Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Categorias Meditações Guiadas Mestres Livros e Sanghas Vídeos e Palestras Instagram Facebook Sobre
Curtir Compartilhar 364 pessoas curtiram isso. Seja a primeira pessoa entre seus amigos.
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 1/9
14/04/2020 A vida como cinema | Buda Virtual
Dzongsar Khyentse Rinpoche usa o filme como uma metáfora para o ensinamento do
Buda sobre samsara, nirvana e a vida.
Apenas suponha que nascemos em uma sala de cinema. Nós não sabemos que o que está
acontecendo na nossa frente é apenas uma projeção. Nós não sabemos que é apenas um
filme, apenas uma película, e que os eventos no filme não são reais – que eles não têm
existência verdadeira. Tudo o que vemos nessa tela – amor, ódio, violência, suspense,
emoções – são na verdade apenas o efeito da luz projetada através de celuloide. Todavia
nunca ninguém nos disse isso, então apenas sentamos e assistimos, fixados no filme. Se
alguém tenta atrair nossa atenção, nós dizemos: ‘Cale a boca! ’ Mesmo que nós tenhamos
algo importante a fazer, não queremos fazê-lo. Estamos completamente absortos e cegos ao
fato de que essa projeção é completamente inútil.
Agora, suponha que há alguém na cadeira próxima a nós que diz: ‘Olha, isso é apenas um
filme. Não é real. Isso não está realmente acontecendo. É apenas uma projeção’. Há uma
chance de nós entendermos que o que estamos vendo é na verdade um filme, que é irreal e
não possui essência.
Isto não significa que automaticamente podemos nos levantar e sair do cinema. Nós não
temos que fazer isso. Nós podemos apenas relaxar e simplesmente observar o caso de
amor, o suspense ou o que quer que esteja passando. Podemos experimentar a sua
intensidade. E se temos uma certa confiança de que é apenas uma projeção, então podemos
retroceder, avançar ou jogar o filme novamente, como quisermos. E nós temos a opção de
deixar sempre que quisermos, e voltar em outro momento para assistir novamente. Uma
vez que estamos certos de que podemos deixar a qualquer momento que quisermos,
podemos não sentir compelidos a fazê-lo. Podemos optar por sentar confortavelmente e
assistir.
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 2/9
14/04/2020 A vida como cinema | Buda Virtual
Às vezes, uma sequência do filme pode dominar nossas emoções. Um momento trágico
pode acertar o nosso ponto fraco e nós somos levados por isso. Mas agora, algo em nosso
coração está nos dizendo que nós sabemos que não é real, que não é um grande problema.
Isto é o que o praticante do dharma precisa entender – que toda o samsara ou nirvana, é
tão sem essência ou ilusório como esse filme. Até que nós vejamos isso, vai ser muito
difícil para o dharma aprofundar em nossas mentes. Vamos sempre ser levados, seduzidos
pela beleza e glória deste mundo, por todo o aparente sucesso e fracasso. No entanto, uma
vez que vejamos, mesmo que apenas por um segundo, que estas aparições não são reais,
vamos ganhar uma certa confiança. Isso não significa que temos que correr para o Nepal
ou Índia e tornar-se um monge ou monja. Nós ainda podemos manter trabalhar, usar terno
e gravata e ir com a nossa pasta para o escritório todos os dias. Nós ainda podemos nos
apaixonar, oferecer aos nossos entes queridos flores, casar. Mas, em algum lugar dentro de
você te diz que tudo isso é vazio de essência.
É muito importante ter essa visão. Se temos um pequeno vislumbre em toda a nossa vida,
podemos ser felizes pelo o resto do tempo com apenas a memória desse vislumbre.
Pode acontecer de alguém sussurrar para nós, ‘Ei! É apenas um filme’, e não ouvirmos por
estarmos distraídos. Talvez naquele momento, ocorre um grande acidente de carro no
filme ou uma música alta, então nós simplesmente não ouvimos a mensagem. Ou então,
talvez, nós escutamos a mensagem, mas o nosso ego interpreta erroneamente esta
informação. Continuamos confusos e acreditamos que existe algo de verdadeiro e real no
filme, afinal. Por que isso acontece? Isso acontece porque não temos mérito. O mérito é
extremamente importante. Claro, que a inteligência, ou prajna, é importante. Compaixão
ou Karuna, é importante. Mas o mérito é fundamental. Sem mérito, somos como um
mendigo ignorante, analfabeto que ganha milhões na loteria, mas não sabe o que fazer com
o dinheiro e perde imediatamente.
Mas, suponha que nós temos um pouco de mérito e que a mensagem da pessoa sussurrando
chega para nós. Então, como budistas, temos diferentes opções. Do ponto de vista do
Budismo Theravada, podemos nos levantar e deixar a sala de cinema, ou fechamos os
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 3/9
14/04/2020 A vida como cinema | Buda Virtual
olhos, para não sermos levados pelo filme. Nós colocamos um fim ao sofrimento dessa
forma. No nível Mahayana, nós reduzimos o nosso sofrimento através da compreensão de
que o filme não é real, que tudo é uma projeção e vazio. Nós não paramos de assistir o
filme, mas vemos que não tem existência inerente. Além disso, estamos preocupados com
os outros no cinema. Finalmente, no Vajrayana, sabemos que ele é apenas um filme, não
estamos enganados, e apenas apreciamos o show. Quanto mais emoção o filme evoca em
nós, mais nós apreciamos o brilho da produção. Nós compartilhamos os nossos
conhecimentos com os nossos companheiros de espetáculo, que, nós confiamos, e que
também são capazes de apreciar o que nós vemos.
Por outro lado, esta transformação – de sermos pegos pelo filme, perceber o vazio dos
eventos, cuidar exclusivamente do bem-estar dos outros – pode levar muito, muito tempo.
É por isso que no Vajrayana nos movemos pela a via rápida e acumulamos méritos através
da devoção. Nós confiamos na pessoa que está sussurrando para nós e possui um
entendimento que o libertou. Não só assimilamos a informação que ele está nos dando,
mas também apreciamos a sua liberdade de espírito e a profundidade do seu ser. Sabemos
que temos o potencial para a libertação também, e isso nos faz apreciá-lo ainda mais. Um
único momento de devoção, apenas uma fração de segundo, apenas um pouco de devoção,
traz imenso mérito. Se estamos em sintonia com a pessoa que sussurrou para nós, ele pode
nos ajudar a descobrir o verdadeiro interior do amante do filme. Ele pode fazer-nos ver
como o resto do público é pego, e como é desnecessário tudo isso.
Sem que tenhamos que confiar em nossa própria luta confusa para entender o caminho,
essa pessoa nos leva a uma compreensão do que é que estamos vendo. Nós, então, nos
tornamos alguém que pode se sentar e apreciar o show. E talvez nós possamos sussurrar
para outros também.
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 4/9
14/04/2020 A vida como cinema | Buda Virtual
Enquanto ainda era adolescente, foi responsável por publicar muitos textos
raros que estavam ameaçados de serem perdidos completamente e, nos anos
80, começou a restauração do monastério Dzongsar, no Tibete.
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 6/9
14/04/2020 A vida como cinema | Buda Virtual
Mais…
Amanhecer da Sabedoria
O Amor e as Relações
O que faz você ser budista? | Os quatro selos do dharma
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 7/9
14/04/2020 A vida como cinema | Buda Virtual
Curtir Compartilhar 364 pessoas curtiram isso. Seja a primeira pessoa entre seus amigos.
COMENTARIOS:
1 comments
Adicione um comentário...
Carmem de Cassia
Grande Mestre, uma jóia que realiza desejos
Curtir · Responder · 3 a
PREVIOUS POST
NEXT POST
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 8/9
14/04/2020 A vida como cinema | Buda Virtual
www.budavirtual.com.br/a-vida-como-cinema/?fbclid=IwAR17XZkxlXDxdWtrRU8r6PW-gomMqN-sE9DbPkspy-3cZBGv_N4ZODi6Fxw 9/9