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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Escola de Engenharia
Engenharia Civil

IMPACTOS ESTRUTURAIS DEVIDO Á VARIAÇÃO DE BLOCOS DE


VEDAÇÃO

José Roberto de Lima Gonçalves


Max Antonil Dantas Costa

Goiânia, May de 2020


Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Engenharia
Engenharia Civil

IMPACTOS ESTRUTURAIS DEVIDO Á VARIAÇÃO DE BLOCOS DE


VEDAÇÃO

José Roberto de Lima Gonçalves


Max Antonil Dantas Costa

Projeto de pesquisa apresentado à banca


examinadora como parte dos requisitos para
avaliação na disciplina ENG1091 – Trabalho
Final de Curso I. Sob orientação do Prof. Esp.
Marco Aurélio Tavares Caetano.

Goiânia, May de 2020


SUMÁRIO

RESUMO...................................................................................................................................5

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................6

1.1 Objetivos......................................................................................................................6

1.2 Justificativa...................................................................................................................7

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................7

2.1 Alvenaria de vedação...................................................................................................7

2.1.1 Tipos de alvenaria de vedação....................................................................................8

2.2 Blocos de vedação........................................................................................................8

2.2.1 Bloco Cerâmico....................................................................................................8

2.2.2 Bloco de Concreto.................................................................................................9

2.3 Carga da alvenaria nas vigas........................................................................................9

2.3.1 Parede com reboco de argamassa de cal, cimento e areia...................................11

2.3.2 Parede com reboco de argamassa de cimento e areia.........................................12

2.3.3 Parede com porcelanato e argamassa..................................................................13

2.4 Alvenaria sobre a laje.................................................................................................14

2.4.1 Laje armada em duas direções............................................................................16

2.4.2 Laje armada em uma direção..............................................................................16

2.4.3 Consideração carga de alvenaria no TQS...........................................................18

2.5 Flechas em lajes.........................................................................................................19

2.5.1 Laje armada em duas direções............................................................................19

2.5.2 Laje armada em uma direção..............................................................................19

2.5.3 Flecha Diferida no Tempo..................................................................................20

2.5.4 Flechas limites....................................................................................................21

2.6 Flechas em vigas........................................................................................................22

2.6.1 Flecha imediata...................................................................................................22

2.7 Projeto para produção de alvenaria de vedação.........................................................24


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2.8 Interação entre as vedações verticais e a estrutura.....................................................24

3 METODOLOGIA............................................................................................................25

3.1 Objeto de estudo.........................................................................................................26

4 CRONOGRAMA.............................................................................................................26

5 RECURSOS.....................................................................................................................26

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................26

7 ANEXOS...........................................................................................................................28

8 APÊNDICES....................................................................................................................28

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RESUMO

A alvenaria de vedação é responsável pelo fechamento da edificação, protegendo-a das


intempéries do tempo, e também pela compartimentação dos ambientes internos. É uma
parede que não tem função estrutural, mas é projetada para suportar o seu peso próprio e
cargas de utilização, como por exemplo, móveis e eletrodomésticos. A escolha do bloco de
vedação interfere em diversos fatores, considerando que cada material tem suas propriedades
físicas e mecânicas, cabe ao projetista o conhecimento da diferença de comportamento de
cada material, que deve ser utilizado para a melhor eficiência do edifício. O presente estudo
tem como objetivo comparar os sistemas de alvenaria de vedação executados com bloco de
concreto com os executados com bloco cerâmico, sob a perspectiva dos aspectos estruturais
em um edifício de concreto armado. Os resultados serão obtidos através do software de
cálculo estrutural CAD TQS ®, onde será analisado o acréscimo de flechas nas vigas e lajes,
o acréscimo de armaduras nas lajes, vigas e pilares e o acréscimo de cargas na fundação.

Palavras-chaves: alvenaria de vedação, análise estrutural, bloco cerâmico, bloco de concreto.

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1 INTRODUÇÃO

A vedação corresponde a aplicação de elementos de diversos materiais, com dimensões


reduzidas, e unidos entre si, destinados a fechar um ambiente. O fechamento pode ser
realizado com diferentes tipos de materiais como placa cimentícia, painéis de madeira, placas
de gesso acartonado e também alvenaria, que será o objeto de estudo. Este processo visa
assegurar conforto, segurança e habitabilidade à edificação dentro de um sistema estruturado
(NASCIMENTO, 2004).

No Brasil é predominante o uso de blocos como principal componente de alvenarias de


vedação interna e externa das edificações. Com isso é necessário o desenvolvimento de novos
estudos para o aprimoramento do uso da alvenaria como vedação, garantindo qualidade,
eficiência e uma boa relação custo benefício (KRÜGER, 2000).

Considerando que cada material tem a suas propriedades físicas e mecânicas, a escolha entre
blocos cerâmicos e de concreto está relacionada à disponibilidade do produto na região da
obra, custo e principalmente o acréscimo de cargas nos elementos estruturais. Cabe ao
projetista o conhecimento das diferenças de comportamento de cada material.
(<http://www.aecweb.com.br>. Acesso em: 18 de setembro de 2016).

Segundo Pinheiro e Scadelai (2005), o acréscimo de cargas nos elementos estruturais varia em
função de diversos fatores, dentre eles o material constituinte do bloco e o tipo do
revestimento. Este acréscimo pode ser mensurado através de uma análise comparativa, após a
idealização dos fatores e consideração da resposta desses elementos frente as ações, utilizando
modelos matemáticos.

1.1 Objetivos

 Comparar o uso de alvenaria de vedação com bloco cerâmico e de concreto;

 Mensurar o acréscimo nas flechas das lajes e vigas;

 Mensurar o acréscimo de armadura nas lajes, vigas e pilares;

 Analisar o acréscimo de cargas na fundação.

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1.2 Justificativa

A engenharia civil vem sofrendo grandes revoluções nas últimas décadas, o concreto evoluiu,
as estruturas e tipologias são mais arrojadas e as alvenarias mais precisas. O processo
construtivo também não é o mesmo, nem o cálculo, nem as técnicas gerenciais. Métodos
executivos antes eficientes agora se tornam obsoletos (MEDEIROS, 2005). Logo esse
trabalho é justificado afim de alertar o engenheiro das consequências na alteração dos
materiais constituintes da alvenaria de vedação, pois existem diversos elementos destinados à
separação de ambientes, cada um com suas respectivas vantagens e desvantagens. Sendo
assim surgem muitos cuidados a serem tomados no que se refere ao projeto e à execução da
obra, visando as solicitações que cada elemento construtivo trará para a estrutura.

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Alvenaria de vedação

Alvenaria de vedação corresponde a montagem de elementos destinados à separação de


ambientes. São consideradas apenas como vedação por trabalhar no fechamento de áreas sob
estruturas, na qual é necessário o uso de cuidados básicos para o seu dimensionamento e
estabilidade (NASCIMENTO, 2004).

Principais características da Alvenaria de Vedação:

 Resistência à umidade e aos movimentos térmicos;


 Resistência à pressão do vento;
 Isolamento térmico e acústico;
 Resistência à infiltrações de água pluvial;
 Controle da migração de vapor de água e regulagem da condensação;
 Base ou substrato para revestimentos em geral;
 Segurança para usuários e ocupantes;
 Adequar e dividir ambientes.

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2.1.1 Tipos de alvenaria de vedação

A principal função de uma alvenaria de vedação é estabelecer a separação entre ambientes.


Atualmente é executada de variadas formas, e classificadas quanto ao tipo do elemento de
vedação, que podem ser, blocos, painéis, chapas metálicas, divisórias, dentre outros. A
alvenaria de vedação por blocos, que é o foco desse trabalho, pode ser constituída por
diversos materiais, os mais comuns no Brasil são: bloco cerâmico vazado, bloco de concreto,
bloco de gesso, tijolo cerâmico maciço, bloco de concreto celular autoclavado e tijolo de solo-
cimento (NASCIMENTO, 2004).

A escolha dos blocos de vedação interfere em diversos fatores na qualidade e execução da


alvenaria, tais como: a regularidade geométrica da estrutura, influência na produtividade,
absorção de água e aderência, resistência mecânica, desempenho termoacústico, além de
alterar drasticamente o peso próprio das paredes: os blocos mais leves conduzirão a elementos
estruturais com menores dimensões (<http://www.pauluzzi.com.br/vedacao.php>. Acesso em:
14 de setembro de 2016).

2.2 Blocos de vedação

2.2.1 Bloco Cerâmico

O bloco cerâmico, cujas especificações estão estabelecidas na Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT), Norma Brasileira (NBR) 15270-1:2005, são de emprego comum e
técnica executiva de domínio público há muitos anos. Obtido a partir da queima de argilas,
são facilmente encontrados em qualquer ponto do país, devido, inclusive, a facilidade de
fabricação. Possuem alta absorção de água e baixa permeabilidade, além de baixa densidade e
facilidade de manuseio, apresentando, ainda, custo competitivo. Algum inconveniente é
observado quanto ao item variação dimensional, por se tratar de corte artesanal e secagem
com queima diferenciada. Atualmente, grande parte dos fabricantes busca certificações para
melhoria do desempenho de seus produtos. Na maioria dos casos as alvenarias com blocos
cerâmicos utilizam o bloco com furo na horizontal (NASCIMENTO, 2004).

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2.2.2 Bloco de Concreto

O Bloco de Concreto é composto por Cimento Portland, agregados e água, sendo ainda
permitido o uso de aditivos, desde que não acarretem prejuízo às características do produto.
Dentre suas propriedades, o bloco de concreto apresenta ser mais resistente que o bloco
cerâmico e o desperdício causado pelas quebras do material é muito inferior. Além disso, para
sua produção é utilizada uma menor quantidade de argamassa de assentamento e camadas
mais finas de reboco, principalmente nas paredes internas. Dentre os tipos de bloco, é o que
oferece menor conforto térmico. Sua utilização em paredes externas, requer a aplicação de
uma pintura acrílica para aumentar a proteção contra a umidade
(<http://www.forumdaconstrucao.com.br>. Acesso em: 17 de setembro de 2016.).

As normas ABNT NBR 12118:2013 e ABNT NBR 6136:2014 definem as características


exigidas dos blocos de concreto, como, por exemplo, resistência, dimensões, absorção,
umidade e retração.

As alvenarias com blocos de concreto podem ter função estrutural ou apenas de vedação,
devendo atender aos requisitos da norma de desempenho ABNT NBR 15575-4:2013.

2.3 Carga da alvenaria nas vigas

O peso específico da parede pode ser dado em função do peso total da parede, composta pela
unidade de alvenaria e pelas argamassas de assentamento e de revestimento, ou pelos pesos
específicos individuais dos materiais que a compõe (BASTOS, 2015).

Para blocos cerâmicos furados deve-se considerar a ABNT NBR 15270-1:2005, para blocos
de concreto a ABNT NBR 6136:2014 e para a argamassa de revestimento pode-se considerar
peso específico conforme especificado na ABNT NBR 6120:1980.

Segundo Molinari (2006), em uma estrutura de concreto armado é importante determinar os


valores das forças (cargas concentradas e/ou cargas distribuídas) que atuam sobre cada vão de
cada viga.

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Com relação à parede de alvenaria, se ela se apoiar diretamente sobre a viga, pode-se calcular
o peso da parede e considerá-lo distribuído ao longo de seu comprimento, na forma discutida
a seguir (MOLINARI, 2006).

Considere um vão de viga suportando uma parede de alvenaria com comprimento “La”, altura
“Ha” e espessura “Ta”.

O volume (Va) da parede de alvenaria, dado pela equação (1) é:

Va=La∗Ha∗Ta (1)

O peso específico (γa) do material (alvenaria), dado pela equação (2) é:

Pa (2)
γ a=
Va

Onde:

Pa = Peso da parede de alvenaria

O peso (Pa) da parede de alvenaria, dado pela equação (3) é:

Pa=γ a∗Va (3)

ou, da mesma forma pela equação (4):

Pa=γ a∗La∗H a∗T a (4)

Segundo Molinari (2006), o peso da parede de alvenaria pode ser considerado linearmente
distribuído ao longo do comprimento em que se apoia no vão de viga, isto é, ao longo do
comprimento da própria parede (La). Então, a carga linearmente distribuída (Qa), originada
no peso da parede de alvenaria, de acordo com as equações (5), (6) e (7) é:

Pa (5)
Qa=
La

γ a∗La∗H a∗T a (6)


Qa=
La

Qa=γ a∗H a∗T a (7)

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(γa em kgf/m3, Ha e Ta em metro, Qa em kgf/m).

2.3.1 Parede com reboco de argamassa de cal, cimento e areia

Segue o cálculo comparativo do peso específico de uma parede de vedação, altura de 2,25 m
(2,80 m de pé direito – 55 cm de altura padrão da viga), com reboco de argamassa em ambos
os lados, com variação do bloco.

 Bloco Cerâmico

Dimensões do bloco: 9x19x29 cm (ABNT NBR 15270-1:2005).

Revestimento de argamassa de cal, cimento e areia: 2 cm de cada lado.

Quadro 1 – Cargas e dimensões dos elementos


γ bloco 1300 Kgf/m³ NBR 6120
e bloco 9 cm NBR 15270-1
γ revest 1900 Kgf/m³ NBR 6120
e revest 2 cm NBR 13749:2013
Ha 225 cm DADO PROJETO

O quadro 1 aponta os valores da composição de cargas à ser calculada.

Carga linear da parede, segundo a equação (8):

P par =(( γ ¿ ¿ bloco∗e bloco )+( γ revest ∗e revest ))∗Ha ¿ (8)


P par =( (1300∗0,09 ) + ( 1900∗0,04 ))∗2,25
P par =434,25 Kgf /m
 Bloco de Concreto

Dimensões do bloco: 11,5x19x39 cm (ABNT NBR 6136:2014).

Revestimento de argamassa de cal, cimento e areia: 0,75 cm de cada lado.

Quadro 2 – Cargas e dimensões dos elementos


γ bloco 2200 Kgf/m³ NBR 6120
e bloco 11,5 cm NBR 15270-1
γ revest 1900 Kgf/m³ NBR 6120
e revest 1 cm NBR 13749:2013
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Ha 225 cm DADO PROJETO

Os valores adotados para os cálculos são apresentados no quadro 2.

Carga linear da parede, dado pela equação (8):

P par =( (2200∗0,115 ) + ( 1900∗0,015 ) )∗2,2


P par =633,38 Kgf /m

2.3.2 Parede com reboco de argamassa de cimento e areia

Segue o cálculo comparativo do peso específico de uma parede de vedação, altura de


2,25 m (2,80 m de pé direito – 55 cm de altura padrão da viga), com reboco de argamassa em
ambos os lados, com variação do bloco.

 Bloco Cerâmico

Dimensões do bloco: 9x19x29 cm (ABNT NBR 15270-1:2005).

Revestimento de argamassa de cal, cimento e areia: 2 cm de cada lado.

Quadro 3 – Cargas e dimensões dos elementos


γ bloco 1300 Kgf/m³ NBR 6120
e bloco 9 cm NBR 15270-1
γ revest 2100 Kgf/m³ NBR 6120
e revest 2 cm NBR 13749:2013
Ha 225 cm DADO PROJETO

Os valores da composição de cargas são apresentadas no quadro 3.

Carga linear da parede, calculado pela equação (8):

P par =( (1300∗0,09 ) + ( 2100∗0,04 ) )∗2,25


P par =452,25 Kgf /m

 Bloco de Concreto

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Dimensões do bloco: 11,5x19x39 cm (ABNT NBR 6136:2014).

Revestimento de argamassa de cal, cimento e areia: 0,75 cm de cada lado.

Quadro 4 – Cargas e dimensões dos elementos


γ bloco 2200 Kgf/m³ NBR 6120
e bloco 11,5 cm NBR 15270-1
γ revest 2100 Kgf/m³ NBR 6120
e revest 0,75 cm NBR 13749:2013
H 225 cm DADO PROJETO

O quadro 4 apresenta os valores adotados para os cálculos.

Carga linear da parede, segundo a equação (8):

P par =( (2200∗0,115 ) + ( 2100∗0,015 ) )∗2,25


P par =640,13 Kgf /m

2.3.3 Parede com porcelanato e argamassa

Segue o cálculo comparativo do peso especifico de uma parede de vedação, altura de 2,25 m
(2,80 m de pé direito – 55 cm de altura padrão da viga), com reboco de argamassa e
porcelanato, com variação do bloco.

 Bloco Cerâmico

Dimensões do bloco: 9x19x29 cm (ABNT NBR 15270-1:2005).

Revestimento de argamassa de cal, cimento e areia: 2 cm (ambos os lados).

Quadro 5 – Cargas e dimensões dos elementos


γ bloco 1300 Kgf/m³ NBR 6120
e bloco 9 cm NBR 15270-1
γ revest 1900 Kgf/m³ NBR 6120
e revest 2 cm NBR 13749:2013
γ porc 2286 Kgf/m³ Manual Técnico Laminum
e porc 0,35 cm Manual Técnico Laminum
Ha 225 cm DADO PROJETO

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O quadro 5 aponta os valores da composição de cargas da parede.

Carga linear da parede, dado pela equação (8):

P par =( (1300∗0,09 ) + ( 1900∗0,04 ) +(2286∗0,0035) )∗2,25


P par =452,25 Kgf /m

 Bloco de Concreto

Dimensões do bloco: 11,5x19x39 cm (ABNT NBR 6136:2014).

Revestimento de argamassa de cal, cimento e areia: 0,75 cm (apenas um lado).

*Bloco de concreto recebe revestimento cerâmico direto na base, não necessitando de


argamassa no lado de aplicação do porcelanato.

Quadro 6 – Cargas e dimensões dos elementos


γ bloco 2200 Kgf/m³ NBR 6120
e bloco 11,5 cm NBR 15270-1
γ revest 1900 Kgf/m³ NBR 6120
e revest 1 cm NBR 13749:2013
γ porc 2286 Kgf/m³ Manual Técnico Laminum
e porc 0,35 cm Manual Técnico Laminum
Ha 225 cm DADO PROJETO

Os valores da composição de cargas à ser calculada são apresentados no quadro 6.

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Carga linear da parede, calculado na equação (8):

P par =( (2200∗0,115 ) + ( 1900∗0,0075 )+(2286∗0,0035) )∗2,25


P par =619,31 Kgf /m

2.4 Alvenaria sobre a laje

As cargas suportadas pelas lajes são as mais variadas, desde pessoas e móveis, até
equipamentos fixos, divisórias, paredes, água, solo, peso-próprio, etc. Cargas essas que
podem ser classificadas em cargas permanentes “g” e cargas variáveis “q” (BASTOS, 2015).

A carga das paredes sobre as lajes maciças é tida como permanente e deve ser determinada
em função da laje ser armada em uma ou em duas direções (BASTOS, 2015).

As lajes armadas em uma direção têm relação entre o lado maior e o lado menor superior a
dois, tem-se a equação (9):

ly lx = menor vão (9)


γ = >2 ly = maior vão
lx

Já as lajes armadas em duas direções os esforços solicitantes são importantes segundo as duas
direções principais da laje. A relação entre os lados é menor que dois, tal como na equação
(10):

ly lx = menor vão (10)


γ= ≤2 ly = maior vão
lx

Além disso é necessário conhecer o tipo da alvenaria (tijolo, bloco, etc.), que compõe a
parede, ou o peso específico da parede, a espessura e a altura da parede, bem como a sua
disposição e extensão sobre a laje (BASTOS, 2015).

Nesse trabalho a parede sobre a laje terá altura de 2,68 m (2,80 m de pé direito – 0,12 cm de
espessura padrão da laje).

Na determinação das cargas das paredes, é importante não esquecer que as plantas de
arquitetura correspondem ao piso de um determinado pavimento, enquanto que as plantas de
fôrmas se referem ao teto. Desta maneira, as paredes de um certo piso estão carregando o teto
do pavimento inferior (LONGO, 2000).

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Quando forem previstas paredes divisórias, cuja posição não esteja definida no projeto, a
norma NBR-6120:1980 permite que se tome uma carga de parede igual a uma carga
uniformemente distribuída por metro quadrado não menor do que um terço do peso por metro
linear de parede pronta, observando o valor mínimo de 100 Kgf/m² (PINHEIRO, MUZARDO
e SANTOS, 2003).

Segundo Longo (2000), quando o pavimento for analisado com elementos finitos ou analogia
de grelhas, as cargas das paredes podem ser consideradas atuando em sua posição verdadeira
e as demais cargas como uniformemente distribuídas. Neste caso, é conveniente ajustar a
malha de elementos finitos de modo que a parede atue sobre determinados elementos finitos.

2.4.1 Laje armada em duas direções

Segundo Bastos (2015), para lajes armadas em duas direções considera-se simplificadamente
a carga da parede uniformemente distribuída na área da laje, de forma que a carga é o peso
total da parede dividido pela área da laje, isto é demonstrado na equação (11):

Q par γ par ∗l∗h (11)


g par = =
Alaje A laje
Onde:

gpar = Carga uniforme da parede (Kgf/m²) h = Altura da parede (m)


Ypar = Peso específico da alvenaria (Kgf/m²) Alaje = Área da laje (m²)
l = Comprimento da parede sobre a laje (m) Qpar = Peso total da parede (Kgf)

2.4.2 Laje armada em uma direção

Para laje armada em uma direção há dois casos a serem analisados, de acordo com a
disposição da parede sobre a laje. No caso de parede com direção paralela à direção principal
da laje (direção do menor vão), considera-se a carga da parede distribuída uniformemente
numa área da laje adjacente à parede, com largura de 2/3 lx.

Figura 1 – Parede paralela à direção principal da laje armada em uma direção


(BASTOS, 2015).

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A laje fica com duas regiões com carregamentos diferentes. Nas regiões I não ocorre a carga
da parede, que fica limitada apenas à região II. Portanto, dois cálculos de esforços solicitantes
necessitam serem feitos, para as regiões I e II.

A carga uniformemente distribuída devida à parede, na faixa 2/3 lx, de acordo com a equação
(12) é:

Q par∗l∗h 3 Q par (12)


g par = =
2 2lx ²
lx∗lx
3
Onde:
gpar = Carga uniforme da parede (Kgf/m²) lx = Menor vão da laje (m)
Qpar = Peso total da parede (Kgf)

No caso de parede com direção perpendicular à direção principal, a carga da parede deve ser
considerada como uma força concentrada na viga que representa a laje.

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Figura 2 – Parede perpendicular à direção principal da laje armada em uma direção


(BASTOS, 2015).

O valor da força concentrada P, representativo da carga da parede, é dada na equação (13):

P=γ par ∗h (13)

Onde:

P = Força concentrada da parede (Kgf) h = altura da parede (m)


Ypar = Peso específico da alvenaria (Kgf/m²)

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2.4.3 Consideração carga de alvenaria no TQS.

Figura 3 – Carga Linear no CAD TQS ®.

2.5 Flechas em lajes

Na verificação das flechas de uma laje considera-se a existência de fissuras, o momento de


inércia, a flecha imediata, deferida e total, comparando aos valores considerados limites de
acordo com a norma NBR 6118:2014 (CARDOSO, 2013).

2.5.1 Laje armada em duas direções

Segundo Bastos (2015), a flecha imediata é aquela que ocorre quando é aplicado o primeiro
carregamento na peça, que não leva em conta os efeitos da fluência.

Para as lajes armadas em duas direções a flecha imediata pode ser calculada com auxílio dos
coeficientes constantes das Tabelas de Bares, para carregamentos uniformes e triangulares.
Usa-se a equação (14):

α∗b (14)
∗p l x 4
1200
fo=
EI

Considerando a largura b igual a 100 cm para as lajes torna-se a equação (15):


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α (15)
∗p l x 4
12
fo=
EI

Onde:

fo = Flecha imediata;
p = valor do carregamento na laje considerando a combinação quase permanente;
lx = Menor vão;
b = Largura unitária da laje;
α = Coeficiente tabelado em função de λ (Tabelas de Bares);
EI = Rigidez da laje à flexão.

(BASTOS, 2015).

2.5.2 Laje armada em uma direção

Segundo Cardoso (2013), seu dimensionamento é parecido ao de uma viga, submetida a um


carregamento vertical distribuído, e a flecha é determinada pela equação (16):

α (16)
∗p l x 4
384
fo=
EI

Onde:

α = 5 para lajes com dois apoios;


α = 1 para lajes com dois engastes;
α = 2,07 para lajes com um apoio e um engaste.

2.5.3 Flecha Diferida no Tempo

A flecha diferida no tempo é aquela que leva em conta o fato do carregamento atuar na
estrutura ao longo do tempo, causando a sua deformação lenta ou fluência. Segundo a NBR
6118:2014 (item 17.3.2.1.2), A flecha adicional diferida, decorrente das cargas de longa
duração em função da fluência, pode ser calculada de maneira aproximada pela multiplicação
da flecha imediata pelo fator αf dado pela equação (17):

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∆ξ (17)
αf =
1+ 50 ρ´

Onde, na equação (18):

As ' (18)
ρ ´=
bd

As ' = Área da armadura comprimida, se existir;


b = Largura da seção transversal;
d = altura útil;
ξ = coeficiente função do tempo, que pode ser obtido diretamente na Tabela 17.1 da NBR
6118:2014:

Quadro 7 – Valores do coeficiente ξ em função do tempo

Fonte: ABNT NBR 6118:2014


ou ser calculado pelas expressões equações:

∆ ξ=ξ (t)−∆ ξ(t 0 )    (19)


  ξ ( t )=0,68 ( 0,996t )∗t 0,32 para t ≤ 70 meses  (20)

 ∆ ξ=2 para t > 70 meses   

Sendo: t = Tempo, em meses, quando se deseja o valor da flecha diferida;


t 0 = Idade, em meses, relativa à data de aplicação da carga de longa duração. No caso de
parcelas da carga de longa duração serem aplicadas em idades diferentes, pode-se tomar para
t 0 o valor ponderado na equação (21) seguir:

∑ Pi∗t 0 i (21)
t 0=
∑ Pi

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Onde:

Pi = Parcelas de carga;
t 0 i = Idade em que se aplicou cada parcela Pi, em meses.

O valor da flecha total deve ser obtido multiplicando a flecha imediata por (1 + af), conforme
na equação (22):

f ∞=fo∗(1+αf ) (22)

Onde:

f ∞ = Flecha total.

2.5.4 Flechas limites

De acordo com Bastos (2015), as flechas obtidas não devem ultrapassar os deslocamentos
limites estipulados na tabela 13.3 da NBR 6118:2014. A tabela mostra as várias considerações
a serem feitas divididas em quatro grupos. Para projeto estrutural é estipulado o efeito de
aceitabilidade sensorial, sendo duas verificações que devem respeitar seus respectivos valores
limites:

 Aceitabilidade visual, equação (23):

f lx (23)
lim ¿= ¿
250

Deve ser verificado utilizando a combinação quase permanente como carregamento. Vale
observar que para as lajes que recebem carga de parede, deve-se tomar como valor limite
L/500, sendo que o vão L, deve ser tomado como aquele na direção em que a parede se
desenvolve.

 Aceitabilidade de vibrações, equação (24):

lx (24)
f l ℑ=
350

Deve ser conferido utilizando a carga acidental como carregamento, conforme exposto na
tabela 13.3 da NBR 6118:2014.

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2.6 Flechas em vigas

De acordo com Bastos (2015), assim como nas lajes, o “estado-limite de deformações
excessivas” (ELS-DEF), definido pela NBR 6118:2014 (item 3.2.4) como o “estado em que
as deformações atingem os limites estabelecidos para a utilização normal, dados em 13.3”,
deve ser também verificado nas vigas de concreto.

2.6.1 Flecha imediata

A flecha imediata, é o valor de deslocamento obtido no instante de aplicação da carga, sem


considerar a parcela referente a deformação por fluência do concreto. Seu valor é obtido com
as mesmas prescrições já vistas em lajes (CARDOSO, 2013).

A NBR 6118:2014 (item 17.3.2.1.1) prescreve que para uma avaliação aproximada da flecha
imediata em vigas, pode-se utilizar a expressão de rigidez equivalente dada a seguir na
equação (25):

Mr 3 3 (25)
( EI )eq =Ecs
{( Ma) [ ( )] }
M
I c + 1− r
Ma
I II ≤ Ecs I c

Onde:

Ic = momento de inércia da seção bruta de concreto, equação (26):

b h3 (26)
I c=
12

III = momento de inércia da seção fissurada de concreto no estádio II, calculado com a
equação (27):

ES (27)
α e=
E CS

Mr = momento de fissuração do elemento estrutural, cujo valor deve ser reduzido à metade no
caso de utilização de barras lisas;
Ma = momento fletor na seção crítica do vão considerado, ou seja, o momento máximo no
vão para vigas biapoiadas ou contínuas e momento no apoio para balanços, para a combinação

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de ações considerada nessa avaliação.


Ecs = módulo de elasticidade secante do concreto.

A NBR 6118:2014 (item 8.2.8) permite estimar o valor do módulo de elasticidade inicial (Eci)
aos 28 dias segundo as equações (28) e (29):

Eci =αE∗5600∗√ fck , para fck de 20 Mpa a 50 Mpa; (28)


1 /3
3 fck para fck de 55 Mpa a 90 Mpa. (29)
Eci =21,5∗10 ∗αE∗( + 1,25) ,
10

Sendo:

αE = 1,2 para basalto e diabásio;


αE = 1,0 para granito e gnaisse;
αE = 0,9 para calcário;
αE = 0,7 para arenito.

O módulo de elasticidade secante pode ser estimado pela equação (30):

ECS =αi∗E ci (30)

Sendo, na equação (31):

0,2∗fck (31)
αi=0,8+ ≤1,0
80

2.7 Projeto para produção de alvenaria de vedação

Muitas empresas construtoras já perceberam a importância da fase de projeto, uma vez que
esta interage diretamente com todas as demais atividades, bem como sua potencialidade para
reduzir custo e racionalizar a produção, tornando a empresa mais competitiva no mercado. O
projeto deve conter as especificações do produto a ser construído, os meios estratégicos,
físicos e tecnológicos necessários para executar a obra de forma racionalizada (PEÑA e
FRANCO, 2006).

Segundo Franco (1998), o detalhamento da vedação em projeto, retira dos profissionais


ligados a produção a necessidade de definições técnicas, que quando tomadas no momento de
execução da obra, são baseadas apenas em preferências pessoais ou intuição, que nem sempre

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são coerentes com as situações em que se encontram. O detalhamento deve visar sempre o
processo executivo das soluções adotadas em projeto.

Dentre os principais objetivos para a elaboração de um projeto de vedação, destaca-se o


detalhamento da técnica, estudando e definindo as tecnologias de produção. Além disso é
importante considerar as demais partes do edifício, de forma que o desempenho do conjunto
não seja afetado por problemas de incompatibilidades entre as partes (FRANCO, 1998).

2.8 Interação entre as vedações verticais e a estrutura

Quando se faz referência ao termo alvenaria de vedação, admite-se que a parede atua somente
como vedo. Nos edifícios multipavimentos, a alvenaria está limitada por um pórtico estrutural
que atua como elemento resistente frente a maioria das solicitações. Dessa forma, as
alvenarias de vedação, em tese, não devem contribuir como suporte frente aos esforços
solicitantes do edifício, apenas restringindo às cargas acidentais, como vento – para as paredes
externas – e choques ocasionais, além de seu próprio peso (MASSETO e SABBATINI,
2000).

De Milito (2009) explica que quanto ao tipo de ligação, das alvenarias de vedação, torna-se
necessário que seu funcionamento seja compatibilizado com o da estrutura devido
principalmente às diferenças de comportamento dos materiais. O encunhamento rígido da
alvenaria pode submetê-la a um estado excessivo de tensões e provocar fissuras. Assim a
fixação da alvenaria a estrutura deverá ser inicialmente fraca.

Um esforço aplicado a um elemento induz uma deformação e, do mesmo modo, uma


deformação tende a induzir um esforço. O estudo da relação entre as solicitações e as
deformações norteia os parâmetros de cálculo nos projetos estruturais. A capacidade resistente
dos materiais deve garantir a estabilidade da edificação frente aos esforços solicitantes
(MASSETO E SABBATINI, 2000).

3 METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do projeto, empregou-se revisão bibliográfica de livros, artigos, teses,


dissertações e prescrições normativas a respeito de alvenaria de vedação, blocos de vedação e
interações entre cargas das vedações verticais e estrutura. Para sua elaboração foi adotada
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duas tipologias de bloco de vedação, bloco cerâmico e bloco de concreto, utilizados para
dimensionamento da alvenaria, com variação dos tipos de revestimentos, obtendo cargas
variadas para diversas situações.

Nesse trabalho o software CAD TQS ® será utilizado para analisar estruturalmente nosso
objeto de estudo, um edifício de concreto armado com múltiplos pavimentos, e comparar as
duas tipologias de blocos de vedação, com suas devidas cargas determinando os efeitos na
estrutura.

O software CAD TQS ® é um sistema computacional gráfico destinado à elaboração de


projetos estruturais de edificações de concreto armado, protendido e em alvenaria estrutural. É
composto por um conjunto de sistemas que fornecem recursos desde a concepção estrutural,
passando pela análise dos esforços e flechas, dimensionamento e detalhamento de armaduras,
até a emissão de plantas finais. A disponibilização do software pela universidade, será de
suma importância para o desenvolvimento da pesquisa.

Depois de obtidos os resultados da análise estrutural para cada modelo concebido, será
elaborado um estudo comparativo através de gráficos formulados com auxílio do software
Excel. Serão apresentados o acréscimo nas flechas das lajes e vigas, acréscimo de armadura
nas lajes, vigas e pilares, e o acréscimo de cargas na fundação.

3.1 Objeto de estudo

A estrutura analisada será a de um edifício residencial multifamiliar, situado na cidade de


Santos, São Paulo. É composto por 1 (um) subsolo, térreo, 12 (doze) pavimentos tipo, 01
(uma) casa de máquinas e barrilete. O prédio ainda dispõe de 2 (dois) elevadores e escada de
emergência atendendo todos os pavimentos, reservatório superior e barrilete.

Edifício com altura total de 43,20m, sendo pé direito do subsolo 3,10m, pavimentos tipos e
térreo 2,80m, casa de máquinas 2,50m e barrilete 1,20m.

Tendo a localização do edifício situada no município de Santos, São Paulo, de acordo com a
NBR 6118/2014, a estrutura é classificada como classe III de agressividade ambiental,
portanto seu cálculo determina o uso de concreto com resistência mínima de 300 kgf/cm²,
cobrimento para pilares e vigas de 4,0cm e para lajes 3,5cm.

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O modelo estrutural adotado foi grelhas de lajes planas. As ações e combinações de carga
vertical com separação de carga permanente e variável. Vento com velocidade de 40m/s,
categoria de rugosidade V, (terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e
pouco espaçados), edificação classe B (maior dimensão horizontal ou vertical entre 20m e
50m).

Para o cálculo no software CAD TQS ® foi mantido o valor do cobrimento dos elementos, a
espessura das lajes e as dimensões das vigas e pilares.

4 CRONOGRAMA

FE MA AB MA JU
ATIVIDADES V R R I N
Lançamento do edifício no CAD TQS ®    
Análise do acréscimo de flechas nas lajes e vigas      
Análise do acréscimo de armadura nas lajes, vigas e pilares    
Análise do acréscimo de cargas na fundação    
Análise comparativa dos modelos calculados    
Redação do artigo  
Defesa do TCC II    

5 RECURSOS

Para o desenvolvimento do TCC II, será utilizada uma licença UNIPRO do software CAD
TQS ® da Pontifícia Universidade Católica de Goiás.
Os acadêmicos têm ciência do uso exclusivo para fins do estudo e que o Hardlock será
entregue somente mediante apresentação da liberação assinada pelo orientador deste trabalho
e pelo Coordenador do curso. O uso do programa é permitido pela Instituição apenas no
laboratório do Bloco J, da Área 3, sob a observação dos técnicos deste laboratório. O uso
indevido da licença acarretará as penas cabíveis no regimento interno da Pontifícia
Universidade Católica de Goiás aos acadêmicos.

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6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Terminologia e requisitos. Rio de Janeiro, 2005. 11p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR-12118: Blocos


vazados de concreto simples para alvenaria – Métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2013. 14p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR-6136: Blocos


vazados de concreto simples para alvenaria – Requisitos. Rio de Janeiro, 2014. 10p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR-15575-4:


Edificações habitacionais – Desempenho – Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações
verticais internas e externas – SVVIE. Rio de Janeiro, 2013. 63p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR-6120: Cargas para


o cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980. 5p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR-13749:


Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação. Rio de Janeiro,
2013. 8p.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR-6118: Projeto de


estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014. 238p.

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CARDOSO, Rafael. Projeto estrutural em concreto armado. 2013. 288 f. Trabalho de


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