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SUMÁRIO EXECUTIVO
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5. De acordo com o TCU, este raciocínio afronta a determinação contida no art. 15 da Lei
nº 10.887, de 2004 (que estabelece que as pensões instituídas após 19/02/2004 e as
aposentadorias fundadas no art. 40 da Constituição Federal e no art. 2º da Emenda
Constitucional nº 41, de 2003, seriam reajustadas na mesma data e índice de reajustes dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social), motivo pelo qual, como dito, o
Tribunal encaminhou para esta Secretaria cópia do Acórdão nº 5.288/2013 – TCU – 1ª
Câmara, para as necessárias adequações do entendimento.
6. É importante esclarecer que o posicionamento manifestado no Ofício nº
101/2007/SRH/MP, alicerçou-se em uma interpretação que sobrelevou o conceito de
direito adquirido, por entender que os efeitos financeiros e benefícios estabelecidos em
lei, decorrentes da opção pela Carreira da Previdência, de Saúde e do Trabalho, por
integrarem o patrimônio jurídico do servidor, deveriam ser repassados aos seus
dependentes, em caso de instituição de pensão o que, à época, não se entendeu em
desconformidade ao estabelecido no artigo 15 da Lei nº 10.887, de 2004. A
contextualização da questão, diga-se de passagem, está muito bem delineada
na Nota Técnica nº 68/2014/CGNOR/DENOP/SEGEP/MP (0042925), da Coordenação-
Geral de Aplicação das Normas deste Departamento.
10. A propósito, convém enfatizar que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 71,
inciso III, atribui ao Tribunal de Contas da União a função de apreciar, para fins de
registro, a legalidade das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, sendo o ato
concessório de tais benefícios qualificado como complexo, pois se aperfeiçoa com a
conjugação de vontades expressadas por órgãos distintos (in casu a Administração e o
TCU). Assim, a concessão de aposentadorias, reformas e pensões apenas se completa com
o registro feito pelo TCU no exercício do controle da legalidade.
11. Dessa forma e em face do acima exposto, sugere-se ao Sr. Secretário de Gestão
Pública deste Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que torne insubsistente o
entendimento contido no Ofício nº 101/2007/SRH/MP, de 9 de julho de 2007.
12. Ressalte-se que a regra a ser observada pelos órgãos da Administração Pública
Federal no que tange a concessão de pensão é:
14. Vale esclarecer ainda que a insubsistência do ato não enseja o ressarcimento das
importâncias recebidas de boa-fé pelos beneficiários das pensões. A revisão dos reajustes
só acarretaria a devolução dos valores percebidos indevidamente após a notificação dos
interessados. Fortalece tal pensamento o teor da súmula AGU nº 34, a qual prescreveu
que “não estão sujeitos à repetição de valores recebidos de boa-fé pelo servidor público
em decorrência de errônea ou inadequada interpretação da lei por parte da
Administração Pública” e, em especial, o Parecer AGU GQ – 161/1988, aprovado pelo
Presidente da República, no mesmo sentido.
15. Tal Parecer, cujo caráter é vinculante a toda a Administração Pública, conforme
determina a Lei Complementar nº 73/93, esclarece que para a ocorrência de errônea
interpretação da lei, o equívoco deve estar corporificado em ato administrativo, e
posteriormente, ser revisto pela Administração, com modificação de entendimento.
Transcreve-se, por elucidativo, o seguinte trecho:
16. Ademais, será necessário que os órgãos procedam ao exame individual de cada
caso após cientificado o interessado de que os benefícios de pensão ou proventos de
aposentadoria, até então percebidos em desacordo com a regra estampada no art. 15 da
Lei nº 10.887/04, serão a este diploma legal adequados, de modo que todos os ajustes, a
partir daquela notificação, ocorrerão na mesma data e índice em que se der o reajuste
dos benefícios do Regime Geral da Previdência social.
17. Assim, sugere-se que seja dado amplo conhecimento aos órgãos e entidades
integrantes do SIPEC, pelos meios eletrônicos disponíveis nesta SEGEP/MP, da
insubsistência do Ofício nº 101/2007/SRH/MP, de 09 de julho de 2007, e da consequente
necessidade de regularização cadastral dos servidores, conforme previsto na Orientação
Normativa nº 4, de 2013.
À consideração superior.