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Escola de Engenharia
Engenharia Civil
RESUMO...................................................................................................................................5
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................6
1.1 Objetivos......................................................................................................................6
1.2 Justificativa...................................................................................................................7
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................7
3 METODOLOGIA............................................................................................................25
4 CRONOGRAMA.............................................................................................................26
5 RECURSOS.....................................................................................................................26
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................26
7 ANEXOS...........................................................................................................................28
8 APÊNDICES....................................................................................................................28
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Considerando que cada material tem a suas propriedades físicas e mecânicas, a escolha entre
blocos cerâmicos e de concreto está relacionada à disponibilidade do produto na região da
obra, custo e principalmente o acréscimo de cargas nos elementos estruturais. Cabe ao
projetista o conhecimento das diferenças de comportamento de cada material.
(<http://www.aecweb.com.br>. Acesso em: 18 de setembro de 2016).
Segundo Pinheiro e Scadelai (2005), o acréscimo de cargas nos elementos estruturais varia em
função de diversos fatores, dentre eles o material constituinte do bloco e o tipo do
revestimento. Este acréscimo pode ser mensurado através de uma análise comparativa, após a
idealização dos fatores e consideração da resposta desses elementos frente as ações, utilizando
modelos matemáticos.
1.1 Objetivos
1.2 Justificativa
A engenharia civil vem sofrendo grandes revoluções nas últimas décadas, o concreto evoluiu,
as estruturas e tipologias são mais arrojadas e as alvenarias mais precisas. O processo
construtivo também não é o mesmo, nem o cálculo, nem as técnicas gerenciais. Métodos
executivos antes eficientes agora se tornam obsoletos (MEDEIROS, 2005). Logo esse
trabalho é justificado afim de alertar o engenheiro das consequências na alteração dos
materiais constituintes da alvenaria de vedação, pois existem diversos elementos destinados à
separação de ambientes, cada um com suas respectivas vantagens e desvantagens. Sendo
assim surgem muitos cuidados a serem tomados no que se refere ao projeto e à execução da
obra, visando as solicitações que cada elemento construtivo trará para a estrutura.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O Bloco de Concreto é composto por Cimento Portland, agregados e água, sendo ainda
permitido o uso de aditivos, desde que não acarretem prejuízo às características do produto.
Dentre suas propriedades, o bloco de concreto apresenta ser mais resistente que o bloco
cerâmico e o desperdício causado pelas quebras do material é muito inferior. Além disso, para
sua produção é utilizada uma menor quantidade de argamassa de assentamento e camadas
mais finas de reboco, principalmente nas paredes internas. Dentre os tipos de bloco, é o que
oferece menor conforto térmico. Sua utilização em paredes externas, requer a aplicação de
uma pintura acrílica para aumentar a proteção contra a umidade
(<http://www.forumdaconstrucao.com.br>. Acesso em: 17 de setembro de 2016.).
As alvenarias com blocos de concreto podem ter função estrutural ou apenas de vedação,
devendo atender aos requisitos da norma de desempenho ABNT NBR 15575-4:2013.
O peso específico da parede pode ser dado em função do peso total da parede, composta pela
unidade de alvenaria e pelas argamassas de assentamento e de revestimento, ou pelos pesos
específicos individuais dos materiais que a compõe (BASTOS, 2015).
Para blocos cerâmicos furados deve-se considerar a ABNT NBR 15270-1:2005, para blocos
de concreto a ABNT NBR 6136:2014 e para a argamassa de revestimento pode-se considerar
peso específico conforme especificado na ABNT NBR 6120:1980.
Com relação à parede de alvenaria, se ela se apoiar diretamente sobre a viga, pode-se calcular
o peso da parede e considerá-lo distribuído ao longo de seu comprimento, na forma discutida
a seguir (MOLINARI, 2006).
Considere um vão de viga suportando uma parede de alvenaria com comprimento “La”, altura
“Ha” e espessura “Ta”.
Va=La∗Ha∗Ta (1)
Pa (2)
γ a=
Va
Onde:
Segundo Molinari (2006), o peso da parede de alvenaria pode ser considerado linearmente
distribuído ao longo do comprimento em que se apoia no vão de viga, isto é, ao longo do
comprimento da própria parede (La). Então, a carga linearmente distribuída (Qa), originada
no peso da parede de alvenaria, de acordo com as equações (5), (6) e (7) é:
Pa (5)
Qa=
La
Segue o cálculo comparativo do peso específico de uma parede de vedação, altura de 2,25 m
(2,80 m de pé direito – 55 cm de altura padrão da viga), com reboco de argamassa em ambos
os lados, com variação do bloco.
Bloco Cerâmico
Bloco Cerâmico
Bloco de Concreto
Segue o cálculo comparativo do peso especifico de uma parede de vedação, altura de 2,25 m
(2,80 m de pé direito – 55 cm de altura padrão da viga), com reboco de argamassa e
porcelanato, com variação do bloco.
Bloco Cerâmico
Bloco de Concreto
As cargas suportadas pelas lajes são as mais variadas, desde pessoas e móveis, até
equipamentos fixos, divisórias, paredes, água, solo, peso-próprio, etc. Cargas essas que
podem ser classificadas em cargas permanentes “g” e cargas variáveis “q” (BASTOS, 2015).
A carga das paredes sobre as lajes maciças é tida como permanente e deve ser determinada
em função da laje ser armada em uma ou em duas direções (BASTOS, 2015).
As lajes armadas em uma direção têm relação entre o lado maior e o lado menor superior a
dois, tem-se a equação (9):
Já as lajes armadas em duas direções os esforços solicitantes são importantes segundo as duas
direções principais da laje. A relação entre os lados é menor que dois, tal como na equação
(10):
Além disso é necessário conhecer o tipo da alvenaria (tijolo, bloco, etc.), que compõe a
parede, ou o peso específico da parede, a espessura e a altura da parede, bem como a sua
disposição e extensão sobre a laje (BASTOS, 2015).
Nesse trabalho a parede sobre a laje terá altura de 2,68 m (2,80 m de pé direito – 0,12 cm de
espessura padrão da laje).
Na determinação das cargas das paredes, é importante não esquecer que as plantas de
arquitetura correspondem ao piso de um determinado pavimento, enquanto que as plantas de
fôrmas se referem ao teto. Desta maneira, as paredes de um certo piso estão carregando o teto
do pavimento inferior (LONGO, 2000).
Quando forem previstas paredes divisórias, cuja posição não esteja definida no projeto, a
norma NBR-6120:1980 permite que se tome uma carga de parede igual a uma carga
uniformemente distribuída por metro quadrado não menor do que um terço do peso por metro
linear de parede pronta, observando o valor mínimo de 100 Kgf/m² (PINHEIRO, MUZARDO
e SANTOS, 2003).
Segundo Longo (2000), quando o pavimento for analisado com elementos finitos ou analogia
de grelhas, as cargas das paredes podem ser consideradas atuando em sua posição verdadeira
e as demais cargas como uniformemente distribuídas. Neste caso, é conveniente ajustar a
malha de elementos finitos de modo que a parede atue sobre determinados elementos finitos.
Segundo Bastos (2015), para lajes armadas em duas direções considera-se simplificadamente
a carga da parede uniformemente distribuída na área da laje, de forma que a carga é o peso
total da parede dividido pela área da laje, isto é demonstrado na equação (11):
Para laje armada em uma direção há dois casos a serem analisados, de acordo com a
disposição da parede sobre a laje. No caso de parede com direção paralela à direção principal
da laje (direção do menor vão), considera-se a carga da parede distribuída uniformemente
numa área da laje adjacente à parede, com largura de 2/3 lx.
A laje fica com duas regiões com carregamentos diferentes. Nas regiões I não ocorre a carga
da parede, que fica limitada apenas à região II. Portanto, dois cálculos de esforços solicitantes
necessitam serem feitos, para as regiões I e II.
A carga uniformemente distribuída devida à parede, na faixa 2/3 lx, de acordo com a equação
(12) é:
No caso de parede com direção perpendicular à direção principal, a carga da parede deve ser
considerada como uma força concentrada na viga que representa a laje.
Onde:
Segundo Bastos (2015), a flecha imediata é aquela que ocorre quando é aplicado o primeiro
carregamento na peça, que não leva em conta os efeitos da fluência.
Para as lajes armadas em duas direções a flecha imediata pode ser calculada com auxílio dos
coeficientes constantes das Tabelas de Bares, para carregamentos uniformes e triangulares.
Usa-se a equação (14):
α∗b (14)
∗p l x 4
1200
fo=
EI
α (15)
∗p l x 4
12
fo=
EI
Onde:
fo = Flecha imediata;
p = valor do carregamento na laje considerando a combinação quase permanente;
lx = Menor vão;
b = Largura unitária da laje;
α = Coeficiente tabelado em função de λ (Tabelas de Bares);
EI = Rigidez da laje à flexão.
(BASTOS, 2015).
α (16)
∗p l x 4
384
fo=
EI
Onde:
A flecha diferida no tempo é aquela que leva em conta o fato do carregamento atuar na
estrutura ao longo do tempo, causando a sua deformação lenta ou fluência. Segundo a NBR
6118:2014 (item 17.3.2.1.2), A flecha adicional diferida, decorrente das cargas de longa
duração em função da fluência, pode ser calculada de maneira aproximada pela multiplicação
da flecha imediata pelo fator αf dado pela equação (17):
∆ξ (17)
αf =
1+ 50 ρ´
As ' (18)
ρ ´=
bd
∑ Pi∗t 0 i (21)
t 0=
∑ Pi
Onde:
Pi = Parcelas de carga;
t 0 i = Idade em que se aplicou cada parcela Pi, em meses.
O valor da flecha total deve ser obtido multiplicando a flecha imediata por (1 + af), conforme
na equação (22):
f ∞=fo∗(1+αf ) (22)
Onde:
f ∞ = Flecha total.
De acordo com Bastos (2015), as flechas obtidas não devem ultrapassar os deslocamentos
limites estipulados na tabela 13.3 da NBR 6118:2014. A tabela mostra as várias considerações
a serem feitas divididas em quatro grupos. Para projeto estrutural é estipulado o efeito de
aceitabilidade sensorial, sendo duas verificações que devem respeitar seus respectivos valores
limites:
f lx (23)
lim ¿= ¿
250
Deve ser verificado utilizando a combinação quase permanente como carregamento. Vale
observar que para as lajes que recebem carga de parede, deve-se tomar como valor limite
L/500, sendo que o vão L, deve ser tomado como aquele na direção em que a parede se
desenvolve.
lx (24)
f l ℑ=
350
Deve ser conferido utilizando a carga acidental como carregamento, conforme exposto na
tabela 13.3 da NBR 6118:2014.
De acordo com Bastos (2015), assim como nas lajes, o “estado-limite de deformações
excessivas” (ELS-DEF), definido pela NBR 6118:2014 (item 3.2.4) como o “estado em que
as deformações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal, dados em 13.3”,
deve ser também verificado nas vigas de concreto.
A NBR 6118:2014 (item 17.3.2.1.1) prescreve que para uma avaliação aproximada da flecha
imediata em vigas, pode-se utilizar a expressão de rigidez equivalente dada a seguir na
equação (25):
Mr 3 3 (25)
( EI )eq =Ecs
{( Ma) [ ( )] }
M
I c + 1− r
Ma
I II ≤ Ecs I c
Onde:
b h3 (26)
I c=
12
III = momento de inércia da seção fissurada de concreto no estádio II, calculado com a
equação (27):
ES (27)
α e=
E CS
Mr = momento de fissuração do elemento estrutural, cujo valor deve ser reduzido à metade no
caso de utilização de barras lisas;
Ma = momento fletor na seção crítica do vão considerado, ou seja, o momento máximo no
vão para vigas biapoiadas ou contínuas e momento no apoio para balanços, para a combinação
A NBR 6118:2014 (item 8.2.8) permite estimar o valor do módulo de elasticidade inicial (Eci)
aos 28 dias segundo as equações (28) e (29):
Sendo:
0,2∗fck (31)
αi=0,8+ ≤1,0
80
Muitas empresas construtoras já perceberam a importância da fase de projeto, uma vez que
esta interage diretamente com todas as demais atividades, bem como sua potencialidade para
reduzir custo e racionalizar a produção, tornando a empresa mais competitiva no mercado. O
projeto deve conter as especificações do produto a ser construído, os meios estratégicos,
físicos e tecnológicos necessários para executar a obra de forma racionalizada (PEÑA e
FRANCO, 2006).
são coerentes com as situações em que se encontram. O detalhamento deve visar sempre o
processo executivo das soluções adotadas em projeto.
Quando se faz referência ao termo alvenaria de vedação, admite-se que a parede atua somente
como vedo. Nos edifícios multipavimentos, a alvenaria está limitada por um pórtico estrutural
que atua como elemento resistente frente a maioria das solicitações. Dessa forma, as
alvenarias de vedação, em tese, não devem contribuir como suporte frente aos esforços
solicitantes do edifício, apenas restringindo às cargas acidentais, como vento – para as paredes
externas – e choques ocasionais, além de seu próprio peso (MASSETO e SABBATINI,
2000).
De Milito (2009) explica que quanto ao tipo de ligação, das alvenarias de vedação, torna-se
necessário que seu funcionamento seja compatibilizado com o da estrutura devido
principalmente às diferenças de comportamento dos materiais. O encunhamento rígido da
alvenaria pode submetê-la a um estado excessivo de tensões e provocar fissuras. Assim a
fixação da alvenaria a estrutura deverá ser inicialmente fraca.
3 METODOLOGIA
duas tipologias de bloco de vedação, bloco cerâmico e bloco de concreto, utilizados para
dimensionamento da alvenaria, com variação dos tipos de revestimentos, obtendo cargas
variadas para diversas situações.
Nesse trabalho o software CAD TQS ® será utilizado para analisar estruturalmente nosso
objeto de estudo, um edifício de concreto armado com múltiplos pavimentos, e comparar as
duas tipologias de blocos de vedação, com suas devidas cargas determinando os efeitos na
estrutura.
Depois de obtidos os resultados da análise estrutural para cada modelo concebido, será
elaborado um estudo comparativo através de gráficos formulados com auxílio do software
Excel. Serão apresentados o acréscimo nas flechas das lajes e vigas, acréscimo de armadura
nas lajes, vigas e pilares, e o acréscimo de cargas na fundação.
Edifício com altura total de 43,20m, sendo pé direito do subsolo 3,10m, pavimentos tipos e
térreo 2,80m, casa de máquinas 2,50m e barrilete 1,20m.
Tendo a localização do edifício situada no município de Santos, São Paulo, de acordo com a
NBR 6118/2014, a estrutura é classificada como classe III de agressividade ambiental,
portanto seu cálculo determina o uso de concreto com resistência mínima de 300 kgf/cm²,
cobrimento para pilares e vigas de 4,0cm e para lajes 3,5cm.
O modelo estrutural adotado foi grelhas de lajes planas. As ações e combinações de carga
vertical com separação de carga permanente e variável. Vento com velocidade de 40m/s,
categoria de rugosidade V, (terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e
pouco espaçados), edificação classe B (maior dimensão horizontal ou vertical entre 20m e
50m).
Para o cálculo no software CAD TQS ® foi mantido o valor do cobrimento dos elementos, a
espessura das lajes e as dimensões das vigas e pilares.
4 CRONOGRAMA
FE MA AB MA JU
ATIVIDADES V R R I N
Lançamento do edifício no CAD TQS ®
Análise do acréscimo de flechas nas lajes e vigas
Análise do acréscimo de armadura nas lajes, vigas e pilares
Análise do acréscimo de cargas na fundação
Análise comparativa dos modelos calculados
Redação do artigo
Defesa do TCC II
5 RECURSOS
Para o desenvolvimento do TCC II, será utilizada uma licença UNIPRO do software CAD
TQS ® da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Os acadêmicos têm ciência do uso exclusivo para fins do estudo e que o Hardlock será
entregue somente mediante apresentação da liberação assinada pelo orientador deste trabalho
e pelo Coordenador do curso. O uso do programa é permitido pela Instituição apenas no
laboratório do Bloco J, da Área 3, sob a observação dos técnicos deste laboratório. O uso
indevido da licença acarretará as penas cabíveis no regimento interno da Pontifícia
Universidade Católica de Goiás aos acadêmicos.
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Estruturas de Concreto Armado I: Lajes de Concreto.
Bauru/SP: FebUNESP, 2015. 115p. Apostila.
DE MILITO, José Antônio. Técnicas de Construção Civil. São Paulo, 2009. 286p. Apostila.
FRANCO, Luiz. Sergio. O projeto das vedações verticais: características e importância para
a racionalização do processo de produção. Seminário tecnologia e gestão na produção de
edifícios: vedações verticais, São Paulo, 1998.
MEDEIROS, Heloísa. Alerta! Deformações excessivas. Téchne, São Paulo, edição 97, abril
de 2005.
NASCIMENTO, Otávio Luiz do. Alvenarias: Manual de Construção em Aço. 2ª ed. Rio de
Janeiro: IBS/CBCA, 2004.
PEÑA, Monserrat Dueñas; FRANCO, Luiz Sérgio. Método para elaboração de projetos
para produção de vedações verticais em alvenaria. Gestão & Tecnologia de Projetos, v. 1,
n. 1, p. 126-153, 2006.