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Campanha Nacional de Escolas da Comunidade

Faculdade Cenecista de Rio das Ostras

Luis Carlos Miguel Barbosa

Fluidos Newtonianos e Não Newtonianos

Rio das Ostras


2020
Luis Carlos Miguel Barbosa

Fluidos Newtonianos e Não Newtonianos

Trabalho Acadêmico para complemento de


nota na disciplina de Mecânica dos Fluidos

Profª: Talita Nazon

Rio das Ostras


2020
RESUMO

Muitas vezes, tenta-se simplificar a realidade por meio de modelos que, em determinado
momento ou exemplo, se aplicam quase perfeitamente. Todavia, uma gama de produtos
comuns não faz parte desse universo que podem ser simplificados, pois respondem de
maneira diferente às solicitações empregadas , sendo assim, esse trabalho tem o objetivo de
relacionar os conseitos basicos da mecânica dos fluidos e reologia de diversos produtos e
elementos que comumente nos deparamos em nosso dia a dia, começaremos com uma
pequena revisão dos conceitos de mecânica, mecânica dos fluidos, falaremos tambem sobre os
fluidos e suas propriedades afim de mostrar a classificação dos fluidos newtonianos, os
fluidos não-newtonianos e outros estudados e catalogados mediante as suas propriedades
peculiares, veremos os seus escoamentos, viscosidades, gráficos e fórmulas que nos farão
entender melhor os seus comportamentos com ou sem atuações externas, como eles se
subdividem visando as suas peculiaridades e comportamentos submetidos quando se
determina variações de grandesas como temperatura, vasão, taxas de cisalhamento, estudando
os seus componentes, ligações quimicas de cada elemento para se que se tenha uma analogia
dos seus comportamentos para uma melhor aplicação, predizendo comportamentos que irão
nortear uma determinada condição de utilização, caso seja possível, podendo-se afirmar que
um fluido newtoniano é um fluido cuja viscosidade ou atrito interno, é constante para
diferentes taxas de cisalhamento e não variam com o tempo e o fluido não-newtoniano é um
fluido cuja viscosidade varia proporcionalmente à energia cinética que se imprime a esse
mesmo fluido, respondendo de forma quase instantânea.

Palavras chave: Mecânica dos Fuidos; Reologia; Viscosidade; Cisalhamento; Tensão;


Deformação; Escoamento; Fluidos Newtoniano; Fluidos Não Newtoniano; Mecânica;
Fluidos; Viscoelasticidade.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Escoamento Natural................................................................................... ...............7


Figura 2 - Embarcações..............................................................................................................7
Figura 3 - Usinas Termelétricas.................................................................................................7
Figura 4 - Corpo Humano .........................................................................................................7
Figura 5 - Aeronáves..................................................................................................................7
Figura 6 - Automóveis...............................................................................................................7
Figura 7 -Turbinas Eólicas.........................................................................................................8
Figura 8 - Tubulações................................................................................................................8
Figura 9 - Aplicações Industriais...............................................................................................8
Figura 10 - Classificação dos Fluidos .....................................................................................10
Figura 11 - Ensaio de Fluxo de Carga......................................................................................10
Figura 12 - Carga Cisalhante Aplicada no Fluido....................................................................11
Figura 13 - Viscosidade Constante...........................................................................................11
Figura 14 - Modelo de Maxwell...............................................................................................11
Figura 15 - Curva de Escoamento das Propriedades Dep. do Tempo de Cisalhamento..........12
Figura 16 - Modeloo de Ostwald-de-Waele.............................................................................13
Figura 17 - Fórmula de Bingham.............................................................................................13
Figura 18 - Modelo de Bulkley................................................................................................14
Figura 19 - Modelo de Prandtl-Eyring.....................................................................................14
Figura 20 - Modelo de Ellis......................................................................................................14
Figura 21 - Modelo de Renier-Philippoff.................................................................................15
Figura 22 - Parâmetros de Comparação dos Modelos com o Newtoniano...............................15
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO À MECÂNICA DOS FLUIDOS..................................................................6


1. 1 História da mecânica dos fluidos.......................................................................................6
1. 2 Presente em nosso cotidiano e em Indústrias.....................................................................7
1. 3 Regiões de escoamento viscoso e não viscoso...................................................................8
1. 4 Viscoelasticidade...............................................................................................................8
1. 5 Escoamento Interno e Externo.......................................................................................... 8
1. 6 Escoamento compressível e incompressível......................................................................9
1. 7 Escoamento Laminar e Turbulento....................................................................................9
1. 8 Escoamento Natural ou Forçado........................................................................................9
1. 9 Escoamento em regime permanente e não permanente....................................................9

2 FLUIDOS NEWTONIANOS E NÃO NEWTONIANOS ....................................................10


2. 1 Classificação dos Fluidos e seus comportamentos reológicos.........................................10
2. 2 Fluidos Newtonianos........................................................................................................10
2. 3 Fluidos Não Newtonianos................................................................................................11
2. 3. 1 Viscoelásticos............................................................................................................11
2. 3. 2 Dependentes do tempo..............................................................................................12
2. 3. 3 Independentes do tempo............................................................................................12
2. 4 Outros Modelos................................................................................................................14

3 CONCLUSÃO.......................................................................................................................15

4 REFERÊNCIAS.....................................................................................................................16
1 INTRODUÇÃO Á MECÂNICA DOS FLUIDOS

1. 1 História da mecânica dos fluidos


A mecânica é a fisica mais antiga e trata de corpos tanto estacionários como em
moviemntos sob influência de esforços. O ramo da mecânica que trata dos corpos em repouso
é denominado estática, ao passo que o ramo que trata dos corpos em movimento denomina-se
dinâmica. A subcategoria mecânica dos fluidos é definida como a ciência que trata do
comportamento dos fluidos em repouso(estática dos fluidos) ou em movimento(dinâmica dos
fluidos) e da interação entre fluidos e sólidos ou outros fluidos nas fronteiras. A mecânica dos
fluidos tambemé chamada de dinâmica dos fluidos, considerando os fluidos em repouso como
um caso especial de movimento com velocidade zero.
Reologia é o estudo do comportamento deformacional e do fluxo de matéria submetido
a tensões, sob determinadas condições termodinâmicas ao longo de um intervalo de tempo,
inclui-se propriedades como: elasticidade, viscosidade e plasticidade.
A mecânica dos fluidos tambem é dividida em várias categorias. O estudo do movimento
dos fluidos que podemser aproximados como incompressíveis (tal como líquidos ,
especialmente água, gases em baixa velocidade) é geralmente denominado hidrodinâmica.
uma subcategoria hidrodinâmica é a hidráulica, que trata do escoamento dos liquidos em
tubulações e canais abertos. a dinâmica dos gases trata do escoamento dos fluidos, que sofrem
mudanças de densidade signifitativas, como o caso de escoamento de gases em alta
velocidade através de bocais. A categoria aerodinâmica trata do escoamento de
gases(especialmente ar) sobre corpos tais como aeronaves, foguetes, e automóveis em
velocidades altas ou baixas. Algumas outras categorias especializadas, como meteorologia,
oceanografia e hidrologia tratam de escoamentos que ocorrem na natureza.
A se fazer lembrar das aulas de fisica que se estuda uma substância em suas três fases:
sólido, líquido e gasoso. Uma substância no estado liquido ou gasoso é denominado fluido. a
dintinção entre um sólido e um fluido é baseada na capacidade da substancia de resistir a uma
tensão de cisalhamento (ou tangencial) aplicada, que tende a mudar sua forma. O sólido
resiste a uma tensão de cisalhamento aplicada deformando-se, ao passo que o fluido deforma-
se continuamente sob a influência da tensão de cisalhamento, não importando o quão
pequena ela seja. Nos sólidos a tensão é proporcional à deformação, mas nos fluidos a tensão
é proposcional à taxa de deformação. Quando uma força de cisalhamento constante é
aplicada, o sólido eventualmente para de deformar-se num certo ângulo de deformação fixo,
enquando o fluido nunca para de deformar-se e a taxa de deformação tende para um certo
valor constante. Lembrando que na estática a tensão é definida como força por unidade de
área e é determinada dividindo-se a força pela área sobre a qual ela atua. A componente
normal da força que atua sobre a superficie por unidade de área é chamada de tensão normal,
a componente tangêncial da força que atua sobre uma superficie por unidade de área é
chamada de tensão de cisalhamento. Num fluido em repouso, a tensão normal é chamada de
pressão. As paredes que suportam um fluido elimina a tensão de cisalhamento e assim, um
fluido em repouso está no estado de tensão de cisalhamento nulo. Quando as paredes são
removidas ou o recipiente do liquido é inclinado, desenvolve-se uma tensão e o liquido
esparrama-se ou move-se para manter a superfície livre da horizontal. Num liquido, grupos de
moléculas movem-se uns em relação aos outros, mas o volume permanece relativamente
constante devido as fortes forças de coesão entre as moléculas. Como resultado, o líquido
toma a forma do recipiente no qual está contido e, no caso de um recipiente maior sujeito a
um campo gravitacional, forma-se uma superficie livre. Um gás, por outro lado, expande-se
até encontrar as paredes do recipiente e preenche todo o espaço disponivel. Tal fato ocorrre
porque as moléculas estão bastante espaçadas e as forças coesivas ente elas são muito
pequenas e ao contrário dos líquidos, os gases não formam uma superficie livre. 6
A mecânica dos fluidos é amplamente usada nas atividades diárias como no projeto de
sistemas de engenharia modernos, de aspiradores de pó a aeronaves supersônicas. Portanto, é
importante desenvolver uma boa compeensão dos principios básicos de mecânica dos fluidos.
A mecânica dos fluidos desempenha uma função vital no corpo humano. O coração está
constantemente bombeando sangue para todas as partes do corpo atraves das artérias e veias e
os pulmões são as regiões de escoamento de ar em direções alternadas. Uma casa comum é,
sob certo aspecto, um salão de exposições repleto de aplicação de mecânica dos fluidos. os
sistemas de canalização de água fria, gás natural e esgoto para residências individuais e para
uma cidade inteira são projetadas primáriamente com base na mecânica dos fluidos. O mesmo
também acontece com as redes de canalização e dutos dos sistemas de aquecimento e ar-
condicionado. Uma geladeira contém tubos por onde flui o refrigerante, um compressor que
pressuriza o refrigerante e dois trocadores de calor onde o refrigerante absorve e expele calor.
A mecânica dos fluidos desempenha o papel principal no projeto de todos esses componentes.
Até mesmo a operação de uma simples torneira é baseada na mecânica dos fluidos.

1. 2 Presente em nosso cotidiano e em Indústrias


Podemos tambem observar numerosas aplicações de mecânica dos fluidos num
altomóvel. Todos os componentes associados ao transporte de combustivel do tenque aos
cilindros - tubulação de combustivel, bomba de combustivel, injetores de combustivel ou
carburador -, bom, como a mistura do ar com o combustivel nos cilindros e a descarga dos
gases da combustão dos tubos de exaustão são analisados usando-se a mecânica dos fluidos. a
mecânica dos fluidos também é usada no projeto de sistema de aquiecimento e ar-
condicionado, dos sistemas de freio hidráulico, da direção hidráulica, da transmissão
automática e do sistema de lubrificação, no projeto do sistema de refrigeração do bloco do
motor, incluindo o radiador e a bomba d`água, e até dos pneus. A forma aerodinâmica suave
dos modelos de automóveis recentes é o resultado dos esforços para minimizar o arrasto por
meio do uso extensivo da análise do escoamento sobre superfícies. Em escala mais ampla, a
mecânica dos fluidos desempenha um papel principal no projeto e análise de aeronaves,
embarcações, submarinos, foguetes, motores a jato, turbinas, dispositivos biomédicos,
refrigeração de componentes eletrônicos e transporte de água, óleo cru e gás natural. É
tambem considerada no projeto de edificações, pontes e até mesmo em cartazes para garantir
que as estruturas resistam á força do vento. Diversos fonômenos naturais como ciclo de
chuvas, padrões de clima, elevação da água do chão ao topo das árvores, ventos, ondas dos
oceanos e correntes de grandes corpos de água tambem são governados pelos princípios da
mecanica dos fluidos.

Fig 1- Escoamento Natural Fig 2 - Embarcações Fig 3 - Usinas Termelétricas

Fig 4 - Corpo Humano Fig 5 - Aeronáves Fig 6 - Automóveis


7
Fig 7 - Turbinas Eólicas Fig 8 -Tubulações Fig 9 - Aplicações Industriais

O escoamento do fluido geralmente é confinado por superfícies sólidas e é importante


compreender como a presença de superfícies sólidas afeta o escoamento do fluido. Sabemos
que a água de um rio não pode fluir por cima de grandes rochas e pass em torno delas. Isto é,
a velocidade de água normal em relação à superfície da rocha deve ser nula e a água que se
aproxima da superfície no sentido perpendicular pára completamente na superfície. O que não
é óbvio é que a água que se aproxima da rocha com qualquer ângulo também pára
completamente na superfície da rocha e assim a velocidade tangencial da água na superfície
também é nula. Há muitos problemas de escoamento de fluidos na prática e, em geral é
conveniente classificá-los com base em algumas caracterírsticas comuns para se estudar em
grupos. Há muitas maneiras de classificar os problemas de escoamentos de fluidos e a seguir
apresento algumas categorias gerais.

1. 3 Regiões de escoamento viscoso e não viscoso


Quando duas camadas fluidas movem-se uma em relação a outra, desenvolve-se uma
força de atrito entre elas e a camada mais lenta tenta reduzir a velocidade da camada mais
rápida. Tal resistência interna ao escoamento é quantificada prela propriedade do fluido
chamada de viscosidade, que é uma medida da aderência interna do fluido. A viscosidade é
causada por forças coesivas entre as moléculas num líquido e por colisões moleculares nos
gases. Não existe fluido com viscosidade nula e, assim todo o escoalmento dos fluidos
envolve efeitos viscosos de algum grau. Os escoamentos em que os efeitos do atrito são
significativos chamam-se escoamentos viscosos. Entretanto, em muitos escoamentos de
interesse prático, há regiões onde as forças viscosas são despresivelmente pequenas
comparadas às forças inerciais e de pressão.

1. 4 Viscoelasticidade
Os líquidos viscosos não possuem forma geométrica definida e escoam irreversivelmente
quando submetidos a forças externas. Por outro lado, os sólidos elásticos apresentam forma
geométrica bem definida e se deformados pela ação de forças externas, assumem outra forma
geométrica de equilíbrio. Muitos materiais apresentam um comportamento mecânico
intermediário entre estes dois extremos, evidenciando tanto características viscosas como
elásticas e, por este motivo, são conhecidos como viscoelásticos.

1. 5 Escoamento interno e externo


O escoalmento dos fluidos é classificado como interno e externo, dependendo do fato
de o fluido ser forçado a escoar num canal confinado ou sobre uma superfície. O escoamento
sem limitação de um fluido sobre uma superfície, tal como uma placa, um arame ou um cano,
é um escoamento externo. O escoamento num tubo ou ducto é um escoamento interno se o
fluido estiver inteiramente limitado por superfícies sólidas. O escoamento de água num cano,
por exemplo, é um escoamento interno, e o escoalmento de ar sobre uma bola ou sobre um
tubo exposto durante uma ventania é um escoamento externo.

8
1. 6 Escoamento compressível e incompressível
Um escoamento tambem é classificado como compressível ou incompressível
dependendo do nível de variação da densidade o escoalmento. A incompressibilidade é uma
aproximação, e um escoamentoo é dito ser incompressível se a densidade permanecer
aproximadamente constante em todos oslugares. Portanto, o volume decada porção do fluido
permanece inalterado durante o decorrer de seu movimento quando o escoamento for
incompressível. As densidades dos líquidos são essencialmente constantes e desse modo o
escoamento dos líquidos é tipicamente incompressível. Portanto, os líquidos são usualmente
designados como substâncias incompressíveis.

1. 7 Escoamento Laminar e Turbulento


Alguns escoamentos são suaves e ordenados enquanto outros são um tanto caóticos. O
movimento altamente ordenado dos fluido caracterizado por camadas suaves do fluido é
denominado laminar. A palavra laminar origina-se domovimento de partículas adjacentes do
fluido agrupadas em”lâminas”. O escoamento dos luidos de alta viscosidade como os óleos
com baixas viscosidades é tipicamente laminar. O movimento altamente desordenado dos
fluidos que ocorre em velocidades altas e é caracterizado por flutuações de velocidade é
chamado de turbulento. O escoamento de fluidos de baixa viscosidade como o ar em altas
velocidades é tipicamente turbulento. O regime do escoamento tem grande influência sobre a
potência requerida para bombeamento. um escoalento que se alterna entre laminar e
turbulento é chamado de transitório.Os experimentos realizados por Osborn Reynolds, nos
anos 1880, resultaram na criação do numero adimencional denominado número de Reynolds,
Re, como o parâmetro-chave para determinação do regime do escoamento em canos.

1. 8 Escoamento Natural ou Forçado


Um escoalento de fluidos é dito ser natural ou forçado, dependendo de como o
movimento do fluido fio iniciado. No escoamento forçado, o fluido é obrigado a fluir sobre
uma superfície ou num tubo com o uso de meios externos como uma bomba ou uma
ventoinha. Nos escoamentos naturais, qualquer movimento do fluido é devido a meios
naturais tal como a efeito de flutuação, que se manifesta como a elevação do fluito mais
quente e na descida do fluido mais frio. Nos sistemas de aquecimento de água pela eneergia
solar, por exemplo, o efeito de termossifão é usado comumente para substituir as bombas
localizando o reservatório de água suficiente acima dos coletoressolares.

1. 9 Escoamento em regime permanente e não permanente


Os termos em regime permanente e uniforme são usados frequentemente na engenharia e
assim é importante ter uma compreensão clara de seus significados. O termo em regime
permanente implica não haver mudança com o passar do tempo. O oposto de regime
permanente é em regime não permanente. O termo uniforme implica não haver mudança com
a localização em uma região especifica. Esses significados são consistentes com o seu uso
rotineiro. Os termos em regime não permanente e transiente são usados, com frequencia como
intercamáveis, entretanto não são sinônimos. Em mecânica dos fluidos, em regime não
permanente é o termo mais genérico que se aplica a qualquer escoamento que não seja em
regime permanente, mas transiente é usado tipicamente para escoamentos que estão se
desenvolvendo quando se dá partida no motor de um foguete, por exemplo, há efeitos
transitórios até que o motor se acomode e opere regularmente. O termo periódico o refere-se
ao tipo de escoamento em regime não permanente no qual o escoamento oscila em torno de
um valor médio em regime permanente. Diversos dispositivos, como turbinas, compressores,
caldeiras, condensadores e trocadores
9
de calor operam durante longos períodos de tempo sob as mesmas condições e são
classificados como dispositivos de escoamento em regime

permanente. Durante o período de escoamento em regime permanente, as propriedades do


fluido podem mudar de local do dispositivo, porém em qualquer ponto fixo permanecem
constantes, portanto, o volume, a massa e o teor total de energia de um dispositivo de
escoamento em regime permanente ou parte do escoamento permanecem constantes em uma
operação estacionária.

2 FLUIDOS NEWTONIANOS E NÃO NEWTONIANOS

2. 1 Classificação dos Fluidos e seus comportamentos reológicos

Fig 10- Classificação dos Fluidos

2. 2 Fluidos Newtonianos
No fluido newtoniano existe uma relação linear entre o valor da tensão de cisalhamento
aplicada e a velocidade de deformação resultante (μ, fator de proporcionalidade é constante
na equação da força). Ex: água, leite, óleo vegetal, soluções diluidas de sacarose.

Fig 11- Ensaio de Fluxo de Carga

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Fig 12- Força Cisalhante aplicada no fluido

A Lei de Newton da Viscosidade diz que a relação entre a tensão de cisalhamento


(força de cisalhamento x área) e o gradiente local de velocidade é definida através de uma
relação linear, sendo a constante de proporcionalidade, a viscosidade do fluido. Assim, todos
os fluidos que seguem este comportamento são denominados fluidos newtonianos.

Fig 13- Viscosidade Constante


Na qual:
τyx é a tensão de cisalhamento na direção x, g/cm.
Dux/Dy é o gradiente de velocidade ou taxa de cisalhamento, s-1;
μ é a viscosidade, cP = 10-2g/cm.s = 0,001kg/m.s = 10-3 N.s

2. 3 Fluidos Não Newtonianos


São substâncias líquidas ou gasosas que desafiam as leis de Newton. Isaac Newton
estabeleceu a existência de uma relação linear entre a força aplicada sobre um fluido e a
resposta dele a esta força, assim como algumas propriedades, dentre elas, a viscosidade, que
pode ser definida como a quantidade de atrito ou resistência que existe para que uma
determinada substância flua. Portanto, o fluido não newtoniano é aquele que não tem um
valor de viscosidade definido e constante, ela pode mudar em resposta à tensão aplicada nele,
eles se subdividem em três classes: os viscoelásticos, os dependentes do tempo e os
indepentendes do tempo.

2. 3. 1 Viscoelásticos
São fluidos que possuem características de líquidos viscosos com propriedades elásticas
(Modelo de Maxwell) e de sólidos com propriedades viscosas (Modelo de Kelvin-Voigt), ou
seja, possuem propriedades elásticas e viscosas acopladas. Estas substâncias quando
submetidas à tensão de cisalhamento sofrem uma deformação e quando esta cessa, ocorre uma
certa recuperação da deformação sofrida (comportamento elástico).
Um modelo que descreve este tipo de comportamento é o Modelo de Maxwell (1957):

Fig 14- Modelo de Maxwell 11


Na qual:
t0= Gμ é um tempo característico do fluido em estudo,
G é o módulo de rigidez cisalhante do fluido.
G é uma medida da resistência do material contra a distorção cisalhante e seu valor é igual à
inclinação da curva da tensão de cisalhamento vs. a taxa de deformação na região elástica e é
dado em N/m2 ou lbf/in2.

Ex.: massas de farinha de trigo, gelatinas, queijos, líquidos poliméricos, glicerina, plasma,
biopolímeros, ácido hialurônico, saliva, goma xantana.

2. 3. 2 Dependentes do tempo

Os fluidos que possuem este tipo de comportamento apresentam propriedades que


variam, além da tensão de cisalhamento, com o tempo de aplicação desta tensão, para uma
velociade de cisalhamento constante.

A) Tixotrópicos
Esta classe de fluidos tem sua viscosidade diminuída com o tempo de
aplicação da tensão de cisalhamento, voltando a ficar mais viscosos com quando esta
cessa.
Ex.: suspensões concentradas, emulsões, soluções protéicas, petróleo cru, tintas,
ketchup.

B) Reopéticos
Já este tipo de fluido apresenta um comportamento inverso ao dos tixotrópicos.
Desta forma, a viscosidade destes fluidos aumenta com o tempo de aplicação da
tensão, retornando à viscosidade inicial quando esta força cessa.
Ex.: argila bentonita.

Fig 15- Curva de escoamento das propriedades Dependentes do tempo de cisalhamento

2. 3. 3 Independentes do tempo
São aqueles cujas propriedades reológicas independem do tempo de aplicação da tensão
de cisalhamento. São ainda divididos em:

A) Sem tensão inicial – são aqueles que não necessitam de uma tensão de cisalhamento
inicial para começarem a escoar. Compreendem a maior parte dos fluidos não
newtonianos. Dentro desta classe destacam-se:
12
Pseudoplásticos
São substâncias que, em repouso, apresentam suas moléculas em um estado
desordenado, e quando submetidas a uma tensão de cisalhamento, suas moléculas
tendem a se orientar na direção da força aplicada. E quanto maior esta força, maior
será a ordenação e, conseqüentemente, menor será a viscosidade aparente.
Este fluido pode ser descrito pelo Modelo de Ostwald-de-Waele ou Modelo
Power Law (1923, 1925), representado pela Equação:

Figura 16 - Modelo de Ostwald-de-Waele

Na qual:
K é o índice de consistência do fluido,
n é a inclinação da curva, neste caso, menor que 1. (A inclinação da curva só atinge o valor da
unidade para taxas de deformação muito baixas ou muito altas, e o fluido se torna mais
newtoniano.)
Ex.: polpa de frutas, caldos de fermentação, melaço de cana.

Dilatantes
São substâncias que apresentam um aumento de viscosidade aparente com a
tensão de cisalhamento. No caso de suspensões, à medida que se aumenta a tensão de
cisalhamento, o líquido intersticial que lubrifica a fricção entre as partículas é incapaz
de preencher os espaços devido a um aumento de volume que freqüentemente
acompanha o fenômeno. Ocorre, então, o contato direto entre as partículas sólidas e,
conseqüentemente, um aumento da viscosidade aparente.
Também podem ser representados pelo Modelo de Orswado-de-Waele ou
Modelo Power Law (Eq. 3.1). No entanto, para este caso, n é maior que a unidade.
Exemplos: suspensões de amido, soluções de farinha de milho e açúcar, silicato de
potássio e areia.

B) Com tensão inicial – são os que necessitam de uma tensão de cisalhamentos inicial
para começarem a escoar. Dentre os fluidos desta classe se encontram:

Plásticos de Bingham
Este tipo de fluido apresenta uma relação linear entre a tensão de cisalhamento
e a taxa de deformação, a partir do momento em que se atinge uma tensão de
cisalhamento inicial. Este comportamento é descrito pela equação:

Figura 17 - Fórmula de Bingham


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Na qual:
τ0 é a tensão de cisalhamento inicial,
μ0 é uma constante análoga à viscosidade de fluidos newtonianos.
O sinal positivo de τ0 é utilizado quando τyx é positivo ou negativo, caso contrário.
Ex.: fluidos de perfuração de poços de petróleo, algumas suspensões de sólidos
granulares.

Herschel-Bulkley Também chamado de Bingham generalizado. Este tipo de fluido


também necessita de uma tensão inicial para começar a escoar. Entretanto, a relação
entre a tensão de cisalhamento e a taxa de deformação não é linear. Esta relação
depende do expoente adimensional n, característico para cada fluido.

Figura 18 - Modelo de Bulkley

2. 4 Outros Modelos
Além dos modelos apresentados anteriormente, existem modelos aplicáveis a fluidos que
apresentam comportamento misto. Entre estes modelos citam-se os seguintes.

A) Modelo de Prandtl-Eyring
Este modelo baseia-se na Teoria Cinética de Eyring de líquidos e descreve o comportamento
pseudoplástico para valores finitos de tensão de cisalhamento, representado pela Equação:

Figura 19 - Modelo de Prandtl-Eyring

Os parâmetros A e B são característicos de cada tipo de fluido. E quando a tensão de


cisalhamento tende a zero, o comportamento do fluido obedece à Lei da Viscosidade de
Newton e BA=μ.

B) Modelo de Ellis
Este modelo é dado pela Equação:

Figura 20 - Modelo de Ellis


Na qual
α, φ0 e φ1 são parâmetros positivos, ajustáveis e são característicos para cada fluido.
Para um α muito maior que a unidade e baixos valores de τyx o modelo se aproxima do Modelo
de Newton. Já para um α muito menor que a unidade e altos valores de τyx, se aproxima do
Modelo Power Law. Este comportamento torna este modelo bastante flexível. 14
C) Modelo de Reiner-Philippoff
É representado pela Equação:

Figura 21 - Modelo de Reiner-Philippoff

Na qual os parâmetros μ0, μ∞ e τS são característicos para cada tipo de fluido.


Esta equação se reduz ao Modelo de Newton para valores muito baixos ou muito altos de τyx,
quando μ = μ0 = μ∞.

Figura 22 - Parâmetros de comparaão dos modelos com o newtoniano

3 CONCLUSÃO

Existem muitos outros modelos empíricos descritos na literatura, cabendo ao estudante


de engenharia a correta escolha ou proposição de um novo modelo que possa representar o
fluido de interesse adequadamente.
De qualquer forma, foi de grande valia analisarmos materiais que estão presentes no
nosso dia-a-dia, mas que apresentam comportamentos que fogem ao nosso senso-comum.
Embora este seja um assunto que possa suscitar explicações através de teorias que requerem
conhecimento muito avançado, conseguimos ter uma compreensão considerável, de forma
razoavelmente simples, dos mecanismos envolvidos que caracterizam seu comportamento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BIRD, R. Bryon; STEWART, Warrent E; LIGHTFOOT, Edwin N; FENÔMENOS DE


TRANSPORTE; 2ª Ed.; Rio de Janeiro- RJ; TCL Editora; 15/09/2009.

http://www.puc-rio.br/pibic/relatorio_resumo2017/relatorios_pdf/ctc/MEC/MEC-
Camila%20Moreira%20Costa.pdf

http://silver.neep.wisc.edu/~lakes/VE.html

http://web.mit.edu/nnf/

BENNET, C. O., MYERS, J. E. Fenômenos de Transporte, Quantidade de Calor e Massa,


McGraw-Hill do Brasil LTDA, 1978.

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