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UNIVERDADE LÚRIO

FACULDADE DE ENGENHARIA

LIC. EM ENHENHARIA MECÂNICA

ESTUDANTE: CARLOS PAULO SASSIQUE ANDRASSONE

NÚMERO: 20180200315

CADEIRA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS-I

DOCENTE: NOBRE SAMUEL BENEDITO MURIA

FICHA DE LEITURA

CARGA AXIL

Sabendo que o conceito de tensão é como um meio para medir a distribuição de força no interior
de um corpo e o conceito de deformação é como um meio para medir a deformação geométrica
de um corpo. Sabendo também que a relação matemática entre tensão e deformação depende do
tipo de material do qual o corpo é feito, em particular, se o material se comportar de maneira
linear elástica, a lei de Hooke será aplicável e haverá uma relação proporcional entre tensão e
deformação.

Princípio de Saint-Venant

Vejamos o modo como uma barra rectangular se deforma elasticamente quando submetida a uma
força P aplicada ao longo do eixo de seu centroide. Na figura a baixo, a barra esta presa a um
apoio em uma de suas extremidades, e a força é aplicada em um furo na outra extremidade.
Devido ao carregamento, a barra deforma-se como indicam as distorções das linhas da grade
desenhadas sobre a barra, que antes eram horizontais e verticais.
Observe a deformação localizada que ocorre em cada extremidade. Esse efeito tende a diminuir
conforme as medições são feitas cada vez mais distante das extremidades. Alem disso, as
deformações vão se nivelando e tornam-se uniformes em toda secção média da barra.

Visto que a deformação está relacionada com a tensão no interior da barra, podemos afirmar que
a tensão será distribuída mais uniformemente por toda a área da secção transversal se um corte
for feito com uma secção distante do ponto onde a carga externa é aplicada. Por exemplo,
considere um perfil da variação da distribuição de tensão que age nas secções a-a, b-b e c-c,
mostradas na figura abaixo.

Comparando as curvas, a tensão quase alcança um valor uniforme na secção c-c, que está
suficientemente afastada da extremidade. Ou por outra, a secção c-c está longe o suficiente do
ponto de aplicação de P, de tal modo que a deformação localizada provocada por P seja
desprezível.

Contundo o “princípio de Saint-Venant afirma que os efeitos localizados causados por


qualquer carga que age sobre um corpo serão dissipados ou atenuados em regiões
suficientemente afastadas do ponto de aplicação da carga. Além do mais, a distribuição de
tensão resultante nessas regiões será a mesma que a causada por qualquer outra carga
estaticamente equivalente aplicada ao corpo dentro da mesma área localizada”. Ou também
pode-se dizer: “O princípio de Saint-Venant afirma que a deformação e tensão localizadas nas
regiões de aplicação de cargas ou nos apoios tendem a nivelar-se a uma distância
suficientemente afastada dessas regiões”
Deformação elástica de um elemento submetido a carga axial

A partir da aplicação da lei de Hooke e das definições de tensão e deformação, pode-se


desenvolver uma equação para determinar a deformação elástica de um elemento submetido a
cargas axiais.

𝑃(𝑥) 𝑑𝛿
𝜎= 𝑒𝜀 =
𝐴(𝑥) 𝑑𝑥

Desde que essas quantidades não excedam o limite de proporcionalidade, as mesmas podem ser
relacionadas utilizando-se a lei de hooke, ou seja: 𝜎 = 𝐸. 𝜀

Considerando a barra:

As equações utilizadas são escritas do seguinte modo:

𝑷(𝒙) 𝒅𝜹 𝑷(𝒙). 𝒅(𝒙)


𝝈 = 𝑬. 𝜺 → = 𝑬 ( ) → 𝒅𝜹 =
𝑨(𝒙) 𝒅𝒙 𝑨(𝒙). 𝑬

𝑳 𝑷(𝒙).𝒅𝒙
Portanto, na forma integral tem-se que: 𝜹 = ∫𝟎 ;
𝑨(𝒙).𝑬

Onde:

 𝛿-deslocamento de um ponto da barra em relação a outro;


 L-distância entre pontos;
 P(x)-Força axial interna da secção, localizada a uma distância x de uma extremidade;
 A(x)- área da secção transversal da barra expressa em função de x;
 E- o módulo de elasticidade do material.
Em muitos casos, a barra tem área da secção transversal constante A; o material será homogéneo,
logo E é constante. Além disso, se uma força externa constante for aplicada em cada extremidade
como mostra figura abaixo:

Então a força interna P ao longo de todo o comprimento da barra também será constante, assim a
equação será escrita da seguinte forma:

𝑷. 𝑳
𝜹=
𝑨. 𝑬

Se a barra for submetida a diversas forças axiais diferentes ou, ainda, a área da secção transversal
ou o módulo de elasticidade mudarem abruptamente de uma região para outra da barra, deve-se
calcular o deslocamento da barra para cada segmento da barra e então realizar a soma algébrica
dos deslocamentos de cada segmento.

𝑷. 𝑳
𝜹=∑
𝑨. 𝑬

 Convecções de sinais

Considera-se força e deslocamento como positivos se provocarem, respectivamente tracção e


alongamento, ao posso que a força e deslocamento são negativos se provocarem compressão e
contracção respectivamente.
Exercício 1: A barra de aço A-36 mostrada na figura abaixo é composta por dois segmentos, AB
e BD, com áreas de secção transversal 𝐴𝐴𝐵 = 600𝑚𝑚2 𝑒 𝐴𝐵𝐷 = 1.200𝑚𝑚2 , respectivamente.
Determine o deslocamento vertical da extremidade A e o deslocamento de B em relação a C.

Resolução

Primeiro determinaremos as forcas internas:

Segundo determinaremos o deslocamento:

De acordo com a tabela apresentada no livro de Hibbler, o 𝐸𝑎ç𝑜 = 210. 103 𝑀𝑃𝑎. E pela
convenção de sinais as forças de tracção internas são positivas, e as forças de compressão são
negativas; por isso, o deslocamento vertical de A em relação ao apoio fixo D é:

𝑃. 𝐿 (+75). 106 (+35).0,75. 106 (−45).0,75. 106


𝛿𝐴 = ∑ = + + = +0,61 𝑚𝑚 ↑
𝐴. 𝐸 600.210. 103 1200.210. 103 1200.210. 103

Como o resultado é positivo, a barra alonga-se, por isso o deslocamento em A é para cima.
Aplicando a equação entre os pontos B e C, obtemos:

𝑃𝐵𝑐 . 𝐿𝐵𝐶 (+35).0,75. 106


𝛿𝐵𝐶 = ∑ = = +0,104 𝑚𝑚 ↑
𝐴𝐵𝐶 . 𝐸 1200.210. 103

Neste caso, B afasta-se de C, visto que o seguimento se alonga.

Exercício 2: Um elemento é feito de um material com peso específico 𝛾 e módulo de


elasticidade E. se esse elemento tiver a forma de cone com dimensões mostradas na figura
abaixo, determine até que distancia sua extremidade se deslocará sob a força da gravidade,
quando suspenso na posição vertical.

Resolução

Força interna: A força axial interna varia ao longo do elemento, já que ela depende do peso
W(y) de um segmento do elemento abaixo de qualquer secção. Por consequência, para calcular o
𝐿 𝑃(𝑥).𝑑𝑥
deslocamento devemos usar a equação 𝛿 = ∫0 . Na secção localizada a uma distância y de
𝐴(𝑥).𝐸

sua extremidade inferior, o raio x do cone em função de y é determinado por cálculos


𝑥 𝑟𝑜 𝑦𝑟𝑜
proporcional, isto é: 𝑦 = →𝑥= .
𝐿 𝐿

𝜋 𝜋𝑟𝑜2
O volume de um cone com raio de base x e altura y é:𝑉 = 3 𝑦𝑥 2 = 𝑦3.
3𝐿

𝛾𝜋𝑟𝑜2
Visto que W=𝛾𝑉, a força interna na secção torna-se:+↑ ∑ 𝐹𝑦 = 0; 𝑃(𝑦) = 𝑦3.
3𝐿
Deslocamento: A área da secção transversal também é função da posição y. Temos:

𝜋𝑟𝑜2 2
𝐴 = 𝜋𝑥 2 = 𝑦
𝐿2

A aplicando a equação de deslocamento entre os limites y=0 e y=L teremos:

𝛾𝜋𝑟𝑜2 3
𝐿 𝐿 [( ) 𝑦 ] . 𝑑𝑦
𝑃(𝑦). 𝑑𝑥 3𝐿2 𝛾 𝐿 𝛿𝐿2
𝛿=∫ =∫ = ∫ 𝑦 𝑑𝑦 =
𝐴(𝑦). 𝐸 𝜋𝑟 2 3𝐿 0 6𝐸
0 0 [( 2𝑜 ) 𝑦 2 ] . 𝐸
𝐿

Princípio de superposição

Quando carregamento é complexo, recorre-se a subdivisão do carregamento em componentes,


pelo princípio de superposição.

O princípio de superposição afirma que a tensão ou o deslocamento no ponto pode ser


determinado se antes se determinar a tensão ou o deslocamento resultante causado por cada
componente da carga agindo separadamente sobre o elemento. Então, a tensão ou deslocamento
resultante é determinado pela soma algébrica das contribuições causadas por cada uma das
componentes das cargas.

Deve-se observar as seguintes duas condições, para aplicar o principio de superposição.

1. Carga deve estar relacionada linearmente com a tensão ou deslocamento a ser


determinado.
𝑃 𝑃𝐿
Por exemplo, as equações 𝜎 = 𝐴 e 𝛿 = 𝐴𝐸 envolvem uma relação linear entre P e 𝜎 ou 𝛿.

2. A carga não deve provocar mudanças significativas na geometria ou configuração


original do elemento.
Elemento com carga axial estaticamente indeterminada

Um elemento é estaticamente indeterminada se as equações de equilíbrios não forem suficientes


para determinar as reacções.

Para se obter uma equação adicional para a solução, deve-se considerar a geometria da
deformação. E uma equação que indica isso é denominada condições de compatibilidade ou
condição cinemática.

Condições de compatibilidade especificam as restrições ao deslocamento que ocorrem nos


apoios ou em outros pontos de um elemento.

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