santo Ângelo – São Borja 2 em 230 kV.

A Figura apresenta o mapa eletrogeográfico da região

Figura 1 – Mapa eletrogeográfico

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O atendimento atual à subestação Missões é mostrado na figura 2 abaixo.

Figura 2 – Diagrama unifilar atual de atendimento à SE Missões

O atendimento conforme esse edital deverá ser o mostrado na figura 3 abaixo.

Figura 3 – Diagrama unifilar na etapa final da SE Missões

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1.1.2 CONFIGURAÇÃO BÁSICA


A configuração básica é caracterizada pelas instalações listadas na tabela 1 a seguir:

TABELA 1 – SUBESTAÇÃO

SUBESTAÇÃO kV EQUIPAMENTO
Módulo Geral – SE Média
3 Conexões de transformadores 230 kV arranjo barra dupla a
quatro chaves
230
3 Transformadores trifásicos 230/69 kV de 50 MVA cada1
Missões
1 Interligação de Barras em arranjo barra dupla a quatro chaves
3 Conexões de transformadores 69 kV arranjo barra principal e
transferência
69
1 interligação de barras em arranjo barra principal e transferência
1 Entrada de Linha em arranjo barra principal e transferência

Além das instalações que caracterizam a configuração básica, serão de responsabilidade da


TRANSMISSORA vencedora da licitação as atividades listadas na Tabela 2.
TABELA 2
Subestação Atividades
Seccionamento da Linha de Transmissão Santo Ângelo – São Borja 2, em 230 kV e
trecho de linha do ponto de seccionamento até a entrada na SE Missões.
Missões 2 Entradas de Linha 230 kV arranjo barra dupla a quatro chaves na subestação
Missões.
Santo Ângelo e São Aquisição dos equipamentos necessários para as modificações nas entradas de linha
Borja 2 das subestações 230 kV Santo Ângelo e São Borja 2.

As instalações e equipamentos descritos na Tabela 2 serão transferidos sem ônus para Companhia
Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica – CEEE- GT, proprietária da linha a ser
seccionada, conforme disposto na Resolução no 67, de 8 de junho de 2004, sendo a CEEE-GT a
responsável pela Operação e Manutenção das Linhas de Transmissão resultantes do seccionamento.
A configuração básica supracitada se constitui na alternativa de referência. Os requisitos técnicos
deste ANEXO 6F caracterizam o padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução
proposta. Este desempenho deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica comprobatória.

1 Estão incluídos nas Tabelas 1 e 2, os equipamentos e instalações existentes atualmente na subestação Missões, de propriedade

da CONCESSIONÁRIA de distribuição Rio Grande Energia – RGE, que deverão ser transferidos para a TRANSMISSORA
vencedora da licitação, mediante indenização. As características dos equipamentos existentes encontram-se no relatório
mencionado no item 2.2.

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ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

A utilização pelo empreendedor de outras soluções, que não a de referência, fica condicionada à
demonstração de que a mesma apresente desempenho elétrico equivalente ou superior àquele
proporcionado pela alternativa de referência.
Em caso de proposição de configuração alternativa, o projeto da compensação reativa em derivação
da linha de transmissão deve ser definido de forma que o conjunto formado pela linha e sua
compensação atenda aos requisitos constantes do item 2 e demais critérios constantes deste Anexo.
No entanto, nesta proposta de configuração alternativa, a TRANSMISSORA NÃO tem liberdade para
modificar:
• Níveis de tensão (somente CA);
• Distribuição de fluxo de potência em regime permanente;
• O local destinado a instalação da Subestação Missões 230/69 kV, conforme definido nos
relatórios dos itens 3.1, 3.2 e 3.3.
O objeto do Leilão compreende a implementação das instalações detalhadas na Tabela 1, a
aquisição dos equipamentos de propriedade da RGE, as implementações e aquisições descritas na
Tabela 2, bem como equipamentos terminais de manobra, proteção, supervisão e controle,
telecomunicações e todos os demais equipamentos, serviços e facilidades necessários à prestação
do SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSMISSÃO, ainda que não expressamente indicados neste ANEXO
6F.
1.1.3 DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS
Os dados de sistema utilizados nos estudos em regime permanente e transitório, efetuados para a
definição da configuração básica estão disponibilizados, conforme documentação relacionada no
item 2.1 deste ANEXO 6F.
Os dados relativos aos estudos de regime permanente estão disponíveis nos formatos dos programas
do CEPEL de simulação de rede, ANAREDE, ANATEM/ANAT0 no site da Empresa de Pesquisa
Energética – EPE (www.epe.gov.br).
Os dados relativos aos estudos de transitórios eletromagnéticos estão disponibilizados, conforme
documentação relacionada no item 2.1 deste ANEXO 6F.

1.1.4 REQUISITOS GERAIS


O projeto e a construção dos trechos de linhas de transmissão e da subestações terminais devem
estar em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas – ABNT, no que for aplicável e, na falta destas, com as últimas revisões das normas da
International Electrotechnical Commission - IEC, American National Standards Institute - ANSI ou
National Electrical Safety Code - NESC, nesta ordem de preferência, salvo onde expressamente
indicado.
Os requisitos aqui estabelecidos aplicam-se ao pré-projeto, aos projetos básico e executivo bem
como às fases de construção, manutenção e operação do empreendimento. Aplicam-se ainda ao
projeto, fabricação, inspeção, ensaios e montagem de materiais, componentes e equipamentos
utilizados no empreendimento.

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É de responsabilidade da TRANSMISSORA obter os dados, inclusive os descritivos das condições


ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a serem adotados na elaboração do projeto
básico, bem como nas fases de construção, manutenção e operação das instalações.
É de responsabilidade e prerrogativa da TRANSMISSORA o dimensionamento e especificação dos
equipamentos e instalações de transmissão que compõem o Serviço Público de Transmissão, objeto
desta licitação, de forma a atender este ANEXO 6F e as práticas da boa engenharia, bem como a
política de reserva.

1.1.5 REQUISITOS TÉCNICOS ESPECIAIS ASSOCIADOS AO SECCIONAMENTO DA LINHA DE TRANSMISSÃO SANTO


ÂNGELO – SÃO BORJA 2

Para a complementação do seccionamento da linha de transmissãro Santo Ângelo – São Borja 2,


com implementação de trechos de linha de transmissão em 230 kV, e implementação das entradas
de linha correspondentes na subestação Missões 230/69 kV, a TRANSMISSORA deverá observar os
requisitos descritos neste Anexo Técnico 6F, e adicionalmente as normas e padrões técnicos da
CEEE-GT. Essas instalações serão transferidas para a CEEE-GT, conforme disposto na Resolução
no 67, de 8 de junho de 2004, que será a responsável por sua operação e manutenção.
A TRANSMISSORA deverá fornecer a CEEE-GT, antes do início do primeiro ensaio, uma lista, com
cronograma, de todos os ensaios a serem realizados, sendo necessária a realização dos ensaios
requeridos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Para os casos em que a ABNT
não for aplicável, deve-se realizar os ensaios requeridos pelas Normas Técnicas Internacionais
mencionadas no item 1.1.4. Deve ser emitido um certificado para cada ensaio. Os ensaios de rotina
deverão ser executados em todos os painéis incluídos no fornecimento, inclusive naqueles a serem
fornecidos para as Subestações São Borja 2 e Santo Ângelo.
O comissionamento das instalações será realizado em conjunto pela TRANSMISSORA e pela CEEE-
GT.
A TRANSMISSORA deverá adquirir os equipamentos necessários para as modificações nas Entradas
de Linha da linha de transmissão Santo Ângelo – São Borja 2, e transferí-los para a CEEE-GT, que
será a responsável pela sua implementação, devendo estes equipamentos serem entregues nos
locais onde serão instalados.
Para os equipamentos associados ao seccionamento da linha de transmissão, a TRANSMISSORA
deverá fornecer à CEEE - GT peças sobressalentes em quantidade suficiente, conforme
recomendação do fabricante, que viabilizem a disponibilidade requerida para o sistema para um
período de 2 (dois) anos após a entrada em operação comercial do empreendimento.
A TRANSMISSORA será responsável pelo fornecimento para a CEEE - GT de todas as ferramentas
e acessórios necessários para o comissionamento, operação e manutenção dos equipamentos
transferidos.
A TRANSMISSORA deverá prover treinamento adequado abrangendo os equipamentos fornecidos
para as entradas de linha, caso esses equipamentos sejam diferentes dos utilizadas pela CEEE-GT
na Linha de Transmissão seccionada.

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1.2 TRECHOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO RESULTANTES DO SECCIONAMENTO DA LT 230 KV


SANTO ÂNGELO – SÃO BORJA 2
1.2.1 REQUISITOS GERAIS
A subestação Missões, em 230/69 kV será suprida a partir do seccionamento da linha de transmissão
de Santo Ângelo – São Borja 2, em 230 kV, de propriedade da CEEE-GT. Para isto, a linha em
referência deverá ser apropriadamente seccionada, com a construção de trechos de linha entre o
ponto de seccionamento, definido no relatório mencionado no item 3.2, e os pórticos de entrada da
subestação Missões.
Tendo em vista que os referidos trechos de linha virão a se constituir em extensões da linha Santo
Ângelo – São Borja 2, em 230 kV, estes devem ter características elétricas, mecânicas e
desempenho iguais ou superiores a linha existente. Pode-se verificar nos relatórios mencionados nos
item 2.2 as características das estruturas, bem como dos cabos condutores utilizados na Linha de
Transmissão Santo Ângelo – São Borja 2, em 230 kV.
A TRANSMISSORA deverá adotar, no seccionamento e trecho de linha até a entrada na SE Missões,
os critérios e padrões de projeto e construção da CEEE-GT para 230 kV.
1.2.2 CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS

1.2.2.1 Parâmetros elétricos


Não se aplica.

1.2.2.2 Capacidade de corrente


Os trechos de Linha de Transmissão localizados entre o ponto de seccionamento da Linha de
Transmissão Santo Ângelo – São Borja 2, em 230 kV e a subestação Missões devem ter
configuração do feixe de condutores e capacidade operativa de longa duração no mínimo igual à da
Linha de Transmissão Santo Ângelo – São Borja 2, em 230 kV, ou seja, 853 A.
Com base na temperatura de projeto da linha de transmissão existente, o empreendedor deve
disponibilizar uma capacidade operativa de curta duração, admissível durante condição de
emergência, conforme regulamento da ANEEL, não inferior a 998 A.
A capacidade de corrente de longa duração corresponde ao valor de corrente da linha de transmissão
em condição normal de operação e deve atender às diretrizes fixadas pela norma técnica NBR 5422
da ABNT. A capacidade de corrente de curta duração refere-se à condição de emergência
estabelecida na norma técnica NBR 5422 da ABNT.

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1.3 SUBESTAÇÕES - SE
1.3.1 REQUISITOS GERAIS

1.3.1.1 Informações básicas


A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os estudos necessários à definição das
características e dos níveis de desempenho de todos os equipamentos, considerando que os
mesmos serão conectados ao sistema existente.
Todos os equipamentos devem ser especificados de forma a não comprometer ou limitar a operação
das subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações do sistema interligado.
Na subestação, o dimensionamento dos novos equipamentos deve considerar as atuais e futuras
condições a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da expansão do sistema
da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
Para implementação e aquisição dos equipamentos e instalações associadas ao seccionamento da
Linha de Transmissão Santo Ângelo – São Borja 2, em 230 kV, devem ser observados os critérios e
requisitos básicos descritos nos relatórios e desenhos mencionados nos itens 2.2 e 2.3.
Na subestação Missões, em 230/69 kV deverão ser realizadas todas as obras de infra–estrutura,
descritas no módulo geral – Resolução ANEEL no 191, de 12 de dezembro de 2005, como
terraplenagem, drenagem, malha de terra, serviço auxiliar, casa de comando, acesso, dentre outras,
para a instalação, manutenção e operação dos módulos de entrada de linha e das unidades
transformadoras de potência, indicadas no item 1.3.2.5.
Os equipamentos e instalações existentes, de propriedade da RGE, a serem transferidos para a
TRANSMISSORA mediante indenização, deverão ser alocados de forma que permita que a
configuração final da subestação seja equivalente à apresentada na Figura 3 e nos relatórios
mencionados nos itens 2.1, 2.2 e 2.3.
Deverá ainda ser realizada na subestação Missões, em 230/69 kV a extensão do barramento de
69 kV, bem como todas as obras de infra-estrutura relacionadas, tais como terraplenagem,
drenagem, malha de terra, serviço auxiliar, dentre outras, de modo a viabilizar a conexão das 2 (duas)
entradas de linha 69 kV previstas nos estudos mencionados nos itens 2.1, 2.2 e 2.3 para conexão da
Usina Hidro Elétrica Passo São João.

1.3.1.2 Arranjo de barramentos


O arranjo de barramentos da subestação Missões, em 230/69 kV, deve ser do tipo barra dupla a
quatro chaves no setor de 230 kV e barra principal e transferência no setor de 69 kV.

1.3.1.3 Capacidade de corrente


(a) Corrente em regime Permanente
Os barramentos da subestação devem ser dimensionados considerando a situação mais
severa de circulação de corrente, levando em conta a possibilidade de indisponibilidade de
elementos da subestação e ocorrência de emergência no Sistema Interligado Nacional – SIN,
no horizonte de planejamento.

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No caso de subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à capacidade do


barramento, o trecho de barramento associado a esse empreendimento deve ser compatível
com o existente.
A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente dos barramentos, para todos os
níveis, rígidos ou flexíveis, para a temperatura de projeto.
Para o dimensionamento da capacidade de corrente nominal dos equipamentos a serem
implantados na subestação, tais como, disjuntores, chaves seccionadoras e transformadores
de corrente, deve ser considerado que indisponibilidades de equipamentos, pertencentes ou
não a este empreendimento, podem submeter os remanescentes a valores de correntes mais
elevados, cabendo a TRANSMISSORA identificar as correntes máximas que poderão ocorrer
nos seus equipamentos, desde a data de entrada em operação até o ano horizonte de
planejamento, por meio de estudo específico descrito no item 1.8 deste anexo técnico.
Os equipamentos exclusivos das entradas de linha (no arranjo de barramento DJM e ANEL –
seccionadora da linha e bobinas de bloqueio; no arranjo BD – todas as secionadoras, disjuntor,
TCs e bobinas de bloqueio) devem suportar, no mínimo, as condições de carregamento da
linha de transmissão estabelecidas nos itens 1.2.2.2 e 1.2.3.1.
(b) Capacidade de curto-circuito
Os equipamentos e demais instalações da Subestação Missões devem suportar, no mínimo, no
pátio de 230 kV, as correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas a seguir:
• corrente de curto-circuito nominal: 40 kA
• valor de crista da corrente suportável nominal: 104,0 kA (fator de assimetria de 2,6)
Para o pátio de 69 kV, os equipamentos e demais instalações da Subestação Missões devem
suportar as seguintes correntes de curto-circuito simétrica e assimétrica relacionadas:
• corrente de curto-circuito nominal: 31,5 kA
• valor de crista da corrente suportável nominal: 81,9 kA (fator de assimetria de 2,6)
Ressalta-se que o atendimento a fatores de assimetria superiores àqueles acima definidos
pode ser necessário em função dos resultados dos estudos, considerando inclusive o ano
horizonte de planejamento, a serem realizados pela TRANSMISSORA, conforme descrito no
item 1.8 desse anexo técnico.
(c) Sistema de Aterramento
O projeto das subestações deve atender ao critério de um sistema solidamente aterrado.

1.3.1.4 Suportabilidade
• Tensão em regime permanente
O dimensionamento dos barramentos e dos equipamentos para a condição de operação em
regime permanente deve considerar o valor máximo de tensão de 242 kV para a tensão de 230
kV.
• Isolamento sob poluição

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As instalações devem ser isoladas de forma a atender, sobretensão operativa máxima, às


características de poluição da região, conforme classificação contida na Publicação IEC 815 –
Guide for the Selection of Insulators in Respect of Polluted Conditions.
• Proteção contra descargas atmosféricas
O sistema de proteção contra descargas atmosféricas das subestações deve ser dimensionado
de forma a assegurar um risco de falha menor ou igual a uma descarga por 50 anos.
Além disso, deve-se assegurar que não haja falha de blindagem nas instalações para correntes
superiores a 2 kA.
Caso existam edificações, as mesmas devem atender às prescrições da Norma Técnica
NBR5419.

1.3.1.5 Efeitos de campos


(a) Efeito corona
Os componentes das subestações, especialmente condutores e ferragens, não devem
apresentar efeito corona visual em 90 % do tempo para as condições atmosféricas
predominantes na região da subestação. A tensão mínima fase-terra eficaz para início e
extinção de corona visual a ser considerada no projeto para os pátios de 230 kV é de 161 kV.
(b) Rádio interferência
O valor da tensão de rádio interferência externa à subestação não deve exceder 2.500 μV/m a
1.000 kHz, com 1,1 vezes a tensão nominal do sistema.

1.3.2 REQUISITOS DOS EQUIPAMENTOS

1.3.2.1 Disjuntores
(a) O ciclo de operação dos disjuntores deve atender aos requisitos das normas aplicáveis.
(b) O tempo máximo de interrupção para disjuntores classe de tensão de 230 kV e 69 kV deve ser
de 3 ciclos.
(c) A corrente nominal do disjuntor deve ser compatível com a máxima corrente possível na
indisponibilidade de um outro disjuntor, no mesmo bay ou em bay vizinho, pertencente ou não a
este empreendimento, para os cenários previstos pelo planejamento e pela operação.
(d) Os disjuntores devem ser dimensionados respeitando os valores mínimos de corrente de curto
circuito nominal (corrente simétrica de curto-circuito) e valor de crista da corrente suportável
nominal (corrente assimétrica de curto-circuito) dispostos no item 1.3.1.3 (b). Relações de
assimetria superiores a indicada em 1.3.1.3 (b) poderão ser necessárias, em função dos
resultados dos estudos a serem realizados pela própria TRANSMISSORA, descritos nos item
1.8 deste anexo técnico.
(e) Os disjuntores devem ter dois circuitos de disparo independentes, lógicas de detecção de
discrepância de pólos e acionamento monopolar. O ciclo de operação nominal deve ser
compatível com a utilização de esquemas de religamento automático tripolar e monopolar.

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ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

(f) Caberá à nova TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção ou com
mecanismos de fechamento ou abertura controlados, quando necessário.
(g) Os disjuntores devem ser especificados para operar quando submetidos às solicitações de
manobra determinadas nos estudos previstos no item 1.8.4.
(h) O disjuntor deve manobrar linhas a vazio sem reacendimento do arco.
(i) Os requisitos mínimos para o disjuntor na manobra de linha a vazio devem levar em conta o
valor eficaz da tensão fase-fase da rede de 339 kV à freqüência de 60 Hz. Valores superiores a
estes podem ser necessários, caso os estudos definidos no item 1.8 assim o determinem.
(j) Os disjuntores que manobrem banco de capacitores em derivação devem ser do tipo de
“baixíssima probabilidade de reacendimento de arco”, classe C2 conforme norma IEC 62271-
100.
(k) Os disjuntores devem ser especificados para abertura de corrente de curto-circuito nas
condições mais severas de X/R no ponto de conexão do disjuntor, condições estas que
deverão ser identificadas pelo Agente. Em caso de disjuntores localizados nas proximidades de
usinas geradoras especial atenção deve ser dada à determinação da constante de tempo a ser
especificada para o disjuntor. Caso exista a possibilidade da ocorrência de “zeros atrasados”
em caso de defeitos próximos a usina, o disjuntor deve ser especificado para operar nestas
condições de defeito;
(l) Capacidade de manobrar outros equipamentos / linhas de transmissão existentes na
subestação onde estão instalados, em caso de faltas nesses equipamentos seguidas de falha
do referido disjuntor, considerando inclusive disjuntor em manutenção;
(m) Capacidade de manobrar a linha de transmissão licitada em conjunto com o(s) equipamento(s)
/ linha(s) de transmissão a elas conectadas em subestações adjacentes, em caso de falta no
equipamento / linha de transmissão da subestação adjacente, seguido de falha do respectivo
disjuntor;
(n) Os disjuntores utilizados na manobra de reatores em derivação devem ser capazes de abrir
pequenas correntes indutivas e ser especificados com dispositivos de manobra controlada.
(o) Nos casos em que forem utilizados mecanismos de fechamento ou abertura controlados devem
ser especificados a dispersão máxima dos tempos médios de fechamento ou de abertura,
compatíveis com as necessidades de precisão da manobra controlada.

1.3.2.2 Seccionadoras, lâminas de terra e chaves de aterramento


Estes equipamentos devem atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis e serem capazes de
efetuar as manobras listadas no item 1.8.3.
As seccionadoras devem ser especificadas com, pelo menos, a mesma corrente nominal utilizada
pelos disjuntores deste empreendimento, aos quais estejam associadas.
A TRANSMISSORA deve especificar o valor de crista da corrente suportável nominal(corrente de
curto circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta duração(corrente de curto
simétrica) respeitando os valores mínimos dispostos no item 1.3.1.3 (b).

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ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

Fatores de assimetria superiores ao indicado em 1.3.1.3 (b) poderão ser necessários, em função dos
resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos no item 1.8 deste anexo
técnico.
As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser dotadas de
capacidade de interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 62271-102.
Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do sistema
onde serão instalados.

1.3.2.3 Pára-raios
Deverão ser instalados pára-raios nas entradas de linhas de transmissão, nas conexões de unidades
transformadoras de potência, de reatores em derivação e de bancos de capacitores não
autoprotegidos. Os pára-raios devem ser do tipo estação, de óxido de zinco (ZnO), adequados para
instalação externa.
Os pára-raios devem ser especificados com uma capacidade de dissipação de energia suficiente
para fazer frente a todas as solicitações identificadas nos estudos descritos no item 1.8 deste anexo
técnico.
A TRANSMISSORA deverá informar, ainda na fase de projeto básico, em caso de indisponibilidade
dos dados finais do fornecimento, os valores de catálogo da família do pára-raios escolhido para
posterior utilização no empreendimento.

1.3.2.4 Transformadores de corrente e potencial


As características dos transformadores de corrente e potencial, como: número de secundários,
relações de transformação, carga, exatidão, etc., devem satisfazer as necessidades dos sistemas de
proteção e de medição das grandezas elétricas e medição de faturamento, quando aplicável.
Os transformadores de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos individuais e os de
potencial devem ter enrolamentos secundários individuais e serem próprios para instalação externa.
Para a especificação dos núcleos de proteção dos transformadores de corrente deve-se considerar a
relação X/R do ponto de instalação, para que esses núcleos não saturem durante curtos-circuitos e
religamentos rápidos (IEEE 76 CH1130-4 Transient response of current transformers e IEC 44-6
Instrument transformers - part 6: Requirements for protective current transformers for transient
performance).
A TRANSMISSORA deve especificar transformadores de corrente com o valor de crista da corrente
suportável nominal(corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente suportável nominal de curta
duração(corrente de curto simétrica) que respeitem o disposto no item 1.3.1.3 (b).
Fatores de assimetria superiores a indicada em 1.3.1.3 (b) poderão ser necessários, em função dos
resultados dos estudos a serem realizados pela própria TRANSMISSORA, descritos no item 1.8
deste anexo técnico.

1.3.2.5 Unidades Transformadoras de Potência


Deve ser prevista a instalação de três transformadores trifásicos, de 230 kV para 69 kV, com
potência trifásica de 50 MVA cada transformador na Subestação Missões, sendo que uma das três

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unidades é existente na atual subestação Missões e deverá ser transferida para o vencedor da
licitação mediante indenização.
As unidades devem possuir estágios de refrigeração capazes de atender os procedimentos para
aplicação de cargas estabelecidos na norma ABNT NBR 5416.
(a) Potência Nominal
Considera-se como potência nominal, para os transformadores da Subestação Missões, a
capacidade de 50 MVA nos enrolamentos primário e secundário, para a operação em qualquer
tape especificado.
(b) Comutação
O comutador de derivação em carga deve ser projetado, fabricado e ensaiado de acordo com
a publicação IEC-214 On Load Tap Changers.
Os transformadores devem ser providos de comutadores de derivação em carga. O
enrolamento onde serão instalados os comutadores será no 69 kV e a faixa de derivações e o
número de tapes de acordo com o transformador existente.
(c) Condições operativas
O transformador deve ser capaz de operar nas condições estabelecidas na norma ABNT NBR
5416 e na Resolução Normativa ANEEL nº 191 de 12 de dezembro de 2005, resguardado o
direito de adicional financeiro devido a sobrecargas que ocasionem perda adicional de sua
vida útil, em conformidade com os procedimentos da Resolução Normativa ANEEL nº 513, de
16 de setembro de 2002
Os transformadores devem ser capazes de operar com as suas potências nominais, em
regime permanente, para toda a faixa operativa de tensão da rede básica, tanto no primário
quanto no secundário, com ou sem comutadores de derivações, sejam eles em carga ou não.
Caso o transformador possua comutadores de derivações, em carga ou não, eles devem
poder operar para a referida faixa operativa, em todas as posições dos comutadores.
Deve ser possível energizar as unidades transformadoras sem restrições, tanto pelo
enrolamento primário quanto pelo secundário, para toda a faixa de tensão operativa.
As unidades transformadoras devem ser adequadas para operação em paralelo nos terminais
230 kV e 69 kV.
A unidade transformadora de potência deve ser capaz de suportar o perfil de sobreexcitação
em vazio a 60 Hz, de acordo com a Tabela 5, em qualquer derivação de operação.
TABELA 5 - SOBREEXCITAÇÃO EM VAZIO A 60 HZ, EM QUALQUER DERIVAÇÃO
Período (segundos) Tensão de derivação (pu)
10 1,35
20 1,25
60 1,20
480 1,15

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(d) Impedâncias
O valor da impedância entre o enrolamento primário e secundário deve ser compatível com o
sugerido nos estudos de sistema, disponibilizados na documentação anexa a este Edital.
Estes estudos devem ser detalhados pela TRANSMISSORA quando da execução do projeto
básico, observando-se, no entanto, o valor de impedância máximo de 14% na base nominal
das unidades transformadoras, salvo quando indicado pelos estudos. Os valores de
impedância devem estar referenciados à temperatura de 75 °C. Em caso de transformadores
paralelos os valores de impedância dos mesmos devem ser compatibilizadas de forma a
atender as condições de paralelismo das unidades.
(e) Perdas
O valor das perdas máximas para autotransformadores monofásicos ou trifásicos de qualquer
potência deve ser igual ou inferior a 0,3% da potência nominal na operação primário-
secundário.
No caso de transformadores trifásicos ou monofásicos de potência trifásica nominal superior a
5 MVA e de tensão nominal do enrolamento de alta tensão igual ou superior a 230 kV, as
perdas máximas entre o primário e o secundário devem atender à Tabela 6 a seguir.

TABELA 6 - PERDAS PARA TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS

Perdas em porcentagem da potência nominal(1)


Potência Trifásica Perdas Máximas
Nominal (Pn )
(2)

5 < Pn < 30 MVA 0,70 %


30 ≤ Pn < 50 MVA 0,60 %
50 ≤ Pn < 100 MVA 0,50 %
100 ≤ Pn < 200 MVA 0,40 %
Pn ≥ 200 MVA 0,30 %
Notas: 1) Perdas totais na tensão nominal e freqüência
nominal para a operação primário-secundário.
2) Pn: potência nominal no último estágio de
refrigeração.

(f) Nível de ruído


O máximo nível de ruído audível emitido pelas unidades transformadoras de potência deve
estar em conformidade com a norma NBR 5356 da ABNT.

1.3.2.6 Instalações abrigadas


Todos os instrumentos, painéis e demais equipamentos dos sistemas de proteção, comando,
supervisão e telecomunicação devem ser abrigados e projetados segundo as normas aplicáveis, de
forma a garantir o perfeito desempenho destes sistemas e sua proteção contra desgastes

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prematuros.
Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas municipais
aplicáveis e as normas de segurança do trabalho.

1.3.2.7 Equipamentos localizados em entradas de linhas


Equipamentos localizados nas extremidades de linha e que possam ficar energizados após a
manobra da mesma no terminal em vazio, tais como reatores de linha, disjuntores, secionadores e
transformadores de potencial, deverão ser dimensionados para suportar por uma hora as
sobretensões à freqüência industrial de acordo com a Tabela 7:
TABELA 7 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL NA EXTREMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO 1HORA APÓS
MANOBRA (KV)

Tensão nominal Tensão sustentada


230 253
500/525 600

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1.4 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

1.4.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS


COMPONENTE DO SISTEMA DE POTÊNCIA ou COMPONENTE: é todo equipamento ou instalação
delimitado por disjuntores, elos fusíveis ou religadores automáticos. Uma exceção existe para reator
shunt de LINHA DE TRANSMISSÃO que também é classificado como COMPONENTE, mesmo sem
disjuntor próprio.
SISTEMA: quando aplicado à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações, significa o
conjunto de equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu desempenho adequado na
operação da instalação e da REDE BÁSICA.
SISTEMA DE PROTEÇÃO: conjunto de equipamentos composto por relés de proteção, relés
auxiliares, equipamentos de teleproteção e acessórios destinados a realizar a proteção em caso de
falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições anormais de operação dos
COMPONENTES de um sistema elétrico (LINHAS DE TRANSMISSÃO, barramentos e
equipamentos).
PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem retardo
de tempo intencional, falhas que ocorram apenas no COMPONENTE protegido. São exemplos os
esquemas com comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção, as proteções
diferenciais, os esquemas de comparação de fase etc.
PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no
COMPONENTE protegido e a fornecer proteção adicional para os COMPONENTES adjacentes. Em
sua aplicação como PROTEÇÃO DE RETAGUARDA, sua atuação é coordenada com a atuação das
proteções dos equipamentos adjacentes por meio de retardo de tempo intencional. São exemplos as
proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.
PROTEÇÃO DE RETAGUARDA: destina-se a atuar quando da eventual falha de outro SISTEMA DE
PROTEÇÃO. Quando esse SISTEMA está instalado no mesmo local do SISTEMA DE PROTEÇÃO a
ser coberto, trata-se de retaguarda local; quando está instalado em local diferente daquele onde está
o SISTEMA DE PROTEÇÃO a ser coberto, trata-se de retaguarda remota.
PROTEÇÃO PRINCIPAL: esquema de proteção composto por um SISTEMA de PROTEÇÃO
UNITÁRIA OU RESTRITA e um SISTEMA de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.
PROTEÇÃO ALTERNADA: esquema composto por um SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU
RESTRITA e por um SISTEMA de PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA, funcionalmente
idêntico à PROTEÇÃO PRINCIPAL e completamente independente desta.
PROTEÇÃO INTRÍNSECA: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integrados aos
equipamentos, tais como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de temperatura,
sensores de nível etc.
SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da LINHA DE TRANSMISSÃO (SIR), é
definida por meio da divisão da impedância da fonte atrás do ponto de aplicação de um relé pela
impedância total da LINHA DE TRANSMISSÃO protegida:
SIR = ZS / ZL
Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da LINHA DE TRANSMISSÃO

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COMPRIMENTO RELATIVO DE LINHA DE TRANSMISSÃO: determinado em função do SIR e


utilizado para a seleção do tipo de proteção mais indicado. No âmbito do presente Anexo Técnico, as
LINHAS DE TRANSMISSÃO classificam-se como:
LINHAS DE TRANSMISSÃO curtas, as que apresentam SIR > 4;
LINHAS DE TRANSMISSÃO longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.

1.4.2 REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E TELECOMUNICAÇÕES


Os requisitos técnicos e as características funcionais aqui apresentados referem-se aos seguintes
SISTEMAS funcionalmente distintos:
a) SISTEMAS DE PROTEÇÃO (SP);
b) SISTEMAS de registro de perturbações (SRP); e
c) SISTEMAS de telecomunicação (ST).
Cada SISTEMA (proteção, registradores de perturbações e telecomunicações) deve ser integrado no
nível da instalação para permitir o acesso local ou remoto de todos os seus dados, ajustes, registros
de eventos, grandezas de entradas e outras informações. Essa integração não deve impor restrições
à operação dos COMPONENTES primários da instalação.
No caso de implantação de um novo vão em INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, os SISTEMAS
devem ser compatibilizados com os já instalados.
Todos os equipamentos e SISTEMAS devem ter automonitoramento e autodiagnóstico, com bloqueio
automático da atuação quando houver defeito e com sinalização local e remota de falha e defeito.
Os SISTEMAS devem ter arquitetura aberta e utilizar protocolos de comunicação descritos em norma,
de forma a não impor restrições a AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA futura e à integração com
SISTEMAS e equipamentos de outros fabricantes.
Os SISTEMAS devem ter recursos que possibilitem a intervenção das equipes de manutenção sem
desligamento de COMPONENTES primários.
Os materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados, montados e
ensaiados em conformidade com as últimas revisões das normas da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT no que for aplicável, e, na falta destas, com as últimas revisões das normas
da International Electrotechnical Commission – IEC ou da American National Standards Institute –
ANSI, nessa ordem de preferência.
Todos os equipamentos e SISTEMAS digitais devem atender aos requisitos das normas para
compatibilidade eletromagnética aplicáveis, conforme as Normas citadas, nos graus de severidade
adequados para instalação em subestações de extra-alta-tensão.

1.4.3 REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO


Todo COMPONENTE, exceção feita aos barramentos, deve ser protegido localmente por dois
SISTEMAS DE PROTEÇÃO completamente independentes.
Excetuando-se os barramentos, a proteção dos COMPONENTES deve ser concebida de maneira a
não depender de PROTEÇÃO DE RETAGUARDA remota no SISTEMA DE TRANSMISSÃO. Para os

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barramentos deve ser prevista PROTEÇÃO DE RETAGUARDA remota para cobertura de eventual
indisponibilidade de sua única proteção.
Devem ser previstos transformadores para instrumentos – transformadores de corrente e de potencial
– para alimentação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO, supervisão e controle, em número adequado e
com características nominais especificadas em função da aplicação (relações nominais, número de
núcleos e enrolamentos secundários, exatidão, cargas nominais, desempenho transitório, etc.).
Os enrolamentos dos transformadores de corrente para alimentação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO
devem ser dispostos na instalação de forma a permitir a superposição de zonas das PROTEÇÕES
RESTRITAS de equipamentos primários adjacentes, evitando a existência de “pontos cegos”. O uso
de proteções que tenham funcionalidades que possam detectar faltas em eventuais “zonas mortas”
resultantes da aplicação de transformadores de corrente na instalação pode ser considerado.
As correntes e tensões para alimentação de cada SISTEMA DE PROTEÇÃO - PRINCIPAL E
ALTERNADA - devem ser obtidas de núcleos independentes de transformadores de corrente e de
secundários diferentes de transformadores de potencial. Quando não for utilizada redundância de
proteção (PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA), a alimentação de correntes e tensões da
PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve ser independente daquela utilizada pela PROTEÇÃO
GRADATIVA OU IRRESTRITA.
As proteções que estão sujeitas à operação acidental por perda de potencial devem ter supervisão de
tensão para bloqueio de operação e alarme.
Os conjuntos de PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA devem ser alimentados por bancos de
baterias, retificadores e circuitos de corrente contínua independentes. Quando não for utilizada
redundância de proteção, esse requisito deve ser atendido para a PROTEÇÃO UNITÁRIA OU
RESTRITA e para a PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.
Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ser constituídos, obrigatoriamente, por equipamentos
independentes e dedicados para cada COMPONENTE da instalação, podendo esses equipamentos
ser do tipo multifunção.
Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ter saídas para acionar disjuntores com dois circuitos de
disparo independentes.
Deve ser prevista a supervisão dos circuitos de corrente contínua dos relés de proteção,
equipamentos de telecomunicação utilizados para teleproteção, religamento automático e
sincronismo, de forma a indicar qualquer anormalidade que possa implicar em perda da confiabilidade
operacional do SISTEMA DE PROTEÇÃO.
Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ter, em condições normais ou durante perturbações,
características de sensibilidade, seletividade, rapidez e confiabilidade operativa, a fim de que seu
desempenho não comprometa a segurança do sistema elétrico.
O agente de transmissão deve realizar os estudos necessários para ajustes e coordenação do
SISTEMA DE PROTEÇÃO. Para confirmar o atendimento aos requisitos descritos no item anterior, o
agente de transmissão deve manter o registro dos ajustes implantados. Esses ajustes devem ser
informados ao OPERADOR NACIONAL DE SISTEMA ELÉTRICO - ONS, sempre que solicitado.

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1.4.4 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE LINHA DE TRANSMISSÃO

1.4.4.1 Geral
O SISTEMA DE PROTEÇÃO de LINHA DE TRANSMISSÃO compreende o conjunto de relés,
equipamentos e acessórios instalados nos terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO, necessários e
suficientes para a detecção e eliminação, de forma seletiva, de todos os tipos de faltas – com ou sem
resistência de falta - e de outras condições anormais de operação.
No caso de utilização de compensação série, o SISTEMA DE PROTEÇÃO deve ser adequado para a
manutenção dos requisitos exigidos no parágrafo anterior.
Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem ser selecionados de acordo com as características da LINHA
DE TRANSMISSÃO a ser protegida. LINHAS DE TRANSMISSÃO curtas (SIR > 4) não devem utilizar
esquemas de proteção com funções ajustadas em subalcance.
SISTEMAS DE PROTEÇÃO compostos por relés de distância devem ter as seguintes funções:
a) Funções de distância (21/21N)2 para detecção de faltas entre fases e entre fases e terra, com
temporizadores independentes por zona;
b) Função de sobrecorrente direcional de neutro (67N), com unidades instantâneas e temporizadas
para complementação da proteção de distância para faltas a terra independentes das funções de
medição de distância;
c) Função para a detecção de faltas que ocorram durante a energização da LINHA DE
TRANSMISSÃO (50LP - switch onto fault); e
d) Função para detecção de oscilações de potência e bloqueio das unidades de distância (68OSB).
Se a PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA for realizada por relés de distância, o esquema de
teleproteção deve atender aos seguintes requisitos:
a) A seleção da(s) lógica(s) de teleproteção a ser(em) adotada(s) em cada caso deve levar em conta
o SISTEMA de telecomunicação utilizado, os efeitos das variações das impedâncias das fontes, o
comprimento relativo da LINHA DE TRANSMISSÃO, acoplamentos magnéticos com outras LINHAS
DE TRANSMISSÃO e a existência de compensação série;
b) A unidade instantânea da proteção de sobrecorrente direcional de neutro (67 N) deve atuar
incorporada ao esquema de teleproteção selecionado sempre que possível utilizando canal de
teleproteção independente;
c) Em esquemas de teleproteção por sobrealcance devem ser utilizadas lógicas de bloqueio
temporário para evitar operação indevida durante a eliminação seqüencial de faltas em LINHA DE
TRANSMISSÃO paralelas (transient blocking);
d) Os esquemas de teleproteção do tipo permissivo por sobrealcance devem ter lógicas para a
devolução de sinal de disparo (echo) e para proteção de terminais com fraca alimentação (weak
infeed).

2
Numeração indicadora da função conforme Norma IEEE Standard Electrical Power System Device Function Numbers and Contact Designations,
C37.2-1996.

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As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS devem detectar faltas entre fases e entre fases e
terra, para 100% da extensão da LINHA DE TRANSMISSÃO protegida, sem retardo de tempo
intencional.
As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ser compostas por relés de distância
(21/21N), para defeitos entre fases e fase-terra e por relé de sobrecorrente direcional de neutro (67N).
Devem atender aos requisitos já mencionados e possibilitar efetiva PROTEÇÃO DE RETAGUARDA
para a LINHA DE TRANSMISSÃO protegida e para o barramento remoto, mantida a coordenação
com a proteção dos COMPONENTES adjacentes.
Terminais de LINHAS DE TRANSMISSÃO conectados a barramentos com arranjos do tipo disjuntor e
meio ou anel devem ter função para proteção do trecho de LINHA DE TRANSMISSÃO que
permanece energizado quando a chave isoladora da LINHA DE TRANSMISSÃO estiver aberta e
seus disjuntores fechados (stub bus protection).

1.4.4.2 Adequação do SISTEMA DE PROTEÇÃO das extremidades de uma LINHA DE TRANSMISSÃO


Nos SISTEMAS DE PROTEÇÃO de LINHA DE TRANSMISSÃO com recursos de telecomunicação –
esquema com comunicação relé a relé, teleproteção, proteções diferenciais, etc. –, os relés e
equipamentos instalados em ambos os terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ser
considerados para a operação como um conjunto único, devendo ser integrados e idênticos entre si
quando comparadas as duas extremidades da LINHA DE TRANSMISSÃO. Este requisito deve ser
observado tanto para os equipamentos de telecomunicação quanto para os relés de proteção.
Em um terminal é admissível a utilização de equipamentos para a PROTEÇÃO PRINCIPAL diferentes
dos utilizados para a PROTEÇÃO ALTERNADA – ou para a PROTEÇÃO DE RETAGUARDA –,
desde que se atenda ao requisito explicitado no parágrafo anterior.
Na implantação de nova subestação decorrente de seccionamento de LINHA DE TRANSMISSÃO
com a inclusão de novas ENTRADAS DE LINHA devem-se adequar as proteções das ENTRADAS
DE LINHA existentes ao requisito especificado nos parágrafos anteriores, tanto pela aquisição e
implantação de novos SISTEMAS DE PROTEÇÕES como pelo remanejamento das proteções
existentes.

1.4.4.3 LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal de 230 kV


Cada terminal de LINHA DE TRANSMISSÃO deve ser equipado com dois conjuntos (relés, relés
auxiliares e demais acessórios) independentes de SISTEMA DE PROTEÇÃO do tipo PROTEÇÃO
UNITÁRIA OU RESTRITA e PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA.

O tempo total de eliminação de faltas pela PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA não deve exceder
a 150 ms. Nas LINHAS DE TRANSMISSÃO de interligação entre SISTEMAS este tempo não deve
exceder 100 ms.

As LINHAS DE TRANSMISSÃO de interligação entre SISTEMAS devem ter função para proteção por
perda de sincronismo (78) baseada na taxa de variação no tempo da impedância medida, com as
seguintes características:

a. Ajustes das unidades de impedância e do temporizador independentes;

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b. Seleção do modo de disparo na entrada (trip on way in) ou na saída (trip on way out) da
característica de medição; e
c. Bloqueio do disparo para faltas assimétricas, preferencialmente por corrente de seqüência de fase
negativa.
Quando a LINHA DE TRANSMISSÃO tiver reator diretamente conectado ou quando características
locais ou de equipamento assim o exigirem – por exemplo, em barramentos isolados a SF6 (gás
hexafluoreto de enxofre) – deve-se prever esquema de transferência de disparo para comandar o
desligamento do(s) disjuntor(es) do terminal remoto.

Todos os terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ter proteção trifásica para sobretensões
(59), com elementos instantâneo e temporizado independentes e faixa de ajustes de 1,1 a 1,6 vezes a
tensão nominal. Os elementos instantâneos devem operar apenas para sobretensões que ocorram
simultaneamente nas três fases e os elementos temporizados devem operar para sobretensões
sustentadas em qualquer uma das três fases.

1.4.4.4 LINHAS DE TRANSMISSÃO em 69 kV


Para a entrada de linha em 69 kV, a TRANSMISSORA deve atender os requisitos de proteção da
CONCESSIONÁRIA ao qual o circuito se conectará.

1.4.4.5 Esquemas de religamento automático


Requisitos gerais
Todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO devem ser dotadas de esquemas para religamento automático
tripolar.
Os esquemas de religamento automático devem atender à seguinte filosofia:
a. Em subestações com arranjo em anel, barra dupla com disjuntor duplo ou disjuntor e meio deve-
se prever a possibilidade de religamento em qualquer dos disjuntores adjacentes à LINHA DE
TRANSMISSÃO.
b. A função de religamento deve ter temporização para ajuste de tempo morto de religamento.
c. Uma vez iniciado um determinado ciclo de religamento, somente deve ser permitido um novo
ciclo depois de decorrido um tempo mínimo ajustável, que se iniciará com a abertura do disjuntor.
d. O SISTEMA DE PROTEÇÃO deve ser configurável para, opcionalmente, realizar o religamento
automático apenas quando da ocorrência de curtos-circuitos internos fase-terra.
e. Em subestações com arranjo do tipo anel ou disjuntor e meio devem ser previstas facilidades
(chave seletora ou através do sistema de controle) para a colocação ou retirada de serviço do
religamento e a seleção do disjuntor a religar.
f. O ciclo de religamento deve ser iniciado exclusivamente após a eliminação de faltas internas por
proteções de alta velocidade ou instantâneas, não devendo ser iniciados quando de aberturas
manuais de disjuntores, operação de funções gradativas de proteção, faltas nos barramentos,
atuações de proteções para falha de disjuntor, recepção constante de transferência de disparo do
terminal remoto, atuações de proteção de sobretensão e proteções de disparo por perda de
sincronismo. Quando for o caso, o ciclo iniciará a partir da eliminação de faltas por atuação das
proteções dos reatores de linha ou transformadores/autotransformadores.

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g. Deve ser prevista a possibilidade de seleção de qualquer um dos terminais da LINHA DE


TRANSMISSÃO para religar primeiro (terminal líder). Esse religamento deve ocorrer depois de
transcorrido o tempo morto ajustado. O outro terminal (terminal seguidor) deve religar com
verificação de sincronismo. Para permitir a seleção do terminal líder, ambos os terminais devem
ser equipados com esquemas de religamento e de verificação de sincronismo. O terminal líder
deve religar somente se não houver tensão na LINHA DE TRANSMISSÃO. O terminal seguidor
deve religar somente depois da verificação de sincronismo, se houver nível de tensão adequado
do lado da LINHA DE TRANSMISSÃO.
h. Qualquer ordem de disparo iniciada por proteção deverá desligar os três pólos do disjuntor e
iniciar o ciclo de religamento.
i. O comando de fechamento tripolar de disjuntores deve ser supervisionado por função de
verificação de sincronismo e de subtensão e sobretensão
No caso de utilização de religamento automático monopolar devem ser atendidos, adicionalmente, as
seguintes condições:
a. O desligamento e o religamento dos dois terminais da LINHA DE TRANSMISSÃO devem ser
monopolares para faltas monofásicas e tripolares para os demais tipos de faltas. Caso não haja
sucesso no ciclo de religamento o desligamento deve ser tripolar. Nesse esquema deve haver
opção também para religamento apenas tripolar. Na opção tripolar, qualquer ordem de disparo
iniciada por proteção deve desligar os três pólos do disjuntor e iniciar o ciclo de religamento.
b. O esquema de religamento deve permitir ajustes independentes do tempo morto de religamento
tanto para o religamento monopolar quanto para o tripolar;
c. Durante o período de operação com fase aberta imposto pelo tempo morto do religamento
monopolar, qualquer ordem de disparo deve ser tripolar, cancelando o religamento da LINHA
DE TRANSMISSÃO;
d. No caso de utilização de esquemas de teleproteção em sobrealcance, com funções direcionais
de sobrecorrente de neutro (seqüência zero e/ou negativa), deve ser previsto o bloqueio dessas
funções durante o período de operação com fase aberta;
e. Os SISTEMAS DE PROTEÇÃO devem permitir a correta seleção de fases defeituosas para
comandar o desligamento do disjuntor de forma monopolar ou tripolar.
Função para verificação de sincronismo
A função para verificação de sincronismo devem permitir o ajuste do tempo total de religamento,
considerando a contagem de tempo desde a abertura do disjuntor e incluindo os tempos mortos
típicos para a respectiva classe de tensão. Além disso, devem possibilitar ajustes da diferença de
tensão, defasagem angular, diferença de freqüência e permitir a seleção das seguintes condições
para fechamento do disjuntor:
• Barra viva - linha morta.
• Barra morta - linha viva.
• Barra viva – linha viva.
• Barra morta - linha morta.
Requisitos para verificação de sincronismo manual.

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As instalações devem ser providas de dispositivo para a verificação das condições de sincronismo
para o fechamento manual de seu(s) disjuntor(es).
No caso de AMPLIAÇÃO DA REDE BÁSICA ou modificação da instalação devem ser instalados os
transformadores de instrumentos, eventualmente necessários para a realização da função de
sincronização.
O dispositivo de sincronização deve atender aos seguintes requisitos:
• Permitir o fechamento do disjuntor com temporização ajustável, após verificar que os seus
terminais estão sincronizados (sistema em anel), e a diferença entre as tensões dos dois
terminais (módulo e ângulo de fase) está dentro dos limites ajustados;
• Permitir o fechamento instantâneo do disjuntor, após verificar que a diferença entre as tensões
(módulo e ângulo de fase) e a diferença da freqüência dos dois terminais, está dentro dos limites
ajustados (sistema não sincronizado);
• Contar com diferentes grupos de ajustes, de modo a permitir o fechamento de sistemas em anel
com diferenças de ângulo de fase das tensões distintas, dependendo do equipamento a ser
conectado;
• Permitir o fechamento nas condições em que um ou ambos os lados do disjuntor estejam sem
tensão – “barra viva-linha morta”, “barra morta-linha viva” ou “barra morta-linha morta”; e
• Indicar as condições de sincronização de forma a permitir a adoção de medidas operativas para
atingir o valor de ajuste.

1.4.5 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE AUTOTRANSFORMADORES OU TRANSFORMADORES


Compreende o conjunto de relés e acessórios necessários e suficientes para a eliminação de todos os
tipos de faltas internas - para a terra, entre fases ou entre espiras - em transformadores de dois ou três
enrolamentos ou em autotransformadores. Deve prover PROTEÇÃO DE RETAGUARDA para falhas
externas e internas à sua zona de proteção e dos dispositivos de supervisão próprios de temperatura
de enrolamento e de óleo, válvulas de alívio de pressão e relé de gás.

1.4.5.1 Autotransformadores / transformadores cujo mais alto nível de tensão nominal é igual ou superior a
345 kV
Todo transformador / autotransformador que tiver seu mais alto nível de tensão nominal igual ou
superior a 345 kV deve dispor de três conjuntos de SISTEMA DE PROTEÇÃO:
a. PROTEÇÃO PRINCIPAL, que se compõe de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e de
PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA;
b. PROTEÇÃO ALTERNADA, que se compõe de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e de
PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA; e
c. PROTEÇÃO INTRÍNSECA.
O tempo total de eliminação de faltas - incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés
auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do transformador/autotransformador, pelas
PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS, não deve exceder a 120 ms.
As funções diferenciais (87), integrantes dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO PRINCIPAL E
ALTERNADA devem utilizar enrolamentos dos transformadores de corrente localizados próximos aos

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disjuntores do transformador / autotransformador de potência de forma a incluir em sua zona de


proteção as ligações entre os disjuntores e o transformador / autotransformador de potência,
superpondo-se com as zonas de proteção dos barramentos adjacentes.
As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS compostas por relés diferenciais devem ter as
seguintes funções:
• Função diferencial percentual (87) com atuação individual por fase com:
- Número de circuitos de restrição igual ao número de transformadores de corrente da malha
diferencial e
- Restrição da atuação para correntes de magnetização (corrente de magnetização transitória
e sobreexcitação) e desempenhos transitórios desiguais de transformadores de corrente.
As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ter as seguintes funções:
• Funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e de neutro (51N) vinculadas a cada um dos
enrolamentos do transformador/autotransformador;
• Funções de sobrecorrente temporizada de terra (51G) vinculadas a cada ponto de aterramento do
transformador/autotransformador; e
• Funções de sobretensão de seqüência zero (59G) vinculada ao enrolamento terciário ligado em
delta, para alarme de faltas à terra;
A PROTEÇÃO INTRÍNSECA deve possuir as seguintes funções e características:
• Função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento da
pressão interna (20);
• Função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e urgência); e
• Função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação (advertência e
urgência).
A atuação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia:
a. As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS e as funções para detecção de faltas internas no
transformador/autotransformador de potência integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA devem
comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do transformador/autotransformador de
potência;
b. As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem comandar a abertura apenas do(s)
disjuntor(es) do respectivo enrolamento;
c. Os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura, integrantes da PROTEÇÃO
INTRÍNSECA, devem ser utilizados para indicação e alarme.
d. Os níveis de urgência podem ser utilizados para comandar a abertura e bloqueio de todos os
disjuntores do transformador / autotransformador, por meio de temporizadores independentes.

1.4.5.2 Transformadores / autotransformadores cujo mais alto nível de tensão nominal é inferior a 345 kV
Todo transformador / autotransformador cujo mais alto nível de tensão seja inferior a 345 kV deve
dispor de três conjuntos independentes de SISTEMA DE PROTEÇÃO:
• PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA;

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• PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA;


• PROTEÇÃO INTRÍNSECA.

O tempo total de eliminação de faltas - incluindo o tempo de operação do relé de proteção, dos relés
auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores do transformador / autotransformador pela
PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA - não deve exceder a 150 ms.

A função diferencial (87) da PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve utilizar enrolamentos dos
transformadores de corrente localizados próximos aos disjuntores do transformador /
autotransformador para incluir em sua zona de proteção as ligações entre os disjuntores e o
transformador / autotransformador de potência. A zona de proteção dessa função deve se superpor
às zonas de proteção dos barramentos adjacentes.

As PROTEÇÕES UNITÁRIAS OU RESTRITAS compostas por relés diferenciais devem ter as


seguintes funções:
• Função diferencial percentual (87) com atuação individual por fase;

• Número de circuitos de restrição igual ao número de transformadores de corrente da malha


diferencial; e

• Restrição da atuação para correntes de magnetização (corrente de mangnetização transitória e


sobreexcitação) e desempenhos transitórios desiguais de transformadores de corrente.

As PROTEÇÕES GRADATIVAS OU IRRESTRITAS devem ter as seguintes funções:


• Funções de sobrecorrente temporizada de fase (51) e de neutro (51N) vinculadas a cada um dos
enrolamentos do transformador / autotransformador;

• Funções de sobrecorrente temporizada de terra (51G) vinculadas a cada ponto de aterramento do


transformador / autotransformador; e

• Funções de sobretensão de seqüência zero (59G) vinculada ao enrolamento terciário ligado em


delta, para alarme de faltas à terra;

A PROTEÇÃO INTRÍNSECA deve possuir as seguintes funções e características:


• Função para detecção de faltas internas que ocasionem formação de gás (63) ou aumento de
pressão interna (20);

• Função de sobretemperatura do óleo (26) com dois níveis de atuação (advertência e urgência); e

• Função de sobretemperatura do enrolamento (49) com dois níveis de atuação (advertência e


urgência).

A atuação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia:

• A PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA e as funções para detecção de faltas internas ao


transformador / autotransformador de potência, integrantes da PROTEÇÃO INTRÍNSECA, devem

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comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do transformador / autotransformador de


potência;

• A PROTEÇÃO GRADATIVA OU IRRESTRITA deve comandar a abertura apenas do(s)


disjuntor(es) do respectivo enrolamento;

• Os níveis de advertência e urgência das funções de sobretemperatura, integrantes da


PROTEÇÃO INTRÍNSECA, devem ser utilizados para indicação e alarme.

• Os níveis de urgência podem ser utilizados para comandar a abertura e o bloqueio de todos os
disjuntores do transformador / autotransformador de potência, por meio de temporizadores
independentes.

1.4.6 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DE BARRAMENTOS


O SISTEMA DE PROTEÇÃO de barramentos compreende o conjunto de relés e acessórios
necessários e suficientes para detectar e eliminar de todos os tipos de faltas nas barras, com ou sem
resistência de falta.
Cada barramento da instalação – com exceção dos barramentos com arranjo em anel – deve ter pelo
menos um conjunto independente de PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA.
Em subestação com arranjo do tipo disjuntor e meio ou disjuntor duplo é vedado o uso de proteções de
barra do tipo adaptativo que englobem os dois barramentos da instalação.
A PROTEÇÃO DE RETAGUARDA para faltas nos barramentos deve ser realizada pela PROTEÇÃO
GRADATIVA OU IRRESTRITA dos terminais remotos das LINHAS DE TRANSMISSÃO e
equipamentos ligados ao barramento.
O tempo total de eliminação de faltas – incluindo o tempo de operação do SISTEMA DE PROTEÇÃO
do barramento, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores - não deve ser superior a
100 ms, para barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV e a 150 ms para os
níveis de tensão nominal inferiores.
No caso de falha da PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA do barramento, o tempo total para que as
PROTEÇÕES DE RETAGUARDA eliminem faltas no barramento não deve ser superior a 500 ms, para
barramentos de tensões nominais iguais ou superiores a 345 kV, e a 600 ms, para os níveis de tensão
nominais inferiores.
O SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve ter as seguintes funções e
características:
a. Ter proteção com princípio diferencial, por sobrecorrente diferencial percentual ou alta impedância
(87), ou comparação de fase, para cada uma das três fases;
b. Ser alimentado por enrolamentos secundários, independentes dos transformadores de corrente;
c. Ter imunidade para os diferentes níveis de saturação dos transformadores de corrente, com
estabilidade para faltas externas e sensibilidade para faltas internas;
d. Ter supervisão para os enrolamentos secundários dos transformadores de corrente dentro de sua
área de proteção, com bloqueio de atuação e alarme para o caso de abertura de circuito
secundário; e

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e. Ser seletivo, para desligar apenas os disjuntores conectados à seção defeituosa do barramento. No
barramento com tensão nominal de 138 kV, é admissível a utilização de esquema de proteção
diferencial global.
O SISTEMA DE PROTEÇÃO UNITÁRIA OU RESTRITA deve desligar e bloquear o fechamento de
todos os disjuntores do barramento protegido.
Novos vãos instalados em subestações já existentes devem se adaptar ao SISTEMA DE PROTEÇÃO
de barra já existente. Caso isto não seja possível, o SISTEMA DE PROTEÇÃO de barra deve ser
substituída.

1.4.7 SISTEMA DE PROTEÇÃO PARA FALHA DE DISJUNTOR


Todo disjuntor da subestação deve ser protegido por esquema para falha de disjuntor.
O esquema do SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntor pode ser integrado ao SISTEMA DE
PROTEÇÃO de barramentos.
O tempo total para a eliminação de faltas pelo esquema de falha de disjuntores, incluindo o tempo de
operação do relé de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura dos disjuntores, não deve
exceder a 250 ms, para os níveis de tensão nominal igual ou superior a 345 kV, e a 300 ms para os
níveis de tensão nominal inferiores a 345 kV.
O SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntores deve ter funções de detecção de corrente
(50BF) e de temporização (62BF), que podem ser integradas aos SISTEMAS DE PROTEÇÃO das
LINHAS DE TRANSMISSÃO e demais equipamentos, além de relé(s) de bloqueio (86BF). Deve
atender, ainda, à seguinte filosofia:
a. Ser acionado por todas as proteções do disjuntor protegido;
b. Promover novo comando de abertura no disjuntor protegido (retrip), antes da atuação no relé de
bloqueio;
c. Comandar, para a eliminação da falha, a abertura e o bloqueio do fechamento do número mínimo
de disjuntores adjacentes ao disjuntor defeituoso, e promover, se necessário, a transferência direta
de disparo para o(s) disjuntor(es) remoto(s);
Em transformadores/autotransformadores e reatores devem ser previstas lógicas de paralelismo entre
os contatos representativos de estado dos disjuntores e os contatos das unidades de supervisão de
corrente (50BF), de forma a viabilizar a atuação do esquema de falha de disjuntor para todos os tipos
de defeitos nesses equipamentos, inclusive nos que não são capazes de sensibilizar os relés de
supervisão de corrente do referido esquema. O SISTEMA DE PROTEÇÃO para falha de disjuntores
não deve ser acionado por comando manual do disjuntor nem por eventuais SISTEMAS Especiais de
Proteção – SEP.

1.4.8 SISTEMA DE PROTEÇÃO DE BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO.


O SISTEMA DE PROTEÇÃO de banco de capacitores em derivação deve levar em consideração a
potência, o nível de tensão, a configuração do banco e as características das unidades capacitivas.
O tempo total de eliminação de faltas no circuito entre o barramento e o banco de capacitores, –
incluindo o tempo de operação dos relés de proteção, dos relés auxiliares e o tempo de abertura do
disjuntor –, não deve exceder a 150 ms.

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O SISTEMA DE PROTEÇÃO deve ter as seguintes funções e características:


a. Função de sobrecorrente instantânea e temporizada de fase (50/51) e de neutro (50/51N), para a
eliminação de todos os tipos de faltas no circuito entre o barramento e o banco de capacitores
propriamente dito, incluindo defeitos oriundos do estabelecimento de arco elétrico entre racks
capacitivos. Em bancos de capacitores com tensão nominal igual ou superior a 345 kV essas
funções devem ser duplicadas, alimentadas por diferentes enrolamentos secundários do
transformador de corrente e com circuitos de disparo independentes;

b. Função de sobretensão de fase (59) com dois níveis de atuação (advertência e desligamento), com
faixa de ajustes de 110% a 160% da tensão nominal e com temporizadores independentes;

c. Função de sobrecorrente (61N) ou sobretensão residual (59N) para detecção de desequilíbrios


decorrentes da queima de unidades capacitivas que possam provocar sobretensões danosas às
unidades remanescentes, com dois níveis de atuação (advertência e desligamento) e
temporizadores independentes. A função (61N ou 59N) a ser utilizada deve ser definida de acordo
com o arranjo físico do banco de capacitores;

d. As proteções do banco de capacitores não devem atuar para faltas externas no sistema elétrico;

e. As funções de proteção devem ser imunes a transitórios oriundos de chaveamentos e devido à


presença de harmônicos; e

f. Durante as manobras de bancos de capacitores, devem ser previstas, se necessário, condições de


bloqueio de unidades instantâneas de relés de sobrecorrente de retaguarda, para evitar operações
indevidas.

A atuação dos SISTEMAS DE PROTEÇÃO deve atender à seguinte filosofia:


• As proteções de sobrecorrente de fase (50/51) e de neutro (50/51N) devem comandar a abertura e
bloqueio de todos os disjuntores do banco de capacitores;

• Os níveis de disparo das funções de sobretensão de fase (59) e de desequilíbrio de tensão (61N
ou 59G) devem comandar a abertura e bloqueio de todos os disjuntores do banco de capacitores; e

• Os níveis de advertência das funções de sobretensão de fase (59) e de desequilíbrio de tensão


(61N ou 59G) devem ser utilizados para indicação e alarme.

1.4.9 SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO


O SISTEMA Especial de Proteção - SEP, a ser definido nos estudos pré-operacionais do ONS, deve
ser implementado por Unidades de Controle Digital (UCD), específico para processar emergências
envolvendo o SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL - SIN.
Deve existir um SEP para cada subestação.
As características descritas a seguir são específicas para o SEP e devem ser rigidamente observadas
pela TRANSMISSORA:
• As UCDs devem ser funcionalmente independentes das demais unidades do SISTEMA de
Proteção Controle e Supervisão (SPCS) no que diz respeito ao desempenho das suas funções.

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Estas unidades devem estar conectadas à Via de dados (VDD) somente para enviar e receber
informações que devem ser exibidas nas Unidades de Supervisão e Operação (USO) das
subestações e dos Centros de Operação;
• Os SEPs das subestações devem estar diretamente conectados entre si e com os SEPs das
demais subestações, incluindo as hoje existentes no sistema. Cada SEP deve ser dotado de um
mínimo de cinco portas seriais padrão RS-232C com Protocolo de Comunicação IEC-870-5-101
encapsulado em TCP-IP;
• Esta conexão deve ser dedicada à função (SEP) e deve atender aos seguintes requisitos de tempo
de resposta:
- O tempo máximo (total) estimado para tomada de decisão de um SEP de determinada
Subestação, em função da alteração de entradas digitais e / ou violação dos limites
estabelecidos para as funções supervisionadas ocorridos em outra subestação, incluídos os
tempos de comunicação, deve ser menor ou igual a 200 ms;
- Dentro de uma mesma subestação o tempo de atuação deve ser menor ou igual a 20 ms.
• Caso a UCD proposta para o SEP não consiga desempenhar as funções especificadas a seguir, a
TRANSMISSORA deve instalar os relés de proteção em quantidade e tipo necessários e
suficientes para cumprir estas funções. Estes relés devem, também, ser exclusivos para a função
SEP, não podendo ser compartilhados com o SPCS.
As seguintes funções devem ser desempenhadas pelas UCDs:
• Função Direcional de Potência (para as LINHAS DE TRANSMISSÃO):
- Atuação trifásica ou por fase;
- Curva característica de tempo inversa;
- Possibilidade de inversão da direcionalidade;
- Facilidade de ajuste quanto ao ponto de atuação em termos de potência (W) ou corrente (A);
- Dotado de saídas independentes para alarme e desligamento com reset local e remoto;
- Interface com fibra óptica.
• Função de Sub e Sobretensão (para as barras):
- Atuação por fase;
- Característica de tempo definido;
- Ajuste contínuo da função 27 na faixa de 0,3 a 0,8 da tensão nominal e da função 59 de 1,1 a
1,6 da tensão nominal;
- Exatidão melhor que 2%;
- Interface com fibra óptica.
• Função de Sub e Sobrefreqüência:
- Possuir 04 estágios de freqüência independentes;
- Faixa de ajuste mínima para cada estágio de operação: de 50 Hz a 70 Hz, ajustável em
intervalos de 0,01 Hz;

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- Exatidão de ± 0,005 Hz do valor ajustado;


- A operação da unidade deverá ser bloqueada por subtensão, ajustável de 40 % a 80 % da
- tensão nominal;
- Cada unidade deve ser fornecida com funções para alarme e desligamento;
- A atuação dessa unidade só deve ser possível após um período de avaliação não inferior a 3
(três) ciclos, de forma a eliminar eventuais atuações indevidas provocadas por componente
aperiódica ou outros transitórios na onda de tensão;
- O tempo máximo de rearme dessa unidade deve ser de 50 ms;
- O erro máximo admissível para cada temporizador deve ser de ± 5 %;
- Circuitos de medição e saída independentes por estágios de atuação;
- Interface com fibra óptica.
Devem ser disponibilizados os seguintes dados para ligação ao controlador lógico programável (CLP)
do SISTEMA:
• Entradas analógicas:
- Fluxo de potência ativa em todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO, geradores e
transformadores/autotransformadores;
- Tensão em todas as seções de barramento.
• Entradas digitais:
- Indicação de estado (com dois contatos) de disjuntores, chaves seccionadoras, chaves de
seleção de corte dos geradores (para usinas);
- Indicação da atuação da proteção.
• Saídas de controle:
Dois contatos para comando de abertura por disjuntor.
Caso os estudos pré-operacionais desenvolvidos pelo ONS, por ocasião da entrada em operação do
empreendimento, não indicar a necessidade de instalação de SEP, a TRANSMISSORA fica liberada
desse fornecimento imediato. Essa liberação fica condicionada ao seu fornecimento, durante todo o
período de concessão do empreendimento, sem direito a receita adicional, se assim for recomendado
pelo ONS, em função de necessidades sistêmicas.
Se o empreendimento em questão estiver em área com SEP em operação, a TRANSMISSORA deverá
verificar a necessidade de compatibilização de SEP a ser implantado com o existente.

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1.5 SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

1.5.1 INTRODUÇÃO
Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implantados para que seja
assegurada a plena integração da supervisão e controle dos novos equipamentos à supervisão dos
equipamentos existentes, garantindo-se, com isto, uma operação segura e com qualidade do sistema
elétrico interligado. Assim, são de responsabilidade do agente a aquisição e instalação de todos os
equipamentos, softwares e serviços necessários para a implementação dos requisitos especificados
neste item e para a implementação dos recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos
em item à parte.
Os requisitos de supervisão e controle são divididos em:
• Requisitos gerais de supervisão e controle dos agentes, detalhados em requisitos gerais,
interligação de dados e, recursos de supervisão e controle dos agentes.
• Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de operação,
divididos em interligação de dados, informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico,
informações e telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG),
telecomandos requeridos para o Controle Automático de Tensão (CAT), requisitos de qualidade de
informação e, parametrizações.
• Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), divididos em interligação de dados,
informações requeridas para o sequenciamento de eventos e, requisitos de qualidade dos eventos.
• Requisitos de supervisão do agente proprietário de instalações (subestações) compartilhadas da
rede de operação.
• Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle, divididos em
item geral, conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle, conceito de
qualidade dos recursos de supervisão e controle e, indicadores.
• Requisitos de atualização das bases de dados dos SISTEMAS de supervisão e controle do ONS,
divididos em requisitos para cadastramento dos equipamentos e, requisitos para teste de
conectividade da(s) interconexão(ões) e testes ponto a ponto.

1.5.2 REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES

1.5.2.1 Requisitos gerais


Todas as informações transferidas pelos agentes para o ONS, exceto quando houver orientações
explícitas do ONS em contrário, devem corresponder aos dados coletados nas INSTALAÇÕES DE
TRANSMISSÃO, que não devem passar por qualquer processamento prévio, como:
a. Cálculos a partir de outras informações, exceção feita para os cálculos de conversão para valores
de engenharia;
b. Filtragens;
c. Substituições por resultados do estimador de estado;
d. Entradas manuais feitas pelo agente.

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Todas as telemedições e sinalizações de estado, especificadas posteriormente neste Anexo, devem


ter indicadores de qualidade do dado relativos à coleta, descrevendo as condições de supervisão
local (dado fora de varredura, dado inválido, dado sob entrada manual, etc.).
Cabe ao ONS definir o conjunto de protocolos de comunicação a ser adotado nas interligações de
dados, e ao agente escolher um deles para suas interligações com ONS. Os seguintes protocolos
deverão ser suportados pelos agentes, conforme apropriado:
a. Para comunicação com remotas: IEC 870-5-101/104 ou DNP V3.0;
b. Para interligação com outros centros de controle: ICCP.
Os CD (Concentradores de Dados), se utilizados, devem ser capazes de identificar o estado
operacional de todos os SISTEMAS hierarquicamente a ele subordinados e de transferir essas
informações para o ONS.
Os centros de operação do ONS identificam o estado operacional das UTR (Unidade Terminal
Remota) e dos CD diretamente a eles conectados a partir das trocas de informações nas
correspondentes interligações de dados. Esse estado é modelado como sinalização de estado nas
bases de dados de seus SISTEMAS de supervisão e controle.
Ainda no caso de uso de CD para atendimento ao CAT e, quando acordado com o ONS, ao CAG,
esses concentradores devem ser capazes de rotear automaticamente telecomandos emanados pelo
ONS para as instalações, sem intervenções manuais.
Os SSCL (Sistema de Supervisão e Controle Local) ou as UTR de cada instalação com equipamentos
na rede de operação devem:
a. Ter seus relógios internos ajustados com exatidão melhor ou igual a 1 (um) ms, com sincronismo
por GPS (Sistema de Posicionamento Global). Os SISTEMAS que atendam exclusivamente à
supervisão de equipamentos da rede de supervisão não integrantes da rede de operação não
precisam atender a esse requisito;
b. Ter tempo máximo de reinicialização de 5 (cinco) minutos;
c. Ser dimensionados para não perder eventos da SOE. Se ocorrer uma avalanche de eventos,
todos os eventos devem ser transferidos para o ONS em até 5 (cinco) minutos.

1.5.2.2 Interligação de dados


Conceito
Considera-se como interligação de dados o conjunto de equipamentos e SISTEMAS que se
interponham entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e cada um
dos centros citados neste edital.
Este conjunto poderá abranger, entre outros, os seguintes equipamentos:
• SISTEMAS de Supervisão e Controle Locais (SSCL) ou UTR em usinas e subestações;
• CD que podem ser SISTEMAS de supervisão e controle de um agente;
• Enlace de dados, ponto-a-ponto ou via redes tipo WAN (“Wide Área Network”), entre quaisquer
destes SISTEMAS;

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ANEXO 6F– LOTEF – SUBESTAÇÃO MISSÕES, EM 230/69 KV

• Equipamentos de interfaceamento com comunicações (modems, roteadores ou equivalentes) no


centro de operação designado pelo ONS.
Requisitos
É responsabilidade do agente prover todas as interligações de dados necessárias para atender aos
requisitos de supervisão e controle especificados,.
As interligações de dados entre o(s) centro(s) de operação do ONS e as diversas instalações a serem
supervisionadas pelo ONS são definidas pelos agentes e apresentadas ao ONS, devendo estar em
conformidade com os requisitos de supervisão e controle apresentados neste edital.
São exigidos requisitos diferentes para diferentes tipos de recursos de supervisão e controle, o que
pode levar à necessidade de uso de interligações com características distintas, quais sejam:

a. Interligações para atender aos requisitos do CAG.


Estas interligações apresentam as seguintes peculiaridades:
• Estão restritas às instalações necessárias à operação do CAG, normalmente usinas e
subestações que interligam áreas de controle distintas;
• Cada interligação transporta um conjunto de dados relativamente pequeno, com uma ordem
de grandeza que varia de uma unidade a algumas dezenas;
• Devem ser configuradas como uma ligação direta entre o(s) centro(s) de operação do ONS e
as instalações, não sendo aceitável o uso de CD, exceto quando acordado com o ONS;
• Exigem taxas de transferências de dados relativamente altas, com períodos de aquisição
menores ou iguais a 2 (dois) segundos;
• Em virtude de suas características, podem requerer equipamentos especiais nas instalações
para a recepção de telecomandos e a aquisição e transferência das informações para o ONS;
• Excepcionalmente, mediante acordo firmado caso a caso com o ONS, essas interligações
poderão ser compartilhadas com as interligações utilizadas para atender aos requisitos das
funções tradicionais de supervisão e controle, desde que atendidos todos os requisitos de
CAG.
b. Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle.
São as interligações comumente utilizadas para a aquisição de dados eletro-energéticos pelos
SISTEMAS de supervisão e controle, que se caracterizem por:
• Cobrirem todas as instalações (usinas e subestações) sob responsabilidade de um
determinado centro de operação do ONS;
• Transportarem informações com períodos de aquisição que variam de poucos segundos a
vários minutos e, em alguns casos, ações de controle;
• Abrangem um grande volume de dados;
• Conectam as instalações, CD ou centros de operação do agente aos centros de operação do
ONS.

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c. As interligações para atender à SOE, caracterizam-se por transportar as informações de


seqüência de eventos coletadas nas instalações quando da ocorrência de perturbações e devem
ser transferidas aos centros de operação do ONS, em tempo real, pela mesma interligação de
dados utilizada para atender aos requisitos de supervisão e controle. Para as informações
definidas para trafegarem neste tipo de interligação (SOE), é vetada a passagem por qualquer
tipo de processamento, como filtragem ou cálculos.
d. Além dessas interligações, existem interligações que trafegam informações com alta taxa de
aquisição utilizada pelo ONS para a detecção de ilhamento. As informações transferidas se
constituem em medições de freqüência em Hz em barramentos selecionados da REDE BÁSICA.
Para essas interligações, o agente se responsabiliza pela disponibilidade da medição na
instalação. Um acordo entre o agente e o ONS, estabelecido caso a caso, define a forma e os
recursos que serão utilizados para a transferência das informações ao ONS.

1.5.2.3 Recursos de supervisão e controle dos agentes


Entenda-se como recurso de supervisão e controle dos agentes o conjunto formado por:
• Ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo, ou seja, transdutores, relés
de interposição, reguladores de velocidade / potência e outros equipamentos;
• Interligação de dados, ou seja, o conjunto de equipamentos e SISTEMAS que se interponham
entre o ponto de captação de dados ou de aplicação de comando no campo e os computadores
de comunicação do centro de operação do ONS.
Os agentes proprietários de equipamentos enquadrados em algum item deste edital devem fornecer
os recursos necessários para atender os requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS,
incluindo as interligações de dados.
Para a entrada em operação de novos empreendimentos, é necessário que sejam atendidos todos os
requisitos definidos neste edital e os recursos devem estar completamente testados e prontos para
operar junto com os demais equipamentos do empreendimento.
Os SSCL ou UTR devem atender aos requisitos de supervisão e controle exigidos pelo ONS,
apresentados neste edital.
Os SISTEMAS de transmissão de dados utilizados nas interligações de dados devem atender aos
requisitos descritos neste anexo técnico, no item “Requisitos técnicos do SISTEMA de
telecomunicações”.

1.5.3 REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À REDE DE OPERAÇÃO


Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de supervisão e
controle do ONS, aplicáveis aos equipamentos pertencentes à rede de operação.
Os requisitos necessários à função de seqüenciamento de eventos são objetos de um item à parte.

1.5.3.1 Interligação de dados


Os recursos especificados neste subitem devem ser disponibilizados, através das seguintes
interligações de dados, conceituadas anteriormente:
a. Interligações para atender aos requisitos das funções tradicionais de supervisão e controle;

b. Interligações para atender aos requisitos do CAG.

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1.5.3.2 Informações requeridas para a supervisão do sistema elétrico


Os requisitos necessários ao sequenciamento de eventos são tratados em um item a parte.
Para cada equipamento da rede de operação, as seguintes informações de grandezas analógicas e
de sinalizações de estado devem ser transferidas para o SISTEMA de supervisão e controle do centro
de operação designado pelo ONS para coordenar a operação desse centro, conforme especificado a
seguir:
Medições analógicas
Todas as medições deverão ser feitas de forma individualizada e transferidas periodicamente aos
centros de operação.
O período de transferência deve ser parametrizável por centro, devendo os SISTEMAS ser
projetados para suportar períodos de aquisição de pelo menos 4 segundos e, em alguns casos, de
6(seis) segundos, períodos esses definidos em comum acordo entre o agente e o ONS.
As seguintes medições devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:
• 1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV de cada secção de barramento que
possa formar um nó elétrico ou, caso seja adotado o arranjo em anel, uma medição do módulo
de tensão fase-fase em kV nos terminais de cada equipamento que a ele se conectem (LINHAS
DE TRANSMISSÃO, transformadores/autotransformadores, etc.);
• A medição de tensão deve ser reportada ao ONS como sendo fase-fase, no entanto, este valor
pode ser obtido por cálculo a partir de uma medição fase-neutro;
• 1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV no ponto de conexão entre a LINHA DE
TRANSMISSÃO e a(s) compensação(ões) série, caso a instalação contemple compensação
série na(s) LINHA(S) DE TRANSMISSÃO;
• Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar em todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO;
• Corrente em uma das fases em ampere nos terminais de todas as LINHAS DE TRANSMISSÃO;
• 1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV de cada terminal de LINHA DE
TRANSMISSÃO;
• Potência trifásica ativa em MW e reativa em Mvar e corrente em uma das fases em ampéres de
todos os enrolamentos de transformadores/autotransformadores;
• Potência trifásica reativa em Mvar de todos os equipamentos de compensação reativa
dinâmicos, tais como compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis;
• Posição de tape de transformadores/autotransformadores equipados com comutadores sob
carga, desde que tecnicamente viável. Inviabilidade desse tipo, se constatada, deve ser
eliminada quando da substituição do transformador/autotransformador;
• 1 (uma) medição do módulo de tensão fase-fase em kV para
transformadores/autotransformadores, excetuando-se aquele na fronteira da rede de operação.
Esta medição deve ser no lado ligado à barra de menor potência de curto-circuito, geralmente o
de menor tensão, caso o ONS não explicite que seja no outro lado do
transformador/autotransformador.

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As seguintes informações analógicas, específicas a sistemas de transmissão de corrente contínua


(CC), devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:
• Corrente CC por pólo;
• Tensão CC por conversor e tensão CC por pólo (tanto no retificador como no inversor);
• Potência CC por pólo (tanto no retificador como no inversor);
• Corrente em ampere nos eletrodos de terra por bipolo;
• Nível de harmônico (mV) nos filtros;
• Limites de potência em vigência por conversor (função de temperatura, umidade, etc.).
Sinalização de estado
Devem ser considerados os estados referentes:
a. A todos os disjuntores e chaves utilizados nos barramentos e nas conexões de equipamentos
da rede de operação, aí incluídas as chaves de by pass. Esse requisito é aplicável tanto a
sistemas de geração e transmissão em corrente alternada quanto a sistemas de transmissão
em corrente contínua (incluindo filtros), sendo que, para os disjuntores, é necessário que a
sinalização seja acompanhada do selo de tempo.
b. Aos estados operacionais e alarmes dos equipamentos utilizados nos SISTEMAS especiais de
proteção. Se esses SISTEMAS tiverem atuações em instalações fora da rede de operação,
devem ser buscadas alternativas de monitoração, definidas em comum acordo entre o ONS e o
agente;
c. À indicação de atuação de disjuntores pela proteção ou por ação do operador;
d. Aos relés de bloqueio, com selo de tempo;
e. Ao estado operacional de dispositivos de controle de FACTS, tais como os power oscillation
dampers das compensações série de LINHAS DE TRANSMISSÃO;
f. Ao estado dos comutadores sob carga (em automático/manual/remoto);
g. Aos alarmes de temperatura de rotor e estator de compensadores síncronos;
h. Aos alarmes de temperatura de enrolamento e óleo de transformadores/autotransformadores e
reatores;
i. Ao estado operacional de UTR e SSCL subordinados a CD;
j. Às seguintes indicações de estado com selo de tempo, específicas de sistemas de transmissão
de corrente contínua, devem ser coletadas e transferidas para os centros de operação:
- Modo de controle da potência por pólo: síncrono ou assíncrono (potência ou corrente);
- Estados relativos ao controle de seqüência: partida e parada dos conversores (conjunto ou
separado);
- condição dos conversores (bloqueados/disponíveis);
- Estado dos sinais adicionais existentes tais como freqüência 60, estabilização 50, etc:
ligados/desligados;

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- Estado de operação em HMC (alto consumo de reativo) por pólo;


- Estado de operação por pólo: tensão normal ou tensão reduzida;
- Estado da operação do elo em paralleling control (paralelismo de pólos);
- Estação mestre (retificadora ou inversora);
- Rampa interrompida.
k. Aos seguintes alarmes, específicos de sistemas de transmissão de corrente contínua, que
devem ser coletados e transferidos para os centros de operação:
- alarme de detecção de baixa tensão de corrente alternada (CA);
- sobrecarga harmônica;
- alarme de número de filtros menor que mínimo (função da potência e número de
conversores por tipo de filtro (ordem harmônico).
Ainda com relação à sinalização de estado, devem-se observar os seguintes requisitos:
a. O SISTEMA de supervisão e controle da instalação ou a UTR ou o CD, se utilizado, deve estar
apto a responder a varreduras de integridade feitas pelo ONS, que podem ser periódicas, com
período parametrizável, tipicamente a cada 1 (uma) hora, sob demanda ou por evento, como por
exemplo, uma reinicialização dos recursos de supervisão e controle do ONS;
Os SSCL ou as UTR de cada instalação com equipamentos na rede de operação devem ser
capazes de armazenar o selo de tempo das sinalizações com uma exatidão melhor ou igual a 1
(um) ms, utilizando o relógio interno do SISTEMA que deve ter a exatidão especificada no item
“Requisitos gerais dos SISTEMAS de supervisão dos agentes”.
b. Todas as sinalizações devem ser reportadas por exceção.
c. Excepcionalmente, a critério do ONS, podem ser reduzidos os requisitos de abrangência da
supervisão de barramentos na fronteira da rede de operação e dos equipamentos a eles
conectados, tais como aqueles aplicáveis a barramentos de terciário de
transformadores/autotransformadores e a barramentos do lado de baixa de
transformadores/autotransformadores na fronteira da rede de operação.

1.5.3.3 Informações e telecomandos requeridos para o Controle Automático de Geração (CAG)


Caracterização dos centros de operação que recebem as informações
O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL (SIN) está dividido em áreas de controle de freqüência e
intercâmbio. Essas áreas são as redes de atuação dos centros de operação do ONS.
As informações de tempo real necessárias ao CAG devem ser enviadas, dependendo de sua
utilização, para um ou mais centros de operação do ONS, conforme abaixo descrito:
a. Centro de operação do ONS que controla o CAG da área a que pertence a instalação,
normalmente o centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da
instalação;
b. Centros de operação do ONS responsáveis pelo controle do CAG das áreas adjacentes à área do
centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação;

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c. Centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG da área sob responsabilidade do


centro de operação designado pelo ONS para coordenar a operação da instalação.
Informações requeridas pelo centro de operação que controla o CAG
As seguintes informações utilizadas pelo CAG devem ser coletadas e transmitidas para este centro
de operação:
a. Freqüência em Hz em barramentos designados pelo ONS em rotina específica;
b. Potência ativa trifásica em MW em todos os pontos de interligação com outras áreas de controle,
que pode ser totalizada por instalação e por área;
c. Outras de geração e usinas, que não se referem ao presente Anexo Técnico.
Informações requeridas pelo centro de operação controlador das áreas adjacentes.
As informações de potência ativa trifásica em MW em todos os pontos de interligação com outras
áreas de controle, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas nas
instalações de interligação e transmitidas para os centros de operação controladores das áreas
adjacentes.
Informações requeridas pelos centros de operação do ONS passíveis de assumir o CAG de uma ou
mais áreas que se interligam.
Para viabilizar as transferências de área de controle do CAG, o ONS identifica em rotina específica,
instalações em que as informações de potência ativa trifásica em MW nos pontos de interligação
indicados pelo ONS, que pode ser totalizada por instalação e por área, devem ser coletadas e
transmitidas para um ou mais centros de operação passíveis de assumir uma determinada área de
controle.

1.5.3.4 Telecomandos requeridos para o Controle Automático de Tensão


Pode ocorrer que, por razões sistêmicas, seja necessário o uso de CAT (Controle Automático de
Tensão pelo ONS). Os CAT são instalados em seus centros de operação, atuando via telecomando
em equipamentos tais como comutadores sob carga de transformadores/autotransformadores,
compensadores síncronos e compensadores estáticos controláveis, resguardado suas limitações
operativas declaradas pelos agentes.
Excluem-se das ações do CAT a energização e desenergização de equipamentos.

1.5.3.5 Requisitos de qualidade da informação


Exatidão da medição
Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe de precisão
garanta uma exatidão mínima de 1% e as demais de 2%. Tal exatidão deve englobar toda a cadeia
de equipamentos utilizados, tais como transformadores de corrente, de tensão, transdutores,
conversores analógico/digital, etc.
Idade do dado
Define-se como idade máxima do dado o intervalo de tempo máximo entre o instante de ocorrência
de seu valor na instalação (processo) e sua recepção no(s) centro(s) designado(s) pelo ONS.

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O tempo necessário para a chegada de um dado ao centro designado pelo ONS inclui o tempo de
aquisição do dado na instalação, processamento da grandeza e transmissão desse dado através dos
enlaces de comunicação até o centro.
A idade máxima de um dado analógico coletado para o CAG deve ser inferior à soma do tempo de
varredura adicionado de:
− 2 (dois) segundos em média;
− 5 (cinco) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média
de 2(dois) segundos.
A idade máxima para os demais dados analógicos deve ser inferior à soma do tempo de varredura
adicionado de:
− 4 (quatro) segundos em média;
− 10 (dez) segundos no máximo para algumas varreduras, desde que mantida a média
de 4(dois) segundos.
A idade máxima de um dado coletado por exceção deve ser inferior a 8(oito) segundos.
Estes requisitos não se aplicam à transmissão das informações de seqüência de eventos.
Banda morta e varredura de integridade.
Os protocolos que transmitem medições analógicas por exceção devem ter uma banda morta e
varredura de integridade definidas em comum acordo entre o ONS e o agente. As definições obtidas
nestes acordos não devem prejudicar a exatidão das medidas, conforme definido acima.
Enquanto um acordo formal não for firmado entre o ONS e o agente, a UTR e/ou SSCL devem ser
configurados com um valor inicial de banda morta de 0,1% do fundo de escala, ou do último valor lido
e deve suportar varreduras de integridade com períodos menores ou iguais a 30 (trinta) minutos.
Demais requisitos de qualidade para informações necessárias ao CAG.
O período de aquisição dessas grandezas pelos centros de operação do ONS deve estar de acordo
com os padrões exigidos pelos SISTEMAS de CAG dos centros de operação designados pelo ONS e
deve ser menor ou igual a 2 (dois) segundos.
Todas as medições devem ser obtidas da mesma fonte, de tal forma que se garanta que todos os
SISTEMAS as recebam exatamente iguais, mesmo que transmitidas para diferentes centros de
operação e em diferentes enlaces e protocolos.

1.5.3.6 Parametrizações
Todos os períodos de aquisição acima especificados devem ser parametrizáveis, e os valores
apresentados se constituem em níveis mínimos.

1.5.4 REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS

1.5.4.1 Informações requeridas para o sequenciamento de eventos


Sempre que o equipamento dispuser das proteções abaixo citadas, as seguintes informações devem
ser coletadas pelo agente proprietário do equipamento e transferidas para o ONS conforme a
classificação do evento nos grupos:

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(a) Grupo “A”: compreende os eventos que devem ser enviados diretamente para o ONS, em tempo
real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de
supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 1.7.3.1 “Interligação de dados”;
(b) Grupo “B”: compreende os eventos que devem ser enviados de forma agrupada para o ONS, em
tempo real, através das mesmas interligações de dados utilizadas para atender aos requisitos de
supervisão e controle, conforme conceituação feita no item 1.7.3.1 “Interligação de dados”. Os
eventos disponíveis na instalação do agente na forma individualizada devem ser enviados para o
ONS, quando solicitados por este, através de meio eletrônico, em até 24 (vinte e quatro) horas;
(c) Grupo “C”: compreende os eventos que devem estar disponíveis na instalação do agente e ser
enviados para o ONS, quando solicitados por este, através de meio eletrônico, em até 24 (vinte e
quatro) horas.

1.5.4.2 Transformadores e autotransformadores:


(a) Grupo “A”:
Disparo dos relés de bloqueio.
(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:
(1) “Atuação da proteção do transformador - Função sobrecorrente”
(i) atuação da proteção de sobrecorrente do comutador sob carga;
(ii) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro (por enrolamento).
(2) “Atuação da proteção do transformador - Função sobretemperatura”
(i) disparo por sobretemperatura do óleo;
(ii) disparo por sobretemperatura do enrolamento.
(3) “Atuação da proteção do transformador – Outras funções”
(i) disparo da proteção de gás;
(ii) disparo da proteção de sobretensão de seqüência zero para o enrolamento terciário
em ligação delta;
(iii) disparo da válvula de alívio de pressão;
(iv) disparo da proteção de gás do comutador de derivações;
(v) disparo da proteção diferencial (por fase).

1.5.4.3 Reatores:
(a) Grupo “A”:
Disparo dos relés de bloqueio.
(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem:
(1) “Atuação da proteção do reator – Função sobretemperatura”
(i) disparo da proteção de sobretemperatura do óleo;
(ii) disparo da proteção de sobretemperatura do enrolamento.

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(2) “Atuação da proteção do reator – Outras funções”


(i) disparo da proteção de gás;
(ii) disparo da válvula de alívio de pressão;
(iii) disparo da proteção diferencial (por fase);
(iv) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.5.4.4 Bancos de capacitores:


(a) Grupo “A”:
(1) disparo da proteção de sobretensão;
(2) disparo dos relés de bloqueio.
(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem
“Atuação da proteção dos bancos de capacitores – Outras funções”
(1) disparo da proteção de desequilíbrio de neutro;
(2) disparo da proteção de sobrecorrente de fase e neutro.

1.5.4.5 Linhas de transmissão:


(a) Grupo “A”:
(1) disparo por sobretensão;
(2) atuação da lógica de bloqueio por oscilação de potência;
(3) disparo da proteção para perda de sincronismo;
(4) atuação do relé de bloqueio de recepção permanente de transferência de disparo;
(5) disparo do relé de bloqueio de linha subterrânea.
(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem
“Atuação da proteção da linha de transmissão – Outras funções”
(1) disparo da proteção principal de fase;
(2) disparo da proteção alternada de fase;
(3) disparo da proteção principal de neutro;
(4) disparo da proteção alternada de neutro;
(5) transmissão de sinal de desbloqueio/bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;
(6) transmissão de sinal de transferência de disparo da teleproteção;
(7) recepção de sinal de desbloqueio/bloqueio ou sinal permissivo da teleproteção;
(8) disparo por recepção de sinal de transferência de disparo da teleproteção;
(9) atuação da lógica de bloqueio por perda de potencial;
(10) disparo da 2ª zona da proteção de distância;
(11) disparo da 3ª zona da proteção de distância;

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(12) disparo da 4ª zona da proteção de distancia;


(13) disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro temporizada;
(14) disparo da proteção de sobrecorrente direcional de neutro instantânea.
(c) Grupo “C”:
(1) partida da proteção principal de fase (por fase), nos casos em que o disparo da proteção
de fase não indique a(s) fase(s) defeituosas;
(2) partida da proteção alternada de fase (por fase), nos casos em que o disparo da proteção
de fase não indique a(s) fase(s) defeituosas;
(3) partida da proteção principal de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da proteção
não indique a fase defeituosa;
(4) partida da proteção alternada de neutro (por fase), nos casos em que o disparo da
proteção não indique a fase defeituosa;
(5) partida do religamento automático.

1.5.4.6 Barramentos:
(a) Grupo “A”:
(1) disparo da proteção de sobretensão;
(2) disparo dos relés de bloqueio.
(b) Grupo “B”: Agrupamento dos eventos abaixo relacionados para gerar uma única mensagem
“Atuação da proteção diferencial do barramento”
Atuação da proteção diferencial (por fase).

1.5.4.7 Disjuntores:
(a) Grupo “A”:
(1) mudança de posição;
(2) disparo da proteção de falha do disjuntor;
(3) disparo dos relés de bloqueio.
(b) Grupo “C”:
(1) disparo da proteção de discordância de pólos;
(2) alarme de fechamento bloqueado;
(3) alarme de abertura bloqueada;
(4) alarme de sobrecarga do disjuntor central.

1.5.4.8 Sistemas Especiais de Proteção – SEP (ECS, ECE e ERAC):


(a) Grupo “A”:
Todos os disparos e alarmes.

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1.5.4.9 Requisitos de qualidade dos eventos


Resolução do selo de tempo
Entende-se como resolução a capacidade de discriminar eventos ocorridos em tempos distintos.
Exatidão do selo de tempo
Entende-se como exatidão o grau de aproximação do selo de tempo ao tempo absoluto de ocorrência
do evento.
Requisitos
As UTR ou os SISTEMAS de supervisão e controle das instalações devem ser capazes de armazenar
informações para o seqüenciamento de eventos com uma resolução entre eventos menor ou igual a 5
(cinco) ms. A exatidão do selo de tempo associado a cada evento deve ser menor ou igual 1 (um) ms.
Valores de resolução e/ou de exatidão menores que esse podem ser estabelecidos pelo ONS em
conjunto com os agentes, desde que venha a ser comprovada a sua viabilidade no tocante à
disponibilidade de recursos tecnológicos a custos adequados.
A base de tempo utilizada para o registro da seqüência de eventos deve ser o relógio de tempo da
UTR/SSCL, cujas características são apresentadas no item 1.5.2.1-“Requisitos Gerais”.
A relação de eventos apresentada anteriormente deste documento está baseada numa filosofia de
proteção padrão. Os agentes podem utilizar diferentes filosofias e tecnologias, desde que atendam ao
disposto nos requisitos de proteção. Cabe ao agente mapear, sempre que aplicável, os eventos aqui
apresentados com aqueles efetivamente implementados na instalação. Cabe também ao agente a
implementação de processamentos e/ou combinação de sinais na instalação que venham a ser
necessários para a disponibilidade dos sinais aqui requeridos.

1.5.5 ARQUITETURA DE INTERCONEXÃO COM O ONS


A supervisão e controle é um dos pilares da operação em tempo real do sistema elétrico, estando hoje,
na região de Atibaia II, estruturada em um sistema hierárquico com SISTEMAS de supervisão e
controle instalados em dois Centros de Operação do ONS, quais sejam:
• Centro Regional de Operação Sul – COSR-S;
• Centro Nacional de Operação do Sistema Elétrico - CNOS.
Esta estrutura é apresentada de forma simplificada, para fins meramente ilustrativos, na figura a seguir,
sendo que a TRANSMISSORA deverá prover as interconexões de dados entre o Centro de Operação
do ONS (exceto o CNOS) e cada um dos SISTEMAS de supervisão das subestações envolvidas,
devidamente integrados aos existentes.

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Figura 4 – Arquitetura de interconexão com o ONS.

Observa-se na figura acima que a interconexão com o Centro do ONS, para o atendimento aos
requisitos de supervisão e controle dos equipamentos da subestação Missões, em 230/69 kV, se dá
através das seguintes interligações de dados:.
• Interconexão com o centro Centro Regional de Operação Sul (COSR-S).

Alternativamente, a critério da TRANSMISSORA, a interconexão com os Centros do ONS poderá se


dar por meio de um centro de operação próprio da TRANSMISSORA ou contratado de terceiros,
desde que sejam atendidos os requisitos descritos para supervisão e controle e telecomunicações.
Neste edital, este centro é genericamente chamado de “Concentrador de Dados”. Neste caso, a

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estrutura dos centros apresentada na figura anterior seria alterada com a inserção do concentrador
de dados num nível hierárquico situado entre as instalações e os COSR-S do ONS e, portanto,
incluído no objeto desta licitação.
A figura a seguir ilustra uma possível configuração.

Figura 5 – Arquitetura alternativa de interconexão com o ONS

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1.5.6 ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE TRANSMISSÃO


Na implantação de nova subestação decorrente de seccionamento de LINHA DE TRANSMISSÃO com
a inclusão de novas entradas de linha devem-se adequar os sistemas de supervisão das entradas de
linha existentes nas subestações de Santo Ângelo e São Borja 2, da CEEE-GT, conforme requisitos
apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à
Rede de Operação”. Todos os equipamentos a serem instalados devem ser supervisionados segundo
a filosofia adotada pela CONCESSIONÁRIA DE TRANSMISSÃO de tais subestações, devendo esta
supervisão ser devidamente integrada aos SISTEMAS de supervisão e controle já instalados nestas
subestações.
Adicionalmente, o agente de transmissão concessionário da nova instalação deve prover ao centro de
operação da CEEE-GT, responsável pela operação e manutenção da LT seccionada Santo Ângelo –
São Borja 2, a supervisão remota referente à entrada da LT na nova subestação, conforme requisitos
apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à
Rede de Operação”.

1.5.7 REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DAS INSTALAÇÕES (SUBESTAÇÕES)


COMPARTILHADAS DA REDE DE OPERAÇÃO.
Qualquer agente que compartilhe de uma instalação (subestação) existente deve fornecer os recursos
adicionais mencionados a seguir, ao agente proprietário da subestação.
O agente de transmissão concessionário da nova instalação deve prover aos centros de operação do
agente concessionário de subestações existentes, a supervisão remota dos equipamentos que venham
a ser instalados, conforme requisitos apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e
Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”, com exceção dos requisitos para CAG
e controle de tensão. Em adição à supervisão remota, todos os equipamentos a serem instalados
devem ser supervisionados em nível local segundo a filosofia adotada pela CONCESSIONÁRIA DE
TRANSMISSÃO de tais subestações, devendo esta supervisão ser devidamente integrada aos
SISTEMAS de supervisão e controle já instalados nestas subestações.
A arquitetura e os requisitos básicos dos SISTEMAS Digitais de Supervisão e Controle (SDSCs) das
EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS DE TRANSMISSÃO das subestações são apresentados nos
documentos “Relatórios das Características e Requisitos Básicos das Instalações”, item 2.2, referentes
a estas subestações.
Na eventualidade do sistema da TRANSMISSORA entrar em operação antes da instalação dos SDSCs
em implantação nas Subestações existentes, o mesmo deverá ser projetado para operação
independente e prevendo posterior integração aos referidos SDSCs.
O agente de transmissão é responsável pela instalação e operacionalização de todos os equipamentos
e SISTEMAS necessários para viabilizar estas interligações de dados.
O protocolo adotado para comunicação com o centro de operação do concessionário da subestação
deve ser configurado conforme determinado pelo concessionário proprietário da subestação.
Alternativamente à instalação de novos recursos de supervisão e controle, o agente de transmissão,
mediante prévio acordo com os agentes concessionários das instalações existentes, poderá optar pela
expansão dos recursos de supervisão e controle disponíveis, desde que atendidos todos os requisitos
de supervisão e controle.

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O agente de transmissão deve prever testes de conectividade entre o SSCL/UTR e o SISTEMA de


supervisão e controle do centro de operação do agente concessionário da subestação, de forma a
garantir a coerência das bases de dados deste SISTEMA e o perfeito funcionamento dos protocolos
utilizados.

1.5.8 AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

1.5.8.1 Geral
Os recursos de supervisão e controle fornecidos pelos agentes ao ONS, para atender aos requisitos
apresentados neste edital, devem ter sua disponibilidade e qualidade medidas pelo ONS, na fase
operacional, através dos conceitos e critérios estabelecidos a seguir.
A avaliação destes recursos será feita por UTR, SSCL, CD e agente, conforme estabelecido e com
base na disponibilidade e a qualidade dos recursos de supervisão e controle por ele fornecidos, de
acordo com o centro de operação designado pelo ONS, incluindo os equipamentos de interface com
os SISTEMAS de comunicação.
Esta avaliação será feita através de índices agregados por UTR, CD e por agente, de forma
ponderada pelo número recursos implantados e liberados para a operação em relação ao número
total que deveriam ser disponibilizados, se aplicados os critérios apresentados neste Edital.
Não serão computados nos índices os tempos de indisponibilidade causados por:
a. Indisponibilidade de equipamentos nos centros de operação do ONS;
b. Atividades de aprimoramento constantes do plano de adequação das instalações dos agentes
apresentado ao ONS, plano este definido conforme estabelecido nas disposições transitórias;
c. Atualizações e instalação de hardware ou software nas UTR ou nos CD dos agentes, desde que
sejam programados e aprovados com antecedência junto ao ONS;
d. Atualizações ou instalação de hardware e software para melhoria de segurança no enlace de
comunicação entre UTR ou CD e o Centro designado pelo ONS, desde que sejam programadas e
aprovadas com antecedência junto ao ONS;
e. Manutenções autorizadas pelo ONS no equipamento elétrico associado ao recurso de supervisão
e controle.
São mostrados a seguir os conceitos de indisponibilidade e qualidade que serão considerados na
fase operacional de utilização dos recursos de supervisão e controle.

1.5.8.2 Conceito de indisponibilidade de recursos de supervisão e controle


Uma informação de quaisquer dos tipos especificados no subitem “Requisitos para a Supervisão e
Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação” deste anexo, será considerada
indisponível sempre que:
- O recurso não estiver instalado ou não estiver liberado para a operação;
- Uma UTR ou um SSCL estiver fora de serviço ou sem comunicação;
- Um CD, quando utilizado, estiver fora de serviço ou sem comunicação.
- Um ponto de controle qualquer é dito indisponível sempre que o ONS detectar falha de atuação
do mesmo;

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- Todos os pontos subordinados a um SSCL ou a uma UTR de uma instalação são declarados
indisponíveis sempre que ocorrer ausência de resposta de tal SISTEMA às solicitações do(s)
centro(s) de operação do ONS ou de um CD, se utilizado. Adicionalmente, no caso de utilização
de CD, todos os pontos subordinados ao concentrador são declarados indisponíveis quando o CD
deixar de responder às solicitações do ONS;
- O indicador de qualidade sinalizar informação sob entrada manual pelo agente;
- O indicador de qualidade sinalizar informação fora de varredura.

1.5.8.3 Conceito de qualidade dos recursos de supervisão e controle


Considera-se que uma informação de qualquer dos tipos especificados no subitem “Requisitos para a
Supervisão e Controle de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”, deste anexo, viola
critérios de qualidade quando:
- Tratando-se de informações analógicas, a informação violar um dos seus limites de escala;
- Uma informação estiver comprovadamente inconsistente;
- A informação violar os requisitos de idade do dado.

1.5.9 REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE
Os requisitos aqui apresentados se aplicam a todos os equipamentos cuja supervisão e telecontrole
sejam objeto de telessupervisão pelo ONS.

1.5.9.1 Requisitos de cadastramento de equipamentos


É de responsabilidade dos agentes com equipamentos na rede de supervisão fornecer as
informações cadastrais descritivas para a configuração das bases de dados dos centros de operação
do ONS, incluindo informações sobre:
- Equipamentos e instalações do sistema eletro energético;
- Equipamentos de supervisão e controle, tais como organização de pontos por remotas,
configurações de protocolos de comunicação etc.
As informações apresentadas devem ter exatidão compatível com a requerida pelas aplicações dos
SISTEMAS de supervisão e controle, exatidão essa normalmente não requerida na fase de estudos
do planejamento de AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA e reforços, daí a necessidade de os agentes
as atualizarem em conformidade com o estabelecido, cujo escopo é a rede de supervisão e não
apenas a REDE BÁSICA.
Para novas instalações e AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA, as informações devem ser
encaminhadas ao ONS com antecedência de até 30 (trinta) dias em relação à entrada em operação
dos equipamentos, para que a(s) base(s) de dados do(s) SISTEMA(S) de supervisão do(s) centro(s)
de operação do ONS possa(m) ser atualizada(s) e testada(s) em tempo hábil.
Para as instalações existentes, sempre que sejam programadas alterações que modifiquem algum
dos dados cadastrais aqui especificados – tais como alteração de relação de
transformadores/autotransformadores, alteração de parâmetros de transformador de corrente (TC),
etc., essas alterações devem ser informadas ao ONS com antecedência de pelo menos 5 (cinco) dias
úteis.

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As informações cadastrais descritivas dos equipamentos são detalhadas em rotina específica,


elaboradas em comum acordo com os agentes, que devem incluir:
a. Parâmetros descritivos de LINHAS DE TRANSMISSÃO, aí incluídas a impedância série e a
susceptância, segundo o modelo π, bem como a corrente máxima em ampere e a potência
máxima em MVA;
b. No caso de ramais de LINHA DE TRANSMISSÃO, além dos dados acima, a posição do ramal na
LINHA DE TRANSMISSÃO, expressa em quilômetros;
c. Latitude e longitude de todas as instalações e torres de LINHAS DE TRANSMISSÃO e de ramais
de LINHA DE TRANSMISSÃO, como forma de viabilizar a elaboração de diagramas geográficos
do sistema elétrico;
d. Capacidade nominal em Mvar e a tensão nominal, de todos os equipamentos estáticos de suporte
de reativo que venham a ser utilizados, como capacitores, reatores, etc.;
e. Valor mínimo e máximo de suporte de reativo em Mvar, tensão nominal em kV para os geradores
e compensadores síncronos;
f. Curvas de capabilidade de geradores;
g. Para cada um dos enrolamentos (primário, secundário e terciário) de cada
transformador/autotransformador:
- Corrente nominal;
- Tensão nominal em kV;
- Potência aparente nominal em MVA;
- Reatância indutiva em porcentagem (primário-secundário, primário-terciário e secundário-
terciário);
- Tensão base (KV) e potência base (MVA), utilizadas para o cálculo das reatâncias indutivas
em percentagem acima especificadas;
- Adicionalmente, para cada transformador/autotransformador, deve ser informado o lado do
transformador/autotransformador onde está instalado o comutador sob carga, se utilizado, e a
respectiva tabela de derivação, informada em kV e em porcentagem, sendo que toda vez que
for alterada a posição do tape fixo, deve ser fornecida relação das novas posições variáveis
dos tapes do transformador/autotransformador;
h. Impedância série de capacitores série, se utilizados;
i. Relação, compatível com os requisitos de supervisão e controle aqui apresentados, dos pontos de
medição, telessinalização, controle, SOE, e das informações para a supervisão hidrológica que
trafegam na interconexão (ou interconexões) como o(s) SISTEMA(S) de supervisão e controle do
ONS num formato compatível com o protocolo adotado para a interconexão. Essa relação é
organizada por SSCL ou UTR e CD, se utilizados.
j. Quando apropriado, no caso de interligação de dados direta com UTR, parâmetros que permitam a
conversão para valores de engenharia dos dados recebidos e enviados pelo centro de operação;
k. Sempre que aplicáveis, limites de escala, superior e inferior, para todos os pontos analógicos
supervisionados;

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1.5.9.2 Requisitos para teste de conectividade da(s) interconexão(ões) e testes ponto a ponto
Todos os agentes com equipamentos com telessupervisão pelo ONS devem prever testes de
conectividade entre os seus SSCL, UTR e o(s) SSCL do(s) centro(s) de operação designado(s) pelo
ONS.
Além do teste da conectividade, devem ser previstos testes ponto a ponto da nova instalação ou
AMPLIAÇÃO DA REDE BÁSICA com o(s) centro(s) do ONS, conforme programação a ser
previamente acordada com o ONS, de forma a garantir a coerência das bases de dados desses
SISTEMAS e o perfeito funcionamento dos protocolos utilizados. Estes testes devem ser efetuados
entre o SSCL/UTR, da instalação de origem dos dados, e o SSC do centro designado pelo ONS.
Os testes devem ser programados de comum acordo entre o agente e o ONS, observando-se que:
a. Para novas instalações ou AMPLIAÇÕES DA REDE BÁSICA, devem estar concluídos pelo
menos 5 (cinco) dias úteis antes da operacionalização da instalação/AMPLIAÇÃO DA REDE
BÁSICA;
b. Sempre que as alterações modificarem o conjunto de informações armazenadas na base de
dados do ONS, esses testes devem ser programados em comum acordo entre o agente e o ONS,
devendo estar concluídos pelo menos 2 (dois) dias úteis antes da operacionalização da alteração.

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1.6 REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

1.6.1 REQUISITOS GERAIS


Para as novas INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, bem como para as entradas de linha em 230 kV
da Subestação Missões, devem ser previstos Registradores Digitais de Perturbações – RDP com
configuração de canais de entradas analógicas e entradas digitais suficientes para permitir o completo
monitoramento e registro, de acordo com os requisitos mínimos descritos a seguir.

Para monitoramento dos vãos das linhas de transmissão 230 kV Santo Ângelo - Missões e Missões –
São Borja 2, devem ser previstos nas subestações Santo Ângelo e São Borja 2, Registradores Digitais
de Perturbações – RDP ou expansão dos RDP existentes, de acordo com os requisitos mínimos
descritos a seguir.

1.6.2 REQUISITOS FUNCIONAIS


Os SISTEMAS de registro de perturbações devem atender aos seguintes requisitos:
- Ser implementado por equipamentos independentes dos demais SISTEMAS DE PROTEÇÃO ou
supervisão (stand alone);
- Amostrar continuamente as grandezas analógicas e digitais supervisionadas (dados da
perturbação). As amostras mais antigas devem ser sucessivamente substituídas por amostras mais
recentes, num buffer circular;
- Disparar o registro da perturbação por variações das grandezas analógicas e digitais em qualquer
dos canais supervisionados, de forma livremente configurável;
- Transferir automaticamente os dados relativos à perturbação do buffer circular, quando houver
disparo para registro de uma perturbação, e arquivá-los na memória do próprio registrador. Durante
a fase de armazenamento dos dados da perturbação, o registrador deve permanecer amostrando
as grandezas analógicas e digitais, de forma a não perder nenhum evento;
- Interromper o registro de uma perturbação só depois de cessada a condição que ocasionou o
disparo e transcorrido o tempo de pós-falta ajustado. Se, antes de encerrar o tempo de registro de
uma perturbação, ocorrer nova perturbação, o registrador deve iniciar novo período de registro sem
levar em conta o tempo já transcorrido da perturbação anterior;
- Registrar, para cada perturbação, no mínimo 160 ms de dados de pré-falta e ter tempo de pós-falta
ajustável entre 100 e 5000 ms;
- Ter filtragem anti-aliasing e taxa de amostragem tal que permitam o registro nos canais analógicos
de componentes harmônicas até a 15ª ordem (freqüência nominal de 60 Hz);
- Registrar dia, mês, ano, hora, minuto, segundo e milissegundo de cada operação de registro;
- Ter relógio de tempo interno sincronizado por meio de receptor de sinal de tempo do GPS, de
forma a manter o erro máximo da base de tempo inferior a 1 ms;
- O erro de tempo entre a atuação de qualquer sinal numa entrada digital e o seu registro não pode
ser superior a 2 ms;
- O tempo de atraso da amostragem entre quaisquer canais analógicos não pode ser superior a 1
grau elétrico, referido à freqüência de 60 Hz;

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- Ter memória suficiente para armazenar dados referentes a, no mínimo, 30 perturbações com
duração de 5 s cada, para o caso em que várias faltas consecutivas disparem o registrador;
- Ter porta de comunicação para a transferência dos registros de perturbação do RDP; e
- Ser dotado de automonitoramento e autodiagnóstico contínuos.

1.6.3 REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS AGENTES


A arquitetura da rede de comunicação e o modo de transferência dos arquivos dos RDP para
concentradores locais ou concentrador central devem ser definidos pelo agente proprietário da
instalação.
Se o SISTEMA de coleta realizar a transferência automática dos registros, deve ser prevista uma
opção que permita a desativação do modo de transferência automática e a subseqüente ativação de
modo de transferência seletiva.

1.6.4 REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

1.6.4.1 Terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO com tensão nominal igual ou superior a 345 kV
As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
- Três correntes da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e corrente residual);
- Três tensões da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e a tensão residual);

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:


- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA PRINCIPAL de fases;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA PRINCIPAL de fases;
- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA ALTERNADA de fases;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA ALTERNADA de fases;
- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA PRINCIPAL de neutro;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA PRINCIPAL de neutro;
- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA ALTERNADA de neutro;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA ALTERNADA de neutro;
- Desligamento pela PROTEÇÃO PRINCIPAL de sobretensão;
- Desligamento pela PROTEÇÃO ALTERNADA de sobretensão;
- Desligamento pela proteção de perda de sincronismo;
- Recepção de sinais de teleproteção;
- Transmissão de sinais de teleproteção;
- Atuação de bloqueio por oscilação de potência;
- Atuação de religamento automático;
- Atuação do esquema de falha de disjuntor;
- Desligamento pela proteção de barras, quando houver.

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Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:


a. Alteração do estado dos canais digitais, originados pelas proteções supervisionadas;
b. Sobrecorrente nas fases monitoradas;
c. Sobrecorrente residual;
d. Subtensão nas fases monitoradas; e
e. Sobretensão residual.

1.6.4.2 Terminais de LINHA DE TRANSMISSÃO com tensão nominal inferior a 345 kV


As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
- Três correntes da LINHA DE TRANSMISSÃO LT (três fases ou duas fases e corrente residual);
- Três tensões da LINHA DE TRANSMISSÃO (três fases ou duas fases e a tensão residual);

Para os SISTEMAS DE PROTEÇÕES de LINHA DE TRANSMISSÃO cujas tensões são alimentadas


por transformadores de potencial instalados em barras, as tensões de duas das três fases e a tensão
residual do barramento devem ser supervisionadas, para cada barramento.
As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:
- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de fases;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de fases;
- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de neutro;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de neutro;
- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA de sobretensão;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de sobretensão;
- Recepção de sinais de teleproteção;
- Transmissão de sinais de teleproteção;
- Atuação de bloqueio por oscilação de potência;
- Atuação de religamento automático;
- Atuação do esquema de falha de disjuntor;
- Desligamento pela proteção de barras, quando houver.

Os registros devem ser realizados para as seguintes condições:


a. Alteração do estado dos canais digitais, originados pelas proteções supervisionadas;
b. Sobrecorrente nas fases monitoradas;
c. Sobrecorrente residual;
d. Subtensão nas fases monitoradas; e
e. Sobretensão residual.

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1.6.4.3 Barramentos
Se o barramento tiver transformadores de potencial instalados nas barras e utilizados para
alimentação de relés de proteção, as seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas,
por barramento:
- Três tensões do barramento (três fases ou duas fases e a tensão residual).

A seguinte grandeza digital deve ser supervisionada:


- Desligamento pela proteção diferencial.

1.6.4.4 Autotransformadores cujo nível mais alto de tensão nominal é igual ou superior a 345 kV
As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
- Correntes das três fases do lado de AT;
- Correntes de três fases para cada um dos demais enrolamentos, no caso de transformadores de
três enrolamentos e transformadores ou autotransformadores de interligação;

- Correntes de seqüência zero para cada ponto de aterramento.

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:


- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA PRINCIPAL;
- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA ALTERNADA;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA PRINCIPAL;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA ALTERNADA;
- Desligamento pelas proteções de neutro principal;
- Desligamento pelas proteções de neutro alternada;
- Desligamento pelas PROTEÇÕES INTRÍNSECAS

1.6.4.5 Transformadores/autotransformadores cujo nível mais alto de tensão nominal é inferior a 345 kV
As seguintes grandezas analógicas devem ser supervisionadas:
- Correntes das três fases do lado de AT;
- Correntes de três fases para cada um dos demais enrolamentos, no caso de transformadores de
três enrolamentos e transformadores/autotransformadores de interligação;
- Correntes de seqüência zero para cada ponto de aterramento.

As seguintes grandezas digitais devem ser supervisionadas:


- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA;
- Desligamento pelas proteções de neutro, para cada ponto de aterramento;

- Desligamento pelas PROTEÇÕES INTRÍNSECAS

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1.6.4.6 Reatores em derivação.


As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:
- Corrente das três fases;
- Corrente de seqüência zero.

Reatores conectados aos terciários de transformadores devem ter as seguintes grandezas analógicas
monitoradas:
- Corrente das três fases; e
- Tensão de seqüência zero do barramento terciário.

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:


- Desligamento pela PROTEÇÃO RESTRITA;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de fases;
- Desligamento pela PROTEÇÃO DE RETAGUARDA de neutro;
- Desligamento pelas PROTEÇÕES INTRÍNSECAS.

1.6.4.7 Bancos de capacitores em derivação


As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:
- Corrente das três fases do banco;
- Tensões fase-neutro das três fases do banco, caso não supervisionadas no barramento;
- Corrente ou tensão de desequilíbrio do banco.

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:


- Desligamento pela proteção de sobrecorrente instantânea;
- Desligamento pela proteção de sobrecorrente temporizada;
- Desligamento pela proteção de sobretensão;
- Desligamento pela proteção de desequilíbrio de corrente ou tensão.

1.6.4.8 Bancos de capacitores série


As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:
- Corrente das três fases do banco;
- Corrente do “gap” ou do Metal Oxide Varistor (MOV);
- Corrente de descarga para plataforma.

As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:


- Desligamento pela proteção de descarga para plataforma;
- Desligamento pela proteção de sobrecarga;
- Desligamento pela proteção de ressonância subsíncrona;
- Atuação da proteção de sobrecorrente do gap ou MOV.

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1.7 REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

1.7.1 REQUISITOS GERAIS


Como a subestação Missões, em 230/69 kV será conectada à Rede Básica do Sistema Interligado
Nacional mediante seccionamento da linha de transmissão de 230 kV Santo Ângelo – São Borja 2, de
propriedade da CEEE-GT, devem ser observadas no relatório mencionado no item 2.2 as
características dos sistemas de telecomunicações recomendadas.

1.7.1.1 Disponibilidade
• Serviço Classe A: disponibilidade igual ou superior a 99,98%, apurada mensalmente e tendo
como valor a média aritmética dos últimos 12 meses;
• Serviço Classe B: disponibilidade igual ou superior a 99,00%, apurada mensalmente e tendo
como valor a média aritmética dos últimos 12 meses;
• Serviço Classe C: disponibilidade igual ou superior a 95,00%, apurada mensalmente e tendo
como valor a média aritmética dos últimos 12 meses.

1.7.1.2 Qualidade
a. SISTEMAS Analógicos ou Mistos
Todos os serviços realizados sobre SISTEMAS de transmissão analógicos ou mistos (estes com
parte analógica e parte digital) devem obedecer aos valoras dos parâmetros a seguir:
• Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os lados das
conexões de voz:
- Lado de transmissão: -5,5 ± 0,5 dBr;
- Lado de recepção: -2,0 ± 0,5 dBr.
• Nível máximo aceitável de ruído na recepção: -40 dBmO.
• Relação sinal/ruído mínima: 40 dB.
• Taxa de erro máxima: 50 bits/milhão, sem código de correção de erro (circuitos de dados).
b. SISTEMAS Digitais
Todos os serviços realizados sobre SISTEMAS de transmissão puramente digitais devem
obedecer aos valores dos parâmetros a seguir:
• Níveis relativos nos pontos de entrada e saída analógicos, a 4 fios, em ambos os lados das
conexões de voz:
- Lado de transmissão: 0 ± 0,5 dBr;
- Lado de recepção: 0 ± 0,5 dBr.
• Requisito qualitativo dos circuitos: taxa de erro de bit, medida durante 15 minutos, igual a 0
(zero), para qualquer taxa de transmissão igual ou superior a 64 Kbps, em, pelo menos, uma
medida entre três realizadas.

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• No caso de uso de canais de voz com compressão, serão admitidas as subtaxas de 8 Kbps
(ITU-T G.729) e 16 Kbps (ITU-T G.728), desde que não sejam utilizadas mais do que três
seções com compressão em cascata.
• No caso de uso de redes para o provimento dos serviços:
- Latência (round trip): ≤ 140 ms;
- Variação estatística do retardo: ≤ 20 ms;
- Taxa de perda de pacotes: < 1%.
c. SISTEMA de Teleproteção
Para o SISTEMA de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das normas IEC 834-
1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.

1.7.1.3 SISTEMA de energia


O SISTEMA de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos deverá ter as
seguintes características:
- Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação;
- Dois bancos de baterias com autonomia total de no mínimo 12 horas, dimensionados para a
carga total de todos os equipamentos de telecomunicações instalados;
- No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar
acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de
exaustão de gases;
- As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o banco de
baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações;
- O SISTEMA de energia deverá estar dimensionado para uma carga adicional de pelo menos
30%.

1.7.1.4 Supervisão
Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente. Os alarmes e
eventuais medidas analógicas deverão ser apresentados nas instalações onde se encontram os
equipamentos e também permitir a transmissão para um Centro de Supervisão remoto.
Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e parametrização.

1.7.1.5 Infra-estrutura
A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos SISTEMAS de comunicações
devendo ser prevista toda a infra-estrutura necessária para implantação do SISTEMA de
telecomunicações, tais como: edificações, alimentação de corrente contínua, aterramento, bem como
qualquer outra infra-estrutura que se identificar necessária para o pleno funcionamento do SISTEMA de
telecomunicações.

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1.7.1.6 Índices de qualidade


A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de disponibilidade
dos serviços de comunicação de dados e voz que se interligam com o ONS e CEEE-GT.
Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de dados ou de voz
de interesse do ONS e/ou da CEEE-GT, a TRANSMISSORA deve manter entendimentos com o ONS
e/ou os Centros de Operação destes agentes, para obter a aprovação do serviço solicitado para data e
horário convenientes.

1.7.1.7 Contato técnico


A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar dos assuntos relacionados a
telecomunicações com o ONS e os demais agentes interligados.

1.7.2 REQUISITOS TÉCNICOS DE TELECOMUNICAÇÕES PARA A TELEPROTEÇÃO


Os equipamentos de teleproteção e telecomunicações para as funções de teleproteção devem ser
dedicados e atender as normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos graus de
severidade adequados para instalação em subestações de sistema elétrico de potência.
Os equipamentos de teleproteção devem ter chaves de testes que simulem o funcionamento do enlace
e ao mesmo tempo bloqueie a saída de comando para os relés de proteção a fim de que seja possível
realizar intervenção nesses equipamentos sem ser necessário desligar a LINHA DE TRANSMISSÃO. A
chave de testes pode ser substituída por software específico que simule os testes acima.
É admissível a utilização de comunicação direta relé a relé (por exemplo, por meio de fibra óptica ou
por canal multiplex de alta velocidade - a partir de 64 kbps), para a implementação dos esquemas de
teleproteção utilizando unidades de distância, desde que mantida a independência dos equipamentos
de comunicação da PROTEÇÃO PRINCIPAL E DA ALTERNADA.
A teleproteção, feita através de Onda Portadora sobre LINHA DE TRANSMISSÃO de Alta Tensão
(OPLAT), deve manter a confiabilidade e a segurança de operação em condições adversas de relação
sinal/ruído, sobretudo na ruptura ou curto circuito para terra de uma das fases da LINHA DE
TRANSMISSÃO utilizadas pelo SISTEMA OPLAT.
O SISTEMA de teleproteção deve manter a confiabilidade e segurança de operação em situações de
baixa relação sinal/ruído (canal analógico) ou erro na taxa de transmissão - BER (canal digital) acima
do especificado.
Caso o equipamento de teleproteção seja instalado em edificação distinta dos equipamentos de
telecomunicações (multiplex) ou a distância entre eles possa vir a comprometer a confiabilidade e
segurança da teleproteção, a interligação entre o equipamento de teleproteção e o equipamento de
telecomunicações (multiplex) deverá ser feita através de cabo óptico dielétrico com conversor eletro-
óptico nas extremidades.
No caso de secionamento de linha, com utilização de sistema OPLAT, a TRANSMISSORA deverá
verificar a freqüência adequada de modo a não provocar interferência nos sistemas de comunicação
existentes em operação.

1.7.2.1 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal igual ou superior a 345 kV

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Nos esquemas de teleproteção devem ser utilizados equipamentos de teleproteção e


telecomunicações independentes e redundantes para a PROTEÇÃO PRINCIPAL E ALTERNADA,
preferencialmente com a utilização de meios físicos de transmissão independentes, de tal forma que a
indisponibilidade de uma via de telecomunicação não comprometa a disponibilidade da outra via.
Cada equipamento de teleproteção deve ter o número de canais necessários para o correto
desempenho do esquema de teleproteção utilizado.
Os esquemas de transferência de disparo direto, em cada proteção, devem utilizar dois equipamentos
de teleproteção e de telecomunicações independentes. As saídas dos canais de transferência de
disparo dos dois equipamentos receptores de teleproteção (provenientes de cada um dos
equipamentos de telecomunicações) devem ser ligadas em série, de tal forma que ambos os
receptores devem receber o sinal antes de executar o comando de disparo para o relé de proteção.
Para situações de perda ou falha de um dos equipamentos de teleproteção ou de telecomunicações,
deve ser prevista lógica para executar o comando de disparo para o relé de proteção quando ocorrer a
recepção de sinal de disparo pelo equipamento que estiver em operação normal (lógica monocanal).
Os canais de transferência de disparo devem permanecer permanentemente acionados quando da
atuação de relés de bloqueio (quando da ocorrência de falha na abertura de disjuntores, atuação de
proteções de reatores, etc.) e temporariamente acionados quando atuados pelas proteções de LINHA
DE TRANSMISSÃO. O esquema de recepção deve ter meios para diferenciar os sinais de
transferência de disparo direto para os quais o religamento automático deve ser permitido, daqueles
para os quais o religamento não deve ser permitido.
Os equipamentos de teleproteção devem ser específicos para proteção, não compartilhados com
outras aplicações.
O tempo decorrido entre o envio do sinal em um terminal e seu recebimento no terminal oposto deve
ser menor que 15 ms, aí incluídos os tempos de operação dos relés auxiliares dos equipamentos de
teleproteção.
Deve ser previsto o registro de transmissão e recepção de sinais associados à atuação da teleproteção
no SISTEMA de registro de seqüência de eventos da instalação, visando a facilitar a análise de
ocorrências pós-distúrbios.

1.7.2.2 Teleproteção para LINHAS DE TRANSMISSÃO com tensão nominal inferior a 345 kV
O equipamento de teleproteção deve ter o número de canais necessários para o correto desempenho
do esquema de teleproteção utilizado e atender os demais requisitos definidos no subitem acima.

1.7.3 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ


A TRANSMISSORA deve prover serviços de telefonia para comunicação de voz, full duplex, com
sinalização sonora e visual para comunicação operativa do sistema elétrico em tempo real.

1.7.3.1 Entre subestações adjacentes


- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe B.
- Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de
telefonia comutada e apresentando, no mínimo, classe C.

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1.7.3.2 Com centro de operação local


Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado para
atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:
a. Entre o Centro de Operação Local e as subestações envolvidas
- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe B.
- Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via SISTEMA de
telefonia comutada e apresentando, no mínimo, classe C.
b. Entre o Centro de Operação Local e o Centro de Operação da CEEE-GT.
- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade
exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de
telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.
c. Entre o Centro de Operação Local e o Centro Regional de Operação Sul – COSR-S do ONS:
- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade
exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de
telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.7.3.3 Sem centro de operação local


Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado
para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:
a) Entre cada uma das subestações e os respectivos Centros de Operação da CEEE-GT:
- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade
exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de
telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.
b) Entre cada uma das subestações envolvidas e o Centro Regional de Operação Sul – COSR-S do
ONS:
- Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem comutação
telefônica) e apresentando, no mínimo, classe A. Em decorrência da alta disponibilidade
exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de
telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.7.3.4 Outros
Adicionalmente, deverá ser fornecido um SISTEMA de comunicação móvel (comunicação de voz) que
possa cobrir toda a extensão das LINHAS DE TRANSMISSÃO e as subestações envolvidas, para
apoio às equipes de manutenção em campo.
Para comunicação com os centros de operação do ONS e centros de operação dos demais agentes
com os quais se relaciona, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia comutada classe

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C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para suporte às atividades das
áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e apoio e coordenação dos serviços de
telecomunicações.
Para comunicação com o escritório central do ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de
telefonia comutada classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado para
suporte às atividades das áreas de planejamento e programação da operação.

1.7.4 REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS


Os serviços de comunicação de dados abaixo especificados devem ser dimensionados (quantidade
de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o carregamento imposto
pela transferência das informações especificadas e apresentar a disponibilidade e qualidade
conforme descrito neste edital. Cada circuito de comunicação de dados é formado pelo respectivo
canal de dados e associado às interfaces necessárias para permitir a comunicação de dados entre
dois pontos.

1.7.4.1 Serviços de comunicação de dados para supervisão e controle


Para a supervisão e controle pelo ONS e agentes interligados, deverão ser fornecidos os seguintes
serviços de comunicação de dados e atendendo a classe A. Em decorrência da alta disponibilidade
exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com recursos de telecomunicações
disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

1.7.4.2 Com centro de operação local


Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou contratado, devem
ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:
- Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e as subestações envolvidas;
- Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e os computadores de
comunicação dos Centros de Operação dos agentes Interligados;
- Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e o computador de
comunicação do Centro Regional de Operação Sul – COSR-S do ONS.

1.7.4.3 Sem centro de operação local


Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local, devem ser previstos os
seguintes serviços de comunicação de dados:
- Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro de Operação do
agente Interligado correspondente;
- Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro Regional de
Operação Sul – COSR-S do ONS.
Os serviços acima deverão ser independentes de qualquer outro serviço de comunicação de dados.

1.7.4.4 Recursos de comunicação de dados para a Rede de Registro de Perturbações


Para a aquisição de dados de registro de perturbação devem ser previstos dois ramais telefônicos
DDR (discagem direta ao ramal) e ligados a modem para conexão ao Concentrador Central de Dados

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de Registro de Perturbações da TRANSMISSORA ou diretamente aos RDP localizados nas


subestações envolvidas, para acesso pelo ONS ou outros Agentes autorizados.
Soluções alternativas que permitam o acesso via rede de dados poderão ser admitidas, uma vez
assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos circuitos acima
especificados.

1.7.4.5 Outros serviços de comunicação de dados


Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, planejamento da operação,
programação da operação, administração de serviços e encargos da transmissão e demais sistemas
de apoio disponibilizados pelo ONS para os agentes, a TRANSMISSORA deve dispor de meio de
acesso à Internet, dimensionado de forma a suportar o carregamento imposto pelo conjunto dessas
atividades, através de serviço de comunicação de dados classe B.
Soluções alternativas que permitam a comunicação via outros tipos de redes de dados poderão ser
admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de desempenho atribuídos aos
serviços acima especificados.

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1.8 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS DESSE


ANEXO TÉCNICO
Seja qual for a configuração proposta, básica ou alternativa, a TRANSMISSORA deve realizar, no
mínimo, os seguintes estudos:
• Fluxo de potência, rejeição de carga e energização na freqüência fundamental;
• Estudos de fluxo de potência nos barramentos das subestações;
• Estudos de transitórios de religamento e rejeição de carga;
• Estudos de transitórios de energização de linhas de transmissão e de transformadores;
• Estudos de tensão transitória de restabelecimento;
• Estudo de coordenação de isolamento das subestações.
Esses estudos devem demonstrar o atendimento ao estabelecido no documento de critérios da EPE,
nos relatórios de estudos indicados no subitem 2.1.1, e aos critérios e requisitos estabelecidos nesse
item.
A TRANSMISSORA deve certificar-se de que os parâmetros das linhas a serem avaliadas pelos
estudos de transitórios eletromagnéticos são aqueles definidos pelos estudos de coordenação de
isolamento das linhas elaborados pela TRANSMISSORA.
Ressalta-se que a TRANSMISSORA deve analisar também o ano de entrada em operação do
empreendimento, utilizando a base de dados disponibilizada pelo ONS e pela EPE em suas páginas
na Internet, www.ons.org.br e www.epe.gov.br, respectivamente.
Todos os estudos de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvidos na ferramenta ATP
(Alternative Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os casos base
de cada um desses estudos, no formato do programa ATP, em meio digital, para fins de registro na
base de dados de estudos.
A especificação do conjunto das características elétricas básicas dos diversos equipamentos
integrantes deste empreendimento deverá levar em conta os resultados dos estudos supra
mencionados.
1.8.1 TENSÃO OPERATIVA
A tensão eficaz entre fases de todas as barras do sistema interligado, em todas as situações de
intercâmbio e cenários avaliados, deve situar-se na faixa de valores listados na Tabela 8, que se
refere às condições operativas normal (regime permanente) e de emergência (contingências simples
em regime permanente nos estudos que definiram a configuração básica ou alternativa).
TABELA 8 - TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL (KV)

Condição Condição operativa de emergência


Nominal operativa normal
Barras com carga Demais barras

230 218 a 242 218 a 242 207 a 242


345 328 a 362 328 a 362 311 a 362

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Condição Condição operativa de emergência


Nominal operativa normal
Barras com carga Demais barras
500 500 a 550 500 a 550 475 a 550

1.8.2 CRITÉRIOS PARA AS CONDIÇÕES DE MANOBRA ASSOCIADOS ÀS LINHAS DE TRANSMISSÃO


Nos estudos de manobra associados a linhas de transmissão deve-se observar os limites de
suportabilidade de sobretensão dos equipamentos associados e a capacidade de absorção de
energia dos pára-raios envolvidos.

1.8.2.1 Sobretensão admissível para estudos a 60 Hz


A máxima tensão em regimes permanente e dinâmico na extremidade das linhas de transmissão
após manobra (energização, religamento tripolar e rejeição de carga) deve ser compatível com a
suportabilidade dos equipamentos das subestações terminais, dos isolamentos das linhas e das
torres de transmissão.
A tensão dinâmica (tensão eficaz entre fases no instante imediatamente posterior à manobra dos
disjuntores) e a tensão sustentada (tensão eficaz entre fases nos instantes subseqüentes) devem
situar-se na faixa de valores constantes da Tabela 9 abaixo.
TABELA 9 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL NA EXTREMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO APÓS MANOBRA (KV)

Tensão nominal Tensão dinâmica Tensão sustentada


230 218 a 322 218 a 253
345 328 a 483 328 a 398
500 500 a 700 500 a 600

A TRANSMISSORA deve levar em conta, no dimensionamento dos equipamentos que se situam na


extremidade das linhas de transmissão que os mesmos possam ficar em vazio e sujeitos ao valor da
tensão sustentada estabelecido na Tabela 9 por até uma hora.

1.8.2.2 Energização das linhas de transmissão


A energização das linhas de transmissão deve ser viável em todos os cenários avaliados, atendido o
critério de tensão em condições operativas normais definido na Tabela 8.
Em particular, deve ser prevista a possibilidade de energização nos dois sentidos, considerando,
inclusive, o sistema degradado, por conta de possíveis manobras de recomposição.
Devem ser avaliadas energizações com e sem aplicação de defeito ao longo da linha, respeitando-se
o tempo de eliminação de falta de 100 ms.
Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de isolamento das
linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e
fase-fase admissíveis ao longo da LT.
Os pára-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia advinda da
manobra de energização.

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Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborados


pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em epigrafe, bem como as
características dos equipamentos de controle de sobretensões considerados nestes estudos.

1.8.2.3 Religamento tripolar das linhas de transmissão


Deve ser prevista a possibilidade de religamento tripolar, por ambos os terminais, em todas as linhas
de transmissão.
Deve ser avaliado o religamento com aplicação de defeito ao longo da linha, respeitando-se o tempo
de eliminação de falta de 100 ms.
Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de isolamento das
linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às máximas tensões fase-terra e
fase-fase admissíveis ao longo da LT.
Os pára-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia advinda da
manobra de religamento tripolar.
Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborados
pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em epigrafe, bem como as
características dos equipamentos de controle de sobretensões considerados nestes estudos.

1.8.2.4 Religamento monopolar


Deve ser prevista a possibilidade de religamento monopolar da linha de transmissão. Cabe à
TRANSMISSORA a viabilização técnica do religamento monopolar, conforme o seguinte
procedimento:
• Priorizar as soluções técnicas no sentido de garantir uma probabilidade adequada de sucesso na
extinção do arco secundário em tempos inferiores a 500 ms, de acordo com o critério
estabelecido no item 1.8.2.4 (a);
• Somente nos casos em que for demonstrada, por meio da apresentação de resultados de
estudos, a inviabilidade técnica de atender tal requisito, a TRANSMISSORA poderá optar pela
utilização do critério definido no item 1.8.2.4 (b), para tempos de extinção superiores a 500 ms;
• Quando só for possível a solução técnica para tempos mortos acima de 500 ms, devem ser
avaliadas, pela TRANSMISSORA, as implicações de natureza dinâmica para a Rede Básica,
advindas da necessidade de operar com tempos mortos mais elevados.
• A TRANSMISSORA deve evitar soluções que possam colocar em risco a segurança do sistema
elétrico, tais como a utilização de chaves de aterramento rápido em terminais de linha adjacentes
a unidades geradoras, onde a ocorrência de curtos-circuitos devidos ao mau funcionamento de
equipamentos e sistemas de proteção e controle possa causar severos impactos à rede;
• Todos os equipamentos associados, tais como disjuntores, bem como a proteção, o controle e o
nível de isolamento dos equipamentos, incluído o neutro de reatores em derivação, o espaço
físico e demais facilidades necessárias ao religamento monopolar devem ser providos, de forma
a permitir a sua implementação.
(a) Critério com Tempo Morto de 500 ms

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A Figura 4 deve ser utilizada para a avaliação da probabilidade de sucesso da extinção do arco
secundário. São considerados, como pontos de entrada, o valor eficaz do último pico da corrente
de arco secundário (em Ampères) e o valor do primeiro pico da tensão de restabelecimento
transitória (em kVp). Um religamento monopolar, para ser considerado como sendo de boa
probabilidade de sucesso para faltas não mantidas, deve ser caracterizado pelo par de valores
(V, I) localizado no interior da curva ilustrada na Figura 4.

Primeiro Pico da TRV (kV)

200

150

100 Zona de Provável


Extinção do Arco

50

0
0 10 20 30 40 50 60
Iarc(rms)

FIGURA 6 - CURVA DE REFERÊNCIA PARA ANÁLISE DA EXTINÇÃO DA CORRENTE DE ARCO SECUNDÁRIO, CONSIDERANDO-SE
TEMPO MORTO DE 500 MS

A TRANSMISSORA deve dimensionar os seus equipamentos de forma a tentar obter uma


corrente máxima de arco secundário de 50 A e com TRV, dentro da “zona provável de extinção”,
o que indica uma probabilidade razoável de sucesso na extinção do arco secundário.
A demonstração do atendimento deste critério deve ser oferecida pela TRANSMISSORA por
meio de estudos de transitórios eletromagnéticos, considerando, inicialmente, a não utilização de
quaisquer métodos de mitigação.
Caso estas simulações demonstrem a improbabilidade da extinção dos arcos secundários dentro
do tempo de 500 ms, novas simulações devem ser efetuadas, considerando a utilização de
métodos de mitigação. Apenas no caso dessas novas simulações demonstrarem não ser possível
atender o requisito da Figura 4, poderá a TRANSMISSORA optar pela utilização do critério
definido no item 1.8.2.4(b).
(b) Critério com Tempo Morto superior a 500 ms
Para avaliação do sucesso do religamento monopolar com tempo morto superior a 500 ms, deve
ser considerada a curva de referência da Figura 5, que relaciona o tempo morto necessário para

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a extinção do arco secundário com o valor eficaz do último pico da corrente de arco, da forma
proposta a seguir:
• A TRANSMISSORA deve refazer os estudos de transitórios de forma a viabilizar o menor
valor possível de corrente de arco, utilizando, inicialmente, apenas os meios de mitigação
convencionais. Caso estes não se mostrem suficientes, outros meios de mitigação poderão
ser considerados. Em qualquer caso, os tempos mortos a serem considerados nos ajustes
para definição do tempo para religamento do disjuntor devem ser aqueles definidos pela
curva da Figura 5 para a corrente encontrada;
• Nessa avaliação, devem ser consideradas, preferencialmente, soluções de engenharia que
não demandem equipamentos que requeiram fabricação especial;
Nos casos em que os tempos mortos definidos de acordo com a alínea a acima forem iguais ou
superiores a 1,75 segundos, a TRANSMISSORA deve avaliar a viabilidade técnica da adoção de
medidas de mitigação não usuais, tais como chaves de aterramento rápido, entre outras,
procurando o menor tempo morto possível, sem exceder 1,75 segundos.
Notas:
Quando da adoção de chaves de aterramento rápido a extinção do arco pode ocorrer mesmo
com correntes mais elevadas que as indicadas nesse critério. Nesse caso, a TRANSMISSORA
deve demonstrar a extinção do arco, de forma independente da Figura 5.
A adoção de solução que demande tempo morto superior a 500 ms fica condicionada à
demonstração, pela TRANSMISSORA, por meio de estudos dinâmicos, que a mesma não
compromete o desempenho do SIN.

FIGURA 7 – CURVA DE REFERÊNCIA - TEMPO MORTO PARA EXTINÇÃO DO ARCO SECUNDÁRIO X VALOR EFICAZ DA
CORRENTE DE ARCO SECUNDÁRIO, PARA TENSÕES ATÉ 765 KV
Os estudos de religamento monopolar têm por objetivo não apenas avaliar a extinção do arco

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secundário, mas também prover as informações necessárias ao correto dimensionamento do


isolamento do neutro do reator de linha, nos casos em que for necessária a utilização de um reator
de neutro.
Dessa forma, deve também ser apresentada pela TRANSMISSORA a simulação no tempo (com o
programa ATP), considerando toda a seqüência de eventos, com o tempo de eliminação de falta de
100 ms.
As simulações devem identificar as solicitações de dissipação de energia nos pára-raios de linha e
nos pára-raios do reator de neutro, quando for o caso.
Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos, elaborado
pela TRANSMISSORA deve levar em conta os resultados desses estudos.

1.8.2.5 Rejeição de carga


Devem ser atendidas sem violação dos critérios de desempenho as situações de rejeição de carga
avaliadas para a configuração básica ou alternativa.
Devem ser avaliadas rejeições com e sem aplicação de defeito monofásico ao longo da linha,
respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de
150 ms para a rede abaixo de 345 kV.
Deve ser avaliada também a rejeição sem aplicação de falta prévia, com a ocorrência de curto-
circuito posterior à rejeição, no instante de máxima tensão.
A TRANSMISSORA deverá avaliar a rejeição nos dois sentidos, com fluxos o mais próximo possível
da capacidade da linha em análise, mesmo que os casos operativos indiquem fluxos mais baixos.
Em caso de circuitos duplos deverá ser considerada a possibilidade de rejeição dupla em condições
de fluxo máximo nos dois sentidos.
Em todos os casos supra mencionados os pára-raios de linha deverão ser dimensionados para
dissipar sozinhos a energia resultante da rejeição de carga.
1.8.3 CRITÉRIOSPARA MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES DE
ATERRAMENTO

As manobras de fechamento e abertura de seccionadores e de seccionadores de aterramento devem


considerar as condições mais severas de tensões induzidas de linhas de transmissão existentes em
paralelo, incluindo carregamento máximo e situações de ressonância.
Deverão ser avaliadas, sem considerar a aplicação de medidas operativas, os efeitos de eventuais
induções ressonantes provocadas pela linha de transmissão objeto dessa licitação sobre outras
linhas de transmissão existentes.
1.8.4 CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE DISJUNTORES SOB CONDIÇÕES DE MANOBRA
Os estudos para determinação das solicitações impostas a disjuntores sob condições de manobra
deverão considerar a representação da rede levando-se em conta o maior nível de curto-circuito
previsto entre a data de entrada em operação e o horizonte de planejamento. A TRANSMISSORA
deverá levar em conta as informações disponibilizadas pela EPE e pelo ONS.

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1.8.4.1 Estudos de Tensão Transitória de Restabelecimento (TRT)


Esses estudos transitórios têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão sujeitos os
diversos disjuntores integrantes deste empreendimento. Compreendem as avaliações de TRT as
seguintes condições de manobra:
• Abertura de defeito terminal trifásico à terra e trifásico não aterrado, sendo o ponto de aplicação
da falta no barramento ou saída de linha;
• Abertura de defeito terminal monofásico sendo o ponto de aplicação da falta no barramento ou
saída de linha;
• Abertura de defeito quilométrico;
• Abertura em discordância de fases. Deverá ser identificado a mais crítica solicitação de tensão
através dos pólos do disjuntor imposta pela rede para abertura em discordância de fases;
• Abertura de linha a vazio. Essa situação deve ser simulada na freqüência fundamental e com
tensão de pré-manobra igual à máxima tensão operativa da rede (1,05 ou 1,10 dependendo do
nível de tensão), com aplicação de falta monofásica e abertura das fases sãs. Os estudos de
abertura de linha a vazio devem levar em conta a necessidade de atendimento ao requisito
descrito no item 1.3.2.1 (m). Caso a região do sistema onde o disjuntor será instalado esteja
sujeita a sobrefreqüências em regime dinâmico a simulação de abertura de linha a vazio deverá
levar em conta a máxima sobrefreqüência identificada nos estudos.

1.8.4.2 Estudos de energização de transformadores


Esses estudos têm por objetivo identificar as solicitações de corrente e tensão impostas à rede e aos
equipamentos próximos pela manobra de energização dos transformadores. Devem ainda
demonstrar que os transformadores podem ser energizados em situações de rede completa e
degradada, pelos seus dois terminais e para toda a faixa de tensão operativa. Estão incluídas neste
escopo as situações de recomposição de rede.
Os estudos compreendem avaliações de energização em vazio, com e sem falta aplicada,
considerando os recursos de controle de sobretensões disponíveis, tais como, disjuntores com
resistores de pré-inserção e/ou dispositivos de manobra controlada. Deve ser levado em conta o fluxo
residual do transformador.
Devem ser avaliados também o montante de energia a ser absorvido pelos pára-raios do
transformador e a necessidade de utilização dos mecanismos de controle de sobretensões
supramencionados, bem como as correntes inrush.
Para a realização desses estudos, os transformadores devem ser modelados considerando a sua
curva de saturação e a impedância especificada no documento da TRANSMISSORA que define as
características elétricas básicas dos equipamentos principais do empreendimento. No caso de
indisponibilidade da curva de saturação real do equipamento, poderá ser utilizada curva típica, desde
que sejam feitas parametrizações quanto ao joelho e à reatância de núcleo de ar, alterando-se esses
valores no sentido de verificar os seus efeitos sobre os resultados dos estudos.
Por fim, devem ser avaliadas as TRTs nos disjuntores que manobram os transformadores.

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1.8.5 ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES


Esses estudos têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente as quais
estão sujeitos os barramentos (incluindo os vãos interligadores de barras) e os equipamentos das
subestações, de forma a prover os susbsídios necessários à determinação da corrente nominal dos
equipamentos e barramentos das subestações.
Os seguintes aspectos devem ser levados em conta nas avaliações:
- Condições normal e emergência (n-1) de operação do sistema, com os valores máximos dos fluxos
em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto para o ano de entrada em operação
como para o ano horizonte de planejamento;
- Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um equipamento ou
mesmo de um trecho do barramento, para as condições normal e emergência (n-1) do sistema;
- Evolução prevista da topologia da subestação.

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2 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA RELATIVA AO EMPREENDIMENTO


Os relatórios de Estudos de Engenharia e Planejamento, elaborados pela EPE, e os documentos
elaborados pela CEEE-GT para os trechos de linhas de transmissão e para a subestação, estão
relacionados a seguir.
Estes relatórios e documentos são partes integrantes do ANEXO 6F devendo suas recomendações
serem adotadas pela TRANSMISSORA no desenvolvimento dos seus projetos para implantação das
instalações.

2.1 ESTUDOS DE ENGENHARIA E PLANEJAMENTO


2.1.1 RELATÓRIOS
Nº EMPRESA DOCUMENTO
CCPE/CTET/041.2004 Integração Elétrica das UHEs Passo São João e São José –
janeiro de 2005
EPE/GET-S-R1-012.2006 Atendimento Elétrico ao Estado do Rio Grande do Sul – Região
Noroeste – Relatório R1 – Estudo de Viabilidade Econômica –
julho de 2007
S/número Estudos de R2 para a SE 230 kV Missões – Transitórios
Eletromagnéticos – maio de 2008
2.2 RELATÓRIOS DAS CARACTERÍSTICAS E REQUISITOS BÁSICOS DAS INSTALAÇÕES
EXISTENTES
Nº EMPRESA DOCUMENTO

S/número Relatório R4 – Caracterização da Rede Existente – revisão


(01) SE Missões
RGE/PE – 012/2008 SE Missões – Histórico de Manutenção – junho de 2008

2.3 DOCUMENTOS DE SUBESTAÇÕES


2.3.1 SUBESTAÇÃO MISSÕES

Nº EMPRESA DESCRIÇÃO
MIS - 165 Diagrama de Operação – SE Missões
S/número Diagrama de Operação futuro – SE Missões
S/número Arranjo Geral da SE – Projeto Básico – SE Missões
S/número Terreno – Disposição da SE – SE Missões
S/número Planilha de valores dos ativos existentes

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3 MEIO AMBIENTE E LICENCIAMENTO


3.1 GERAL
A TRANSMISSORA deve implantar as INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO do LOTE F, observando
a legislação e os requisitos ambientais aplicáveis.

3.2 DOCUMENTAÇÃO DISPONÍVEL

Nº EMPRESA DOCUMENTO
OS 2008 - 044 Relatório Técnico – R3 - Caracterização e Análise Socioambiental
– –Subestação Missões – São Luiz Gonzaga – RS – abril de 2008

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4 DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS


Conforme previsto no Edital, Volume I - item 4.7, e para fins de verificação da conformidade com os
requisitos técnicos exigidos, a TRANSMISSORA deve apresentar à ANEEL para liberação o Projeto
Básico das instalações, de acordo com o Relatório Diretrizes para Projeto Básico de Sistemas de
Transmissão - DNAEE-ELETROBRAS e a itemização a seguir.
A TRANSMISSORA deve entregar 2 cópias de toda documentação do Projeto Básico em papel e em
meio magnético ou ótico.
A TRANSMISSORA deverá submeter à CEEE-GT as especificações e projetos relativos aos
equipamentos e instalações a serem transferidos, para fins de verificação de conformidade com os
requisitos técnicos exigidos neste Anexo Técnico 6F.
4.1 ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA
A TRANSMISSORA deve apresentar os relatórios dos estudos apresentados no item 2.1.
Sempre que solicitado, a TRANSMISSORA deve comprovar mediante estudo que as soluções
adotadas nas especificações e projetos das instalações de transmissão objeto deste anexo são
adequadas.
4.2 PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES
Os documentos de projeto básico da subestação devem incluir:
• Relação de normas técnicas oficiais utilizadas.
• Critérios de projeto para as obras civis, projeto eletromecânico, sistemas de proteção, comando,
supervisão e telecomunicações, instalações de blindagem e aterramento, inclusive premissas
adotadas.
• Desenho de locação das instalações.
• Diagrama unifilar.
• Desenho de arquitetura das construções: plantas, cortes e fachadas.
• Arranjo geral dos pátios: planta e cortes típicos.
• Arranjo dos sistemas de blindagem e aterramento.
• Características técnicas dos equipamentos e dos materiais principais.
• Descrição dos sistemas previstos para proteção, comando, supervisão e telecomunicações,
inclusive diagramas esquemáticos.
• Descrição dos sistemas auxiliares, inclusive diagramas esquemáticos e folha de dados técnicos
de equipamentos e materiais principais.
4.3 PROJETO BÁSICO DA LINHA DE TRANSMISSÃO
Quando aplicável os documentos de projeto básico da linha de transmissão devem apresentar:
4.3.1 RELATÓRIO TÉCNICO

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Relatório técnico com roteiro completo e descrição detalhada do tratamento e das hipóteses
assumidas para os dados de vento, as pressões dinâmicas e as cargas resultantes, os esquemas e
as hipóteses de carregamentos e o respectivo memorial de cálculo com o dimensionamento completo
dos suportes incluindo:
• Mapas (isótacas);
• Estações Anemométricas usadas;
• Velocidade Máxima Anual de vento a 10 m de altura e média de 3 segundos, tempo de retorno de
250 anos (para linha com tensão superior a 230 kV) e 150 anos (para linha com tensão igual ou
inferior a 230 kV) e ,também, com média de 10 minutos;
• Média de Velocidade Máxima Anual de vento a 10 m de altura e média de 3 segundos, tempo de
retorno de 250 anos (para linha com tensão superior a 230 kV) e 150 anos (para linha com
tensão igual ou inferior a 230 kV) e, também, com média de 10 minutos;
• Coeficiente de variação da Velocidade Máxima Anual a 10 m de altura (em porcentagem);
• Coeficientes de rajadas a 10 m de altura e média de 10 minutos.
4.3.2 NORMAS E DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS.
• Relação de normas técnicas oficiais utilizadas;
• Memorial de cálculo dos suportes;
• Desenho da diretriz selecionada e suas eventuais interferências;
• Desenho da faixa de passagem, “clearances” e distâncias de segurança;
• Regulação mecânica dos cabos: características físicas, estados básicos e pressão resultante dos
ventos;
• Suportes (estrutura metálica ou de concreto armado e ou especiais):
° Tipos, características de aplicação e relatórios de ensaios de cargas para os suportes pré-
existentes:
° Desenhos das silhuetas com as dimensões principais;
° Coeficientes de segurança;
° Pressões de ventos atuantes (cabos e suportes), coeficientes de arrasto, forças resultantes e
pontos de aplicação;
° Esquemas de carregamentos e cargas atuantes;
° Cargas resultantes nas fundações.
• Ensaio de carregamento de protótipo (para os suportes de suspensão simples de maior
incidência);
• Programa preliminar do ensaio de carregamento a ser realizado com a indicação da data
prevista, hipóteses e a determinação das cargas (Kgf) e respectivos locais de aplicação;
• Tipos de fundações: critérios de dimensionamento e desenhos dimensionais;
• Cabos condutores: características;

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• Cabos pára-raios: características;


• Cadeias de isoladores: coordenação eletromecânica, desenhos e demais características;
• Contrapeso: características, material, método e critérios de dimensionamento;
• Ferragens, espaçadores e acessórios: descrição, ensaios de tipo, características físicas e
desenhos de fabricação;
• Vibrações eólicas:
° Relatórios dos Estudos de vibração eólica e de sistemas de amortecimentos para fins de
controle da fadiga dos cabos.
° Projeto do sistema de amortecimento para fins de controle da fadiga dos cabos de forma a
garantir a ausência de danos aos cabos.
4.4 PROJETO BÁSICO DE TELECOMUNICAÇÕES:
• Descrição sumária dos sistemas de telecomunicações.
• Descrição sumária do sistema de energia (alimentação elétrica).
• Diagramas de configuração dos sistemas de telecomunicações.
• Diagramas de configuração do sistema de energia.
• Diagramas de canalização.
• Comentários sobre as alternativas de provedores de telecomunicações prováveis e sistemas
propostos.
4.5 PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO:
A TRANSMISSORA deverá fornecer na apresentação do Projeto Básico as planilhas disponíveis no
CD “Planilhas de Dados do Projeto” preenchidas com dados requeridos, no que couber, do
empreendimento em licitação

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5 CRONOGRAMA
A TRANSMISSORA deve apresentar cronograma de implantação das INSTALAÇÕES DE
TRANSMISSÃO pertencentes a sua concessão, conforme modelos apresentados nas tabelas A e B
deste ANEXO 6F, com a indicação de marcos intermediários, para as seguintes atividades não se
restringindo a essas: licenciamento ambiental, projeto básico, topografia, instalações de canteiro,
fundações, montagem de torres, lançamento dos cabos condutores e instalações de equipamentos,
obras civis e montagens das instalações de Transmissão e das Subestações, e comissionamento,
que permitam aferir, mensalmente, o progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO
COMERCIAL no prazo máximo de 16 (dezesseis) meses.
A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no cronograma.
A TRANSMISSORA deve apresentar mensalmente, à fiscalização da ANEEL, Relatório do
andamento da implantação das INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO, em meio ótico e papel.

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5.1 CRONOGRAMA FÍSICO DOS TRECHOS DE LINHAS DE TRANSMISSÃO (TABELA A)


NOME DA EMPRESA:
LINHA DE TRANSMISSÃO:
DATA: MESES
No DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO 1 2 3 14 15 16
1 PROJETO BÁSICO
2 ASSINATURA DE CONTRATOS
2.1 EPC – Estudos, projetos e construção
2.2 CCT – Acordo Operativo
2.3 CCI – Acordo Operativo
2.4 CPST
3 IMPLANTAÇÃO DO TRAÇADO
4 LOCAÇÃO DE TORRES
5 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA
6 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
6.1 Termo de Referência
6.2 Estudo de Impacto Ambiental
6.3 Licença Prévia
6.4 Licença de Instalação
6.5 Autorização de Supressão de Vegetação
6.6 Licença de Operação
7 PROJETO EXCUTIVO
8 AQUISIÇÕES
8.1 Pedido de Compra
8.2 Estruturas
8.3 Cabos e Condutores
9 OBRAS CIVIS
9.1 Canteiro de Obras
9.2 Fundações
10 MONTAGEM
10.1 Montagem de Torres
10.2 Lançamento de Cabos
11 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO
12 OPERAÇÃO COMERCIAL
OBSERVAÇÕES: DATA DE INÍCIO DURAÇÃO
DATA DE CONCLUSÃO
ASSINATURA CREA No
ENGENHEIRO REGIÃO

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5.2 CRONOGRAMA FÍSICO DE SUBESTAÇÕES (TABELA B)

NOME DA EMPRESA SUBESTAÇÂO

DATA

Meses
No DESCRIÇÃO DAS ETAPAS DA OBRA 1 2 3 4 14 15 16
1 PROJETO BÁSICO
2 ASSINATURA DE CONTRATOS
2.1 EPC – Estudos, projetos e construção
2.2 CCT – Acordo Operativo
2.3 CCI – Acordo Operativo
2.4 CPST
3 DECLARAÇÂO DE UTILIDADE PUBLICA
4 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
4.1 Termo de Referência
4.2 Estudo de Impacto Ambiental
4.3 Licença Prévia
4.4 Licença de Instalação
4.5 Autorização de Supressão de Vegetação
4.6 Licença de Operação
5 PROJETO EXCUTIVO
6 AQUISIÇÔES
6.1 Pedido de Compra
6.2 Estruturas
3.3 Equipamentos Principais (Transformadores e
Compensadores de Reativos)
6.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e
etc)
6.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação
7 OBRAS CIVIS
7.1 Canteiro de Obras
7.2 Fundações
8 Montagem
8.1 Pedido de Compra
8.2 Estruturas
8.3 Equipamentos Principais (Transformadores e
Compensadores de Reativos)
8.4 Demais Equipamentos (Disj., Secc., TP, TC, PR e
etc)
8.5 Painéis de Proteção, Controle e Automação
9 ENSAIOS DE COMISSIONAMENTO
10 OPERAÇÃO COMERCIAL
DATA DE INÍCIO OBSERVAÇÕES:

DATA DE CONCLUSÃO DURAÇÃO DA OBRA


ENGENHEIRO CREA No
ASSINATURA REGIÃO

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